OR Sementes: 26 anos de excelência em trigo
Em 8 de julho, 2015 ocorreu a Reunião Anual da Comissão Brasileira de
Pesquisa de Trigo. A destacada participação da OR Melhoramento de Sementes levanos a compartilhar os resultados.
ENSAIO ESTADUAL DE CULTIVARES DE TRIGO 2014
Fepagro, Embrapa Trigo e colaboradores Epagri, Unijuí, UCS, IFRS, Setrem, OR
Sementes, CCGL TEC, Limagrain, UFRGS, FAPA, Biotrigo e Coodetec realizam o
Ensaio Estadual de Cultivares de Trigo, com o objetivo de comparar e avaliar o
potencial produtivo das principais cultivares indicadas para o cultivo no Rio Grande do
Sul.
Na safra 2014, foram avaliadas 33 cultivares - lançamentos de 2012 e 2013 e as com
maior área plantada no RS. Vinte e três experimentos foram conduzidos em Região 1 e
2 RS – Augusto Pestana, Casca, Caxias do Sul, Coxilha, Cruz Alta, Eldorado do Sul,
Ijuí, Júlio de Castilhos, Não-Me-Toque, Passo Fundo, Santo Augusto, São Borja, São
Luiz Gonzaga, Sertão, Três de Maio e Vacaria;
Região 1 e 2 SC - Campos Novos, Chapecó, Abelardo Luz; e Região 1 PR Guarapuava.
Em 2014, a produtividade média do EECT no Rio Grande do Sul foi 3.122 Kg ha-1 e nos
anos 2013, 2012 e 2011, 4.820 Kg ha-1, 3.476 Kg ha-1 e 4.889 Kg ha-1, respectivamente.
Estes resultados evidenciam a condição de ambiente extremamente desfavorável na
safra 2014.
Quanto às regiões de adaptação, os piores resultados foram na região 2 do RS, enquanto
que o melhor resultado foi observado em Guarapuava. Na região 1 do RS os resultados
foram um pouco melhores do que na região 2, mas muito inferiores aos de SC e PR.
A cultivar Ametista apresentou o melhor desempenho geral no ensaio, com
produtividade superior a 3.800 Kg ha-1, embora não tenha diferido estatisticamente das
que apresentaram média geral superior a 3.350 Kg ha-1.
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O mais alto valor de Peso Hectolitro, entre as 33 cultivares coube também a Ametista,
considerando a média de todos os 23 ambientes avaliados.
Ametista foi a cultivar que mais produziu na região 1 RS e Topázio na região 2 RS.
COMPORTAMENTO DE CULTIVARES DE TRIGO DO ENSAIO ESTADUAL
QUANTO À GIBERELA EM 2014.
Maria Imaculada P. M. Lima*, Embrapa Trigo.
O ensaio foi conduzido em Coxilha RS, sob volume de precipitação pluvial nos meses
de setembro, outubro e novembro acima da média, em 32%, 12% e 11%,
respectivamente. A cultivar Tópazio apresentou o menor percentual com relação aos
grãos de trigo giberelados.
ENSAIO ESTADUAL DE CULTIVARES DE TRIGO DO RIO GRANDE DO
SUL 2014 - REAÇÃO AO MOSAICO COMUM.
Douglas Lau*, Embrapa Trigo.
No Brasil, o mosaico comum do trigo ocorre principalmente no Rio Grande do
Sul, em Santa Catarina e no sul do Paraná, sendo atribuído ao Soil-borne wheat mosaic
virus. Condições ambientais favoráveis são frio e umidade. O longo período de
sobrevivência do vetor no solo e a ampla gama de plantas hospedeiras dificultam o
controle desta virose de outra forma que não por meio da resistência genética (Caetano,
1982). Fundamental caracterizar o nível de resistência e o dano potencial das
cultivares disponíveis no mercado para auxiliar na tomada de decisão quanto ao seu
emprego em áreas com histórico e/ou risco de mosaico comum.
