Propriedade do Departamento de Informação Sai as Quinta Feiras Distribuição Gratuita Maputo, 30.07.2015 Edição nº 137 Ano 3 MUNÍCIPES DA BEIRA COM DIFICULDADES DE FALAR AO SEU PRESIDENTE Pedimos apoio para libertar o povo da Beira das irregularidades do Presidente do Município. Lojas fechadas na Cidade da Beira Desde que aquele dirigente subiu ao poder, muitos munícipes foram expropriados das suas machambas, passando a se dedicarem a actividades de sobrevivência como venda de pedras para a construção. Contactado o Delegado político provincial da RENAMO e o Secretario da Frelimo afirmaram nada saberem sobre o assunto. Os jovens que contactaram a nossa redacção, são músicos que inspirados pela situação degradante vivida na cidade da Beira pensaram em redigir músicas para denunciar os desmandos. Em consequência, gravaram um vídeo e marcaram audiência com Presidente Deviz Simango, Edil do Municipo da Beira do Município que recusou lhes receber. Os jovens músicos denunciam a existência de muitos estabelecimentos comerciais que se encontravam fechados por se situarem em lugares impróprios, mas hoje o Presidente reabriu do Município ordenou a sua reabertura. Denunciam o facto de no município o salário mínimo ainda ser inferior a 2000,00 meticais. Na opinião dos jovens, a sua luta é de consciencializar o povo para lutar pelos seus direitos, mas os responsáveis municipais, principalmente o Presidente Simango, que não quer colaborar com o desenvolvimento cultural e nega a diversidade do pensamento, fechando todos os caminhos para que não consigamos ter apoio para o efeito. Por isso estamos em Maputo a procura do apoio porque todas as portas da Beira lhes foram fechadas. Na verdade, estamos a perceber que para se ser activista social na cidade da Beira, principalmente quando se critica o sistema dominante, corre-se o risco de perder muita família e amigos e sobretudo oportunidades de crescer na vida e na arte que abraçamos. “Estamos dispostos a morrer falando a verdade”. Asseguraram os jovens músicos da Beira. 1 Editorial NÃO SE DEIXEM ENGANAR PELA FRELIMO E PELO FILIPE NYUSI Na província de Tete são frequentes nos últimos dias, os relatos de confrontos militares entre forças governamentais e os homens residuais da RENAMO que segundo algumas fontes já causaram refugiados, vítimas humanas e danos materiais avultados. Depois de termos ouvido do ministro da Agricultura e Segurança Alimentar, José Pacheco em sede de diálogo, da Polícia naquela província, agora foi a vez de ouvirmos do senhor Filipe Nyusi na sua passeata em Tete a querer imputar a responsabilidade da situação à RENAMO. Todas as três fontes, diga-se em abono da verdade, frelimistas, apesar de contraditórias entre si, apareceram a acusar as forças da RENAMO de serem os autores dos ataques. Filipe Nyusi, ao invés de no mínimo condenar os confrontos entre as forças ou mesmo propor soluções para o fim dos confrontos, limitou-se a falar de “ataques que estão sendo protagonizados pelo que chama de homens armados da RENAMO”. Importa sublinhar tal como disse o deputado Saimone Macuiana, que a RENAMO exige uma comissão de inquérito que possa buscar os factos no terreno. Outro aspecto que interessa a RENAMO é saber em que circunstâncias tal como insinua o Governo, as forças residuais saíram das suas posições para irem atacar as unidades policiais que tal como é do conhecimento público se encontram nas vilas. Ao recusar a criação de uma comissão de inquérito proposta pela RENAMO para investigar os acontecimentos no terreno, o governo está tentar encobrir o que as suas forças estão a fazer no terreno. Está claro segundo os relatos das populações residentes que testemunharam o facto, que as forças da RENAMO nunca foram atacar as unidades quer das Forças Armadas de Defesa de Moçambique ( FADM ), como da Unidade de Intervenção Rápida ( UIR ). Entenda se que as forças da RENAMO e os seus acampamentos estão fora das vilas, sendo lá onde se encontraram em posições defensivas durante todo este tempo desde a assinatura dos Acordos de Paz na cidade italiana de Roma em 1992. Amedrontar com disparos uma população de uma região como Tsangano onde é do domínio político da RENAMO a pretexto de estar a procura de supostos homens da RENAMO, é um truque que a Frelimo encontrou para desencorajar as pessoas a não apoiarem as autarquias Ficha técnica Director:Jeronimo Malagueta; Editor: Gilberto Chirindza; Redacção:Natercia Lopez; 2 