VISÃO GLOBAL SOBRE OS DIVERSOS TIPOS DE
DEFICIÊNCIAS
ALEXANDRE LUIZ ALVES
PROF. DE EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA
APRESENTAÇÃO DA
MATÉRIA
• CARGA HORÁRIA
• OBJETIVOS
• DESENVOLVIMENTO DOS CONTEÚDOS E
DAS AULAS
• COMPLEXIDADE DO TEMA
• ESTÁGIOS E PALESTRAS
• DESTINATÁRIOS
O QUÊ É (D)EFICIÊNCIA?
• PARA ONU
Toda perda ou
anormalidade de uma estrutura ou função
psicológica, fisiológica ou anatômica.
• LEGALMENTE
Art 3º, Inc. I e II Dec 3.298/99
(Reg. da Lei nº
7.853/89)
Art 3º, Inc. I e II - Dec 3.298/99
(Reg. da Lei nº 7.853/89)
• I – Deficiência – toda perda ou anormalidade de uma
estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica
que gere incapacidade para o desempenho de atividade,
dentro do padrão considerado normal para o ser humano.
• II – Deficiência permanente – aquela que ocorreu ou
se estabilizou durante um período de tempo suficiente
para não permitir recuperação ou ter probabilidade de que
se altere, apesar de novos tratamentos.
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BREVE HISTÓRICO
O “TRATAMENTO” EVOLUIU COM A SOCIEDADE
PREVISÃO DA MENOS VALIA – PIEDADE
IDADE MÉDIA – POSSESSÃO DEMONÍACA
RENASCIMENTO – MUDANÇA DE CONCEPÇÃO
SÉC XVIII – BUSCA-SE MAIOR COMPREENSÃO A
PARTIR DO DESENVOLVIMENTO DA CIÊNCIA
PERÍODO PÓS 2ª GRANDE GUERRA MUNDIAL –
GRANDE Nº DE LESÕES ADQUIRIDAS
ATUALMENTE – DEFICIENTES COMO
PROTAGONISTAS DE REIVINDICAÇÕES
COMO PORTAR-SE DIANTE DE
UMA PPNE (Pessoa Portadora de Necessidades Especiais)
• A CONVIVÊNCIA DIMINUI OU EXTINGUE O
DESCONFORTO
• NÃO FAÇA DE CONTA QUE A DEFICIÊNCIA NÃO EXISTE
• NÃO SUBESTIME AS POSSIBILIDADES, NEM
SUPERESTIME AS DIFICULDADES E VICE-VERSA
• A DEFICIÊNCIA NÃO TORNA UMA PESSOA MELHOR
OU PIOR QUE OUTRAS
• A DEFICIÊNCIA DIFICULTARÁ A REALIZAÇÃO DE
ALGUMAS TAREFAS, MAS
REALIZAÇÃO DE OUTRAS
FACILITARÁ
A
• A MAIORIA DOS DEFICIENTES NÃO
SE
INCOMODAM EM RESPONDER ALGUMAS DÚVIDAS
• SEMPRE QUE QUISER AJUDAR UM DEFICIENTE, OFEREÇA
AJUDA, MAS AGUARDE A RESPOSTA
• NÃO FAÇA AQUILO QUE LHE INCOMODA
• HAJA COM NATURALIDADE MESMO DIANTE DE ERROS
COMPREENSÃO DO DESENVOLVIMENTO
HUMANO
ESTATÍSTICAS – CENSO 2000
• DEF. VISUAL – 48,1 %
(16.573.937)
• DEF. AUDIO COMUNICAÇÃO
16,7 % (5.750.809)
ESTATÍSTICAS – CENSO 2000
• DEF. MENTAL – 8,3 %
(2.848.684)
• DEF. MOTORA 4,1 %
(9.301.825 )
MÉDIA NACIONAL – 14,5%
(APROX. 24,5 MILHÕES DE PESSOAS NO BRASIL)
•
DEFICIÊNCIAS PRIMÁRIAS
DEFICIENTES DA VISÃO
POUCA VISÃO
-
CEGOS
• DEFICIENTES DA ÁUDIO-COMUNICAÇÃO
POUCA AUDIÇÃO – SURDOS
• DEFICIENTES MENTAIS
DEPENDENTES – TREINÁVEIS – EDUCÁVEIS
• DEFICIENTES FÍSICOS
DISFUNCIONADOS – EPILÉTICOS – PARALÍTICOS
(MEDULARES E CEREBRAIS)
DEDICIÊNCIA VISUAL (DV)
• CONCEITO
É A PERDA TOTAL OU PARCIAL DA VISÃO, NECESSITANDO O
SEU PORTADOR, DE RECURSOS ESPECÍFICOS, MÉTODO
BRAILLE, BENGALA E OUTROS, PARA ALFABETIZAÇÃO E
SOCIALIZAÇÃO
• CEGUEIRA LEGAL •
•
acuidade visual igual ou inferior a
20/200 no melhor olho após correção, ou campo visual
restrito que seu maior diâmetro compreendendo uma
distância angular inferior a 20 graus (20/200)
CEGUEIRA TOTAL – Incapacidade de reconhecer uma
luz forte direcionada diretamente aos olhos.
