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UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PROMOÇÃO DA SAÚDE
MESTRADO EM PROMOÇÃO DA SAÚDE
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO EM PROMOÇÃO DA SAÚDE
Natalí Lippert Schwanke
EFEITOS DE UM PROGRAMA DE EXERCÍCIOS GLOBAIS DE FORÇA E
FLEXIBILIDADE SOBRE A POSTURA CORPORAL, FLEXIBILIDADE E FORÇA
MUSCULAR DE ESCOLARES COM SOBREPESO E OBESIDADE
Santa Cruz do Sul
2015
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Natalí Lippert Schwanke
EFEITOS DE UM PROGRAMA DE EXERCÍCIOS GLOBAIS DE FORÇA E
FLEXIBILIDADE SOBRE A POSTURA CORPORAL, FLEXIBILIDADE E FORÇA
MUSCULAR DE ESCOLARES COM SOBREPESO E OBESIDADE
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação
em Promoção da Saúde – Mestrado, Universidade de
Santa Cruz do Sul – UNISC, como requisito parcial para
a obtenção do título de Mestre em Promoção da Saúde.
Orientadora: Profa. Drª. Miria Suzana Burgos
Co-Orientadora: Profa. Drª. Hildegard Hedwig Pohl
Santa Cruz do Sul
2015
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Natalí Lippert Schwanke
EFEITOS DE UM PROGRAMA DE EXERCÍCIOS GLOBAIS DE FORÇA E
FLEXIBILIDADE SOBRE A POSTURA CORPORAL, FLEXIBILIDADE E FORÇA
MUSCULAR DE ESCOLARES COM SOBREPESO E OBESIDADE
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação
em Promoção da Saúde – Mestrado, Universidade de
Santa Cruz do Sul – UNISC, como requisito parcial para a
obtenção do título de Mestre em Promoção da Saúde.
Banca Examinadora
Drª. Miria Suzana Burgos
Professora Orientadora – UNISC
Drª. Dulciane Nunes Paiva
Professora Examinadora – UNISC
Dr. Jorge Luiz de Souza
Professor examinador – UFRGS
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AGRADECIMENTOS
Ao Senhor Deus do Universo, pelo dom da vida e por colocar em meu caminho
pessoas especiais. Obrigada, obrigada, obrigada!
Aos meus pais, Rui e Teresinha, pelo amor, pelo estímulo aos estudos, e pelo exemplo
de caráter, perseverança e dedicação à docência. Amo vocês!
Ao meu irmão Rui Gustavo, por me proporcionar momentos de descontração e boas
risadas. Admiro-te pela organização e foco nos estudos. Te amo!
Aos professores do mestrado. Pelas aulas e momentos de reflexão. Cada um, com sua
maneira, fica guardado com carinho em minha memória.
Às funcionárias do programa Andréia, Chaiane e Cássia pela disponibilidade e
dedicação em seus atendimentos.
Aos alunos que fizeram parte deste estudo. Obrigada por aceitar participar.
Às colegas Julia, Micheli, Luciana, Débora e aos bolsistas, pelo auxílio durante a
realização deste trabalho.
Em especial,
À minha orientadora, Professora Drª. Miria Suzana Burgos. Exemplo de persistência,
dedicação e amor ao trabalho. Obrigada pela acolhida, inicialmente como voluntária na
pesquisa com os escolares, e após como aluna do Programa de Pós-Graduação em Promoção
da Saúde. Obrigada pelo grande incentivo, ensinamentos e orientações. Obrigada também,
pela sensibilidade e compreensão nos momentos em que precisei estar junto de minha família.
À Cézane Priscila Reuter pela paciência e auxílio com a estatística.
À minha irmã de coração, companheira de estudos, Tássia Silvana Borges. Obrigada
pelo apoio, amizade e torcida.
Ao meu marido Fábio André Lermen. Pela compreensão e incentivo incondicional.
Obrigada por me fazer acreditar que sempre é possível.
5
DEDICATÓRIA
Ao meu amor Fábio André Lermen.
A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original.
Albert Einstein.
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RESUMO
A análise da postura corporal em crianças e adolescentes vem se intensificando. Estudos
demonstram que uma má postura corporal adquirida na infância e adolescência é preditiva de
problemas músculo esqueléticos em adultos. Sendo assim, o objetivo do presente estudo é
verificar os possíveis efeitos de um programa de exercícios globais de força e flexibilidade
sobre a postura corporal, sobre a força e a flexibilidade de escolares com sobrepeso e
obesidade. A dissertação é expressa através de dois artigos: Resumo do artigo I: Diferenças
na postura corporal, na força e flexibilidade de escolares: estudo quase experimental. O
objetivo foi verificar se um programa de exercícios físicos globais determinou modificações
nas medidas de ângulos e distâncias encontrados na avaliação postural, no número de
abdominais realizados e na flexibilidade de escolares com sobrepeso e obesidade. Com
delineamento quase-experimental, com Grupo Controle (n = 23) e Experimental (n = 23),
compreendeu uma intervenção interdisciplinar de exercícios posturais globais no Grupo
Experimental, tendo como avaliações principais a postura corporal pelo software SAPO, a
força muscular abdominal “sit-ups” e a flexibilidade através do teste de sentar e alcançar, de
meninos e meninas. Como resultados, verificou-se diferença significativa na comparação
entre pré e pós-teste para o ângulo torácico, força abdominal para ambos os sexos e na
flexibilidade para o grupo das meninas. Neste, concluímos que o programa de exercícios
físicos globais determinou modificações nas medidas de ângulos e distâncias encontrados na
avaliação postural, bem como aumento no número de abdominais e na flexibilidade
verificadas em pós-teste em escolares que participaram da intervenção. Resumo do artigo II:
Análise de componentes principais para verificação de presença da dor em escolares
com sobrepeso e obesidade: estudo quase-experimental. O objetivo foi analisar a
localização corporal da dor e sua presença durante atividades de vida diária realizadas em
escolares pré e pós-intervenção com exercícios posturais globais e orientações interativas de
hábitos posturais. Estudo quase-experimental com medidas de pré e pós-teste em Grupo
Controle (n=19) e Experimental (n=22). Intervenção interdisciplinar foi realizada em Grupo
Experimental, durante quatro meses, três vezes por semana, com exercícios globais para a
postura corporal e orientações de hábitos posturais, esta última sendo analisada por aplicação
de questionário de avaliação de hábitos posturais proposto por Rebolho (2005). Não foram
encontradas diferenças entre os grupos para a localização da dor. As médias do Grupo
Experimental apresentaram maior variação pré e pós-intervenção nas questões da dor ao
sentar, andar, nas aulas de Educação Física, ao carregar a mochila e ao praticar atividade
esportiva. No Grupo Experimental pós-intervenção, três fatores principais foram
correlacionados à dor: hábitos de vida, à atividade física e ao sedentarismo. Considerações
finais: O presente estudo demonstrou que a postura corporal, verificada através da medida de
ângulos e distâncias, na população de escolares com sobrepeso e obesidade, pode ser
modificada através de intervenções utilizando programas de exercícios globais de força e
flexibilidade, assim como através de orientações interativas de hábitos posturais durantes as
atividades de vida diárias. Além disso, as intervenções com atividades físicas junto à
comunidade escolar exercem um papel de atenção primária em Promoção da Saúde,
realizando um processo de conhecimento das variáveis que propiciam os hábitos posturais
adequados e consequentemente a boa postura corporal, atuando assim, na prevenção de
problemas relacionados às alterações posturais, à força, à flexibilidade e aos hábitos posturais.
Palavras-chave: criança, postura, obesidade, dor, estudo de intervenção.
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABEP
ABESO
CDC
CEP
LDL
IBGE
IBM
IMC
OMS
PAS
PROESP-BR
PUIC
SAPO
SPSS
SUS
UNISC
WHO
Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa
Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica
Center for Disease Control and Prevention
Comitê de Ética em Pesquisa
Low Density Lipoproteins
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
International Business Machines
Índice de Massa Corporal
Organização Mundial da Saúde
Postural Assessment Software
Projeto Esporte Brasil
Programa de Iniciação Científica
Software de Avaliação Postural
Statistical Package for the Social Sciences
Sistema Único de Saúde
Universidade de Santa Cruz do Sul
World Health Organization
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SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS...........................................................................................................
DEDICATÓRIA.....................................................................................................................
RESUMO................................................................................................................................
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS............................................................................
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................
04
05
06
07
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CAPÍTULO I
PROJETO DE PESQUISA.................................................................................................
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1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................
2 POSTURA CORPORAL E ALTERAÇÕES POSTURAIS...............................................
3 OBJETIVOS........................................................................................................................
4 MÉTODO............................................................................................................................
5 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO...................................................................................
6 RECURSOS HUMANOS E INFRAESTRUTURA...........................................................
7 ORÇAMENTO E RECURSOS MATERIAIS....................................................................
8 RESULTADOS E IMPACTO ESPERADO.......................................................................
9 RISCO/ DIFICULDADES/ LIMITAÇÕES........................................................................
REFERÊNCIAS.....................................................................................................................
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41
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43
CAPÍTULO II
RELATÓRIO DO TRABALHO DE CAMPO..................................................................
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CAPÍTULO III
ARTIGO I – Diferenças na postura corporal, na força e flexibilidade de escolares: estudo
quase-experimental.................................................................................................................
ARTIGO II – Análise de componentes principais para verificação de presença de dor em
escolares com sobrepeso e obesidade: estudo quase-experimental.......................................
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CAPÍTULO IV
NOTA À IMPRENSA..........................................................................................................
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ANEXOS...............................................................................................................................
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ANEXO 1 – Passo a Passo Software PAS/SAPO.................................................................
ANEXO 2 – Ficha de Avaliação de Hábitos Posturais................................................... .....
ANEXO 3 – Escala de Faces para Avaliação da Dor...........................................................
ANEXO 4 – Pontos de Corte para a Circunferência da Cintura...........................................
ANEXO 5 – Pontos de corte para o Índice de Massa Corporal (IMC).................................
ANEXO 6 – Imagens de instruções para o teste de sentar e alcançar...................................
ANEXO 7 – Plano de Sessão de Exercícios Posturais Globais da Intervenção....................
ANEXO 8 – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido Grupo Experimental................
ANEXO 9 – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido Grupo Controle........................
ANEXO 10 – Critério ABEP.................................................................................................
ANEXO 11 – Classificação do Percentual de Gordura para Crianças e
Adolescentes..........................................................................................................................
ANEXO 12 – Normas para Publicação da Revista Journal of Adolescent
Health.....................................................................................................................................
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119
121
122
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ANEXO 13 – Normas para Publicação da Revista American Journal of Physical
Medicine & Rehabilitation.....................................................................................................
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10
APRESENTAÇÃO
A presente dissertação de Mestrado, em conformidade com o Regimento do Programa
de Pós-graduação em Promoção da Saúde da Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC é
composta por cinco capítulos, e ao final, os anexos.
Os capítulos contidos no referido trabalho são:
Capítulo I: projeto de pesquisa;
Capítulo II: relatório do trabalho de campo;
Capítulo III: descrição do artigo I;
Capítulo IV: descrição do artigo II;
Capítulo V: nota para divulgação da pesquisa na imprensa.
Os artigos que constam nesta dissertação são intitulados como:
- Diferenças na postura corporal, na força e flexibilidade de escolares: estudo quaseexperimental.
- Análise de componentes principais para verificação de presença da dor em escolares com
sobrepeso e obesidade: estudo quase-experimental.
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CAPÍTULO I
PROJETO DE PESQUISA
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Natalí Lippert Schwanke
EFEITOS DE UM PROGRAMA DE EXERCÍCIOS GLOBAIS DE FORÇA E
FLEXIBILIDADE SOBRE A POSTURA CORPORAL, FLEXIBILIDADE E FORÇA
MUSCULAR DE ESCOLARES COM SOBREPESO E OBESIDADE
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação
em Promoção da Saúde – Mestrado, Universidade de
Santa Cruz do Sul – UNISC, como requisito parcial para a
obtenção do título de Mestre em Promoção da Saúde.
Orientadora: Profa. Drª. Miria Suzana Burgos
Co-Orientadora: Profa. Drª. Hildegard Hedwig Pohl
Santa Cruz do Sul
2015
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1 INTRODUÇÃO
O tema da obesidade vem sendo debatido mundialmente. Há evidências que o índice
de pessoas com sobrepeso e obesidade vem aumentando consideravelmente em todo o mundo
(WANG; LOBSTEIN, 2006). É tratado por muitos estudiosos como uma epidemia global
(BINKIEWICZ-GLIŃSKA et al., 2012; DUFECK et al., 2012; MALONEY, 2011;
ASCHEMEIER et al., 2008).
Segundo a análise de dados de sobrepeso e obesidade, divulgadas pela World Health
Organization (WHO, 2012), 12% da população mundial é considerada obesa. O continente
americano tem maior incidência do problema (26%) (ABESO, 2012). Há um esforço conjunto
em tratar o tema como uma questão de saúde pública (GOODMAN, 2003; CABARELLO,
2007; WANG; LOBSTEIN, 2006). O problema atinge também crianças, evidenciando a
precocidade do mesmo. Crianças obesas em idade pré-escolar têm a tendência de serem
adolescentes obesos, assim como de se tornarem adultos obesos (MOSSBERG, 1989),
padecendo de todas as implicações que esta condição desenvolve (CERRILLO et al., 2012).
Além do desenvolvimento de comorbidades como diabetes tipo 2, hipertensão arterial,
hiperlipidemia (MOSSBERG, 1989), síndrome metabólica, doença do fígado não alcoólico,
complicações psicossociais (CALCATERRA et al., 2008), doenças cardiovasculares e
respiratórias (LAWRENCE; KOPELMAN, 2004), há evidências de que a obesidade afeta o
sistema musculoesquelético desenvolvendo complicações ortopédicas (HANNON; RAO;
ARSLANIAN, 2005; GORAN; BALL; CRUZ, 2003; BURTON; FOSTER, 1985).
Os efeitos deletérios da obesidade sobre o metabolismo e a preocupação com relação
ao desenvolvimento de doenças cardíacas e diabetes são bem conhecidos (ESPOSITO et al.,
2013), porém o mesmo não ocorre, quando a saúde musculoesquelética é abordada.
Em adultos, a obesidade tem sido ligada ao componente musculoesquelético,
principalmente, em relação à dor e às complicações pós-operatórias (LABOEUF, 2000). Mais
recentemente, a relação da obesidade e da dor também foi abordada. Nesta, Stovitz et al.
(2008) verificaram que 45% das crianças com índice de massa corporal (IMC), com percentil
95, relatavam dor nas costas ou nos membros inferiores.
Há evidências de que crianças obesas sofrem mais quedas e devido a isso tem risco
aumentado de lesões graves (SAYEGH; BRADLEY; VACA, 2010), pois em crianças com
sobrepeso o impacto na queda é maior (RAUCH et al., 2001).
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Isto pode ser devido ao equilíbrio e coordenação alterada, resultantes da distribuição
anormal de gordura na região abdominal e instabilidade postural (MCGRAW et al., 2000),
assim como pelas habilidades motoras debilitadas (TIMM; GRUPP-PHELAN; HO, 2005).
Mais especificamente, com relação à coluna vertebral, em crianças que apresentam
sobrepeso e obesidade, há uma excessiva sobrecarga nos ossos e articulações, levando à
acentuação das curvaturas fisiológicas da mesma (ARRUDA; SIMÕES, 2006; KUSSUKI;
JOÃO; CUNHA, 2007), podendo causar alterações, como a hipercifose torácica, hiperlordose
lombar e escoliose.
Em um esforço conjunto com o intuito de combater os avanços nos índices de
sobrepeso e obesidade infantil, há um enfoque para ações de intervenção preventiva que
estimulam atividade física, dieta saudável e apoio comportamental (ELLS et al., 2005), com
um olhar não somente dedicado à criança, mas também à família, à escola e à comunidade.
A prevenção da obesidade realizada de forma eficaz se dá através do diagnóstico
obtido de forma precoce, realizado com crianças de nível escolar básico, além das crianças de
ensino fundamental e médio (BINKIEWICZ-GLIŃSKA et al., 2012). Sugere-se que esta deva
ser desenvolvida de forma interdisciplinar com a cooperação de especialistas de diversas
áreas.
Neste contexto, há uma visibilidade de campanhas públicas e a sensibilização no que
se refere ao combate à obesidade infantil. Considerado de grande magnitude incorporar a
estas, a investigação dos problemas ortopédicos e a importância de melhorar a saúde
musculoesquelética, com enfoque na prevenção e orientação às crianças em idade escolar.
Assim, o presente estudo pretende elucidar o seguinte problema: um programa de
exercícios globais de força e flexibilidade possui efeito sobre a postura corporal, flexibilidade
e força muscular abdominal de escolares com sobrepeso e obesidade?
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2 POSTURA CORPORAL E ALTERAÇÕES POSTURAIS
“Não existe uma postura igual a todas as pessoas. A postura é uma questão individual
(METHENY, 1952, p.193)”. A postura, considerada sobre o aspecto mecânico, pode ser
definida como o alinhamento de segmentos corporais em um determinado momento
(WINTER, 1995; GANGNET et al., 2003). Este termo, também usado para descrever o
alinhamento que o corpo assume, orientando o corpo no ambiente em que se encontra
(SHUMWAY-COOK; WOOLLACOTT, 2002).
2.1 Aspectos históricos da postura corporal
Na antiguidade, entre 143 a.C. e 397 d.C., as alterações da postura corporal eram
vistas como sinais de desvirtuamento da alma, ou seja, um indicador das virtudes morais. Já,
na Idade Média, a postura ainda mantinha uma conotação moral, porém a modéstia era
considerada a virtude específica no gesto de postura (SCHMITT, 1995).
Fazendo uma retrospectiva, Vigarello (1995) relata que, após as descobertas da Física
no século XVII, que promoveram uma revolução de pensamentos, afirmando a analogia entre
o corpo e a máquina, a postura passou a ser considerada como uma qualidade mecânica
corporal e não mais como uma virtude moral. Foi também neste período, baseados nas leis
mecânicas da física, que os especialistas passaram a recomendar a utilização de aparelhos
corretivos como forma de medida terapêutica. Então, no século XIX, a utilização de
equipamentos foi substituída por ações corretivas através de exercício físico de contrações
musculares.
Ainda sob uma ótica voltada para a biomecânica, Foucault (2004) descreve que até o
século XVII os militares consideravam que a disciplina também era demonstrada em uma
postura corporal alinhada, e devido a isto, os soldados eram selecionados pelas suas aptidões
físicas, porte e postura. A partir do século XVIII, os recrutas passaram a ser treinados a se
colocar de forma a apresentar uma postura altiva.
Observando estes momentos históricos, a importância do conforto e do bem-estar
corporal não foi levada em consideração em nenhum momento. A postura era vista como o
molde do corpo para satisfazer padrões morais, estéticos e culturais e não associado ao bom
funcionamento do organismo (VIEIRA; SOUZA, 1999). A postura vista como a ideal para o
bom funcionamento do organismo de uma maneira global, somente foi incorporada a datar do
século XX com reformulações de saberes e incorporação de discursos provenientes das áreas
da Educação Física, da Fisioterapia, da Psicologia e da Neurologia (VIEIRA, 2004).
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2.2 Definição e características de postura
Baseado em aspectos mecânicos, a boa postura é definida como aquela em que há um
estado de equilíbrio entre as estruturas musculoesqueléticas, sendo exigido para isso, um
mínimo esforço, levando a uma eficiência ótima do aparelho locomotor (MYHR; WENDT,
1991;
SHUMWAY-COOK;
WOOLLACOTT,
2002;
KENDALL;
MCCREARY;
PROVANCE, 1995). Desde Cícero (143-103 a.C.) e de Santo Ambrósio (340-397 d.C.),
dizia-se que o alinhamento de segmentos corporais era considerado sinônimo de boa postura
(VIEIRA; SOUZA, 1999). Assim, uma postura que se encontra em equilíbrio, protege as
estruturas do corpo contra lesões ou deformidades (FERRARIO et al.,1995).
Estando as estruturas musculoesqueléticas em equilíbrio, possibilitando ao indivíduo
um ótimo alinhamento corporal, também facilitará ao mesmo adquirir habilidades
neuropscicomotoras amplas e finas, permitindo assim, movimentação coordenada, funcional e
econômica do ponto de vista energético (MYHR; WENDT, 1991; SHUMWAY-COOK;
WOOLLACOTT, 2002). Um alinhamento equilibrado é frequentemente objetivado por
profissionais da área da saúde, principalmente médicos, dentistas e fisioterapeutas (FESTA et
al., 2003; AKAMARU et al., 2003).
Várias fontes (VIEIRA; SOUZA, 1999; FIGUEIREDO; AMARAL; SHIMANO,
2012; HADDICK, 2007; FERREIRA et al., 2011; FOSS; MARTINS; BOZOLA, 2012)
afirmam que internacionalmente, a referência sobre postura mais utilizada é a proposta por
Kendall, McCreary e Provance (1995), que descrevem como normal ou padrão, a postura
representada na posição em pé com os segmentos corporais retos:
Na postura padrão, a coluna apresenta as curvaturas normais e os ossos dos membros
inferiores ficam em alinhamento ideal para sustentação de peso. A posição “neutra” da
pelve conduz ao bom alinhamento do abdome e do tronco e dos membros inferiores. O
tórax e coluna superior ficam em uma posição que favorece a função ideal dos órgãos
respiratórios. A cabeça fica ereta em uma posição bem equilibrada que minimiza a
sobrecarga sobre a musculatura cervical. (KENDALL; MCCREARY; PROVANCE, 1995,
p. 71).
Para identificar a postura ideal, conforme a orientação de Kendall, McCreary e
Provance (1995), é necessário que se faça uma avaliação do indivíduo através do “Teste de
Fio de Prumo”, no qual se observa a posição de pontos de referência em relação ao mesmo.
Havendo uma simetria dos pontos de referência em relação ao fio de prumo, diz-se que há
uma boa postura, pois os mesmos consideram que há uma distribuição equilibrada dos
segmentos corporais e uma posição estável das articulações com atividade muscular mínima.
Do contrário, quando há uma distribuição desequilibrada dos pontos de referência, diz-se que
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o indivíduo possui uma má postura, indicando os encurtamentos e as deformidades que o
mesmo apresenta.
Smith, Weiss e Lehmkuhl (1997) não concordam com o método de avaliação proposto
pelos autores anteriormente citados, pois afirmam que este tipo de avaliação da postura não é
natural, já que a posição em pé para a verificação dos pontos de referência em relação ao fio
de prumo deve ser solicitada ao indivíduo, determinando um esforço consciente realizado pelo
mesmo. Então, defendem que uma postura padrão deve ser aquela em que há um relaxamento
e um conforto corporal ao invés de um modelo previamente estabelecido (VIEIRA; SOUZA,
1999; FIGUEIREDO; AMARAL; SHIMANO, 2012). Demonstrando isso, um estudo
realizado por Ferreira et al. (2011), na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo,
verificou que, em uma análise quantitativa de pontos de alinhamento postural em 122
indivíduos, há uma leve assimetria, representando um padrão normativo para a postura em pé.
O modelo previamente estabelecido também é contestado por Kisner e Colby (1987).
Estes, afirmam que a postura poderia ser definida como uma atitude do corpo para
desenvolver uma atividade específica ou ainda uma maneira característica de sustentação do
corpo, levando o indivíduo a adquirir uma determinada imagem corporal.
No que tange à imagem corporal, é no período da adolescência que ocorrem as
maiores mudanças físicas, cognitivas e sociais (TIGGEMANN; PENNINGTON, 1990), e é
também nesta fase em que há uma mudança na percepção da imagem corporal, favorecendo
estudos com foco de pesquisa que abordem esta questão (CASH; PRUZINSKY, 2002),
investigando e identificando o bem-estar em relação à imagem e satisfação corporal
(ANTONOVSKY, 1987).
Demonstrando isso, Frizen e Holmqvist (2010) desenvolveram um estudo em que foi
investigada, através de entrevistas semi-estruturadas, a caracterização da imagem corporal em
adolescentes suecos, abordando com uma perspectiva positiva, questões de satisfação com a
própria aparência, pontos de vista sobre o exercício e a influência de familiares e amigos.
Obtiveram como resultados, a verificação de que a aparência estava ligada á uma visão
funcional do corpo com aceitação de imperfeições corporais, e que comentários negativos
sobre a aparência, oriundas de familiares e amigos, não representavam ter importância para a