Colaboradores: Chefes regionais de informação; Maquetizadores: João Mazingo e Marcial Macome provinciais bem como de desacreditar a própria RENAMO. Se Filipe Nyusi considera que a província de Tete “não deve ser o centro de treinos para confusões”, a RENAMO entende que aquela província não deve ser o centro de provocações ou intimidação políticas. “Isso que estamos a ouvir por aí tem que parar. A população não deve permitir que alguém saia do seu distrito, onde vive bem, para vir fazer guerra aqui em Tete” disse Nyusi. Quem na verdade sai dos seus distritos onde as suas famílias vivem em Paz, são os agentes das forças de defesa e segurança que a mando do próprio Nyusi têm a missão clara de intimidar as pessoas e de atacar homens pacíficos da RENAMO como forma de desarmálos violentamente, uma missão que para já advertimos que será muito difícil, senão mesmo impossível para a Frelimo. A Frelimo deve saber que não é só Tete que precisa ou quer a Paz, mas sim todo o Povo moçambicano. Não se trata apenas de uma Paz do silêncio das armas, mas também a nível de governação e administração. O povo não sentirá nenhuma Paz, enquanto continuar a ser -lhe negado o direito de escolher livremente os seus governantes e métodos de gestão. Se há quem está a enganar a população e provocar a guerra, não se trata da RENAMO que desde a sua existência vive com essa população, mas sim os agentes estranhos à Paz, à boa governação como são os casos dos senhores da Frelimo que têm medo da justiça, do bem-estar social de todos, partilha e transparência na gestão dos recursos do país. Diga-se em abono da verdade que os confrontos existem sim em Tete, provocados pelos agentes da Frelimo e que têm merecido resposta adequada dos homens da guarda da RENAMO. Esperamos que a verdade seja trazida a público, quando a Frelimo aceitar que uma comissão de inquérito para investigar os factos no terreno seja constituída. Enquanto isso, apelamos a todos homens e mulheres moçambicanos de boa vontade, para que não se deixem enganar pela Frelimo e pelo se seu presidente Filipe Nyusi, porque na verdade esses são os que roubaram “arrancaram”os votos do povo nas eleições de 2014. De resto queremos recordar que a RENAMO promete que vai permanecer firme nas suas exigências até as últimas consequências. Sede Nacional da Renamo Av. Ahmed Sekou Touré nº 657; Email: boletimaperdiz@gmail. co.mz Cells: 829659598, 844034113; www.renamo.org. Nº de Registo 07/GABINFO-DEC/2015 GOVERNO FALSO E CORRUPTO O governo de nyusi enrola e deixa insatisfeitos os deputados na AR sobre a política salarial, vínculos laborais o cumprimento das normas de higiene e segurança no trabalho, negociações políticas, as regras e disciplina dos órgãos de comunicação social do sector público, uso de terras e o caso “quente” sobre EMATUM, durante o debate em torno de Perguntas ao Governo nos dias 22 a 23 de Julho. É a segunda vez que o Governo de Nyusi é chamado ao parlamento para a sessão de Perguntas ao Governo em seis meses, e mais uma vez as suas respostas continuam sem clareza e sem satisfazer a bancada da RENAMO e aos moçambicanos no geral. O Deputado António Muchanga diz que por ser o Governo que faz gestão quotidiana dos negócios do Estado, deve responder às perguntas com detalhes de modo a clarificar e a ajudar o povo a compreender o rumo que o país está a seguir. Sobre a Politica salarial Durante a sua intervenção, Muchanga disse que os argumentos apresentados não podiam ser aceites porque o mesmo governo que diz não ter dinheiro para remunerar bem os polícias, professores e pessoal da saúde, tem recursos para pagar bem a PCA’s e Administradores das empresas públicas como são os casos que se assistem no MPDC-Porto de Maputo, onde alguns membros do Conselho de Administração ganham 600.000, 900.000 até 1.300.000 mt por mês. Para Muchanga não faz sentido que no mesmo Estado haja funcionários que comem pela medida grande enquanto outros comem pela medida pequena o que se assemelha a dirigentes que comem com a concha ou colher de pau e o Povo a comer com colher de chá. “Esta maneira de fazer a gestão dos recursos públicos é danosa e está criar conflitos sociais em várias famílias moçambicanas. Os dirigentes do Estado devem sentir vergonha do que acontece com os funcionários de alguns sectores vitais da nossa vida por causa dos magros salários”, desabafou Muchanga e acrescentou que não se pode garantir a segurança do povo quando polícias trabalham