ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA MILITAR PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL DA JUSTIÇA MILITAR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – 2009/2012 JMEco RELATÓRIO 1. APRESENTAÇÃO A preservação do meio ambiente e dos recursos naturais e a definição consciente da destinação dos resíduos advindos do alto consumo de produtos industrializados estão na pauta mundial. É concreta a preocupação, a cada dia que passa, com os efeitos da degradação ambiental na qualidade de vida da sociedade. O processo acelerado de aquecimento global, que tem produzido modificações climáticas em todo o planeta e cujas principais causas estão relacionadas ao uso maciço dos combustíveis fósseis, leva à constatação de que o rápido aumento da temperatura da Terra tem relação direta com o modo como as sociedades humanas utilizam os recursos naturais. A degradação ambiental, que ocorre de forma acelerada, tem mobilizado toda a sociedade a fazer alterações no seu relacionamento com o meio ambiente e no uso dos recursos naturais. Nesse contexto, a Justiça Militar do Estado do Rio Grande do Sul, como instituição pertencente ao Poder Judiciário gaúcho, tem enfrentado o desafio de preservar o meio ambiente e os recursos naturais de nosso planeta. Pensando nisso é que foi criado por esta Justiça Especializada o Programa de Gestão Ambiental - JMEco. Após o I Seminário de Responsabilidade Socioambiental no Poder Judiciário, organizado pelo Conselho Nacional de Justiça, este Tribunal de Justiça Militar aprovou o Programa de Gestão Ambiental da Justiça Militar Estadual (Resolução nº 63, de 20 de maio de 2009 – DJE Nº 4.101), que é presidida até a presente data por este Magistrado. Inicialmente, criou-se a Comissão de Gestão Ambiental (Portaria nº 72/2009, de 16 de junho de 2009 – DJE Nº 4.121), composta por servidores desta Justiça e que tem como atribuições implementar medidas Tribunal de Justiça Militar do Estado do Rio Grande do Sul www.tjmrs.jus.br 93 anos do TJM – 163 da JME “JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL: TRANSPARENTE, JUSTA E NECESSÁRIA ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA MILITAR visando ao cumprimento da Recomendação nº 11 do Conselho Nacional de Justiça. De acordo com o artigo 2º da referida norma, a Comissão tem como atribuições planejar, propor e zelar pela implementação de ações voltadas à gestão ambiental na Justiça Militar, abrangendo: I - separação de resíduos de coleta seletiva e seu adequado encaminhamento; II - adoção de medidas de economia de recursos ambientais e materiais; III - uso racional de água, energia elétrica, comunicações e ar condicionado nas rotinas diárias; IV - inserção de critérios ambientais nas licitações de obras e aquisição de bens, tais como equipamentos de informática, veículos, combustíveis e mobiliário; V - proposição da forma de efetivação das medidas e sugestões ofertadas no âmbito normativo interno e em sua execução, levando em consideração a necessidade e a disponibilidade de recursos humanos e orçamentários; VI - proposição e oferecimento de campanhas de esclarecimento, bem como treinamento e orientação, de modo sistemático, a magistrados, servidores, estagiários e terceirizados nos procedimentos de gestão ambiental; VII - monitoração e divulgação de informações acerca das atividades e resultados da Gestão Ambiental; VIII - realização de propostas e estudos contínuos sobre a utilização de materiais ecoeficientes e de redução de desperdício de recursos naturais nos processos e atividades desenvolvidas pela Justiça Militar. A proposta de mudança de cultura organizacional foi assumida por magistrados e servidores que se comprometeram em adotar as propostas sugeridas pelo Programa, adequando-as à realidade vivenciada pela instituição. 