1 UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PROMOÇÃO DA SAÚDE MESTRADO EM PROMOÇÃO DA SAÚDE ÁREA DE CONCENTRAÇÃO EM PROMOÇÃO DA SAÚDE Natalí Lippert Schwanke EFEITOS DE UM PROGRAMA DE EXERCÍCIOS GLOBAIS DE FORÇA E FLEXIBILIDADE SOBRE A POSTURA CORPORAL, FLEXIBILIDADE E FORÇA MUSCULAR DE ESCOLARES COM SOBREPESO E OBESIDADE Santa Cruz do Sul 2015 2 Natalí Lippert Schwanke EFEITOS DE UM PROGRAMA DE EXERCÍCIOS GLOBAIS DE FORÇA E FLEXIBILIDADE SOBRE A POSTURA CORPORAL, FLEXIBILIDADE E FORÇA MUSCULAR DE ESCOLARES COM SOBREPESO E OBESIDADE Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Promoção da Saúde – Mestrado, Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Promoção da Saúde. Orientadora: Profa. Drª. Miria Suzana Burgos Co-Orientadora: Profa. Drª. Hildegard Hedwig Pohl Santa Cruz do Sul 2015 3 Natalí Lippert Schwanke EFEITOS DE UM PROGRAMA DE EXERCÍCIOS GLOBAIS DE FORÇA E FLEXIBILIDADE SOBRE A POSTURA CORPORAL, FLEXIBILIDADE E FORÇA MUSCULAR DE ESCOLARES COM SOBREPESO E OBESIDADE Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Promoção da Saúde – Mestrado, Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Promoção da Saúde. Banca Examinadora Drª. Miria Suzana Burgos Professora Orientadora – UNISC Drª. Dulciane Nunes Paiva Professora Examinadora – UNISC Dr. Jorge Luiz de Souza Professor examinador – UFRGS 4 AGRADECIMENTOS Ao Senhor Deus do Universo, pelo dom da vida e por colocar em meu caminho pessoas especiais. Obrigada, obrigada, obrigada! Aos meus pais, Rui e Teresinha, pelo amor, pelo estímulo aos estudos, e pelo exemplo de caráter, perseverança e dedicação à docência. Amo vocês! Ao meu irmão Rui Gustavo, por me proporcionar momentos de descontração e boas risadas. Admiro-te pela organização e foco nos estudos. Te amo! Aos professores do mestrado. Pelas aulas e momentos de reflexão. Cada um, com sua maneira, fica guardado com carinho em minha memória. Às funcionárias do programa Andréia, Chaiane e Cássia pela disponibilidade e dedicação em seus atendimentos. Aos alunos que fizeram parte deste estudo. Obrigada por aceitar participar. Às colegas Julia, Micheli, Luciana, Débora e aos bolsistas, pelo auxílio durante a realização deste trabalho. Em especial, À minha orientadora, Professora Drª. Miria Suzana Burgos. Exemplo de persistência, dedicação e amor ao trabalho. Obrigada pela acolhida, inicialmente como voluntária na pesquisa com os escolares, e após como aluna do Programa de Pós-Graduação em Promoção da Saúde. Obrigada pelo grande incentivo, ensinamentos e orientações. Obrigada também, pela sensibilidade e compreensão nos momentos em que precisei estar junto de minha família. À Cézane Priscila Reuter pela paciência e auxílio com a estatística. À minha irmã de coração, companheira de estudos, Tássia Silvana Borges. Obrigada pelo apoio, amizade e torcida. Ao meu marido Fábio André Lermen. Pela compreensão e incentivo incondicional. Obrigada por me fazer acreditar que sempre é possível. 5 DEDICATÓRIA Ao meu amor Fábio André Lermen. A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original. Albert Einstein. 6 RESUMO A análise da postura corporal em crianças e adolescentes vem se intensificando. Estudos demonstram que uma má postura corporal adquirida na infância e adolescência é preditiva de problemas músculo esqueléticos em adultos. Sendo assim, o objetivo do presente estudo é verificar os possíveis efeitos de um programa de exercícios globais de força e flexibilidade sobre a postura corporal, sobre a força e a flexibilidade de escolares com sobrepeso e obesidade. A dissertação é expressa através de dois artigos: Resumo do artigo I: Diferenças na postura corporal, na força e flexibilidade de escolares: estudo quase experimental. O objetivo foi verificar se um programa de exercícios físicos globais determinou modificações nas medidas de ângulos e distâncias encontrados na avaliação postural, no número de abdominais realizados e na flexibilidade de escolares com sobrepeso e obesidade. Com delineamento quase-experimental, com Grupo Controle (n = 23) e Experimental (n = 23), compreendeu uma intervenção interdisciplinar de exercícios posturais globais no Grupo Experimental, tendo como avaliações principais a postura corporal pelo software SAPO, a força muscular abdominal “sit-ups” e a flexibilidade através do teste de sentar e alcançar, de meninos e meninas. Como resultados, verificou-se diferença significativa na comparação entre pré e pós-teste para o ângulo torácico, força abdominal para ambos os sexos e na flexibilidade para o grupo das meninas. Neste, concluímos que o programa de exercícios físicos globais determinou modificações nas medidas de ângulos e distâncias encontrados na avaliação postural, bem como aumento no número de abdominais e na flexibilidade verificadas em pós-teste em escolares que participaram da intervenção. Resumo do artigo II: Análise de componentes principais para verificação de presença da dor em escolares com sobrepeso e obesidade: estudo quase-experimental. O objetivo foi analisar a localização corporal da dor e sua presença durante atividades de vida diária realizadas em escolares pré e pós-intervenção com exercícios posturais globais e orientações interativas de hábitos posturais. Estudo quase-experimental com medidas de pré e pós-teste em Grupo Controle (n=19) e Experimental (n=22). Intervenção interdisciplinar foi realizada em Grupo Experimental, durante quatro meses, três vezes por semana, com exercícios globais para a postura corporal e orientações de hábitos posturais, esta última sendo analisada por aplicação de questionário de avaliação de hábitos posturais proposto por Rebolho (2005). Não foram encontradas diferenças entre os grupos para a localização da dor. As médias do Grupo Experimental apresentaram maior variação pré e pós-intervenção nas questões da dor ao sentar, andar, nas aulas de Educação Física, ao carregar a mochila e ao praticar atividade esportiva. No Grupo Experimental pós-intervenção, três fatores principais foram correlacionados à dor: hábitos de vida, à atividade física e ao sedentarismo. Considerações finais: O presente estudo demonstrou que a postura corporal, verificada através da medida de ângulos e distâncias, na população de escolares com sobrepeso e obesidade, pode ser modificada através de intervenções utilizando programas de exercícios globais de força e flexibilidade, assim como através de orientações interativas de hábitos posturais durantes as atividades de vida diárias. Além disso, as intervenções com atividades físicas junto à comunidade escolar exercem um papel de atenção primária em Promoção da Saúde, realizando um processo de conhecimento das variáveis que propiciam os hábitos posturais adequados e consequentemente a boa postura corporal, atuando assim, na prevenção de problemas relacionados às alterações posturais, à força, à flexibilidade e aos hábitos posturais. Palavras-chave: criança, postura, obesidade, dor, estudo de intervenção. 7 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABEP ABESO CDC CEP LDL IBGE IBM IMC OMS PAS PROESP-BR PUIC SAPO SPSS SUS UNISC WHO Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica Center for Disease Control and Prevention Comitê de Ética em Pesquisa Low Density Lipoproteins Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística International Business Machines Índice de Massa Corporal Organização Mundial da Saúde Postural Assessment Software Projeto Esporte Brasil Programa de Iniciação Científica Software de Avaliação Postural Statistical Package for the Social Sciences Sistema Único de Saúde Universidade de Santa Cruz do Sul World Health Organization 8 SUMÁRIO AGRADECIMENTOS........................................................................................................... DEDICATÓRIA..................................................................................................................... RESUMO................................................................................................................................ LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS............................................................................ APRESENTAÇÃO................................................................................................................. 04 05 06 07 10 CAPÍTULO I PROJETO DE PESQUISA................................................................................................. 11 1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................. 2 POSTURA CORPORAL E ALTERAÇÕES POSTURAIS............................................... 3 OBJETIVOS........................................................................................................................ 4 MÉTODO............................................................................................................................ 5 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO................................................................................... 6 RECURSOS HUMANOS E INFRAESTRUTURA........................................................... 7 ORÇAMENTO E RECURSOS MATERIAIS.................................................................... 8 RESULTADOS E IMPACTO ESPERADO....................................................................... 9 RISCO/ DIFICULDADES/ LIMITAÇÕES........................................................................ REFERÊNCIAS..................................................................................................................... 13 15 27 28 38 39 40 41 42 43 CAPÍTULO II RELATÓRIO DO TRABALHO DE CAMPO.................................................................. 54 CAPÍTULO III ARTIGO I – Diferenças na postura corporal, na força e flexibilidade de escolares: estudo quase-experimental................................................................................................................. ARTIGO II – Análise de componentes principais para verificação de presença de dor em escolares com sobrepeso e obesidade: estudo quase-experimental....................................... 58 78 CAPÍTULO IV NOTA À IMPRENSA.......................................................................................................... 98 ANEXOS............................................................................................................................... 100 ANEXO 1 – Passo a Passo Software PAS/SAPO................................................................. ANEXO 2 – Ficha de Avaliação de Hábitos Posturais................................................... ..... ANEXO 3 – Escala de Faces para Avaliação da Dor........................................................... ANEXO 4 – Pontos de Corte para a Circunferência da Cintura........................................... ANEXO 5 – Pontos de corte para o Índice de Massa Corporal (IMC)................................. ANEXO 6 – Imagens de instruções para o teste de sentar e alcançar................................... ANEXO 7 – Plano de Sessão de Exercícios Posturais Globais da Intervenção.................... ANEXO 8 – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido Grupo Experimental................ ANEXO 9 – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido Grupo Controle........................ ANEXO 10 – Critério ABEP................................................................................................. ANEXO 11 – Classificação do Percentual de Gordura para Crianças e Adolescentes.......................................................................................................................... ANEXO 12 – Normas para Publicação da Revista Journal of Adolescent Health..................................................................................................................................... 101 103 106 107 108 110 111 113 116 119 121 122 9 ANEXO 13 – Normas para Publicação da Revista American Journal of Physical Medicine & Rehabilitation..................................................................................................... 149 10 APRESENTAÇÃO A presente dissertação de Mestrado, em conformidade com o Regimento do Programa de Pós-graduação em Promoção da Saúde da Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC é composta por cinco capítulos, e ao final, os anexos. Os capítulos contidos no referido trabalho são: Capítulo I: projeto de pesquisa; Capítulo II: relatório do trabalho de campo; Capítulo III: descrição do artigo I; Capítulo IV: descrição do artigo II; Capítulo V: nota para divulgação da pesquisa na imprensa. Os artigos que constam nesta dissertação são intitulados como: - Diferenças na postura corporal, na força e flexibilidade de escolares: estudo quaseexperimental. - Análise de componentes principais para verificação de presença da dor em escolares com sobrepeso e obesidade: estudo quase-experimental. 11 CAPÍTULO I PROJETO DE PESQUISA 12 Natalí Lippert Schwanke EFEITOS DE UM PROGRAMA DE EXERCÍCIOS GLOBAIS DE FORÇA E FLEXIBILIDADE SOBRE A POSTURA CORPORAL, FLEXIBILIDADE E FORÇA MUSCULAR DE ESCOLARES COM SOBREPESO E OBESIDADE Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Promoção da Saúde – Mestrado, Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Promoção da Saúde. Orientadora: Profa. Drª. Miria Suzana Burgos Co-Orientadora: Profa. Drª. Hildegard Hedwig Pohl Santa Cruz do Sul 2015 13 1 INTRODUÇÃO O tema da obesidade vem sendo debatido mundialmente. Há evidências que o índice de pessoas com sobrepeso e obesidade vem aumentando consideravelmente em todo o mundo (WANG; LOBSTEIN, 2006). É tratado por muitos estudiosos como uma epidemia global (BINKIEWICZ-GLIŃSKA et al., 2012; DUFECK et al., 2012; MALONEY, 2011; ASCHEMEIER et al., 2008). Segundo a análise de dados de sobrepeso e obesidade, divulgadas pela World Health Organization (WHO, 2012), 12% da população mundial é considerada obesa. O continente americano tem maior incidência do problema (26%) (ABESO, 2012). Há um esforço conjunto em tratar o tema como uma questão de saúde pública (GOODMAN, 2003; CABARELLO, 2007; WANG; LOBSTEIN, 2006). O problema atinge também crianças, evidenciando a precocidade do mesmo. Crianças obesas em idade pré-escolar têm a tendência de serem adolescentes obesos, assim como de se tornarem adultos obesos (MOSSBERG, 1989), padecendo de todas as implicações que esta condição desenvolve (CERRILLO et al., 2012). Além do desenvolvimento de comorbidades como diabetes tipo 2, hipertensão arterial, hiperlipidemia (MOSSBERG, 1989), síndrome metabólica, doença do fígado não alcoólico, complicações psicossociais (CALCATERRA et al., 2008), doenças cardiovasculares e respiratórias (LAWRENCE; KOPELMAN, 2004), há evidências de que a obesidade afeta o sistema musculoesquelético desenvolvendo complicações ortopédicas (HANNON; RAO; ARSLANIAN, 2005; GORAN; BALL; CRUZ, 2003; BURTON; FOSTER, 1985). Os efeitos deletérios da obesidade sobre o metabolismo e a preocupação com relação ao desenvolvimento de doenças cardíacas e diabetes são bem conhecidos (ESPOSITO et al., 2013), porém o mesmo não ocorre, quando a saúde musculoesquelética é abordada. Em adultos, a obesidade tem sido ligada ao componente musculoesquelético, principalmente, em relação à dor e às complicações pós-operatórias (LABOEUF, 2000). Mais recentemente, a relação da obesidade e da dor também foi abordada. Nesta, Stovitz et al. (2008) verificaram que 45% das crianças com índice de massa corporal (IMC), com percentil 95, relatavam dor nas costas ou nos membros inferiores. Há evidências de que crianças obesas sofrem mais quedas e devido a isso tem risco aumentado de lesões graves (SAYEGH; BRADLEY; VACA, 2010), pois em crianças com sobrepeso o impacto na queda é maior (RAUCH et al., 2001). 14 Isto pode ser devido ao equilíbrio e coordenação alterada, resultantes da distribuição anormal de gordura na região abdominal e instabilidade postural (MCGRAW et al., 2000), assim como pelas habilidades motoras debilitadas (TIMM; GRUPP-PHELAN; HO, 2005). Mais especificamente, com relação à coluna vertebral, em crianças que apresentam sobrepeso e obesidade, há uma excessiva sobrecarga nos ossos e articulações, levando à acentuação das curvaturas fisiológicas da mesma (ARRUDA; SIMÕES, 2006; KUSSUKI; JOÃO; CUNHA, 2007), podendo causar alterações, como a hipercifose torácica, hiperlordose lombar e escoliose. Em um esforço conjunto com o intuito de combater os avanços nos índices de sobrepeso e obesidade infantil, há um enfoque para ações de intervenção preventiva que estimulam atividade física, dieta saudável e apoio comportamental (ELLS et al., 2005), com um olhar não somente dedicado à criança, mas também à família, à escola e à comunidade. A prevenção da obesidade realizada de forma eficaz se dá através do diagnóstico obtido de forma precoce, realizado com crianças de nível escolar básico, além das crianças de ensino fundamental e médio (BINKIEWICZ-GLIŃSKA et al., 2012). Sugere-se que esta deva ser desenvolvida de forma interdisciplinar com a cooperação de especialistas de diversas áreas. Neste contexto, há uma visibilidade de campanhas públicas e a sensibilização no que se refere ao combate à obesidade infantil. Considerado de grande magnitude incorporar a estas, a investigação dos problemas ortopédicos e a importância de melhorar a saúde musculoesquelética, com enfoque na prevenção e orientação às crianças em idade escolar. Assim, o presente estudo pretende elucidar o seguinte problema: um programa de exercícios globais de força e flexibilidade possui efeito sobre a postura corporal, flexibilidade e força muscular abdominal de escolares com sobrepeso e obesidade? 15 2 POSTURA CORPORAL E ALTERAÇÕES POSTURAIS “Não existe uma postura igual a todas as pessoas. A postura é uma questão individual (METHENY, 1952, p.193)”. A postura, considerada sobre o aspecto mecânico, pode ser definida como o alinhamento de segmentos corporais em um determinado momento (WINTER, 1995; GANGNET et al., 2003). Este termo, também usado para descrever o alinhamento que o corpo assume, orientando o corpo no ambiente em que se encontra (SHUMWAY-COOK; WOOLLACOTT, 2002). 2.1 Aspectos históricos da postura corporal Na antiguidade, entre 143 a.C. e 397 d.C., as alterações da postura corporal eram vistas como sinais de desvirtuamento da alma, ou seja, um indicador das virtudes morais. Já, na Idade Média, a postura ainda mantinha uma conotação moral, porém a modéstia era considerada a virtude específica no gesto de postura (SCHMITT, 1995). Fazendo uma retrospectiva, Vigarello (1995) relata que, após as descobertas da Física no século XVII, que promoveram uma revolução de pensamentos, afirmando a analogia entre o corpo e a máquina, a postura passou a ser considerada como uma qualidade mecânica corporal e não mais como uma virtude moral. Foi também neste período, baseados nas leis mecânicas da física, que os especialistas passaram a recomendar a utilização de aparelhos corretivos como forma de medida terapêutica. Então, no século XIX, a utilização de equipamentos foi substituída por ações corretivas através de exercício físico de contrações musculares. Ainda sob uma ótica voltada para a biomecânica, Foucault (2004) descreve que até o século XVII os militares consideravam que a disciplina também era demonstrada em uma postura corporal alinhada, e devido a isto, os soldados eram selecionados pelas suas aptidões físicas, porte e postura. A partir do século XVIII, os recrutas passaram a ser treinados a se colocar de forma a apresentar uma postura altiva. Observando estes momentos históricos, a importância do conforto e do bem-estar corporal não foi levada em consideração em nenhum momento. A postura era vista como o molde do corpo para satisfazer padrões morais, estéticos e culturais e não associado ao bom funcionamento do organismo (VIEIRA; SOUZA, 1999). A postura vista como a ideal para o bom funcionamento do organismo de uma maneira global, somente foi incorporada a datar do século XX com reformulações de saberes e incorporação de discursos provenientes das áreas da Educação Física, da Fisioterapia, da Psicologia e da Neurologia (VIEIRA, 2004). 16 2.2 Definição e características de postura Baseado em aspectos mecânicos, a boa postura é definida como aquela em que há um estado de equilíbrio entre as estruturas musculoesqueléticas, sendo exigido para isso, um mínimo esforço, levando a uma eficiência ótima do aparelho locomotor (MYHR; WENDT, 1991; SHUMWAY-COOK; WOOLLACOTT, 2002; KENDALL; MCCREARY; PROVANCE, 1995). Desde Cícero (143-103 a.C.) e de Santo Ambrósio (340-397 d.C.), dizia-se que o alinhamento de segmentos corporais era considerado sinônimo de boa postura (VIEIRA; SOUZA, 1999). Assim, uma postura que se encontra em equilíbrio, protege as estruturas do corpo contra lesões ou deformidades (FERRARIO et al.,1995). Estando as estruturas musculoesqueléticas em equilíbrio, possibilitando ao indivíduo um ótimo alinhamento corporal, também facilitará ao mesmo adquirir habilidades neuropscicomotoras amplas e finas, permitindo assim, movimentação coordenada, funcional e econômica do ponto de vista energético (MYHR; WENDT, 1991; SHUMWAY-COOK; WOOLLACOTT, 2002). Um alinhamento equilibrado é frequentemente objetivado por profissionais da área da saúde, principalmente médicos, dentistas e fisioterapeutas (FESTA et al., 2003; AKAMARU et al., 2003). Várias fontes (VIEIRA; SOUZA, 1999; FIGUEIREDO; AMARAL; SHIMANO, 2012; HADDICK, 2007; FERREIRA et al., 2011; FOSS; MARTINS; BOZOLA, 2012) afirmam que internacionalmente, a referência sobre postura mais utilizada é a proposta por Kendall, McCreary e Provance (1995), que descrevem como normal ou padrão, a postura representada na posição em pé com os segmentos corporais retos: Na postura padrão, a coluna apresenta as curvaturas normais e os ossos dos membros inferiores ficam em alinhamento ideal para sustentação de peso. A posição “neutra” da pelve conduz ao bom alinhamento do abdome e do tronco e dos membros inferiores. O tórax e coluna superior ficam em uma posição que favorece a função ideal dos órgãos respiratórios. A cabeça fica ereta em uma posição bem equilibrada que minimiza a sobrecarga sobre a musculatura cervical. (KENDALL; MCCREARY; PROVANCE, 1995, p. 71). Para identificar a postura ideal, conforme a orientação de Kendall, McCreary e Provance (1995), é necessário que se faça uma avaliação do indivíduo através do “Teste de Fio de Prumo”, no qual se observa a posição de pontos de referência em relação ao mesmo. Havendo uma simetria dos pontos de referência em relação ao fio de prumo, diz-se que há uma boa postura, pois os mesmos consideram que há uma distribuição equilibrada dos segmentos corporais e uma posição estável das articulações com atividade muscular mínima. Do contrário, quando há uma distribuição desequilibrada dos pontos de referência, diz-se que 17 o indivíduo possui uma má postura, indicando os encurtamentos e as deformidades que o mesmo apresenta. Smith, Weiss e Lehmkuhl (1997) não concordam com o método de avaliação proposto pelos autores anteriormente citados, pois afirmam que este tipo de avaliação da postura não é natural, já que a posição em pé para a verificação dos pontos de referência em relação ao fio de prumo deve ser solicitada ao indivíduo, determinando um esforço consciente realizado pelo mesmo. Então, defendem que uma postura padrão deve ser aquela em que há um relaxamento e um conforto corporal ao invés de um modelo previamente estabelecido (VIEIRA; SOUZA, 1999; FIGUEIREDO; AMARAL; SHIMANO, 2012). Demonstrando isso, um estudo realizado por Ferreira et al. (2011), na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, verificou que, em uma análise quantitativa de pontos de alinhamento postural em 122 indivíduos, há uma leve assimetria, representando um padrão normativo para a postura em pé. O modelo previamente estabelecido também é contestado por Kisner e Colby (1987). Estes, afirmam que a postura poderia ser definida como uma atitude do corpo para desenvolver uma atividade específica ou ainda uma maneira característica de sustentação do corpo, levando o indivíduo a adquirir uma determinada imagem corporal. No que tange à imagem corporal, é no período da adolescência que ocorrem as maiores mudanças físicas, cognitivas e sociais (TIGGEMANN; PENNINGTON, 1990), e é também nesta fase em que há uma mudança na percepção da imagem corporal, favorecendo estudos com foco de pesquisa que abordem esta questão (CASH; PRUZINSKY, 2002), investigando e identificando o bem-estar em relação à imagem e satisfação corporal (ANTONOVSKY, 1987). Demonstrando isso, Frizen e Holmqvist (2010) desenvolveram um estudo em que foi investigada, através de entrevistas semi-estruturadas, a caracterização da imagem corporal em adolescentes suecos, abordando com uma perspectiva positiva, questões de satisfação com a própria aparência, pontos de vista sobre o exercício e a influência de familiares e amigos. Obtiveram como resultados, a verificação de que a aparência estava ligada á uma visão funcional do corpo com aceitação de imperfeições corporais, e que comentários negativos sobre a aparência, oriundas de familiares e amigos, não representavam ter importância para a população estudada. Constatou-se ainda, que a grande maioria dos adolescentes eram fisicamente ativos. Sob outra ótica, Mehrabian e Friar (1969) já alertavam que o estado emocional de uma pessoa se reflete na postura corporal do indivíduo, assim como seu comportamento social (KLEINSMITH; RAVINDRA; BIANCHI-BERTHOUZE, 2006). Também neste sentido, 18 França et al. (2007) referem que o corpo reflete as emoções sentidas (real alegria ou “dor da alma”), buscando adaptar-se às exigências impostas pelo imenso universo de ideias, sentimentos, desejos, expectativas, sonhos e medos que cada um carrega consigo. Assim, quando o organismo é exposto a um esforço excessivo para adaptar-se, o excesso que neste caso, representa um sinal de alerta, seja ele físico, biológico, químico ou psicossocial, tenderá a responder anatômica e fisiologicamente (SEYLE, 1974; 1976). Levando-se em consideração a ideia de que o emocional se expressa no corpo físico, enfatiza-se a importância da avaliação psicológica como parte integrante da avaliação em saúde. Esta se constitui como um recurso importante, no contexto de multidisciplinaridade, na promoção e proteção da saúde, prevenção e tratamento de enfermidades, bem como na identificação de etiologias e disfunções associadas às doenças, além de contribuir para políticas públicas de saúde (CAPITÃO; SCORTEGAGNA; BAPTISTA, 2005). 2.3 Desvios posturais no desenvolvimento infanto-juvenil O equilíbrio corporal é mantido através de informações táteis e proprioceptivas que através da coordenação intrínseca ativam o sistema vestibular, fazendo com que haja um trabalho integrado e complementar para a manutenção do mesmo. Qualquer alteração nesses sistemas resulta em instabilidade postural (BARAÚNA et al., 2006) e desequilíbrio músculo esquelético (VERONESI; TOMAZ, 2008). Outrossim, Veronesi e Tomaz (2008) sustentam a ideia de que ao longo do tempo, estes desequilíbrios, como forma de compensação e adaptação (MARQUES, 2005; TEODORI et al., 2003), podem causar alterações da postura, que podem ser agravados por maus hábitos posturais realizados durante a vida. Em adultos, os desvios posturais e a má postura, estão relacionados a dores nas costas, que geram dificuldades para a realização de atividades de vida diária e do trabalho (DEYO et al., 1991; FRANÇA et al., 2008). Hábitos posturais errados podem levar os indivíduos a adquirir alterações da coluna vertebral como concavidade, cifose, escoliose, hérnias de disco e degeneração articular prematura (HENDRIKSEN; HOLEWIJN, 1999; VALLEJO et al., 1998), alterações estas que podem ser irreversíveis (CERCHIARI et al., 2005). Hagner, Bak e Hagner-Derengowska (2011) definem os defeitos posturais como mudanças observadas em uma posição significativamente diferente daquelas típicas, observadas em uma determinada idade, sexo, raça e constituição física, sendo resultantes de 19 alterações patológicas e que alteram as curvaturas dos segmentos da coluna vertebral em todos os planos (GÓRECKI et al., 2009; WILCZYŃSK, 2001). Na idade adulta, as patologias que acometem a coluna vertebral são consideradas um problema de saúde pública, sendo que é definida como uma das principais causas de afastamento do trabalho (WEBB et al., 2003; ALEXANDRE et al., 2002). De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% da população mundial já sofreram ou sofrem com algum incômodo na região da coluna, sendo que esta é uma das principais causas da procura dos pacientes por consultórios médicos (COSTA et al., 2012). Tratando-se de um problema de saúde pública, as identificações antecipadas de problemas posturais podem resultar em uma ação preventiva na área da saúde coletiva, evitando assim, problemas de coluna irreversíveis na idade adulta (WEBB et al., 2003; ALEXANDRE et al., 2002). Detsch et al. (2007) consideram a importância da realização de avaliação da postura como procedimento de âmbito escolar, já que alterações e problemas de postura podem assim, ser identificados de forma precoce. Também neste sentido, Lemos, Santos e Gaya (2011) consideram que avaliar e acompanhar níveis de aptidão física na infância e adolescência podem levar à diminuição de riscos de dores e problemas osteomioarticulares, sendo então ressaltada a importância deste acompanhamento, colaborando para a criação de programas efetivos de promoção da saúde também em âmbito escolar. Muitas vezes, a avaliação postural realizada em escolares proporciona ao indivíduo uma oportunidade única de um diagnóstico precoce, pois assim, privilegiam o mesmo com a obtenção de informações sobre a saúde de sua coluna vertebral (BUNNELL, 2005), proporcionando também a minimização dos efeitos causados pelos desvios posturais (MURAHOVSCHI, 1998). 