ESPECIAL - EDUCAÇÃO A Secretaria Municipal de Educação de Niquelândia passou por importantes transformações em 2006. Na última semana, a secretária Rejane Rocha Vidal conversou com a reportagem do Diário do Norte, quando detalhou os investimentos que foram feitos para garantir um ensino de melhor qualidade aos 6.262 alunos da rede municipal de ensino, das 16 escolas mantidas pela prefeitura. Foram aplicados pouco mais de R$ 12 milhões na pasta no ano passado. No conjunto da peça orçamentária, o valor ficou um pouco acima dos 25% exigidos pela Constituição Federal para investimentos em Educação. Ao todo, 460 professores e 196 auxiliares de serviços gerais atuam nas cinco escolas na área urbana, nas cinco localizadas nos povoados e outras cinco em núcleos rurais. Atualmente, os diretores assumem a condução das escolas a partir de indicações e currículos que detalham a qualificação dos mesmos para os cargos. Mas, segundo Rejane, o processo será alterado ainda em 2007, para que a escolha dos diretores ocorra através de uma eleição direta, com os votos dos pais e professores que integram as unidades escolares tendo maior peso para isso, nos respectivos bairros. Na condução dos alunos às instituições, atuam 126 transportadores escolares, cuja atividade é mediada desde outubro passado pelo Sindicato dos Transportadores Escolares de Goiás (Sitego), que venceu uma licitação aberta pela prefeitura nesse sentido. “Nós assumimos a secretaria em janeiro do ano passado. Houve um crescimento muito grande, com várias coisas boas que conseguimos trazer para a secretaria e para a comunidade de Niquelândia. Acredito que foi um sucesso, apesar das dificuldades, pois muitas coisas não estavam totalmente encaminhadas. Hoje, creio eu, a transformação da Educação niquelandense está sendo um sucesso”, comentou a secretária. Em março do ano passado, a Secretaria de Educação realizou a contratação de 32 professores para lecionarem nas escolas da zona rural do município, onde havia um grande déficit de educadores, o que trazia sérios prejuízos aos alunos das localidades mais distantes. Tanto isso é verdade, segundo a secretária, que o início do ano letivo acabou sofrendo um atraso “Por conta das etapas burocráticas e da tramitação legal para formalizar essas contratações, os alunos acabaram ficando sem aula, mas conseguimos resolver esse problema”, disse Rejane. O Projeto Aprender, voltado para a iniciação escolar dos alunos a partir dos 6 anos de idade, para que sejam alfabetizadas nas duas primeiras séries e estudem por um período de 9 anos, ampliou as possibilidades das crianças para o efetivo aprendizado da leitura, da escrita, bem como a produção e interpretação de textos. Foram capacitados 70 professores nessa empreitada, de modo que as crianças estejam mais preparadas para, no futuro, ingressarem no Ensino Médio. Outra ação importante da Secretaria Municipal de Educação foi a realização de uma triagem para apurar o número de crianças portadoras de necessidades especiais. Foram constatados 114 casos, que nortearam a realização de programas voltados para a Educação Inclusiva. De acordo com a secretária, foram feitas ‘grandes aquisições’ para dotar o trabalho com psicólogos e fonoaudiólogos. Todas as 24 escolas do município, entre estaduais e municipais, foram visitadas e devidamente encaminhadas para a assistência dos profissionais citados. “A Educação Inclusiva é um caminho ideal e sem volta, para que essas crianças especiais possam assistir às aulas em todas as nossas escolas. Temos que recebê-las com carinho total”, comentou a secretária. Em novembro, houve o 1º Curso de Capacitação de Professores e Coordenadores do Transporte Escolar, com a participação de 75 educadores. Ainda no ano passado, foi instituído em Niquelândia o Conselho Municipal de Educação, à partir de um convite feito pela secretaria às escolas, que foram orientadas a enviar um de seus profissionais, como professores, diretores e aqueles ligados às áreas administrativas e de serviços gerais. Houve, ainda, a participação de outros segmentos, como a Associação Comercial e Industrial de Niquelândia (Acin); da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae); numa assembléia para discutir a formação do conselho, com a participação de 200 pessoas, em setembro. Em outubro, na Igreja Assembléia de Deus, em Niquelândia, foi realizado o 1º Congresso Municipal de Educação, durante três dias, com a participação de renomados conferencistas de expressão estadual e nacional, como o educador carioca Hamilton Werneck. De acordo com Rejane, o evento foi a “grande vitória” da Educação da cidade em 2006, pela inédita iniciativa, que era acalentada há muitos anos pelos professores do município. “Foi um sucesso, pois conseguimos reunir 1.200 participantes de seis municípios próximos. Estamos recebendo vários pedidos para um segundo congresso, que pretendemos fazer em setembro, certamente”, relembrou a secretária. Cerca de 5,3 mil alunos da rede municipal de ensino de Niquelândia – 95% do total matriculado – participaram do Projeto De Olho no Futuro, em parceria com as empresas Votorantim Metais e Furnas Centrais Elétricas, quando desenvolveram textos, desenhos, poesias e outras atividades voltadas para a conscientização sobre a necessidade de se economizar energia elétrica, com grande êxito. “Além de aprender a economizar a energia, o que é algo importante, eles também foram premiados, com bicicletas, camisetas, bolas, bonés e outros prêmios. Esse projeto foi de uma riqueza enorme para Niquelândia”, afirmou a secretária. Por fim, em outubro, a Secretaria Municipal de Educação entregou 400 kits para professores e alunos do Programa de Educação de Jovens e Adultos (PEJA). Outros 89 educadores niquelandenses participaram do Programa de Formação do Professor Alfabetizador (PROFA), para multiplicação dos conhecimentos aos demais professores da rede municipal. A Escola Municipal Santa Rosa, cuja construção foi iniciada em março passado, no Povoado Horto Aranha, será concluída nos próximos 60 dias. A unidade escolar vai atender 200 crianças, em nove salas de aula e será equipada com mobiliários novos, para garantir o conforto dos estudantes e a satisfação dos pais.