Foram caracterizadas 30 cultivares do Ensaio Estadual, em condições de campo
com histórico de mosaico comum. O efeito da virose na testemunha suscetível resultou
em rendimento de grãos de 26,5 g/parcela e o da cultivar controle resistente foi 56,1
g/parcela. A homogênea distribuição da doença na área e os efeitos sobre as
testemunhas indicam que os resultados de caracterização são seguros com baixa
ocorrência de escape.
As cultivares que não exibiram sintomas e que comportaram-se com excelente
rendimento em área com forte pressão da doença, são opção para cultivo em áreas com
histórico de mosaico.
ORS Vintecinco teve o melhor peso de grãos (63,8 g/parcela) e ausência de sintomas
visíveis. Também sem sintomas, Topázio (57,3 g), Jadeíte 11 (46,9 g) e Ametista (45,0
g). O peso médio de grãos das 30 cultivares avaliadas foi 43,0 g /parcela.
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ENSAIO ESTADUAL DE CULTIVARES DE TRIGO DO RIO GRANDE DO
SUL 2014 - REAÇÃO AO BARLEY YELLOW DWARF VIRUS.
Douglas Lau*, Embrapa Trigo.
O nanismo amarelo em cereais de inverno no Brasil é causado predominantemente pelo
Barley yellow dwarf virus e transmitido, principalmente, pelos afídeos Rhopalosiphum
padi e Sitobion avenae. O objetivo deste trabalho foi avaliar o componente
tolerância/resistência de 30 cultivares de trigo do Ensaio Estadual. O vetor utilizado foi
R. padi, cujas colônias avirulíferas vêm sendo mantidas na Embrapa Trigo desde 2006.
As comparações foram realizadas utilizando-se o peso de grãos produzido por vaso
(g/vaso).
Todas as cultivares avaliadas apresentaram sintomas, com notas médias variando entre
1,9 a 5. A maior redução observada foi de 88,9% e a menor de 20,1% (ORS
Vintecinco). Esta foi a única cultivar com dano entre 0-20%.
GERMINAÇÃO PRÉ-COLHEITA NAS CULTIVARES DE TRIGO DO RIO
GRANDE DO SUL, ANO 2014.
Ricardo Lima de Castro*, Embrapa Trigo.
A germinação pré-colheita, popularmente denominada germinação na espiga, é um dos
principais problemas da triticultura no Sul do Brasil, particularmente nas regiões mais
quentes, onde há dormência dos grãos diminui, facilitando a germinação quando
ocorrem chuvas no período de pré-colheita (Cunha et al., 2004). Reduz o rendimento e
prejudica a qualidade tecnológica dos grãos. O problema pode ser diagnosticado
visualmente, quando muito severo ou pelo valor do Número de Queda. O objetivo deste
trabalho foi avaliar a reação à germinação pré-colheita de 33 cultivares do Ensaio
Estadual de Cultivares de Trigo indicadas para cultivo no Rio Grande do Sul, no ano
2014, empregando-se o método de simulação de chuva. Antes do teste de chuva, apenas
uma cultivar teve NQ inferior a 220 s, valor mínimo para a classe comercial Pão.
Depois do teste de chuva, ORS Vintecinco e Jadeíte 11 classificaram-se entre as
melhores quanto a resistência à germinação na espiga (menor número de grãos
germinados). Contudo, considerando também a diminuição do Número de Queda, após
o teste de chuva, foram destaque tanto em relação ao NQ quanto em relação ao
percentual de grãos germinados, apenas cinco cultivares, entre as quais, Jadeíte 11 e
Quartzo.
ADAPTABILIDADE E ESTABILIDADE DE GENOTIPOS DE TRIGO NO
ENSAIO ESTADUAL DE SANTA CATARINA.
Sydney Antonio Frehner Kavalco*, EPAGRI.
Em adaptabilidade e estabilidade de cultivo percentual, para 33 cultivares de trigo
avaliadas na safra agrícola de 2013/2014, em Chapecó, Canoinhas e Campos Novos, no
ensaio estadual, 17 foram superiores a 100% em relação ao rendimento médio geral do
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ensaio. Assim comportaram-se Quartzo, ORS Vintecinco, Topázio, Jadeíte 11 e
Ametista. Entre as sete cultivares de trigo em destaque quanto a maior adaptabilidade e
estabilidade em Santa Catarina estão Quartzo, ORS Vintecinco e Topázio.