2. AÇÕES DESENVOLVIDAS O início da trajetória exitosa do Programa de Gestão da Justiça Militar do Estado se deu no dia 27 de agosto de 2009, quando foi realizado o I Painel Socioambiental da Justiça Militar do Estado, que contou com a participação da instituição, além de representaNtes de todos os tribunais gaúchos, TRE, TRF 4, TJ/RS e TRT e membro do Centro dos Funcionários do Tribunal de Justiça/RS (CEJUS). O evento foi organizado pela Comissão de Gestão Ambiental desta Justiça Especializada, atendendo à Resolução nº 11 do CNJ. Tribunal de Justiça Militar do Estado do Rio Grande do Sul www.tjmrs.jus.br 93 anos do TJM – 163 da JME “JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL: TRANSPARENTE, JUSTA E NECESSÁRIA ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA MILITAR O painel teve como objetivo principal a apresentação dos modelos de gestão adotados pelas Cortes gaúchas. No dia do evento, foram assinadas e publicadas as Portarias nºs 109, 110 e 111 (DJE Nº 4.169), que recomendavam a implementação de ações na área da gestão ambiental da Justiça Militar do Estado do Rio Grande do Sul; a utilização de papel reciclado nos impressos de natureza administrativa ou judicial no âmbito do Tribunal e dispunha sobre o logo da Gestão Ambiental da Justiça Militar do Estado do Rio Grande do Sul. Esse passo inicial fez com que a JME/RS passasse a fazer parte do rol de Tribunais gaúchos que adotam a recomendação do Conselho Nacional de Justiça, iniciando o planejamento socioambiental através de palestras e orientações, como, por exemplo, a correta coleta seletiva de resíduos, de papel, cartuchos de tinta e/ou toner de impressoras, que são encaminhados para reciclagem por intermédio de cooperativas, além da sensibilização dos servidores, membros e funcionários terceirizados. Graças ao apoio incondicional do Tribunal de Justiça do Estado, através do Programa “Ecojus”, referência nacional na gestão ambiental, demos os passos iniciais na busca de uma melhor qualidade vida e na preservação do meio ambiente. Logo em seguida, criamos o link: http://www.tjm.rs.gov.br/organizacional/jmeco.asp, fazendo a apresentação do Programa de Gestão Ambiental. Outra providência importante adotada foi a distribuição de 63 lixeiras para os servidores realizarem a separação do lixo orgânico e do lixo seco no seu local de trabalho. A distribuição do equipamento começou pelos setores do Tribunal e pelas Auditorias situadas em Porto Alegre. O cesto de lixo preto passou a receber os resíduos orgânicos, enquanto o verde recebe apenas o lixo seco. O trabalho de coleta seletiva de lixo já vinha sendo desenvolvido desde a implantação do Programa de Gestão Ambiental (JMEco), de forma concentrada em grandes recipientes coletivos. Com a aquisição das novas lixeiras, cada gabinete passou a fazer a prévia separação dos materiais, facilitando a coleta geral e, por fim, a própria reciclagem. Em março de 2010, iniciou-se um marco histórico na Gestão Ambiental. A partir de um convite formulado pelo Ecojus (TJ/RS), todos os Tribunais do Estado, bem como o Ministério Público, a Defensoria e a OAB/RS, passaram a reunir-se, com o objetivo de preparar a semana do meio-ambiente que ocorre sempre em junho de cada ano. A primeira reunião ocorreu no dia 9 de março de 2010 e teve a participação das seguintes personalidades: Dra. Vera Lúcia Fritch Feijó, Juíza Coordenadora do SGA - Sistema de Gestão Ambiental (SGA); Avelina Lautert, Tribunal de Justiça Militar do Estado do Rio Grande do Sul www.tjmrs.jus.br 93 anos do TJM – 163 da JME “JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL: TRANSPARENTE, JUSTA E NECESSÁRIA ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA MILITAR do TRE – Comitê de Valor Público; Márcia Balreira, do TRE – Comitê de Valor Público; Marcelo Rosa, Secretário do Corregedor do Tribunal de Justiça Militar; Wilson da Silveira Jacques Júnior, do TRT da 4ª Região; Dra. Anelise Steigleder, Promotora de Justiça da Promotoria do Meio Ambiente de Porto Alegre; Sérgio Guedes, Assessor do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional do Ministério Público; Sandra Barcelos, do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente (CAOMA) do Ministério Público; Elenis Bazacas Corrêa, Auditora do ECO-Tribunal de Contas do Estado; Magda Stoll Andrade, do Tribunal Regional Eleitoral; Sônia Maria Pires Jardim de Oliveira, membro do ECOJUS; Ângela Knorr e Patrícia Rigon