população estudada. Constatou-se ainda, que a grande maioria dos adolescentes eram
fisicamente ativos.
Sob outra ótica, Mehrabian e Friar (1969) já alertavam que o estado emocional de uma
pessoa se reflete na postura corporal do indivíduo, assim como seu comportamento social
(KLEINSMITH; RAVINDRA; BIANCHI-BERTHOUZE, 2006). Também neste sentido,
18
França et al. (2007) referem que o corpo reflete as emoções sentidas (real alegria ou “dor da
alma”), buscando adaptar-se às exigências impostas pelo imenso universo de ideias,
sentimentos, desejos, expectativas, sonhos e medos que cada um carrega consigo. Assim,
quando o organismo é exposto a um esforço excessivo para adaptar-se, o excesso que neste
caso, representa um sinal de alerta, seja ele físico, biológico, químico ou psicossocial, tenderá
a responder anatômica e fisiologicamente (SEYLE, 1974; 1976).
Levando-se em consideração a ideia de que o emocional se expressa no corpo físico,
enfatiza-se a importância da avaliação psicológica como parte integrante da avaliação em
saúde. Esta se constitui como um recurso importante, no contexto de multidisciplinaridade, na
promoção e proteção da saúde, prevenção e tratamento de enfermidades, bem como na
identificação de etiologias e disfunções associadas às doenças, além de contribuir para
políticas públicas de saúde (CAPITÃO; SCORTEGAGNA; BAPTISTA, 2005).
2.3 Desvios posturais no desenvolvimento infanto-juvenil
O equilíbrio corporal é mantido através de informações táteis e proprioceptivas que
através da coordenação intrínseca ativam o sistema vestibular, fazendo com que haja um
trabalho integrado e complementar para a manutenção do mesmo. Qualquer alteração nesses
sistemas resulta em instabilidade postural (BARAÚNA et al., 2006) e desequilíbrio músculo
esquelético (VERONESI; TOMAZ, 2008).
Outrossim, Veronesi e Tomaz (2008) sustentam a ideia de que ao longo do tempo,
estes desequilíbrios, como forma de compensação e adaptação (MARQUES, 2005;
TEODORI et al., 2003), podem causar alterações da postura, que podem ser agravados por
maus hábitos posturais realizados durante a vida. Em adultos, os desvios posturais e a má
postura, estão relacionados a dores nas costas, que geram dificuldades para a realização de
atividades de vida diária e do trabalho (DEYO et al., 1991; FRANÇA et al., 2008).
Hábitos posturais errados podem levar os indivíduos a adquirir alterações da coluna
vertebral como concavidade, cifose, escoliose, hérnias de disco e degeneração articular
prematura (HENDRIKSEN; HOLEWIJN, 1999; VALLEJO et al., 1998), alterações estas que
podem ser irreversíveis (CERCHIARI et al., 2005).
Hagner, Bak e Hagner-Derengowska (2011) definem os defeitos posturais como
mudanças observadas em uma posição significativamente diferente daquelas típicas,
observadas em uma determinada idade, sexo, raça e constituição física, sendo resultantes de
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alterações patológicas e que alteram as curvaturas dos segmentos da coluna vertebral em
todos os planos (GÓRECKI et al., 2009; WILCZYŃSK, 2001).
Na idade adulta, as patologias que acometem a coluna vertebral são consideradas um
problema de saúde pública, sendo que é definida como uma das principais causas de
afastamento do trabalho (WEBB et al., 2003; ALEXANDRE et al., 2002).
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% da população
mundial já sofreram ou sofrem com algum incômodo na região da coluna, sendo que esta é
uma das principais causas da procura dos pacientes por consultórios médicos (COSTA et al.,
2012).
Tratando-se de um problema de saúde pública, as identificações antecipadas de
problemas posturais podem resultar em uma ação preventiva na área da saúde coletiva,
evitando assim, problemas de coluna irreversíveis na idade adulta (WEBB et al., 2003;
ALEXANDRE et al., 2002).
Detsch et al. (2007) consideram a importância da realização de avaliação da postura
como procedimento de âmbito escolar, já que alterações e problemas de postura podem assim,
ser identificados de forma precoce. Também neste sentido, Lemos, Santos e Gaya (2011)
consideram que avaliar e acompanhar níveis de aptidão física na infância e adolescência
podem levar à diminuição de riscos de dores e problemas osteomioarticulares, sendo então
ressaltada a importância deste acompanhamento, colaborando para a criação de programas
efetivos de promoção da saúde também em âmbito escolar.
Muitas vezes, a avaliação postural realizada em escolares proporciona ao indivíduo
uma oportunidade única de um diagnóstico precoce, pois assim, privilegiam o mesmo com a
obtenção de informações sobre a saúde de sua coluna vertebral (BUNNELL, 2005),
proporcionando também a minimização dos efeitos causados pelos desvios posturais
(MURAHOVSCHI, 1998).
2.3.1 Alterações posturais durante o crescimento
Muitos dos desvios da coluna vertebral são originados durante o estirão de
crescimento, entre a infância e adolescência (PARCELLS; STOMMEL; HUBBARD, 1999;
DETSCH et al., 2007; PENHA et al., 2008).
O período entre os 7 e os 12 anos de idade, que inclui-se as fases de pré-púberes e
puberdade, corresponde ao período em que a postura sofre modificações a fim de
proporcionar um equilíbrio compatível com as novas proporções corporais advindas da fase
20
de crescimento (PENHA et al., 2005). Neste período, que o desenvolvimento
musculoesquelético ocorre de forma rápida e torna a coluna vertebral suscetível a alterações e
deformidades (FEINGOLD; JACOBS, 2002). Tais alterações são influenciadas pela má
postura durante atividades de vida diárias.
Observando-se crianças em idade escolar, a má postura está relacionada ao
posicionamento corporal inadequado durante as aulas, uso incorreto de mochila escolar, a
utilização de calçados inadequados, o sedentarismo e a obesidade (PENHA et al., 2005;
RODRIGUES et al., 2003; PIETROBELLI et al., 1998). A avaliação da postura corporal em
crianças em idade escolar identifica alterações importantes e colabora para o diagnóstico
precoce, que permitirá uma intervenção eficiente no sistema musculoesquelético da criança
(SANTOS et al., 2009).
Dados epidemiológicos registram a prevalência de alterações da postura em crianças e
adolescentes em idade escolar. Em um estudo proposto por Martelli e Traebert (2006), na
cidade de Tangará – SC, envolvendo 334 escolares com idade entre 10 e 16 anos, houve a
prevalência de alterações posturais de 28,2%. Verificou-se que as duas alterações com maior
incidência foram a hiperlordose (20,3%) e a hipercifose (11,0%). Em outro estudo, sendo este
proposto por Costa et al. (2012), que também avaliou as alterações posturais em crianças com
idade entre 10 e 14 anos do ensino fundamental, foi verificado que dos 60 escolares avaliados
52 (87%) apresentaram algum tipo de desvio postural. Com relação à alteração postural mais
encontrada, a hiperlordose lombar foi o desvio com maior incidência (35%), seguidos por
ombros protusos (26%), hipercifose torácica (18%), escoliose (13%) e escápula abduzida
(8%).
A maior parte dos problemas posturais relacionado à coluna vertebral tem seu início
no período de crescimento e desenvolvimento do corpo, entre a infância e adolescência
(BUNNELL, 2005; NISSINEN et al., 2000), pois é neste período que acontece o estirão de
crescimento (KAVALCO, 2000).
Entre os 7 e os 12 anos de idade, a criança passa por transformações corporais que
exigem da postura, uma adaptação a fim de adquirir um equilíbrio corporal compatível com
suas novas proporções (IUNES et al., 2005; HARRELSON; SWANN, 2005).
Em sua maioria, os desvios posturais encontrados em crianças em fase de crescimento
são classificados como desvios de desenvolvimento (DETSCH; CANDOTTI, 2001).
Tornando-se um padrão habitual, estes desvios posturais podem transformar-se em defeitos
posturais que, por sua vez, são considerados fator de risco para disfunções da coluna vertebral
21
irreversíveis na idade adulta (ADLER; CSONGRADI; BLECK, 1984; BRUSCHINI, 1998;
PENHA et al., 2005).
Para que sejam evitados comprometimentos musculoesqueléticos futuros faz-se
importante a detecção e a prevenção precoce destes distúrbios, alertando pais e professores
(PENHA et al., 2005) através de orientações quanto à aquisição de uma postura correta
(BRUSCHINI, 1998) durante a infância, já que é nesta fase, em que a musculatura e os ossos
estão em desenvolvimento, que ocorre a maior possibilidade de prevenção e tratamento
(ADLER; CSONGRADI; BLECK, 1984).
Portanto, a avaliação da postura de crianças em idade escolar torna-se pertinente na
identificação e acompanhamento das alterações posturais da coluna vertebral (BUNNELL,
2005), além do que a identificação precoce de defeitos posturais favorece a adoção de
medidas preventivas (LEMOS; SANTOS; GAYA, 2012) e o desenvolvimento de métodos
terapêuticos que garantem um tratamento conservador individualizado e eficaz para pessoas
que apresentem desvios posturais (HAGNER; BĄK; HAGNER-DERENGOWSKA, 2011).
2.4 Obesidade
Nas últimas décadas, a obesidade vem aumentando de forma significativa. Na
atualidade é considerada como uma epidemia mundial (HAN; LAWLOR; KIMM, 2010;
MALONEY, 2011; BINKIEWICZ-GLIŃSKA et al., 2012) e avaliada como um problema de
saúde pública a nível global (MISPIRETA, 2012).
De acordo com The State Education Standard (2004) nos Estados Unidos, desde a
década de 80, a obesidade em crianças com idade entre 6 e 11 anos duplicou, e triplicou em
adolescentes com mais de 12 anos (SAYEGH; BRADLEY; VACA, 2010). Dados do Center
for Disease Control and Prevention mostram que cerca de 17% (ou 12,5 milhões) de crianças
e adolescentes americanas com idades entre 2 a 19 anos são obesas (CDC, 2010).
Com relação aos custos e despesas dos serviços de saúde despendidos nos Estados
Unidos, projeta-se que 14,1 bilhão de dólares por ano é gasto com hospitalizações e
prescrição de medicamentos para crianças com sobrepeso e obesidade (MALONEY, 2011).
No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS) gasta
anualmente com tratamento de doenças associadas à obesidade cerca de 488 milhões de reais
(BRASIL, 2012).
O índice de massa corporal (IMC) é a medida padrão para calcular o grau de gordura
corporal e é geralmente empregado para definir e diagnosticar o excesso de peso e a
22
obesidade infantil (REILLY, 2010; STEWART, 2011). Este cálculo é feito através da relação
entre peso e altura de um indivíduo (Kg/m2), peso em Kg dividido pelo quadrado da estatura
em metro (GUIMARÃES et al., 2012).
Os níveis de IMC para crianças e adolescentes são medidos em percentil de acordo
com a gordura corporal, sexo e idade (MALONEY, 2011). Especialistas em obesidade
pediátrica definem como obesa a criança e adolescente com IMC maior ou igual ao percentil
95, e como sobrepeso a criança e adolescente com IMC maior ou igual ao percentil de 85
(BARLOW; DIETZ, 1998).
A obesidade pode ser desencadeada por algumas síndromes raras (HAN; LAWLOR;
KIMM, 2010), como deficiência de leptina, alterações hormonais como o hipotireoidismo e a
deficiência de hormônio de crescimento (SAYEGH; BRADLEY; VACA, 2010). No entanto,
vários autores (HAN; LAWLOR; KIMM, 2010; MALONEY, 2011; BINKIEWICZGLIŃSKA et al., 2012; BACARDÍ-GASCON; PÉREZ-MORALES; JIMÉNEZ-CRUZ, 2012)
associam esta patologia com o consumo excessivo de alimentos, dieta de má qualidade,
estresse ambiental, isolamento; além de haver uma concordância entre os mesmos em associar
a obesidade ao sedentarismo.
Crianças e adolescentes com sobrepeso e obesidade são predispostos a desencadear
uma ampla gama de efeitos adversos que podem comprometer a saúde (MUST et al., 1992),
dentre os quais estão os componentes da síndrome metabólica, como aumento dos níveis
sanguíneos de triglicerídeos, colesterol Low Density Lipoproteins (LDL) e pressão arterial
elevada (JODKOWSKA et al., 2010; WOFFORD, 2008). Tais fatores contribuem para o
aumento do risco de infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca, nefropatia e
resistência à insulina de jejum (HAYMAN, 2011).
Complicações decorrentes às doenças endócrinas como diabetes tipo II, acúmulo
excessivo de gordura no abdômen e crescimento exagerado de tecido adiposo ao redor dos
mamilos em meninos (esteatomastia), também estão associadas à obesidade (EBBELIN;
PAWLAK; LUDWIG, 2002).
Mais uma complicação que está sendo diagnosticada com maior frequência em
crianças com sobrepeso e obesidade é a esteatose hepática, que devido ao acúmulo de
gordura, causa cicatrizes levando à insuficiência hepática (SCHWIMMER et al., 2006),
inflamação do fígado e cirrose (WOFFORD, 2008; EBBELIN; PAWLAK; LUDWIG, 2002).
Há evidências de que a obesidade infantil pode ser um fator de risco adicional para o
desenvolvimento de câncer em adultos (MALONEY, 2011). Em um estudo de coorte
prospectivo, realizado por Calle et al. (2003), que avaliou mais de 900.000 adultos, foi
23
constatado que das mortes por câncer nos Estados Unidos, 14% foram em homens e 20%
foram em mulheres, sendo estas taxas atribuídas ao sobrepeso e obesidade.
Ainda, com relação às crianças, as complicações associadas à obesidade incluem ainda
a precocidade puberal (HAN, LAWLOR, KIMM, 2010), com aceleração da menarca em
meninas (ROSENFIELD; LIPTON; DRUM, 2009) e avanço puberal em meninos (MAMUN
et al., 2008).
Outro aspecto que vem sendo abordado é a associação entre a obesidade e a saúde
bucal, havendo uma documentação com correlação positiva entre IMC e a saúde dental,
evidenciando a presença de cárie dentária em crianças obesas (BAILLEUL-FORESTIER et
al., 2007; HOOLEY; SKOUTERIS; MILLAR, 2012).
Além das consequências físicas, a obesidade também tem influencia sobre as
condições psicológicas das pessoas; dentre estas se destacam a baixa-estima, a vitimização, a
depressão, a ansiedade e o aumento do risco de distúrbios alimentares (MILLER et al., 2006;
VARNI et al., 2009).
2.4.1 Alterações musculoesqueléticas em crianças com sobrepeso e obesidade
A obesidade é um distúrbio nutricional (SIQUEIRA; SILVA, 2011) que tem sido
associado ao aumento de risco de doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, desordens
respiratórias (KUSSUKI; JOÃO; CUNHA, 2007) e também ao aparecimento de alterações
posturais em adultos, crianças e adolescentes (SILVA et al., 2011).
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010), em
pesquisa realizada entre os anos de 2008 e 2009, uma em cada três crianças com idade entre 5
e 9 anos estão com peso acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e
pelo Ministério da Saúde. O índice de jovens de 10 a 19 anos, com excesso de peso, passou de
3,7%, em 1970, para 21,7%, em 2009 (BRASIL, 2012).
Mais recentemente, Flores et al. (2013), em estudo longitudinal de tendência, com
37.801 escolares brasileiros, encontrou a ocorrência de excesso de peso (sobrepeso mais
obesidade) em 30% da população infanto-juvenil (7 a 14 anos).
Em Santa Cruz do Sul-RS, conforme pesquisa de Burgos et al. (2010), com 1.666
escolares de 7 a 17 anos, avaliando o IMC, foi encontrado uma prevalência de 26,7% de
sobrepeso ou obesidade e 35,9% de percentual de gordura acima de moderadamente alto.
Arruda e Simões (2006) sugerem que o aumento da massa corporal devido ao
sobrepeso e a obesidade, eleva o risco de alterações do sistema musculoesquelético. Estas
24
alterações são consideradas clinicamente importantes, pois se manifestam precocemente,
evidenciando processos patológicos antecipados devido à sobrecarga ao sistema
musculoesquelético, acarretando lesões osteomioarticulares (CALVETE, 2004).
Especificamente nos ossos da coluna, o sobrepeso e a obesidade geram uma
sobrecarga excessiva osteomuscular, causando alterações acentuadas das curvaturas
fisiológicas da coluna vertebral (ARRUDA; SIMÕES, 2006; KUSSUKI; JOÃO; CUNHA,
2007).
Kussuki, João e Cunha (2007), em seu estudo sobre a caracterização da coluna de
crianças obesas e com sobrepeso, verificaram que as alterações mais encontradas foram a
hiperlordose lombar e a protrusão da cabeça, sendo 62% e 51% nas crianças obesas e 53,85%
3 41,67% nas crianças com sobrepeso respectivamente. Da mesma forma, Arruda e Simões
(2006), encontraram prevalência de assimetrias nos planos anterior, posterior e lateral,
sugerindo presença de escoliose, hiperlordose lombar e hipercifose torácica em escolares
diagnosticados com sobrepeso e obesidade.
Para Esposito et al. (2013), pesquisas acerca do impacto da obesidade sobre o sistema
musculoesquelético, devem ser incluídos em programas de educação e promoção da saúde,
devido aos seus efeitos à longo prazo como a má qualidade óssea e doenças articulares
degenerativas, assim como sua interferência em curto prazo, como a dificuldade de
participação em programas de atividade física, em decorrência da sobrecarga osteoarticular,
contribuindo assim para um ciclo vicioso de agravamento da obesidade.
Considerando-se que as alterações posturais não são exclusivas de indivíduos obesos,
e que o sobrepeso e a obesidade podem acentuar tais desvios (SILVA et al., 2011), é
importante que os serviços públicos que envolvam as áreas de educação e saúde, realizem
ações de promoção da saúde e prevenção (BACHIEGA, 2006), tanto de problemas ligados ao
sobrepeso e obesidade como dos problemas subsequentes, relacionados ao aparelho
musculoesquelético.
2.5 Avaliação da postura em crianças em idade escolar
A avaliação da postura corporal desempenha papel importante para o diagnóstico,
tratamento e acompanhamento dos problemas relacionados com a coluna vertebral (WEISS et
al., 2006). Tradicionalmente, este acompanhamento é realizado através de avaliações
radiográficas (Rx) periódicas (CARMAN; BROWNE; BIRCH, 1990).
25
Porém, devido à radiação a qual a pessoa é exposta durante a avaliação, fez com que
nas últimas décadas métodos alternativos fossem desenvolvidos, a fim de reduzir, tanto
quanto possível, a exposição a exames de Rx (LEVY et al., 1996; BENINGFIELD et al.,
2003; SAAD; COLOMBO; JOÃO, 2009).
Uma das alternativas utilizadas com frequência é a Fotogrametria, que se trata de um
método de avaliação postural com análise de uma fotografia, através de um programa de
computador (BELLI et al., 2009). Considerada uma ferramenta confiável para avaliação
postural, fornece dados quantitativos precisos, sendo de fácil manuseio e de baixo custo
(GIGLIO; VOLPON, 2007). Fazendo uma interpretação rigorosa de imagens fotográficas,
também pode ser utilizada para o acompanhamento de resultados de um tratamento
(FERREIRA et al., 2010).
No intuito de auxiliar e colaborar na avaliação da postura, a partir de imagens
digitalizadas, foi desenvolvido o software SAPO/PAS, que permite a medição de angulações e
distâncias (FERREIRA, 2006). Hoje é um dos programas mais utilizados na avaliação
postural de adultos e crianças (BELLI et al., 2009; YI et al., 2008; DUARTE; ZATSIORSKY,
2002; FERREIRA et al., 2010), de fácil manuseio e de domínio público, está disponível em
formato eletrônico (FERREIRA et al., 2010).
2.6 Exercícios e desvios posturais
Por ser considerado um problema de saúde coletiva (DETSCH, 2005), afetando
estudantes de idades variadas, os desvios posturais são alvo de estudos de vários profissionais
da saúde, que buscam incorporar no estilo de vida das pessoas, hábitos saudáveis e
consequentemente prevenir complicações futuras (DETSCH; CANDOTTI, 2001).
Uma das maneiras de tratar os desvios posturais é realizada através de exercícios de
alongamento, utilizados em programas de reabilitação e atividades desportivas que além de
contribuir para o aumento de flexibilidade (KUBO et al., 2001), colabora no tratamento de
alterações posturais.
Existem diferentes métodos e técnicas ativos ou estáticos, empregados no intuito de
promover o alongamento muscular (MORENO et al., 2007). O alongamento estático é
utilizado com o objetivo de alongar um músculo de forma isolada, ou seja, prioriza o
alongamento de um determinado segmento (CABRAL et al., 2007). Em contrapartida, o
alongamento ativo, também chamado de global, trabalha o alongamento de vários músculos
simultaneamente, partindo de um conceito de que um músculo com déficit de alongamento
26
cria compensações em outras estruturas musculares (ROSÁRIO; MARQUES; MALUF,
2004).
27
3 OBJETIVOS
3.1 Objetivo geral
O objetivo do presente estudo é verificar os possíveis efeitos de um programa de
exercícios globais de força e flexibilidade sobre a postura corporal de escolares com
sobrepeso e obesidade.
3.2 Objetivos específicos
- Comparar a ocorrência dos diferentes ângulos e distâncias encontrados na avaliação postural
de escolares com sobrepeso e obesidade pré e pós-intervenção de programa de exercícios
globais de força e flexibilidade;
- Comparar as diferenças de força abdominal e flexibilidade de escolares com sobrepeso e
obesidade pré e pós-intervenção de programa de exercícios globais de força e flexibilidade;
- Comparar e quantificar a presença e intensidade de dor e sua localização corporal pré e pósintervenção de programa de exercícios globais de força e flexibilidade.
28
4 MÉTODO
4.1 Amostra/população/sujeitos
4.1.1 Área de estudo
O município de Santa Cruz do Sul está localizado na região conhecida como Vale do
Rio Pardo, sendo sua localização geográfica 29º43'59"S e 52º24'52"W, distante 155 km da
capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. Com uma área total de 794,49 km2, possui 156,96
km2 de área urbana e 637,53 km2 de área rural, representando sua maior área (PREFEITURA
MUNICIPAL DE SANTA CRUZ DO SUL, 2013).
Sua economia é baseada, principalmente, no setor fumageiro, que fornece à cidade o
título de capital mundial do fumo, possuindo o maior centro industrial tabajeiro, incluindo a
produção e a área de fumo plantado. Ainda na área de agronegócios, o município destaca-se
pela diversidade de culturas, e dentre estas se pode citar a produção de milho, feijão, arroz,
hortigranjeiros, avicultura, suinocultura, bovinocultura de corte e produção leiteira. Além
disso, Santa Cruz do Sul possui indústrias de confecção do setor têxtil, sendo o terceiro polo
de moda do estado do Rio Grande do Sul. Conta também com o setor de prestação de
serviços, que serve de atrativo para a população de todos os municípios vizinhos (RIO
GRANDE VIRTUAL, 2003).
4.1.2 População do estudo
Esta pesquisa é oriunda de um projeto de base populacional, já desenvolvido na
Universidade de Santa Cruz do Sul, desde o ano de 2012, com avaliação de crianças em idade
escolar, conforme dados coletados junto à 6ª Coordenadoria Regional de Educação e
Secretaria Municipal de Educação de Santa Cruz do Sul. A população é constituída de 19.334
escolares, do Ensino Fundamental e Médio, das escolas da rede pública e privada, sendo que
destas, 10.792 escolares estudam na rede estadual, 6.282 na rede municipal e 2.260 em escola
particular, todas localizadas no município de Santa Cruz do Sul, em zona rural e urbana.
A partir desta pesquisa, evidenciou-se a presença de escolares com sobrepeso e
obesidade, dando origem ao presente projeto de pesquisa de intervenção que possui como
amostra, escolares com idade entre 7 e 17 anos, selecionados por conveniência, que
apresentarem características de sobrepeso e obesidade.
29
Os indivíduos serão alocados em dois grupos, sendo um Grupo Experimental - GE (30
escolares da escola com o maior número de alunos com sobrepeso e obesidade) e um Grupo
Controle - GC (35 escolares de duas escolas rurais de características culturais semelhantes)
com relação ao sobrepeso e obesidade, testados através de teste “t” de Student.
Optou-se por não randomizar o GE e o GC (que não receberá intervenção), tendo em
vista que o número de crianças avaliadas na pesquisa populacional (transversal) não era
suficiente para compor, na mesma escola, um GE e um GC. Ademais, haveria grande risco de
“contaminação” de interferência dos professores do GC, assistirem e utilizarem a logística,
estratégia e a pedagogia utilizada no GE.
O cálculo amostral foi realizado considerando as variáveis de estudo, bem como um
nível de significância de 95%, um poder de teste de 0.80 e um efeito de 0.30, sugerindo a
necessidade de pelo menos 12 sujeitos para o GE e 12 sujeitos para o GC.
4.1.3 Critérios de inclusão
a) O responsável ter assinado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido;
b) Faixa etária: 7-17 anos;
c) Sexo: masculino e feminino;
d) Nenhuma distinção em relação à classe, grupo social ou cor;
e) Ter IMC maior que percentil 85;
f) Não estar participando de nenhum outro programa de exercício físico, reabilitação de
fisioterapia e intervenção alimentar por pelo menos seis meses;
g) Estar apto à prática de exercícios físicos.
4.1.4 Critérios de exclusão
a) Limitações ortopédicas;
b) Uso de órteses, próteses ou equipamentos ortopédicos;
c) Ter realizado qualquer tipo de cirurgia ortopédica.
30
4.2 Delineamento metodológico
Este estudo constitui-se de pesquisa de intervenção, com delineamento quase
experimental, compreendendo medidas pré e pós-testes a serem realizadas em grupo
experimental e controle (GAYA et al., 2008).
4.3 Hipóteses e variáveis
O presente estudo levanta as seguintes hipóteses:
H1: escolares com sobrepeso e obesidade relatam dor musculoesquelética;
H2: escolares com sobrepeso e obesidade apresentam diferenças no relato de presença e
intensidade da dor musculoesquelética após entre avaliações pré e pós-programa de
intervenção de exercícios globais posturais;
H3: escolares com sobrepeso e obesidade possuem força muscular e flexibilidade
diferenciadas entre pré e pós-intervenção com exercícios posturais globais;
H4: exercícios posturais globais interferem na melhora da postura corporal, na força muscular
abdominal e na flexibilidade de escolares com sobrepeso e obesidade;
H5: crianças submetidas ao programa de intervenção através de exercícios globais apresentam
diferenças nos ângulos e distâncias verificados na avaliação postural, pré e pós-intervenção de
exercícios posturais globais.
As variáveis serão definidas da seguinte maneira:
Avaliação postural: variável quantitativa, avaliada pelo software para análise postural
(SAPO), a partir da medida dos ângulos e distâncias.
Circunferência da cintura: variável quantitativa contínua (em cm) e também variável
qualitativa nominal a qual será classificada em três categorias: 0) normal, 1) sobrepeso e 2)
obesidade.
Percentual de gordura: variável quantitativa contínua (em %), obtida através da mensuração
das dobras cutâneas tricepital e subescapular. A porcentagem de gordura será classificada em:
0) faixa ótima, 1) moderadamente alto, 2) alto e 3) muito alto.
Índice de massa corporal (IMC): variável quantitativa contínua, obtida através do peso e da