2.3.1 Alterações posturais durante o crescimento Muitos dos desvios da coluna vertebral são originados durante o estirão de crescimento, entre a infância e adolescência (PARCELLS; STOMMEL; HUBBARD, 1999; DETSCH et al., 2007; PENHA et al., 2008). O período entre os 7 e os 12 anos de idade, que inclui-se as fases de pré-púberes e puberdade, corresponde ao período em que a postura sofre modificações a fim de proporcionar um equilíbrio compatível com as novas proporções corporais advindas da fase 20 de crescimento (PENHA et al., 2005). Neste período, que o desenvolvimento musculoesquelético ocorre de forma rápida e torna a coluna vertebral suscetível a alterações e deformidades (FEINGOLD; JACOBS, 2002). Tais alterações são influenciadas pela má postura durante atividades de vida diárias. Observando-se crianças em idade escolar, a má postura está relacionada ao posicionamento corporal inadequado durante as aulas, uso incorreto de mochila escolar, a utilização de calçados inadequados, o sedentarismo e a obesidade (PENHA et al., 2005; RODRIGUES et al., 2003; PIETROBELLI et al., 1998). A avaliação da postura corporal em crianças em idade escolar identifica alterações importantes e colabora para o diagnóstico precoce, que permitirá uma intervenção eficiente no sistema musculoesquelético da criança (SANTOS et al., 2009). Dados epidemiológicos registram a prevalência de alterações da postura em crianças e adolescentes em idade escolar. Em um estudo proposto por Martelli e Traebert (2006), na cidade de Tangará – SC, envolvendo 334 escolares com idade entre 10 e 16 anos, houve a prevalência de alterações posturais de 28,2%. Verificou-se que as duas alterações com maior incidência foram a hiperlordose (20,3%) e a hipercifose (11,0%). Em outro estudo, sendo este proposto por Costa et al. (2012), que também avaliou as alterações posturais em crianças com idade entre 10 e 14 anos do ensino fundamental, foi verificado que dos 60 escolares avaliados 52 (87%) apresentaram algum tipo de desvio postural. Com relação à alteração postural mais encontrada, a hiperlordose lombar foi o desvio com maior incidência (35%), seguidos por ombros protusos (26%), hipercifose torácica (18%), escoliose (13%) e escápula abduzida (8%). A maior parte dos problemas posturais relacionado à coluna vertebral tem seu início no período de crescimento e desenvolvimento do corpo, entre a infância e adolescência (BUNNELL, 2005; NISSINEN et al., 2000), pois é neste período que acontece o estirão de crescimento (KAVALCO, 2000). Entre os 7 e os 12 anos de idade, a criança passa por transformações corporais que exigem da postura, uma adaptação a fim de adquirir um equilíbrio corporal compatível com suas novas proporções (IUNES et al., 2005; HARRELSON; SWANN, 2005). Em sua maioria, os desvios posturais encontrados em crianças em fase de crescimento são classificados como desvios de desenvolvimento (DETSCH; CANDOTTI, 2001). Tornando-se um padrão habitual, estes desvios posturais podem transformar-se em defeitos posturais que, por sua vez, são considerados fator de risco para disfunções da coluna vertebral 21 irreversíveis na idade adulta (ADLER; CSONGRADI; BLECK, 1984; BRUSCHINI, 1998; PENHA et al., 2005). Para que sejam evitados comprometimentos musculoesqueléticos futuros faz-se importante a detecção e a prevenção precoce destes distúrbios, alertando pais e professores (PENHA et al., 2005) através de orientações quanto à aquisição de uma postura correta (BRUSCHINI, 1998) durante a infância, já que é nesta fase, em que a musculatura e os ossos estão em desenvolvimento, que ocorre a maior possibilidade de prevenção e tratamento (ADLER; CSONGRADI; BLECK, 1984). Portanto, a avaliação da postura de crianças em idade escolar torna-se pertinente na identificação e acompanhamento das alterações posturais da coluna vertebral (BUNNELL, 2005), além do que a identificação precoce de defeitos posturais favorece a adoção de medidas preventivas (LEMOS; SANTOS; GAYA, 2012) e o desenvolvimento de métodos terapêuticos que garantem um tratamento conservador individualizado e eficaz para pessoas que apresentem desvios posturais (HAGNER; BĄK; HAGNER-DERENGOWSKA, 2011). 2.4 Obesidade Nas últimas décadas, a obesidade vem aumentando de forma significativa. Na atualidade é considerada como uma epidemia mundial (HAN; LAWLOR; KIMM, 2010; MALONEY, 2011; BINKIEWICZ-GLIŃSKA et al., 2012) e avaliada como um problema de saúde pública a nível global (MISPIRETA, 2012). De acordo com The State Education Standard (2004) nos Estados Unidos, desde a década de 80, a obesidade em crianças com idade entre 6 e 11 anos duplicou, e triplicou em adolescentes com mais de 12 anos (SAYEGH; BRADLEY; VACA, 2010). Dados do Center for Disease Control and Prevention mostram que cerca de 17% (ou 12,5 milhões) de crianças e adolescentes americanas com idades entre 2 a 19 anos são obesas (CDC, 2010). Com relação aos custos e despesas dos serviços de saúde despendidos nos Estados Unidos, projeta-se que 14,1 bilhão de dólares por ano é gasto com hospitalizações e prescrição de medicamentos para crianças com sobrepeso e obesidade (MALONEY, 2011). No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS) gasta anualmente com tratamento de doenças associadas à obesidade cerca de 488 milhões de reais (BRASIL, 2012). O índice de massa corporal (IMC) é a medida padrão para calcular o grau de gordura corporal e é geralmente empregado para definir e diagnosticar o excesso de peso e a 22 obesidade infantil (REILLY, 2010; STEWART, 2011). Este cálculo é feito através da relação entre peso e altura de um indivíduo (Kg/m2), peso em Kg dividido pelo quadrado da estatura em metro (GUIMARÃES et al., 2012). Os níveis de IMC para crianças e adolescentes são medidos em percentil de acordo com a gordura corporal, sexo e idade (MALONEY, 2011). Especialistas em obesidade pediátrica definem como obesa a criança e adolescente com IMC maior ou igual ao percentil 95, e como sobrepeso a criança e adolescente com IMC maior ou igual ao percentil de 85 (BARLOW; DIETZ, 1998). A obesidade pode ser desencadeada por algumas síndromes raras (HAN; LAWLOR; KIMM, 2010), como deficiência de leptina, alterações hormonais como o hipotireoidismo e a deficiência de hormônio de crescimento (SAYEGH; BRADLEY; VACA, 2010). No entanto, vários autores (HAN; LAWLOR; KIMM, 2010; MALONEY, 2011; BINKIEWICZGLIŃSKA et al., 2012; BACARDÍ-GASCON; PÉREZ-MORALES; JIMÉNEZ-CRUZ, 2012) associam esta patologia com o consumo excessivo de alimentos, dieta de má qualidade, estresse ambiental, isolamento; além de haver uma concordância entre os mesmos em associar a obesidade ao sedentarismo. Crianças e adolescentes com sobrepeso e obesidade são predispostos a desencadear uma ampla gama de efeitos adversos que podem comprometer a saúde (MUST et al., 1992), dentre os quais estão os componentes da síndrome metabólica, como aumento dos níveis sanguíneos de triglicerídeos, colesterol Low Density Lipoproteins (LDL) e pressão arterial elevada (JODKOWSKA et al., 2010; WOFFORD, 2008). Tais fatores contribuem para o aumento do risco de infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca, nefropatia e resistência à insulina de jejum (HAYMAN, 2011). Complicações decorrentes às doenças endócrinas como diabetes tipo II, acúmulo excessivo de gordura no abdômen e crescimento exagerado de tecido adiposo ao redor dos mamilos em meninos (esteatomastia), também estão associadas à obesidade (EBBELIN; PAWLAK; LUDWIG, 2002). Mais uma complicação que está sendo diagnosticada com maior frequência em crianças com sobrepeso e obesidade é a esteatose hepática, que devido ao acúmulo de gordura, causa cicatrizes levando à insuficiência hepática (SCHWIMMER et al., 2006), inflamação do fígado e cirrose (WOFFORD, 2008; EBBELIN; PAWLAK; LUDWIG, 2002). Há evidências de que a obesidade infantil pode ser um fator de risco adicional para o desenvolvimento de câncer em adultos (MALONEY, 2011). Em um estudo de coorte prospectivo, realizado por Calle et al. (2003), que avaliou mais de 900.000 adultos, foi 23 constatado que das mortes por câncer nos Estados Unidos, 14% foram em homens e 20% foram em mulheres, sendo estas taxas atribuídas ao sobrepeso e obesidade. Ainda, com relação às crianças, as complicações associadas à obesidade incluem ainda a precocidade puberal (HAN, LAWLOR, KIMM, 2010), com aceleração da menarca em meninas (ROSENFIELD; LIPTON; DRUM, 2009) e avanço puberal em meninos (MAMUN et al., 2008). Outro aspecto que vem sendo abordado é a associação entre a obesidade e a saúde bucal, havendo uma documentação com correlação positiva entre IMC e a saúde dental, evidenciando a presença de cárie dentária em crianças obesas (BAILLEUL-FORESTIER et al., 2007; HOOLEY; SKOUTERIS; MILLAR, 2012). Além das consequências físicas, a obesidade também tem influencia sobre as condições psicológicas das pessoas; dentre estas se destacam a baixa-estima, a vitimização, a depressão, a ansiedade e o aumento do risco de distúrbios alimentares (MILLER et al., 2006; VARNI et al., 2009). 2.4.1 Alterações musculoesqueléticas em crianças com sobrepeso e obesidade A obesidade é um distúrbio nutricional (SIQUEIRA; SILVA, 2011) que tem sido associado ao aumento de risco de doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, desordens respiratórias (KUSSUKI; JOÃO; CUNHA, 2007) e também ao aparecimento de alterações posturais em adultos, crianças e adolescentes (SILVA et al., 2011). Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010), em pesquisa realizada entre os anos de 2008 e 2009, uma em cada três crianças com idade entre 5 e 9 anos estão com peso acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde. O índice de jovens de 10 a 19 anos, com excesso de peso, passou de 3,7%, em 1970, para 21,7%, em 2009 (BRASIL, 2012). Mais recentemente, Flores et al. (2013), em estudo longitudinal de tendência, com 37.801 escolares brasileiros, encontrou a ocorrência de excesso de peso (sobrepeso mais obesidade) em 30% da população infanto-juvenil (7 a 14 anos). Em Santa Cruz do Sul-RS, conforme pesquisa de Burgos et al. (2010), com 1.666 escolares de 7 a 17 anos, avaliando o IMC, foi encontrado uma prevalência de 26,7% de sobrepeso ou obesidade e 35,9% de percentual de gordura acima de moderadamente alto. Arruda e Simões (2006) sugerem que o aumento da massa corporal devido ao sobrepeso e a obesidade, eleva o risco de alterações do sistema musculoesquelético. Estas 24 alterações são consideradas clinicamente importantes, pois se manifestam precocemente, evidenciando processos patológicos antecipados devido à sobrecarga ao sistema musculoesquelético, acarretando lesões osteomioarticulares (CALVETE, 2004). Especificamente nos ossos da coluna, o sobrepeso e a obesidade geram uma sobrecarga excessiva osteomuscular, causando alterações acentuadas das curvaturas fisiológicas da coluna vertebral (ARRUDA; SIMÕES, 2006; KUSSUKI; JOÃO; CUNHA, 2007). Kussuki, João e Cunha (2007), em seu estudo sobre a caracterização da coluna de crianças obesas e com sobrepeso, verificaram que as alterações mais encontradas foram a hiperlordose lombar e a protrusão da cabeça, sendo 62% e 51% nas crianças obesas e 53,85% 3 41,67% nas crianças com sobrepeso respectivamente. Da mesma forma, Arruda e Simões (2006), encontraram prevalência de assimetrias nos planos anterior, posterior e lateral, sugerindo presença de escoliose, hiperlordose lombar e hipercifose torácica em escolares diagnosticados com sobrepeso e obesidade. Para Esposito et al. (2013), pesquisas acerca do impacto da obesidade sobre o sistema musculoesquelético, devem ser incluídos em programas de educação e promoção da saúde, devido aos seus efeitos à longo prazo como a má qualidade óssea e doenças articulares degenerativas, assim como sua interferência em curto prazo, como a dificuldade de participação em programas de atividade física, em decorrência da sobrecarga osteoarticular, contribuindo assim para um ciclo vicioso de agravamento da obesidade. Considerando-se que as alterações posturais não são exclusivas de indivíduos obesos, e que o sobrepeso e a obesidade podem acentuar tais desvios (SILVA et al., 2011), é importante que os serviços públicos que envolvam as áreas de educação e saúde, realizem ações de promoção da saúde e prevenção (BACHIEGA, 2006), tanto de problemas ligados ao sobrepeso e obesidade como dos problemas subsequentes, relacionados ao aparelho musculoesquelético. 2.5 Avaliação da postura em crianças em idade escolar A avaliação da postura corporal desempenha papel importante para o diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos problemas relacionados com a coluna vertebral (WEISS et al., 2006). Tradicionalmente, este acompanhamento é realizado através de avaliações radiográficas (Rx) periódicas (CARMAN; BROWNE; BIRCH, 1990). 25 Porém, devido à radiação a qual a pessoa é exposta durante a avaliação, fez com que nas últimas décadas métodos alternativos fossem desenvolvidos, a fim de reduzir, tanto quanto possível, a exposição a exames de Rx (LEVY et al., 1996; BENINGFIELD et al., 2003; SAAD; COLOMBO; JOÃO, 2009). Uma das alternativas utilizadas com frequência é a Fotogrametria, que se trata de um método de avaliação postural com análise de uma fotografia, através de um programa de computador (BELLI et al., 2009). Considerada uma ferramenta confiável para avaliação postural, fornece dados quantitativos precisos, sendo de fácil manuseio e de baixo custo (GIGLIO; VOLPON, 2007). Fazendo uma interpretação rigorosa de imagens fotográficas, também pode ser utilizada para o acompanhamento de resultados de um tratamento (FERREIRA et al., 2010). No intuito de auxiliar e colaborar na avaliação da postura, a partir de imagens digitalizadas, foi desenvolvido o software SAPO/PAS, que permite a medição de angulações e distâncias (FERREIRA, 2006). Hoje é um dos programas mais utilizados na avaliação postural de adultos e crianças (BELLI et al., 2009; YI et al., 2008; DUARTE; ZATSIORSKY, 2002; FERREIRA et al., 2010), de fácil manuseio e de domínio público, está disponível em formato eletrônico (FERREIRA et al., 2010). 2.6 Exercícios e desvios posturais Por ser considerado um problema de saúde coletiva (DETSCH, 2005), afetando estudantes de idades variadas, os desvios posturais são alvo de estudos de vários profissionais da saúde, que buscam incorporar no estilo de vida das pessoas, hábitos saudáveis e consequentemente prevenir complicações futuras (DETSCH; CANDOTTI, 2001). Uma das maneiras de tratar os desvios posturais é realizada através de exercícios de alongamento, utilizados em programas de reabilitação e atividades desportivas que além de contribuir para o aumento de flexibilidade (KUBO et al., 2001), colabora no tratamento de alterações posturais. Existem diferentes métodos e técnicas ativos ou estáticos, empregados no intuito de promover o alongamento muscular (MORENO et al., 2007). O alongamento estático é utilizado com o objetivo de alongar um músculo de forma isolada, ou seja, prioriza o alongamento de um determinado segmento (CABRAL et al., 2007). Em contrapartida, o alongamento ativo, também chamado de global, trabalha o alongamento de vários músculos simultaneamente, partindo de um conceito de que um músculo com déficit de alongamento 26 cria compensações em outras estruturas musculares (ROSÁRIO; MARQUES; MALUF, 2004). 27 3 OBJETIVOS 3.1 Objetivo geral O objetivo do presente estudo é verificar os possíveis efeitos de um programa de exercícios globais de força e flexibilidade sobre a postura corporal de escolares com sobrepeso e obesidade. 3.2 Objetivos específicos - Comparar a ocorrência dos diferentes ângulos e distâncias encontrados na avaliação postural de escolares com sobrepeso e obesidade pré e pós-intervenção de programa de exercícios globais de força e flexibilidade; - Comparar as diferenças de força abdominal e flexibilidade de escolares com sobrepeso e obesidade pré e pós-intervenção de programa de exercícios globais de força e flexibilidade; - Comparar e quantificar a presença e intensidade de dor e sua localização corporal pré e pósintervenção de programa de exercícios globais de força e flexibilidade. 28 4 MÉTODO 4.1 Amostra/população/sujeitos 4.1.1 Área de estudo O município de Santa Cruz do Sul está localizado na região conhecida como Vale do Rio Pardo, sendo sua localização geográfica 29º43'59"S e 52º24'52"W, distante 155 km da capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. Com uma área total de 794,49 km2, possui 156,96 km2 de área urbana e 637,53 km2 de área rural, representando sua maior área (PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA CRUZ DO SUL, 2013). Sua economia é baseada, principalmente, no setor fumageiro, que fornece à cidade o título de capital mundial do fumo, possuindo o maior centro industrial tabajeiro, incluindo a produção e a área de fumo plantado. Ainda na área de agronegócios, o município destaca-se pela diversidade de culturas, e dentre estas se pode citar a produção de milho, feijão, arroz, hortigranjeiros, avicultura, suinocultura, bovinocultura de corte e produção leiteira. Além disso, Santa Cruz do Sul possui indústrias de confecção do setor têxtil, sendo o terceiro polo de moda do estado do Rio Grande do Sul. Conta também com o setor de prestação de serviços, que serve de atrativo para a população de todos os municípios vizinhos (RIO GRANDE VIRTUAL, 2003). 4.1.2 População do estudo Esta pesquisa é oriunda de um projeto de base populacional, já desenvolvido na Universidade de Santa Cruz do Sul, desde o ano de 2012, com avaliação de crianças em idade escolar, conforme dados coletados junto à 6ª Coordenadoria Regional de Educação e Secretaria Municipal de Educação de Santa Cruz do Sul. A população é constituída de 19.334 escolares, do Ensino Fundamental e Médio, das escolas da rede pública e privada, sendo que destas, 10.792 escolares estudam na rede estadual, 6.282 na rede municipal e 2.260 em escola particular, todas localizadas no município de Santa Cruz do Sul, em zona rural e urbana. A partir desta pesquisa, evidenciou-se a presença de escolares com sobrepeso e obesidade, dando origem ao presente projeto de pesquisa de intervenção que possui como amostra, escolares com idade entre 7 e 17 anos, selecionados por conveniência, que apresentarem características de sobrepeso e obesidade. 29 Os indivíduos serão alocados em dois grupos, sendo um Grupo Experimental - GE (30 escolares da escola com o maior número de alunos com sobrepeso e obesidade) e um Grupo Controle - GC (35 escolares de duas escolas rurais de características culturais semelhantes) com relação ao sobrepeso e obesidade, testados através de teste “t” de Student. Optou-se por não randomizar o GE e o GC (que não receberá intervenção), tendo em vista que o número de crianças avaliadas na pesquisa populacional (transversal) não era suficiente para compor, na mesma escola, um GE e um GC. Ademais, haveria grande risco de “contaminação” de interferência dos professores do GC, assistirem e utilizarem a logística, estratégia e a pedagogia utilizada no GE. O cálculo amostral foi realizado considerando as variáveis de estudo, bem como um nível de significância de 95%, um poder de teste de 0.80 e um efeito de 0.30, sugerindo a necessidade de pelo menos 12 sujeitos para o GE e 12 sujeitos para o GC. 4.1.3 Critérios de inclusão a) O responsável ter assinado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido; b) Faixa etária: 7-17 anos; c) Sexo: masculino e feminino; d) Nenhuma distinção em relação à classe, grupo social ou cor; e) Ter IMC maior que percentil 85; f) Não estar participando de nenhum outro programa de exercício físico, reabilitação de fisioterapia e intervenção alimentar por pelo menos seis meses; g) Estar apto à prática de exercícios físicos. 4.1.4 Critérios de exclusão a) Limitações ortopédicas; b) Uso de órteses, próteses ou equipamentos ortopédicos; c) Ter realizado qualquer tipo de cirurgia ortopédica. 30 4.2 Delineamento metodológico Este estudo constitui-se de pesquisa de intervenção, com delineamento quase experimental, compreendendo medidas pré e pós-testes a serem realizadas em grupo experimental e controle (GAYA et al., 2008). 4.3 Hipóteses e variáveis O presente estudo levanta as seguintes hipóteses: H1: escolares com sobrepeso e obesidade relatam dor musculoesquelética; H2: escolares com sobrepeso e obesidade apresentam diferenças no relato de presença e intensidade da dor musculoesquelética após entre avaliações pré e pós-programa de intervenção de exercícios globais posturais; H3: escolares com sobrepeso e obesidade possuem força muscular e flexibilidade diferenciadas entre pré e pós-intervenção com exercícios posturais globais; H4: exercícios posturais globais interferem na melhora da postura corporal, na força muscular abdominal e na flexibilidade de escolares com sobrepeso e obesidade; H5: crianças submetidas ao programa de intervenção através de exercícios globais apresentam diferenças nos ângulos e distâncias verificados na avaliação postural, pré e pós-intervenção de exercícios posturais globais. As variáveis serão definidas da seguinte maneira: Avaliação postural: variável quantitativa, avaliada pelo software para análise postural (SAPO), a partir da medida dos ângulos e distâncias. Circunferência da cintura: variável quantitativa contínua (em cm) e também variável qualitativa nominal a qual será classificada em três categorias: 0) normal, 1) sobrepeso e 2) obesidade. Percentual de gordura: variável quantitativa contínua (em %), obtida através da mensuração das dobras cutâneas tricepital e subescapular. A porcentagem de gordura será classificada em: 0) faixa ótima, 1) moderadamente alto, 2) alto e 3) muito alto. Índice de massa corporal (IMC): variável quantitativa contínua, obtida através do peso e da altura do indivíduo (em kg/m²) classificada como: 0) normal, 1) sobrepeso e 2) obesidade. 31 Força muscular abdominal: variável quantitativa, obtida através do número de abdominais realizados durante 1 minuto no exercício “sit-ups”. Avaliação de flexibilidade: variável quantitativa, obtida através do teste de “sentar e alcançar”. Nível socioeconômico: obtida através de questões do critério ABEP (ANEXO 10), classificando em oito classes sociais: 1) A1; 2) A2; 3) B1; 4) B2; 5) C1; 6) C2; 7) D e 8) E. As classes serão agrupadas em três variáveis: 1) classe social elevada (classes A1, A2, B1 e B2); 2) classe social intermediária (classes C1 e C2); e 3) classe social baixa (classes D e E). Sexo: obtida através de questionário, autorreferida pelo sujeito, sendo uma variável qualitativa nominal e dicotômico classificada em masculino (M) e feminino (F). Idade: também obtida através de um questionário autorreferida pelo sujeito, sendo uma variável quantitativa discreta, referida em anos completos de vida. Para os escolares que não souberem sua idade, os dados serão obtidos junto à escola. Posteriormente serão categorizados segundo os critérios World Health Organization (WHO, 1986), em crianças e adolescentes que define criança até 9 anos e adolescente na idade de 10 a 20 anos. Hábitos posturais: informações adquiridas através da aplicação de questionário. Dor: analisada através de escala visual da dor para crianças, categorizada em: 0) sem dor, 1) dor leve, 2) dor moderada, 3) dor forte e 4) dor insuportável. 4.4 Procedimentos metodológicos A presente pesquisa será composta pelas seguintes etapas: 1ª etapa: elaboração do projeto de pesquisa; 2ª etapa: treinamento para a utilização do software para avaliação postural PAS/SAPO; 3ª etapa: encaminhamento do projeto de pesquisa para aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC; 4ª etapa: contato com a escola selecionada para o projeto de pesquisa; 5ª etapa: capacitação do grupo de pesquisadores e bolsistas com relação a protocolos/instrumentos de coleta de dados, planejamento e procedimentos de intervenção. 6ª etapa: encaminhamento e recolhimento dos termos de consentimento livre e esclarecido para assinatura dos pais ou responsáveis pelos escolares; 7ª etapa: coleta de dados referentes às avaliações pré-programa de exercícios de força e flexibilidade, realizados no Bloco 42 da UNISC ou caso necessário, na escola participante; 32 8ª etapa: execução do programa de exercícios posturais globais nos escolares com sobrepeso e obesidade, realizado na escola participante (grupo experimental); 9ª etapa: coleta de dados referentes às avaliações pós-programa de exercícios de força e flexibilidade, realizados no Bloco 42 da UNISC ou caso necessário, na escola participante; 10ª etapa: digitação dos dados coletados; 11ª etapa: análise e discussão dos resultados; 12ª etapa: elaboração da dissertação; 13ª etapa: defesa da dissertação; 14ª etapa: divulgação dos resultados. 4.5 Técnicas e instrumentos de coleta Todas as avaliações serão realizadas pré e pós ao programa de intervenção. 4.5.1 Avaliação postural Para a realização da avaliação postural, o escolar deverá estar vestido com roupa de banho, sendo que no caso do mesmo não possuir no momento da avaliação, será disponibilizado calções e “tops” para que os mesmo possam ser fotografados. Para a realização das fotografias, será utilizada câmera fotográfica digital da marca Nikon modelo D3000, um tripé da marca VIVITAR series one 63.7”, esferas de isopor de 15mm cortadas ao meio e pintadas de vermelho, fita dupla face da marca 3M®, tapete de borracha 50X41cm, uma trena, um fio de prumo demarcado a cada 20 cm com uma fita azul e um banner na cor branca. No primeiro momento, os escolares ficarão sobre o tapete de borracha que estará posicionado em frente ao banner com o fio de prumo posicionado a 28 cm do chão. A câmera será colocada sobre o tripé a uma distância de 2 m e a 90 cm do chão, frontalmente ao banner. Os escolares serão fotografados em vista anterior, posterior e lateral esquerda. Serão demarcados pontos anatômicos específicos com as esferas de isopor cortadas ao meio e coladas no corpo do escolar com fita dupla face (vista anterior: glabela, tragos das orelhas direito e esquerdo, acrômios direito e esquerdo, espinha ilíaca ântero superior anterior direita e esquerda, patela do joelho esquerdo, patela do joelho direito, maléolo lateral direito e maléolo lateral esquerdo; vista posterior: processo espinhoso das vértebras cervical 7 (C7), torácica 5 (T5), lombar 1 (L1) e espinha ilíaca postero superior direita e esquerda; Vista Lateral: acrômios direito e esquerdo e trocanter maior direito e esquerdo). Em um segundo 33 momento, as fotografias serão transferidas para o software de avaliação postural (PAS/SAPO) onde serão feitas as medições das angulações e distâncias dos pontos específicos. O SAPO é um programa desenvolvido por uma equipe multidisciplinar disponibilizado de forma gratuita, em domínio público, disponível em http://sapo.incubadora.fapesp.br. Em anexo (ANEXO 1) passo a passo do software PAS/SAPO. Validado por Ferreira et al. (2010). 