especial educação e cultura | tendências “Mais do que preparar o apetite do consumidor pelo seguro, é preciso preparar o consumidor adequadamente. Não adianta trazer o produto para o Brasil e ele não cobrir a real exposição do cliente”, pondera Paul Conolly, diretor de Linhas Corporativas e Resseguros da Generali. A estratégia adotada pela Generali para comercializar os seguros novos, ao lançá-los no mercado, é incentivar a venda cruzada. Ou seja, estimular o canal de vendas a oferecer o seguro aos clientes de outras carteiras – desde que eles se encaixem no perfil do novo produto. Ao confirmar que realmente existe a demanda para um novo produto, começa o processo de “tropicalização”: adaptar o que existe lá fora para o mercado brasileiro, considerando a regulamentação, exposições e riscos existentes aqui. Para formatar a proteção de acordo com a regulamentação brasileira é necessário levar em conta quatro fatores fundamentais. “O Código Civil, o Código do Consumidor, as resoluções do CNSP e as circulares da Susep”, enumera o advogado André Faoro, do escritório Faoro & Fucci. De acordo com ele, como o mercado brasileiro está aquecido, há muitos produtos sendo submetidos à aprovação da Susep, o que faz com que demore alguns meses para o novo seguro ser aprovado. Tendências Como o mercado brasileiro está amadurecendo, a tendência é que cada vez mais seguros para nichos, até então não explorados entrem em breve no portfolio das seguradoras. Conforme a avaliação dos entrevistados pela Apólice, as coberturas com foco em linhas financeiras e em responsabilidade civil têm amplo espaço para se desenvolver no Brasil. “Dentro de linhas financeiras notamos que aumentou a procura por seguro contra fraudes. São produtos que já existem no mercado há algum tempo, mas hoje têm recebido maior atenção dos clientes. A carteira de responsabilidade civil para instituições financeiras é outra que deve continuar avançando. No ano passado essa carteira cresceu 30% aqui na Marsh”, analisa Mauricio Bandeira. 28