altura do indivíduo (em kg/m²) classificada como: 0) normal, 1) sobrepeso e 2) obesidade.
31
Força muscular abdominal: variável quantitativa, obtida através do número de abdominais
realizados durante 1 minuto no exercício “sit-ups”.
Avaliação de flexibilidade: variável quantitativa, obtida através do teste de “sentar e
alcançar”.
Nível socioeconômico: obtida através de questões do critério ABEP (ANEXO 10),
classificando em oito classes sociais: 1) A1; 2) A2; 3) B1; 4) B2; 5) C1; 6) C2; 7) D e 8) E.
As classes serão agrupadas em três variáveis: 1) classe social elevada (classes A1, A2, B1 e
B2); 2) classe social intermediária (classes C1 e C2); e 3) classe social baixa (classes D e E).
Sexo: obtida através de questionário, autorreferida pelo sujeito, sendo uma variável
qualitativa nominal e dicotômico classificada em masculino (M) e feminino (F).
Idade: também obtida através de um questionário autorreferida pelo sujeito, sendo uma
variável quantitativa discreta, referida em anos completos de vida. Para os escolares que não
souberem sua idade, os dados serão obtidos junto à escola. Posteriormente serão
categorizados segundo os critérios World Health Organization (WHO, 1986), em crianças e
adolescentes que define criança até 9 anos e adolescente na idade de 10 a 20 anos.
Hábitos posturais: informações adquiridas através da aplicação de questionário.
Dor: analisada através de escala visual da dor para crianças, categorizada em: 0) sem dor, 1)
dor leve, 2) dor moderada, 3) dor forte e 4) dor insuportável.
4.4 Procedimentos metodológicos
A presente pesquisa será composta pelas seguintes etapas:
1ª etapa: elaboração do projeto de pesquisa;
2ª etapa: treinamento para a utilização do software para avaliação postural PAS/SAPO;
3ª etapa: encaminhamento do projeto de pesquisa para aprovação do Comitê de Ética em
Pesquisa (CEP) da Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC;
4ª etapa: contato com a escola selecionada para o projeto de pesquisa;
5ª etapa: capacitação do grupo de pesquisadores e bolsistas com relação a
protocolos/instrumentos de coleta de dados, planejamento e procedimentos de intervenção.
6ª etapa: encaminhamento e recolhimento dos termos de consentimento livre e esclarecido
para assinatura dos pais ou responsáveis pelos escolares;
7ª etapa: coleta de dados referentes às avaliações pré-programa de exercícios de força e
flexibilidade, realizados no Bloco 42 da UNISC ou caso necessário, na escola participante;
32
8ª etapa: execução do programa de exercícios posturais globais nos escolares com sobrepeso
e obesidade, realizado na escola participante (grupo experimental);
9ª etapa: coleta de dados referentes às avaliações pós-programa de exercícios de força e
flexibilidade, realizados no Bloco 42 da UNISC ou caso necessário, na escola participante;
10ª etapa: digitação dos dados coletados;
11ª etapa: análise e discussão dos resultados;
12ª etapa: elaboração da dissertação;
13ª etapa: defesa da dissertação;
14ª etapa: divulgação dos resultados.
4.5 Técnicas e instrumentos de coleta
Todas as avaliações serão realizadas pré e pós ao programa de intervenção.
4.5.1 Avaliação postural
Para a realização da avaliação postural, o escolar deverá estar vestido com roupa de
banho, sendo que no caso do mesmo não possuir no momento da avaliação, será
disponibilizado calções e “tops” para que os mesmo possam ser fotografados. Para a
realização das fotografias, será utilizada câmera fotográfica digital da marca Nikon modelo
D3000, um tripé da marca VIVITAR series one 63.7”, esferas de isopor de 15mm cortadas ao
meio e pintadas de vermelho, fita dupla face da marca 3M®, tapete de borracha 50X41cm,
uma trena, um fio de prumo demarcado a cada 20 cm com uma fita azul e um banner na cor
branca. No primeiro momento, os escolares ficarão sobre o tapete de borracha que estará
posicionado em frente ao banner com o fio de prumo posicionado a 28 cm do chão. A câmera
será colocada sobre o tripé a uma distância de 2 m e a 90 cm do chão, frontalmente ao banner.
Os escolares serão fotografados em vista anterior, posterior e lateral esquerda. Serão
demarcados pontos anatômicos específicos com as esferas de isopor cortadas ao meio e
coladas no corpo do escolar com fita dupla face (vista anterior: glabela, tragos das orelhas
direito e esquerdo, acrômios direito e esquerdo, espinha ilíaca ântero superior anterior direita
e esquerda, patela do joelho esquerdo, patela do joelho direito, maléolo lateral direito e
maléolo lateral esquerdo; vista posterior: processo espinhoso das vértebras cervical 7 (C7),
torácica 5 (T5), lombar 1 (L1) e espinha ilíaca postero superior direita e esquerda; Vista
Lateral: acrômios direito e esquerdo e trocanter maior direito e esquerdo). Em um segundo
33
momento, as fotografias serão transferidas para o software de avaliação postural (PAS/SAPO)
onde serão feitas as medições das angulações e distâncias dos pontos específicos. O SAPO é
um programa desenvolvido por uma equipe multidisciplinar disponibilizado de forma
gratuita, em domínio público, disponível em http://sapo.incubadora.fapesp.br. Em anexo
(ANEXO 1) passo a passo do software PAS/SAPO. Validado por Ferreira et al. (2010).
4.5.2 Avaliação antropométrica
a) Circunferência da cintura, do quadril e relação cintura quadril: com a utilização de
fita métrica será verificada a medida da circunferência da cintura, tendo como ponto de
referência a parte mais estreita localizada entre as costelas e a crista ilíaca do quadril, sendo
posteriormente classificada como normal (percentil ≤ 75) e obesidade (percentil > 75)
conforme sexo e idade, de acordo com os critérios estabelecidos por Fernández et al., (2004).
Os pontos de corte estão em anexo (ANEXO 4). Para a medida do quadril será utilizada a
medida da circunferência de maior diâmetro (PICON et al., 2007) e para a relação cintura
quadril será feito o cálculo de relação entre cintura (cm)/quadril (cm).
b) Índice de massa corporal (IMC): foi utilizado o peso e a altura do indivíduo, calculado
através da fórmula: IMC = peso (kg)/altura(m)². Após, classificado de acordo com as curvas
de percentis do Centers for Disease Control and Prevention/National Center for Health
Statistics (CDC/NCHS, 2000), de acordo com gênero e idade, considerando baixo peso (<p5),
normal (≥p5 e <p85), sobrepeso (p≥85 e <p95) e obesidade (≥p95). ANEXO 5.
c) Percentual de gordura (%G): A medida de dobras cutâneas tricepital e subescapular será
feita com o uso do Compasso de Lange. Para calcularmos do %G, será utilizada a equação de
Slaugther et al. (1988), sendo posteriormente classificado de acordo os dados de Lonman
(1987), em seis categorias: muito baixo, baixo, ótimo, moderadamente alto, alto e muito alto
(ANEXO 11). Após, essas categorias serão classificadas em duas classes: 1) muito baixo,
baixo e ótimo e 2) moderadamente alto, alto e muito alto.
4.5.3 Avaliação da força muscular abdominal
Será avaliada através de protocolo sugerido pelo Projeto Esporte Brasil (PROESP-BR,
2012). O escolar irá posicionar-se em decúbito dorsal sob colchonete, com os joelhos
34
flexionados a 90 graus e com os braços cruzados sobre o tórax. O avaliador manterá os pés do
escolar fixos ao solo. Ao sinal, o escolar iniciará os movimentos de flexão de tronco até tocar
com os cotovelos nas coxas e em seguida retornando à posição inicial, sem a necessidade de
encostar a cabeça no colchonete na volta de cada movimento. O avaliador fará a contagem em
voz alta do número de repetições completas que o escolar realizará no tempo de 1 minuto.
4.5.4 Avaliação da flexibilidade
Também chamado de Teste de Sentar e Alcançar, é uma adaptação do Teste de Sentar
e Alcançar com banco de Wells, sugerido pelo Projeto Esporte Brasil (PROESP-BR, 2012).
Neste teste, será utilizado como material alternativo ao banco de Wells, fita métrica e fita
adesiva. A fita métrica será fixada ao chão. Na medida de 38 cm da fita métrica será fixada
fita adesiva de 30 cm, formando um “t” (imagens de instrução em ANEXO 6). Descalço, o
escolar deve sentar no chão com as pernas esticadas e os calcanhares posicionados em cada
extremidade da fita adesiva. O avaliador irá pedir que o escolar posicione uma mão sobre a
outra e que eleve as mãos para cima alongando o tronco, e após o flexione à frente,
encostando os dedos na fita métrica. O avaliador deverá realizar o teste duas vezes, anotando
o melhor resultado (cm) obtido.
4.5.5 Indicadores socioeconômicos
A avaliação dos indicadores socioeconômicos será feita através de um questionário, de
acordo com o critério ABEP (2012) (ANEXO 10).
4.5.6 Avaliação de hábitos posturais
Esta avaliação será obtida através de questionário (ANEXO 2) composto por dezesseis
questões abordando os hábitos posturais, presença e localização de dor durante as atividades
de vida diárias. Questionário proposto por Rebolho (2005) e validado por Rebolho, Casarotto,
João (2009).
35
4.5.7 Avaliação da dor
Esta avaliação será realizada através da escala de faces para avaliação da dor (ANEXO
3). A mesma foi desenvolvida com a caricatura de personagens de história infantil brasileira
que representam através das expressões faciais, o nível de dor ao qual a criança está referindo.
Desenvolvido e validado por Claro (1993) citado por Silva (2007).
4.6 Procedimentos de intervenção
O programa de exercícios para postura corporal (quadro 2) será realizado com os
escolares que apresentarem sobrepeso e obesidade, três vezes na semana, durante o período de
quatro meses, com duração de 30 minutos de exercícios de reeducação postural, enfatizando
atividades de alongamento e fortalecimento muscular, utilizando-se para isso equipamentos
como colchonetes, bolas de tênis, bolas suíças (Pilates), espaguetes (flutuadores para piscina)
e faixas elásticas. As atividades serão realizadas no ginásio da escola em período oposto ao do
turno de aulas. Os escolares realizarão as atividades de reeducação postural com orientação
dos pesquisadores, sendo que, inicialmente, as posturas adotadas durante a execução dos
movimentos serão mantidas por um período de 15 segundos. No decorrer do período de
intervenção, serão incorporados graus de dificuldade para a realização dos exercícios de
reeducação postural. Os escolares serão incentivados a manter as posturas sugeridas,
realizando contração da musculatura, assim como o alongamento dos mesmos. Se houver
necessidade, os pesquisadores farão correções, até que o escolar consiga realizar os exercícios
com uma postura adequada. Em anexo (ANEXO 7), consta plano de uma das sessões de
exercícios posturais globais e os materiais que serão utilizados durante a intervenção.
Quadro 1: Macro-ciclo de procedimentos de intervenção
Período
1º encontro
2º ao 12º encontro
13º ao 28º encontro
Objetivos e especificações
Experienciar adaptação ao método de
intervenção, através de elucidação e
demonstração dos exercícios de
reeducação postural e equipamentos a
serem utilizados, durante o programa
de intervenção.
Executar exercícios de reeducação
postural de intensidade moderada a
intensa.
Realizar exercícios de reeducação
postural de intensidade moderada a
intensa, com adaptações que se fizerem
Rotinas de intervenção
Apresentação
dos
profissionais,
materiais e técnicas a serem utilizadas;
Demonstração de exercícios de
reeducação
postural,
utilizando
equipamentos específicos;
Orientação para os próximos encontros.
20 min de exercícios posturais
(moderado a intenso) utilizando
equipamentos específicos.
20 min de exercícios posturais
(moderado a intenso);
36
29º ao 47º encontro
48º encontro
necessária.
Realizar exercícios resistidos de
reeducação posturais intensos.
Finalizar
intervenção,
com
encerramento através de troca de
experiência entre os participantes.
20 min de
(intenso);
Alongamento
exercícios
posturais
4.7 Processamento e análise dos dados / estatística
Posteriormente à coleta de dados, os mesmos serão digitados em uma planilha
previamente planejada com as variáveis a serem analisadas, através do programa estatístico
Statistical Package for the Social Sciences – SPSS, versão 20.0 (International Business
Machines Corp., Armonk, New York, USA).
A comparação dos valores médios dos grupos controle e experimental entre os
momentos pré e pós-intervenção será verificada por meio do teste t de amostras independentes
para dados paramétricos e teste de Mann-Whitney para dados não paramétricos. Para verificar
a diferença das variáveis entre pré e pós-intervenção, em cada grupo, será usado o delta (Δ:
média pós-intervenção – média pré-intervenção) e intervalo de confiança de 95%, através do
teste t pareado e teste de Wilcoxon.
Para as variáveis categóricas dicotômicas, será utilizado o teste de McNemar para a
comparação das frequências antes e após a intervenção. Também será utilizada a análise
fatorial exploratória, através da análise de componentes principais. O teste de Bartlett será
usado para analisar a adequação de seu uso na análise fatorial, sendo considerado significativo
para este teste p< 0,05, indicando a adequação da análise de componentes principais. Para
todas as análises será considerado significativo p≤0,05.
4.8 Considerações éticas
Para a realização da pesquisa em questão, todas as autoridades envolvidas serão
informadas previamente, através de cópias do mesmo, com o esclarecimento da importância
do presente estudo.
Aos pais e responsáveis dos escolares, que participarem do estudo, serão entregues
termo de consentimento livre e esclarecido (ANEXO 8), sendo um requisito para a
participação na presente investigação, o mesmo estar assinado pelo responsável. Os dados
coletados durante a investigação serão mantidos em sigilo, sendo os escolares identificados
por códigos, respeitando assim, a privacidade dos mesmos. Para o grupo controle também
37
será entregue termo de consentimento livre esclarecido (ANEXO 9). Os procedimentos que
serão realizados não apresentarão nenhum tipo de risco, já que serão tomadas medidas a fim
de preservar a segurança dos participantes. Esta pesquisa será apreciada pelo Comitê de Ética
em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC.
38
5 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
ETAPAS
Revisão de bibliografia
Elaboração do projeto de pesquisa
Encaminhamento ao comitê de ética
Levantamento de dados das escolas com
maior prevalência de crianças com
sobrepeso e obesidade
Seleção da escola que participará do
projeto de intervenção e escola do grupo
controle
Contato com as escolas
Avaliação Pré-Intervenção
Intervenção
Avaliação pós-Intervenção
Tabulação dos dados
Análise/Discussão dos dados
Redação/Revisão final da dissertação
Preparo de comunicação
Defesa da dissertação
2013
1º sem.
X
X
2014
2º sem.
X
X
X
X
1º sem.
X
2º sem.
X
2015
1º sem.
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
39
6 RECURSOS HUMANOS E INFRAESTRUTURA
A infraestrutura exigida para o presente estudo nas pré e pós-avaliações, será
disponibilizada pela Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC, através da utilização das
quadras esportivas para a realização das avaliações de força abdominal e flexibilidade. Para as
medidas antropométricas como peso e altura, assim como para a aplicação dos questionários
será utilizada a sala do Laboratório Lúdico do bloco 42. Para a avaliação postural dos
escolares será utilizada a sala 4208 do bloco 42. Na impossibilidade de avaliar todos os
escolares, a mesma será realizada na própria escola, sendo acordado previamente com o
diretor da mesma. A coleta de dados contará com a participação de dois bolsistas de pesquisa
PUIC (Programa de Iniciação Científica), bolsistas voluntários, bem como professores do
Mestrado em Promoção da Saúde e do curso de Educação Física da Universidade de Santa
Cruz do Sul.
A infraestrutura utilizada, durante a intervenção, será oferecida pela escola rural, do
quadrante oeste, participante de nosso estudo: dependências do ginásio, quadras abertas no
pátio da escola, sala de aula para sessões de estudos e orientações sobre hábitos posturais e
dos outros objetivos envolvidos no presente projeto que é interdisciplinar, incluindo atividade
física aeróbica, exercícios resistidos, orientação nutricional e de saúde bucal.
40
7 ORÇAMENTO E RECURSOS MATERIAIS
ESPECIFICAÇÃO
FINANCIADORES
QUANTIDADE
Bola Suíça 55 cm
Colchonetes
Faixas elásticas (média)
Espaguete (flutuador)
Bolas de tênis
Frequencímetro
Câmera fotográfica digital
Tripé de apoio para câmera digital
Dep. de Educação Física
Dep. de Educação Física
Dep. de Educação Física
Dep. de Educação Física
Dep. de Educação Física
Dep. de Educação Física
PPGPS
PPGPS
35unidades
50 unidades
50 unidades (1m)
25 unidades
60 unidades
30 unidades
1 unidade
1 unidade
VALOR
VALOR
UNIT.
TOTAL
120,00
4.200,00
55,00
2.750,00
27,00
1.350,00
10,00
250,00
*
*
*
*
Valor Total = R$ 8.550,00
*Materiais cedidos pelo Departamento de Educação Física e pelo Programa de Pós-Graduação em
Promoção da Saúde.
41
8 RESULTADOS E IMPACTO ESPERADO
Espera-se com este estudo, identificar se os possíveis desvios posturais, encontrados
nos escolares com sobrepeso e obesidade, tiveram alterações após o programa de exercício de
força e flexibilidade.
Estudos que buscam avaliar a saúde de pessoas com obesidade são de suma
importância, sendo que esta pesquisa busca contribuir no acréscimo de dados
epidemiológicos, no que se refere à saúde musculoesquelética dos mesmos.
Ambiciona-se que esta avaliação contribua para o desenvolvimento de políticas
públicas com implantação de campanhas educativas e preventivas, de forma a abordar a
importância de um estilo de vida saudável, além de apoiar as escolas na abordagem deste
tema, orientando principalmente os professores que trabalham com a atividade física.
De posse dos resultados encontrados, busca-se informar e orientar aos profissionais da
área da saúde a relevância do tema, norteando novas abordagens e habilitando os mesmos a
tratar deste assunto assim como realizar os devidos encaminhamentos.
42
9 RISCOS/DIFICULDADES/LIMITAÇÕES
Com relação às dificuldades que serão encontradas, podemos citar a avaliação postural
que será realizada com os escolares. Mesmo sendo explicado no consentimento livre e
esclarecido, poderá haver recusas em sua realização por parte dos escolares, já que os mesmos
deverão realizá-la com trajes mínimos, na presença de outros escolares do mesmo sexo e de
examinadores.
Outra dificuldade que poderá ser encontrada, ao longo da intervenção, é a desistência
dos participantes, já que a mesma requer esforço físico, persistência e disponibilidade para
participação em turno oposto ao das aulas escolares.
43
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54
CAPÍTULO II
RELATÓRIO DO TRABALHO DE CAMPO
55
RELATÓRIO DO TRABALHO DE CAMPO
Os dados referentes à avaliação pré-intervenção ocorreram em agosto de 2013. No
período subsequente, de agosto a dezembro de 2013 ocorreu a intervenção com os exercícios
globais para a postura corporal e finalização, com coleta das avaliações pós-intervenção em
dezembro do mesmo ano.
As coletas dos dados foram realizadas nas dependências da UNISC, no bloco 42, bem
como na pista de atletismo da referida universidade. A avaliação da postura corporal foi
realizada no laboratório de pesquisa na sala 4208, sendo a pesquisadora auxiliada por alunos
do programa PUIC do Curso de Educação Física desta instituição.
A intervenção foi desenvolvida na escola alocada como Grupo Experimental. Esta
aconteceu por quatro meses, três vezes na semana, no turno oposto ao das aulas dos escolares.
Todos os materiais utilizados para o trabalho foram levados para a escola e lá permaneceram
até o final da intervenção.
Ressalta-se a complexidade da referida intervenção, já que esta teve caráter
interdisciplinar, com a participação de profissionais de Educação Física, Fisioterapia,
Odontologia e Nutrição, além dos bolsistas (acadêmicos do Curso de Educação Física). Além
disso, a mesma envolveu uma logística em relação aos materiais utilizados e ao deslocamento
dos profissionais e acadêmicos até a localidade rural em que a escola estava inserida.
Anteriormente ao início da intervenção, foram realizadas limpeza e adequação da sala
que a escola nos disponibilizou, para guardar os materiais utilizados durante a pesquisa. Tanto
a limpeza, quanto a organização dos materiais foram efetuadas pelos pesquisadores e bolsistas
participantes.
As atividades físicas propostas e realizadas durante o período da intervenção, foram
realizadas no turno oposto ao das aulas dos escolares, sendo assim, os pesquisadores e
bolsistas eram responsáveis pelas crianças em turno integral.
No turno da intervenção, inicialmente os escolares eram recepcionados e
disponibilizado um período para que os mesmos pudessem realizar as tarefas de casa, sendo
na sequência, realizadas atividades lúdicas e recreativas.
56
Adequação para as atividades
Inicialmente, os exercícios de intervenção tinham uma proposta de 30 minutos, com
um número de repetições de 15 para os exercícios ativos e manutenção de15 segundos para os
exercícios isométricos. Entretanto, optou-se por fazer uma adequação para os mesmos, devido
às condições físicas verificadas nos escolares e ao fato dos mesmos não estarem habituados à
realização das atividades. Esta adequação manteve os 30 minutos de exercícios com três
séries para cada atividade proposta, porém com 10 repetições e intervalo de 15 segundos entre
as mesmas. Conforme a melhora da resistência por parte dos escolares, houve incremento do
número de repetições, que se manteve em 20, até o final do trabalho.
57
CAPÍTULO III
ARTIGOS
58
ARTIGO I
Diferenças na postura corporal, na força e flexibilidade de escolares:
estudo quase-experimental
*Elaborado conforme as normas da revista: Journal of Adolescent Health
Qualis Capes: A2
Área: Interdisciplinar
Fator de Impacto: 3.753.
59
Diferenças na postura corporal, na força e flexibilidade de escolares:
estudo quase-experimental
Autores: Natalí Lippert Schwanke1, Hildegard Hedwig Pohl2, Miria Suzana Burgos3.
1
Mestre em Promoção da Saúde - Universidade de Santa Cruz do Sul, RS/ Brasil.
2
Doutora em Desenvolvimento Regional, Universidade de Santa Cruz do Sul; Docente do
Programa de Pós-Graduação em Promoção da Saúde - Universidade de Santa Cruz do Sul,
RS/Brasil.
3
Doutora em Ciências de La Educación, Universidad Pontifícia de Salamanca - Espanha;
Docente do Programa de Pós-Graduação em Promoção da Saúde - Universidade de Santa
Cruz do Sul, RS/Brasil.
Autor Correspondente: Miria Suzana Burgos. Endereço: Avenida independência, n. 2293,
Bairro Universitário, bloco 42, sala 4206, CEP: 96815-900 – Santa Cruz do Sul – RS, Brasil.
Fone: (51) 3717-7603. E-mail: [email protected]
Conflito de Interesses: Os autores do trabalho declaram não haver nenhum conflito de
interesses.
Resumo: A postura corporal e seus componentes são amplamente abordados uma vez que
verifica-se elevada prevalência de alterações musculoesqueléticas na população infantojuvenil. Em crianças com sobrepeso e obesidade estas alterações podem ser acentuadas.
Objetivo: verificar se um programa de exercícios físicos globais determinou modificações
nas medidas de ângulos e distâncias encontrados na avaliação postural, no número de
abdominais realizados e na flexibilidade de escolares com sobrepeso e obesidade. Método:
delineamento quase-experimental, em grupos experimental (GE) e controle (GC), tendo como
avaliações principais a postura corporal (software SAPO), força muscular abdominal “sit-ups”
e flexibilidade. O GE sofreu intervenção interdisciplinar com 48 sessões de exercícios
posturais globais, realizadas três vezes na semana. Resultados: Dos 46 escolares avaliados,
divididos em GE (n=23) e GC (n=23), verificou-se diferença significativa em pós-teste nos
meninos no ângulo torácico (p=0,001) e força muscular abdominal (p=0,016) e para as
meninas no ângulo torácico (p=0,010), na força muscular abdominal (p=0,003) e na
flexibilidade (p=0,010) do GE. Conclusão: o programa de exercícios físicos globais
determinou modificações nas medidas de ângulos e distâncias encontrados na avaliação
60
postural, bem como aumento no número de abdominais realizados e na flexibilidade,
evidenciando melhora da postura corporal e dos indicadores de saúde.
Palavras-chave: Postura corporal, escolares, exercício, obesidade.
61
Implicações e Contribuições
Este trabalho corresponde a um estudo quase-experimental de intervenção
interdisciplinar, com exercícios globais para a postura corporal de escolares em sobrepeso e
obesidade. O mesmo contribui com a literatura científica de trabalhos em loco e no tocante ao
processo de intervenções primárias para políticas públicas de prevenção de problemas
relacionados às alterações da postura corporal.
62
Por afetar estudantes de idades variadas e por ser considerado um problema de saúde
coletiva, os desvios posturais (1) são alvo de estudos de vários profissionais da saúde, que
buscam incorporar no estilo de vida das pessoas, hábitos saudáveis e consequentemente
prevenir complicações futuras relacionadas à coluna vertebral (2). O estudo epidemiológico
brasileiro realizado por Detsch et al. (3) evidenciou uma prevalência de 66% de alterações
laterais e 70% de alterações ântero-posteriores, em uma amostra de 495 adolescentes que
tiveram suas posturas corporais avaliadas.
No Brasil, mais recentemente, a associação das alterações posturais e da obesidade
vem sendo estudadas (4), pois considera-se que o aumento da massa corporal, devido ao
sobrepeso e obesidade, eleva o risco de alterações do sistema músculo esquelético. Estas
mudanças são consideradas clinicamente importantes e antecipam processos patológicos,
acarretando em lesões precoces (5).
Uma das maneiras de tratar os desvios posturais é através de exercícios de
alongamento, os quais são utilizados em programas de reabilitação e atividades desportivas.
Estes contribuem para a melhora da flexibilidade (6) e no tratamento de problemas
relacionados à coluna vertebral, como é o caso da escoliose, dores decorrentes do crescimento
e dor lombar (7).
Existem diferentes métodos e técnicas, ativos ou estáticos, empregados no intuito de
promover o alongamento muscular (8). A técnica estática é utilizada com o objetivo de
alongar um músculo de forma isolada, priorizando o alongamento de um determinado
segmento (9). Em contrapartida, a forma ativa, também chamada de global, trabalha o
alongamento de vários músculos simultaneamente, partindo de um conceito de que um
músculo com déficit de alongamento cria compensações em outras estruturas musculares (10).
A boa postura é definida sob o aspecto mecânico, como um estado de equilíbrio entre