VISÃO DE PERCURSO – PERCEPÇÃO DE MOVIMENTO
– PERCEPÇÃO DE LUZ
DV – PROBLEMAS NO DESENVOLVIMENTO
• 85% DOS ATOS DO COTIDIANO DECORREM DE
•
•
•
•
•
•
UM ESTÍMULO VISUAL
NÃO ACARRETA DIRETAMENTE QQ DEFICIÊNCIA
FÍSICA OU MOTORA – MAS ATRASA O
DESENVOLVIMENTO
FALTA DE ESTIMULAÇÃO (INTRÍNSECA E
EXTRÍNSICA)
FALTA DO MODELO VISUAL
TRABALHO DE EXERCÍCIOS DE CORREÇÃO
POSTURAL
TENDÊNCIA A LENTIDÃO NA MARCHA
FALTAM-LHE EXPERIÊNCIAS E NÃO CAPACIDADE
SUGESTÕES NO TRATO COM O DV
•
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•
•
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•
•
•
•
EXAGERE NA VERBALIZAÇÃO
ESTEJA SEMPRE ATENTO A POSTURA
INCENTIVE O MOVIMENTO
TRABALHE FLEXIBILIDADE E CORRIDAS
MANTENHA AMBIENTE COM CORES
CONTRASTANTES
NÃO MUDE AS COISAS DO LUGAR
AJUDE O ALUNO A CRIAR SEU MAPA COGNITIVO
E TRABALHE COM TODOS OS SENTIDOS
VERIFIQUE A BAGAGEM QUE O ALUNO POSSUI
TRABALHE COM PISTAS AUDITIVAS
VERIFIQUE ATIVIDADES CONTRA-INDICADAS
DEFICIÊNCIA
AUDITIVA
CONCEITO
“É a diminuição da capacidade de percepção
normal dos sons, sendo considerado surdo
o indivíduo cuja audição não é funcional na
vida comum, e parcialmente surdo aquele
cuja audição, ainda que deficiente, é
funcional com ou sem prótese auditiva”.
DA – GRAUS DA PERDA AUDITIVA
• Deficiência auditiva leve – perda auditiva de até
•
•
•
40 decibéis (dB)
deficiência auditiva moderada – perda auditiva
entre 40 e 70 dB
deficiência auditiva severa – perda auditiva entre
70 e 90 dB
deficiência auditiva profunda – perda auditiva
acima de 90 Db
Obs – Decibéis é a medida da intensidade
(volume) dos sons
EXEMPLIFICANDO
DECIBÉIS
• 0 - 20
• 20 – 40
• 40 – 60
• 60 – 80
• 80 – 100
• 100 – 120
TIPO DE RUÍDO
farfalhar das folhas
conversação silenciosa
conversação normal
ruído médio de fábrica ou trânsito
apito de guarda e ruído de caminhão
ruído de discoteca e de avião decolando
COMO SE PORTAR DIANTE DE UMA
PESSOA DEF. AUDITIVA
• Para chamar a atenção acene para ela ou a toque
• Fale de maneira clara, pronunciando bem as
•
•
•
•
•
palavras, use a sua velocidade normal, a não ser
que lhe peçam para falar mais devagar
Use um tom normal de voz. Gritar nunca adianta
Fale diretamente com a pessoa, não de lado ou
atrás dela
Faça com que a sua boca esteja bem visível
Tente ficar num lugar iluminado. Evite ficar contra a
luz
Se você souber alguma linguagem de sinais, tente
usá-la.