de Oliveira, membro do ECOJUS. Foi uma reunião histórica, pois uniu todos os tribunais com sede em Porto Alegre, além do Ministério Público, da Defensoria Pública e da OAB/RS, para a realização um evento coletivo na Semana do Meio Ambiente. Os temas abordados foram: Justiça Ambiental; Compra Sustentável; Gerenciamento de Resíduos; Educação Ambiental e Responsabilidade Social; Ética e Solidariedade; Edificações Sustentáveis. Ficou definido, na oportunidade, que a abertura da Semana do Meio Ambiente ocorreria no dia 7 de junho no Tribunal de Contas do Estado. No último dia do evento, no auditório do Tribunal de Justiça, seria apresentado um painel sobre Gestão Ambiental, onde todos os dirigentes das instituições envolvidas assinariam um Termo de Cooperação. Dando seguimento ao programa de Gestão Ambiental, a Justiça Militar do Rio Grande do Sul participou da Hora do Planeta no dia 27 de março de 2010, entre 20h30 e 21h30 (hora de Brasília), o Brasil participou oficialmente da Hora do Planeta. Diversas residências, empresas, ONGs e órgãos públicos apagaram as luzes durante uma hora, para mostrar sua preocupação com o aquecimento global. A Hora do Planeta começou em 2007, mas apenas em Sidney, na Austrália. O Brasil participou pela primeira vez no ano de 2009, e o movimento superou todas as expectativas. Centenas de milhões de pessoas em mais de 4 mil cidades de 88 países apagaram as luzes. Monumentos e locais simbólicos, como a Torre Eiffel, o Coliseu e a Times Square, além do Cristo Redentor, o Congresso Nacional e outros ficaram uma hora no escuro. Além disso, artistas, atletas e apresentadores famosos ajudaram voluntariamente na campanha de mobilização. Dando continuidade ao Programa de Gestão Ambiental, a JME aderiu ao movimento e, no dia 27, a sede do Tribunal e as quatro Auditorias da Justiça Militar, em Porto Alegre, Passo Fundo e Santa Maria, tiveram suas luzes apagadas. No dia 13 de abril de 2010, ocorreu a segunda reunião para tratar da Semana do Meio Ambiente. Na oportunidade, foi aprovado o folder, Tribunal de Justiça Militar do Estado do Rio Grande do Sul www.tjmrs.jus.br 93 anos do TJM – 163 da JME “JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL: TRANSPARENTE, JUSTA E NECESSÁRIA ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA MILITAR a criados o termo de compromisso entre as instituições e a inscrição para participação no evento. Em maio de 2010, na sede do TRE, reuniu-se a Comissão Organizadora da Semana do Meio Ambiente, onde foram deliberados os procedimentos necessários à organização do evento. Logo em seguida, no mesmo mês, na sede do Ministério Público Estadual, assessores de comunicação de todos os órgãos envolvidos se integraram ao mutirão. A JME, que esteve sempre envolvida na tarefa por meio do seu Comitê Gestor de Meio Ambiente, teve seu setor de comunicação representado. Na oportunidade, as assessorias de comunicação das instituições do Poder Judiciário gaúcho envolvidas na organização da 1ª Semana Interinstitucional do Meio Ambiente traçaram o planejamento de divulgação do evento. A iniciativa reuniu magistrados, gestores e servidores e foi sendo concebida sob a perspectiva da ética e da solidariedade como valores de motivação para o comportamento sustentado em relação ao meio ambiente onde se inserem os Tribunais, Ministério Público e demais operadores do direito, tais como os advogados, congregados na OAB. O resultado do trabalho conjunto foi a 1ª Semana Interinstitucional do Meio Ambiente - Meio Ambiente: Ética e Solidariedade. As palestras, painéis e shows aconteceram de forma alternada nas sedes dos organizadores. O evento foi gratuito e aberto ao público. A abertura solene foi às 9h30min do dia 7 de junho no Auditório do Tribunal de Contas. Um Termo de Cooperação assinado pelos presidentes das Instituições selou o compromisso entre eles. Nele os organizadores se comprometeram a trabalhar em ações conjuntas objetivando a conscientização socioambiental de seu público interno e da comunidade. O encerramento do evento foi realizado no Plenário do Tribunal de Justiça e contou com apresentação de