4.5.2 Avaliação antropométrica a) Circunferência da cintura, do quadril e relação cintura quadril: com a utilização de fita métrica será verificada a medida da circunferência da cintura, tendo como ponto de referência a parte mais estreita localizada entre as costelas e a crista ilíaca do quadril, sendo posteriormente classificada como normal (percentil ≤ 75) e obesidade (percentil > 75) conforme sexo e idade, de acordo com os critérios estabelecidos por Fernández et al., (2004). Os pontos de corte estão em anexo (ANEXO 4). Para a medida do quadril será utilizada a medida da circunferência de maior diâmetro (PICON et al., 2007) e para a relação cintura quadril será feito o cálculo de relação entre cintura (cm)/quadril (cm). b) Índice de massa corporal (IMC): foi utilizado o peso e a altura do indivíduo, calculado através da fórmula: IMC = peso (kg)/altura(m)². Após, classificado de acordo com as curvas de percentis do Centers for Disease Control and Prevention/National Center for Health Statistics (CDC/NCHS, 2000), de acordo com gênero e idade, considerando baixo peso (<p5), normal (≥p5 e <p85), sobrepeso (p≥85 e <p95) e obesidade (≥p95). ANEXO 5. c) Percentual de gordura (%G): A medida de dobras cutâneas tricepital e subescapular será feita com o uso do Compasso de Lange. Para calcularmos do %G, será utilizada a equação de Slaugther et al. (1988), sendo posteriormente classificado de acordo os dados de Lonman (1987), em seis categorias: muito baixo, baixo, ótimo, moderadamente alto, alto e muito alto (ANEXO 11). Após, essas categorias serão classificadas em duas classes: 1) muito baixo, baixo e ótimo e 2) moderadamente alto, alto e muito alto. 4.5.3 Avaliação da força muscular abdominal Será avaliada através de protocolo sugerido pelo Projeto Esporte Brasil (PROESP-BR, 2012). O escolar irá posicionar-se em decúbito dorsal sob colchonete, com os joelhos 34 flexionados a 90 graus e com os braços cruzados sobre o tórax. O avaliador manterá os pés do escolar fixos ao solo. Ao sinal, o escolar iniciará os movimentos de flexão de tronco até tocar com os cotovelos nas coxas e em seguida retornando à posição inicial, sem a necessidade de encostar a cabeça no colchonete na volta de cada movimento. O avaliador fará a contagem em voz alta do número de repetições completas que o escolar realizará no tempo de 1 minuto. 4.5.4 Avaliação da flexibilidade Também chamado de Teste de Sentar e Alcançar, é uma adaptação do Teste de Sentar e Alcançar com banco de Wells, sugerido pelo Projeto Esporte Brasil (PROESP-BR, 2012). Neste teste, será utilizado como material alternativo ao banco de Wells, fita métrica e fita adesiva. A fita métrica será fixada ao chão. Na medida de 38 cm da fita métrica será fixada fita adesiva de 30 cm, formando um “t” (imagens de instrução em ANEXO 6). Descalço, o escolar deve sentar no chão com as pernas esticadas e os calcanhares posicionados em cada extremidade da fita adesiva. O avaliador irá pedir que o escolar posicione uma mão sobre a outra e que eleve as mãos para cima alongando o tronco, e após o flexione à frente, encostando os dedos na fita métrica. O avaliador deverá realizar o teste duas vezes, anotando o melhor resultado (cm) obtido. 4.5.5 Indicadores socioeconômicos A avaliação dos indicadores socioeconômicos será feita através de um questionário, de acordo com o critério ABEP (2012) (ANEXO 10). 4.5.6 Avaliação de hábitos posturais Esta avaliação será obtida através de questionário (ANEXO 2) composto por dezesseis questões abordando os hábitos posturais, presença e localização de dor durante as atividades de vida diárias. Questionário proposto por Rebolho (2005) e validado por Rebolho, Casarotto, João (2009). 35 4.5.7 Avaliação da dor Esta avaliação será realizada através da escala de faces para avaliação da dor (ANEXO 3). A mesma foi desenvolvida com a caricatura de personagens de história infantil brasileira que representam através das expressões faciais, o nível de dor ao qual a criança está referindo. Desenvolvido e validado por Claro (1993) citado por Silva (2007). 4.6 Procedimentos de intervenção O programa de exercícios para postura corporal (quadro 2) será realizado com os escolares que apresentarem sobrepeso e obesidade, três vezes na semana, durante o período de quatro meses, com duração de 30 minutos de exercícios de reeducação postural, enfatizando atividades de alongamento e fortalecimento muscular, utilizando-se para isso equipamentos como colchonetes, bolas de tênis, bolas suíças (Pilates), espaguetes (flutuadores para piscina) e faixas elásticas. As atividades serão realizadas no ginásio da escola em período oposto ao do turno de aulas. Os escolares realizarão as atividades de reeducação postural com orientação dos pesquisadores, sendo que, inicialmente, as posturas adotadas durante a execução dos movimentos serão mantidas por um período de 15 segundos. No decorrer do período de intervenção, serão incorporados graus de dificuldade para a realização dos exercícios de reeducação postural. Os escolares serão incentivados a manter as posturas sugeridas, realizando contração da musculatura, assim como o alongamento dos mesmos. Se houver necessidade, os pesquisadores farão correções, até que o escolar consiga realizar os exercícios com uma postura adequada. Em anexo (ANEXO 7), consta plano de uma das sessões de exercícios posturais globais e os materiais que serão utilizados durante a intervenção. Quadro 1: Macro-ciclo de procedimentos de intervenção Período 1º encontro 2º ao 12º encontro 13º ao 28º encontro Objetivos e especificações Experienciar adaptação ao método de intervenção, através de elucidação e demonstração dos exercícios de reeducação postural e equipamentos a serem utilizados, durante o programa de intervenção. Executar exercícios de reeducação postural de intensidade moderada a intensa. Realizar exercícios de reeducação postural de intensidade moderada a intensa, com adaptações que se fizerem Rotinas de intervenção Apresentação dos profissionais, materiais e técnicas a serem utilizadas; Demonstração de exercícios de reeducação postural, utilizando equipamentos específicos; Orientação para os próximos encontros. 20 min de exercícios posturais (moderado a intenso) utilizando equipamentos específicos. 20 min de exercícios posturais (moderado a intenso); 36 29º ao 47º encontro 48º encontro necessária. Realizar exercícios resistidos de reeducação posturais intensos. Finalizar intervenção, com encerramento através de troca de experiência entre os participantes. 20 min de (intenso); Alongamento exercícios posturais 4.7 Processamento e análise dos dados / estatística Posteriormente à coleta de dados, os mesmos serão digitados em uma planilha previamente planejada com as variáveis a serem analisadas, através do programa estatístico Statistical Package for the Social Sciences – SPSS, versão 20.0 (International Business Machines Corp., Armonk, New York, USA). A comparação dos valores médios dos grupos controle e experimental entre os momentos pré e pós-intervenção será verificada por meio do teste t de amostras independentes para dados paramétricos e teste de Mann-Whitney para dados não paramétricos. Para verificar a diferença das variáveis entre pré e pós-intervenção, em cada grupo, será usado o delta (Δ: média pós-intervenção – média pré-intervenção) e intervalo de confiança de 95%, através do teste t pareado e teste de Wilcoxon. Para as variáveis categóricas dicotômicas, será utilizado o teste de McNemar para a comparação das frequências antes e após a intervenção. Também será utilizada a análise fatorial exploratória, através da análise de componentes principais. O teste de Bartlett será usado para analisar a adequação de seu uso na análise fatorial, sendo considerado significativo para este teste p< 0,05, indicando a adequação da análise de componentes principais. Para todas as análises será considerado significativo p≤0,05. 4.8 Considerações éticas Para a realização da pesquisa em questão, todas as autoridades envolvidas serão informadas previamente, através de cópias do mesmo, com o esclarecimento da importância do presente estudo. Aos pais e responsáveis dos escolares, que participarem do estudo, serão entregues termo de consentimento livre e esclarecido (ANEXO 8), sendo um requisito para a participação na presente investigação, o mesmo estar assinado pelo responsável. Os dados coletados durante a investigação serão mantidos em sigilo, sendo os escolares identificados por códigos, respeitando assim, a privacidade dos mesmos. Para o grupo controle também 37 será entregue termo de consentimento livre esclarecido (ANEXO 9). Os procedimentos que serão realizados não apresentarão nenhum tipo de risco, já que serão tomadas medidas a fim de preservar a segurança dos participantes. Esta pesquisa será apreciada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC. 38 5 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO ETAPAS Revisão de bibliografia Elaboração do projeto de pesquisa Encaminhamento ao comitê de ética Levantamento de dados das escolas com maior prevalência de crianças com sobrepeso e obesidade Seleção da escola que participará do projeto de intervenção e escola do grupo controle Contato com as escolas Avaliação Pré-Intervenção Intervenção Avaliação pós-Intervenção Tabulação dos dados Análise/Discussão dos dados Redação/Revisão final da dissertação Preparo de comunicação Defesa da dissertação 2013 1º sem. X X 2014 2º sem. X X X X 1º sem. X 2º sem. X 2015 1º sem. X X X X X X X X X X X X 39 6 RECURSOS HUMANOS E INFRAESTRUTURA A infraestrutura exigida para o presente estudo nas pré e pós-avaliações, será disponibilizada pela Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC, através da utilização das quadras esportivas para a realização das avaliações de força abdominal e flexibilidade. Para as medidas antropométricas como peso e altura, assim como para a aplicação dos questionários será utilizada a sala do Laboratório Lúdico do bloco 42. Para a avaliação postural dos escolares será utilizada a sala 4208 do bloco 42. Na impossibilidade de avaliar todos os escolares, a mesma será realizada na própria escola, sendo acordado previamente com o diretor da mesma. A coleta de dados contará com a participação de dois bolsistas de pesquisa PUIC (Programa de Iniciação Científica), bolsistas voluntários, bem como professores do Mestrado em Promoção da Saúde e do curso de Educação Física da Universidade de Santa Cruz do Sul. A infraestrutura utilizada, durante a intervenção, será oferecida pela escola rural, do quadrante oeste, participante de nosso estudo: dependências do ginásio, quadras abertas no pátio da escola, sala de aula para sessões de estudos e orientações sobre hábitos posturais e dos outros objetivos envolvidos no presente projeto que é interdisciplinar, incluindo atividade física aeróbica, exercícios resistidos, orientação nutricional e de saúde bucal. 40 7 ORÇAMENTO E RECURSOS MATERIAIS ESPECIFICAÇÃO FINANCIADORES QUANTIDADE Bola Suíça 55 cm Colchonetes Faixas elásticas (média) Espaguete (flutuador) Bolas de tênis Frequencímetro Câmera fotográfica digital Tripé de apoio para câmera digital Dep. de Educação Física Dep. de Educação Física Dep. de Educação Física Dep. de Educação Física Dep. de Educação Física Dep. de Educação Física PPGPS PPGPS 35unidades 50 unidades 50 unidades (1m) 25 unidades 60 unidades 30 unidades 1 unidade 1 unidade VALOR VALOR UNIT. TOTAL 120,00 4.200,00 55,00 2.750,00 27,00 1.350,00 10,00 250,00 * * * * Valor Total = R$ 8.550,00 *Materiais cedidos pelo Departamento de Educação Física e pelo Programa de Pós-Graduação em Promoção da Saúde. 41 8 RESULTADOS E IMPACTO ESPERADO Espera-se com este estudo, identificar se os possíveis desvios posturais, encontrados nos escolares com sobrepeso e obesidade, tiveram alterações após o programa de exercício de força e flexibilidade. Estudos que buscam avaliar a saúde de pessoas com obesidade são de suma importância, sendo que esta pesquisa busca contribuir no acréscimo de dados epidemiológicos, no que se refere à saúde musculoesquelética dos mesmos. Ambiciona-se que esta avaliação contribua para o desenvolvimento de políticas públicas com implantação de campanhas educativas e preventivas, de forma a abordar a importância de um estilo de vida saudável, além de apoiar as escolas na abordagem deste tema, orientando principalmente os professores que trabalham com a atividade física. De posse dos resultados encontrados, busca-se informar e orientar aos profissionais da área da saúde a relevância do tema, norteando novas abordagens e habilitando os mesmos a tratar deste assunto assim como realizar os devidos encaminhamentos. 42 9 RISCOS/DIFICULDADES/LIMITAÇÕES Com relação às dificuldades que serão encontradas, podemos citar a avaliação postural que será realizada com os escolares. Mesmo sendo explicado no consentimento livre e esclarecido, poderá haver recusas em sua realização por parte dos escolares, já que os mesmos deverão realizá-la com trajes mínimos, na presença de outros escolares do mesmo sexo e de examinadores. Outra dificuldade que poderá ser encontrada, ao longo da intervenção, é a desistência dos participantes, já que a mesma requer esforço físico, persistência e disponibilidade para participação em turno oposto ao das aulas escolares. 43 REFERÊNCIAS ABESO – Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. Notícia. OMS: Obesidade Mata 2,8 milhões por Ano, 2012. Disponível em: http://www.abeso.org.br/lenoticia/876/oms:+obesidade+mata+28+milhoes+por+ano.shtml. Acesso em: 22 mar. 2013. ADLER, N. S.; CSONGRADI, J.; BLECK, E. E. School Screening for scoliosis. The Western Journal of Medicine, v.141, p.631-3, nov. 1984. AKAMARU, T. et al. Adjacent segment motion after a simulated lumbar fusion in different sagittal alignments: a biomechanical analysis. Spine, v.28, p.1560-6, jul. 2003. ALEXANDRE, N. M. C. et al. Predictors of compliance with short-term treatment among patients with back pain. Revista Panamericana de Salud Publica, v.12, n.2, p.86–95, aug. 2002. 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Todos os materiais utilizados para o trabalho foram levados para a escola e lá permaneceram até o final da intervenção. Ressalta-se a complexidade da referida intervenção, já que esta teve caráter interdisciplinar, com a participação de profissionais de Educação Física, Fisioterapia, Odontologia e Nutrição, além dos bolsistas (acadêmicos do Curso de Educação Física). Além disso, a mesma envolveu uma logística em relação aos materiais utilizados e ao deslocamento dos profissionais e acadêmicos até a localidade rural em que a escola estava inserida. Anteriormente ao início da intervenção, foram realizadas limpeza e adequação da sala que a escola nos disponibilizou, para guardar os materiais utilizados durante a pesquisa. Tanto a limpeza, quanto a organização dos materiais foram efetuadas pelos pesquisadores e bolsistas participantes. As atividades físicas propostas e realizadas durante o período da intervenção, foram realizadas no turno oposto ao das aulas dos escolares, sendo assim, os pesquisadores e bolsistas eram responsáveis pelas crianças em turno integral. No turno da intervenção, inicialmente os escolares eram recepcionados e disponibilizado um período para que os mesmos pudessem realizar as tarefas de casa, sendo na sequência, realizadas atividades lúdicas e recreativas. 56 Adequação para as atividades Inicialmente, os exercícios de intervenção tinham uma proposta de 30 minutos, com um número de repetições de 15 para os exercícios ativos e manutenção de15 segundos para os exercícios isométricos. Entretanto, optou-se por fazer uma adequação para os mesmos, devido às condições físicas verificadas nos escolares e ao fato dos mesmos não estarem habituados à realização das atividades. Esta adequação manteve os 30 minutos de exercícios com três séries para cada atividade proposta, porém com 10 repetições e intervalo de 15 segundos entre as mesmas. Conforme a melhora da resistência por parte dos escolares, houve incremento do número de repetições, que se manteve em 20, até o final do trabalho. 57 CAPÍTULO III ARTIGOS 58 ARTIGO I Diferenças na postura corporal, na força e flexibilidade de escolares: estudo quase-experimental *Elaborado conforme as normas da revista: Journal of Adolescent Health Qualis Capes: A2 Área: Interdisciplinar Fator de Impacto: 3.753. 59 Diferenças na postura corporal, na força e flexibilidade de escolares: estudo quase-experimental Autores: Natalí Lippert Schwanke1, Hildegard Hedwig Pohl2, Miria Suzana Burgos3. 1 Mestre em Promoção da Saúde - Universidade de Santa Cruz do Sul, RS/ Brasil. 2 Doutora em Desenvolvimento Regional, Universidade de Santa Cruz do Sul; Docente do Programa de Pós-Graduação em Promoção da Saúde - Universidade de Santa Cruz do Sul, RS/Brasil. 3 Doutora em Ciências de La Educación, Universidad Pontifícia de Salamanca - Espanha; Docente do Programa de Pós-Graduação em Promoção da Saúde - Universidade de Santa Cruz do Sul, RS/Brasil. Autor Correspondente: Miria Suzana Burgos. Endereço: Avenida independência, n. 2293, Bairro Universitário, bloco 42, sala 4206, CEP: 96815-900 – Santa Cruz do Sul – RS, Brasil. Fone: (51) 3717-7603. E-mail: [email protected] Conflito de Interesses: Os autores do trabalho declaram não haver nenhum conflito de interesses. Resumo: A postura corporal e seus componentes são amplamente abordados uma vez que verifica-se elevada prevalência de alterações musculoesqueléticas na população infantojuvenil. Em crianças com sobrepeso e obesidade estas alterações podem ser acentuadas. Objetivo: verificar se um programa de exercícios físicos globais determinou modificações nas medidas de ângulos e distâncias encontrados na avaliação postural, no número de abdominais realizados e na flexibilidade de escolares com sobrepeso e obesidade. Método: delineamento quase-experimental, em grupos experimental (GE) e controle (GC), tendo como avaliações principais a postura corporal (software SAPO), força muscular abdominal “sit-ups” e flexibilidade. O GE sofreu intervenção interdisciplinar com 48 sessões de exercícios posturais globais, realizadas três vezes na semana. Resultados: Dos 46 escolares avaliados, divididos em GE (n=23) e GC (n=23), verificou-se diferença significativa em pós-teste nos meninos no ângulo torácico (p=0,001) e força muscular abdominal (p=0,016) e para as meninas no ângulo torácico (p=0,010), na força muscular abdominal (p=0,003) e na flexibilidade (p=0,010) do GE. Conclusão: o programa de exercícios físicos globais determinou modificações nas medidas de ângulos e distâncias encontrados na avaliação 60 postural, bem como aumento no número de abdominais realizados e na flexibilidade, evidenciando melhora da postura corporal e dos indicadores de saúde. Palavras-chave: Postura corporal, escolares, exercício, obesidade. 61 Implicações e Contribuições Este trabalho corresponde a um estudo quase-experimental de intervenção interdisciplinar, com exercícios globais para a postura corporal de escolares em sobrepeso e obesidade. O mesmo contribui com a literatura científica de trabalhos em loco e no tocante ao processo de intervenções primárias para políticas públicas de prevenção de problemas relacionados às alterações da postura corporal. 62 Por afetar estudantes de idades variadas e por ser considerado um problema de saúde coletiva, os desvios posturais (1) são alvo de estudos de vários profissionais da saúde, que buscam incorporar no estilo de vida das pessoas, hábitos saudáveis e consequentemente prevenir complicações futuras relacionadas à coluna vertebral (2). O estudo epidemiológico brasileiro realizado por Detsch et al. (3) evidenciou uma prevalência de 66% de alterações laterais e 70% de alterações ântero-posteriores, em uma amostra de 495 adolescentes que tiveram suas posturas corporais avaliadas. No Brasil, mais recentemente, a associação das alterações posturais e da obesidade vem sendo estudadas (4), pois considera-se que o aumento da massa corporal, devido ao sobrepeso e obesidade, eleva o risco de alterações do sistema músculo esquelético. Estas mudanças são consideradas clinicamente importantes e antecipam processos patológicos, acarretando em lesões precoces (5). Uma das maneiras de tratar os desvios posturais é através de exercícios de alongamento, os quais são utilizados em programas de reabilitação e atividades desportivas. Estes contribuem para a melhora da flexibilidade (6) e no tratamento de problemas relacionados à coluna vertebral, como é o caso da escoliose, dores decorrentes do crescimento e dor lombar (7). Existem diferentes métodos e técnicas, ativos ou estáticos, empregados no intuito de promover o alongamento muscular (8). A técnica estática é utilizada com o objetivo de alongar um músculo de forma isolada, priorizando o alongamento de um determinado segmento (9). Em contrapartida, a forma ativa, também chamada de global, trabalha o alongamento de vários músculos simultaneamente, partindo de um conceito de que um músculo com déficit de alongamento cria compensações em outras estruturas musculares (10). A boa postura é definida sob o aspecto mecânico, como um estado de equilíbrio entre os componentes musculoesqueléticos (11; 12). Os músculos flexores e extensores de tronco são alguns dos responsáveis por sustentar e manter a boa postura. Disfunções que afetam tais músculos podem causar distúrbios da coluna vertebral, em especial da lombar. A fim de prevenir tais problemas, exercícios de fortalecimento de extensores e flexores do tronco são pertinentes (13). Tais exercícios objetivam o fortalecimento muscular de tronco, utilizando treinos com bases estáveis ou instáveis, a fim de melhorar os componentes de saúde relacionados à aptidão física (força, flexibilidade) e habilidade (equilíbrio, coordenação e velocidade) (14). 63 Assim, o estudo em questão teve por objetivo verificar se um programa de exercícios físicos globais determinou modificações nas medidas de ângulos e distâncias encontrados na avaliação postural, no número de abdominais realizados e na flexibilidade de escolares. Método Desenho do Estudo Esta pesquisa é oriunda de um estudo transversal de base populacional, já desenvolvido na Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC, no ano de 2012, com avaliação de crianças em idade escolar. A partir desta pesquisa, evidenciou-se que dos 605 escolares avaliados, 16,4% estavam com sobrepeso e 12,1% com obesidade. Pela constatação da alta prevalência de excesso de peso, vislumbrou-se a realização de pesquisa de intervenção com exercícios posturais globais, voltados para esta população específica. Assim, o presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Santa Cruz do Sul (nº 447353/2013), constituindo-se de delineamento quaseexperimental, compreendendo medidas pré e pós-testes realizadas em Grupo Experimental (GE) e Controle (GC). Para o cálculo do tamanho amostral, utilizou-se o programa G*Power (15), considerando um poder de teste de 0,8, um efeito de 0,30 e nível de significância de 95%. Dessa forma, sugere-se a necessidade de, no mínimo, 12 sujeitos para o GE e 12 sujeitos para o GC. Participantes Possui como amostra, escolares de ambos os sexos, com faixa etária entre 7 e 17 anos, definida conforme critérios da WHO (16), onde são considerados crianças aqueles até 9 anos e adolescentes aqueles entre 10 a 20 anos. A mostra foi selecionada por conveniência, sendo incluídos aqueles que apresentaram em avaliações prévias características de sobrepeso e obesidade, ter IMC com percentil maior que 85, não estar participando de nenhum outro programa de exercícios físicos além das aulas de Educação Física ou tratamento de fisioterapia e que estivessem aptos à prática de exercícios físicos. Foram excluídos do estudo os escolares com limitações ortopédicas, que fizessem uso de órteses/próteses ou equipamento ortopédico e que tivessem realizado cirurgia ortopédica. 64 Intervenções Foram selecionadas três escolas do meio rural da cidade de Santa Cruz do Sul – RS, tendo as mesmas sido alocadas em GE (n=23) e GC (n=23). As escolas em questão foram eleitas por apresentarem características semelhantes, visando evitar a interferência de hábitos de vida entre os grupos e por manterem turno integral de atividades, já que a intervenção foi desenvolvida no turno oposto ao das aulas. O programa teve duração de quatro meses, compreendendo 48 sessões, realizadas três vezes por semana por 30 minutos, com os alunos da escola classificada como grupo experimental. Os participantes foram orientados a praticar exercícios de alongamentos e fortalecimento muscular, utilizando equipamentos como colchonetes, bolas de tênis, bolas de vôlei, bolas de basquete, bolas suíças (Pilates), flutuadores para piscina (espaguetes) e faixas elásticas, sempre com supervisão de profissionais de Educação Física e Fisioterapeutas. As sessões foram programadas, intercalando exercícios dinâmicos e isométricos para fortalecimento muscular e alongamento. A mesma sessão foi repetida duas vezes na semana, a fim de que os indivíduos estivessem melhor familiarizados com as atividades. Inicialmente, os exercícios tiveram 3 séries de repetições, com intervalo de 15 segundos entre as mesmas. Para os exercícios dinâmicos, as séries tiveram 10 repetições, enquanto que os isométricos foram mantidos por 10 segundos. No decorrer do período de intervenção, foram incorporados graus de dificuldade para a realização dos mesmos. No segundo mês do experimento, o número de repetições das séries dos exercícios ativos passou para 15, enquanto que nos exercícios isométricos o tempo de manutenção passou para 15 segundos. Para ambos foi mantido o intervalo de 15 segundos entre as séries. Como evolução, no início do terceiro mês, mantevese o intervalo de 15 segundos entre as séries, com aumento para 20 no número de repetições dos exercícios ativos e 20 segundos para os exercícios isométricos. Na segunda quinzena do terceiro mês, manteve-se o número de séries, o número de repetições dos exercícios ativos e o tempo dos exercícios isométricos, porém diminuiu-se o tempo de repouso entre as séries que passaram a ser 10 segundos. Sempre que necessário, os pesquisadores intervinham para que os escolares permanecessem em posturas adequadas e incentivando para a realização das repetições sugeridas. O Grupo Controle realizou apenas as avaliações pré e pós-teste, não sofrendo nenhum tipo de intervenção. Desfechos As avaliações realizadas incluíram exame de fotogrametria para a identificação de ângulos e distâncias na postura corporal, aptidão física e saúde. 