DEFICIÊNCIA MENTAL OU
INTELECTUAL
CONCEITO
Desenvolvimento mental
incompleto ou inadequado
acarretando transtornos para
uma adequação social
independente ou autônoma.
Incapacidade de um
comportamento intelectual
dentro das habilidades
permitidas pela idade
cronológica, verificada por
meio de testes psicométricos.
DM – CONSIDERAÇÕES GERAIS
Q.I. = IDADE MENTAL x 100.
IDADE REAL
• GRADUAÇÃO SEGUNDO A OMS
Profunda:
Severa:
Moderada:
Leve:
• SUPERDOTADOS
QI abaixo de 20
QI entre 20 e 35
QI entre 36 e 52
QI entre 53 e 70
DM – DESENVOLVIMENTO DE UMA SESSÃO
1) ASPECTO PSICOMOTOR
Estimula o
aluno a pensar e agir simultaneamente
2) RECREATIVO
Tem como vantagem
agir de forma direta no desenvolvimento de
todo o corpo, de acordo com a atividade
desenvolvida, sem a monotonia de aulas
calcadas em repetições. Estimula, também,
a sociabilidade.
TRABALHO PSICOMOTOR COM DEF.
MENTAIS - OBJETIVOS
1) Adquirir a organização de seu esquema corporal
e sua orientação no espaço.
2) Desenvolver a estruturação temporal.
3) Desenvolver um bom equilíbrio.
4) Adaptar-se ao meio.
5) Realizar atividades menos egocêntricas e de
maior utilidade, ampliando a noção de
responsabilidade social e de trabalho prolongado.
6) Desenvolver atividades que propiciem a
reeducação motora e, tanto quanto possível, a
realização pessoal.
SÍNDROME DE DOWN
• Sinônimo de
Deficiência
Mental?
• Características
físicas
• Características
Psicológicas
DEFICIÊNCIA FÍSICA
CONCEITO
Comprometimento do aparelho
locomotor que compreende o
sistema ósteo-articular, o
sistema muscular e o sistema
nervoso. as doenças ou lesões
que afetam quaisquer desses
sistemas, isoladamente ou em
conjunto, podem produzir
quadros de limitações físicas de
grau e gravidade variáveis,
segundo o(s) segmento(s)
corporais afetados e o tipo de
lesão ocorrida.
CLASSIFICAÇÃO
•
•
•
•
•
MONOPLEGIA
HEMIPLEGIA
TRIPLEGIA
PARAPLEGIA
DIPLEGIA
-
um só membro afetado
afetamento de um dos lados do corpo
três membros são afetados
são afetados os membros inferiores
todos os membros (principalmente os
inferiores)
• TETRAPLEGIA - quatro membros afetados
DF – CAUSAS MAIS COMUNS
• PARALISIA CEREBRAL
• HEMIPLEGIAS
• LESÃO MEDULAR
• AMPUTAÇÕES
• MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS
• ARTROPATIAS
PARALESIA CEREBRAL
CONCEITO
Grupo de síntomas incapacitantes
permanentes, resultantes de dano às áreas
do cérebro responsáveis pelo controle
motor. É um problema não progressivo que
pode ter origem antes, durante ou logo
após o nascimento (pré, peri ou pós natal) e
se manifesta sobre a perda ou no
comprometimento do controle sobre a
musculatura voluntária (designa um
distúrbio de movimento ou postura).
PC – CLASSIFICAÇÃO NEUROMOTORA
(LIGADA AO TÔNUS MUSCULAR APRESENTADO)
• A) ESPÁSTICA – (Incidência +/- 75%)
Hipertonia – Gera Deformidades Ósseas
• B) EXTRAPIRAMIDAL
Atetose: Alternam o tônus
Coréia: Contrações involuntárias
• C) ATAXIA – Compromete o equilíbrio e a
coordenação.
EDUCAÇÃO
Podemos fazer a
diferença...
Pressione ENTER
A professora Teresa
conta que no seu primeiro dia de aula parou
em frente aos seus alunos da 5ª série primária e,
como todos os demais professores,
lhes disse que gostava de todos por igual.
No entanto,
ela sabia que isto era quase impossível,
já que na primeira fila estava sentado
um garoto chamado Ricardo.
Ela, aos poucos, notava que ele
não se dava bem com os colegas de classe e
muitas vezes suas roupas estavam sujas
e cheiravam mal.