música e dança dos integrantes da Yvy Kuraxô - Coração da terra, entidade assistencial indígena. Após, os representantes das instituições envolvidas no evento apresentaram as ações ambientais desenvolvidas em cada órgão. Ainda, houve a palestra do Professor da Universidade de Sevilla Dr. Álvaro Sánchez Bravo sobre o meio ambiente e a globalização. Durante a semana, diversas palestras e painéis abordaram sustentabilidade, ética, legislação ambiental, mudanças climáticas, ecodesign, entre outros. No dia 8 de junho, no Auditório do Ministério Público, aconteceu a palestra do Promotor de Justiça de Estância Velha, Paulo Eduardo de Almeida Vieira, sobre o Caso UTRESA. O painel Mudanças Climáticas - Entenda o que está acontecendo, com a participação de pesquisadores da EMBRAPA e da FEPAGRO, foi realizado na quarta-feira (9/6), no Plenário do Tribunal Tribunal de Justiça Militar do Estado do Rio Grande do Sul www.tjmrs.jus.br 93 anos do TJM – 163 da JME “JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL: TRANSPARENTE, JUSTA E NECESSÁRIA ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA MILITAR Regional Eleitoral, onde pode ser visitada a exposição O Ciclo do H20, com fotos de Jean Schwarz e André Larrêa. No dia 10 de junho, houve a palestra Ecodesign, com a Professora da UFRGS Lia Buarque de Macedo Guimarães. Ainda na quinta-feira, o Auditório do Tribunal Regional do Trabalho sediou o encontro de representantes das empresas públicas e privadas que falaram sobre o papel das empresas da redução do seu impacto ambiental. As inscrições foram feitas gratuitamente por meio dos sites das instituições envolvidas: Tribunal de Justiça (TJRS), Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RS), Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4), Tribunal de Contas e Tribunal de Justiça Militar (TJM/RS). Foram fornecidos certificados pela participação mediante solicitação no momento da inscrição e assinatura em lista de presença. A programação do encontro era a seguinte: 7/6 - segunda-feira Auditório do TCE (200 lugares) - Rua Sete de Setembro, 388 9h30min - Abertura: Palavra dos representantes de todas as instituições participantes 10h30min - Ecodebate, Jornalista Henrique Cortez 14h - Carta da Terra: uma Ética para a Sustentabilidade, Prof. Dr. Ricardo Libel Waldman 15h - Bioética e Responsabilidade Ambiental, Profa. Dra. Marcia Santana Fernandes 16h - Ética e Solidariedade Ambiental, Prof. Dr. Wambert Gomes Di Lorenzo 17h - Ética Ambiental, APE Ana Lucia Xavier Siqueira 8/6 - terça-feira Auditório Mondercil Paulo de Moraes do Ministério Público (500 lugares) - Av. Aureliano Figueiredo Pinto, 80 9h - O Juiz e a Constituição Ecológica, Desembargadora do TRF - 3ª Região, Consuelo Yatsuda Moromizato Yoshida 10h - A Postura dos Profissionais da Defesa do Meio Ambiente, Juiz de Direito São Paulo Roberto Maia Filho 10h - Lançamento livro Execução de Compromisso de Conduta, da Promotora de Justiça Rochelle Danusa Jelinek 11h - Histórico da atuação ministerial na expansão da silvicultura no Rio Grande do Sul, Promotora de Justiça da PJ do Meio Ambiente de Porto Alegre, Ana Maria Moreira Marchesan 13h30min - Mudanças Legislativas Ambientais, Promotor de Justiça Coordenador do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente, Júlio Alfredo de Almeida 14h - Painéis Atuação do Ministério Público - Resíduos Sólidos, Paulo Eduardo de Almeida Vieira, Promotoria de Justiça de Estância Velha - Caso UTRESA Atuação do Ministério Público e a relação com a comunidade, Paulo da Silva Cirne, Promotoria de Justiça Passo Fundo Tribunal de Justiça Militar do Estado do Rio Grande do Sul www.tjmrs.jus.br 93 anos do TJM – 163 da JME “JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL: TRANSPARENTE, JUSTA E NECESSÁRIA ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA MILITAR Atuação do Ministério Público - Corredores Ecológicos, Mônica Maranghelli de Ávila e Roberta Brenner de Moraes, Promotoria de Justiça Estrela e de Santa Cruz do Sul Atividades complementares: Vídeos ambientais, exposição de cartazes e painéis e cálculo da pegada ecológica. 