65 De acordo com Jerry, Jack, Stephen (17), os estudos quase-experimentais buscam adequar o modelo de pesquisa aos ambientes reais, e nestes casos a aleatorização torna-se difícil. Sendo assim, em nosso estudo, os grupos foram definidos previamente por conveniência, visto que as três escolas participantes tiveram características semelhantes; dentre estas, localização rural, a idade dos participantes e presença de escolares com sobrepeso e obesidade. Para constatar isso, o teste t de Student (p < 0,05) foi usado para análise estatística, verificando as possíveis diferenças da amostra entre as características de sobrepeso e obesidade apresentadas pelos sujeitos, o que não foi verificado, permitindo a escolha das escolas participantes: um que compôs o GE e duas, o GC. Alocação A partir da verificação de alta prevalência de sobrepeso e obesidade no estudo de 2012, foram selecionadas as três escolas com maior número de escolares com IMC igual ou acima de 85. O projeto de intervenção foi apresentado às autoridades institucionais responsáveis, que aceitaram participar do mesmo. Na sequência, os escolares foram convidados a participar e aos pais foi enviado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foi alocada como GE, a escola com maior número de sujeitos que aceitaram participar do estudo. As demais escolas foram alocadas no GC, as quais somavam um número de sujeitos apropriado ao número da escola Experimental. Coleta de variáveis expositoras A postura corporal foi avaliada através de fotogrametria, utilizando-se o software SAPO (18). Para tanto, os escolares foram orientados a vestir-se com trajes de banho e permaneceram descalços sob tapete de borracha, posicionados em frente a um banner na cor branca tendo um fio de prumo disposto lateralmente à sua esquerda. A câmera Nikon modelo D3000, acoplada ao tripé marca VIVITAR series one 63.7” foi posicionada a frente do escolar, a uma distância de 2m e a 90cm do chão. Os escolares foram fotografados em vista anterior, posterior e lateral esquerda. Os pontos anatômicos utilizados foram glabela, tragos das orelhas direita e esquerda, acrômios direito e esquerdo, trocanter maior do fêmur direito e esquerdo, espinha ilíaca ântero superior direita e esquerda, espinhas ilíacas póstero superior direita e esquerda, patelas direita e esquerda, maléolos laterais direito e esquerdo, processos espinhosos das vértebras cervical 7 (C7), torácica 5 (T5) e lombar 1 (L1). Empregou-se para as medidas de alinhamento horizontal da cabeça e alinhamento horizontal de tronco, a distância entre os dois lóbulos das orelhas em uma linha horizontal e o 66 ângulo formado entre os acrômios bilaterais e as espinhas ilíacas ântero superiores bilaterais, respectivamente (19). Para estas avaliações, adotaram-se as categorias direito para o sujeito com inclinação pronunciada à direita, esquerdo quando este apresentava inclinação pronunciada à esquerda e médio quando o mesmo apresentava um alinhamento entre os dois pontos avaliados. A descrição de Ferreira et al. (19) também foi usada para avaliar o ângulo de joelho direito e esquerdo formados pelos pontos entre trocanter maior do fêmur, patela e trocanter lateral. Para a descrição dos ângulos em vista lateral adaptou-se as medidas propostas por Seah et al. (20), onde o ângulo cervical foi formado pelo acrômio, processo espinhoso de C7 e o lóbulo da orelha; ângulo torácico formado entre processos espinhosos de C7, L1 e trocânter maior do fêmur esquerdo; ângulo lombar formado entre processo espinhoso de L5, Crista Ilíaca Ântero Superior (CIAS) esquerda e trocânter maior do fêmur esquerdo; inclinação de tronco com ângulo formado entre acrômio esquerdo, trocanter maior do fêmur esquerdo e maléolo lateral esquerdo. O Índice de Massa Corporal (IMC) foi calculado através da razão entre massa corporal total (kg)/altura2(m) e usando-se as curvas de percentis do Centers for Disease Control and Prevention/National Center for Health Statistics (21), de acordo com gênero e idade, considerando baixo peso (<p5), normal (≥p5 e <p85), sobrepeso (p≥85 e <p95) e obesidade (≥p95). As medidas de dobras cutâneas tricepital e subescapular foram usadas para calcular o percentual de gordura, utilizando-se as categorias muito baixa/baixa, ótima, alta/muito alta (22). A classificação de normal e elevada foi adotada para descrever a circunferência da cintura, conforme Taylor et al. (23). Os critérios da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa - ABEP (24) foram empregados para avaliar os indicadores socioeconômicos (categorizados em classe social elevada, classe social intermediária e classe social baixa). A flexibilidade foi avaliada pelo teste de sentar e alcançar, com banco de Wells, conforme proposto pelo Projeto Esporte Brasil (25), que usa como material alternativo fita métrica e fita adesiva. A fita métrica foi fixada ao chão. Na medida de 38 cm da fita métrica, foi fixada fita adesiva de 30 cm, formando um “t”. Descalço, o escolar permanecia sentado no chão com as pernas estendidas e os calcanhares posicionados em cada extremidade da fita adesiva. Ao comando do avaliador, o mesmo posicionava uma mão sobre a outra e elevava as mesmas para cima, alongando o tronco. Na sequência, realizava flexão à frente, encostando os 67 dedos na fita métrica, demonstrando o ponto de maior alcance. O teste foi repetido duas vezes, sendo o melhor resultado anotado pelo avaliador. A força de musculatura abdominal “sit-ups”, também foi avaliada através de protocolo sugerido pelo Projeto Esporte Brasil (25). Para esta avaliação, o escolar manteve-se em decúbito dorsal sobre o colchonete, com joelhos fletidos a 90 graus e com os braços cruzados sobre o tórax. O avaliador sustentou os pés do escolar fixos ao solo e ao sinal, o escolar iniciou os movimentos de flexão de tronco até tocar com os cotovelos nas coxas, retornando e em seguida à posição inicial, sem a necessidade de encostar a cabeça no colchonete na volta de cada movimento. O avaliador efetuou a contagem em voz alta do número de repetições completas que o escolar realizou no tempo de 1 minuto. Foi anotado o número de repetições completas realizada por cada escolar. Os dados foram acondicionados no software SPSS 20.0® (International Business Machines Corp., Armonk, New York, USA). Para descrição da amostra foi utilizada estatística descritiva com valores de frequência e percentuais. A comparação de GC e GE entre os momentos pré e pós-intervenção foi verificada por meio do Teste t para amostras independentes para dados paramétricos e teste de Mann-Whitney para dados não paramétricos. Para verificar a diferença das variáveis entre pré e pós-intervenção para grupos controle e experimental, foi usado o delta (Δ: média pós-intervenção – média pré-intervenção) e intervalo de confiança de 95%. Os testes utilizados para verificar diferenças entre pré e pósexperimento foram teste t pareado e teste de Wilcoxon. Para todas as análises foi considerado significativo p < 0,05. Resultados Das 129 crianças elegíveis para participar do estudo, inicialmente apenas 61 retornaram com termo de consentimento, sendo estas alocadas como GE (n=29) e GC (n=32). Na figura 1 pode ser observado o fluxograma das etapas da pesquisa. Na tabela 1 pode ser observada a caracterização da amostra. Na Tabela 2, que demonstra a comparação entre GC e GE, verificou-se significância, entre os meninos, para alinhamento de tronco (p=0,020) e ângulo joelho direito (p=0,021) após a intervenção. Para as meninas, observa-se diferença significativa para ângulo cervical (p=0,046) e para flexibilidade (p=0,003). A Tabela 3 demonstra a diferença entre o pré e pós-teste para os GE e GC. No GE, para ambos os sexos, houve significância na diferença entre os grupos na avaliação do ângulo torácico (meninos p=0,001 e meninas p=0,010), bem como para força/resistência abdominal 68 (p=0,016 e p=0,003 para meninos e meninas, respectivamente). Para flexibilidade, observouse aumento significativo (p=0,010) para o grupo das meninas. Discussão A postura corporal é um dos assuntos mais abordados por estudiosos da mecânica do movimento humano, com abordagens de métodos não invasivos de avaliação (26). Mais especificamente, os estudos na população de crianças e adolescentes vêm se consolidando, já que pesquisas demonstram que uma má postura corporal adquirida na infância e adolescência, torna-se preditivo de problemas musculoesqueléticos futuros (3). Porém, verifica-se que os estudos de bases populacionais são mais frequentes (27; 28; 29), o que não ocorre para estudos de programas experimentais, que demonstram abordagens para problemas específicos, com ênfase em estudos de caso (30; 31) ou com intervenções a partir de orientações posturais através de palestras (32). Nosso estudo, diferentemente dos acima citados, abordou os efeitos de uma associação de exercícios posturais globais e orientações interativas sobre os hábitos posturais em escolares obesos e em sobrepeso. Estudo desenvolvido por Bachiega (33) verificou a influência do sobrepeso e da obesidade sobre a postura corporal de escolares de 6 a 16 anos, de três escolas, sendo duas da rede pública e uma privada, encontrando uma porcentagem de 14,91% de sobrepeso e 15,68% de obesidade, sendo que a maioria dos alunos (53,73%) estavam classificados como classe social A e B. Embora com outra metodologia, mas também brasileiro, o estudo desenvolvido por Aleixo e colaboradores (34), que avaliou 432 escolares de 6 a 12 anos de idade, em relação à postura corporal, estilo de vida e testes psicomotores, verificou que dos alunos participantes, 34 apresentaram valores anormais de IMC, sendo que 11 (32,35%) se encontravam em sobrepeso e 23 (67%) em obesidade. Na avaliação postural utilizada, encontraram nos alunos com sobrepeso, 63,3% de protrusão da cabeça, 63,6% de protrusão de ombro, 72,7% de assimetria de ombros, 54,5% de assimetria de fossas poplíteas e 54,5% de hiperlordose lombar. Já nos alunos em obesidade, os maiores resultados foram encontrados para assimetria de ombros (82,6%), projeção de abdômen (78,3%) e joelhos valgos (65,2%). O estudo acima citado descreveu as alterações posturais encontradas com maior frequência em crianças obesas de forma qualitativa. Por termos realizado a avaliação postural usando a análise por fotogrametria através do Software SAPO, e devido ao fato de tal análise ser quantitativa, não foi possível comparar efetivamente os resultados encontrados com os dados relatados no estudo de Aleixo et al. 69 (34). Mesmo assim, em nosso estudo, verificou-se que após a intervenção, houve mudança significativa no ângulo torácico nos escolares do grupo submetido a quatro meses de intervenção, indicando uma melhora do alinhamento da postura corporal. Ao analisar os indicadores de saúde de força muscular abdominal e flexibilidade, verificamos que houve um aumento do número de abdominais “sit-ups” realizados e da distância alcançada durante o teste de sentar e alcançar, o que denota melhora significativa nos escolares que participaram do programa experimental. A força muscular abdominal apresentou aumento para ambos os sexos (p=0,016 para os meninos e p=0,003 para as meninas). Na variável flexibilidade, verificamos aumento significativo no grupo das meninas (p=0,010), havendo a indicação de que as meninas são mais flexíveis que os meninos, verificando que o nosso trabalho apresenta conformidade com estudos realizados anteriormente (36; 37). Em relação à força muscular abdominal e à flexibilidade, que aumentaram após o experimento, a pesquisa realizada por Farris et al. (37), realizada nos Estados Unidos, em que desenvolveu um programa de atividades físicas de 12 semanas, para escolares obesos com idade entre 6 a 12 anos, corrobora com nosso estudo. Com características semelhantes a da nossa população (n=25), os autores (37) também verificaram uma melhora nos testes de sentar e alcançar (41,2 cm) e força muscular abdominal (33 repetições). No Brasil, estudo desenvolvido por Moreira e colaboradores (38) avaliou os efeitos de um programa de exercícios físicos para resistência abdominal e flexibilidade, em experimento com grupo de escolares (n=29). As sessões foram realizadas por 50 minutos, duas vezes na semana, durante seis semanas. Neste estudo, foi utilizado um número delimitado de exercícios resistidos e isométricos específicos para fortalecimento muscular de tronco e flexibilidade de membro inferior. Diferentemente de nossa pesquisa, que teve 4 meses de intervenção, maior frequência de sessões e exercícios desenvolvidos de forma global, com a utilização de materiais diversos, tendo aumento no número de abdominais realizados e aumento na distância no teste de sentar e alcançar (flexibilidade). Após intervenção no GE, o estudo de Moreira et al. (38) verificou que os escolares participantes obtiveram melhora na flexibilidade (p=0,017), não tendo a mesmo resultado para força muscular abdominal. Limitações As pesquisas de campo são estudos com limitações, quanto ao processo de aleatorização, já que se faz necessária, a permanência dos participantes por todo período de 70 realização do experimento. Deve ser ressaltado que, durante a aplicação de nossa intervenção, houve a desistência de cinco participantes no GE. Em relação às avaliações realizadas, os métodos tiveram seus protocolos estabelecidos, com investigadores bem treinados e experientes na aplicação de sua praxe. Apesar disso, a confiabilidade intra-examinador não foi estabelecida para abordar a referida população. Outra dificuldade encontrada foi em relação à comparação com outros estudos, já que há escassez de relatos experimentais com exercícios para postura corporal em população com características semelhantes ao do presente estudo. Em relação à avaliação postural por fotogrametria, através do software SAPO, houve dificuldade em definir as alterações posturais, já que o mesmo forneceu apenas a descrição dos ângulos e distâncias. Além disso, até o momento, não há descrição na literatura sobre o mesmo fornecer uma classificação da postura corporal. Contudo, estes achados abrem margem para novos estudos de intervenção efetiva, com atividade física voltada para a melhora da postura corporal em crianças em idade escolar, no sentido de atuar em uma prevenção primária, com enfoque em políticas públicas, a escola se faz um ambiente propício para ações práticas de trabalhos deste tipo. Conclusão O programa de exercícios físicos globais determinou modificações nas medidas de ângulos e distâncias encontrados na avaliação postural, bem como melhora no número de abdominais e na flexibilidade em escolares que participaram da intervenção. 71 REFERÊNCIAS 1. Detsch C. Prevalência de alterações posturais em escolares do ensino médio de São Leopoldo (RS), Brasil [Dissertação]. São Leopoldo: Universidade do Vale do Rio dos Sinos, 2005. 2. Detsch C, Candotti CT. A incidência de desvios posturais em meninas de 6 a 17 anos da cidade de Novo Hamburgo. Movimento 2001,7(15):43-56. 3. Detsch C, Luz AMA, Candotti CT, et al. Prevalência de alterações posturais em escolares do ensino médio em uma cidade no sul do Brasil. Rev Panam Salud Publica 2007;21(4):2318. doi: 10.1590/S1020-49892007000300006 4. Silva LRD, Rodacki ALF, Brandalize M, et al. Alterações posturais em crianças e adolescentes obesos e não-obesos. Rev Bra Cineantropom Desempenho Hum 2011;13(6):448454. 5. Calvete SDA. 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Controle (n=23) n (%) Idade (anos) Criança 13 (56,5) Adolescente 9 (39,1) Sexo Masculino 9 (39,1) Feminino 14 (60,9) IMC (Kg/m2) Sobrepeso 11 (47,8) Obesidade 12 (52,2) Circunferência da Cintura (cm) Normal 5 (21,7) Elevado 18 (78,3) % Gordura Normal 8 (34,8) Elevada 15 (65,2) Classe Social Classe social elevada 14 (60,8) Classe social intermediária 9 (39,1) Classe social baixa Estatística descritiva, frequência e percentual. Experimental (n=23) n (%) 16 (69,6) 7 (30,4) 11 (47,8) 12 (52,2) 8 (34,8) 15 (65,2) 6 (26,1) 17 (73,9) 6 (26,1) 17 (73,9) 8 (34,8) 12 (52,2) 3 (13,0) 76 Tabela 2: Comparação dos Grupos Controle e Experimental pré e pós Intervenção. Pré-intervenção Pós-intervenção Controle Experimental p Controle Experimental Masculino Alinhamento da cabeça (cm) 16,82 (1,08) 17,81 (1,09) 0,057 18,64 (1,31) 23,26 (17,54) Alinhamento de tronco (cm) 2,85 (2,07) 1,17 (0,60) 0,046 3,17 (1,48) 1,67 (2,36) Ângulo cervical (°) 102,23 (13,11) 99,90 (5,90) 0,602 106,90 (7,99) 104,24 (6,05) Ângulo torácico (°) 151,75 (5,12) 147,83 (5,58) 0,123 150,40 (5,03) 154,60 (8,98) Ângulo lombar (°) 102,23 (3,11) 99,90 (5,90) 0,602 106,90 (7,99) 104,24 (6,05) Ângulo joelho direito (°) 164,20 (6,01) 160,85 (5,98) 0,231 165,84 (6,94) 159,09 (4,97) Ângulo joelho esquerdo (°) 164,28 (4,78) 159,25 (3,82) 0,017 163,68 (5,31) 159,81 (4,23) Inclinação de tronco (°) 188,52 (3,68) 192,77 (3,27) 0,076 192,77 (3,27) 192,46 (3,13) Abdominal (rep) 22 (10) 20 (7) 0,507 24 (10) 24 (9) Flexibilidade (cm) 15,56 (7,62) 20,36 (7,07) 0,161 16,17 (7,35) 22,27 (5,48) Feminino Alinhamento da cabeça (cm) 16,78 (1,53) 22,29 (19,47) 0,940 17,37 (1,58) 18,10 (0,79) Alinhamento de tronco (cm) 2,53 (1,88) 8,10 (21,73) 0,742 1,82 (1,78) 2,72 (1,85) Ângulo cervical (°) 99,26 (8,99) 102,22 (6,18) 0,346 102,83 (9,10) 116,40 (44,72) Ângulo torácico (°) 152,22 (7,94) 151,55 (11,19) 0,860 153,10 (7,99) 156,50 (10,54) Ângulo lombar (°) 99,26 (8,99) 102,22 (6,18) 0,346 102,83 (9,10) 116,40 (44,72) Ângulo joelho direito (°) 161,36 (3,66) 157,29 (3,07) 0,006 159,89 (2,89) 159,09 (2,53) Ângulo joelho esquerdo (°) 162,52 (3,49) 158,06 (2,93) 0,002 160,09 (4,10) 159,49 (2,77) Inclinação de tronco (°) 192,01 (4,23) 194,74 (4,36) 0,120 194,50 (3,76) 194,20 (4,03) Abdominal (rep) 22 (7) 19 (8) 0,332 23 (6) 25 (11) Flexibilidade (cm) 18,32 (6,74) 23,29 (9,86) 0,142 20,18 (6,00) 28,75 (7,29) Dados expressos em média (desvio padrão); teste t para amostras independentes; teste de Mann-Whitney; repetições. Nível de significância p ≤ 0,05. p 0,552 0,020 0,409 0,228 0,409 0,021 0,086 0,829 0,985 0,047 0,297 0,252 0,046 0,359 0,527 0,465 0,671 0,846 0,410 0,003 rep: 77 Tabela 3. Diferença entre pré e pós-teste para Grupos Controle e Experimental na avaliação da postura corporal e nos indicadores de saúde. Controle Experimental p p Δ (IC 95%) Δ (IC 95%) Masculino Ângulos e distâncias Alinhamento da cabeça (cm) 1,82 (0,87 – 2,77) 0,017 5,44 (-6,10 – 16,99) 0,386 Alinhamento de tronco (cm) 0,32 (-1,18 – 1,82) 0,374 0,50 (-1,00 – 2,00) 0,824 Ângulo cervical (°) -8,56 (-18,47 – 1,33) 0,081 5,10 (-4,74 – 14,96) 0,286 Ângulo torácico (°) -1,35 (-3,50 – 0,79) 0,184 6,76 (3,38 – 10,14) 0,001 Ângulo lombar (°) 4,66 (-1,45 – 10,78) 0,117 4,34 (-0,97 – 9,66) 0,099 Ângulo joelho direito (°) 1,64 (-2,35 – 5,64) 0,371 -1,76 (-5,45 – 1,92) 0,312 Ângulo joelho esquerdo (°) -0,60 (-2,98 – 1,78) 0,578 0,56 (-1,61 – 2,74) 0,577 Inclinação de tronco (°) 4,25 (2,34 – 6,16) 0,001 0,71 (-2,40 – 3,84) 0,620 Indicadores de saúde Abdominal (rep) 2 (0 – 4) 0,067 4 (1 – 8) 0,016 Flexibilidade (cm) 0,61 (-4,830 – 6,052) 0,802 1,91 (-1,673 – 5,491) 0,263 Feminino Ângulos e distâncias Alinhamento da cabeça (cm) 0,58 (-0,73 – 1,91) 0,245 -4,19 (-16,43 – 8,05) 0,099 Alinhamento de tronco (cm) -0,71 (-1,98 – 0,55) 0,258 -5,38 (-19,13 – 8,36) 0,423 Ângulo cervical (°) -3,22 (-10,96 – 4,50) 0,245 3,66 (-6,21 – 13,54) 0,433 Ângulo torácico (°) 0,87 (-3,35 – 5,10) 0,661 4,95 (1,41 – 8,48) 0,010 Ângulo lombar (°) 3,57 (-1,27 – 8,41) 0,135 14,18 (-13,97 – 42,33) 0,291 Ângulo joelho direito (°) -1,47 (-3,61 – 0,66) 0,161 1,80 (-0,41 – 4,01) 0,101 Ângulo joelho esquerdo (°) -2,43 (-4,42 – 0,44) 0,020 1,42 (-0,19 – 3,04) 0,079 Inclinação de tronco (°) 2,48 (0,04 – 4,92) 0,046 -0,54 (-3,10 – 2,02) 0,651 Indicadores de saúde Abdominal (rep) 1 (-2 – 3) 0,640 6 (2 – 10) 0,003 Flexibilidade (cm) 1,86 (-1,184 – 4,898) 0,210 5,46 (1,580 – 9,336) 0,010 Dados expressos em média (intervalo de confiança); teste t pareado e teste de Wilcoxon; rep: repetições. Intervalo de confiança para 95%; Δ: pós-teste – pré-teste. 78 ARTIGO II Análise de componentes principais para verificação de presença da dor em escolares com sobrepeso e obesidade: estudo quase-experimental Elaborado conforme as normas da revista American Journal of Physical Medicine & Rehabilitation Qualis Capes: A2 Área: Interdisciplinar 79 Análise de componentes principais para verificação de presença da dor em escolares com sobrepeso e obesidade: estudo quase-experimental Autores: Natalí Lippert Schwanke1 Hildegard Hedwig Pohl2 Miria Suzana Burgos3 1 Mestre em Promoção da Saúde. Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC, RS, Brasil. 2, 3 Docente do programa de Mestrado em Promoção da Saúde – UNISC, RS, Brasil. Autor Correspondente: Miria Suzana Burgos. Endereço: Avenida independência, n. 2293, Bairro Universitário, bloco 42, sala 4206, CEP: 96815-900 – Santa Cruz do Sul – RS, Brasil. Fone: (51) 3717-7603. E-mail: [email protected] Resumo: Dor em crianças e adolescentes é um problema de saúde pública. Preditiva de distúrbios funcionais futuros, possui natureza multifatorial. Objetivo: analisar a localização corporal da dor e sua presença durante atividades de vida diária em escolares pré e pósintervenção com orientações interativas de hábitos posturais. Método: estudo quaseexperimental com medidas de pré e pós-teste em Grupo Controle - GC (n=19) e Experimental - GE (n=22). Intervenção interdisciplinar realizada em GE, durante quatro meses, três vezes por semana, com exercícios globais de força e flexibilidade para a postura e orientações de hábitos posturais. Aplicou-se questionário abordando hábitos posturais e escala de faces para avaliação da dor. Análise de componentes principais foi realizada para redução das variáveis originais. Utilizou-se teste de esfericidade de Bartlett, considerando significativo p< 0,05. Resultados: Não foram encontradas diferenças entre os grupos para a localização corporal da dor. As médias do GE apresentaram maior variação pré e pós-intervenção nas questões relacionadas aos hábitos de vida. No GE pós-intervenção, a dor foi correlacionada 80 aos hábitos de vida, à atividade física e ao sedentarismo. Conclusões: Apesar de não ser encontrada diferença na localização da dor, a presença da mesma foi identificada nos escolares e correlacionada a três fatores principais. Palavras-Chave: dor, postural, estudo de intervenção, criança. Introdução A presença de dor em crianças é considerada um problema de saúde pública.1; 2 Ao ocorrer na adolescência, corresponde via de regra, a um indicativo de presença de dor crônica na idade adulta, sendo que nesta população, a predominância é de 80 a 85%.3 Em crianças em idade escolar, a prevalência de dor nas costas varia entre 4,7% a 74,4%,4 sendo proporcional com a maturação, com valores de 31% aos 10 anos e 74% aos 18 anos.5 No Brasil, estudo realizado por Noll et al.,6 com uma amostra de 743 escolares, aponta a prevalência de dor nas costas em 54,1%, sendo que dos escolares acometidos, 17,4% mencionou que a dor impossibilitou a realização das atividades da vida diária. A dor apresenta natureza multifatorial, podendo estar associada à escoliose,7 ao estilo de vida (sedentarismo), sobrepeso e obesidade,8;9 hábitos posturais errôneos,10; 11 e à atividade escolar, tendo aqui os fatores como mobiliário escolar inadequado ao tamanho da criança,12 transporte da mochila escolar de forma assimétrica,13 tempo exagerado assistindo televisão, bem como atividade física intensa.5 A necessidade de se prevenir disfunções musculoesqueléticas, com orientações que desenvolvam a conscientização para posturas adequadas, maneiras corretas de realizar atividades de vida diária e aquisição de bons hábitos com relação à atitude corporal,14 vem consolidando projetos de educação postural em educandários, já que são as crianças em idade escolar, os sujeitos com melhores possibilidades de uma prevenção efetiva no tocante relacionado à dor. Neste sentido, o presente estudo tem como objetivo analisar a localização 81 corporal da dor, bem como sua presença durante as atividades de vida diária realizadas em escolares pré e pós-intervenção com exercícios posturais globais e orientações interativas de hábitos posturais. Método Desenho do Estudo Estudo quase experimental, compreendendo medidas de pré e pós-intervenção, realizadas em dois grupos de ambos os sexos, divididos em Grupo Experimental - GE (n=23) e Controle - GC (n=23), tendo este sido aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC sob o número 447353/2013. Esta pesquisa é decorrente de um estudo de base populacional, desenvolvido em 2012 com 605 escolares, revelando uma prevalência de 16,4% de sobrepeso e 12,1% de obesidade em crianças de 7 a 17 anos de idade, que originou a pesquisa intitulada Saúde dos Escolares, que desenvolveu intervenção interdisciplinar, envolvendo profissionais da Fisioterapia, Educação Física, Odontologia, Farmácia, Nutrição e Medicina. Os escolares participantes do estudo foram avaliados em relação à aptidão física e saúde, higiene bucal, hábitos alimentares, parâmetros bioquímicos, avaliação postural e hábitos posturais, sendo este último variável principal avaliada neste estudo. Participantes Os participantes do estudo foram selecionados por conveniência, sendo que os critérios de inclusão dos mesmos foram apresentar características de sobrepeso (Índice de Massa Corporal com percentil maior que 85) e obesidade (Índice de Massa Corporal com percentil maior que 95), não estar participando de nenhum outro programa de atividade física, além das aulas de Educação Física ou tratamento de Fisioterapia e estar apto à prática de exercícios físicos, assim como, estar na faixa etária entre 7 e 17 anos de idade, conforme os 82 critérios da WHO.15 Foram tidos como critérios de exclusão para o estudo limitações ortopédicas, fazer uso de órteses/próteses ortopédicas e cirurgias ortopédicas. Intervenções Participaram do estudo, três escolas do meio rural de Santa Cruz do Sul – RS/Brasil, com características culturais e educacionais semelhantes e que mantinham turno integral de atividades, devido à intervenção ser realizada no turno oposto ao das aulas. Além disso, os escolares do GE e GC foram considerados homogêneos em relação ao sobrepeso e obesidade. Com duração de quatro meses, os alunos da escola classificada como GE receberam intervenção com sessões de 30 minutos de exercícios posturais globais para alongamento e fortalecimento postural, realizadas três vezes por semana, utilizando equipamentos variados como colchonetes, bolas de diferentes tamanhos, faixas elásticas, flutuadores de piscina e bolas suíças. Os mesmos foram orientados e incentivados à prática correta dos exercícios por profissionais de Educação Física e Fisioterapeutas. Os participantes receberam orientações referentes aos hábitos corretos de postura, uso adequado de mochila escolar e posições adequadas para a realização de atividades de vida diárias, utilizando-se para isso recursos audiovisuais e demonstrações interativas, os quais são avaliados para este trabalho. As orientações quanto aos hábitos posturais foram realizadas nos momentos de acolhida, anteriormente à prática das atividades físicas, durante o período do experimento, em dias alternados com as demais intervenções interdisciplinares. As escolas que foram alocadas como GC não receberam nenhum tipo de intervenção. Desfechos Foram realizadas avaliações físicas de aptidão física e saúde, aplicação de questionário sobre hábitos posturais e quantificação da dor. 83 Por ser uma pesquisa de campo, caracterizando-se assim por uma pesquisa quaseexperimental, neste estudo os grupos foram previamente determinados por conveniência de forma não randomizada. Além de apresentarem analogia em relação ao ambiente rural e estrutura física das escolas, verificou-se características semelhantes em relação ao sobrepeso e obesidade, através de teste t de student, permitindo a escolha das escolas em questão. Considerando as variáveis da pesquisa, para a identificação de possíveis alterações geradas pelo programa de intervenção, foi realizado o cálculo amostral, com nível de significância de 95%, poder de teste de 0.80 e efeito de 0.30, sugerindo para a realização deste estudo, a necessidade de 12 participantes no GE e 12 participantes no GC. Alocação Verificadas as três escolas com maior número de crianças em sobrepeso e obesidade, a partir de um estudo transversal realizado em 2012, o projeto de intervenção foi levado à ciência das autoridades escolares responsáveis, que por sua vez aceitaram integrar o mesmo. Os alunos que se adequaram aos critérios de inclusão foram convidados a participar do estudo, sendo os pais informados pelo Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Para o GE, foi alocada a escola que teve maior número de escolares que aceitaram participar do estudo. Assim, as outras duas escolas foram alocadas, como GC. Coleta de variáveis expositoras Com relação aos hábitos posturais, os escolares participantes responderam ao questionário proposto por Rebolho,16 que abordava as posturas assumidas durante atividades de vida diárias. O mesmo foi aplicado em sala de aula, sendo os escolares acompanhados pelo avaliador, que era solicitado em caso de dúvida. Além disso, foi utilizada uma escala visual de dor desenvolvida por Claro, citado por Silva17 categorizada em zero (sem dor), 1 (dor leve), 2 (dor moderada), 3 (dor forte) e 4 (dor insuportável). Foram analisadas as três primeiras 84 sequências de perguntas do questionário nomeado, em que eram abordadas questões como presença de dor em regiões corporais, e ao assumidas as posturas em pé, sentada, deitada, andando, durante as aulas de Educação Física, transportando a mochila escola e durante atividades esportivas. Para obtenção dos indicadores de saúde, foram avaliados o Índice de Massa Corporal (IMC), percentual de gordura (%G) e a circunferência da cintura. O IMC foi calculado através da equação da massa corporal total (kg)/altura2(m), usando-se as curvas e percentis recomendados por Centers for Disease Control and Prevention/National Center for Health Statistics,18 de acordo com o sexo e idade, categorizados em baixo peso (<p5), peso normal (≥ p5 e ≤ p85), sobrepeso (p ≥ 85 e < p99) e obesidade (≥ p95). Para o cálculo do %G, foi utilizado o somatório das dobras cutâneas tricipital e subescapular, com as categorias de muito baixa/baixa, ótima, alta/muito alta, conforme Heyward e Stolarczyk,19 e a circunferência da cintura foi tomada a classificação normal e elevada, proposta por Taylor et al.20 Com relação aos indicadores socioeconômicos, sendo um estudo brasileiro, foram utilizados os critérios adotados pela Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa-ABEP,21 os quais classificam os níveis econômicos populacionais em classes sociais elevada (A1,A2, B1, B2) intermediária (C1, C2) e baixa (D, E). Métodos Estatísticos Os dados foram acondicionados no software SPSS 20.0® (International Business Machines Corp., Armonk, New York, USA). Para a análise das variáveis foi utilizada estatística descritiva para frequências absolutas e relativas, além de teste de McNemar para as variáveis dicotômicas, sendo considerado significativo quando p< 0,05. A análise fatorial exploratória foi realizada por meio de análise de componentes principais, a qual se trata de uma técnica de redução do número de variáveis originais. Os 85 fatores são criados por algoritmo de classificação de tal modo que as variáveis individuais se correlacionem mais fortemente para algum fator, sendo que cargas fatoriais superiores representam mais correlação entre as variáveis. A análise fatorial inclui três etapas: (a) a extração de fator, que produz o número mínimo de fatores que retém o máximo da variância total dos dados originais; (b) rotação de Varimax para os fatores serem mais facilmente interpretados; e (c) interpretação de cargas fatoriais rotacionadas. O teste de esfericidade de Bartlett foi utilizado para examinar a adequação do uso da análise fatorial. Neste estudo, os valores de significância para o teste de esfericidade de Bartlett foram para o GC pré-intervenção p<0,001; para o GE pré-intervenção p=0,017; para o GC pós-intervenção p=0,004; para o GE pós-intervenção p=0,001, sendo considerado significativo para este teste p< 0,05, indicando a adequação da análise de componentes principais nas variáveis escolhidas. Resultados Inicialmente, foram eleitos para participar do estudo de intervenção 129 escolares, os quais preenchiam os critérios de elegibilidade. Destes, 61 retornaram com o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Na figura 1 pode ser observado o fluxograma das etapas da pesquisa. Como caracterização da amostra, verificou-se que no GC o número de crianças foi de 56,5% (n=13) e o de adolescentes 39,1% (n=9); Para o GE, o percentual foi de 69,6% (n=16) e 30,4% (n=7) para crianças e adolescentes, respectivamente. Em relação ao sexo dos participantes, no GC 9 (39,1%) foram meninos e 14 (60,9%) meninas. No GE, o número de meninos foi 11 (47,8%) e de meninas 12 (52,2%). Para o IMC, os escolares em obesidade foram a maioria em ambos os Grupos, representando 52,2% (n=12) para o GC e 65,2% (n=15) para o GE. O percentual de gordura 86 também foi considerado elevado com 65,2% (n=15) no GC e 73,9% (n=17) no GE, assim como a circunferência da cintura, que em ambos os Grupos foi categorizada como elevada (78,3%; n=18 / 73,9%; 17, respectivamente). Com relação aos critérios socioeconômicos, no GC, verificou-se que 60,8% (n=14) estavam em uma condição social elevada e 39,1% (n=9) em intermediária. Diferentemente do grupo anterior, 13% (n=3) dos escolares do GE estavam em uma condição social baixa, sendo os dados complementados por 34,8% (n=8) dos escolares em classe social elevada e a maioria na intermediária (52,2%; n=12). Quanto aos hábitos posturais, a Tabela 1 demonstra a presença e localização da dor entre os dois grupos, avaliados nos momentos pré e pós-intervenção, não encontrando diferença entre as variáveis analisadas. A Tabela 2 apresenta a análise de componentes principais conduzida nas sete variáveis do questionário. No Grupo Controle, dois componentes principais obtidos na análise préintervenção explicam 72,42% da variabilidade total das variáveis. Já, na análise pósintervenção, foram obtidos três componentes principais que explicam 77,62% da variabilidade total das variáveis. No GE, diferentemente do GC, foram encontrados três fatores, tanto no pré quanto no pós-intervenção. Os três componentes principais em pré-intervenção explicam 73,80% da variabilidade total das variáveis, e os três componentes principais em pós-intervenção explicam 73,53% das mesmas. No GE pré-intervenção, as questões relativas à dor ao ficar em pé, ao sentar e nas aulas de Educação Física foram as que contribuíram positivamente no fator 1. A dor referente ao carregar a mochila e à prática de atividade esportiva contribuíram positivamente para o fator 2, enquanto que dor ao andar contribuiu positivamente e dor ao ficar deitado negativamente para o fator 3. 