Houve até momentos em que ela sentia
um certo prazer em lhe dar notas vermelhas
ao corrigir suas provas e trabalhos.
Ao iniciar o ano letivo,
era solicitado a cada professor
que lesse com atenção a ficha escolar dos alunos,
para tomar conhecimento das anotações.
Ela deixou a ficha de Ricardo por último.
Mas quando a leu foi grande a sua surpresa...
Ficha do 1º ano:
“Ricardo é um menino brilhante e simpático.
Seus trabalhos sempre estão em ordem
e muito nítidos.
Tem bons modos e é muito agradável
estar perto dele.”
Ficha do 2º ano:
“Ricardo é um aluno excelente e
muito querido por seus colegas,
mas tem estado preocupado com sua mãe
que está com uma doença grave e
desenganada pelos médicos.
A vida em seu lar deve estar sendo muito difícil.”
Ficha do 3º ano:
“A morte de sua mãe foi um golpe muito duro
para Ricardo.
Ele procura fazer o melhor,
mas seu pai não tem nenhum interesse e
logo sua vida será prejudicada se ninguém
tomar providências para ajudá-lo.”
Ficha do 4º ano:
“Ricardo anda muito distraído e
não mostra interesse algum pelos estudos.
Tem poucos amigos e muitas vezes
dorme na sala de aula.”
Ela se deu conta do problema
e ficou terrivelmente envergonhada...
E ficou pior quando se lembrou dos lindos
presentes de Natal que ela recebera dos alunos,
com papéis coloridos, exceto o de Ricardo,
que estava enrolado num papel de supermercado.
Lembrou que abriu o pacote com tristeza,
enquanto os outros garotos riam ao ver que era
uma pulseira faltando algumas pedras
e um vidro de perfume pela metade.
Apesar das piadas ela disse que o presente
era precioso e pôs a pulseira no braço
e um pouco de perfume sobre a mão.
Naquela ocasião Ricardo ficou um pouco mais
de tempo na escola do que o de costume.
Relembrou, ainda, que ele lhe disse:
- A senhora está cheirosa como minha mãe!
E, naquele dia, depois que todos se foram,
a professora chorou por longo tempo...
Em seguida, decidiu mudar sua maneira
de ensinar e passou a dar mais atenção
aos seus alunos, especialmente a Ricardo.
Com o passar do tempo ela notou
que o garoto só melhorava.
E quanto mais ela lhe dava carinho e atenção,
mais ele se animava.
Ao finalizar o ano letivo,
Ricardo saiu como o melhor da classe.
Seis anos depois, recebeu uma carta de Ricardo
contando que havia concluído o segundo grau
e que ela continuava sendo a melhor professora
que tivera.
As notícias se repetiram
até que um dia ela recebeu uma carta assinada
pelo Dr. Ricardo Stoddard, seu antigo aluno,
mais conhecido como Ricardo.
Mas a história não terminou aqui...
Tempos depois recebeu o convite de casamento e
a notificação do falecimento do pai de Ricardo.
Ela aceitou o convite e no dia do casamento
estava usando a pulseira que ganhou de Ricardo
anos antes, e também o perfume.
Quando os dois se encontraram,
abraçaram-se por longo tempo e Ricardo
lhe disse ao ouvido:
“Obrigado por acreditar em mim
e me fazer sentir importante,
demonstrando-me que posso fazer a diferença.”
E com os olhos banhados em lágrimas sussurrou:
“Engano seu! Depois que o conheci
aprendi a lecionar e a ouvir os apelos silenciosos
que ecoam na alma do educando.
Mais do que avaliar as provas e dar notas,
o importante é ensinar com amor
mostrando que sempre é possível
fazer a diferença...”
(Autor Desconhecido)
Afinal,
o que realmente faz a
diferença?
É o fazer acontecer
a solidariedade, a compreensão,
a ajuda mútua
e o amor entre as pessoas...
O resto vem por acréscimo...
É este o segredo do Evangelho.
Tudo depende da
Pedagogia do Amor.
“Nisto todos saberão que sois
meus discípulos:
Se vos amardes uns aos outros
como eu vos amei” (Jo 13, 34-35)
UMA ATITUDE PODE MUDAR A
VIDA DE UMA PESSOA
MUITO OBRIGADO
PELA ATENÇÃO
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