9/6 - quarta-feira Plenário do Tribunal Regional Eleitoral (120 lugares) - Rua Duque de Caxias, 350 14h - Mudanças Climáticas - Entenda o que está acontecendo..., Pesquisador da Embrapa Ivan Rodrigues de Almeida e Pesquisadora da Fepagro Bernadete Radin 10/6 - quinta-feira Auditório Tribunal Regional Federal (200 lugares) - Rua Otávio Francisco Caruso da Rocha, 600 10h - Ecodesign, Profª Lia Buarque de Macedo Guimarães Mostra fotográfica: O Ciclo H2O Abertura: dia 2 de junho na passarela do 9º andar Fotógrafos: Jean Schwarz e André Larrêa Tema: O Arroio Dilúvio Auditório Ruy Cirne Lima, Prédio III do Foro de Porto Alegre - Tribunal Regional do Trabalho (135 lugares) - Av. Praia de Belas, 1.432 Desenvolvimento Sustentável: O papel da empresas da redução do seu impacto ambiental Bloco I - empresas públicas: 09h - Banrisul 09h45min - intervalo 10h15 - Corsan 11h - UFRGS - Prof. Dr. Darci Campani Bloco II - empresas privadas: 14h30min - Celulose Riograndense 15h15min - intervalo 15h45 - Souza Cruz 16h30min - Braskem 17h15 - Encerramento 11/6 - sexta-feira Plenário Ministro Pedro Soares Muñoz do Tribunal de Justiça (450 lugares) - Av. Borges de Medeiros, 1565, 12º andar 14h - Apresentação artística: Yvy Kuraxô - Coração da terra 14h30min - Painel demonstrativo das ações ambientais de cada Instituição 16h30min - "Medio Ambiente Y Globalización: de la Insostenibilidad a la Común Etica Ambiental", Prof. da Universidade de Sevilla Álvaro Sánchez Bravo 17h30min - Encerramento No dia 1º de junho, foi publicado no jornal Correio do Povo, p. 4, artigo do Dr. Geraldo Anastácio Brandeburski, com o título: Ética e solidariedade pelo meio ambiente, qual aqui se transcreve: Há quem afirme: a Justiça não precisa de ações institucionais na área da gestão ambiental, bastando seu desempenho (o STJ é referência mundial) exemplar no segmento do direito ambiental. Sabe-se, isso sim, que a legislação ambiental gaúcha é referência nacional. Na visão de alguns, o Judiciário é capaz de garantir proteção ambiental. Ainda assim, paralelamente à sua condição de poder de estado, a Justiça é uma instituição e, como tal, há que ser sujeito e protagonista na luta Tribunal de Justiça Militar do Estado do Rio Grande do Sul www.tjmrs.jus.br 93 anos do TJM – 163 da JME “JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL: TRANSPARENTE, JUSTA E NECESSÁRIA ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA MILITAR por uma causa ambiental relevante. Esse debate, no entanto, está em aberto. Representantes do Ministério Público identificam risco de retrocesso quando ações antes consideradas criminosas podem, paradoxalmente e por via de alterações legais, converter-se em bem social. Este contexto, por si, justifica a realização da 1 Semana Interinstitucional do Meio Ambiente - Ética e Solidariedade, de 7 a 11 de junho. E são fundamentais as participações do Ministério Público Estadual e do Tribunal de Contas do Estado, ao lado dos Tribunais de Justiça, de Justiça Militar, Regional Federal, Regional Eleitoral e Regional do Trabalho, todos deste Estado. Sob planejamento estratégico implementado pelo Conselho Nacional de Justiça, servidores, magistrados, conselheiros, promotores, procuradores e gestores engajam-se no debate sobre as causas e as consequências do aquecimento global, por exemplo, porque estão conscientes da influência direta do poder público na atividade econômica. Do mesmo modo, e como parte da administração pública, conhecem o peso de suas instituições no estabelecimento de padrões de consumo e produção, uma vez que elas são consumidoras significativas de recursos naturais. Tanto é assim que os órgãos que agora se envolvem na realização do evento que busca interação com a comunidade jurisdicionada não o fazem sem antes ter estabelecido internamente processos para a utilização de papel reciclado e não clorado; para a coleta seletiva de resíduos; para a doação do material coletado a entidades assistenciais que se responsabilizem pelo encaminhamento à reciclagem; para a aquisição de equipamentos que imprimam em frente e verso; para a aquisição de bens e materiais de consumo