mais de 72 ou 96 horas por semana contra 40 horas dos outros funcionários Públicos a receber 4.000,00 mts de salário. “Não se pode construir um Estado de Justiça social com os salários que se paga ao nosso povo. Mais grave se torna quando tomamos conhecimento de que guardas prisionais que trabalham nas mesmas condições dos polícias estão a 8 meses sem suas remunerações”, lamentou António Machanga. “Os polícias e agentes correcionais são pessoas que lidam com situações delicadas, de risco e devem ter maior cuidado e concentração dada a delicadeza do seu trabalho, mas vivem um dilema de trabalhar sem receber há mais de meio ano”, alertou Machanga. continuação da pág 4 3 continuação da pág 3 Sobre os Acidentes de Trabalho A questão dos vínculos laborais precários, a falta de cumprimento das normas de higiene e segurança no trabalho são outras situações que não devem ser tratadas de ânimo leve por parte de quem tem responsabilidade no Estado. O Deputado António Muchanga disse que os acidentes de trabalho que se multiplicam nas obras de construção civil na cidade de Maputo, tendo a destacar o último acidente no edifício da Jat/INSS devem encontrar por parte das autoridades uma resposta que desencoraje os empreiteiros a usar materiais descartáveis e manter encarregados desleixados só porque querem ganhar maior fatia de lucros. De referir que este acidente segue ao desabamento de um prédio onde morreu um guarda, e uma Mesquita que vitimou um Engenheiro, tendo na altura o governo feito o mesmo discurso de que ia tomar medidas para que casos da mesma natureza não voltem a acontecer. Sobre Negociações Políticas no País O governo subiu no pódio da AR para elogiar a iniciativa do Bispo Dom Dinis Singulane por ter juntado mulheres para reivindicar a sua inclusão nas negociações políticas que decorrem na sala de Conferências Joaquim 4 Chissano. Por sua vez, Deputando António Muchanga lamentou nos seguintes termos:”…É pena que só hoje depois de mais de 100 rondas e depois dele estar incluído como mediador a mais de 80 rondas de diálogo é que se recordou que nasceu de uma mãe que é uma mulher que pode dar um contributo importante na pacificação do País, será que o Senhor Bispo terá andado de mãos dadas com o diabo durante muito tempo para esquecer das mamãs? Ou o Espírito Santo terá se distanciado de si a semelhança do Bispo Abel Muzorewa que tanto orava a pedir bênçãos para IAN SMITH no Zimbabwe? Talvez o fim do mandato no Conselho de Estado pode ter levado o sacerdote a pensar numa maneira que pudesse sensibilizar o partidão para manter o seu posto naquele Conselho”. Sobre Regras e disciplina dos órgãos de comunicação social do sector público tribuna parlamentar e o programa esta semana aconteceu também eram programas que transmitiam a verdadeira opinião do povo e não apenas instrumentalização nociva de um grupo de criminosos associados no famoso G40. “A fidelidade partidária não se garante descriminado os moçambicanos, recusando o direito a resposta nem tão pouco, seleccionando os comentadores que são manipuláveis”, afirmou Muchanga, para logo a seguir asseverar: “É vergonhoso que o povo até tenha abandonado a nossa TVM porque os comentadores mais presentes são autênticos puxa sacos. Queremos respeito pelo povo. A diversidade de opiniões traz respeito e o Quinta a Noite é um programa de interacção com os telespectadores e tem de continuar. Sinto que até pequenas Televisões ganharam mais audiência do que a nossa TV pública só por um alguém quer garantir lealdade aos chefes do partido que governa, distorcendo a verdade, que maldade”. Sobre o Uso de terra O que está acontecer na TVM, RM, AIM e Notícias tem de mudar. O Deputado Muchanga disse que a actuação dos órgãos supracitados deve merecer a atenção de todos os moçambicanos e deve haver regras e disciplina, pois não se deve deixar que os impostos do povo sejam para financiar um serviço precário e nocivo só porque os dirigentes destes órgãos querem manter fidelidade a quem governa. Muchanga citou como exemplo, Manuel Tomé e Manuel Veterano, funcionários e editores na RM, que garantiram fidelidade partidária mas deixaram que o café da manhã, cartas na mesa, linha directa fossem programas de verdadeira interacção popular, ao mesmo tempo que a Para António Muchanga, o desenvolvimento do país não pode ser feito sem regras, desgraçando o povo retirando as terras onde produzem comida para dar lugar à actividades que trazem