Renamopropõesubstituição
de <capacetesazuisrrsrzïttfí3
por maispolícias da OÌ{U
A Renamovai propôr a
substituiçãode metadedos
"Capacetesazuis" por Um
reforçodo contingentepolicialquefiscalizea PolÍcia
moçambicana durante a
campanhaeleitoral,disseo
presidentedo movimento,
AÍonso Dhlakama.
O líderda Renamoindicou tambémque vai entregar ao presidenteda República JoaquimChissanoa
lista dos 33 assessoresdo
seu movimentodos 1'l go
vernadores provinciais e
exigira sua entradaimediata em Íunções.
A vindade um contingent e p o l i c i a le a n o m e a ç ã o
dos assessoresforam dois
entendimentosa que chegaram Dhlakamae Chissano no início de Setembro
passado.
Mas o líder da Renamo
maniÍestou-seclaramente
insatisfeitocom o número
aprovado no começo de
Novembro pelo Conselho
de Segurançade apenas
128 políciasdas Nações
Unidas.
"O que é isso? lsso não
interessa",declarouDhlakama.reÍerindoseaos 128
eÍectivos.
Dhlakama acrescentou
que a sua proposta visa
responderàs alegaçõesda
ComunidadeInternacional
de que não há dinheiropara um contingentepolicial
numeroso,como ele pretendia.
A propostada Renamo,
segundoindicou,vai ser exposta ao enviado especial
da ONU paraMoçambique,
Aldo Ajello, e ao próprio
secretário-geralBoutros
Ghali por carta.
Ajellotem afirmadoque
o envio dos milhares de
efectivospgdidospela Renamo é inviável,mas garantiuque maispolíciasda
ONU virãoalém dos 128.
A Onumoz tem actualmente em Moçambique
cercade 6.000eÍectivosmilitarese mais 300 observadores militares.
Segundo Dhlakama,
"nâo laz sentido que esse
porcontingentecontinueD,
que "até Agostodo próximo
ano teremos um exército
Íormado" e os capacetes
azurs regressaraoaos seus
países.
"Mas teremosproblemas
durantea campanhaeleito
ral", considerou,acrescentando desconfiarda capacidadeda Políciagovernamentalpara mantera lei e
a ordem.
O presidente
da Renamo
afirmouque pretende.que
elementosdo contingente
policialda ONUestejamem
todosos locaisonde houver
Íorçasda ordem do Governo.
Na entrevista,o líderda
Renamodeclarou-seainda
"traído" pela Comunidade
Internacional,que não está a cumprira promessade
financiar a transformação
do movimentoguerrilheiro
em partido político.
Dhlakama avisou que,
com estas diÍiculdadesÍinanceiras,pode perder o
controlodo seu movimento
e então .não haverá paz
nem democracia"em Moçambique.
Segundo ele o "Trust
Fund" geridopelasNações
Unidas a Íavor do seu movimento "é dinheird para
aguentar com a presença
da Renamoaquiem Maputo" nas comissõesdo processo de paz.
O "TrustFund",de 10 milhõesde dólares,aindasó
Íoi realizadoem 5,7 milhões
de dólares, graças à verba
disponibilizadapela ltália,
segundoAldo Ajello.
Dhlakamareafirmouque
o seu movimentovai dar início ao acantonamentoa 30
de Novembro,mas avisou
que podemsurgir "proble1y135n
QUe ÍUgiu a eSpecificar.
Não querendoindicaro
que vai tazer, Dhlakama
tantoaÍirmouque vai cumprir o calendáriodo processo de paz,que prevêque o
acantonamento
decorraem
dois meses,como admitiu
que ele possanão ser concluído.
"Até podem acantonar
todas (as tropas), mesmo
que acantoneme desmobilizempodemsurgirproblemas.O meu problemaé de
surgirtudo e perigarãp?zn,
disse.
"Se não se avisa,as pes-
soas podempensarque está tudo a andar bem",
declarou Dhlakama, que
acusaa Comunidadelnternacionalde ver o processo
de paz moçambicano
como
apenas o desarmamento
da Renamo.
"Nãoqueroque a Comunidadelnternacional
venha
dizer que sou o segundo
Savimbi.Nãosou Savimbi,
não sereiSavimbi",afirma,
paraexplicarpor que razão
levantaagoraa questãodo
financiamento
da Renamo.
Com as datasdo acantonamento e das eleições
marcadas,o líderda Renamo consideraque "não há
mais recuo"para a transÍormação do seu movimento
de Íorça militar em partido
político.
"E precisoque a Renamo
marguea sua presençapG'
liticamente"e para isso pr+
cisa de "infra-estruturas",
sublinhou.
De acordocom o líderda
Renamo,o seu movimento
é disciplinadoe um ano de
paz praticamentesem incidentesé disso prova.
Mas,segundoele, militares e políticosda Renamo
poderãosentir-setraídose
considerarem-selivres para Íazerem"aQuiloque entenderem".
Dhlakamaafirmaque antes de assinaro acordogeraf de paz, em Outubrode
1992, recebeupromessas
de ajuda financeirade diversospaíses,que nâo citou, com a excepçãode
Portugal.
"Sinto-meagora traído,
eu Íuitraído,porquemuita
gente pÍorrì€tiâ",frisou.
"Os países prometiam:
Olha,nãohá problema.Assinao acordoque o dinheiro vai chover,toda a genre
compreendeque a Renamo ainda t"t gl'rr1gsr,Í€corda Dhlakama.
Segundoele, Portugalfoi
um dos paísesque,prometeu dar dinheiro."NãoqUero dizer que fizeram um
documento,que assinaram...mas eu falavacom
responsáveis portugueses". insiste.
"Muítospaíse.sprometeram,não me interessacitar,
mas hoje mudaramde discoD.acusa."Quandodisseram "assinao acordo".eles
sabiam que as leis deles
não permitiamapoiar um
partido,mashojeé que estão a dizer isto".
"Temque haverum milagre.Tem que haveralguma
coisa.Ou americanose brifrantânicos,portugueses,
ceses, alemães,combinarem-se,criaremum Íundo.
Fecharemos olhos.Disponibilizarem.
Porqueé preciso. lstoé imediato",afirma
Dhlakamatransmitindoa
urgênciado seu apelo.
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Renamo propõe substituição por mais polícias da OÌ{U