os componentes musculoesqueléticos (11; 12). Os músculos flexores e extensores de tronco
são alguns dos responsáveis por sustentar e manter a boa postura. Disfunções que afetam tais
músculos podem causar distúrbios da coluna vertebral, em especial da lombar. A fim de
prevenir tais problemas, exercícios de fortalecimento de extensores e flexores do tronco são
pertinentes (13). Tais exercícios objetivam o fortalecimento muscular de tronco, utilizando
treinos com bases estáveis ou instáveis, a fim de melhorar os componentes de saúde
relacionados à aptidão física (força, flexibilidade) e habilidade (equilíbrio, coordenação e
velocidade) (14).
63
Assim, o estudo em questão teve por objetivo verificar se um programa de exercícios
físicos globais determinou modificações nas medidas de ângulos e distâncias encontrados na
avaliação postural, no número de abdominais realizados e na flexibilidade de escolares.
Método
Desenho do Estudo
Esta pesquisa é oriunda de um estudo transversal de base populacional, já
desenvolvido na Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC, no ano de 2012, com avaliação
de crianças em idade escolar. A partir desta pesquisa, evidenciou-se que dos 605 escolares
avaliados, 16,4% estavam com sobrepeso e 12,1% com obesidade. Pela constatação da alta
prevalência de excesso de peso, vislumbrou-se a realização de pesquisa de intervenção com
exercícios posturais globais, voltados para esta população específica.
Assim, o presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da
Universidade de Santa Cruz do Sul (nº 447353/2013), constituindo-se de delineamento quaseexperimental, compreendendo medidas pré e pós-testes realizadas em Grupo Experimental
(GE) e Controle (GC).
Para o cálculo do tamanho amostral, utilizou-se o programa G*Power (15),
considerando um poder de teste de 0,8, um efeito de 0,30 e nível de significância de 95%.
Dessa forma, sugere-se a necessidade de, no mínimo, 12 sujeitos para o GE e 12 sujeitos para
o GC.
Participantes
Possui como amostra, escolares de ambos os sexos, com faixa etária entre 7 e 17 anos,
definida conforme critérios da WHO (16), onde são considerados crianças aqueles até 9 anos
e adolescentes aqueles entre 10 a 20 anos. A mostra foi selecionada por conveniência, sendo
incluídos aqueles que apresentaram em avaliações prévias características de sobrepeso e
obesidade, ter IMC com percentil maior que 85, não estar participando de nenhum outro
programa de exercícios físicos além das aulas de Educação Física ou tratamento de
fisioterapia e que estivessem aptos à prática de exercícios físicos. Foram excluídos do estudo
os escolares com limitações ortopédicas, que fizessem uso de órteses/próteses ou equipamento
ortopédico e que tivessem realizado cirurgia ortopédica.
64
Intervenções
Foram selecionadas três escolas do meio rural da cidade de Santa Cruz do Sul – RS,
tendo as mesmas sido alocadas em GE (n=23) e GC (n=23). As escolas em questão foram
eleitas por apresentarem características semelhantes, visando evitar a interferência de hábitos
de vida entre os grupos e por manterem turno integral de atividades, já que a intervenção foi
desenvolvida no turno oposto ao das aulas.
O programa teve duração de quatro meses, compreendendo 48 sessões, realizadas três
vezes por semana por 30 minutos, com os alunos da escola classificada como grupo
experimental. Os participantes foram orientados a praticar exercícios de alongamentos e
fortalecimento muscular, utilizando equipamentos como colchonetes, bolas de tênis, bolas de
vôlei, bolas de basquete, bolas suíças (Pilates), flutuadores para piscina (espaguetes) e faixas
elásticas, sempre com supervisão de profissionais de Educação Física e Fisioterapeutas.
As sessões foram programadas, intercalando exercícios dinâmicos e isométricos para
fortalecimento muscular e alongamento. A mesma sessão foi repetida duas vezes na semana, a
fim de que os indivíduos estivessem melhor familiarizados com as atividades. Inicialmente, os
exercícios tiveram 3 séries de repetições, com intervalo de 15 segundos entre as mesmas. Para
os exercícios dinâmicos, as séries tiveram 10 repetições, enquanto que os isométricos foram
mantidos por 10 segundos. No decorrer do período de intervenção, foram incorporados graus
de dificuldade para a realização dos mesmos. No segundo mês do experimento, o número de
repetições das séries dos exercícios ativos passou para 15, enquanto que nos exercícios
isométricos o tempo de manutenção passou para 15 segundos. Para ambos foi mantido o
intervalo de 15 segundos entre as séries. Como evolução, no início do terceiro mês, mantevese o intervalo de 15 segundos entre as séries, com aumento para 20 no número de repetições
dos exercícios ativos e 20 segundos para os exercícios isométricos. Na segunda quinzena do
terceiro mês, manteve-se o número de séries, o número de repetições dos exercícios ativos e o
tempo dos exercícios isométricos, porém diminuiu-se o tempo de repouso entre as séries que
passaram a ser 10 segundos. Sempre que necessário, os pesquisadores intervinham para que
os escolares permanecessem em posturas adequadas e incentivando para a realização das
repetições sugeridas. O Grupo Controle realizou apenas as avaliações pré e pós-teste, não
sofrendo nenhum tipo de intervenção.
Desfechos
As avaliações realizadas incluíram exame de fotogrametria para a identificação de
ângulos e distâncias na postura corporal, aptidão física e saúde.
65
De acordo com Jerry, Jack, Stephen (17), os estudos quase-experimentais buscam
adequar o modelo de pesquisa aos ambientes reais, e nestes casos a aleatorização torna-se
difícil. Sendo assim, em nosso estudo, os grupos foram definidos previamente por
conveniência, visto que as três escolas participantes tiveram características semelhantes;
dentre estas, localização rural, a idade dos participantes e presença de escolares com
sobrepeso e obesidade. Para constatar isso, o teste t de Student (p < 0,05) foi usado para
análise estatística, verificando as possíveis diferenças da amostra entre as características de
sobrepeso e obesidade apresentadas pelos sujeitos, o que não foi verificado, permitindo a
escolha das escolas participantes: um que compôs o GE e duas, o GC.
Alocação
A partir da verificação de alta prevalência de sobrepeso e obesidade no estudo de
2012, foram selecionadas as três escolas com maior número de escolares com IMC igual ou
acima de 85. O projeto de intervenção foi apresentado às autoridades institucionais
responsáveis, que aceitaram participar do mesmo. Na sequência, os escolares foram
convidados a participar e aos pais foi enviado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
Foi alocada como GE, a escola com maior número de sujeitos que aceitaram participar
do estudo. As demais escolas foram alocadas no GC, as quais somavam um número de
sujeitos apropriado ao número da escola Experimental.
Coleta de variáveis expositoras
A postura corporal foi avaliada através de fotogrametria, utilizando-se o software
SAPO (18). Para tanto, os escolares foram orientados a vestir-se com trajes de banho e
permaneceram descalços sob tapete de borracha, posicionados em frente a um banner na cor
branca tendo um fio de prumo disposto lateralmente à sua esquerda. A câmera Nikon modelo
D3000, acoplada ao tripé marca VIVITAR series one 63.7” foi posicionada a frente do escolar,
a uma distância de 2m e a 90cm do chão. Os escolares foram fotografados em vista anterior,
posterior e lateral esquerda. Os pontos anatômicos utilizados foram glabela, tragos das orelhas
direita e esquerda, acrômios direito e esquerdo, trocanter maior do fêmur direito e esquerdo,
espinha ilíaca ântero superior direita e esquerda, espinhas ilíacas póstero superior direita e
esquerda, patelas direita e esquerda, maléolos laterais direito e esquerdo, processos
espinhosos das vértebras cervical 7 (C7), torácica 5 (T5) e lombar 1 (L1).
Empregou-se para as medidas de alinhamento horizontal da cabeça e alinhamento
horizontal de tronco, a distância entre os dois lóbulos das orelhas em uma linha horizontal e o
66
ângulo formado entre os acrômios bilaterais e as espinhas ilíacas ântero superiores bilaterais,
respectivamente (19). Para estas avaliações, adotaram-se as categorias direito para o sujeito
com inclinação pronunciada à direita, esquerdo quando este apresentava inclinação
pronunciada à esquerda e médio quando o mesmo apresentava um alinhamento entre os dois
pontos avaliados. A descrição de Ferreira et al. (19) também foi usada para avaliar o ângulo
de joelho direito e esquerdo formados pelos pontos entre trocanter maior do fêmur, patela e
trocanter lateral.
Para a descrição dos ângulos em vista lateral adaptou-se as medidas propostas por
Seah et al. (20), onde o ângulo cervical foi formado pelo acrômio, processo espinhoso de C7 e
o lóbulo da orelha; ângulo torácico formado entre processos espinhosos de C7, L1 e trocânter
maior do fêmur esquerdo; ângulo lombar formado entre processo espinhoso de L5, Crista
Ilíaca Ântero Superior (CIAS) esquerda e trocânter maior do fêmur esquerdo; inclinação de
tronco com ângulo formado entre acrômio esquerdo, trocanter maior do fêmur esquerdo e
maléolo lateral esquerdo.
O Índice de Massa Corporal (IMC) foi calculado através da razão entre massa corporal
total (kg)/altura2(m) e usando-se as curvas de percentis do Centers for Disease Control and
Prevention/National Center for Health Statistics (21), de acordo com gênero e idade,
considerando baixo peso (<p5), normal (≥p5 e <p85), sobrepeso (p≥85 e <p95) e obesidade
(≥p95).
As medidas de dobras cutâneas tricepital e subescapular foram usadas para calcular o
percentual de gordura, utilizando-se as categorias muito baixa/baixa, ótima, alta/muito alta
(22). A classificação de normal e elevada foi adotada para descrever a circunferência da
cintura, conforme Taylor et al. (23).
Os critérios da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa - ABEP (24) foram
empregados para avaliar os indicadores socioeconômicos (categorizados em classe social
elevada, classe social intermediária e classe social baixa).
A flexibilidade foi avaliada pelo teste de sentar e alcançar, com banco de Wells,
conforme proposto pelo Projeto Esporte Brasil (25), que usa como material alternativo fita
métrica e fita adesiva. A fita métrica foi fixada ao chão. Na medida de 38 cm da fita métrica,
foi fixada fita adesiva de 30 cm, formando um “t”. Descalço, o escolar permanecia sentado no
chão com as pernas estendidas e os calcanhares posicionados em cada extremidade da fita
adesiva. Ao comando do avaliador, o mesmo posicionava uma mão sobre a outra e elevava as
mesmas para cima, alongando o tronco. Na sequência, realizava flexão à frente, encostando os
67
dedos na fita métrica, demonstrando o ponto de maior alcance. O teste foi repetido duas
vezes, sendo o melhor resultado anotado pelo avaliador.
A força de musculatura abdominal “sit-ups”, também foi avaliada através de protocolo
sugerido pelo Projeto Esporte Brasil (25). Para esta avaliação, o escolar manteve-se em
decúbito dorsal sobre o colchonete, com joelhos fletidos a 90 graus e com os braços cruzados
sobre o tórax. O avaliador sustentou os pés do escolar fixos ao solo e ao sinal, o escolar
iniciou os movimentos de flexão de tronco até tocar com os cotovelos nas coxas, retornando e
em seguida à posição inicial, sem a necessidade de encostar a cabeça no colchonete na volta
de cada movimento. O avaliador efetuou a contagem em voz alta do número de repetições
completas que o escolar realizou no tempo de 1 minuto. Foi anotado o número de repetições
completas realizada por cada escolar.
Os dados foram acondicionados no software SPSS 20.0® (International Business
Machines Corp., Armonk, New York, USA).
Para descrição da amostra foi utilizada
estatística descritiva com valores de frequência e percentuais. A comparação de GC e GE
entre os momentos pré e pós-intervenção foi verificada por meio do Teste t para amostras
independentes para dados paramétricos e teste de Mann-Whitney para dados não
paramétricos. Para verificar a diferença das variáveis entre pré e pós-intervenção para grupos
controle e experimental, foi usado o delta (Δ: média pós-intervenção – média pré-intervenção)
e intervalo de confiança de 95%. Os testes utilizados para verificar diferenças entre pré e pósexperimento foram teste t pareado e teste de Wilcoxon. Para todas as análises foi considerado
significativo p < 0,05.
Resultados
Das 129 crianças elegíveis para participar do estudo, inicialmente apenas 61
retornaram com termo de consentimento, sendo estas alocadas como GE (n=29) e GC (n=32).
Na figura 1 pode ser observado o fluxograma das etapas da pesquisa. Na tabela 1 pode ser
observada a caracterização da amostra.
Na Tabela 2, que demonstra a comparação entre GC e GE, verificou-se significância,
entre os meninos, para alinhamento de tronco (p=0,020) e ângulo joelho direito (p=0,021)
após a intervenção. Para as meninas, observa-se diferença significativa para ângulo cervical
(p=0,046) e para flexibilidade (p=0,003).
A Tabela 3 demonstra a diferença entre o pré e pós-teste para os GE e GC. No GE,
para ambos os sexos, houve significância na diferença entre os grupos na avaliação do ângulo
torácico (meninos p=0,001 e meninas p=0,010), bem como para força/resistência abdominal
68
(p=0,016 e p=0,003 para meninos e meninas, respectivamente). Para flexibilidade, observouse aumento significativo (p=0,010) para o grupo das meninas.
Discussão
A postura corporal é um dos assuntos mais abordados por estudiosos da mecânica do
movimento humano, com abordagens de métodos não invasivos de avaliação (26). Mais
especificamente, os estudos na população de crianças e adolescentes vêm se consolidando, já
que pesquisas demonstram que uma má postura corporal adquirida na infância e adolescência,
torna-se preditivo de problemas musculoesqueléticos futuros (3). Porém, verifica-se que os
estudos de bases populacionais são mais frequentes (27; 28; 29), o que não ocorre para
estudos de programas experimentais, que demonstram abordagens para problemas específicos,
com ênfase em estudos de caso (30; 31) ou com intervenções a partir de orientações posturais
através de palestras (32). Nosso estudo, diferentemente dos acima citados, abordou os efeitos
de uma associação de exercícios posturais globais e orientações interativas sobre os hábitos
posturais em escolares obesos e em sobrepeso.
Estudo desenvolvido por Bachiega (33) verificou a influência do sobrepeso e da
obesidade sobre a postura corporal de escolares de 6 a 16 anos, de três escolas, sendo duas da
rede pública e uma privada, encontrando uma porcentagem de 14,91% de sobrepeso e 15,68%
de obesidade, sendo que a maioria dos alunos (53,73%) estavam classificados como classe
social A e B.
Embora com outra metodologia, mas também brasileiro, o estudo desenvolvido por
Aleixo e colaboradores (34), que avaliou 432 escolares de 6 a 12 anos de idade, em relação à
postura corporal, estilo de vida e testes psicomotores, verificou que dos alunos participantes,
34 apresentaram valores anormais de IMC, sendo que 11 (32,35%) se encontravam em
sobrepeso e 23 (67%) em obesidade. Na avaliação postural utilizada, encontraram nos alunos
com sobrepeso, 63,3% de protrusão da cabeça, 63,6% de protrusão de ombro, 72,7% de
assimetria de ombros, 54,5% de assimetria de fossas poplíteas e 54,5% de hiperlordose
lombar. Já nos alunos em obesidade, os maiores resultados foram encontrados para assimetria
de ombros (82,6%), projeção de abdômen (78,3%) e joelhos valgos (65,2%). O estudo acima
citado descreveu as alterações posturais encontradas com maior frequência em crianças
obesas de forma qualitativa.
Por termos realizado a avaliação postural usando a análise por fotogrametria através
do Software SAPO, e devido ao fato de tal análise ser quantitativa, não foi possível comparar
efetivamente os resultados encontrados com os dados relatados no estudo de Aleixo et al.
69
(34). Mesmo assim, em nosso estudo, verificou-se que após a intervenção, houve mudança
significativa no ângulo torácico nos escolares do grupo submetido a quatro meses de
intervenção, indicando uma melhora do alinhamento da postura corporal.
Ao analisar os indicadores de saúde de força muscular abdominal e flexibilidade,
verificamos que houve um aumento do número de abdominais “sit-ups” realizados e da
distância alcançada durante o teste de sentar e alcançar, o que denota melhora significativa
nos escolares que participaram do programa experimental. A força muscular abdominal
apresentou aumento para ambos os sexos (p=0,016 para os meninos e p=0,003 para as
meninas). Na variável flexibilidade, verificamos aumento significativo no grupo das meninas
(p=0,010), havendo a indicação de que as meninas são mais flexíveis que os meninos,
verificando que o nosso trabalho apresenta conformidade com estudos realizados
anteriormente (36; 37).
Em relação à força muscular abdominal e à flexibilidade, que aumentaram após o
experimento, a pesquisa realizada por Farris et al. (37), realizada nos Estados Unidos, em que
desenvolveu um programa de atividades físicas de 12 semanas, para escolares obesos com
idade entre 6 a 12 anos, corrobora com nosso estudo. Com características semelhantes a da
nossa população (n=25), os autores (37) também verificaram uma melhora nos testes de sentar
e alcançar (41,2 cm) e força muscular abdominal (33 repetições).
No Brasil, estudo desenvolvido por Moreira e colaboradores (38) avaliou os efeitos de
um programa de exercícios físicos para resistência abdominal e flexibilidade, em experimento
com grupo de escolares (n=29). As sessões foram realizadas por 50 minutos, duas vezes na
semana, durante seis semanas. Neste estudo, foi utilizado um número delimitado de exercícios
resistidos e isométricos específicos para fortalecimento muscular de tronco e flexibilidade de
membro inferior. Diferentemente de nossa pesquisa, que teve 4 meses de intervenção, maior
frequência de sessões e exercícios desenvolvidos de forma global, com a utilização de
materiais diversos, tendo aumento no número de abdominais realizados e aumento na
distância no teste de sentar e alcançar (flexibilidade). Após intervenção no GE, o estudo de
Moreira et al. (38) verificou que os escolares participantes obtiveram melhora na flexibilidade
(p=0,017), não tendo a mesmo resultado para força muscular abdominal.
Limitações
As pesquisas de campo são estudos com limitações, quanto ao processo de
aleatorização, já que se faz necessária, a permanência dos participantes por todo período de
70
realização do experimento. Deve ser ressaltado que, durante a aplicação de nossa intervenção,
houve a desistência de cinco participantes no GE.
Em relação às avaliações realizadas, os métodos tiveram seus protocolos
estabelecidos, com investigadores bem treinados e experientes na aplicação de sua praxe.
Apesar disso, a confiabilidade intra-examinador não foi estabelecida para abordar a referida
população.
Outra dificuldade encontrada foi em relação à comparação com outros estudos, já que
há escassez de relatos experimentais com exercícios para postura corporal em população com
características semelhantes ao do presente estudo.
Em relação à avaliação postural por fotogrametria, através do software SAPO, houve
dificuldade em definir as alterações posturais, já que o mesmo forneceu apenas a descrição
dos ângulos e distâncias. Além disso, até o momento, não há descrição na literatura sobre o
mesmo fornecer uma classificação da postura corporal.
Contudo, estes achados abrem margem para novos estudos de intervenção efetiva, com
atividade física voltada para a melhora da postura corporal em crianças em idade escolar, no
sentido de atuar em uma prevenção primária, com enfoque em políticas públicas, a escola se
faz um ambiente propício para ações práticas de trabalhos deste tipo.
Conclusão
O programa de exercícios físicos globais determinou modificações nas medidas de
ângulos e distâncias encontrados na avaliação postural, bem como melhora no número de
abdominais e na flexibilidade em escolares que participaram da intervenção.
71
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74
Figura 1: Fluxograma dos participantes do estudo.
75
Tabela1. Características descritivas da amostra.
Controle (n=23)
n (%)
Idade (anos)
Criança
13 (56,5)
Adolescente
9 (39,1)
Sexo
Masculino
9 (39,1)
Feminino
14 (60,9)
IMC (Kg/m2)
Sobrepeso
11 (47,8)
Obesidade
12 (52,2)
Circunferência da Cintura (cm)
Normal
5 (21,7)
Elevado
18 (78,3)
% Gordura
Normal
8 (34,8)
Elevada
15 (65,2)
Classe Social
Classe social elevada
14 (60,8)
Classe social intermediária
9 (39,1)
Classe social baixa
Estatística descritiva, frequência e percentual.
Experimental (n=23)
n (%)
16 (69,6)
7 (30,4)
11 (47,8)
12 (52,2)
8 (34,8)
15 (65,2)
6 (26,1)
17 (73,9)
6 (26,1)
17 (73,9)
8 (34,8)
12 (52,2)
3 (13,0)
76
Tabela 2: Comparação dos Grupos Controle e Experimental pré e pós Intervenção.
Pré-intervenção
Pós-intervenção
Controle
Experimental
p
Controle
Experimental
Masculino
Alinhamento da cabeça (cm)
16,82 (1,08)
17,81 (1,09)
0,057
18,64 (1,31)
23,26 (17,54)
Alinhamento de tronco (cm)
2,85 (2,07)
1,17 (0,60)
0,046
3,17 (1,48)
1,67 (2,36)
Ângulo cervical (°)
102,23 (13,11)
99,90 (5,90)
0,602
106,90 (7,99)
104,24 (6,05)
Ângulo torácico (°)
151,75 (5,12)
147,83 (5,58)
0,123
150,40 (5,03)
154,60 (8,98)
Ângulo lombar (°)
102,23 (3,11)
99,90 (5,90)
0,602
106,90 (7,99)
104,24 (6,05)
Ângulo joelho direito (°)
164,20 (6,01)
160,85 (5,98)
0,231
165,84 (6,94)
159,09 (4,97)
Ângulo joelho esquerdo (°)
164,28 (4,78)
159,25 (3,82)
0,017
163,68 (5,31)
159,81 (4,23)
Inclinação de tronco (°)
188,52 (3,68)
192,77 (3,27)
0,076
192,77 (3,27)
192,46 (3,13)
Abdominal (rep)
22 (10)
20 (7)
0,507
24 (10)
24 (9)
Flexibilidade (cm)
15,56 (7,62)
20,36 (7,07)
0,161
16,17 (7,35)
22,27 (5,48)
Feminino
Alinhamento da cabeça (cm)
16,78 (1,53)
22,29 (19,47)
0,940
17,37 (1,58)
18,10 (0,79)
Alinhamento de tronco (cm)
2,53 (1,88)
8,10 (21,73)
0,742
1,82 (1,78)
2,72 (1,85)
Ângulo cervical (°)
99,26 (8,99)
102,22 (6,18)
0,346
102,83 (9,10) 116,40 (44,72)
Ângulo torácico (°)
152,22 (7,94) 151,55 (11,19)
0,860
153,10 (7,99) 156,50 (10,54)
Ângulo lombar (°)
99,26 (8,99)
102,22 (6,18)
0,346
102,83 (9,10) 116,40 (44,72)
Ângulo joelho direito (°)
161,36 (3,66)
157,29 (3,07)
0,006
159,89 (2,89)
159,09 (2,53)
Ângulo joelho esquerdo (°)
162,52 (3,49)
158,06 (2,93)
0,002
160,09 (4,10)
159,49 (2,77)
Inclinação de tronco (°)
192,01 (4,23)
194,74 (4,36)
0,120
194,50 (3,76)
194,20 (4,03)
Abdominal (rep)
22 (7)
19 (8)
0,332
23 (6)
25 (11)
Flexibilidade (cm)
18,32 (6,74)
23,29 (9,86)
0,142
20,18 (6,00)
28,75 (7,29)
Dados expressos em média (desvio padrão); teste t para amostras independentes; teste de Mann-Whitney;
repetições. Nível de significância p ≤ 0,05.
p
0,552
0,020
0,409
0,228
0,409
0,021
0,086
0,829
0,985
0,047
0,297
0,252
0,046
0,359
0,527
0,465
0,671
0,846
0,410
0,003
rep:
77
Tabela 3. Diferença entre pré e pós-teste para Grupos Controle e Experimental na avaliação da postura corporal e nos
indicadores de saúde.
Controle
Experimental
p
p
Δ (IC 95%)
Δ (IC 95%)
Masculino
Ângulos e distâncias
Alinhamento da cabeça (cm)
1,82 (0,87 – 2,77)
0,017
5,44 (-6,10 – 16,99)
0,386
Alinhamento de tronco (cm)
0,32 (-1,18 – 1,82)
0,374
0,50 (-1,00 – 2,00)
0,824
Ângulo cervical (°)
-8,56 (-18,47 – 1,33)
0,081
5,10 (-4,74 – 14,96)
0,286
Ângulo torácico (°)
-1,35 (-3,50 – 0,79)
0,184
6,76 (3,38 – 10,14)
0,001
Ângulo lombar (°)
4,66 (-1,45 – 10,78)
0,117
4,34 (-0,97 – 9,66)
0,099
Ângulo joelho direito (°)
1,64 (-2,35 – 5,64)
0,371
-1,76 (-5,45 – 1,92)
0,312
Ângulo joelho esquerdo (°)
-0,60 (-2,98 – 1,78)
0,578
0,56 (-1,61 – 2,74)
0,577
Inclinação de tronco (°)
4,25 (2,34 – 6,16)
0,001
0,71 (-2,40 – 3,84)
0,620
Indicadores de saúde
Abdominal (rep)
2 (0 – 4)
0,067
4 (1 – 8)
0,016
Flexibilidade (cm)
0,61 (-4,830 – 6,052)
0,802
1,91 (-1,673 – 5,491)
0,263
Feminino
Ângulos e distâncias
Alinhamento da cabeça (cm)
0,58 (-0,73 – 1,91)
0,245
-4,19 (-16,43 – 8,05)
0,099
Alinhamento de tronco (cm)
-0,71 (-1,98 – 0,55)
0,258
-5,38 (-19,13 – 8,36)
0,423
Ângulo cervical (°)
-3,22 (-10,96 – 4,50)
0,245
3,66 (-6,21 – 13,54)
0,433
Ângulo torácico (°)
0,87 (-3,35 – 5,10)
0,661
4,95 (1,41 – 8,48)
0,010
Ângulo lombar (°)
3,57 (-1,27 – 8,41)
0,135
14,18 (-13,97 – 42,33)
0,291
Ângulo joelho direito (°)
-1,47 (-3,61 – 0,66)
0,161
1,80 (-0,41 – 4,01)
0,101
Ângulo joelho esquerdo (°)
-2,43 (-4,42 – 0,44)
0,020
1,42 (-0,19 – 3,04)
0,079
Inclinação de tronco (°)
2,48 (0,04 – 4,92)
0,046
-0,54 (-3,10 – 2,02)
0,651
Indicadores de saúde
Abdominal (rep)
1 (-2 – 3)
0,640
6 (2 – 10)
0,003
Flexibilidade (cm)
1,86 (-1,184 – 4,898)
0,210
5,46 (1,580 – 9,336)
0,010
Dados expressos em média (intervalo de confiança); teste t pareado e teste de Wilcoxon; rep: repetições. Intervalo de confiança
para 95%; Δ: pós-teste – pré-teste.
78
ARTIGO II
Análise de componentes principais para verificação de presença da dor em escolares
com sobrepeso e obesidade: estudo quase-experimental
Elaborado conforme as normas da revista American Journal of Physical Medicine &
Rehabilitation
Qualis Capes: A2
Área: Interdisciplinar
79
Análise de componentes principais para verificação de presença da dor em escolares
com sobrepeso e obesidade: estudo quase-experimental
Autores: Natalí Lippert Schwanke1
Hildegard Hedwig Pohl2
Miria Suzana Burgos3
1
Mestre em Promoção da Saúde. Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC, RS, Brasil.
2, 3
Docente do programa de Mestrado em Promoção da Saúde – UNISC, RS, Brasil.
Autor Correspondente: Miria Suzana Burgos. Endereço: Avenida independência, n. 2293,
Bairro Universitário, bloco 42, sala 4206, CEP: 96815-900 – Santa Cruz do Sul – RS, Brasil.
Fone: (51) 3717-7603. E-mail: [email protected]
Resumo: Dor em crianças e adolescentes é um problema de saúde pública. Preditiva de
distúrbios funcionais futuros, possui natureza multifatorial. Objetivo: analisar a localização
corporal da dor e sua presença durante atividades de vida diária em escolares pré e pósintervenção com orientações interativas de hábitos posturais. Método: estudo quaseexperimental com medidas de pré e pós-teste em Grupo Controle - GC (n=19) e
Experimental - GE (n=22). Intervenção interdisciplinar realizada em GE, durante quatro
meses, três vezes por semana, com exercícios globais de força e flexibilidade para a postura e
orientações de hábitos posturais. Aplicou-se questionário abordando hábitos posturais e escala
de faces para avaliação da dor. Análise de componentes principais foi realizada para redução