87 Para a avaliação pós-intervenção, contribuíram positivamente para o fator 1, as questões relacionadas à dor ao andar, na aula de Educação Física e ao carregar a mochila. Para fator 2, dor ao deitar e ao praticar atividade esportiva contribuíram positivamente. Finalmente, para o fator 3, dor ao ficar em pé contribui de forma positiva e dor ao ficar sentado contribuiu de forma negativa. Para a interpretação dos componentes principais deste estudo, nas avaliações pré e pós-intervenção, optou-se por agrupar os resultados e nomeá-los conforme a característica das variáveis. Desta forma, os componentes com maior valor foram categorizados de acordo com atividade física, sedentarismo e hábitos de vida (Tabela 3). Discussão As escolas posturais são uma ferramenta educativa, destinada a indivíduos que apresentam queixas de dores nas costas, tendo como principal desígnio a instrução para bons hábitos posturais durante as atividades de vida diárias,22 sendo inserida como ação primária de atenção básica em saúde. Neste sentido, a inclusão do tema de educação para a postura corporal é uma das ações de promoção que as Secretarias de Saúde e Educação devem implementar e desenvolver, conforme aprovação realizada na 12° Conferência Nacional de Saúde.23 Nos achados do presente estudo, embora não se tenha obtido significância na comparação pré e pós-intervenção, em relação à questão sobre já ter sentido dores nas costas, verificou-se que no Grupo Experimental houve um maior número de escolares referindo “sim” nas avaliações prévias ao experimento, diminuindo após os meses de intervenção. Abordando a problematização da dor em crianças em idade escolar, o estudo desenvolvido por Roth-Isigkeit e colaboradores24 avaliou os questionários respondidos por 622 crianças alemãs, de ensino fundamental e médio. Tais pesquisadores encontraram uma prevalência de dor nas costas de 30,2% e para os membros de 33,6%, sendo que do total de 88 crianças avaliadas, 21,9% citaram as atividades físicas e 12,8% a televisão e o uso de computador como fatores associados, sendo que as faltas à escola foram relacionadas mais fortemente com a dor musculoesquelética. Em relação às atividades realizadas e a presença de dor, verificou-se no presente estudo, através da análise de componentes principais, que nas avaliações pré-intervenção no Grupo Experimental, os três componentes principais estavam relacionados à dor durante a atividade física (Educação Física e ao andar) no fator 1 e 3, sedentarismo (dor ao ficar em pé e ao ficar sentado) no fator 1 e aos hábitos de vida no fator 2 (carregar a mochila e atividade esportiva). Após os quatro meses de intervenção, notou-se que os três componentes principais se mantiveram, porém os fatores se modificaram em relação à sua forma de disposição. Com relação aos achados relacionados à dor durante a atividade física e ao carregar a mochila escolar, nosso estudo assemelha-se aos resultados encontrados por Shehab; AlJarallah5 e Skoffer.13 No estudo desenvolvido por Shehab; Al-Jarallah,5 os autores verificaram, através de questionário aplicado a 400 escolares Kuwaitianos, que a dor lombar esteve associada com o aumento da idade, gênero feminino, tempo gasto assistindo TV, atividade física intensa e ao tabagismo. Da mesma forma, Skoffer,13 avaliou 546 escolares da Dinamarca. Entretanto, além da avaliação por questionário, os escolares tiveram o mobiliário escolar medido e as mochilas pesadas. Neste estudo, verificou-se que a dor lombar é um problema comum em escolares e que está associada à maneira de carregar a mochila. Frente a esses resultados, é plausível que durante e após a intervenção, alguns escolares possam ter realizado atividades físico-esportivas mais intensamente, e fora dos horários da intervenção. Concomitante a isso, o período de realização da intervenção coincidiu com o período de colheita de tabaco, característico da produção rural das famílias aos quais os escolares participantes do estudo pertenciam, podendo ser um fator que contribuiu para o aumento da dor na atividade física. Ressalta-se que as atividades realizadas 89 durante a intervenção foram selecionadas criteriosamente, sob pleno acompanhamento de profissionais especializados e capacitados para orientação de tais atividades. Em contrapartida, verificou-se que o outro fator relacionado à dor foi o sedentarismo. Este achado pode indicar que no intervalo dos dias de intervenção, devido a possível sobrecarga de atividades, estes escolares tenham passado maior tempo em atividades sedentárias. Ademais, a dor e o sedentarismo podem estar associados ao sobrepeso e obesidade, conforme Arruda; Simões8 e Calvete,9 sendo essas características também encontradas nos escolares participantes do estudo. Em pesquisa desenvolvida no Sul do Brasil, na cidade de Santa Maria, Silva; Badaró; Dall’Agnol25 avaliaram, também através de questionário aplicado para 343 adolescentes (12 a 15 anos), a presença de dor específica na região lombar da coluna vertebral. Com relação às atividades em que a dor era relatada, o maior percentual foi relacionado à postura de permanecer sentado na escola (70%). Além disso, a prevalência de dor lombar foi de 67% nos adolescentes que estavam em excesso de peso. Mesmo com uma metodologia diferente aplicada a uma população com características distintas, no presente estudo, verificou-se que em relação à dor associada às atividades realizadas, a postura sentada foi uma das variáveis que compôs os fatores, tanto pré quanto pós-intervenção para o Grupo Experimental, indicando uma semelhança ao estudo de Silva; Badaró; Dall’Agnol.25 Poucos estudos abordam o método quase experimental de intervenção; dentre esses, podemos citar os estudos desenvolvidos por Llona et al.,26 Vidal et al.,27 Rebolho et al.28 e Geldhof.29 Assim, entende-se que o estudo teve como uma das limitações, a dificuldade de encontrar pesquisas para comparar os achados. Outro ponto que pode ser mencionado é o fato da maioria dos participantes serem crianças. Embora considerados alfabetizados, pode ter ocorrido uma dificuldade no 90 entendimento em relação às questões abordadas no questionário. Além disso, o presente estudo fez parte de uma intervenção muldisciplinar, determinando que as intervenções não fossem focadas unicamente e apenas para a educação dos hábitos posturais. À luz das referências encontradas na literatura científica pesquisada, este é o primeiro artigo com método quase-experimental de intervenção na mudança de hábitos posturais que utiliza análise de componentes principais, para verificar correlação com questionário específico para avaliação de dor em atividades de vida diárias de escolares com idade entre 7 e 17 anos, com sobrepeso e obesidade. Considerações Finais Apesar de não ser encontrada diferença na localização da dor, a presença da mesma foi identificada nos escolares do Grupo Experimental e correlacionada aos hábitos de vida, à atividade física e ao sedentarismo. Desta forma, se faz necessário o incentivo e implementação de atividades físicas regulares orientadas, nas escolas, que possam contribuir para a prevenção de limitações associadas à má postura e aos problemas músculo esqueléticos. Assim, entende-se que a promoção de saúde se caracteriza por ações primárias, que devem ser efetivas junto às comunidades. Neste sentido, a educação para os bons hábitos posturais deve ser uma constante, a fim de que esta seja incutida de forma prática no cotidiano da comunidade escolar, contribuindo para que esta população possa usufruir de seus benefícios, além de se tornarem divulgadores de hábitos posturais saudáveis. 91 REFERÊNCIAS 1. McGrath PA, Speechley KN, Seifert CE, et al. A survey of children’s acute, recurrent, and chronic pain: validation of the Pain Experience Interview. Pain. 2000 July; 87(1):59–73. doi:10.1016/S0304-3959(00)00273-6 2. Perquin CW, Hazebroek-Kampschreur AA, Hunfeld JA, et al. 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Grupo Controle Pré Pós p Sim Não Sim Não Você já sentiu dores nas costas? 16 3 16 3 1,000 Na região da nuca? 4 15 6 13 0,687 No alto das costas? 8 11 6 13 0,625 Na região baixa das costas? 4 15 7 12 0,250 Nos joelhos? 8 11 7 12 1,000 Nos pés? 5 14 4 15 1,000 Grupo Experimental Pré Pós p Sim Não Sim Não Você já sentiu dores nas costas? 20 2 18 4 0,625 Na região da nuca? 8 14 10 12 0,687 No alto das costas? 5 17 3 19 0,625 Na região baixa das costas? 5 17 4 18 1,000 Nos joelhos? 5 17 5 17 1,000 Nos pés? 3 19 4 18 1,000 Vales de frequência; Teste de McNemar para valor de p < 0,05. Questionário de Hábitos Posturais (REBOLHO, 2005). 96 Tabela 2. Análise de Componentes Principais de questões relacionadas à dor nos Grupos Controle e Experimental, Pré e Pós-Intervenção Grupo Controle Pré Pós Fatores Fatores 1 2 1 2 3 Você sente dor ao ficar em pé? 0,302 -0,026 0,065 0,816 0,915 Você sente dor ao ficar sentado? 0,137 0,004 0,635 0,518 0,949 Você sente dor ao ficar deitado? 0,290 -0,263 0,689 0,510 0,690 Você sente dor quando anda? 0,039 0,291 0,498 0,301 0,915 Você sente dor nas aulas de Educação Física? 0,203 -0,079 0,844 0,688 0,599 Você sente dor carregando a mochila? 0,148 -0,007 0,180 0,860 0,896 Você sente dor ao praticar atividade esportiva? 0,350 0,047 -0,087 0,778 0,872 Grupo Experimental Pré Pós Fatores Fatores 1 2 3 1 2 3 Você sente dor ao ficar em pé? 0,040 -0,042 0,130 0,314 0,804 0,812 Você sente dor ao ficar sentado? 0,001 -0,087 0,117 0,414 0,784 -0,838 Você sente dor ao ficar deitado? 0,472 -0,190 0,028 0,002 -0,603 0,767 Você sente dor quando anda? 0,115 0,023 -0,075 0,078 0,920 0,856 Você sente dor nas aulas de Educação Física? 0,256 0,138 0,367 0,251 0,857 0,610 Você sente dor carregando a mochila? 0,027 -0,097 0,077 -0,186 0,930 0,860 Você sente dor ao praticar atividade esportiva? 0,158 0,353 0,094 -0,011 0,755 0,889 Análise de componentes principais; Método de rotação Varimax com normalização de Kaiser. 97 Tabela 3. Classificação dos fatores pré e pós-intervenção do Grupo Experimental de acordo com as atividades de vida diárias Pré Pós Fator 1 Fator 2 Fator 3 Fator 1 Fator 2 Fator 3 Em pé Carregar a mochila Andar Andar Deitado Em pé (0,804) (0,930) (0,920) (0,856) (0,767) (0,812) (a) (c) (b) (b) (a) (a) Sentado Atividade esportiva Educação Física Atividade esportiva (0,784) (0,755) (0,610) (0,889) (a) (c) (b) (b) Educação Física Carregar a mochila (0,857) (0,860) (b) (c) Análise de componentes principais; Método de rotação Varimax com normalização de Kaiser. (a) Classificação sedentária; (b) Classificação atividade física; (c) Classificação hábito de vida. 98 CAPÍTULO IV NOTA À IMPRENSA 99 AVALIAÇÃO DA POSTURA CORPORAL E FATORES ASSOCIADOS À POSTURA CORPORAL DE ESCOLARES DE SANTA CRUZ DO SUL: AÇÃO DE INTERVENÇÃO COM EXERCÍCIOS. O Programa de Pós-Graduação Mestrado em Promoção da Saúde da Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC tem por característica, atuar na comunidade através de projetos de pesquisa que beneficiam a comunidade do Vale do Rio Pardo. Neste sentido, a pesquisa intitulada “Efeitos de um programa de exercícios globais de força e flexibilidade sobre a postura corporal, flexibilidade e força muscular de escolares com sobrepeso e obesidade”, fruto da dissertação de Mestrado de Natalí Lippert Schwanke, realizou a avaliação de escolares com idade de 7 a 17 anos de três escolas de Santa Cruz do Sul. O estudo verificou que a aplicação de um programa de intervenção, com quatro meses de duração, através da prática de exercícios globais para a postura corporal de escolares, com sobrepeso e obesidade, promoveu alterações na postura corporal, na força abdominal, na flexibilidade desta população. Além disso, identificou que a presença de dor em escolares foi relacionada a atividades sedentárias, ao excesso de atividade física e aos hábitos de vida inadequados. Frente aos resultados alcançados, reforçamos a ideia de que a atuação interdisciplinar visando a orientação para os bons hábitos posturais da coluna vertebral e consequentemente, a boa postura corporal, são fundamentais para o esclarecimento e educação da população para manter a boa saúde. A intervenção contou com a participação de profissionais das áreas da Educação Física, Fisioterapia, Nutrição, Odontologia e Farmácia. Tais profissionais atuaram de forma interdisciplinar para orientação da prática de atividades físicas e hábitos de vida, a fim de modificar o estilo de vida dos escolares participantes. Ressaltamos que a atuação dos profissionais da saúde na comunidade escolar é de grande importância, já que é neste meio, que envolve crianças, pais e professores, que conseguimos conscientizar e divulgar para a aquisição de hábitos de vida saudáveis e mais especificamente, em relação aos problemas de coluna, prevenir problemas futuros associados aos maus hábitos posturais. 100 ANEXOS 101 ANEXO 1 - Passo a Passo Software PAS/SAPO AVALIAÇÃO POSTURAL 1) Para abrir a foto (já tirada previamente) Primeiramente devemos calibrar a imagem Abrir arquivo – novo projeto (abre a foto). Ir para ícone seta e desenhar vertical sobre o fio de prumo. OBS: calibração de cima para baixo, risco deve estar bem reto. Clicar em aplicar. Irá aparecer ângulo = a 0°. Confirmar rotação e calibração da imagem, OK. Logo abaixo aparecerá calibração deste traço em centímetros. Colocar 200 e clicar em calibrar. OBS: 200 = marcação de 20 em 20 cm. Ir para ícone ajustar zoom da imagem atual. Colocar 100, dar OK. Marcação livre de Pontos: serve para escolha dos pontos a serem utilizados (opcional) Ir para análises. Escolher pontos (clicar duas vezes sobre o ponto escolhido). Em uma tela lateral, irão aparecer dados referentes aos pontos. Pode-se nomeá-los. Finaliza com OK. Entrara em análise (gerar relatório de análise). Medir ângulos livremente Análise - medir ângulos livremente Abre janela lateral. Clicar sobre o tipo de ângulo a ser escolhido e depois clicar duas vezes sobre a imagem. Primeiro ângulo escolhido foi em vista frontal ângulo entre duas retas sem ponto em comum. Arrastar as marcações dos ângulos sobre os pontos escolhidos na foto. Clicar em inserir. OBS: Definimos que arrasta marcações com relação a quem olha: 1º da esquerda – 1º da direita 2º da esquerda – 2º da direita Segundo ângulo escolhido foi em perfil esquerdo ângulo entre duas retas com um ponto em comum. OBS: NO SAPO os ângulos são colocados inicialmente de direita para esquerda. As nossas fotos de perfil foram tiradas para a esquerda. Para que não fique um ângulo aberto, devemos inverter o ponto que é comum às duas retas. Então a sequência para marcação dos pontos é: 102 1º ponto em comum 2º seta superior inverter para ponto inferior 3º seta inferior inverter para ponto superior 69 Planos e Pontos escolhidos: Plano Frontal Alinhamento horizontal da cabeça (trago-trago) Ângulo entre duas retas (acrômio-acrômio/espinha ilíaca-espinha ilíaca) Ângulo entre crista ilíaca ântero-superior, patela e maléolo lateral Plano Sagital (perfil) Ângulo entre C7, trago da orelha, acrômio (Cervical) Ângulo entre T5, espinha ilíaca Antero superior e acrômio (Torácica) Ângulo entre L1, trocanter maior do fêmur e espinha ilíaca ântero-superior (Lombar) 103 ANEXO 2 – Ficha de Avaliação de Hábitos Posturais Ficha de Avaliação de Hábitos Posturais 104 105 Fonte: REBOLHO, M. C.T., 2005. 106 ANEXO 3 – Escala de Faces para Avaliação da Dor 107 ANEXO 4 – Pontos de Corte para a Circunferência da Cintura FERNÁNDEZ et al., 2004. 108 ANEXO 5 – Pontos de corte para o Índice de Massa Corporal (IMC) para meninos e meninas 109 Fonte: CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION/NATIONAL CENTER FOR HEALTH STATISTICS. CDC Growth Charts: United States. 2000. 110 ANEXO 6 – Imagens de instruções para o teste de sentar e alcançar Fonte: PROJETO ESPORTE <HTTP://www.proesp.ufrgs.br>. BRASIL: manual. Disponível em: 111 ANEXO 7 – Plano de Sessão de Exercícios Posturais Globais da Intervenção 112 * Este anexo consta apenas um dos planos de sessão utilizados. 113 ANEXO 8 – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido Grupo Experimental TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Nome do escolar:________________________________________________________ Escola:________________________________________________________________ Pesquisa: Obesidade em escolares da educação básica: um estudo de intervenção interdisciplinar Investigadores: Prof.ª Dra. Miria Suzana Burgos, do Curso de Educação Física (51- 37131116 / 51- 8118-0699), Prof. Dra. Anelise Gaya e Prof. Dra. Andréia Valim. Objetivos e benefícios Você está sendo convidada a autorizar o seu (sua) filho (a) a participar de uma pesquisa cujo objetivo principal é verificar possíveis efeitos de uma intervenção interdisciplinar na melhora da saúde dos escolares, principalmente nos aspectos: fatores de risco, aptidão física, desvios posturais, saúde bucal, hábitos nutricionais, orientação psicológica e desempenho cognitivo. Os benefícios principais desta pesquisa serão: possibilidade de participação em uma pesquisa com intervenção de exercícios físicos, posturais, nutricionais, odontológicos e psicológicos (autoestima, cognição e atenção) por quatro meses, três vezes por semana, visando à promoção da melhora dos indicadores de saúde e fatores de risco, bioquímicos (análises sanguíneas) e de imagem (Fígado Gordo). Você receberá, sem custo algum, um laudo com os resultados da avaliação sanguínea (glicemia, colesterol total, HDL, LDL, triglicerídeos e hemoglobina) da condição da saúde bucal da presente pesquisa. Quando constatada alguma situação anormal, o escolar será encaminhado para assistência especializada na área da saúde. Procedimentos Para realizar essa pesquisa será necessária a coleta de sangue. O escolar deverá estar em jejum e não fazer exercícios físicos por 12 horas antes da coleta de sangue e de imagem. Para tanto, serão coletados cerca de 10 mL de sangue da veia do braço. Para a avaliação de saúde bucal será necessário que o escolar fique sentado em uma cadeira de frente a uma janela de forma que obtenha a máxima iluminação natural. Para os seguintes procedimentos os escolares serão divididos em grupos de meninos e meninas: esteatose hepática será realizado exame de imagem no Hospital Santa Cruz do Sul; avaliação da postura corporal, o escolar deverá estar com o mínimo de roupa possível ou com traje de banho, para realização de imagens através de fotografias digitais; avaliação da maturação, o escolar deverá apontar a figura com a qual se identifica. Estas avaliações, com exceção da última, serão realizadas antes e após a intervenção do programa. Local de estudo Os procedimentos da coleta de sangue, avaliação antropométrica (peso, altura e pregas cutâneas, cintura quadril), verificação da pressão arterial, frequência cardíaca de repouso, testes de aptidão física (flexibilidade, abdominal, agilidade, velocidade, resistência geral, força dos músculos dos membros superiores e inferiores) e aplicação de um questionário sobre estilo de vida serão realizados no bloco 42, quadras e pista atlética do complexo esportivo da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC). As análises de sangue (glicemia, colesterol, triglicerídeos, ALT, AST, interleucina6, f2isoprostano, adiponectina, leptina, resistência à insulina) serão realizadas nos laboratórios de Bioquímica, de Bioquímica do Exercício e de Genética e Biotecnologia da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC). A avaliação de esteatose hepática será realizada no Hospital Santa Cruz por um médico radiologista. A avaliação de saúde bucal também será realizada no bloco 42 da UNISC, sendo a mesma realizada por um dentista, bem como a avaliação da postura corporal, sendo esta realizada por um fisioterapeuta. 114 Riscos e desconfortos Para a coleta de sangue, será utilizado material totalmente descartável e um profissional devidamente capacitado fará a coleta, respeitando as normas de biossegurança. Embora não haja risco para a sua saúde, a coleta de sangue pode ocasionar, eventualmente, um pequeno arroxeamento na região da punção, que desaparece, em poucos dias. Para o exame de imagem não há nenhum efeito colateral e será realizado por um médico radiologista com mais de 10 anos de experiência. Os demais procedimentos (exames) serão feitos em material já coletado e congelado para posterior exame e por isso não causarão desconfortos aos participantes do estudo. Pela natureza do exame bucal, não existe possibilidade de risco ou desconforto. Todo o exame será realizado respeitando as normas de biossegurança. Desistência na participação do estudo A participação de cada indivíduo nesse estudo é voluntária, ou seja, quem não quiser participar do estudo estará livre para fazê-lo sem que haja qualquer perda no atendimento de seus problemas de saúde a que tem direito. Se concordar em participar do estudo e mudar de ideia no decorrer do mesmo, estará livre para fazê-lo, e da mesma forma não sofrerá perdas relacionadas ao atendimento a que tem direito para seus problemas de saúde. Gostaria de ser comunicado dos resultados desta pesquisa? ( ) Sim, gostaria. ( ) Não gostaria de ser comunicado dos resultados desta pesquisa. Compensação financeira Não haverá nenhum pagamento aos indivíduos que concordarem em participar do estudo, bem como os participantes do estudo não terão nenhum custo adicional relacionado aos procedimentos e recebimento do laudo com os resultados. Confidencialidade das informações Toda a informação individual que será fornecida pelo participante do estudo e os resultados dos exames realizados serão considerados confidenciais. Todos os questionários e materiais coletados serão identificados através de um código (número) criado na entrada do estudo; este código será a única identificação utilizada no banco de dados do estudo. Este banco será utilizado para análise dos dados e divulgação dos mesmos, no meio cientifico. Com relação às imagens (fotografias e filmagens) serão utilizadas somente para fins científicos de estudos (livros, artigos, slides e transparências), em favor dos pesquisadores do estudo. Perguntas e dúvidas relacionadas ao estudo Este termo de consentimento explica o estudo que está sendo proposto e convida os indivíduos a participar; no entanto, se houver alguma dúvida, estas poderão ser esclarecidas, pela equipe do estudo pelos telefones: 8118-0699 (profª Miria), 9335-7393 (profª Andréia). Demais dúvidas também poderão ser esclarecidas pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Santa Cruz do Sul (CEP), pelo telefone (51) 3717-7680. Em caso de danos Se o participante do estudo acha que teve algum problema de saúde, relacionado com a sua participação no estudo, o tratamento será fornecido pelo SUS, na instituição participante. Autorização para estocagem de material biológico e imagem Permito que a amostra de sangue de meu(minha) filho(a) seja guardada para ser utilizada em outra pesquisa, mediante protocolo de pesquisa autorizado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNISC, ficando, no entanto livre para solicitar a destruição da mesma a qualquer momento, se assim desejar; (sem minha identificação e/ou mantendo minha privacidade). Permito que meu(minha) filho(a) seja fotografado e filmado nas atividades desenvolvidas pela pesquisa seguindo regimento ao mesmo, e que suas imagens possam ser utilizadas em relatórios, livros, e na elaboração de filmes pedagógicos e de pesquisa que possam eventualmente serem realizados. ( ) Sim, permito ( ) Não permito que minha amostra seja utilizada em novos estudos ( ) Desejo que minha amostra seja destruída após o fim do presente estudo ( ) Autorizo uso de imagem. 115 O significado de sua assinatura A sua assinatura abaixo significa que você entendeu a informação que lhe foi fornecida sobre o estudo e sobre o termo de consentimento. Se você assinar este documento significa que você concorda em participar deste estudo. Você receberá uma cópia deste termo de consentimento. _______________________________________________________________ Assinatura do pai/responsável. Data: _______________________________________________________________ Assinatura do Coordenador do estudo. Data: Obs: O presente documento, baseado no item IV das diretrizes e normas regulamentares para pesquisa em saúde, do Conselho Nacional de Saúde (Resolução 196/96), será assinado em duas vias, de igual teor, ficando uma em poder do voluntário ou de seu responsável legal e outra com o pesquisador responsável. 116 ANEXO 9 – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido Grupo Controle TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Nome do escolar:________________________________________________________ Escola:________________________________________________________________ Pesquisa: Obesidade em escolares da educação básica: um estudo de intervenção interdisciplinar Investigadores: Prof.