2996 X Salão de Iniciação Científica PUCRS Modelagem das estações do sistema flexível de manufatura do lab. CIM da PUCRS Fernando Madalosso de Bittencourt1 ,André Luiz Thietböhl Ramos1 (orientador) 1 Faculdade de Engenharia, PUCRS, Resumo Atualmente, na industria, os sistemas flexíveis de manufatura está se tornando maiores e mais complexos e requerem algum nível de otimização. O desafio é implementar ou melhorar os antigos sistemas de produção de forma rápida em busca de uma eficiência maior e em conseqüência disso obter redução dos custos. Os métodos utilizados atualmente já estão ultrapassados estes tornam a tarefa complicada. A simulação desses sistemas , o planejamento e a otimização de sistemas de manufatura, fica facilitada porque a simulação compreende o desenvolvimento de modelos computacionais de sistemas de produção e a aplicação destes modelos, pela experimentação e análise de diferentes cenários[8]. O sucesso da simulação está diretamente relacionado a modelagem dos sistemas. Existem diferentes métodos de modelagem e diversas maneiras de categorizar estes métodos:formais e descritivos. A Rede de Petri, que um método formal, foi utilizado nas estações de trabalho do Sistema Flexível de Manufatura do Laboratório CIM da Pontifícia Universidade Católica do RS, para melhor entender o funcionamento das estações e assim obter melhor resultado de eficiência produtiva na iteração dos diferentes sistemas e equipamentos envolvidos neste processo. Metodologia Ryan[7] recomenda que uma estrutura sistemática para a simulação de um evento seja cuidadosamente planejada. A regra "40-20-40" é descrita como a regra básica da simulação. A regra diz que que o desenvolvimento do modelo seja dividido da seguinte forma: X Salão de Iniciação Científica – PUCRS, 2009 2997 (1) 40% para a definição do problema, planejamento do projeto, conjunto de todas as etapas necessárias para se alcançar o objetivo, definição do sistema, formulação do conceito do modelo, experimentos preliminares e preparação dos dados. (2) 20% para a codificação do modelo. (3) 40% para validação e verificação final, analise do experimento, implementação e documentação. Segundo Murata[4], Rede de Petri é uma ferramenta gráfica e matemática aplicável para diferentes tipos de sistemas. É uma poderosa ferramenta para descrever e estudar sistemas de processos de informação que são concorrentes, sem sincronismo, distribuíveis, paralelos, não determinísticos e/ou estocásticos. Como uma ferramenta gráfica podem ser utilizadas como método de visualização de forma similar a fluxogramas, diagramas de bloco e redes. Como ferramenta matemática é possível fazer equações algébricas e outros modelos matemáticos de sistemas. D’Angelo[2] define Redes de Petri como uma ferramenta gráfica utilizada para modelar processos assíncronos e concorrentes. Redes de Petri podem modelar um sistema de forma hierárquica e qualquer pessoa pode identificar o problema que é representado por series ou um grupo de ações. A rede é constituída de somente 4 símbolos: • fichas ou tokens representadas por pontos • predicados representados por um círculo • transições representados por barras ou caixas • arcos, que podem ser de entrada ou saída, conectam os predicados as transições Em modelagem fichas representam entidades, predicados representam estados e transições representam eventos. As transições tem um numero determinado de predicados de entrada e saída, representando a pré e pós condição de um evento. Arcos de entradas conectam um predicado à transição, enquanto os de saída conectam a transição ao predicado. Os predicados podem conter as fichas que reapresentam o(s) estado(s) atual(ais) de um predicado. Existem várias técnicas para a modelagem em Redes de Petri, que tipicamente seguem as seguintes etapas: • Definir as entidades (fichas) • Definir predicados (estados) X Salão de Iniciação Científica – PUCRS, 2009 2998 • Definir as transições (atividades) • Especificar os estados • Definir as condições de entrada e saída das ações • Especificar as transições • Definir o relacionamento entre transições e predicados (arcos) Utilizando está técnica, as cinco estações do Sistema Flexível de Manufatura, Almoxarifado, Torneamento, Fresamento, Qualidade e Montagem do laboratório CIM para PUCRS foram modeladas. Conclusão Através da simulação por Redes de Petri[5], é possível modelar sistemas nas mais diferentes camadas de processo. Mas existem algumas desvantagens: Redes de Petri de sistemas complexos se tornam muito grandes e de difícil analise para pessoas que não conhecem o formalismo, portanto na hora de modelagem toda a comunicação entre o modelador e os participantes do sistema deve ser feita utilizando outra técnica de modelagem. Também foi possível constatar através da modelagem que é possível otimizar um sistema de manufatura através da simulação por Redes de Petri. Referências [1]BALDWIN TILLIAL ELDABI, R. J. P. L. P. Business process design:flexible modelling with multiple levels of detail. Business Process Management, v. 11, n. 1, p. 22–36, 2005. [2]D’ANGELO, G. J. Tutorial on Petri Nets. Crawfords Corner Road, Holmdel, N.J. [3]H.D, H. The design, use and required facilities of an interactive visual computer simulation language to explore production planning problems. Tese (Doutorado) — University of London, 1976. [4]]MURATA, T. Petri nets: Properties, analysis and applications. Proceedings of the IEEE, v. 77, n. 4, 1989. [5]PETRI, C. A. Kommunikation mit automatem. Bonn;Institut f¨ ur Instrumentel le Mathematik, Schriften des IIM, n. 3, p. 188–202, 1962. [6]ROBINSON, S. Discrete-event simulation: from the pioneers to the present, what is next? Journal of the Operational Research Society, v. 56, p. 619–629, 2005. [7]RYAN, C. H. J. Process modeling for simulation. Computer in Industry, n. 57, April 2006. [8]SMITH, J. Survey on the use o simulation for manufacturing system design and operation. Journal of Manufacturing Systems, v. 22, n. 2, p. 157–171, 2003. X Salão de Iniciação Científica – PUCRS, 2009 2999 Para outras formas de referências, seguir o padrão da ABNT. Essas normas estão disponíveis no site da Biblioteca da PUCRS (www.pucrs.br/biblioteca). X Salão de Iniciação Científica – PUCRS, 2009