das variáveis originais. Utilizou-se teste de esfericidade de Bartlett, considerando significativo
p< 0,05. Resultados: Não foram encontradas diferenças entre os grupos para a localização
corporal da dor. As médias do GE apresentaram maior variação pré e pós-intervenção nas
questões relacionadas aos hábitos de vida. No GE pós-intervenção, a dor foi correlacionada
80
aos hábitos de vida, à atividade física e ao sedentarismo. Conclusões: Apesar de não ser
encontrada diferença na localização da dor, a presença da mesma foi identificada nos
escolares e correlacionada a três fatores principais.
Palavras-Chave: dor, postural, estudo de intervenção, criança.
Introdução
A presença de dor em crianças é considerada um problema de saúde pública.1; 2 Ao
ocorrer na adolescência, corresponde via de regra, a um indicativo de presença de dor crônica
na idade adulta, sendo que nesta população, a predominância é de 80 a 85%.3 Em crianças em
idade escolar, a prevalência de dor nas costas varia entre 4,7% a 74,4%,4 sendo proporcional
com a maturação, com valores de 31% aos 10 anos e 74% aos 18 anos.5 No Brasil, estudo
realizado por Noll et al.,6 com uma amostra de 743 escolares, aponta a prevalência de dor nas
costas em 54,1%, sendo que dos escolares acometidos, 17,4% mencionou que a dor
impossibilitou a realização das atividades da vida diária.
A dor apresenta natureza multifatorial, podendo estar associada à escoliose,7 ao estilo
de vida (sedentarismo), sobrepeso e obesidade,8;9 hábitos posturais errôneos,10; 11 e à atividade
escolar, tendo aqui os fatores como mobiliário escolar inadequado ao tamanho da criança,12
transporte da mochila escolar de forma assimétrica,13 tempo exagerado assistindo televisão,
bem como atividade física intensa.5
A necessidade de se prevenir disfunções musculoesqueléticas, com orientações que
desenvolvam a conscientização para posturas adequadas, maneiras corretas de realizar
atividades de vida diária e aquisição de bons hábitos com relação à atitude corporal,14 vem
consolidando projetos de educação postural em educandários, já que são as crianças em idade
escolar, os sujeitos com melhores possibilidades de uma prevenção efetiva no tocante
relacionado à dor. Neste sentido, o presente estudo tem como objetivo analisar a localização
81
corporal da dor, bem como sua presença durante as atividades de vida diária realizadas em
escolares pré e pós-intervenção com exercícios posturais globais e orientações interativas de
hábitos posturais.
Método
Desenho do Estudo
Estudo quase experimental, compreendendo medidas de pré e pós-intervenção,
realizadas em dois grupos de ambos os sexos, divididos em Grupo Experimental - GE (n=23)
e Controle - GC (n=23), tendo este sido aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com
Seres Humanos da Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC sob o número 447353/2013.
Esta pesquisa é decorrente de um estudo de base populacional, desenvolvido em 2012 com
605 escolares, revelando uma prevalência de 16,4% de sobrepeso e 12,1% de obesidade em
crianças de 7 a 17 anos de idade, que originou a pesquisa intitulada Saúde dos Escolares, que
desenvolveu intervenção interdisciplinar, envolvendo profissionais da Fisioterapia, Educação
Física, Odontologia, Farmácia, Nutrição e Medicina. Os escolares participantes do estudo
foram avaliados em relação à aptidão física e saúde, higiene bucal, hábitos alimentares,
parâmetros bioquímicos, avaliação postural e hábitos posturais, sendo este último variável
principal avaliada neste estudo.
Participantes
Os participantes do estudo foram selecionados por conveniência, sendo que os
critérios de inclusão dos mesmos foram apresentar características de sobrepeso (Índice de
Massa Corporal com percentil maior que 85) e obesidade (Índice de Massa Corporal com
percentil maior que 95), não estar participando de nenhum outro programa de atividade física,
além das aulas de Educação Física ou tratamento de Fisioterapia e estar apto à prática de
exercícios físicos, assim como, estar na faixa etária entre 7 e 17 anos de idade, conforme os
82
critérios da WHO.15 Foram tidos como critérios de exclusão para o estudo limitações
ortopédicas, fazer uso de órteses/próteses ortopédicas e cirurgias ortopédicas.
Intervenções
Participaram do estudo, três escolas do meio rural de Santa Cruz do Sul – RS/Brasil,
com características culturais e educacionais semelhantes e que mantinham turno integral de
atividades, devido à intervenção ser realizada no turno oposto ao das aulas. Além disso, os
escolares do GE e GC foram considerados homogêneos em relação ao sobrepeso e obesidade.
Com duração de quatro meses, os alunos da escola classificada como GE receberam
intervenção com sessões de 30 minutos de exercícios posturais globais para alongamento e
fortalecimento postural, realizadas três vezes por semana, utilizando equipamentos variados
como colchonetes, bolas de diferentes tamanhos, faixas elásticas, flutuadores de piscina e
bolas suíças. Os mesmos foram orientados e incentivados à prática correta dos exercícios por
profissionais de Educação Física e Fisioterapeutas.
Os participantes receberam orientações referentes aos hábitos corretos de postura, uso
adequado de mochila escolar e posições adequadas para a realização de atividades de vida
diárias, utilizando-se para isso recursos audiovisuais e demonstrações interativas, os quais são
avaliados para este trabalho.
As orientações quanto aos hábitos posturais foram realizadas nos momentos de
acolhida, anteriormente à prática das atividades físicas, durante o período do experimento, em
dias alternados com as demais intervenções interdisciplinares. As escolas que foram alocadas
como GC não receberam nenhum tipo de intervenção.
Desfechos
Foram realizadas avaliações físicas de aptidão física e saúde, aplicação de questionário
sobre hábitos posturais e quantificação da dor.
83
Por ser uma pesquisa de campo, caracterizando-se assim por uma pesquisa quaseexperimental, neste estudo os grupos foram previamente determinados por conveniência de
forma não randomizada.
Além de apresentarem analogia em relação ao ambiente rural e estrutura física das
escolas, verificou-se características semelhantes em relação ao sobrepeso e obesidade, através
de teste t de student, permitindo a escolha das escolas em questão. Considerando as variáveis
da pesquisa, para a identificação de possíveis alterações geradas pelo programa de
intervenção, foi realizado o cálculo amostral, com nível de significância de 95%, poder de
teste de 0.80 e efeito de 0.30, sugerindo para a realização deste estudo, a necessidade de 12
participantes no GE e 12 participantes no GC.
Alocação
Verificadas as três escolas com maior número de crianças em sobrepeso e obesidade, a
partir de um estudo transversal realizado em 2012, o projeto de intervenção foi levado à
ciência das autoridades escolares responsáveis, que por sua vez aceitaram integrar o mesmo.
Os alunos que se adequaram aos critérios de inclusão foram convidados a participar do
estudo, sendo os pais informados pelo Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
Para o GE, foi alocada a escola que teve maior número de escolares que aceitaram
participar do estudo. Assim, as outras duas escolas foram alocadas, como GC.
Coleta de variáveis expositoras
Com relação aos hábitos posturais, os escolares participantes responderam ao
questionário proposto por Rebolho,16 que abordava as posturas assumidas durante atividades
de vida diárias. O mesmo foi aplicado em sala de aula, sendo os escolares acompanhados pelo
avaliador, que era solicitado em caso de dúvida. Além disso, foi utilizada uma escala visual de
dor desenvolvida por Claro, citado por Silva17 categorizada em zero (sem dor), 1 (dor leve), 2
(dor moderada), 3 (dor forte) e 4 (dor insuportável). Foram analisadas as três primeiras
84
sequências de perguntas do questionário nomeado, em que eram abordadas questões como
presença de dor em regiões corporais, e ao assumidas as posturas em pé, sentada, deitada,
andando, durante as aulas de Educação Física, transportando a mochila escola e durante
atividades esportivas.
Para obtenção dos indicadores de saúde, foram avaliados o Índice de Massa Corporal
(IMC), percentual de gordura (%G) e a circunferência da cintura. O IMC foi calculado através
da equação da massa corporal total (kg)/altura2(m), usando-se as curvas e percentis
recomendados por Centers for Disease Control and Prevention/National Center for Health
Statistics,18 de acordo com o sexo e idade, categorizados em baixo peso (<p5), peso normal (≥
p5 e ≤ p85), sobrepeso (p ≥ 85 e < p99) e obesidade (≥ p95). Para o cálculo do %G, foi
utilizado o somatório das dobras cutâneas tricipital e subescapular, com as categorias de
muito baixa/baixa, ótima, alta/muito alta, conforme Heyward e Stolarczyk,19 e a
circunferência da cintura foi tomada a classificação normal e elevada, proposta por Taylor et
al.20
Com relação aos indicadores socioeconômicos, sendo um estudo brasileiro, foram
utilizados os critérios adotados pela Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa-ABEP,21
os quais classificam os níveis econômicos populacionais em classes sociais elevada (A1,A2,
B1, B2) intermediária (C1, C2) e baixa (D, E).
Métodos Estatísticos
Os dados foram acondicionados no software SPSS 20.0® (International Business
Machines Corp., Armonk, New York, USA). Para a análise das variáveis foi utilizada
estatística descritiva para frequências absolutas e relativas, além de teste de McNemar para as
variáveis dicotômicas, sendo considerado significativo quando p< 0,05.
A análise fatorial exploratória foi realizada por meio de análise de componentes
principais, a qual se trata de uma técnica de redução do número de variáveis originais. Os
85
fatores são criados por algoritmo de classificação de tal modo que as variáveis individuais se
correlacionem mais fortemente para algum fator, sendo que cargas fatoriais superiores
representam mais correlação entre as variáveis.
A análise fatorial inclui três etapas: (a) a extração de fator, que produz o número
mínimo de fatores que retém o máximo da variância total dos dados originais; (b) rotação de
Varimax para os fatores serem mais facilmente interpretados; e (c) interpretação de cargas
fatoriais rotacionadas.
O teste de esfericidade de Bartlett foi utilizado para examinar a adequação do uso da
análise fatorial. Neste estudo, os valores de significância para o teste de esfericidade de
Bartlett foram para o GC pré-intervenção p<0,001; para o GE pré-intervenção p=0,017; para o
GC pós-intervenção p=0,004; para o GE pós-intervenção p=0,001, sendo considerado
significativo para este teste p< 0,05, indicando a adequação da análise de componentes
principais nas variáveis escolhidas.
Resultados
Inicialmente, foram eleitos para participar do estudo de intervenção 129 escolares, os
quais preenchiam os critérios de elegibilidade. Destes, 61 retornaram com o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido. Na figura 1 pode ser observado o fluxograma das etapas
da pesquisa.
Como caracterização da amostra, verificou-se que no GC o número de crianças foi de
56,5% (n=13) e o de adolescentes 39,1% (n=9); Para o GE, o percentual foi de 69,6% (n=16)
e 30,4% (n=7) para crianças e adolescentes, respectivamente.
Em relação ao sexo dos participantes, no GC 9 (39,1%) foram meninos e 14 (60,9%)
meninas. No GE, o número de meninos foi 11 (47,8%) e de meninas 12 (52,2%).
Para o IMC, os escolares em obesidade foram a maioria em ambos os Grupos,
representando 52,2% (n=12) para o GC e 65,2% (n=15) para o GE. O percentual de gordura
86
também foi considerado elevado com 65,2% (n=15) no GC e 73,9% (n=17) no GE, assim
como a circunferência da cintura, que em ambos os Grupos foi categorizada como elevada
(78,3%; n=18 / 73,9%; 17, respectivamente).
Com relação aos critérios socioeconômicos, no GC, verificou-se que 60,8% (n=14)
estavam em uma condição social elevada e 39,1% (n=9) em intermediária. Diferentemente do
grupo anterior, 13% (n=3) dos escolares do GE estavam em uma condição social baixa, sendo
os dados complementados por 34,8% (n=8) dos escolares em classe social elevada e a maioria
na intermediária (52,2%; n=12).
Quanto aos hábitos posturais, a Tabela 1 demonstra a presença e localização da dor
entre os dois grupos, avaliados nos momentos pré e pós-intervenção, não encontrando
diferença entre as variáveis analisadas.
A Tabela 2 apresenta a análise de componentes principais conduzida nas sete variáveis
do questionário. No Grupo Controle, dois componentes principais obtidos na análise préintervenção explicam 72,42% da variabilidade total das variáveis. Já, na análise pósintervenção, foram obtidos três componentes principais que explicam 77,62% da variabilidade
total das variáveis.
No GE, diferentemente do GC, foram encontrados três fatores, tanto no pré quanto no
pós-intervenção. Os três componentes principais em pré-intervenção explicam 73,80% da
variabilidade total das variáveis, e os três componentes principais em pós-intervenção
explicam 73,53% das mesmas.
No GE pré-intervenção, as questões relativas à dor ao ficar em pé, ao sentar e nas
aulas de Educação Física foram as que contribuíram positivamente no fator 1. A dor referente
ao carregar a mochila e à prática de atividade esportiva contribuíram positivamente para o
fator 2, enquanto que dor ao andar contribuiu positivamente e dor ao ficar deitado
negativamente para o fator 3.
87
Para a avaliação pós-intervenção, contribuíram positivamente para o fator 1, as
questões relacionadas à dor ao andar, na aula de Educação Física e ao carregar a mochila.
Para fator 2, dor ao deitar e ao praticar atividade esportiva contribuíram positivamente.
Finalmente, para o fator 3, dor ao ficar em pé contribui de forma positiva e dor ao ficar
sentado contribuiu de forma negativa.
Para a interpretação dos componentes principais deste estudo, nas avaliações pré e
pós-intervenção, optou-se por agrupar os resultados e nomeá-los conforme a característica das
variáveis. Desta forma, os componentes com maior valor foram categorizados de acordo com
atividade física, sedentarismo e hábitos de vida (Tabela 3).
Discussão
As escolas posturais são uma ferramenta educativa, destinada a indivíduos que
apresentam queixas de dores nas costas, tendo como principal desígnio a instrução para bons
hábitos posturais durante as atividades de vida diárias,22 sendo inserida como ação primária de
atenção básica em saúde. Neste sentido, a inclusão do tema de educação para a postura
corporal é uma das ações de promoção que as Secretarias de Saúde e Educação devem
implementar e desenvolver, conforme aprovação realizada na 12° Conferência Nacional de
Saúde.23
Nos achados do presente estudo, embora não se tenha obtido significância na
comparação pré e pós-intervenção, em relação à questão sobre já ter sentido dores nas costas,
verificou-se que no Grupo Experimental houve um maior número de escolares referindo
“sim” nas avaliações prévias ao experimento, diminuindo após os meses de intervenção.
Abordando a problematização da dor em crianças em idade escolar, o estudo
desenvolvido por Roth-Isigkeit e colaboradores24 avaliou os questionários respondidos por
622 crianças alemãs, de ensino fundamental e médio. Tais pesquisadores encontraram uma
prevalência de dor nas costas de 30,2% e para os membros de 33,6%, sendo que do total de
88
crianças avaliadas, 21,9% citaram as atividades físicas e 12,8% a televisão e o uso de
computador como fatores associados, sendo que as faltas à escola foram relacionadas mais
fortemente com a dor musculoesquelética.
Em relação às atividades realizadas e a presença de dor, verificou-se no presente
estudo, através da análise de componentes principais, que nas avaliações pré-intervenção no
Grupo Experimental, os três componentes principais estavam relacionados à dor durante a
atividade física (Educação Física e ao andar) no fator 1 e 3, sedentarismo (dor ao ficar em pé e
ao ficar sentado) no fator 1 e aos hábitos de vida no fator 2 (carregar a mochila e atividade
esportiva). Após os quatro meses de intervenção, notou-se que os três componentes principais
se mantiveram, porém os fatores se modificaram em relação à sua forma de disposição.
Com relação aos achados relacionados à dor durante a atividade física e ao carregar a
mochila escolar, nosso estudo assemelha-se aos resultados encontrados por Shehab; AlJarallah5 e Skoffer.13 No estudo desenvolvido por Shehab; Al-Jarallah,5 os autores
verificaram, através de questionário aplicado a 400 escolares Kuwaitianos, que a dor lombar
esteve associada com o aumento da idade, gênero feminino, tempo gasto assistindo TV,
atividade física intensa e ao tabagismo. Da mesma forma, Skoffer,13 avaliou 546 escolares da
Dinamarca. Entretanto, além da avaliação por questionário, os escolares tiveram o mobiliário
escolar medido e as mochilas pesadas. Neste estudo, verificou-se que a dor lombar é um
problema comum em escolares e que está associada à maneira de carregar a mochila.
Frente a esses resultados, é plausível que durante e após a intervenção, alguns
escolares possam ter realizado atividades físico-esportivas mais intensamente, e fora dos
horários da intervenção. Concomitante a isso, o período de realização da intervenção
coincidiu com o período de colheita de tabaco, característico da produção rural das famílias
aos quais os escolares participantes do estudo pertenciam, podendo ser um fator que
contribuiu para o aumento da dor na atividade física. Ressalta-se que as atividades realizadas
89
durante a intervenção foram selecionadas criteriosamente, sob pleno acompanhamento de
profissionais especializados e capacitados para orientação de tais atividades.
Em contrapartida, verificou-se que o outro fator relacionado à dor foi o sedentarismo.
Este achado pode indicar que no intervalo dos dias de intervenção, devido a possível
sobrecarga de atividades, estes escolares tenham passado maior tempo em atividades
sedentárias. Ademais, a dor e o sedentarismo podem estar associados ao sobrepeso e
obesidade, conforme Arruda; Simões8 e Calvete,9 sendo essas características também
encontradas nos escolares participantes do estudo.
Em pesquisa desenvolvida no Sul do Brasil, na cidade de Santa Maria, Silva; Badaró;
Dall’Agnol25 avaliaram, também através de questionário aplicado para 343 adolescentes (12 a
15 anos), a presença de dor específica na região lombar da coluna vertebral. Com relação às
atividades em que a dor era relatada, o maior percentual foi relacionado à postura de
permanecer sentado na escola (70%). Além disso, a prevalência de dor lombar foi de 67% nos
adolescentes que estavam em excesso de peso.
Mesmo com uma metodologia diferente aplicada a uma população com características
distintas, no presente estudo, verificou-se que em relação à dor associada às atividades
realizadas, a postura sentada foi uma das variáveis que compôs os fatores, tanto pré quanto
pós-intervenção para o Grupo Experimental, indicando uma semelhança ao estudo de Silva;
Badaró; Dall’Agnol.25
Poucos estudos abordam o método quase experimental de intervenção; dentre esses,
podemos citar os estudos desenvolvidos por Llona et al.,26 Vidal et al.,27 Rebolho et al.28 e
Geldhof.29 Assim, entende-se que o estudo teve como uma das limitações, a dificuldade de
encontrar pesquisas para comparar os achados.
Outro ponto que pode ser mencionado é o fato da maioria dos participantes serem
crianças. Embora considerados alfabetizados, pode ter ocorrido uma dificuldade no
90
entendimento em relação às questões abordadas no questionário. Além disso, o presente
estudo fez parte de uma intervenção muldisciplinar, determinando que as intervenções não
fossem focadas unicamente e apenas para a educação dos hábitos posturais.
À luz das referências encontradas na literatura científica pesquisada, este é o primeiro
artigo com método quase-experimental de intervenção na mudança de hábitos posturais que
utiliza análise de componentes principais, para verificar correlação com questionário
específico para avaliação de dor em atividades de vida diárias de escolares com idade entre 7
e 17 anos, com sobrepeso e obesidade.
Considerações Finais
Apesar de não ser encontrada diferença na localização da dor, a presença da mesma foi
identificada nos escolares do Grupo Experimental e correlacionada aos hábitos de vida, à
atividade física e ao sedentarismo.
Desta forma, se faz necessário o incentivo e implementação de atividades físicas
regulares orientadas, nas escolas, que possam contribuir para a prevenção de limitações
associadas à má postura e aos problemas músculo esqueléticos. Assim, entende-se que a
promoção de saúde se caracteriza por ações primárias, que devem ser efetivas junto às
comunidades. Neste sentido, a educação para os bons hábitos posturais deve ser uma
constante, a fim de que esta seja incutida de forma prática no cotidiano da comunidade
escolar, contribuindo para que esta população possa usufruir de seus benefícios, além de se
tornarem divulgadores de hábitos posturais saudáveis.
91
REFERÊNCIAS
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crianças: história em quadrinhos versus experiência prática. Fisioter Pesqui. 2009 Jan/Fev;
16(1):46-51.
doi:10.1590/S1809-29502009000100009
http://dx.doi.org/10.1590/S180929502009000100009
29. Geldhof E, Cardon G, Bourdeaudhuij ID, et al. Effects of back posture education on
elementary schoolchildren’s back function. Eur Spine J.
2007 Jun; 16(6):829-39.
doi: 10.1007/s00586-006-0199-4
94
Figura 1: Fluxograma dos participantes da pesquisa.
95
Tabela 1. Presença e localização da dor nos grupos controle e experimental, pré e pós-intervenção.
Grupo Controle
Pré
Pós
p
Sim
Não
Sim
Não
Você já sentiu dores nas costas?
16
3
16
3
1,000
Na região da nuca?
4
15
6
13
0,687
No alto das costas?
8
11
6
13
0,625
Na região baixa das costas?
4
15
7
12
0,250
Nos joelhos?
8
11
7
12
1,000
Nos pés?
5
14
4
15
1,000
Grupo Experimental
Pré
Pós
p
Sim
Não
Sim
Não
Você já sentiu dores nas costas?
20
2
18
4
0,625
Na região da nuca?
8
14
10
12
0,687
No alto das costas?
5
17
3
19
0,625
Na região baixa das costas?
5
17
4
18
1,000
Nos joelhos?
5
17
5
17
1,000
Nos pés?
3
19
4
18
1,000
Vales de frequência; Teste de McNemar para valor de p < 0,05. Questionário de Hábitos Posturais
(REBOLHO, 2005).
96
Tabela 2. Análise de Componentes Principais de questões relacionadas à dor nos Grupos Controle e Experimental, Pré
e Pós-Intervenção
Grupo Controle
Pré
Pós
Fatores
Fatores
1
2
1
2
3
Você sente dor ao ficar em pé?
0,302
-0,026
0,065
0,816
0,915
Você sente dor ao ficar sentado?
0,137
0,004
0,635
0,518
0,949
Você sente dor ao ficar deitado?
0,290
-0,263
0,689
0,510
0,690
Você sente dor quando anda?
0,039
0,291
0,498
0,301
0,915
Você sente dor nas aulas de Educação Física?
0,203
-0,079
0,844
0,688
0,599
Você sente dor carregando a mochila?
0,148
-0,007
0,180
0,860
0,896
Você sente dor ao praticar atividade esportiva?
0,350
0,047
-0,087
0,778
0,872
Grupo Experimental
Pré
Pós
Fatores
Fatores
1
2
3
1
2
3
Você sente dor ao ficar em pé?
0,040
-0,042
0,130
0,314
0,804
0,812
Você sente dor ao ficar sentado?
0,001
-0,087
0,117
0,414
0,784
-0,838
Você sente dor ao ficar deitado?
0,472
-0,190
0,028
0,002
-0,603
0,767
Você sente dor quando anda?
0,115
0,023
-0,075
0,078
0,920
0,856
Você sente dor nas aulas de Educação Física?
0,256
0,138
0,367
0,251
0,857
0,610
Você sente dor carregando a mochila?
0,027
-0,097
0,077
-0,186
0,930
0,860
Você sente dor ao praticar atividade esportiva?
0,158
0,353
0,094
-0,011
0,755
0,889
Análise de componentes principais; Método de rotação Varimax com normalização de Kaiser.
97
Tabela 3. Classificação dos fatores pré e pós-intervenção do Grupo Experimental de acordo com as atividades de
vida diárias
Pré
Pós
Fator 1
Fator 2
Fator 3
Fator 1
Fator 2
Fator 3
Em pé
Carregar a mochila
Andar
Andar
Deitado
Em pé
(0,804)
(0,930)
(0,920)
(0,856)
(0,767)
(0,812)
(a)
(c)
(b)
(b)
(a)
(a)
Sentado
Atividade esportiva
Educação Física
Atividade esportiva
(0,784)
(0,755)
(0,610)
(0,889)
(a)
(c)
(b)
(b)
Educação Física
Carregar a mochila
(0,857)
(0,860)
(b)
(c)
Análise de componentes principais; Método de rotação Varimax com normalização de Kaiser. (a) Classificação
sedentária; (b) Classificação atividade física; (c) Classificação hábito de vida.
98
CAPÍTULO IV
NOTA À IMPRENSA
99
AVALIAÇÃO DA POSTURA CORPORAL E FATORES ASSOCIADOS À POSTURA
CORPORAL DE ESCOLARES DE SANTA CRUZ DO SUL:
AÇÃO DE INTERVENÇÃO COM EXERCÍCIOS.
O Programa de Pós-Graduação Mestrado em Promoção da Saúde da Universidade de
Santa Cruz do Sul – UNISC tem por característica, atuar na comunidade através de projetos
de pesquisa que beneficiam a comunidade do Vale do Rio Pardo. Neste sentido, a pesquisa
intitulada “Efeitos de um programa de exercícios globais de força e flexibilidade sobre a
postura corporal, flexibilidade e força muscular de escolares com sobrepeso e obesidade”,
fruto da dissertação de Mestrado de Natalí Lippert Schwanke, realizou a avaliação de
escolares com idade de 7 a 17 anos de três escolas de Santa Cruz do Sul.
O estudo verificou que a aplicação de um programa de intervenção, com quatro meses
de duração, através da prática de exercícios globais para a postura corporal de escolares, com
sobrepeso e obesidade, promoveu alterações na postura corporal, na força abdominal, na
flexibilidade desta população. Além disso, identificou que a presença de dor em escolares foi
relacionada a atividades sedentárias, ao excesso de atividade física e aos hábitos de vida
inadequados.
Frente aos resultados alcançados, reforçamos a ideia de que a atuação interdisciplinar
visando a orientação para os bons hábitos posturais da coluna vertebral e consequentemente, a
boa postura corporal, são fundamentais para o esclarecimento e educação da população para
manter a boa saúde.
A intervenção contou com a participação de profissionais das áreas da Educação
Física, Fisioterapia, Nutrição, Odontologia e Farmácia. Tais profissionais atuaram de forma
interdisciplinar para orientação da prática de atividades físicas e hábitos de vida, a fim de
modificar o estilo de vida dos escolares participantes.
Ressaltamos que a atuação dos profissionais da saúde na comunidade escolar é de
grande importância, já que é neste meio, que envolve crianças, pais e professores, que
conseguimos conscientizar e divulgar para a aquisição de hábitos de vida saudáveis e mais
especificamente, em relação aos problemas de coluna, prevenir problemas futuros associados
aos maus hábitos posturais.
100
ANEXOS
101
ANEXO 1 - Passo a Passo Software PAS/SAPO
AVALIAÇÃO POSTURAL
1)
Para abrir a foto (já tirada previamente)