ª Dra. Miria Suzana Burgos, do Curso de Educação Física (51- 37131116 / 51- 8118-0699), Prof. Dra. Anelise Gaya e Prof. Dra. Andréia Valim. Objetivos e benefícios Você está sendo convidada a autorizar o seu (sua) filho (a) a participar de uma pesquisa cujo objetivo principal é verificar a saúde dos escolares, principalmente nos aspectos: fatores de risco, aptidão física, desvios posturais, saúde bucal, hábitos nutricionais, orientação psicológica e desempenho cognitivo. Os benefícios principais desta pesquisa serão: possibilidade de participação em uma pesquisa com atividades de exercícios físicos, posturais, nutricionais, odontológicos e psicológicos (autoestima, cognição e atenção) por quatro meses, três vezes por semana, visando à promoção da melhora dos indicadores de saúde e fatores de risco, bioquímicos (análises sanguíneas) e de imagem (Fígado Gordo). Você receberá, sem custo algum, um laudo com os resultados da avaliação sanguínea (glicemia, colesterol total, HDL, LDL, triglicerídeos e hemoglobina) da condição da saúde bucal da presente pesquisa. Quando constatada alguma situação anormal, o escolar será encaminhado para assistência especializada na área da saúde. Procedimentos Para realizar essa pesquisa será necessária a coleta de sangue. O escolar deverá estar em jejum e não fazer exercícios físicos por 12 horas antes da coleta de sangue e de imagem. Para tanto, serão coletados cerca de 10 mL de sangue da veia do braço. Para a avaliação de saúde bucal será necessário que o escolar fique sentado em uma cadeira de frente a uma janela de forma que obtenha a máxima iluminação natural. Para os seguintes procedimentos os escolares serão divididos em grupos de meninos e meninas: esteatose hepática será realizado exame de imagem no Hospital Santa Cruz do Sul; avaliação da postura corporal, o escolar deverá estar com o mínimo de roupa possível ou com traje de banho, para realização de imagens através de fotografias digitais; avaliação da maturação, o escolar deverá apontar a figura com a qual se identifica. Estas avaliações, com exceção da última, serão realizadas antes e após a intervenção do programa. Local de estudo Os procedimentos da coleta de sangue, avaliação antropométrica (peso, altura e pregas cutâneas, cintura quadril), verificação da pressão arterial, frequência cardíaca de repouso, testes de aptidão física (flexibilidade, abdominal, agilidade, velocidade, resistência geral, força dos músculos dos membros superiores e inferiores) e aplicação de um questionário sobre estilo de vida serão realizados no bloco 42, quadras e pista atlética do complexo esportivo da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC). As análises de sangue (glicemia, colesterol, triglicerídeos, ALT, AST, interleucina6, f2isoprostano, adiponectina, leptina, resistência à insulina) serão realizadas nos laboratórios de Bioquímica, de Bioquímica do Exercício e de Genética e Biotecnologia da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC). A avaliação de esteatose hepática será realizada no Hospital Santa Cruz por um médico radiologista. A avaliação de saúde bucal também será realizada no bloco 42 da UNISC, sendo a mesma realizada por um dentista, bem como a avaliação da postura corporal, sendo esta realizada por um fisioterapeuta. 117 Riscos e desconfortos Para a coleta de sangue, será utilizado material totalmente descartável e um profissional devidamente capacitado fará a coleta, respeitando as normas de biossegurança. Embora não haja risco para a sua saúde, a coleta de sangue pode ocasionar, eventualmente, um pequeno arroxeamento na região da punção, que desaparece, em poucos dias. Para o exame de imagem não há nenhum efeito colateral e será realizado por um médico radiologista com mais de 10 anos de experiência. Os demais procedimentos (exames) serão feitos em material já coletado e congelado para posterior exame e por isso não causarão desconfortos aos participantes do estudo. Pela natureza do exame bucal, não existe possibilidade de risco ou desconforto. Todo o exame será realizado respeitando as normas de biossegurança. Desistência na participação do estudo A participação de cada indivíduo nesse estudo é voluntária, ou seja, quem não quiser participar do estudo estará livre para fazê-lo sem que haja qualquer perda no atendimento de seus problemas de saúde a que tem direito. Se concordar em participar do estudo e mudar de ideia no decorrer do mesmo, estará livre para fazê-lo, e da mesma forma não sofrerá perdas relacionadas ao atendimento a que tem direito para seus problemas de saúde. Gostaria de ser comunicado dos resultados desta pesquisa? ( ) Sim, gostaria. ( ) Não gostaria de ser comunicado dos resultados desta pesquisa. Compensação financeira Não haverá nenhum pagamento aos indivíduos que concordarem em participar do estudo, bem como os participantes do estudo não terão nenhum custo adicional relacionado aos procedimentos e recebimento do laudo com os resultados. Confidencialidade das informações Toda a informação individual que será fornecida pelo participante do estudo e os resultados dos exames realizados serão considerados confidenciais. Todos os questionários e materiais coletados serão identificados através de um código (número) criado na entrada do estudo; este código será a única identificação utilizada no banco de dados do estudo. Este banco será utilizado para análise dos dados e divulgação dos mesmos, no meio cientifico. Com relação às imagens (fotografias e filmagens) serão utilizadas somente para fins científicos de estudos (livros, artigos, slides e transparências), em favor dos pesquisadores do estudo. Perguntas e dúvidas relacionadas ao estudo Este termo de consentimento explica o estudo que está sendo proposto e convida os indivíduos a participar; no entanto, se houver alguma dúvida, estas poderão ser esclarecidas, pela equipe do estudo pelos telefones: 8118-0699 (profª Miria), 9335-7393 (profª Andréia). Demais dúvidas também poderão ser esclarecidas pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Santa Cruz do Sul (CEP), pelo telefone (51) 3717-7680. Em caso de danos Se o participante do estudo acha que teve algum problema de saúde, relacionado com a sua participação no estudo, o tratamento será fornecido pelo SUS, na instituição participante. Autorização para estocagem de material biológico e imagem Permito que a amostra de sangue de meu(minha) filho(a) seja guardada para ser utilizada em outra pesquisa, mediante protocolo de pesquisa autorizado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNISC, ficando, no entanto livre para solicitar a destruição da mesma a qualquer momento, se assim desejar; (sem minha identificação e/ou mantendo minha privacidade). Permito que meu(minha) filho(a) seja fotografado e filmado nas atividades 118 desenvolvidas pela pesquisa seguindo regimento ao mesmo, e que suas imagens possam ser utilizadas em relatórios, livros, e na elaboração de filmes pedagógicos e de pesquisa que possam eventualmente serem realizados. ( ) Sim, permito ( ) Não permito que minha amostra seja utilizada em novos estudos ( ) Desejo que minha amostra seja destruída após o fim do presente estudo ( ) Autorizo uso de imagem. O significado de sua assinatura A sua assinatura abaixo significa que você entendeu a informação que lhe foi fornecida sobre o estudo e sobre o termo de consentimento. Se você assinar este documento significa que você concorda em participar deste estudo. Você receberá uma cópia deste termo de consentimento. _______________________________________________________________ Assinatura do pai/responsável. Data: _______________________________________________________________ Assinatura do Coordenador do estudo. Data: Obs: O presente documento, baseado no item IV das diretrizes e normas regulamentares para pesquisa em saúde, do Conselho Nacional de Saúde (Resolução 196/96), será assinado em duas vias, de igual teor, ficando uma em poder do voluntário ou de seu responsável legal e outra com o pesquisador responsável. 119 ANEXO 10 – Critério ABEP 120 121 ANEXO 11 – Classificação do Percentual de Gordura para Crianças e Adolescentes Fonte: Lonman (1987); Heyward; Stolarczyk (2000). 122 ANEXO 12 – Normas para publicação da Revista Journal of Adolescent Health DESCRIPTION . The Journal of Adolescent Health is a multidisciplinary scientific Journal, which seeks to publish new research findings in the field of Adolescent Medicine and Health ranging from the basic biological and behavioral sciences to public health and policy. We seek original manuscripts, review articles, letters to the editor, commentaries, and case reports from our colleagues in Anthropology, Dentistry and Oral Health, Education, Health Services Research, International Health, Law, Medicine, Mental Health, Nursing, Nutrition, Psychology, Public Health and Policy, Social Work, Sociology, Youth Development, and other disciplines that work with or are committed to improving the lives of adolescents and young adults. The Journal is the official publication of the Society for Adolescent Health and Medicine (SAHM), a multidisciplinary organization committed to improving the health and well-being of adolescents. One of the Society's primary goals is the development, synthesis, and dissemination of scientific and scholarly knowledge unique to the health needs of adolescents. To meet this goal, the Society established the Journal of Adolescent Health in 1980. According to the Journal Citation Reports published by Thomson Reuters, Journal of Adolescent Health has a 2013 5-Year Impact Factor of 3.753 and an Eigenfactor of 0.01952, ranking it 6th and 7th (respectively) of 117 journals in the category of Pediatrics. The 2-year Impact Factor is 2.748. This multi-disciplinary journal is included in the following categories: Pediatrics (Science edition), Public, Environmental and Occupational Health (Science edition), Psychology, Developmental (Social Sciences edition) and Public, Environmental and Occupational Health (Social Sciences edition). 123 AUDIENCE Pediatricians, General Practitioners, Family Practitioners, Nurses, Preventive Medicine Specialists, Psychologists, Public Health Professionals, Obstetricians and Gynecologists, Epidemiologists, Nutritionists, Anthropologists, Sociologists, and Psychiatrists. IMPACT FACTOR 2013: 2.748 © Thomson Reuters Journal Citation Reports 2014. GUIDE FOR AUTHORS “Submission Checklist” Types of articles The Journal of Adolescent Health publishes the following types of articles. Word count limits apply only to the main body of the manuscript and do not include the title, references, or figure and table captions. Original Articles are scientific reports on the results of original research. Text is limited to 3500 words with a 250-word structured abstract, 5 tables/figures, and 40 references. Original articles should include a 50-word Implications and Contribution summary statement. Adolescent Health Briefs are scientific reports of original research that represent preliminary findings, small samples, and newly described associations in unique populations. Briefs are limited to 1000 words, with a structured abstract of 150 words or less. A combined total of 2 figures and/or tables and a maximum of 10 references will be accepted. Briefs should include a 50-word Implications and Contribution summary statement. Review articles generally are solicited by the editors. If you would like to submit a review article to the Journal, please submit a proposal letter, a detailed outline, and a preliminary reference list to the Managing Editor by e-mail ([email protected]). Systematic reviews and meta-analyses are preferred, though strong, evidence-based integrative and narrative proposals will be considered. One or more of the Associate Editors will review the proposal and will advise the authors on proceeding to a full manuscript. This internal review will take place within four weeks of receipt of the proposal. The final format of the article should include the introduction, review of the relevant literature, discussion, summary and 124 implications section. Each review article must have a 200-word summary abstract. Review articles are limited to 4500 words, 5 tables/figures, and an unlimited number of references. Review articles should include a 50-word Implications and Contribution summary statement. Clinical Observations: These case reports represent rare and new observations in the clinical arena. Papers in this format are limited to 1000 words and should include an introduction, concise discussion of the clinical observation, and discussion. Clinical observations should include a 200-word summary abstract. A combined total of 1 figure, table, or illustration and 10 references will be accepted. Editorial Correspondence: Letters regarding articles published in the Journal within the preceding 6 months are strongly preferred. Letters should not exceed 400 words. This correspondence is published at the discretion of the Editor-in-Chief and the Associate Editors. The author(s) of the article that is the subject of the correspondence will be invited to respond. Commentaries: Commentaries are invited only and will be solicited solely by the editors. Commentaries serve as a forum for changes in adolescent healthcare training, economic issues, governmental health policies, international health, medical/scientific ethics, and meeting reports. The Editorial Process Acceptance for Review Manuscripts submitted to the Journal of Adolescent Health are reviewed internally for interest and relevance. Approximately half of all submitted manuscripts are returned to the authors without full peer review. That decision is made quickly, within 10 days of submission. Peer Review and Decision Manuscripts accepted for peer review are sent to three external reviewers. Reviewers are anonymous; authors' names are revealed. The Journal's goal is to complete peer review and reach a decision within six weeks of submission. Manuscripts will either be declined based on reviewer comments or referred back to the authors for revision. This is an invitation to present the best possible paper for further review; it is not an acceptance. Authors are asked to complete revisions within 30 days. If the authors do not respond within 30 days, the editors 125 may decline to consider the revision. The editors reciprocate by providing a final decision quickly upon receipt of the revision. Acceptance for Publication All manuscripts accepted for publication will require a written assignment of the copyright from the author(s) to the Society for Adolescent Health and Medicine. Elsevier Inc. will maintain all records of the copyright for the Society for Adolescent Health and Medicine. No part of the published material may be reproduced elsewhere without written permission from the publisher. Authors will receive typeset galley proofs via e-mail from the Journal Manager at Elsevier. Proofs should arrive approximately four to six weeks following acceptance. The article will be published in the print edition of the Journal approximately three to five months after acceptance. Articles Online First The Journal of Adolescent Health publishes articles online ahead of print publication in the Articles Online First section of our web site. Articles are published online approximately six to eight weeks following the galley proofs. The online article is identical to the version subsequently published in the print journal and is citable by the digital object identifier (DOI) assigned at the time of online publication. Fast-Tracking for Critical Issues in Adolescent Health and Medicine The Journal of Adolescent Health has developed a fast-tracking system in order to facilitate and encourage the submission of high-quality manuscripts with documented findings that may change the content of clinical practice or assist with the national and/or international dialogue about critical issues affecting adolescents and young adults. Manuscripts accepted for a fasttrack review will be forwarded to two reviewers from our Editorial Board, who are given two weeks to conduct an expedited review. The Journal will notify authors of the outcome of the review within three weeks of submission. If the review is favorable, fast-track authors will be asked to complete any necessary revisions within two weeks. Upon acceptance, fast-track manuscripts are prioritized for publication and should appear in print within two months. Fast tracking is a rare event intended for high-priority findings and should not be viewed simply as a mechanism for an expedited review. The article should be prepared in the same manner as an Original Article. 126 Release to Media Until the time of publication on the Journal of Adolescent Health's website, it is a violation of the copyright agreement to disclose the findings of an accepted manuscript to the media or the public. If you require an embargo date for your article, please contact the editorial office. Supplements The Journal of Adolescent Health publishes funded supplements after approval and review by the editorial office. Initial inquiries and proposals for supplements should be directed to the editorial office and to Elsevier's Senior Supplements Editor: Craig Smith Elsevier Supplements Department 360 Park Avenue South New York, NY 10010 Tel: (212) 462-1933 Fax: (212) 462-1935 E-mail: [email protected] Contact details for submission Editor Charles E. Irwin, Jr., M.D., Editor-in-Chief Tor D. Berg, Managing Editor Phone: 415-502-1373 E-mail: [email protected] Editorial Office, Journal of Adolescent Health University of California, San Francisco Research and Policy Center for Childhood & Adolescence 3333 California Street, Suite 245 San Francisco, CA 94118-6210 Publisher Andrea Boccelli, Publisher Phone: 215-239-3713 E-mail: [email protected] Elsevier 1600 John F. Kennedy Blvd, Suite 1800 127 Philadelphia, PA 19103 http://www.jahonline.org/ http://ees.elsevier.com/jah/ BEFORE YOU BEGIN Ethics in publishing For information on Ethics in publishing and Ethical guidelines for journal publication see http://www.elsevier.com/publishingethics and http://www.elsevier.com/journal- authors/ethics. Human and animal rights Studies of human subjects must document that approval was received from the appropriate institutional review board. When reporting experiments utilizing human subjects, it must be stated in writing, in the Methods section, that the Institution's Committee on Human Subjects or its equivalent has approved the protocol. The protocol for obtaining informed consent should be briefly stated in the manuscript. The Editor-in-Chief may require additional information to clarify the safeguards about the procedures used to obtain informed consent. Within the United States, the authors should verify compliance with the Health Insurance Portability and Accountability Act of 1996 (HIPAA) prior to submission. When reporting experiments on animal subjects, it must be stated that the institution's animal care and use committee has approved the protocol. Authors must immediately disclose to the Journal of Adolescent Health in writing the existence of any investigation or claim related to the manuscript with respect to the use of human or animal subjects that may be initiated by an institutional, regulatory, or official body at any time, including investigations or claims arising subsequent to manuscript submission, approval, or publication. Conflict of Interest According to the World Association of Medical Editors (WAME): "...a conflict of interest (competing interest) is some fact known to a participant in the publication process that if revealed later, would make a reasonable reader feel misled or deceived (or an author, reviewer, or editor feel defensive). Conflicts of interest may influence the judgment of authors, reviewers, and editors; these conflicts often are not immediately apparent to others. They may be personal, commercial, political, academic, or financial. Financial interests may include employment, research funding (received or pending), stock or share ownership, patents, 128 payment for lectures or travel, consultancies, nonfinancial support, or any fiduciary interest in the company. The perception of a conflict of interest is nearly as important as an actual conflict, since both erode trust." Authors are required to disclose on the title page of the initial manuscript any potential, perceived, or real conflict of interest. Authors must describe the role of the study sponsor(s), if any, in (1) study design; (2) the collection, analysis, and interpretation of data; (3) the writing of the report; and (4) the decision to submit the manuscript for publication. Authors should include statements even when the sponsor had no involvement in the above matters. Authors should also state who wrote the first draft of the manuscript and whether an honorarium, grant, or other form of payment was given to anyone to produce the manuscript. If the manuscript is accepted for publication, the disclosure statements may be published. See also http://www.elsevier.com/conflictsofinterest. Further information and an example of a Conflict of Interest form can be found at: http://help.elsevier.com/app/answers/detail/a_id/286/p/7923. Submission declaration Submission of an article implies that the work described has not been published previously (except in the form of an abstract or as part of a published lecture or academic thesis or as an electronic preprint, see http://www.elsevier.com/postingpolicy; poster and platform presentations and abstracts are not considered duplicate publications but should be noted in the manuscript's cover letter and Acknowledgements section of the manuscript); that it is not under consideration for publication elsewhere; that its publication is approved by all authors and tacitly or explicitly by the responsible authorities where the work was carried out; and that, if accepted, it will not be published elsewhere including electronically in the same form, in English or in any other language, without the written consent of the copyright-holder. If the submitted manuscript contains data that have been previously published, is in press, or is currently under review by another publication in any format, the authors are required to submit a reprint of the published article or a copy of the other manuscript to the Editor-inChief with a clarification of the overlap and a justification for consideration of the current submitted manuscript. The editors encourage authors to report fully the complete findings of their studies. The editors recognize that large and longitudinal datasets often result in multiple publications both on different topics and on the same topics across the span of development. Therefore, it is the 129 authors' strict responsibility both to notify the editors of the existence of multiple manuscripts arising from the same study and to cross-reference all those that are relevant. Manuscripts accepted for peer review may be submitted to the iThenticate plagiarism checker. I Thenticate compares a given manuscript to a broad range of published and in-press materials, returning a similarity report, which the editors will then examine for potential instances of plagiarism and self-plagiarism. Failure to disclose multiple or duplicate manuscripts may result in censure by the relevant journals and written notification of the appropriate officials at the authors' academic institutions. Changes to authorship This policy concerns the addition, deletion, or rearrangement of author names in the authorship of accepted manuscripts: Before the accepted manuscript is published in an online issue: Requests to add or remove an author, or to rearrange the author names, must be sent to the Journal Manager from the corresponding author of the accepted manuscript and must include: (a) the reason the name should be added or removed, or the author names rearranged and (b) written confirmation (e-mail, fax, letter) from all authors that they agree with the addition, removal or rearrangement. In the case of addition or removal of authors, this includes confirmation from the author being added or removed. Requests that are not sent by the corresponding author will be forwarded by the Journal Manager to the corresponding author, who must follow the procedure as described above. Note that: (1) Journal Managers will inform the Journal Editors of any such requests and (2) publication of the accepted manuscript in an online issue is suspended until authorship has been agreed. After the accepted manuscript is published in an online issue: Any requests to add, delete, or rearrange author names in an article published in an online issue will follow the same policies as noted above and result in a corrigendum. Clinical trials registration In order to foster a comprehensive, publicly available database of clinical trials, journals are increasingly requiring the registration of clinical trials. At this time, registration is not required for submission or publication in the Journal of Adolescent Health. However, the 130 editors strongly recommend registration of clinical trials in an appropriate registry. Please provide the site of registration and the registration number on the title page. One such registry is ClincalTrials.gov, a service of the U.S. National Institutes of Health, at http://www.clinicaltrials.gov/. A number of other registries are available. Copyright This journal offers authors a choice in publishing their research: Open access and Subscription. For subscription articles Upon acceptance of an article, authors will be asked to complete a 'Journal Publishing Agreement' (for more information on this and copyright, see http://www.elsevier.com/copyright). An e-mail will be sent to the corresponding author confirming receipt of the manuscript together with a 'Journal Publishing Agreement' form or a link to the online version of this agreement. Subscribers may reproduce tables of contents or prepare lists of articles including abstracts for internal circulation within their institutions. Permission of the Publisher is required for resale or distribution outside the institution and for all other derivative works, including compilations and translations (please consult http://www.elsevier.com/permissions). If excerpts from other copyrighted works are included, the author(s) must obtain written permission from the copyright owners and credit the source(s) in the article. Elsevier has preprinted forms for use by authors in these cases: please consult http://www.elsevier.com/permissions. For open access articles Upon acceptance of an article, authors will be asked to complete an 'Exclusive License Agreement' (for more information see http://www.elsevier.com/OAauthoragreement). Permitted reuse of open access articles is determined by the author's choice of user license (see http://www.elsevier.com/openaccesslicenses). Retained author rights As an author you (or your employer or institution) retain certain rights. For more information on author rights for: Subscription articles please see http://www.elsevier.com/journalauthors/author-rights-and-responsibilities. http://www.elsevier.com/OAauthoragreement. Open access articles please see 131 Role of the funding source You are requested to identify who provided financial support for the conduct of the research and/or preparation of the article and to briefly describe the role of the sponsor(s), if any, in study design; in the collection, analysis and interpretation of data; in the writing of the report; and in the decision to submit the article for publication. If the funding source(s) had no such involvement then this should be stated. Funding body agreements and policies Elsevier has established agreements and developed policies to allow authors whose articles appear in journals published by Elsevier, to comply with potential manuscript archiving requirements as specified as conditions of their grant awards. To learn more about existing agreements and policies please visit http://www.elsevier.com/fundingbodies. Open access This journal offers authors a choice in publishing their research: Open access • Articles are freely available to both subscribers and the wider public with permitted reuse • An open access publication fee is payable by authors or their research funder Subscription • Articles are made available to subscribers as well as developing countries and patient groups through our access programs (http://www.elsevier.com/access) • No open access publication fee All articles published open access will be immediately and permanently free for everyone to read and download. Permitted reuse is defined by your choice of one of the following Creative Commons user licenses: Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike (CC BY-NC-SA): for noncommercial purposes, lets others distribute and copy the article, to create extracts, abstracts and other revised versions, adaptations or derivative works of or from an article (such as a translation), to include in a collective work (such as an anthology), to text and data mine the article, as long asthey credit the author(s), do not represent the author as endorsing their adaptation of the article, do not modify the article in such a way as to damage the author's honor or reputation, and license their new adaptations or creations under identical terms (CC BY-NC-SA). 