AS PSICOPATOLOGIAS DOS ALUNOS EM CONTEXTO ESCOLAR
RESUMO
INTRODUÇÃO: A consciencialização de que a educação e a formação individual são os
principais factores de identificação, integração, promoção social e realização pessoal, afirma a
convicção de que estes são agentes prescritivos da igualdade de oportunidades e que
desempenharam um papel essencial na emancipação pessoal, social e profissional. Hoje, o
conceito de desenvolvimento encontra-se relacionado com a valorização do recurso humano,
nomeadamente na sua capacidade de adquirir e usar princípios éticos fundamentais. Existem
nas nossas escolas alunos com outras psicopatologias que não se incluem nas necessidades
educativas especiais, tais como: perturbação da hiperactividade e défice de atenção,
problemas comportamentais, perturbação do tipo alimentar, perturbação da ansiedade,
perturbação do humor, stress e perturbação de sono.
OBJECTIVOS: Pretende-se saber, com o presente trabalho, se os profissionais da educação
identificam as psicopatologias, em contexto escolar, se as encaminham correctamente e se as
instituições escolares são sensíveis a esta temática, de forma a responder satisfatória e
assertivamente às necessidades dos alunos, tendo sempre em atenção os princípios éticos
nucleares.
MATERIAIS E METÓDOS: Para a realização deste trabalho de investigação optou-se por
desenvolver um estudo do tipo exploratório, descritivo e transversal, baseado numa análise
quantitativa. O estudo descritivo teve por objectivo discriminar os factores determinantes ou
conceitos que eventualmente possam estar associados ao fenómeno estudado. O método de
colheita de dados constituiu o instrumento de medida utilizado para obter informação e poder
dar resposta aos objectivos da investigação, sendo este instrumento o inquérito por
questionário elaborado segundo as normas éticas.
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RESULTADOS: A maioria dos alunos das nossas escolas ainda não recorreu aos serviços de
psicologia e orientação escolar. Os referidos serviços são de difícil acesso, devido ao baixo
número de profissionais que exercem funções nesta área em ambiente escolar e ao elevado
número de alunos à espera de acompanhamento, pelos mais variados motivos, problemas ou
psicopatologias. Os professores detectam, com mais frequência nos alunos, a Perturbação da
Hiperactividade e Défice de Atenção, os Problemas Comportamentais, a Perturbação da
Ansiedade e o Stress. As psicopatologias detectadas são as que mais afectam o rendimento,
aproveitamento, e sucesso escolar dos alunos, assim como o bom ambiente na sala de aula.
Segundo os serviços de psicologia escolar, as psicopatologias mais frequentes nos alunos
são: a Perturbação da Ansiedade; a Perturbação da Hiperactividade e Défice de Atenção; os
Problemas Comportamentais; a Perturbação do Tipo Alimentar/Perturbação do Humor e o
Stress.
CONCLUSÕES: As escolas devem desenvolver sistemas de reflexão e debate que permitam
conhecer processos de exclusão e de desigualdade nas suas dinâmicas, assim como os
procedimentos mais justos para se conseguir uma escola mais democrática, plural e
niveladora de desigualdades (nomeadamente contra os que têm alguma psicopatologia). A
escola deve partir das diferenças pessoais de cada ser humano, considerando a diversidade
como um valor positivo, proporcionando uma orientação anti-exclusão, compensadora das
desigualdades e respeitando a individualidade. A escola deve garantir o real acesso aos
direitos fundamentais a partir da luta contra as causas da desigualdade, aceitando e
valorizando a diversidade, tendo sempre como base os princípios éticos partilhados pelas
sociedades pluralistas.
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