benefício a um punhado de gente corrupta só porque a terra é do Estado. Estado é o povo não são apenas os governantes. “O nosso povo precisa de terra para habitação, terra para agricultura, terra para pastagem de seus animais e outras actividades relevantes. É doloroso o que se vive em várias partes do país, onde o povo é continua na pág 5 continuação da pág 4 retirado das terras férteis e fica sem alimentação; casas destruídas com anos de suor e sacrifício. Anos de trabalho são destruídos sem compensações. O que é isso meus senhores? A cidade da Matola, Nampula, Tete e Maputo são exemplos muito recentes, aliás a população de Tsalala está a viver estes momentos tristes desde a manhã da última terça feira, 21 de Julho”, informou António Muchanga. Sobre a demolição das casas e de muros de vedação, os donos devem receber compensações. Para António Muchanga, o argumento segundo o qual o povo construiu sem autorização, não vale, e pergunta onde é que o governo andava quando o povo construía. “O açambarcamento de oportunidades por parte dos dirigentes, a destruição das casas dos pobres sem compensações e o assalto as terras configuram injustiça do governo para com o povo. Foi isso que levou o povo a lutar contra o colonialismo, o povo não lutou porque não queria brancos. Foi porque a injustiça era igual ou inferior a esta, pelo que não vai o nosso povo assistir passivamente os desmandos que são praticados pelos governantes deste país. É preciso pôr mão na consciência. Se há fome todos devemos consentir sacrifícios e se há riqueza por favor partilhemos todos. Não podemos construir um Estado de injustiça propositada. Estão a ofender o povo, chega”, sentenciou o Deputado António Muchanga. Sobre a Questão EMATUM De acordo com o Deputado António Muchanga, o Dossier EMATUM precisa de ser muito bem clarificado; são vários os preços de que se fala. Dizem que os barcos custaram Os três Atuns 500.000 dólares ora 1.000.000 de dólares e até chegaram a inflacionar o preço de cada barco para 22.000.000 de dólares. Aquele Deputado disse que é o momento de limpar as impurezas e purificar os dados, prestando melhor informação e permitindo que os representantes do povo se inteirem com profundidade das nuances deste negócio, tendo em conta que quem não deve não teme. Pelo facto de a informação prestada pelo Governo sobre a EMATUM não ter sido clara, António Muchanga propõe que se avance para averiguação deste negócio enquanto ainda é cedo. E apela aos moçambicanos para que não parem de longe à semelhança dos inspectores das obras públicas que só foram visitar o edifício da Jat/INSS quando os vizinhos reclamaram que havia poeira e não verificaram o que se seguiu, até à queda dos andaimes que mataram trabalhadores. Muchanga apelou aos moçambicanos para evitarem o que compromete a boa imagem do país, dizendo que “não devemos parar por aqui à semelhança dos inspectores da educação e ensino superior que ignoraram o grito dos trabalhadores e estudantes da USTM onde as notas são distribuídas sem obedecer às regras que norteiam a gestão de uma universidade, os estudantes são burlados, pagam propinas correspondentes a 11 meses e estudam apenas 5”. António Muchanga defende a criação de uma comissão de inquérito parlamentar com vista a apurar o real valor dos barcos, os nomes e as instituições envolvidas neste negócio sujo e responsabilizá-los. Apurar igualmente as motivações que levaram o governo francês a envolver-se em agiotagem com alguns criminosos do nosso país. No seu discurso, Muchanga disse que não devemos deixar que negociatas deste nível tenham lugar no nosso solo pátrio, pois prejudicam a nossa imagem e o nosso percurso rumo ao desenvolvimento, levemos os três Atuns à justiça se for necessário. Os três Atuns têm nomes que são: Guebuza, Chang e Nyusi. “Os senhores falaram mas não deram resposta, o que o povo quer são respostas exemplo: quando os municípios destroem casas o que o governo faz? Qual é o salário mínimo e máximo na Função Pública? Quanto dinheiro a EMATUM já pagou de imposto, qual é o valor do custo dos barcos por unidade? Investir 850 milhões de dólares para empregar menos de 1000 pessoas é demais, é crime. O senhor Guebuza e seus acólitos Manuel Chang e Nyusi devem responder pelo seu envolvimento neste negócio”, finalizou o Deputado António Muchanga. 