132 Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs (CC BY-NC-ND): for noncommercial purposes, lets others distribute and copy the article, and to include in a collective work (such as an anthology), as long as they credit the author(s) and provided they do not alter or modify the article. Elsevier has established agreements with funding bodies, http://www.elsevier.com/fundingbodies. This ensures authors can comply with funding body open access requirements, including specific user licenses, such as CC BY. Some authors may also be reimbursed for associated publication fees. If you need to comply with your funding body policy, you can apply for the CC BY license after your manuscript is accepted for publication. To provide open access, this journal has a publication fee which needs to be met by the authors or their research funders for each article published open access. Your publication choice will have no effect on the peer review process or acceptance of submitted articles. The open access publication fee for this journal is $3000, excluding taxes. Learn more about Elsevier's pricing policy: http://www.elsevier.com/openaccesspricing. Language (usage and editing services) Please write your text in good English (American or British usage is accepted, but not a mixture of these). Authors who feel their English language manuscript may require editing to eliminate possible grammatical or spelling errors and to conform to correct scientific English may wish to use the English Language Editing service available from Elsevier's WebShop (http://webshop.elsevier.com/languageediting/) or visit our customer support site (http://support.elsevier.com) for more information. Submission Manuscript Preparation General information Submission to this journal proceeds totally online, and you will be guided stepwise through the creation and uploading of your files. The system automatically converts source files to a single PDF file of the article, which is used in the peer-review process. Please note that even though manuscript source files are converted to PDF files at submission for the review process, these source files are needed for further processing after acceptance. All correspondence, including notification of the Editor's decision and requests for revision, takes place by e-mail, removing the need for a paper trail. 133 Manuscript documents must comply with layout and length requirements outlined below. All accepted manuscripts may be subject to editing and revision by the editors and their agents. Authors should take care to avoid redundancy within the text and between the tables, figures, and text. Due to page limitations, the editors may decide that figures, appendices, tables, acknowledgments, and other materials be published online only and referenced in the print edition of the Journal. Online submission Manuscripts must be submitted online via the Elsevier Editorial System (EES). To access EES, go to http://ees.elsevier.com/jah/ and register as a new user. You will be guided stepwise through the creation and uploading of the various files and data. Once the uploading is done, the system automatically generates an electronic (PDF) proof, which is then used for reviewing. All correspondence regarding submitted manuscripts will be handled via e-mail through EES. For the purposes of EES, a manuscript submission consists of a minimum of two distinct files: a Cover Letter and the Manuscript itself including the Title Page (with any Acknowledgments) and the Abstract. EES accepts files from a broad range of word processing applications. Both files should be set in 12- point double-spaced type, and all pages should be numbered consecutively. The file should follow the general instructions on style/arrangement, and, in particular, the reference style. In addition, Tables and Figures should be included as separate and individual files. If electronic submission is not possible, please contact Tor Berg, the Managing Editor, at [email protected], or by phone at 415-502-1373 or by mail at: Editorial Office, Journal of Adolescent Health, University of California, San Francisco, Research and Policy Center for Childhood and Adolescence, 3333 California Street, Suite 245, San Francisco, CA 94118. Cover Letter A Cover Letter must accompany all submissions. The Cover Letter should describe the manuscript's unique contribution and provide the following information in accordance with the Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals: Writing and Editing for Biomedical Publication available at http://www.icmje.org: 134 • Disclosure of any prior publications or submissions with any overlapping information, including Methods, or a statement that there are no prior publications or submissions with any overlapping information; • A statement that the work is not and will not be submitted to any other journal while under consideration by the Journal of Adolescent Health; • A statement of any potential conflict of interest, real or perceived, the role of the study sponsor, and additional disclosures, if any; potential conflicts must also appear on the Title Page Submit your article Referees To assist with a prompt, fair review process, authors are asked to provide the names, institutional affiliations, and e-mail addresses of 5 potential reviewers who have the appropriate expertise to evaluate the manuscript. Failure to provide 5 potential reviewers may result in delays in the processing of your manuscript. Do not refer potential reviewers with whom you have a current or past personal or professional relationship. Do not recommend members of the Journal's editorial board. Authors may also provide the names of persons who should not be asked to review the manuscript. Ultimately, the editors reserve the right to choose reviewers. Proprietary Products Authors should use nonproprietary names of drugs or devices unless mention of a manufacturer is pertinent to the discussion. If a proprietary product is cited, the name and location of the manufacturer must also be included. PREPARATION Use of word processing software It is important that the file be saved in the native format of the word processor used. The text should be in single-column format. Keep the layout of the text as simple as possible. Most formatting codes will be removed and replaced on processing the article. In particular, do not use the word processor's options to justify text or to hyphenate words. However, do use bold face, italics, subscripts, superscripts etc. When preparing tables, if you are using a table grid, use only one grid for each individual table and not a grid for each row. If no grid is used, use tabs, not spaces, to align columns. The electronic text should be prepared in a way very 135 similar to that of conventional manuscripts (see also the Guide to Publishing with Elsevier: http://www.elsevier.com/guidepublication). Note that source files of figures, tables and text graphics will be required whether or not you embed your figures in the text. See also the section on Electronic artwork. To avoid unnecessary errors you are strongly advised to use the 'spell-check' and 'grammar-check' functions of your word processor. Article structure Subdivision Divide your article into clearly defined sections. Each subsection is given a brief heading. Each heading should appear on its own separate line. Subsections should be used as much as possible when crossreferencing text: refer to the subsection by heading as opposed to simply 'the text.' The text of Original Articles and Briefs should usually, but not necessarily, be divided into the following sections: Introduction, Methods, Results, and Discussion. Additionally, the Journal requests an Implications and Contribution summary statement. Implications and Contribution: In addition to the abstract, please include a summary statement at the beginning of your manuscript. This summary should be no more than 50 words in length and should describe the significance of your study's findings and its contribution to the literature in plain language. These summaries appear on the published articles and in various digests and newsletters. Introduction: The introduction should clearly state the purpose(s) of the article and summarize the rationale for the study of observation. Please do not include an “Introduction” heading, just text. Only pertinent references should be used. Methods: The selection of observational or experimental subjects (patients or experimental animals, including controls) should be clearly described in the Methods section. The methods, apparatus, and procedures used should be described in enough detail to allow other workers to reproduce the results. References should be provided for established methods, including statistical methods. Methods that are not well known should be concisely described with appropriate references. Any new or substantially modified method(s) should be carefully described, reasons given for its use, and an evaluation made of its known or potential limitations. All drugs and chemicals used should be identified by generic name(s), dosage(s), and route(s) of administration. The numbers of observations and the statistical significance of 136 findings should be included when appropriate. Patients' names, initials, or hospital numbers should not be used. *Note that when reporting experiments utilizing human subjects, approval of the protocol by the sponsoring Institution's Committee on Human Subjects or its equivalent must be stated explicitly within the Methods section of the manuscript. In addition, the protocol for obtaining informed consent should be briefly described. Results: Results should be presented in a logical sequence in the text, table(s), and illustration(s). Only critical data from the table(s) and/or illustration(s) should be repeated in the text. Discussion: Emphasis in the Discussion section should be placed on the new and important aspects of the study and the conclusions that can be drawn. Detailed data from the results section should not be repeated in the discussion. The discussion should include the implications and limitations of the findings and should relate the observations to other relevant studies. The link between the conclusion(s) and the goal(s) of the study should be carefully stated, avoiding unqualified statements and conclusions not completely supported by the data. The author(s) should avoid claiming priority and alluding to work that has not yet been completed. New hypotheses, when stated, should be clearly identified as such. Recommendations, when appropriate, may be included. Grammar, punctuation, and scientific writing style should follow the AMA Manual of Style, 10th edition. Appendices If there is more than one appendix, they should be identified as Appendix A, Appendix B, etc. Tables and figures in appendices should be given separate numbering: Table A1, Fig. A1, etc. Essential Title Page Information • Title. Concise and informative (titles are limited to 150 characters). Titles are often used in information-retrieval systems. Avoid abbreviations and formulae where possible. • Author names and affiliations. Where the family name may be ambiguous (e.g., a double name), please indicate this clearly. Include the full names of all authors, as well as the highest academic degrees (excluding bachelor-level degrees) and the departmental and institutional affiliation of each. Please note that the Journal does not list fellowships of professional or certifying organizations as credentials. Relevant sources of financial support and potential 137 conflicts of interest should be reported for all authors. Present the authors' affiliation addresses (where the actual work was done) below the names. Indicate all affiliations with a lower-case superscript letter immediately after the author's name and in front of the appropriate address. Provide the full postal address of each affiliation, including the country name and, if available, the e-mail address of each author. • Corresponding author. Clearly indicate who will handle correspondence at all stages of refereeing and publication, also post-publication. Ensure that phone and fax numbers (with country and area code) are provided in addition to the e-mail address and the complete postal address. Contact details must be kept up to date by the corresponding author. • Present/permanent address. If an author has moved since the work described in the article was done, or was visiting at the time, a 'Present address' (or 'Permanent address') may be indicated as a footnote to that author's name. The address at which the author actually did the work must be retained as the main, affiliation address. Superscript Arabic numerals are used for such footnotes. • Acknowledgments. The title page should also include an Acknowledgments section, listing any sources of support such as grants, equipment, or drugs; and any acknowledgments of persons who have made a substantive contribution to the study. Authors should obtain written permission from anyone that they wish to list in the Acknowledgments section. The corresponding author must also affirm that he or she has listed everyone who contributed significantly to the work in the Acknowledgments. Previous oral or poster presentations at local, regional, national or international meetings should be reported here. Authorship Criteria As a condition of authorship, all named authors must have seen the final draft of the manuscript, approve of its submission to the Journal, and be willing to take responsibility for it in its entirety. All named authors must complete a signed Statement of Authorship. The Journal's Statement can be downloaded in PDF format at http://cdn.elsevier.com/promis_misc/jah_soa.pdf. We prefer an electronic copy of the statement: please electronically sign the PDF using Acrobat or print the PDF, sign it by hand, and scan it. Completed forms should be uploaded with your manuscript submission. We can also receive statements by email at [email protected] or by fax at (415) 476-6106, though it may delay processing of your manuscript. 138 If there are concerns about how all persons listed as authors meet the criteria for authorship according to the Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals: Writing and Editing for Biomedical Publication available at www.icmje.org, we will request further information from the corresponding author and, if necessary, request written documentation of each person's work on the report. The Journal does not list corporate authors, such as research networks, professional societies, or think tanks. Only individuals meet the Journal's criteria for authorship. The names, along with any conflicts of interest, funding sources, and industry-relation, of persons who have contributed substantially to a study but who do not fulfill the criteria for authorship are to be listed in the Acknowledgments section. This section should include individuals who provided any writing, editorial, statistical assistance, etc. Abstract A concise and factual abstract is required. The abstract should state briefly the purpose of the research, the principal results and major conclusions. An abstract is often presented separately from the article, so it must be able to stand alone. For this reason, References should be avoided, but if essential, then cite the author(s) and year(s). The abstract should be provided in a structured table format with the following bolded headings: Purpose, Methods, Results, and Conclusions. Emphasis should be placed on new and important aspects of the study or observations. Only common and approved abbreviations are acceptable, and they must be defined at their first mention in the abstract itself. Three to 10 key words or short phrases should be identified and placed below the abstract. These key words will be used to assist indexers in cross-indexing the article and will be published with the abstract. For this, terms from the Medical Subject Headings list in the Index Medicus should be used whenever possible. Graphical abstract Although a graphical abstract is optional, its use is encouraged as it draws more attention to the online article. The graphical abstract should summarize the contents of the article in a concise, pictorial form designed to capture the attention of a wide readership. Graphical abstracts should be submitted as a separate file in the online submission system. Image size: Please provide an image with a minimum of 531 × 1328 pixels (h × w) or proportionally more. The image should be readable at a size of 5 × 13 cm using a regular screen resolution of 139 96 dpi. Preferred file types: TIFF, EPS, PDF or MS Office files. See http://www.elsevier.com/graphicalabstracts for examples. Authors can make use of Elsevier's Illustration and Enhancement service to ensure the best presentation of their images and in accordance with all technical requirements: Illustration Service. Highlights Highlights are mandatory for this journal. They consist of a short collection of bullet points that convey the core findings of the article and should be submitted in a separate file in the online submission system. Please use 'Highlights' in the file name and include 3 to 5 bullet points (maximum 85 characters, including spaces, per bullet point). See http://www.elsevier.com/highlights for examples. Abbreviations Authors should provide a list of abbreviations on the title page. All acronyms in the text should be expanded at first mention, followed by the abbreviation in parentheses. The acronym may appear in the text thereafter. Do not use abbreviations in the title. Acronyms may be used in the abstract if they occur 3 or more times therein. Generally, abbreviations should be limited to those defined in the AMA Manual of Style, 10th edition. Units Follow internationally accepted rules and conventions: use the international system of units (SI). If other units are mentioned, please give their equivalent in SI. Math formulae Present simple formulae in the line of normal text where possible and use the solidus (/) instead of a horizontal line for small fractional terms, e.g., X/Y. In principle, variables are to be presented in italics. Powers of e are often more conveniently denoted by exp. Number consecutively any equations that have to be displayed separately from the text (if referred to explicitly in the text). Artwork Electronic Artwork General points 140 • Make sure you use uniform lettering and sizing of your original artwork. • Embed the used fonts if the application provides that option. • Aim to use the following fonts in your illustrations: Arial, Courier, Times New Roman, Symbol, or use fonts that look similar. • Number the illustrations according to their sequence in the text. • Use a logical naming convention for your artwork files. • Provide captions to illustrations separately. • Size the illustrations close to the desired dimensions of the printed version. • Submit each illustration as a separate file. A detailed guide on electronic artwork is available on our website: http://www.elsevier.com/artworkinstructions You are urged to visit this site; some excerpts from the detailed information are given here. Formats If your electronic artwork is created in a Microsoft Office application (Word, PowerPoint, Excel) then please supply 'as is' in the native document format. Regardless of the application used other than Microsoft Office, when your electronic artwork is finalized, please 'Save as' or convert the images to one of the following formats (note the resolution requirements for line drawings, halftones, and line/halftone combinations given below): EPS (or PDF): Vector drawings, embed all used fonts. TIFF (or JPEG): Color or grayscale photographs (halftones), keep to a minimum of 300 dpi. TIFF (or JPEG): Bitmapped (pure black & white pixels) line drawings, keep to a minimum of 1000 dpi. TIFF (or JPEG): Combinations bitmapped line/half-tone (color or grayscale), keep to a minimum of 500 dpi. Please do not: • Supply files that are optimized for screen use (e.g., GIF, BMP, PICT, WPG); these typically have a low number of pixels and limited set of colors; • Supply files that are too low in resolution; • Submit graphics that are disproportionately large for the content. Letters and symbols should be clear and even throughout and of sufficient size that when figures are reduced for publication (to approximately 3 inches wide), each item will still be legible. When symbols, arrows, numbers, or letters are used to identify parts of the illustrations, each should be identified and clearly explained in the legend. 141 If photomicrographs are to be submitted, the requirements for their presentation should be obtained from the Editor-in-Chief prior to submission. If photographs of persons are used, either the subjects must not be identifiable or their pictures must be accompanied by written permission to publish the photograph. If an illustration has been published, the original source must be acknowledged and accompanied by written permission from the copyright holder to reproduce the material. Permission is required regardless of authorship or publisher except for documents in the public domain. Color artwork Please make sure that artwork files are in an acceptable format (TIFF (or JPEG), EPS (or PDF), or MS Office files) and with the correct resolution. If, together with your accepted article, you submit usable color figures then Elsevier will ensure, at no additional charge, that these figures will appear in color on the Web (e.g., Science Direct and other sites) regardless of whether or not these illustrations are reproduced in color in the printed version. For color reproduction in print, you will receive information regarding the costs from Elsevier after receipt of your accepted article. Please indicate your preference for color: in print or on the Web only. For further information on the preparation of electronic artwork, please see http://www.elsevier.com/artworkinstructions. Please note: Because of technical complications that can arise by converting color figures to 'gray scale' (for the printed version should you not opt for color in print) please submit in addition usable black and white versions of all the color illustrations. Illustration services Elsevier's WebShop (http://webshop.elsevier.com/illustrationservices) offers Illustration Services to authors preparing to submit a manuscript but concerned about the quality of the images accompanying their article. Elsevier's expert illustrators can produce scientific, technical and medicalstyle images, as well as a full range of charts, tables and graphs. Image 'polishing' is also available, where our illustrators take your image(s) and improve them to a professional standard. Please visit the website to find out more. Figure captions Ensure that each illustration has a caption. Supply captions separately, not attached to the figure. A caption should comprise a brief title (not on the figure itself) and a description of 142 the illustration. Keep text in the illustrations themselves to a minimum but explain all symbols and abbreviations used. Tables Tables should be submitted as separate and individual files. Number tables consecutively in accordance with their appearance in the text. Each table should be given a brief title; explanatory matter should be placed in a table footnote. Place footnotes to tables below the table body and indicate them with superscript lowercase letters. Any nonstandard abbreviation should be explained in a table footnote. Avoid vertical rules. Be sparing in the use of tables and ensure that the data presented in tables do not duplicate results described elsewhere in the article. Statistical measures should be identified as measures of variation such as SD or SEM. If data from another published or unpublished source are used, permission must be obtained and the source fully acknowledged. EES will accept files from a wide variety of table-creation software. References Citation in Text Authors are responsible for the accuracy of references. References should be numbered consecutively in the order in which they are first mentioned in the text. References cited only in tables or figure captions should be numbered in accordance with the sequence established by the first identification in the text of the particular table or figure. Identify references in text, tables, and captions by Arabic numerals in brackets. Please ensure that every reference cited in the text is also present in the reference list (and vice versa). Any references cited in the abstract must be given in full. An effort should be made to avoid using abstracts as references. Unpublished observations and personal communications are not acceptable as references, although references to written, not verbal, communications may be inserted into the text in parentheses. Citation of a reference as 'in press' implies that the item has been accepted for publication. References to manuscripts accepted but not yet published should designate the journal followed by (in press). All references must be verified by the authors against the original documents. Reference links Increased discoverability of research and high quality peer review are ensured by online links to the sources cited. In order to allow us to create links to abstracting and indexing services, such as Scopus, CrossRef and PubMed, please ensure that data provided in the references are 143 correct. Please note that incorrect surnames, journal/book titles, publication year and pagination may prevent link creation. When copying references, please be careful as they may already contain errors. Use of the DOI is encouraged. Reference style The titles of journals should be abbreviated according to the style used in the list of Journals Indexed for MEDLINE, posted by the NLM on the Library's web site, http://www.nlm.nih.gov/tsd/serials/lji.html. Reference style should follow that of the AMA Manual of Style, 10th edition, as shown in the following examples: Journals 1. Standard journal article: References should list all authors when four or fewer; when more than four, only the first three should be listed, followed by ‘et al.’ Aalsma MA, Tong Y, Wiehe SE, et al. The impact of delinquency on young adult sexual risk behaviors and sexually transmitted infections. J Adolesc Health 2010;46:17-24. DOI: 10.1016/ j.jadohealth.2009.05.018. 2. Corporate Author: Center for Health Promotion and Education. Guidelines for effective school health education to prevent the spread of AIDS. J Sch Health 1988;58:142-8. Books and Monographs 1. Personal Author(s): Romer D. Reducing Adolescent Risk: Toward an Integrated Approach. Thousand Oaks, CA: Sage Publications, 2003. 2. Editor(s), Compiler(s), Chairman as Author(s): Rosen DS, Rich M, eds. The adolescent male. In: Adolescent Medicine: State of the Art Reviews. Vol 14. Philadelphia, PA: Hanley & Belfus, 2003. 3. Chapter in a Book: Marcell AV, Irwin CE Jr. Adolescent substance use and abuse. In: Finberg L, Kleinman RE, eds. Saunders Manual of Pediatric Practice. 2nd ed. Philadelphia, PA: WB Saunders, 2002:127-139. 4. Agency Publication: America's Children: Key National Indicators of Well-Being 2009. Washington, DC: Federal Interagency Forum on Child and Family Statistics, 2009. 