ADAPTABILIDADE E ESTABILIDADE DE CULTIVARES DE TRIGO PARA
A REGIÃO SUL DO BRASIL, NA SAFRA DE 2014.
S.Lannes*,Fepagro.
Para saber qual a cultivar ideal para determinado ambiente, é necessário
determinar a adaptabilidade para cada local e seu comportamento em diferentes
condições climáticas. Ao recomendar para cultivo, são consideradas entre outras
características, alta produtividade, estabilidade de produção e ampla adaptabilidade aos
mais variados ambientes. O objetivo desse trabalho foi identificar a adaptabilidade de
cultivares de trigo em ambientes com diferentes características edafoclimáticas e estudar
o comportamento dessas cultivares na safra de 2014. Consideradas as 33 cultivares do
Ensaio Estadual, em 23 locais – Região 1 e 2 RS SC e Região 1 PR, Ametista foi
destaque entre as mais produtivas. Classificada como adaptabilidade ampla, indicou
uma tendência de adaptação específica a ambientes desfavoráveis. Superior 13,84% à
média em Produtividade nos ambientes desfavoráveis, a cultivar apresentou
desempenho 4,3% superior à média nos ambientes favoráveis.
Nestes ambientes, entre 6 cultivares superiores à média, constam Ametista, Topázio e
ORS Vintecinco.
Ametista e Topázio foram destaque em ambientes desfavoráveis.
ORS 1401 – CULTIVAR DE TRIGO PÃO COM ALTO POTENCIAL
PRODUTIVO.
Rodrigo Oliboni *, OR Melhoramento de Sementes.
A cultivar de trigo ORS 1401 foi desenvolvida pela OR Melhoramento de Sementes.
Ônix e Abalone estão em sua origem.
Características
Ciclo médio (88 dias da emergência ao espigamento e 135 dias à maturação)
Estatura média (93 cm)
Moderada resistência a moderada suscetibilidade ao acamamento
Resistência à debulha natural
Grãos de coloração vermelho escuro e textura dura
Moderada tolerância ao crestamento de alumínio
Moderada resistência à germinação na espiga na fase de pré-colheita
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Moderada resistência às manchas foliares
Moderada resistência à giberela
Resistência à ferrugem da folha
Resistência ao oídio
Moderada suscetibilidade ao vírus do mosaico do trigo
Rendimento de grãos:
13 Ensaios de VCU nas Regiões 1 e 2 RS, 2 Ensaios nas Regiões 1 e 2 SC e 2 Ensaios
na Região 1 PR em 2012 e 2013
RS - A média de superioridade de rendimento de grãos em relação à média das duas
melhores testemunhas na Região 1 foi 2,3%, superior à média da Região 2 (5751 kg.ha-1
contra 4749 kg ha-1)
SC - Altos desempenhos também foram observados na região 1, com 8,7% superior em
relação às cultivares testemunhas (4157 kg.ha-1)
PR - Na Região, em 2 anos de avaliação, o rendimento médio foi 6083 kg.ha -1, 11%
superior à média das melhores testemunhas.
ORS 1401 está enquadrada na Classe Pão, conforme IN nº 38 do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Brasil, 2010). A previsão de comercialização de
sementes é baseada em um estoque inicial de 7000 sacos de 40 kg (280 toneladas) de
semente básica. Na safra de 2015, novas multiplicações de semente básica serão
realizadas e estarão disponíveis para a comercialização em 2016.
ORS 1401
Vantagens
Qualidade tecnologia diferenciada
Rendimento de grãos
Sanidade
Maior retorno econômico ao triticultor.
Para a indústria moageira, serão disponibilizados grãos de qualidade de Trigo Pão a
Melhorador, com alta força de glúten, relação P/L, número de queda (NQ), e de
absorção de água. Cor = 92 ou superior.
* Primeiro autor.
Amarilis Labes Barcellos
OR Melhoramento de Sementes
[email protected]
www.orsementes.com.br
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