5 GOVERNAÇÃO SELVAGEM HOSTILIZA MUNÍCIPES Um fenómeno bastante arrepiante está acontecendo um pouco por todo país, reflexo de uma governação selvagem e de distanciamento da justiça social ao cidadão. Da investigação efectuada pelo “A PERDIZ” nos locais onde se regista esta macabra campanha de demolições, constatou-se que, enquanto ocorrem os despejos dos camponeses das terras onde praticam a agricultura de subsistência um pouco por todo o país pelo governo, em paralelo, os Conselhos Municipais têm estado a demolir infra-estruturas privadas, incluindo residências, sob alegação de terem sido erguidos em espaços de reserva do Estado, não obstante terem sido autorizadas para o efeito pelos próprios municípios. Refira-se que estes actos nocivos mereceram na última sessão 6 da Assembleia da República, nas perguntas ao governo um questionamento sobre a visível desarticulação entre o governo central e os municípios. Tendo sido ao Deputado Juliano Picardo da Bancada Parlamentar da RENAMO que coube a responsabilidade de apresentar as questões sobre o fenómeno, pelo que arrematou: “… não prejudiquem ao povo que já se encontra prejudicado há mais de 40 anos… exigimos uma compensação justa aos cidadãos violentados pela desarticulação do sistema, um plano de correcções de erros e fiscalização de acções”. Vários cidadãos entrevistados pelo “A PERDIZ” manifestam desacordo quanto as práticas do governo e são unânimes em afirmar que é uma total vergonha para o país que tem-se notabilizado na polémica entre o povo e as multinacionais que operam sob cobertura dos dirigentes do governo do dia, como por exemplo o PROSSAVANA, a exploração de minerais, zonas turísticas e àreas de conservação. Já em Maputo, concretamente no Município da Matola a campanha das demolições tem ocorrido em paralelo com a construção da cidadela da Matola, numa clara amostra da falta de uma política de ordenamento urbanístico que possa responder a demanda da procura de talhões para a construção e serviços. É opinião geral que os visados pelas destruições vejam cumprida a justiça, recebendo a devida compensação justa, pois a desarticulação entre as instituições governamentais não deve ser responsabilizada aos cidadãos. O REGRESSO INCOMPREENSÍVEL AOS TIROS Na tentativa de assaltar uma posição das Forças da guarda da RENAMO, as Forças de Defesa e Segurança foram repelidas, resultando feridos e mortos em número ainda por apurar. Segundo nossas fontes um pouco pelo país dentro onde existem forças da RENAMO tem havido registo de actos de tentativa de desarmar a força e que o apogeu aconteceu no dia 14 de Julho, no povoado de Chibaene, Localidade de Nkondedzi, Distrito de Tsangano na Província de Tete, quando um grupo enorme, trajados de uniforme da Unidade de Intervenção Rápida (UIR - FIR) munido de armas pesadas de guerra, numa atitude provocatória tentou sem sucesso assaltar a posição das forças da guarda da RENAMO ali estacionada desde os tempos da assinatura do Acordo Geral de Paz de Roma, em 1992. Estas forças encontram-se estacionadas em cumprimento da Lei 29/2014, de 5 de Setembro, que aprova a Cessassão das Hostilidades Militares, daí a sua existência em vários locais, com conhecimento das autoridades moçambicanas, aguardando a sua integração nas FDS- forças da Defesa E Segurança, acto que está dependente do diálogo político ainda a decorrer no Centro internacional de Conferências Joaquim Chissano em Maputo. De recordar que a RENAMO já veio a público anunciar que procedeu a entrega das listas nominais e da matriz de reintegração e reinserção através do seu General Ossufo Momade ao Presidente da República Filipe Nyusi, aguardando-se a todo o momento a flexibilização do processo por parte do Governo. Governo maquiavélico Depois de goradas as pretensões de assalto as posições da RENAMO em Gaza, Inhambane, Sofala e Tete, com registo de baixas altas entre feridos graves, óbitos e deserções, eis que o governo em sede das negociações, depois da insistência da RENAMO apresentou uma carta protesto contra alegadas violações do acordo de cessão das Hostilidades Militares, datada de 15 de Julho de 2015, na qual está descrita a situação político militar no terreno. De recordar que em Maio a RENAMO denunciara que em Guijá estavam ocorrer escaramuças militares, exigindo a constituição de uma comissão de inquérito para averiguar a situação, acto que a delegação do governo menosprezou, tendo na altura o vice-chefe da delegação do governo, Gabriel Muthisse dito que “tratava-se da progressão das Forças de Defesa e segurança no terreno”. 7