Primeiramente devemos calibrar a imagem

Abrir arquivo – novo projeto (abre a foto).

Ir para ícone seta e desenhar vertical sobre o fio de prumo. OBS: calibração de cima para
baixo, risco deve estar bem reto.

Clicar em aplicar. Irá aparecer ângulo = a 0°. Confirmar rotação e calibração da imagem,
OK.

Logo abaixo aparecerá calibração deste traço em centímetros. Colocar 200 e clicar em
calibrar. OBS: 200 = marcação de 20 em 20 cm.

Ir para ícone ajustar zoom da imagem atual. Colocar 100, dar OK.
 Marcação livre de Pontos: serve para escolha dos pontos a serem utilizados (opcional)

Ir para análises.

Escolher pontos (clicar duas vezes sobre o ponto escolhido). Em uma tela lateral, irão
aparecer dados referentes aos pontos. Pode-se nomeá-los. Finaliza com OK.

Entrara em análise (gerar relatório de análise).
 Medir ângulos livremente

Análise - medir ângulos livremente

Abre janela lateral. Clicar sobre o tipo de ângulo a ser escolhido e depois clicar duas vezes
sobre a imagem.
Primeiro ângulo escolhido foi em vista frontal ângulo entre duas retas sem ponto em
comum. Arrastar as marcações dos ângulos sobre os pontos escolhidos na foto. Clicar em inserir.
OBS: Definimos que arrasta marcações com relação a quem olha:
1º da esquerda – 1º da direita
2º da esquerda – 2º da direita
Segundo ângulo escolhido foi em perfil esquerdo ângulo entre duas retas com um ponto
em comum.
OBS: NO SAPO os ângulos são colocados inicialmente de direita para esquerda. As nossas
fotos de perfil foram tiradas para a esquerda. Para que não fique um ângulo aberto, devemos
inverter o ponto que é comum às duas retas. Então a sequência para marcação dos pontos é:
102
1º ponto em comum
2º seta superior inverter para ponto inferior
3º seta inferior inverter para ponto superior 69
 Planos e Pontos escolhidos:
 Plano Frontal
Alinhamento horizontal da cabeça (trago-trago)
Ângulo entre duas retas (acrômio-acrômio/espinha ilíaca-espinha ilíaca)
Ângulo entre crista ilíaca ântero-superior, patela e maléolo lateral
 Plano Sagital (perfil)
Ângulo entre C7, trago da orelha, acrômio (Cervical)
Ângulo entre T5, espinha ilíaca Antero superior e acrômio (Torácica)
Ângulo entre L1, trocanter maior do fêmur e espinha ilíaca ântero-superior (Lombar)
103
ANEXO 2 – Ficha de Avaliação de Hábitos Posturais
Ficha de Avaliação de Hábitos Posturais
104
105
Fonte: REBOLHO, M. C.T., 2005.
106
ANEXO 3 – Escala de Faces para Avaliação da Dor
107
ANEXO 4 – Pontos de Corte para a Circunferência da Cintura
FERNÁNDEZ et al., 2004.
108
ANEXO 5 – Pontos de corte para o Índice de Massa Corporal (IMC) para meninos e
meninas
109
Fonte: CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION/NATIONAL CENTER
FOR HEALTH STATISTICS. CDC Growth Charts: United States. 2000.
110
ANEXO 6 – Imagens de instruções para o teste de sentar e alcançar
Fonte:
PROJETO
ESPORTE
<HTTP://www.proesp.ufrgs.br>.
BRASIL:
manual.
Disponível
em:
111
ANEXO 7 – Plano de Sessão de Exercícios Posturais Globais da Intervenção
112
* Este anexo consta apenas um dos planos de sessão utilizados.
113
ANEXO 8 – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido Grupo Experimental
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Nome do escolar:________________________________________________________
Escola:________________________________________________________________
Pesquisa: Obesidade em escolares da educação básica: um estudo de intervenção
interdisciplinar
Investigadores: Prof.ª Dra. Miria Suzana Burgos, do Curso de Educação Física (51- 37131116 / 51- 8118-0699), Prof. Dra. Anelise Gaya e Prof. Dra. Andréia Valim.
Objetivos e benefícios
Você está sendo convidada a autorizar o seu (sua) filho (a) a participar de uma
pesquisa cujo objetivo principal é verificar possíveis efeitos de uma intervenção
interdisciplinar na melhora da saúde dos escolares, principalmente nos aspectos: fatores de
risco, aptidão física, desvios posturais, saúde bucal, hábitos nutricionais, orientação
psicológica e desempenho cognitivo. Os benefícios principais desta pesquisa serão:
possibilidade de participação em uma pesquisa com intervenção de exercícios físicos,
posturais, nutricionais, odontológicos e psicológicos (autoestima, cognição e atenção) por
quatro meses, três vezes por semana, visando à promoção da melhora dos indicadores de
saúde e fatores de risco, bioquímicos (análises sanguíneas) e de imagem (Fígado Gordo).
Você receberá, sem custo algum, um laudo com os resultados da avaliação sanguínea
(glicemia, colesterol total, HDL, LDL, triglicerídeos e hemoglobina) da condição da saúde
bucal da presente pesquisa. Quando constatada alguma situação anormal, o escolar será
encaminhado para assistência especializada na área da saúde.
Procedimentos
Para realizar essa pesquisa será necessária a coleta de sangue. O escolar deverá estar
em jejum e não fazer exercícios físicos por 12 horas antes da coleta de sangue e de
imagem. Para tanto, serão coletados cerca de 10 mL de sangue da veia do braço. Para a
avaliação de saúde bucal será necessário que o escolar fique sentado em uma cadeira de frente
a uma janela de forma que obtenha a máxima iluminação natural. Para os seguintes
procedimentos os escolares serão divididos em grupos de meninos e meninas: esteatose
hepática será realizado exame de imagem no Hospital Santa Cruz do Sul; avaliação da postura
corporal, o escolar deverá estar com o mínimo de roupa possível ou com traje de banho, para
realização de imagens através de fotografias digitais; avaliação da maturação, o escolar deverá
apontar a figura com a qual se identifica. Estas avaliações, com exceção da última, serão
realizadas antes e após a intervenção do programa.
Local de estudo
Os procedimentos da coleta de sangue, avaliação antropométrica (peso, altura e pregas
cutâneas, cintura quadril), verificação da pressão arterial, frequência cardíaca de repouso,
testes de aptidão física (flexibilidade, abdominal, agilidade, velocidade, resistência geral, força
dos músculos dos membros superiores e inferiores) e aplicação de um questionário sobre estilo
de vida serão realizados no bloco 42, quadras e pista atlética do complexo esportivo da
Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC). As análises de sangue (glicemia, colesterol,
triglicerídeos, ALT, AST, interleucina6, f2isoprostano, adiponectina, leptina, resistência à
insulina) serão realizadas nos laboratórios de Bioquímica, de Bioquímica do Exercício e de
Genética e Biotecnologia da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC). A avaliação de
esteatose hepática será realizada no Hospital Santa Cruz por um médico radiologista. A avaliação
de saúde bucal também será realizada no bloco 42 da UNISC, sendo a mesma realizada por um
dentista, bem como a avaliação da postura corporal, sendo esta realizada por um fisioterapeuta.
114
Riscos e desconfortos
Para a coleta de sangue, será utilizado material totalmente descartável e um
profissional devidamente capacitado fará a coleta, respeitando as normas de biossegurança.
Embora não haja risco para a sua saúde, a coleta de sangue pode ocasionar, eventualmente, um
pequeno arroxeamento na região da punção, que desaparece, em poucos dias. Para o exame de
imagem não há nenhum efeito colateral e será realizado por um médico radiologista com mais de
10 anos de experiência. Os demais procedimentos (exames) serão feitos em material já coletado e
congelado para posterior exame e por isso não causarão desconfortos aos participantes do estudo.
Pela natureza do exame bucal, não existe possibilidade de risco ou desconforto. Todo o exame
será realizado respeitando as normas de biossegurança.
Desistência na participação do estudo
A participação de cada indivíduo nesse estudo é voluntária, ou seja, quem não quiser
participar do estudo estará livre para fazê-lo sem que haja qualquer perda no atendimento de seus
problemas de saúde a que tem direito. Se concordar em participar do estudo e mudar de ideia no
decorrer do mesmo, estará livre para fazê-lo, e da mesma forma não sofrerá perdas relacionadas
ao atendimento a que tem direito para seus problemas de saúde.
Gostaria de ser comunicado dos resultados desta pesquisa?
( ) Sim, gostaria.
( ) Não gostaria de ser comunicado dos resultados desta pesquisa.
Compensação financeira
Não haverá nenhum pagamento aos indivíduos que concordarem em participar do estudo, bem
como os participantes do estudo não terão nenhum custo adicional relacionado aos procedimentos
e recebimento do laudo com os resultados.
Confidencialidade das informações
Toda a informação individual que será fornecida pelo participante do estudo e os resultados dos
exames realizados serão considerados confidenciais. Todos os questionários e materiais coletados
serão identificados através de um código (número) criado na entrada do estudo; este código será a
única identificação utilizada no banco de dados do estudo. Este banco será utilizado para análise
dos dados e divulgação dos mesmos, no meio cientifico. Com relação às imagens (fotografias e
filmagens) serão utilizadas somente para fins científicos de estudos (livros, artigos, slides e
transparências), em favor dos pesquisadores do estudo.
Perguntas e dúvidas relacionadas ao estudo
Este termo de consentimento explica o estudo que está sendo proposto e convida os indivíduos a
participar; no entanto, se houver alguma dúvida, estas poderão ser esclarecidas, pela equipe do
estudo pelos telefones: 8118-0699 (profª Miria), 9335-7393 (profª Andréia). Demais dúvidas
também poderão ser esclarecidas pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Santa
Cruz do Sul (CEP), pelo telefone (51) 3717-7680.
Em caso de danos
Se o participante do estudo acha que teve algum problema de saúde, relacionado com a sua
participação no estudo, o tratamento será fornecido pelo SUS, na instituição participante.
Autorização para estocagem de material biológico e imagem
Permito que a amostra de sangue de meu(minha) filho(a) seja guardada para ser utilizada em outra
pesquisa, mediante protocolo de pesquisa autorizado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da
UNISC, ficando, no entanto livre para solicitar a destruição da mesma a qualquer momento, se
assim desejar; (sem minha identificação e/ou mantendo minha privacidade). Permito que
meu(minha) filho(a) seja fotografado e filmado nas atividades desenvolvidas pela pesquisa
seguindo regimento ao mesmo, e que suas imagens possam ser utilizadas em relatórios, livros, e
na elaboração de filmes pedagógicos e de pesquisa que possam eventualmente serem realizados.
( ) Sim, permito
( ) Não permito que minha amostra seja utilizada em novos estudos
( ) Desejo que minha amostra seja destruída após o fim do presente estudo
( ) Autorizo uso de imagem.
115
O significado de sua assinatura
A sua assinatura abaixo significa que você entendeu a informação que lhe foi fornecida sobre o
estudo e sobre o termo de consentimento. Se você assinar este documento significa que você
concorda em participar deste estudo. Você receberá uma cópia deste termo de consentimento.
_______________________________________________________________
Assinatura do pai/responsável. Data:
_______________________________________________________________
Assinatura do Coordenador do estudo. Data:
Obs: O presente documento, baseado no item IV das diretrizes e normas regulamentares para pesquisa
em saúde, do Conselho Nacional de Saúde (Resolução 196/96), será assinado em duas vias, de igual teor, ficando
uma em poder do voluntário ou de seu responsável legal e outra com o pesquisador responsável.
116
ANEXO 9 – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido Grupo Controle
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Nome do escolar:________________________________________________________
Escola:________________________________________________________________
Pesquisa: Obesidade em escolares da educação básica: um estudo de intervenção
interdisciplinar
Investigadores: Prof.ª Dra. Miria Suzana Burgos, do Curso de Educação Física (51- 37131116 / 51- 8118-0699), Prof. Dra. Anelise Gaya e Prof. Dra. Andréia Valim.
Objetivos e benefícios
Você está sendo convidada a autorizar o seu (sua) filho (a) a participar de uma
pesquisa cujo objetivo principal é verificar a saúde dos escolares, principalmente nos
aspectos: fatores de risco, aptidão física, desvios posturais, saúde bucal, hábitos nutricionais,
orientação psicológica e desempenho cognitivo. Os benefícios principais desta pesquisa
serão: possibilidade de participação em uma pesquisa com atividades de exercícios físicos,
posturais, nutricionais, odontológicos e psicológicos (autoestima, cognição e atenção) por
quatro meses, três vezes por semana, visando à promoção da melhora dos indicadores de
saúde e fatores de risco, bioquímicos (análises sanguíneas) e de imagem (Fígado Gordo).
Você receberá, sem custo algum, um laudo com os resultados da avaliação sanguínea
(glicemia, colesterol total, HDL, LDL, triglicerídeos e hemoglobina) da condição da saúde
bucal da presente pesquisa. Quando constatada alguma situação anormal, o escolar será
encaminhado para assistência especializada na área da saúde.
Procedimentos
Para realizar essa pesquisa será necessária a coleta de sangue. O escolar deverá estar
em jejum e não fazer exercícios físicos por 12 horas antes da coleta de sangue e de
imagem. Para tanto, serão coletados cerca de 10 mL de sangue da veia do braço. Para a
avaliação de saúde bucal será necessário que o escolar fique sentado em uma cadeira de frente
a uma janela de forma que obtenha a máxima iluminação natural. Para os seguintes
procedimentos os escolares serão divididos em grupos de meninos e meninas: esteatose
hepática será realizado exame de imagem no Hospital Santa Cruz do Sul; avaliação da postura
corporal, o escolar deverá estar com o mínimo de roupa possível ou com traje de banho, para
realização de imagens através de fotografias digitais; avaliação da maturação, o escolar deverá
apontar a figura com a qual se identifica. Estas avaliações, com exceção da última, serão
realizadas antes e após a intervenção do programa.
Local de estudo
Os procedimentos da coleta de sangue, avaliação antropométrica (peso, altura e
pregas cutâneas, cintura quadril), verificação da pressão arterial, frequência cardíaca de
repouso, testes de aptidão física (flexibilidade, abdominal, agilidade, velocidade, resistência
geral, força dos músculos dos membros superiores e inferiores) e aplicação de um
questionário sobre estilo de vida serão realizados no bloco 42, quadras e pista atlética do
complexo esportivo da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC). As análises de sangue
(glicemia, colesterol, triglicerídeos, ALT, AST, interleucina6, f2isoprostano, adiponectina,
leptina, resistência à insulina) serão realizadas nos laboratórios de Bioquímica, de Bioquímica
do Exercício e de Genética e Biotecnologia da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC).
A avaliação de esteatose hepática será realizada no Hospital Santa Cruz por um médico
radiologista. A avaliação de saúde bucal também será realizada no bloco 42 da UNISC, sendo
a mesma realizada por um dentista, bem como a avaliação da postura corporal, sendo esta
realizada por um fisioterapeuta.
117
Riscos e desconfortos
Para a coleta de sangue, será utilizado material totalmente descartável e um
profissional devidamente capacitado fará a coleta, respeitando as normas de
biossegurança. Embora não haja risco para a sua saúde, a coleta de sangue pode ocasionar,
eventualmente, um pequeno arroxeamento na região da punção, que desaparece, em poucos
dias. Para o exame de imagem não há nenhum efeito colateral e será realizado por um médico
radiologista com mais de 10 anos de experiência. Os demais procedimentos (exames) serão
feitos em material já coletado e congelado para posterior exame e por isso não causarão
desconfortos aos participantes do estudo. Pela natureza do exame bucal, não existe
possibilidade de risco ou desconforto. Todo o exame será realizado respeitando as normas de
biossegurança.
Desistência na participação do estudo
A participação de cada indivíduo nesse estudo é voluntária, ou seja, quem não quiser
participar do estudo estará livre para fazê-lo sem que haja qualquer perda no atendimento de
seus problemas de saúde a que tem direito. Se concordar em participar do estudo e mudar de
ideia no decorrer do mesmo, estará livre para fazê-lo, e da mesma forma não sofrerá perdas
relacionadas ao atendimento a que tem direito para seus problemas de saúde.
Gostaria de ser comunicado dos resultados desta pesquisa?
( ) Sim, gostaria.
( ) Não gostaria de ser comunicado dos resultados desta pesquisa.
Compensação financeira
Não haverá nenhum pagamento aos indivíduos que concordarem em participar do
estudo, bem como os participantes do estudo não terão nenhum custo adicional relacionado
aos procedimentos e recebimento do laudo com os resultados.
Confidencialidade das informações
Toda a informação individual que será fornecida pelo participante do estudo e os
resultados dos exames realizados serão considerados confidenciais. Todos os questionários e
materiais coletados serão identificados através de um código (número) criado na entrada do
estudo; este código será a única identificação utilizada no banco de dados do estudo. Este
banco será utilizado para análise dos dados e divulgação dos mesmos, no meio cientifico.
Com relação às imagens (fotografias e filmagens) serão utilizadas somente para fins
científicos de estudos (livros, artigos, slides e transparências), em favor dos pesquisadores do
estudo.
Perguntas e dúvidas relacionadas ao estudo
Este termo de consentimento explica o estudo que está sendo proposto e convida os
indivíduos a participar; no entanto, se houver alguma dúvida, estas poderão ser esclarecidas,
pela equipe do estudo pelos telefones: 8118-0699 (profª Miria), 9335-7393 (profª Andréia).
Demais dúvidas também poderão ser esclarecidas pelo Comitê de Ética em Pesquisa da
Universidade de Santa Cruz do Sul (CEP), pelo telefone (51) 3717-7680.
Em caso de danos
Se o participante do estudo acha que teve algum problema de saúde, relacionado com
a sua participação no estudo, o tratamento será fornecido pelo SUS, na instituição
participante.
Autorização para estocagem de material biológico e imagem
Permito que a amostra de sangue de meu(minha) filho(a) seja guardada para ser
utilizada em outra pesquisa, mediante protocolo de pesquisa autorizado pelo Comitê de Ética
em Pesquisa da UNISC, ficando, no entanto livre para solicitar a destruição da mesma a
qualquer momento, se assim desejar; (sem minha identificação e/ou mantendo minha
privacidade). Permito que meu(minha) filho(a) seja fotografado e filmado nas atividades
118
desenvolvidas pela pesquisa seguindo regimento ao mesmo, e que suas imagens possam ser
utilizadas em relatórios, livros, e na elaboração de filmes pedagógicos e de pesquisa que
possam eventualmente serem realizados.
( ) Sim, permito
( ) Não permito que minha amostra seja utilizada em novos estudos
( ) Desejo que minha amostra seja destruída após o fim do presente estudo
( ) Autorizo uso de imagem.
O significado de sua assinatura
A sua assinatura abaixo significa que você entendeu a informação que lhe foi
fornecida sobre o estudo e sobre o termo de consentimento. Se você assinar este documento
significa que você concorda em participar deste estudo. Você receberá uma cópia deste termo
de consentimento.
_______________________________________________________________
Assinatura do pai/responsável. Data:
_______________________________________________________________
Assinatura do Coordenador do estudo. Data:
Obs: O presente documento, baseado no item IV das diretrizes e normas regulamentares para
pesquisa em saúde, do Conselho Nacional de Saúde (Resolução 196/96), será assinado em
duas vias, de igual teor, ficando uma em poder do voluntário ou de seu responsável legal e
outra com o pesquisador responsável.
119
ANEXO 10 – Critério ABEP
120
121
ANEXO 11 – Classificação do Percentual de Gordura para Crianças e Adolescentes
Fonte: Lonman (1987); Heyward; Stolarczyk (2000).
122
ANEXO 12 – Normas para publicação da Revista Journal of Adolescent Health
DESCRIPTION
.
The Journal of Adolescent Health is a multidisciplinary scientific Journal, which seeks
to publish new research findings in the field of Adolescent Medicine and Health ranging
from the basic biological and behavioral sciences to public health and policy. We seek
original manuscripts, review articles, letters to the editor, commentaries, and case reports
from our colleagues in Anthropology, Dentistry and Oral Health, Education, Health Services
Research, International Health, Law, Medicine, Mental Health, Nursing, Nutrition,
Psychology, Public Health and Policy, Social Work, Sociology, Youth Development, and
other disciplines that work with or are committed to improving the lives of adolescents and
young adults.
The Journal is the official publication of the Society for Adolescent Health and
Medicine (SAHM), a multidisciplinary organization committed to improving the health and
well-being of adolescents. One of the Society's primary goals is the development, synthesis,
and dissemination of scientific and scholarly knowledge unique to the health needs of
adolescents. To meet this goal, the Society established the Journal of Adolescent Health in
1980.
According to the Journal Citation Reports published by Thomson Reuters, Journal of
Adolescent Health has a 2013 5-Year Impact Factor of 3.753 and an Eigenfactor of 0.01952,
ranking it 6th and 7th (respectively) of 117 journals in the category of Pediatrics. The 2-year
Impact Factor is 2.748. This multi-disciplinary journal is included in the following categories:
Pediatrics (Science edition), Public, Environmental and Occupational Health (Science
edition), Psychology, Developmental (Social Sciences edition) and Public, Environmental and
Occupational Health (Social Sciences edition).
123
AUDIENCE
Pediatricians, General Practitioners, Family Practitioners, Nurses, Preventive Medicine
Specialists, Psychologists, Public Health Professionals, Obstetricians and Gynecologists,
Epidemiologists, Nutritionists, Anthropologists, Sociologists, and Psychiatrists.
IMPACT FACTOR
2013: 2.748 © Thomson Reuters Journal Citation Reports 2014.
GUIDE FOR AUTHORS
“Submission Checklist”
Types of articles
The Journal of Adolescent Health publishes the following types of articles. Word count limits
apply only to the main body of the manuscript and do not include the title, references, or
figure and table captions.
Original Articles are scientific reports on the results of original research. Text is limited to
3500 words with a 250-word structured abstract, 5 tables/figures, and 40 references. Original
articles should include a 50-word Implications and Contribution summary statement.
Adolescent Health Briefs are scientific reports of original research that represent preliminary
findings, small samples, and newly described associations in unique populations. Briefs are
limited to 1000 words, with a structured abstract of 150 words or less. A combined total of 2
figures and/or tables and a maximum of 10 references will be accepted. Briefs should include
a 50-word Implications and Contribution summary statement.
Review articles generally are solicited by the editors. If you would like to submit a review
article to the Journal, please submit a proposal letter, a detailed outline, and a preliminary
reference list to the Managing Editor by e-mail ([email protected]). Systematic reviews and
meta-analyses are preferred, though strong, evidence-based integrative and narrative
proposals will be considered. One or more of the Associate Editors will review the proposal
and will advise the authors on proceeding to a full manuscript. This internal review will take
place within four weeks of receipt of the proposal. The final format of the article should
include the introduction, review of the relevant literature, discussion, summary and
124
implications section. Each review article must have a 200-word summary abstract. Review
articles are limited to 4500 words, 5 tables/figures, and an unlimited number of references.
Review articles should include a 50-word Implications and Contribution summary
statement.
Clinical Observations: These case reports represent rare and new observations in the clinical
arena. Papers in this format are limited to 1000 words and should include an introduction,
concise discussion of the clinical observation, and discussion. Clinical observations should
include a 200-word summary abstract. A combined total of 1 figure, table, or illustration and
10 references will be accepted.
Editorial Correspondence: Letters regarding articles published in the Journal within the
preceding 6 months are strongly preferred. Letters should not exceed 400 words. This
correspondence is published at the discretion of the Editor-in-Chief and the Associate Editors.
The author(s) of the article that is the subject of the correspondence will be invited to respond.
Commentaries: Commentaries are invited only and will be solicited solely by the editors.
Commentaries serve as a forum for changes in adolescent healthcare training, economic
issues, governmental health policies, international health, medical/scientific ethics, and
meeting reports.
The Editorial Process
Acceptance for Review
Manuscripts submitted to the Journal of Adolescent Health are reviewed internally for interest
and relevance. Approximately half of all submitted manuscripts are returned to the authors
without full peer review. That decision is made quickly, within 10 days of submission.
Peer Review and Decision
Manuscripts accepted for peer review are sent to three external reviewers. Reviewers are
anonymous; authors' names are revealed. The Journal's goal is to complete peer review and
reach a decision within six weeks of submission. Manuscripts will either be declined based on
reviewer comments or referred back to the authors for revision. This is an invitation to present
the best possible paper for further review; it is not an acceptance. Authors are asked to
complete revisions within 30 days. If the authors do not respond within 30 days, the editors
125
may decline to consider the revision. The editors reciprocate by providing a final decision
quickly upon receipt of the revision.
Acceptance for Publication
All manuscripts accepted for publication will require a written assignment of the copyright
from the author(s) to the Society for Adolescent Health and Medicine. Elsevier Inc. will
maintain all records of the copyright for the Society for Adolescent Health and Medicine. No
part of the published material may be reproduced elsewhere without written permission from
the publisher. Authors will receive typeset galley proofs via e-mail from the Journal Manager
at Elsevier. Proofs should arrive approximately four to six weeks following acceptance. The
article will be published in the print edition of the Journal approximately three to five months
after acceptance.
Articles Online First
The Journal of Adolescent Health publishes articles online ahead of print publication in the
Articles Online First section of our web site. Articles are published online approximately six
to eight weeks following the galley proofs. The online article is identical to the version
subsequently published in the print journal and is citable by the digital object identifier (DOI)
assigned at the time of online publication.
Fast-Tracking for Critical Issues in Adolescent Health and Medicine
The Journal of Adolescent Health has developed a fast-tracking system in order to facilitate
and encourage the submission of high-quality manuscripts with documented findings that may
change the content of clinical practice or assist with the national and/or international dialogue
about critical issues affecting adolescents and young adults. Manuscripts accepted for a fasttrack review will be forwarded to two reviewers from our Editorial Board, who are given two
weeks to conduct an expedited review. The Journal will notify authors of the outcome of the
review within three weeks of submission. If the review is favorable, fast-track authors will be
asked to complete any necessary revisions within two weeks. Upon acceptance, fast-track
manuscripts are prioritized for publication and should appear in print within two months. Fast
tracking is a rare event intended for high-priority findings and should not be viewed simply as
a mechanism for an expedited review. The article should be prepared in the same manner as
an Original Article.
126
Release to Media
Until the time of publication on the Journal of Adolescent Health's website, it is a violation of
the copyright agreement to disclose the findings of an accepted manuscript to the media or the
public. If you require an embargo date for your article, please contact the editorial office.
Supplements
The Journal of Adolescent Health publishes funded supplements after approval and review by
the editorial office. Initial inquiries and proposals for supplements should be directed to the
editorial office and to Elsevier's Senior Supplements Editor:
Craig Smith
Elsevier Supplements Department
360 Park Avenue South
New York, NY 10010
Tel: (212) 462-1933
Fax: (212) 462-1935
E-mail: [email protected]
Contact details for submission
Editor
Charles E. Irwin, Jr., M.D., Editor-in-Chief
Tor D. Berg, Managing Editor
Phone: 415-502-1373
E-mail: [email protected]
Editorial Office, Journal of Adolescent Health
University of California, San Francisco
Research and Policy Center for Childhood & Adolescence
3333 California Street, Suite 245
San Francisco, CA 94118-6210
Publisher
Andrea Boccelli, Publisher
Phone: 215-239-3713
E-mail: [email protected]
Elsevier
1600 John F. Kennedy Blvd, Suite 1800
127
Philadelphia, PA 19103
http://www.jahonline.org/
http://ees.elsevier.com/jah/
BEFORE YOU BEGIN
Ethics in publishing
For information on Ethics in publishing and Ethical guidelines for journal publication see
http://www.elsevier.com/publishingethics
and
http://www.elsevier.com/journal-
authors/ethics.
Human and animal rights
Studies of human subjects must document that approval was received from the appropriate
institutional review board. When reporting experiments utilizing human subjects, it must be
stated in writing, in the Methods section, that the Institution's Committee on Human Subjects
or its equivalent has approved the protocol. The protocol for obtaining informed consent
should be briefly stated in the manuscript. The Editor-in-Chief may require additional
information to clarify the safeguards about the procedures used to obtain informed consent.
Within the United States, the authors should verify compliance with the Health Insurance
Portability and Accountability Act of 1996 (HIPAA) prior to submission. When reporting
experiments on animal subjects, it must be stated that the institution's animal care and use
committee has approved the protocol. Authors must immediately disclose to the Journal of
Adolescent Health in writing the existence of any investigation or claim related to the
manuscript with respect to the use of human or animal subjects that may be initiated by an
institutional, regulatory, or official body at any time, including investigations or claims
arising subsequent to manuscript submission, approval, or publication.
Conflict of Interest
According to the World Association of Medical Editors (WAME): "...a conflict of interest
(competing interest) is some fact known to a participant in the publication process that if
revealed later, would make a reasonable reader feel misled or deceived (or an author,
reviewer, or editor feel defensive). Conflicts of interest may influence the judgment of authors,
reviewers, and editors; these conflicts often are not immediately apparent to others. They may
be personal, commercial, political, academic, or financial. Financial interests may include
employment, research funding (received or pending), stock or share ownership, patents,
128
payment for lectures or travel, consultancies, nonfinancial support, or any fiduciary interest
in the company. The perception of a conflict of interest is nearly as important as an actual
conflict, since both erode trust." Authors are required to disclose on the title page of the initial
manuscript any potential, perceived, or real conflict of interest. Authors must describe the role
of the study sponsor(s), if any, in (1) study design; (2) the collection, analysis, and
interpretation of data; (3) the writing of the report; and (4) the decision to submit the
manuscript for publication. Authors should include statements even when the sponsor had no
involvement in the above matters. Authors should also state who wrote the first draft of the
manuscript and whether an honorarium, grant, or other form of payment was given to anyone
to produce the manuscript. If the manuscript is accepted for publication, the disclosure
statements may be published. See also http://www.elsevier.com/conflictsofinterest. Further
information and an example of a Conflict of Interest form can be found at:
http://help.elsevier.com/app/answers/detail/a_id/286/p/7923.
Submission declaration
Submission of an article implies that the work described has not been published previously
(except in the form of an abstract or as part of a published lecture or academic thesis or as an
electronic preprint, see http://www.elsevier.com/postingpolicy; poster and platform
presentations and abstracts are not considered duplicate publications but should be noted in
the manuscript's cover letter and Acknowledgements section of the manuscript); that it is not
under consideration for publication elsewhere; that its publication is approved by all authors
and tacitly or explicitly by the responsible authorities where the work was carried out; and
that, if accepted, it will not be published elsewhere including electronically in the same form,
in English or in any other language, without the written consent of the copyright-holder.
If the submitted manuscript contains data that have been previously published, is in press, or
is currently under review by another publication in any format, the authors are required to
submit a reprint of the published article or a copy of the other manuscript to the Editor-inChief with a clarification of the overlap and a justification for consideration of the current
submitted manuscript.
The editors encourage authors to report fully the complete findings of their studies. The
editors recognize that large and longitudinal datasets often result in multiple publications both
on different topics and on the same topics across the span of development. Therefore, it is the
129
authors' strict responsibility both to notify the editors of the existence of multiple manuscripts
arising from the same study and to cross-reference all those that are relevant.
Manuscripts accepted for peer review may be submitted to the iThenticate plagiarism checker.
I Thenticate compares a given manuscript to a broad range of published and in-press
materials, returning a similarity report, which the editors will then examine for potential
instances of plagiarism and self-plagiarism.
Failure to disclose multiple or duplicate manuscripts may result in censure by the relevant
journals and written notification of the appropriate officials at the authors' academic
institutions.
Changes to authorship
This policy concerns the addition, deletion, or rearrangement of author names in the
authorship of accepted manuscripts: Before the accepted manuscript is published in an online
issue: Requests to add or remove an author, or to rearrange the author names, must be sent to
the Journal Manager from the corresponding author of the accepted manuscript and must
include: (a) the reason the name should be added or removed, or the author names rearranged
and (b) written confirmation (e-mail, fax, letter) from all authors that they agree with the
addition, removal or rearrangement. In the case of addition or removal of authors, this
includes confirmation from the author being added or removed. Requests that are not sent by
the corresponding author will be forwarded by the Journal Manager to the corresponding
author, who must follow the procedure as described above. Note that: (1) Journal Managers
will inform the Journal Editors of any such requests and (2) publication of the accepted
manuscript in an online issue is suspended until authorship has been agreed.
After the accepted manuscript is published in an online issue: Any requests to add, delete, or
rearrange author names in an article published in an online issue will follow the same policies
as noted above and result in a corrigendum.
Clinical trials registration
In order to foster a comprehensive, publicly available database of clinical trials, journals are
increasingly requiring the registration of clinical trials. At this time, registration is not
required for submission or publication in the Journal of Adolescent Health. However, the
130
editors strongly recommend registration of clinical trials in an appropriate registry. Please
provide the site of registration and the registration number on the title page.
One such registry is ClincalTrials.gov, a service of the U.S. National Institutes of Health, at
http://www.clinicaltrials.gov/. A number of other registries are available.
Copyright
This journal offers authors a choice in publishing their research: Open access and
Subscription.
For subscription articles
Upon acceptance of an article, authors will be asked to complete a 'Journal Publishing
Agreement'
(for
more
information
on
this
and
copyright,
see
http://www.elsevier.com/copyright). An e-mail will be sent to the corresponding author
confirming receipt of the manuscript together with a 'Journal Publishing Agreement' form or a
link to the online version of this agreement. Subscribers may reproduce tables of contents or
prepare lists of articles including abstracts for internal circulation within their institutions.
Permission of the Publisher is required for resale or distribution outside the institution and for
all other derivative works, including compilations and translations (please consult
http://www.elsevier.com/permissions). If excerpts from other copyrighted works are included,
the author(s) must obtain written permission from the copyright owners and credit the
source(s) in the article. Elsevier has preprinted forms for use by authors in these cases: please
consult http://www.elsevier.com/permissions.
For open access articles
Upon acceptance of an article, authors will be asked to complete an 'Exclusive License
Agreement' (for more information see http://www.elsevier.com/OAauthoragreement).
Permitted reuse of open access articles is determined by the author's choice of user license
(see http://www.elsevier.com/openaccesslicenses).
Retained author rights
As an author you (or your employer or institution) retain certain rights. For more information
on author rights for: Subscription articles please see http://www.elsevier.com/journalauthors/author-rights-and-responsibilities.
http://www.elsevier.com/OAauthoragreement.
Open
access
articles
please
see
131
Role of the funding source
You are requested to identify who provided financial support for the conduct of the research
and/or preparation of the article and to briefly describe the role of the sponsor(s), if any, in
study design; in the collection, analysis and interpretation of data; in the writing of the report;
and in the decision to submit the article for publication. If the funding source(s) had no such
involvement then this should be stated.
Funding body agreements and policies
Elsevier has established agreements and developed policies to allow authors whose articles
appear in journals published by Elsevier, to comply with potential manuscript archiving
requirements as specified as conditions of their grant awards. To learn more about existing
agreements and policies please visit http://www.elsevier.com/fundingbodies.
Open access
This journal offers authors a choice in publishing their research:
Open access
• Articles are freely available to both subscribers and the wider public with permitted reuse
• An open access publication fee is payable by authors or their research funder
Subscription
• Articles are made available to subscribers as well as developing countries and patient groups
through our access programs (http://www.elsevier.com/access)
• No open access publication fee
All articles published open access will be immediately and permanently free for everyone to
read and download. Permitted reuse is defined by your choice of one of the following
Creative Commons user licenses:
Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike (CC BY-NC-SA): for
noncommercial purposes, lets others distribute and copy the article, to create extracts,
abstracts and other revised versions, adaptations or derivative works of or from an article
(such as a translation), to include in a collective work (such as an anthology), to text and data
mine the article, as long asthey credit the author(s), do not represent the author as endorsing
their adaptation of the article, do not modify the article in such a way as to damage the
author's honor or reputation, and license their new adaptations or creations under identical
terms (CC BY-NC-SA).
132
Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs (CC BY-NC-ND): for
noncommercial purposes, lets others distribute and copy the article, and to include in a
collective work (such as an anthology), as long as they credit the author(s) and provided they
do not alter or modify the article. Elsevier has established agreements with funding bodies,
http://www.elsevier.com/fundingbodies. This ensures authors can comply with funding body
open access requirements, including specific user licenses, such as CC BY. Some authors may
also be reimbursed for associated publication fees. If you need to comply with your funding
body policy, you can apply for the CC BY license after your manuscript is accepted for
publication.
To provide open access, this journal has a publication fee which needs to be met by the
authors or their research funders for each article published open access. Your publication