que levem em consideração o tripé básico da sustentabilidade: ambientalmente correto, socialmente justo e economicamente viável. *Juiz-presidente do Tribunal de Justiça Militar do Estado Publicado originalmente no jornal 'Correio do Povo', página 04, edição de 1º de Junho de 2011. O evento teve repercussão nacional, sendo, inclusive noticiado pelo Conselho Nacional de Justiça. No dia 11 de junho, em ato realizado no gabinete do Presidente do TJ RS, os representantes dos órgãos do Poder Judiciário gaúcho, do Tribunal de Contas e do Ministério Público assinaram o termo de cooperação que tem por objetivo a implementação de ações conjuntas para a gestão do meio ambiente. Com este termo, as instituições se comprometem a trabalhar em regime de cooperação, objetivando também a conscientização socioambiental de seu público interno e da comunidade. A Justiça Militar do Estado esteve representada pelo então presidente do TJM-RS, Dr. Geraldo Anastácio Brandeburski. A solenidade, que aconteceu no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, contou com a participação dos desembargadores Leo Lima, presidente do TJ-RS, Carlos Alberto Robinson, presidente do TRT 4, Vilson Darós, presidente do TRF 4, do Juiz Ícaro Carvalho de Bem Osório, representante do TRE-RS, da Procuradora-Geral de Justiça Simone Mariano da Rocha, representante do Tribunal de Justiça Militar do Estado do Rio Grande do Sul www.tjmrs.jus.br 93 anos do TJM – 163 da JME “JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL: TRANSPARENTE, JUSTA E NECESSÁRIA ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA MILITAR Ministério Público Estadual, e do Conselheiro Cezar Miola, representante do TCE-RS. Em abril de 2011, foi noticiado que a JME/RS economizou mais 31% e superou expectativa do CNJ, cumprindo com folga boa parte das metas definidas pelo CNJ em 2010 Conforme levantamento divulgado sobre as metas fixadas pelo Conselho Nacional de Justiça para 2010, a Justiça Militar do Rio Grande do Sul obteve um bom percentual de desempenho sobre os objetivos designados no 3º Encontro Nacional de Justiça, que reuniu os 91 tribunais brasileiros. Enquanto os demais segmentos do Judiciário ampliaram em 17% os gastos com energia elétrica, papel, telefone e combustível - em parte como conseqüência do volume de operações da Justiça Eleitoral no último pleito –, a JME-RS economizou 31,09% em relação a 2009, muito mais que a expectativa do CNJ, cuja meta seria reduzir 2% frente ao ano anterior. O desempenho, além de medidas administrativas de racionalização e sustentabilidade no uso, deveu-se a uma campanha interna patrocinada pelo Comitê de Gestão Ambiental implantado no início de 2010. Graças ao Programa de Gestão Ambiental da JME, a Justiça Militar do Rio Grande do Sul economizou 31.09% em gastos com energia elétrica (1,65%), telefone (25.36%), água (49.15%), papel (51.04%) e combustível (31,54%). Na semana do meio ambiente do ano de 2011, o Comitê de Gestão do Meio Ambiente entendeu por bem organizar uma palestra, com o objetivo de debater a coleta seletiva de lixo. O painel, que teve como tema “Coleta Seletiva – A responsabilidade também é sua”, foi ministrado pelo Major João José Correa da Silva, Comandante da Companhia de Polícia Ambiental na Brigada Militar do Estado do Rio Grande do Sul. A palestra fez parte da programação da II Semana Interinstitucional de Meio Ambiente, organizada pelos órgãos de justiça localizados no Rio Grande do Sul. O oficial superior abordou assuntos relacionados ao impacto ambiental, à consciência ecológica e explicou o surgimento do direito ambiental. Também foram colocados em pauta conceitos do direito ambiental e questões éticas que envolvem o tema. A II Semana Interinstitucional de Meio Ambiente contou com diversos eventos ao longo da semana. O objetivo era debater a temática em vários segmentos da Justiça Estadual e também comemorar a Semana do Meio Ambiente. Participaram da iniciativa o Tribunal de Justiça, por meio do Programa de Gestão Ambiental do TJ-RS, juntamente com o Ecojus e Centro de Estudos, o TRF da 4ª Região, o Tribunal de Contas do Estado e