CALL FOR PAPERS Número especial da ESC – Educação, Sociedade & Culturas Educação em Portugal 40 Anos após o 25 de abril de 1974 Prolongamento do período de submissão: 31 de agosto de 2014 Organizadores/as Convidados/as Luiza Cortesão, Universidade do Porto (Portugal) Roger Dale, Universidade de Bristol (Reino Unido) António M. Magalhães, Universidade do Porto (Portugal) A Revolução de Abril em Portugal foi um acontecimento político que esteve na origem de muitas e importantes transformações. A área da educação não foi exceção, tendo passado por amplas mudanças desde esse período. A Revolução representa não só um conjunto de eventos interessantes em si mesmo, mas também um exemplo de um caso muito particular de mudança nas relações entre Estado, sociedade e políticas educativas. Os mandatos políticos dirigidos ao sistema educativo e a procura social da educação formal mudaram radicalmente ao longo destes 40 anos, assim como a educação informal e a educação nãoformal. Do período revolucionário e do mandato socialista até à abordagem contemporânea da educação, muitas experiências e lições podem ser analisadas e retiradas. Estudos identificaram diferentes períodos nas políticas e diferentes tipos de procuras na educação. Durante a ditadura, as estruturas e processos educativos foram amplamente utilizados como um instrumento de controlo social e de dominação política. A Revolução de 1974 inspirou uma perspetiva emancipatória da educação, desafiando as teorias da reprodução, procurando promover a mobilidade social. No entanto, nas últimas décadas, as ‘promessas’ de igualdade no acesso e sucesso surgidas na Revolução foram reconfiguradas como equidade e mérito. A diferentes ritmos e níveis, sob a influência do ambiente social e político global e nacional, os objetivos da educação deslocaram-se da justiça social para a relevância económica. Apesar de ter sido produzido um grande corpo de pesquisas e estudos sobre as transformações trazidas pela Revolução para a sociedade portuguesa e, em particular, para a educação, após 40 anos afigura-se importante rever os caminhos que conduziram a educação, os seus fluxos e refluxos, até aos seus processos e estruturas atuais. Assim, o objetivo deste número especial é o de analisar essas mudanças, com foco: (a) nas razões políticas que conduziram a transformação na educação, em geral, e na educação formal, em particular, com ênfase na natureza política da tomada de decisões em educação; (b) nas relações entre educação formal e não-formal (por exemplo, o reconhecimento e validação pelo sistema educativo das competências adquiridas em contextos educativos não-formais e profissionais); (c) nos atores (professores/as, sindicatos, associações profissionais e educativas, estudantes, crianças, jovens e adultos) e instituições de diferentes níveis (europeu, nacional e institucional/escolar); (d) em perspetivas e experiências educativas (por exemplo, abordagens pedagógicas tais como a educação intermulticultural e processos de alfabetização de adultos) ocorridas a diferentes níveis (por exemplo, escolas, sala de aula); (e) nos impactos que os movimentos sociais tiveram (e têm) na educação; (f) em memórias e narrativas coletivas e individuais relevantes para a educação portuguesa; e (g) em pontos de vista de académicos/as e investigadores/as não-portugueses/as sobre o desenvolvimento educacional nos últimos 40 anos relativo a Portugal. São bem-vindas contribuições de diversos tipos – revisões, revisitações, reavaliações, memórias, além de trabalhos académicos mais ortodoxos. O 25 de abril de 1974 gerou muitos tipos de mudanças em muitas áreas, e esperamos que este número especial permita o reconhecimento mais profundo do seu significado único e em desenvolvimento. Diretrizes para submissão As propostas devem ser enviadas como anexo (em Microsoft Word) para [email protected]. Os artigos são aceites e publicados em português, inglês, francês ou espanhol. Na carta de apresentação, por favor, especifique que o seu trabalho está a ser submetido ao número especial ‘Educação em Portugal, 40 anos após o 25 de Abril de 1974’. As submissões seguirão o processo de blind peer-review regular da Revista. Os/as organizadores/as convidados/as e diretora tomarão as decisões finais de aceitação. Os artigos aceites que não forem incluídos no número especial (por restrições de espaço) serão publicados num dos números seguintes da revista. Os/as autores/as deverão certificar-se de que prepararam cuidadosamente os seus manuscritos de acordo com as instruções fornecidas na página Web da ESC. Cada artigo deverá conter entre 6000 e 8000 palavras, incluindo resumos, palavras-chave, quadros, notas de rodapé, lista de referências bibliográficas e apêndices. Cada manuscrito deve incluir título, resumo e palavras-chave em português, inglês e francês. Compreensivelmente, para artigos em espanhol, o título, resumo e palavras-chave são também apresentados em língua espanhola. O prazo de entrega termina a 31 de agosto de 2014. ESC – Educação, Sociedade & Culturas | Education, Society and Cultures CIIE – Centro de Investigação e Intervenção Educativas | Centre for Research in Education Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação | Faculty of Psychology and Education Sciences Universidade do Porto | University of Porto Rua Alfredo Allen 4200-135 Porto – Portugal Tel. +351 220 400 636 | Fax +351 226 079 725 E-mail [email protected] | URL www.fpce.up.pt/ciie/revistaesc