choice will have no effect on the peer review process or acceptance of submitted articles. The
open access publication fee for this journal is $3000, excluding taxes. Learn more about
Elsevier's pricing policy: http://www.elsevier.com/openaccesspricing.
Language (usage and editing services)
Please write your text in good English (American or British usage is accepted, but not a
mixture of these). Authors who feel their English language manuscript may require editing to
eliminate possible grammatical or spelling errors and to conform to correct scientific English
may wish to use the English Language Editing service available from Elsevier's WebShop
(http://webshop.elsevier.com/languageediting/)
or
visit
our
customer
support
site
(http://support.elsevier.com) for more information.
Submission
Manuscript Preparation
General information
Submission to this journal proceeds totally online, and you will be guided stepwise through
the creation and uploading of your files. The system automatically converts source files to a
single PDF file of the article, which is used in the peer-review process. Please note that even
though manuscript source files are converted to PDF files at submission for the review
process, these source files are needed for further processing after acceptance. All
correspondence, including notification of the Editor's decision and requests for revision, takes
place by e-mail, removing the need for a paper trail.
133
Manuscript documents must comply with layout and length requirements outlined below. All
accepted manuscripts may be subject to editing and revision by the editors and their agents.
Authors should take care to avoid redundancy within the text and between the tables, figures,
and text. Due to page limitations, the editors may decide that figures, appendices, tables,
acknowledgments, and other materials be published online only and referenced in the print
edition of the Journal.
Online submission
Manuscripts must be submitted online via the Elsevier Editorial System (EES). To access
EES, go to http://ees.elsevier.com/jah/ and register as a new user. You will be guided stepwise
through the creation and uploading of the various files and data. Once the uploading is done,
the system automatically generates an electronic (PDF) proof, which is then used for
reviewing. All correspondence regarding submitted manuscripts will be handled via e-mail
through EES.
For the purposes of EES, a manuscript submission consists of a minimum of two distinct files:
a Cover Letter and the Manuscript itself including the Title Page (with any
Acknowledgments) and the Abstract. EES accepts files from a broad range of word
processing applications. Both files should be set in 12- point double-spaced type, and all
pages should be numbered consecutively. The file should follow the general instructions on
style/arrangement, and, in particular, the reference style.
In addition, Tables and Figures should be included as separate and individual files.
If electronic submission is not possible, please contact Tor Berg, the Managing Editor, at
[email protected], or by phone at 415-502-1373 or by mail at: Editorial Office, Journal of
Adolescent Health, University of California, San Francisco, Research and Policy Center for
Childhood and Adolescence, 3333 California Street, Suite 245, San Francisco, CA 94118.
Cover Letter
A Cover Letter must accompany all submissions. The Cover Letter should describe the
manuscript's unique contribution and provide the following information in accordance with
the Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals: Writing and
Editing for Biomedical Publication available at http://www.icmje.org:
134
• Disclosure of any prior publications or submissions with any overlapping information,
including Methods, or a statement that there are no prior publications or submissions with any
overlapping information;
• A statement that the work is not and will not be submitted to any other journal while under
consideration by the Journal of Adolescent Health;
• A statement of any potential conflict of interest, real or perceived, the role of the study
sponsor, and additional disclosures, if any; potential conflicts must also appear on the Title
Page
Submit your article
Referees
To assist with a prompt, fair review process, authors are asked to provide the names,
institutional affiliations, and e-mail addresses of 5 potential reviewers who have the
appropriate expertise to evaluate the manuscript. Failure to provide 5 potential reviewers may
result in delays in the processing of your manuscript. Do not refer potential reviewers with
whom you have a current or past personal or professional relationship. Do not recommend
members of the Journal's editorial board. Authors may also provide the names of persons who
should not be asked to review the manuscript. Ultimately, the editors reserve the right to
choose reviewers.
Proprietary Products
Authors should use nonproprietary names of drugs or devices unless mention of a
manufacturer is pertinent to the discussion. If a proprietary product is cited, the name and
location of the manufacturer must also be included.
PREPARATION
Use of word processing software
It is important that the file be saved in the native format of the word processor used. The text
should be in single-column format. Keep the layout of the text as simple as possible. Most
formatting codes will be removed and replaced on processing the article. In particular, do not
use the word processor's options to justify text or to hyphenate words. However, do use bold
face, italics, subscripts, superscripts etc. When preparing tables, if you are using a table grid,
use only one grid for each individual table and not a grid for each row. If no grid is used, use
tabs, not spaces, to align columns. The electronic text should be prepared in a way very
135
similar to that of conventional manuscripts (see also the Guide to Publishing with Elsevier:
http://www.elsevier.com/guidepublication). Note that source files of figures, tables and text
graphics will be required whether or not you embed your figures in the text. See also the
section on Electronic artwork. To avoid unnecessary errors you are strongly advised to use the
'spell-check' and 'grammar-check' functions of your word processor.
Article structure
Subdivision
Divide your article into clearly defined sections. Each subsection is given a brief heading.
Each heading should appear on its own separate line. Subsections should be used as much as
possible when crossreferencing text: refer to the subsection by heading as opposed to simply
'the text.' The text of Original Articles and Briefs should usually, but not necessarily, be
divided into the following sections: Introduction, Methods, Results, and Discussion.
Additionally, the Journal requests an Implications and Contribution summary statement.
Implications and Contribution: In addition to the abstract, please include a summary
statement at the beginning of your manuscript. This summary should be no more than 50
words in length and should describe the significance of your study's findings and its
contribution to the literature in plain language. These summaries appear on the published
articles and in various digests and newsletters.
Introduction: The introduction should clearly state the purpose(s) of the article and
summarize the rationale for the study of observation. Please do not include an “Introduction”
heading, just text. Only pertinent references should be used.
Methods: The selection of observational or experimental subjects (patients or experimental
animals, including controls) should be clearly described in the Methods section. The methods,
apparatus, and procedures used should be described in enough detail to allow other workers to
reproduce the results. References should be provided for established methods, including
statistical methods. Methods that are not well known should be concisely described with
appropriate references. Any new or substantially modified method(s) should be carefully
described, reasons given for its use, and an evaluation made of its known or potential
limitations. All drugs and chemicals used should be identified by generic name(s), dosage(s),
and route(s) of administration. The numbers of observations and the statistical significance of
136
findings should be included when appropriate. Patients' names, initials, or hospital numbers
should not be used.
*Note that when reporting experiments utilizing human subjects, approval of the protocol by
the sponsoring Institution's Committee on Human Subjects or its equivalent must be stated
explicitly within the Methods section of the manuscript. In addition, the protocol for obtaining
informed consent should be briefly described.
Results: Results should be presented in a logical sequence in the text, table(s), and
illustration(s). Only critical data from the table(s) and/or illustration(s) should be repeated in
the text.
Discussion: Emphasis in the Discussion section should be placed on the new and important
aspects of the study and the conclusions that can be drawn. Detailed data from the results
section should not be repeated in the discussion. The discussion should include the
implications and limitations of the findings and should relate the observations to other
relevant studies. The link between the conclusion(s) and the goal(s) of the study should be
carefully stated, avoiding unqualified statements and conclusions not completely supported by
the data. The author(s) should avoid claiming priority and alluding to work that has not yet
been completed. New hypotheses, when stated, should be clearly identified as such.
Recommendations, when appropriate, may be included. Grammar, punctuation, and scientific
writing style should follow the AMA Manual of Style, 10th edition.
Appendices
If there is more than one appendix, they should be identified as Appendix A, Appendix B, etc.
Tables and figures in appendices should be given separate numbering: Table A1, Fig. A1, etc.
Essential Title Page Information
• Title. Concise and informative (titles are limited to 150 characters). Titles are often used in
information-retrieval systems. Avoid abbreviations and formulae where possible.
• Author names and affiliations. Where the family name may be ambiguous (e.g., a double
name), please indicate this clearly. Include the full names of all authors, as well as the highest
academic degrees (excluding bachelor-level degrees) and the departmental and institutional
affiliation of each. Please note that the Journal does not list fellowships of professional or
certifying organizations as credentials. Relevant sources of financial support and potential
137
conflicts of interest should be reported for all authors. Present the authors' affiliation
addresses (where the actual work was done) below the names. Indicate all affiliations with a
lower-case superscript letter immediately after the author's name and in front of the
appropriate address. Provide the full postal address of each affiliation, including the country
name and, if available, the e-mail address of each author.
• Corresponding author. Clearly indicate who will handle correspondence at all stages of
refereeing and publication, also post-publication. Ensure that phone and fax numbers (with
country and area code) are provided in addition to the e-mail address and the complete
postal address. Contact details must be kept up to date by the corresponding author.
• Present/permanent address. If an author has moved since the work described in the article
was done, or was visiting at the time, a 'Present address' (or 'Permanent address') may be
indicated as a footnote to that author's name. The address at which the author actually did the
work must be retained as the main, affiliation address. Superscript Arabic numerals are used
for such footnotes.
• Acknowledgments. The title page should also include an Acknowledgments section, listing
any sources of support such as grants, equipment, or drugs; and any acknowledgments of
persons who have made a substantive contribution to the study. Authors should obtain written
permission from anyone that they wish to list in the Acknowledgments section. The
corresponding author must also affirm that he or she has listed everyone who contributed
significantly to the work in the Acknowledgments. Previous oral or poster presentations at
local, regional, national or international meetings should be reported here.
Authorship Criteria
As a condition of authorship, all named authors must have seen the final draft of the
manuscript, approve of its submission to the Journal, and be willing to take responsibility for
it in its entirety.
All named authors must complete a signed Statement of Authorship. The Journal's Statement
can be downloaded in PDF format at http://cdn.elsevier.com/promis_misc/jah_soa.pdf. We
prefer an electronic copy of the statement: please electronically sign the PDF using Acrobat or
print the PDF, sign it by hand, and scan it. Completed forms should be uploaded with your
manuscript submission. We can also receive statements by email at [email protected] or
by fax at (415) 476-6106, though it may delay processing of your manuscript.
138
If there are concerns about how all persons listed as authors meet the criteria for authorship
according to the Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals:
Writing and Editing for Biomedical Publication available at www.icmje.org, we will request
further information from the corresponding author and, if necessary, request written
documentation of each person's work on the report.
The Journal does not list corporate authors, such as research networks, professional societies,
or think tanks. Only individuals meet the Journal's criteria for authorship.
The names, along with any conflicts of interest, funding sources, and industry-relation, of
persons who have contributed substantially to a study but who do not fulfill the criteria for
authorship are to be listed in the Acknowledgments section. This section should include
individuals who provided any writing, editorial, statistical assistance, etc.
Abstract
A concise and factual abstract is required. The abstract should state briefly the purpose of the
research, the principal results and major conclusions. An abstract is often presented separately
from the article, so it must be able to stand alone. For this reason, References should be
avoided, but if essential, then cite the author(s) and year(s).
The abstract should be provided in a structured table format with the following bolded
headings: Purpose, Methods, Results, and Conclusions. Emphasis should be placed on new
and important aspects of the study or observations. Only common and approved abbreviations
are acceptable, and they must be defined at their first mention in the abstract itself. Three to
10 key words or short phrases should be identified and placed below the abstract. These key
words will be used to assist indexers in cross-indexing the article and will be published with
the abstract. For this, terms from the Medical Subject Headings list in the Index Medicus
should be used whenever possible.
Graphical abstract
Although a graphical abstract is optional, its use is encouraged as it draws more attention to
the online article. The graphical abstract should summarize the contents of the article in a
concise, pictorial form designed to capture the attention of a wide readership. Graphical
abstracts should be submitted as a separate file in the online submission system. Image size:
Please provide an image with a minimum of 531 × 1328 pixels (h × w) or proportionally
more. The image should be readable at a size of 5 × 13 cm using a regular screen resolution of
139
96
dpi.
Preferred
file
types:
TIFF,
EPS,
PDF
or
MS
Office
files.
See
http://www.elsevier.com/graphicalabstracts for examples.
Authors can make use of Elsevier's Illustration and Enhancement service to ensure the best
presentation of their images and in accordance with all technical requirements: Illustration
Service.
Highlights
Highlights are mandatory for this journal. They consist of a short collection of bullet points
that convey the core findings of the article and should be submitted in a separate file in the
online submission system. Please use 'Highlights' in the file name and include 3 to 5 bullet
points
(maximum
85
characters,
including
spaces,
per
bullet
point).
See
http://www.elsevier.com/highlights for examples.
Abbreviations
Authors should provide a list of abbreviations on the title page. All acronyms in the text
should be expanded at first mention, followed by the abbreviation in parentheses. The
acronym may appear in the text thereafter. Do not use abbreviations in the title. Acronyms
may be used in the abstract if they occur 3 or more times therein. Generally, abbreviations
should be limited to those defined in the AMA Manual of Style, 10th edition.
Units
Follow internationally accepted rules and conventions: use the international system of units
(SI). If other units are mentioned, please give their equivalent in SI.
Math formulae
Present simple formulae in the line of normal text where possible and use the solidus (/)
instead of a horizontal line for small fractional terms, e.g., X/Y. In principle, variables are to
be presented in italics. Powers of e are often more conveniently denoted by exp. Number
consecutively any equations that have to be displayed separately from the text (if referred to
explicitly in the text).
Artwork
Electronic Artwork
General points
140
• Make sure you use uniform lettering and sizing of your original artwork.
• Embed the used fonts if the application provides that option.
• Aim to use the following fonts in your illustrations: Arial, Courier, Times New Roman,
Symbol, or use fonts that look similar.
• Number the illustrations according to their sequence in the text.
• Use a logical naming convention for your artwork files.
• Provide captions to illustrations separately.
• Size the illustrations close to the desired dimensions of the printed version.
• Submit each illustration as a separate file.
A
detailed
guide
on
electronic
artwork
is
available
on
our
website:
http://www.elsevier.com/artworkinstructions
You are urged to visit this site; some excerpts from the detailed information are given
here.
Formats
If your electronic artwork is created in a Microsoft Office application (Word, PowerPoint,
Excel) then please supply 'as is' in the native document format. Regardless of the application
used other than Microsoft Office, when your electronic artwork is finalized, please 'Save as' or
convert the images to one of the following formats (note the resolution requirements for line
drawings, halftones, and line/halftone combinations given below):
EPS (or PDF): Vector drawings, embed all used fonts.
TIFF (or JPEG): Color or grayscale photographs (halftones), keep to a minimum of 300 dpi.
TIFF (or JPEG): Bitmapped (pure black & white pixels) line drawings, keep to a minimum of
1000 dpi.
TIFF (or JPEG): Combinations bitmapped line/half-tone (color or grayscale), keep to a
minimum of 500 dpi.
Please do not:
• Supply files that are optimized for screen use (e.g., GIF, BMP, PICT, WPG); these typically
have a low number of pixels and limited set of colors;
• Supply files that are too low in resolution;
• Submit graphics that are disproportionately large for the content.
Letters and symbols should be clear and even throughout and of sufficient size that when
figures are reduced for publication (to approximately 3 inches wide), each item will still be
legible. When symbols, arrows, numbers, or letters are used to identify parts of the
illustrations, each should be identified and clearly explained in the legend.
141
If photomicrographs are to be submitted, the requirements for their presentation should be
obtained from the Editor-in-Chief prior to submission.
If photographs of persons are used, either the subjects must not be identifiable or their
pictures must be accompanied by written permission to publish the photograph.
If an illustration has been published, the original source must be acknowledged and
accompanied by written permission from the copyright holder to reproduce the material.
Permission is required regardless of authorship or publisher except for documents in the
public domain.
Color artwork
Please make sure that artwork files are in an acceptable format (TIFF (or JPEG), EPS (or
PDF), or MS Office files) and with the correct resolution. If, together with your accepted
article, you submit usable color figures then Elsevier will ensure, at no additional charge, that
these figures will appear in color on the Web (e.g., Science Direct and other sites) regardless
of whether or not these illustrations are reproduced in color in the printed version. For color
reproduction in print, you will receive information regarding the costs from Elsevier
after receipt of your accepted article. Please indicate your preference for color: in print or
on the Web only. For further information on the preparation of electronic artwork, please see
http://www.elsevier.com/artworkinstructions. Please note: Because of technical complications
that can arise by converting color figures to 'gray scale' (for the printed version should you not
opt for color in print) please submit in addition usable black and white versions of all the
color illustrations.
Illustration services
Elsevier's WebShop (http://webshop.elsevier.com/illustrationservices) offers Illustration
Services to authors preparing to submit a manuscript but concerned about the quality of the
images accompanying their article. Elsevier's expert illustrators can produce scientific,
technical and medicalstyle images, as well as a full range of charts, tables and graphs. Image
'polishing' is also available, where our illustrators take your image(s) and improve them to a
professional standard. Please visit the website to find out more.
Figure captions
Ensure that each illustration has a caption. Supply captions separately, not attached to the
figure. A caption should comprise a brief title (not on the figure itself) and a description of
142
the illustration. Keep text in the illustrations themselves to a minimum but explain all symbols
and abbreviations used.
Tables
Tables should be submitted as separate and individual files. Number tables consecutively in
accordance with their appearance in the text. Each table should be given a brief title;
explanatory matter should be placed in a table footnote. Place footnotes to tables below the
table body and indicate them with superscript lowercase letters. Any nonstandard abbreviation
should be explained in a table footnote. Avoid vertical rules. Be sparing in the use of tables
and ensure that the data presented in tables do not duplicate results described elsewhere in the
article. Statistical measures should be identified as measures of variation such as SD or SEM.
If data from another published or unpublished source are used, permission must be obtained
and the source fully acknowledged. EES will accept files from a wide variety of table-creation
software.
References
Citation in Text
Authors are responsible for the accuracy of references. References should be numbered
consecutively in the order in which they are first mentioned in the text. References cited only
in tables or figure captions should be numbered in accordance with the sequence established
by the first identification in the text of the particular table or figure. Identify references in text,
tables, and captions by Arabic numerals in brackets. Please ensure that every reference cited
in the text is also present in the reference list (and vice versa). Any references cited in the
abstract must be given in full. An effort should be made to avoid using abstracts as references.
Unpublished observations and personal communications are not acceptable as references,
although references to written, not verbal, communications may be inserted into the text in
parentheses. Citation of a reference as 'in press' implies that the item has been accepted for
publication. References to manuscripts accepted but not yet published should designate the
journal followed by (in press). All references must be verified by the authors against the
original documents.
Reference links
Increased discoverability of research and high quality peer review are ensured by online links
to the sources cited. In order to allow us to create links to abstracting and indexing services,
such as Scopus, CrossRef and PubMed, please ensure that data provided in the references are
143
correct. Please note that incorrect surnames, journal/book titles, publication year and
pagination may prevent link creation. When copying references, please be careful as they may
already contain errors. Use of the DOI is encouraged.
Reference style
The titles of journals should be abbreviated according to the style used in the list of Journals
Indexed
for
MEDLINE,
posted
by
the
NLM
on
the
Library's
web
site,
http://www.nlm.nih.gov/tsd/serials/lji.html. Reference style should follow that of the AMA
Manual of Style, 10th edition, as shown in the following examples:
Journals
1. Standard journal article:
References should list all authors when four or fewer; when more than four, only the first
three should be listed, followed by ‘et al.’ Aalsma MA, Tong Y, Wiehe SE, et al. The impact
of delinquency on young adult sexual risk behaviors and sexually transmitted infections. J
Adolesc Health 2010;46:17-24. DOI: 10.1016/ j.jadohealth.2009.05.018.
2. Corporate Author:
Center for Health Promotion and Education. Guidelines for effective school health education
to prevent the spread of AIDS. J Sch Health 1988;58:142-8.
Books and Monographs
1. Personal Author(s):
Romer D. Reducing Adolescent Risk: Toward an Integrated Approach. Thousand Oaks, CA:
Sage Publications, 2003.
2. Editor(s), Compiler(s), Chairman as Author(s):
Rosen DS, Rich M, eds. The adolescent male. In: Adolescent Medicine: State of the Art
Reviews. Vol 14. Philadelphia, PA: Hanley & Belfus, 2003.
3. Chapter in a Book:
Marcell AV, Irwin CE Jr. Adolescent substance use and abuse. In: Finberg L, Kleinman RE,
eds. Saunders Manual of Pediatric Practice. 2nd ed. Philadelphia, PA: WB Saunders,
2002:127-139.
4. Agency Publication:
America's Children: Key National Indicators of Well-Being 2009. Washington, DC: Federal
Interagency Forum on Child and Family Statistics, 2009.
144
Web sites
World Health Organization. Good information practice essential criteria for vaccine safety
web sites. Available at: http://www.who.int/vaccine_safety/good_vs_sites/en. Accessed
January 13, 2010.
Video data
The Journal of Adolescent Health accepts video material and animation sequences to support
and enhance your scientific research. Authors who have video or animation files that they
wish to submit with their article are strongly encouraged to include links to these within the
body of the article. This can be done in the same way as a figure or table by referring to the
video or animation content and noting in the body text where it should be placed. All
submitted files should be properly labeled so that they directly relate to the video file's
content. In order to ensure that your video or animation material is directly usable, please
provide the files in one of our recommended file formats with a preferred maximum size of 50
MB. Video and animation files supplied will be published online in the electronic version of
your article on JAHOnline.org and Elsevier's Science Direct: http://www.sciencedirect.com.
Please supply 'stills' with your files: you can choose any frame from the video or animation or
make a separate image. These will be used instead of standard icons and will personalize the
link to your video data. For more detailed instructions please visit our video instruction pages
at http://www.elsevier.com/artworkinstructions. Note: since video and animation cannot be
embedded in the print version of the journal, please provide text for both the electronic and
the print version for the portions of the article that refer to this content.
Supplementary data
The Journal of Adolescent Health accepts electronic supplementary material to support and
enhance your scientific research. Supplementary files offer the author additional possibilities
to publish supporting applications, high-resolution images, background datasets, sound clips
and more. Supplementary files supplied will be published online alongside the electronic
version
of
your
article
on
JAHOnline.org
and
Elsevier's
Science
Direct:
http://www.sciencedirect.com. In order to ensure that your submitted material is directly
usable, please provide the data in one of our recommended file formats. Authors should
submit the material in electronic format together with the article and supply a concise and
descriptive caption for each file. For more detailed instructions please visit our artwork
instruction pages at http://www.elsevier.com/artworkinstructions.
145
Submission Checklist
Checklist The following list will be useful during the final checking of an article prior to
sending it to the Journal for review. Please consult this Guide for Authors for further details
of any item.
Ensure that the following items are present:
Cover letter
• Disclosure of any prior publications or submissions with any overlapping information
• A statement that the work is not under consideration elsewhere
• Disclosure of any potential conflict of interest, real and perceived, for all named authors
• Names and contact information for 5 potential reviewers
Statements of Authorship
•Please submit a separate statement for each named author
Title page
• Article title
• Full names, academic degrees (Masters level and above), and affiliations of all authors
• Name, address, e-mail address, telephone and fax number of the corresponding author
• Sources of funding and acknowledgements of support and assistance
• Disclosure of potential conflicts, real and perceived, for all named authors
• Clinical trials registry site and number
• List of abbreviations
Abstract
• Structured for Original Articles and Briefs, summary for Review Articles and Clinical
Observations
• List of keywords
Manuscript
• Please double-space
• Implications and Contributions statement
• IRB statement in the Methods section
• References should be in the correct format for this journal; all references mentioned in the
Reference list are cited in the text, and vice versa
• Figure legends should be on a new page
• Manuscript has been 'spell-checked' and 'grammar-checked'
Tables
146
• Including title and footnotes, each saved as a separate document
Figures
• Each saved as a separate file, with captions
• Color figures are clearly marked as being intended for color reproduction on the Web (free
of charge) and in print, or to be reproduced in color on the Web (free of charge) and in blackand-white in print; if only color on the Web is required, black-and-white versions of the
figures are also supplied for printing purposes
Permission has been obtained for use of copyrighted material from other sources (including
the Web)
• Copies of prior and/or in press publications related to the current submission can be
uploaded as separate files or e-mailed to the Managing Editor
•
For
any
further
information
please
visit
our
customer
support
site
at
http://support.elsevier.com.
AFTER ACCEPTANCE
Use of the Digital Object Identifier
The Digital Object Identifier (DOI) may be used to cite and link to electronic documents. The
DOI consists of a unique alpha-numeric character string which is assigned to a document by
the publisher upon the initial electronic publication. The assigned DOI never changes.
Therefore, it is an ideal medium for citing a document, particularly 'Articles in press' because
they have not yet received their full bibliographic information. Example of a correctly given
DOI
(in
URL
format;
here
an
article
in
the
journal
Physics
Letters
B):
http://dx.doi.org/10.1016/j.physletb.2010.09.059
When you use a DOI to create links to documents on the web, the DOIs are guaranteed never
to change.
Proofs
One set of page proofs (as PDF files) will be sent by e-mail to the corresponding author (if we
do not have an e-mail address then paper proofs will be sent by post) or, a link will be
provided in the e-mail so that authors can download the files themselves. Elsevier now
provides authors with PDF proofs which can be annotated; for this you will need to download
Adobe Reader version 9 (or higher) available free from http://get.adobe.com/reader.
Instructions on how to annotate PDF files will accompany the proofs (also given online). The
147
exact
system
requirements
are
given
at
the
Adobe
site:
http://www.adobe.com/products/reader/tech-specs.html.
If you do not wish to use the PDF annotations function, you may list the corrections
(including replies to the Query Form) and return them to Elsevier in an e-mail. Please list
your corrections quoting line number. If, for any reason, this is not possible, then mark the
corrections and any other comments (including replies to the Query Form) on a printout of
your proof and return by fax, or scan the pages and e-mail, or by post. Please use this proof
only for checking the typesetting, editing, completeness and correctness of the text, tables and
figures. Significant changes to the article as accepted for publication will only be considered
at this stage with permission from the Editor. We will do everything possible to get your
article published quickly and accurately. It is important to ensure that all corrections are sent
back to us in one communication: please check carefully before replying, as inclusion of any
subsequent corrections cannot be guaranteed. Proofreading is solely your responsibility.
Offprints
The corresponding author, at no cost, will be provided with a personalized link providing 50
days free access to the final published version of the article on Science Direct. This link can
also be used for sharing via email and social networks. For an extra charge, paper offprints
can be ordered via the offprint order form which is sent once the article is accepted for
publication. Both corresponding and co-authors may order offprints at any time via Elsevier's
WebShop
(http://webshop.elsevier.com/myarticleservices/offprints).
Authors
requiring
printed copies of multiple articles may use Elsevier WebShop's 'Create Your Own Book'
service
to
collate
multiple
articles
within
a
single
cover
(http://webshop.elsevier.com/myarticleservices/booklets).
AUTHOR INQUIRIES
For inquiries relating to the submission of articles (including electronic submission) please
send an email to [email protected]. For detailed instructions on the preparation of
electronic artwork, please visit http://www.elsevier.com/artworkinstructions. Contact details
for questions arising after acceptance of an article, especially those relating to proofs, will be
provided
by
the
publisher.
http://www.elsevier.com/trackarticle.
http://www.elsevier.com/authorFAQ
http://support.elsevier.com.
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can
and/or
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FAQs
Support
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via
148
The open access publication fee for this journal is $3,000, excluding taxes. Learn more about
Elsevier's pricing policy: http://www.elsevier.com/openaccesspricing.
149
ANEXO 13 – Normas para Publicação da Revista American Journal of Physical
Medicine & Rehabilitation
For Authors
American Journal of Physical Medicine & Rehabilitation has specific instructions and
guidelines for submitting articles.
Mission Statement
The mission of the American Journal of Physical Medicine & Rehabilitation is to publish
articles about all aspects of PM&R and to promote excellence in education, scientific research
clinical practice, health policy, and administration.
The American Journal of Physical Medicine & Rehabilitation is the official scholarly journal
of the Association of Academic Physiatrists (AAP).
The scope of the Journal emphasizes all aspects of the specialty of physiatry, including
pediatric, adult, and geriatric physical medicine, rehabilitation, and electrodiagnostic
medicine. The practice focus is on the clinical and administrative aspects of physical
medicine, rehabilitation, and electrodiagnostic medicine. The research focus emphasizes
clinical inquiry and also explores basic science. The educational focus is on the application of
modern teaching techniques/technology to graduate, undergraduate, and postgraduate
physiatric instructional programs.
The overall goal of the Journal is to enhance the interrelationship of practice, research, and
education to advance the field of physiatric medicine for the ultimate benefit of the patient.
Conditions for Submission
The author: (1) assures that the manuscript is an original work that has not been previously
published; (2) assures that the manuscript has not been previously submitted to any other
publication; (3) accepts full responsibility for the accuracy of all content, including findings,
citations, quotations, and references contained within the manuscript; (4) releases and assigns
all rights for the publication of the manuscript to Lippincott Williams & Wilkins; (5) discloses
on the title page any conflicts of interest related to the research or the manuscript; (6)
discloses on the title page any previous presentation of the research, manuscript, or abstract;
(7) assures that authorship has been granted only to those individuals who have contributed
150
substantially to the research or manuscript; (8) discloses in the methods section of the
manuscript that any investigation involving human subjects or the use of patient data for
research purposes was approved by the committee on research ethics at the institution in
which the research was conducted in accordance with the Declaration of the World Medical
Association (www.wma.net) and that any informed consent from human subjects was
obtained as required; (9) attaches documents showing all relevant permissions to publish
quotations, text, tables, or illustrations from copyrighted sources; (10) discloses in the
manuscript references and/or table/figure footnotes the full citation and permission of the
copyright owner as required.
Visit: www.copyright.gov for more copyright information.
Categories of Manuscripts
The American Journal of Physical Medicine & Rehabilitation invites submission of original
papers, particularly in the categories below, for consideration to publish in order of
preference.
1. Scientific Research Article: Original scientific investigations that advance the field of
physiatric medicine. These papers include in order of preference: (1) Cohort studies, such as
randomized, controlled trials and longitudinal studies; (2) Case-control studies; (3) Historical
prospective studies; (4) Cross-sectional studies; and (5) Radiologic Studies. LIMITS: 6,000
words; 7 Tables; 7 Figures.
2. CME Article: Original scientific research papers as described above specifically selected by
have a paper considered for selection as a CME Article. LIMITS: 6,000 words; 7 Tables; 7
Figures.
3. Education & Administration Article: Short papers or surveys addressing issues concerning
education, student training, and administration in the field of physical medicine &
rehabilitation. LIMITS: 4,000 words; 4 Tables; 4 Figures.
4. Brief Report: Short papers reporting on research techniques, statistical techniques, and
clinical aspects of physical medicine & rehabilitation. LIMITS: 3,000 words; 4 Tables; 4
Figures.
151
5. Case Report: Short reports explaining the diagnosis, treatment, and outcomes of individual
cases of specific conditions to clarify and improve patient care. Cases must be unique to the
published medical literature. Any treatment recommendations should reflect current medical
practice and cite references from previously published research. LIMITS: 2,000 words; 4
Tables; 4 Figures.
6. Clinical Note: Brief comment on patient diagnosis or treatment resulting from personal
clinical experience. LIMITS: 1,000 words; 2 Tables; 2 Figures.
7. Commentary: Short editorial-like paper promoting a particular viewpoint on matters
relating to the clinical, scientific, and educational aspects of physical medicine &
rehabilitation. Papers that follow the format for a commentary do not have abstracts and
should be limited to no more than eight double-spaced typed pages, including references.
Include four key words. LIMITS: 2,000 words; 2 Tables; 2 Figures.
8. Analysis: In-depth systematic examination of complex issues of significant interest to
readers and authored by a recognized expert in the field of physical medicine & rehabilitation.
LIMITS: 7,000 words; 7 Tables; 7 Figures.
9. Perspective: In-depth elaboration of viewpoints and personal experiences of interest to
readers and authored by a recognized expert in the field of physical medicine &
rehabilitation. LIMITS: 7,000 words; 7 Tables; 7 Figures.
10. Literature Review: In-depth critical summaries and assessments of previously published
information on topics related to the field of physical medicine & rehabilitation and authored
by a recognized expert. The Journal primarily publishes systematic reviews and metaanalysis. LIMITS: 7,000 words; 7 Tables; 7 Figures.
11. Letters to the Editor: Intellectual and scholarly letters of comment about articles published
in the Journal or other matters of general interest. References may be included to support
opinions. The Editor reserves the right to determine which letters shall be published and to
shorten letters as necessary.
152
12. Literature Reviews: Submitted by experts on a particular topic of interest to the readers.
Because of space considerations, literature reviews will be selected for peer review only after
careful evaluation of content and author expertise. Author CV's are required.
13. Visual Vignettes: A rapid, interesting, and enjoyable mechanism by which to further
educate and stimulate the readers of the Journal using both visual aids and written
information. The visual aids that authors submit may include any of the following:

X-rays

CT scans

MRI scans

Graphs or diagrams

Photos of electron microscope findings

EKG printouts

Electrodiagnostic printouts (NCS or needle exam)

Photo of a patient or medical device
All images must be high resolution and may be submitted in either black & white or color.
Please follow the Figure Guidelines when submitting images. Accompanying text should
include a brief and concise clinical review of the specific patient or clinical issue. This should
be followed by a description of the visual aid and an explanation of how such aid may have
influenced/affected the management of the patient (diagnosis, treatment, medical and/or
PM&R management issues). As appropriate, a summary of the particular pathology or disease
process may be included. Finally, any clinical or academic "pearls" to be learned from the
visual aid should be included.
LIMITS: 200-400 words; Maximum of 4 References; Must fit on one page of the published
Journal.
14. Video Galleries: Combines text with video in the presentation and discussion of a topic of
interest in physical medicine and rehabilitation. The Journal encourages submission of high
quality digital video to explain medical techniques or procedures of interest to the readership.
Educational or instructional videos should accompany a written report to explain the
technique or procedure. Visit www.AJPMR.com for current examples. Please follow the
Video Guidelines when submitting. Both the manuscript and video will be reviewed for
153
quality of content. Authors may be asked to revise the text and/or video if accepted for
publication. LIMITS: Maximum of 500 words.
15. Poster Abstracts: Selected abstracts of scientific posters presented at the Annual AAP
Spring Meeting may be published in the Journal. The Editor may shorten or edit abstracts
selected for publication in the print and/or online Journal.
Submission Process
Online Manuscript Submission
AJPM&R accepts online submission of manuscripts through Editorial ManagerTM. The site
contains instructions and advice on how to use the system, guidance on the creation/scanning
and
All
saving
manuscripts
of
electronic
must
be
art,
submitted
and
supporting
online
via
documentation.
Editorial
ManagerTM,
at http://www.editorialmanager.com/ajpmr/default.asp.
First-time
Please click the Register button on the Editorial Manager home page. Enter the requested
information to complete your registration. Upon successful registration, an email containing
your user name and password will be sent to you. Please be sure to enter your email address
correctly; if an error has been made or an incorrect email address has been provided, you will
not received this notification.
Note: If you have already received an email containing your User ID and password, or if
you are already registered, do not register again.
Authors
Click the log-in button on the Editorial Manager home page, enter your username and
password, and click on Author Login. Click on the Submit Manuscript link to begin the
submission process. Be sure to prepare your manuscript according to the requirements laid out
in these author instructions. Following submission to the journal office, you will be able to
track the progress of your manuscript through the system.
154
If you experience any problems with Editorial Manager or have any questions, please contact
the Editorial Office by clicking on the 'Contact Us' link in the navigation bar or by
emailing [email protected].
Submission Requirements
Authorship
The American Journal of Physical Medicine & Rehabilitation accepts the guidelines for
authorship published in the Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical
Journals. Persons designated as authors must meet all of the following criteria: (1)
contributing to the conception and design or analyzing and interpreting data; and (2) drafting
the article or revising it critically for important intellectual content; and (3) approving the
final version to be published. Supporting the study or collecting data does not constitute
authorship. Authorship based solely on position (e.g., research supervisor, department head) is
not permited.
All co-authors will be asked to confirm authorship through Editorial ManagerTM.
Disclosures
of
Corporate
Sponsorship
and
other
Conflicts
of
Interest
The editors of the American Journal of Physical Medicine & Rehabilitation are extremely
concerned about the appropriate disclosure of any real or perceived conflicts of interest.
Authors must define any and all funding sources supporting the submitted work. All corporate
sponsors must be identified, even if their support is indirect, e.g., to a local research
foundation that funded the project. The authors must disclose any commercial associations
that might pose a conflict of interest in connection with the work submitted for publication.
Other associations such as consultancies, equity interests, or patent-licensing arrangements
should be noted at the time of submission. All disclosure information should be included on
the title page of the manuscript. Additional detailed explanations should be included in the
submission cover letter.
You will be asked to provide this information both in the Title Page of your manuscript as
well as in the submission form when submitting through Editorial ManagerTM.
File Formats
Following the guidelines for manuscript preparation, text and tables should be prepared
using Microsoft Word.
155
Cover Letter
The cover letter must designate one corresponding author and include the author's complete
mailing address, telephone number, fax number, and email address. The cover letter should
explain why the manuscript will be of interest to the Journal's readers. Please indicate briefly
what is important or unique about the submission that has not been previously published in
the medical literature.
The editorial office must be notified immediately if any contact information changes. If the
paper was part of a presentation to a professional association, this fact should be explained. If
any of the authors have a conflict of interest, this should be explained in the cover letter. In
addition to the cover letter, authors must include pdf file copies of permissions to reproduce
previously copyrighted material.
Manuscript Guidelines
Refer to previously published issues of the Journal for the current format for each category of
article. A sample issue is available at www.AJPMR.com
The Journal encourages blinded or "masked" reviews. Because of this, we require that all
authors submit both a blinded and non-blinded version of their manuscript. The blinded
manuscript should mirror the non-blinded version, except that it should not include a Title
Page, Acknowledgements, or any references to the authors or their institutions throughout the
text.
Each component of the manuscript should be in the same document in the following
sequence: Title Page, Abstract and Key Words, Text, Acknowledgments, References, Figure
Legends.
The Title Page should only appear in the non-blinded version of your manuscript and should
be prepared as follows: (1) Title; (2) Authors: Full names and academic degrees of each
author; (3) Affiliations: Clearly explain the institutional, university, or hospital affiliations of
each author; In the event an author changes institutional affiliation after submission but before
publication, please provide both the institutional affiliation where the research was conducted,
along with the current institutional affiliation of the author. (4) Correspondence: Name,
mailing address, phone number, fax number, and email address for the corresponding author;
(5) Author Disclosures: Include an explanation of the following: (5.1) funding or grants or
156
equipment provided for the project from any source; (5.2) financial benefits to the authors;
(5.3) details of any previous presentation of the research, manuscript, or abstract in any form.
The Abstract Page should be prepared as follows: Begin the Abstract page with the full
manuscript title at the top.
Structured abstracts are required for Research Articles, must be double spaced, and should
succinctly address, in 200 words or less, the following four categories: Objective, Design,
Results, and Conclusions. Refer to current copies of the Journal for examples.
Traditional one-paragraph abstracts should succinctly summarize the paper in 150 words or
less and are required for Brief Report, Case Report, Education & Administration, Literature
Review, Analysis, and Perspective articles.
Abstracts are NOT required for Commentaries, Clinical Notes, Letters to the Editor, and
Visual Vignettes.
Key Words: Authors must include four Key Words (so labeled) on the line after the end of
the abstract. Use appropriate MeSH subject headings as listed by the National Library of
Medicine. For more information visit www.nlm.nih.gov/mesh/
Preparation of the Manuscript Text
Refer to recently published issues of the Journal for the appropriate formatting and style of
each section of the manuscript text. Software preference is Microsoft Word for document text
and tables. All sections of the manuscript should be double spaced. Pages should be numbered
consecutively and have continuous line numbering throughout the text.
AMA Style: Use generic names of drugs, unless there is a specific trade name that is directly
relevant. Use only standard abbreviations as listed in the AMA Manual of Style, Ninth
Edition. The full term for which an abbreviation stands should precede the abbreviation's first
use in the text, except in the case of a standard unit of measurement. Avoid using
abbreviations in the title and abstract.
Writing Quality: All manuscripts must be thoroughly edited for spelling and American
English grammar by the authors and/or an expert in American English medical writing before
submission. Manuscripts submitted with incorrect American English grammar will not be
157
considered. Avoid using first person language, such as I, we, and our. Please use third person,
such as "this study" instead of "our study".
Methodology and Statistics: Any statistical analyses in the research or manuscript should be
reviewed and verified for accuracy by the authors and/or a statistician before submission.
Describe statistical methods with enough detail to enable the knowledgeable reader with
access to the original data to verify the reported results. When possible, quantify research
findings with appropriate indicators of measurement error or uncertainty (such as confidence).
Avoid sole reliance on statistical hypothesis testing, such as the use of P values, which fails to
convey important quantitative information. Discuss eligibility of experimental subjects. Give
details about randomization. Describe the methods for, and success of, any blinding of
observations. Report treatment complications. Give specific numbers of observations. Report
any losses to observation (such as dropout from a clinical trial). References for study design
and statistical methods should be to standard works (with pages stated) when possible, rather
than to papers in which designs or methods were originally reported. Specify any computer
programs used.
Units of Measure: Measurements of length, height, weight, and volume should be reported in
metric units. Temperatures should be written in degrees Celsius. Blood pressures should be
given in millimeters of mercury. All hematologic and clinical chemistry measurements should
be reported in the metric system in the terms of the International System of Units (SI).
Ethics: When reporting experiments on human subjects, indicate in the methods section of
the manuscript whether the procedures followed were in accordance with the ethical standards
of the responsible committee on human experimentation (institutional or regional) or with the
Helsinki Declaration of 1975, as revised in 1983.
The authors must state in the methods section of the manuscript that any investigation
involving human subjects or the use of patient data for research purposes was approved by the
committee on research ethics at the institution in which the research was conducted in
accordance with the Declaration of the World Medical Association (www.wma.net) and that
any informed consent from human subjects was obtained as required. Failure to indicate
Institutional Review Board approval of human experimentation and informed consent from
subjects will result in rejection upon initial review.
158
Also indicate in the methods section whether the institution's or the National Research
Council's guidelines for, or any national laws on, the care and use of laboratory animals were
followed.
Do not use subjects' or patients' names, initials, or hospital numbers in the text, tables, figures,
or legends. Photographs of patients or subjects will not be considered unless written approval
signed by the patient or subject, is included with the submission cover letter.
Acknowledgments: Authors often wish to thank individuals who have assisted with the
research project or the preparation of the manuscript. Acknowledgments should be placed
before the References section. Do not include an Acknowledgements section in the blinded
version of your manuscript. Any information concerning funding or equipment for the project
should be included in the Disclosures section on the Title Page.
References: References should begin on a separate page following the conclusion of the
manuscript. Authors should cite relevant references from previously published articles.
Number references in the order in which they are mentioned in the text (do not alphabetize).
Identify references with Arabic superscript numerals in the text, tables, and legends.
References should follow the current AMA style. Abbreviate the names of journals according
to the format given in Index Medicus. References cited separately as footnotes in tables or
figure legends should be numbered in accordance with a sequence established by the first
identification of the particular table or figure in the text. Refer to current copies of the
Journals for examples of the various types of references.
All manuscripts except for extensive reviews of the literature should be limited to no more
than 30 references. Authors may be asked to limit the number of references to conserve space.
Previously published articles in this Journal are searchable by author and topic
at www.AJPMR.com
Figure Legends: Figure Legends should begin on a separate page following the reference
section of the manuscript. Each Figure Legend should describe the content of the appropriate
figure and be numbered in order of location in the manuscript as Figure 1, Figure 2, etc. To
conserve space, do not duplicate information in the text and figure legends.
159
Figures Guidelines
Authors must ensure figures follow these rules. Failure to supply files in the format specified
below will result in the images being returned to you for re-formatting. This may lead to an
associated delay in the review and publication of your manuscript.

When
creating
Digital
Artwork,
please
refer
to
the
following
guidelines: http://links.lww.com/ES/A42

TIF or EPS files are preferred. PowerPoint files are also acceptable for line art (if your
graph was generated in PowerPoint). Presentation slides are NOT acceptable as
figures.

Crop out any white or black space surrounding the image.

Do not include label identification (e.g. Figure 1A) within the image. Please identify
the figure title in your figure legend.

Color images are created/scanned and saved and submitted as CMYK only. Do not
submit any figures in RGB mode.

Line art saved at a resolution of at least 1200 dpi.

Color and half-tone images must be saved at a resolution of at least 300 dpi.

Each figure saved as a separate file and saved separately from the accompanying text
file.

Each figure file must be saved with the title of the figure in the file name. e.g. Figure
1A.tif; Figure 1B.eps
Remember:

Artwork generated from office suite programs such as CorelDRAW and MS Word,
and artwork downloaded from the Internet (JPEG or GIF files) cannot be used because
the quality is poor when printed.

Cite figures consecutively in your manuscript.

Number figures in the figure legend in the order in which they are discussed.

Upload figures consecutively to the Editorial Manager web site
Please do not include images within your manuscript MS Word document and do not upload
them in a Word document file. By doing so, the quality of the image is reduced and is not
acceptable for publication. All images must be uploaded as individual files in TIF or EPS file
formats.
Front Cover Artwork and Images
160
The Journal encourages the submission of high quality artwork and images for consideration
for publication on the front cover. All figures submitted with your article will be considered
for cover images, should your manuscript be accepted. If you have a figure you think would
make a particularly good cover image, please indicate it in the Cover Letter.
Table Guidelines
Please do not upload images of tables. All tabular matter must be editable. An image of a
table, such as a scan, is not acceptable for publication. Tables should be included in a separate
Microsoft Word file.
Suplemental Digital Content
Authors may submit supplemental digital content to enhance their article's text and to be
considered for online-only posting. Files must be uploaded to Editorial ManagerTM under the
"Supplemental Digital Content" file type. Supplemental digital content may include the
following types of content: text documents, graphs, tables, figures, graphics, illustrations,
audio, and video. To ensure a quality experience for those viewing supplemental digital
content, it is suggested that authors submit files no larger than 10 MB each.
Cite all supplemental digital content consecutively in the text. Citations should include the
type of material submitted, should be clearly labeled as "Supplemental Digital Content,"
should include a sequential number, and should provide a brief description of the
supplemental content.
Provide a legend of supplemental digital content at the end of the text. List each legend in the
order in which the material is cited in the text. The legends must be numbered to match the
citations from the text. Include a title and a brief summary of the content. For audio and video
files, also include the author name, videographer, participants, length (minutes), and size
(MB). Authors should mask patients' eyes and remove patients' names from supplemental
digital content unless they obtain written consent from the patients and submit written consent
with the manuscript. Copyright and Permission forms for article content including
supplemental digital content must be completed at the time of submission.
Video Guidelines: Videos should be supplied in mp4 format. We do not accept any other file
formats at this time.
161
Audio Guidelines: Audio files should be submitted with the following file extensions: .mp3,
.wma.
The CONSORT Statement: The Journal endorses the CONSORT Statement, which is
intended to improve the reporting of a randomized controlled trial (RCT). The most recent
version of the CONSORT Statement is CONSORT 2010, which can be downloaded from the
CONSORT website (http://www.consort-statement.org/). When submitting a manuscript
reporting on a randomized controlled trial, authors should include the Flow Chart Diagram
document using the MSWord template.
Review Process
All manuscripts will be checked for the above Submission Requirements before being sent
out for review. Following the extended peer review process, authors will be notified of the
editorial decision by email. Authors may be asked to revise the manuscript according to the
reviewer's comments and to return hard copies and electronic copies of the revised
manuscript. Authors are responsible for tracking progress of their own manuscript submission
via the manuscript status listed in Editorial ManagerTM
Revision Process
Revisions should be submitted online via Editorial ManagerTM at the following
address: http://www.editorialmanager.com/ajpmr/default.asp.
Please log into your account and select the Submissions Needing Revision folder. Locate your
article and click Edit Submission. When making changes, the files from your Original
Manuscript will be automatically carried over to the revision unless you uncheck the boxes
next to them. Please un-check any files that have had changes made and upload new versions.
If any of your files have not been changed, you may leave the box checked and they will still
be built into your revision.
Upon notification of a revision, all authors must sign, and return the Authorship
Responsibility, Financial Disclosure, and Copyright Transfer Agreement (CTA), which is
required by the publisher to be received prior to beginning the production of the article for
publication. The CTA form is located on the AJPMR website (www.AJPMR.com) and on the
Editorial
Manager
home
page
(http://www.editorialmanager.com/ajpmr/default.asp)
162
The CTA includes a section on the disclosure of potential conflicts of interest based on the
recommendations of the International Committee of Medical Journal Editors, "Uniform
Requirements
for
Manuscripts
Submitted
to
Biomedical
Journals"
( www.icmje.org/update.html). The corresponding author is responsible for distributing and
collecting the final signed CTA from each author.
Continuing Medical Education
The Journal considers quality research articles to be published and highlighted as a continuing
medical education activity. Articles that qualify for CME credit will be determined during the
revision process. Manuscripts selected to be CME articles are sometimes published more
quickly than other papers. If chosen, authors will be notified of the requirements with their
decision letter and will be expected to include the following materials when submitting their
revision:

Three objectives answering the question: "Upon completion of this article, the reader
should be able to:"

Five questions/answers for self-assessment

A sentence about each author that describes institution affiliation and current position.
Including the above with the original manuscript submission will greatly expedite
consideration of the manuscript for publication as a CME article. See examples in the
Journal.
Appeals Process
Appeals must be made in writing within two weeks of receiving the decision regarding a
manuscript. If you would like an appeal on your submission, please contact the journal office
([email protected]) with a detailed letter that explains why the decision is being
appealed. The author will be notified of the final decision.
Acceptance and Publication
The goal of the Journal is to publish all accepted manuscripts as quickly as possible.
Accepted manuscripts are generally published in the order received. Authors will receive page
proofs via email approximately three months before the month of publication. This will be the
final opportunity for authors to proofread the article before publication. Instructions on how to
163
order author reprints will be included with the page proofs. Selected manuscripts may be
published early online ahead of print after author corrections. Important or timely manuscripts
may
be
selected
for
fast
track
publication.
Authors
may
sign
up
online
at www.AJPMR.com to receive the eTOC when the journal is published each month. The
Journal is published in a variety of formats. The Journal's latest format provides a unique
experience for viewing text and video on the iPad. The new AJPMR app for iPad is available
for download from the Apple Store.
Open Acess
LWW's hybrid open access option is offered to authors whose articles have been accepted for
publication. With this choice, articles are made freely available online immediately upon
publication. Authors may take advantage of the open access option at the point of acceptance
to ensure that this choice has no influence on the peer review and acceptance process. These
articles are subject to the journal's standard peer-review process and will be accepted or
rejected based on their own merit.
Authors of accepted peer-reviewed articles have the choice to pay a fee to allow perpetual
unrestricted online access to their published article to readers globally, immediately upon
publication. The article processing charge for American Journal of Physical Medicine &
Rehabilitation is $2,500. The article processing charge for authors funded by the Research
Councils UK (RCUK) is $3,175. The publication fee is charged on acceptance of the article
and should be paid within 30 days by credit card by the author, funding agency or institution.
Payment must be received in full for the article to be published open access. Any additional
standard publication charges, such as for color images, will also apply.
Authors retain copyright: Authors retain their copyright for all articles they opt to publish
open access. Authors grant LWW a license to publish the article and identify itself as the
original publisher.
Creative Commons License: Articles opting for open access will be freely available to read,
download and share from the time of publication. Articles are published under the terms of
the Creative Commons License Attribution-NonCommerical No Derivative 3.0 which allows
readers to disseminate and reuse the article, as well as share and reuse of the scientific
material. It does not permit commercial exploitation or the creation of derivative works
without specific permission. To view a copy of this license
164
visit:http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0.
Compliance with NIH, RCUK and other research funding agency accessibility
requirements: A number of research funding agencies now require or request authors to
submit the post-print (the article after peer review and acceptance but not the final published
article) to a repository that is accessible online by all without charge. As a service to our
authors, LWW identifies to the National Library of Medicine (NLM) articles that require
deposit and transmits the post-print of an article based on research funded in whole or in part
by the National Institutes of Health, Howard Hughes Medical Institute, or other funding
agencies to PubMed Central. The revised Copyright Transfer Agreement provides the
mechanism. LWW ensures that authors can fully comply with the public access requirements
of major funding bodies worldwide. Additionally, all authors who choose the open access
option will have their final published article deposited into PubMed Central.
RCUK funded authors can choose to publish their paper as open access with the payment of
an article process charge, or opt for their accepted manuscript to be deposited (green route)
into PMC with an embargo.
With both the gold and green open access options, the author will continue to sign the
Copyright Transfer Agreement (CTA) as it provides the mechanism for LWW to ensure that
the author is fully compliant with the requirements. After signature of the CTA, the author
will then sign a License to Publish where they will then own the copyright.
It is the responsibility of the author to inform the Editorial Office and/or LWW that they have
RCUK funding. LWW will not be held responsible for retroactive deposits to PMC if the
author has not completed the proper forms.
FAQs for open access
http://links.lww.com/LWW-ES/A48
Compliance with NIH and Other Research Funding Agency Accessibility Requirements
A number of research funding agencies now require or request authors to submit the postprint (the article after peer review and acceptance but not the final published article) to a
165
repository that is accessible online by all without charge. Within medical research, three
funding agencies in particular have announced such policies:

The U.S. National Institutes of Health (NIH) requires authors to deposit post-prints
based on NIHfunded research in its repository PubMed Central (PMC) within twelve
months after publication of the final article in the journal.

The Howard Hughes Medical Institute (HHMI) requires as a condition of research
grants, deposit in PMC, but in its case within six months after publication of the final
article.

The Wellcome Trust requires, as a condition of research grants, deposit in UK
PubMed Central within six months after publication of the final article.
As a service to our authors, LWW will identify to National Library of Medicine (NLM)
articles that require deposit. This Copyright Transfer Agreement provides the mechanism for
identifying such articles. LWW will transmit the post-print of an article based on research
funded in whole or in part by one or more of these three agencies to Pub Med Central.
Upon NIH request, it remains the legal responsibility of the author(s) to confirm with NIH the
provenance of their manuscript for purposes of deposit.
Author(s) will not deposit their articles themselves.
Author(s) will not alter the post-print already transmitted to NIH.
Author(s) will not authorized display of the post-print prior to:
(a) 12 months following publication of the final article, in the case of NIH,
(b) 6 months following publication of the final article, in the case of Wellcome Trust and
HHMI
Author(s) Posting of Articles to an Institutional Repository: The Journal will permit the
author(s) to deposit for display a "post-print" (the final manuscript after peer-review and
acceptance for publication but prior to the publisher's copyediting, design, formatting, and
other services) 12 months after publication of the final article on his/her personal web site,
university's institutional repository or employer's intranet, subject to the following:

Authors may only deposit the post-print.

Authors may not update the post-print text or replace it with a proof or with the final
published version.
166

Authors may not include the post-print or any other version of the article in any
commercial site or in any repository owned or operated by any third party. For authors
of articles based on research funded by NIH, Wellcome Trust, HHMI, or other funding
agency, see below for the services that LWW will provide on your behalf to comply
with "Public Access Policy" guidelines.

Authors may not display the post-print until twelve months after publication of the
final article.

Authors must attach the following notice to the postprint: "This is a non-final version
of an article published in final form in (provide complete journal citation)".

Authors shall provide a link in the post-print to the Journal website
at www.AJPMR.com
Journal Contact Information:
Managing Editors: Sara Welliver and Emily Spence
[email protected]
(919) 650-1459
www.physiatry.org
www.AJPMR.com
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