a AJURIS. Tribunal de Justiça Militar do Estado do Rio Grande do Sul www.tjmrs.jus.br 93 anos do TJM – 163 da JME “JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL: TRANSPARENTE, JUSTA E NECESSÁRIA ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA MILITAR Para este ano, já iniciaram as reuniões entre as instituições, com reuniões que já ocorreram o TRE e no TJ/RS. 3. CONCLUSÃO A gestão ambiental não é um conceito novo nem mesmo uma necessidade nova. O homem sempre teve de interagir responsavelmente com o meio ambiente. Nos casos em que não ocorreu, o homem teve de enfrentar as consequências nefastas da sua atuação. A acumulação indiscriminada de resíduos que se verificou na Idade Média, com a consequente poluição da água e do ar, resultou em gravíssimos problemas de saúde pública. A industrialização veio agravar este problema ao contribuir de forma bastante acentuada para a poluição do meio ambiente. Desde a 1.ª Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente Humano (Conferência de Estocolmo), em 1972, o ambiente, e especialmente a relação entre ambiente e empresas, transformou-se num tema cada vez mais importante de política pública e de estratégia de negócios. Como resultado direto desta conferência, foi criado o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento. Praticamente em simultâneo com a Conferência de Estocolmo, grande parte dos países industrializados criou ministérios, secretarias e agências ambientais. A Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente publicou em 1987 um relatório intitulado Our Common Future, também conhecido por Relatório Brundtland, nome da então primeiraministra da Noruega e presidente da Comissão. Até ao final da década de oitenta e início da década de noventa, a gestão ambiental era em grande parte tratada caso a caso, como resultado da pressão popular ou de algumas medidas legislativas. O ambiente era tratado por equipes técnicas e jurídicas responsáveis pelas questões reguladoras. A Carta Maior brasileira é considerada uma das mais avançadas no que diz respeito à questão ambiental, reservando um capítulo que trata exclusivamente do tema. O art. 225 menciona que todos têm direitos e deveres com relação ao meio ambiente. Para que haja um meio ambiente equilibrado todos devem preservá-lo e defendê-lo, usando o princípio da sustentabilidade, que seria atender às necessidades atuais sem comprometer as gerações futuras. Esta Justiça Especializada, através de parcerias exitosas com outros ramos do Judiciário Brasileiro, adotou medidas de boas práticas ambientais. Em respeito à Recomendação N°11, editada em 22 de maio de Tribunal de Justiça Militar do Estado do Rio Grande do Sul www.tjmrs.jus.br 93 anos do TJM – 163 da JME “JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL: TRANSPARENTE, JUSTA E NECESSÁRIA ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA MILITAR 2007, pelo Conselho Nacional de Justiça, conscientizamos magistrados e servidores sobre a necessidade de efetiva proteção ao meio ambiente. Instituímos a comissão ambiental para o planejamento, elaboração e acompanhamento das medidas, visando à correta preservação e recuperação do meio ambiente. A implementação do Sistema de Gestão Ambiental vem exigindo cada vez mais estudo técnico, estruturação material e de pessoal, objetivando a disseminação da cultura da proteção ambiental como conduta necessária à melhoria da qualidade de vida no trabalho e nos lares dos servidores e magistrados. O sistema tem caráter continuado e vem atendendo às diretrizes corporativas de gestão e responsabilidade social e ambiental da Petrobras, bem como as diretrizes do Conselho Nacional de Justiça. Os resultados e as ações apresentadas indicam que o objetivo proposto pelo Programa de Gestão Ambiental vem sendo atingido. Porto Alegre, 2 de abril de 2012. SÉRGIO ANTONIO BERNI DE BRUM Juiz-Militar Presidente do Programa de Gestão Ambiental Tribunal de Justiça Militar do Estado do Rio Grande do Sul www.tjmrs.jus.br 93 anos do TJM – 163 da JME “JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL: TRANSPARENTE, JUSTA E NECESSÁRIA