144 Web sites World Health Organization. Good information practice essential criteria for vaccine safety web sites. Available at: http://www.who.int/vaccine_safety/good_vs_sites/en. Accessed January 13, 2010. Video data The Journal of Adolescent Health accepts video material and animation sequences to support and enhance your scientific research. Authors who have video or animation files that they wish to submit with their article are strongly encouraged to include links to these within the body of the article. This can be done in the same way as a figure or table by referring to the video or animation content and noting in the body text where it should be placed. All submitted files should be properly labeled so that they directly relate to the video file's content. In order to ensure that your video or animation material is directly usable, please provide the files in one of our recommended file formats with a preferred maximum size of 50 MB. Video and animation files supplied will be published online in the electronic version of your article on JAHOnline.org and Elsevier's Science Direct: http://www.sciencedirect.com. Please supply 'stills' with your files: you can choose any frame from the video or animation or make a separate image. These will be used instead of standard icons and will personalize the link to your video data. For more detailed instructions please visit our video instruction pages at http://www.elsevier.com/artworkinstructions. Note: since video and animation cannot be embedded in the print version of the journal, please provide text for both the electronic and the print version for the portions of the article that refer to this content. Supplementary data The Journal of Adolescent Health accepts electronic supplementary material to support and enhance your scientific research. Supplementary files offer the author additional possibilities to publish supporting applications, high-resolution images, background datasets, sound clips and more. Supplementary files supplied will be published online alongside the electronic version of your article on JAHOnline.org and Elsevier's Science Direct: http://www.sciencedirect.com. In order to ensure that your submitted material is directly usable, please provide the data in one of our recommended file formats. Authors should submit the material in electronic format together with the article and supply a concise and descriptive caption for each file. For more detailed instructions please visit our artwork instruction pages at http://www.elsevier.com/artworkinstructions. 145 Submission Checklist Checklist The following list will be useful during the final checking of an article prior to sending it to the Journal for review. Please consult this Guide for Authors for further details of any item. Ensure that the following items are present: Cover letter • Disclosure of any prior publications or submissions with any overlapping information • A statement that the work is not under consideration elsewhere • Disclosure of any potential conflict of interest, real and perceived, for all named authors • Names and contact information for 5 potential reviewers Statements of Authorship •Please submit a separate statement for each named author Title page • Article title • Full names, academic degrees (Masters level and above), and affiliations of all authors • Name, address, e-mail address, telephone and fax number of the corresponding author • Sources of funding and acknowledgements of support and assistance • Disclosure of potential conflicts, real and perceived, for all named authors • Clinical trials registry site and number • List of abbreviations Abstract • Structured for Original Articles and Briefs, summary for Review Articles and Clinical Observations • List of keywords Manuscript • Please double-space • Implications and Contributions statement • IRB statement in the Methods section • References should be in the correct format for this journal; all references mentioned in the Reference list are cited in the text, and vice versa • Figure legends should be on a new page • Manuscript has been 'spell-checked' and 'grammar-checked' Tables 146 • Including title and footnotes, each saved as a separate document Figures • Each saved as a separate file, with captions • Color figures are clearly marked as being intended for color reproduction on the Web (free of charge) and in print, or to be reproduced in color on the Web (free of charge) and in blackand-white in print; if only color on the Web is required, black-and-white versions of the figures are also supplied for printing purposes Permission has been obtained for use of copyrighted material from other sources (including the Web) • Copies of prior and/or in press publications related to the current submission can be uploaded as separate files or e-mailed to the Managing Editor • For any further information please visit our customer support site at http://support.elsevier.com. AFTER ACCEPTANCE Use of the Digital Object Identifier The Digital Object Identifier (DOI) may be used to cite and link to electronic documents. The DOI consists of a unique alpha-numeric character string which is assigned to a document by the publisher upon the initial electronic publication. The assigned DOI never changes. Therefore, it is an ideal medium for citing a document, particularly 'Articles in press' because they have not yet received their full bibliographic information. Example of a correctly given DOI (in URL format; here an article in the journal Physics Letters B): http://dx.doi.org/10.1016/j.physletb.2010.09.059 When you use a DOI to create links to documents on the web, the DOIs are guaranteed never to change. Proofs One set of page proofs (as PDF files) will be sent by e-mail to the corresponding author (if we do not have an e-mail address then paper proofs will be sent by post) or, a link will be provided in the e-mail so that authors can download the files themselves. Elsevier now provides authors with PDF proofs which can be annotated; for this you will need to download Adobe Reader version 9 (or higher) available free from http://get.adobe.com/reader. Instructions on how to annotate PDF files will accompany the proofs (also given online). The 147 exact system requirements are given at the Adobe site: http://www.adobe.com/products/reader/tech-specs.html. If you do not wish to use the PDF annotations function, you may list the corrections (including replies to the Query Form) and return them to Elsevier in an e-mail. Please list your corrections quoting line number. If, for any reason, this is not possible, then mark the corrections and any other comments (including replies to the Query Form) on a printout of your proof and return by fax, or scan the pages and e-mail, or by post. Please use this proof only for checking the typesetting, editing, completeness and correctness of the text, tables and figures. Significant changes to the article as accepted for publication will only be considered at this stage with permission from the Editor. We will do everything possible to get your article published quickly and accurately. It is important to ensure that all corrections are sent back to us in one communication: please check carefully before replying, as inclusion of any subsequent corrections cannot be guaranteed. Proofreading is solely your responsibility. Offprints The corresponding author, at no cost, will be provided with a personalized link providing 50 days free access to the final published version of the article on Science Direct. This link can also be used for sharing via email and social networks. For an extra charge, paper offprints can be ordered via the offprint order form which is sent once the article is accepted for publication. Both corresponding and co-authors may order offprints at any time via Elsevier's WebShop (http://webshop.elsevier.com/myarticleservices/offprints). Authors requiring printed copies of multiple articles may use Elsevier WebShop's 'Create Your Own Book' service to collate multiple articles within a single cover (http://webshop.elsevier.com/myarticleservices/booklets). AUTHOR INQUIRIES For inquiries relating to the submission of articles (including electronic submission) please send an email to [email protected]. For detailed instructions on the preparation of electronic artwork, please visit http://www.elsevier.com/artworkinstructions. Contact details for questions arising after acceptance of an article, especially those relating to proofs, will be provided by the publisher. http://www.elsevier.com/trackarticle. http://www.elsevier.com/authorFAQ http://support.elsevier.com. You You can can and/or track also contact accepted check our Customer articles Author FAQs Support at at via 148 The open access publication fee for this journal is $3,000, excluding taxes. Learn more about Elsevier's pricing policy: http://www.elsevier.com/openaccesspricing. 149 ANEXO 13 – Normas para Publicação da Revista American Journal of Physical Medicine & Rehabilitation For Authors American Journal of Physical Medicine & Rehabilitation has specific instructions and guidelines for submitting articles. Mission Statement The mission of the American Journal of Physical Medicine & Rehabilitation is to publish articles about all aspects of PM&R and to promote excellence in education, scientific research clinical practice, health policy, and administration. The American Journal of Physical Medicine & Rehabilitation is the official scholarly journal of the Association of Academic Physiatrists (AAP). The scope of the Journal emphasizes all aspects of the specialty of physiatry, including pediatric, adult, and geriatric physical medicine, rehabilitation, and electrodiagnostic medicine. The practice focus is on the clinical and administrative aspects of physical medicine, rehabilitation, and electrodiagnostic medicine. The research focus emphasizes clinical inquiry and also explores basic science. The educational focus is on the application of modern teaching techniques/technology to graduate, undergraduate, and postgraduate physiatric instructional programs. The overall goal of the Journal is to enhance the interrelationship of practice, research, and education to advance the field of physiatric medicine for the ultimate benefit of the patient. Conditions for Submission The author: (1) assures that the manuscript is an original work that has not been previously published; (2) assures that the manuscript has not been previously submitted to any other publication; (3) accepts full responsibility for the accuracy of all content, including findings, citations, quotations, and references contained within the manuscript; (4) releases and assigns all rights for the publication of the manuscript to Lippincott Williams & Wilkins; (5) discloses on the title page any conflicts of interest related to the research or the manuscript; (6) discloses on the title page any previous presentation of the research, manuscript, or abstract; (7) assures that authorship has been granted only to those individuals who have contributed 150 substantially to the research or manuscript; (8) discloses in the methods section of the manuscript that any investigation involving human subjects or the use of patient data for research purposes was approved by the committee on research ethics at the institution in which the research was conducted in accordance with the Declaration of the World Medical Association (www.wma.net) and that any informed consent from human subjects was obtained as required; (9) attaches documents showing all relevant permissions to publish quotations, text, tables, or illustrations from copyrighted sources; (10) discloses in the manuscript references and/or table/figure footnotes the full citation and permission of the copyright owner as required. Visit: www.copyright.gov for more copyright information. Categories of Manuscripts The American Journal of Physical Medicine & Rehabilitation invites submission of original papers, particularly in the categories below, for consideration to publish in order of preference. 1. Scientific Research Article: Original scientific investigations that advance the field of physiatric medicine. These papers include in order of preference: (1) Cohort studies, such as randomized, controlled trials and longitudinal studies; (2) Case-control studies; (3) Historical prospective studies; (4) Cross-sectional studies; and (5) Radiologic Studies. LIMITS: 6,000 words; 7 Tables; 7 Figures. 2. CME Article: Original scientific research papers as described above specifically selected by have a paper considered for selection as a CME Article. LIMITS: 6,000 words; 7 Tables; 7 Figures. 3. Education & Administration Article: Short papers or surveys addressing issues concerning education, student training, and administration in the field of physical medicine & rehabilitation. LIMITS: 4,000 words; 4 Tables; 4 Figures. 4. Brief Report: Short papers reporting on research techniques, statistical techniques, and clinical aspects of physical medicine & rehabilitation. LIMITS: 3,000 words; 4 Tables; 4 Figures. 151 5. Case Report: Short reports explaining the diagnosis, treatment, and outcomes of individual cases of specific conditions to clarify and improve patient care. Cases must be unique to the published medical literature. Any treatment recommendations should reflect current medical practice and cite references from previously published research. LIMITS: 2,000 words; 4 Tables; 4 Figures. 6. Clinical Note: Brief comment on patient diagnosis or treatment resulting from personal clinical experience. LIMITS: 1,000 words; 2 Tables; 2 Figures. 7. Commentary: Short editorial-like paper promoting a particular viewpoint on matters relating to the clinical, scientific, and educational aspects of physical medicine & rehabilitation. Papers that follow the format for a commentary do not have abstracts and should be limited to no more than eight double-spaced typed pages, including references. Include four key words. LIMITS: 2,000 words; 2 Tables; 2 Figures. 8. Analysis: In-depth systematic examination of complex issues of significant interest to readers and authored by a recognized expert in the field of physical medicine & rehabilitation. LIMITS: 7,000 words; 7 Tables; 7 Figures. 9. Perspective: In-depth elaboration of viewpoints and personal experiences of interest to readers and authored by a recognized expert in the field of physical medicine & rehabilitation. LIMITS: 7,000 words; 7 Tables; 7 Figures. 10. Literature Review: In-depth critical summaries and assessments of previously published information on topics related to the field of physical medicine & rehabilitation and authored by a recognized expert. The Journal primarily publishes systematic reviews and metaanalysis. LIMITS: 7,000 words; 7 Tables; 7 Figures. 11. Letters to the Editor: Intellectual and scholarly letters of comment about articles published in the Journal or other matters of general interest. References may be included to support opinions. The Editor reserves the right to determine which letters shall be published and to shorten letters as necessary. 152 12. Literature Reviews: Submitted by experts on a particular topic of interest to the readers. Because of space considerations, literature reviews will be selected for peer review only after careful evaluation of content and author expertise. Author CV's are required. 13. Visual Vignettes: A rapid, interesting, and enjoyable mechanism by which to further educate and stimulate the readers of the Journal using both visual aids and written information. The visual aids that authors submit may include any of the following: X-rays CT scans MRI scans Graphs or diagrams Photos of electron microscope findings EKG printouts Electrodiagnostic printouts (NCS or needle exam) Photo of a patient or medical device All images must be high resolution and may be submitted in either black & white or color. Please follow the Figure Guidelines when submitting images. Accompanying text should include a brief and concise clinical review of the specific patient or clinical issue. This should be followed by a description of the visual aid and an explanation of how such aid may have influenced/affected the management of the patient (diagnosis, treatment, medical and/or PM&R management issues). As appropriate, a summary of the particular pathology or disease process may be included. Finally, any clinical or academic "pearls" to be learned from the visual aid should be included. LIMITS: 200-400 words; Maximum of 4 References; Must fit on one page of the published Journal. 14. Video Galleries: Combines text with video in the presentation and discussion of a topic of interest in physical medicine and rehabilitation. The Journal encourages submission of high quality digital video to explain medical techniques or procedures of interest to the readership. Educational or instructional videos should accompany a written report to explain the technique or procedure. Visit www.AJPMR.com for current examples. Please follow the Video Guidelines when submitting. Both the manuscript and video will be reviewed for 153 quality of content. Authors may be asked to revise the text and/or video if accepted for publication. LIMITS: Maximum of 500 words. 15. Poster Abstracts: Selected abstracts of scientific posters presented at the Annual AAP Spring Meeting may be published in the Journal. The Editor may shorten or edit abstracts selected for publication in the print and/or online Journal. Submission Process Online Manuscript Submission AJPM&R accepts online submission of manuscripts through Editorial ManagerTM. The site contains instructions and advice on how to use the system, guidance on the creation/scanning and All saving manuscripts of electronic must be art, submitted and supporting online via documentation. Editorial ManagerTM, at http://www.editorialmanager.com/ajpmr/default.asp. First-time Please click the Register button on the Editorial Manager home page. Enter the requested information to complete your registration. Upon successful registration, an email containing your user name and password will be sent to you. Please be sure to enter your email address correctly; if an error has been made or an incorrect email address has been provided, you will not received this notification. Note: If you have already received an email containing your User ID and password, or if you are already registered, do not register again. Authors Click the log-in button on the Editorial Manager home page, enter your username and password, and click on Author Login. Click on the Submit Manuscript link to begin the submission process. Be sure to prepare your manuscript according to the requirements laid out in these author instructions. Following submission to the journal office, you will be able to track the progress of your manuscript through the system. 154 If you experience any problems with Editorial Manager or have any questions, please contact the Editorial Office by clicking on the 'Contact Us' link in the navigation bar or by emailing [email protected]. Submission Requirements Authorship The American Journal of Physical Medicine & Rehabilitation accepts the guidelines for authorship published in the Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals. Persons designated as authors must meet all of the following criteria: (1) contributing to the conception and design or analyzing and interpreting data; and (2) drafting the article or revising it critically for important intellectual content; and (3) approving the final version to be published. Supporting the study or collecting data does not constitute authorship. Authorship based solely on position (e.g., research supervisor, department head) is not permited. All co-authors will be asked to confirm authorship through Editorial ManagerTM. Disclosures of Corporate Sponsorship and other Conflicts of Interest The editors of the American Journal of Physical Medicine & Rehabilitation are extremely concerned about the appropriate disclosure of any real or perceived conflicts of interest. Authors must define any and all funding sources supporting the submitted work. All corporate sponsors must be identified, even if their support is indirect, e.g., to a local research foundation that funded the project. The authors must disclose any commercial associations that might pose a conflict of interest in connection with the work submitted for publication. Other associations such as consultancies, equity interests, or patent-licensing arrangements should be noted at the time of submission. All disclosure information should be included on the title page of the manuscript. Additional detailed explanations should be included in the submission cover letter. You will be asked to provide this information both in the Title Page of your manuscript as well as in the submission form when submitting through Editorial ManagerTM. File Formats Following the guidelines for manuscript preparation, text and tables should be prepared using Microsoft Word. 155 Cover Letter The cover letter must designate one corresponding author and include the author's complete mailing address, telephone number, fax number, and email address. The cover letter should explain why the manuscript will be of interest to the Journal's readers. Please indicate briefly what is important or unique about the submission that has not been previously published in the medical literature. The editorial office must be notified immediately if any contact information changes. If the paper was part of a presentation to a professional association, this fact should be explained. If any of the authors have a conflict of interest, this should be explained in the cover letter. In addition to the cover letter, authors must include pdf file copies of permissions to reproduce previously copyrighted material. Manuscript Guidelines Refer to previously published issues of the Journal for the current format for each category of article. A sample issue is available at www.AJPMR.com The Journal encourages blinded or "masked" reviews. Because of this, we require that all authors submit both a blinded and non-blinded version of their manuscript. The blinded manuscript should mirror the non-blinded version, except that it should not include a Title Page, Acknowledgements, or any references to the authors or their institutions throughout the text. Each component of the manuscript should be in the same document in the following sequence: Title Page, Abstract and Key Words, Text, Acknowledgments, References, Figure Legends. The Title Page should only appear in the non-blinded version of your manuscript and should be prepared as follows: (1) Title; (2) Authors: Full names and academic degrees of each author; (3) Affiliations: Clearly explain the institutional, university, or hospital affiliations of each author; In the event an author changes institutional affiliation after submission but before publication, please provide both the institutional affiliation where the research was conducted, along with the current institutional affiliation of the author. (4) Correspondence: Name, mailing address, phone number, fax number, and email address for the corresponding author; (5) Author Disclosures: Include an explanation of the following: (5.1) funding or grants or 156 equipment provided for the project from any source; (5.2) financial benefits to the authors; (5.3) details of any previous presentation of the research, manuscript, or abstract in any form. The Abstract Page should be prepared as follows: Begin the Abstract page with the full manuscript title at the top. Structured abstracts are required for Research Articles, must be double spaced, and should succinctly address, in 200 words or less, the following four categories: Objective, Design, Results, and Conclusions. Refer to current copies of the Journal for examples. Traditional one-paragraph abstracts should succinctly summarize the paper in 150 words or less and are required for Brief Report, Case Report, Education & Administration, Literature Review, Analysis, and Perspective articles. Abstracts are NOT required for Commentaries, Clinical Notes, Letters to the Editor, and Visual Vignettes. Key Words: Authors must include four Key Words (so labeled) on the line after the end of the abstract. Use appropriate MeSH subject headings as listed by the National Library of Medicine. For more information visit www.nlm.nih.gov/mesh/ Preparation of the Manuscript Text Refer to recently published issues of the Journal for the appropriate formatting and style of each section of the manuscript text. Software preference is Microsoft Word for document text and tables. All sections of the manuscript should be double spaced. Pages should be numbered consecutively and have continuous line numbering throughout the text. AMA Style: Use generic names of drugs, unless there is a specific trade name that is directly relevant. Use only standard abbreviations as listed in the AMA Manual of Style, Ninth Edition. The full term for which an abbreviation stands should precede the abbreviation's first use in the text, except in the case of a standard unit of measurement. Avoid using abbreviations in the title and abstract. Writing Quality: All manuscripts must be thoroughly edited for spelling and American English grammar by the authors and/or an expert in American English medical writing before submission. Manuscripts submitted with incorrect American English grammar will not be 157 considered. Avoid using first person language, such as I, we, and our. Please use third person, such as "this study" instead of "our study". Methodology and Statistics: Any statistical analyses in the research or manuscript should be reviewed and verified for accuracy by the authors and/or a statistician before submission. Describe statistical methods with enough detail to enable the knowledgeable reader with access to the original data to verify the reported results. When possible, quantify research findings with appropriate indicators of measurement error or uncertainty (such as confidence). Avoid sole reliance on statistical hypothesis testing, such as the use of P values, which fails to convey important quantitative information. Discuss eligibility of experimental subjects. Give details about randomization. Describe the methods for, and success of, any blinding of observations. Report treatment complications. Give specific numbers of observations. Report any losses to observation (such as dropout from a clinical trial). References for study design and statistical methods should be to standard works (with pages stated) when possible, rather than to papers in which designs or methods were originally reported. Specify any computer programs used. Units of Measure: Measurements of length, height, weight, and volume should be reported in metric units. Temperatures should be written in degrees Celsius. Blood pressures should be given in millimeters of mercury. All hematologic and clinical chemistry measurements should be reported in the metric system in the terms of the International System of Units (SI). Ethics: When reporting experiments on human subjects, indicate in the methods section of the manuscript whether the procedures followed were in accordance with the ethical standards of the responsible committee on human experimentation (institutional or regional) or with the Helsinki Declaration of 1975, as revised in 1983. The authors must state in the methods section of the manuscript that any investigation involving human subjects or the use of patient data for research purposes was approved by the committee on research ethics at the institution in which the research was conducted in accordance with the Declaration of the World Medical Association (www.wma.net) and that any informed consent from human subjects was obtained as required. Failure to indicate Institutional Review Board approval of human experimentation and informed consent from subjects will result in rejection upon initial review. 158 Also indicate in the methods section whether the institution's or the National Research Council's guidelines for, or any national laws on, the care and use of laboratory animals were followed. Do not use subjects' or patients' names, initials, or hospital numbers in the text, tables, figures, or legends. Photographs of patients or subjects will not be considered unless written approval signed by the patient or subject, is included with the submission cover letter. Acknowledgments: Authors often wish to thank individuals who have assisted with the research project or the preparation of the manuscript. Acknowledgments should be placed before the References section. Do not include an Acknowledgements section in the blinded version of your manuscript. Any information concerning funding or equipment for the project should be included in the Disclosures section on the Title Page. References: References should begin on a separate page following the conclusion of the manuscript. Authors should cite relevant references from previously published articles. Number references in the order in which they are mentioned in the text (do not alphabetize). Identify references with Arabic superscript numerals in the text, tables, and legends. References should follow the current AMA style. Abbreviate the names of journals according to the format given in Index Medicus. References cited separately as footnotes in tables or figure legends should be numbered in accordance with a sequence established by the first identification of the particular table or figure in the text. Refer to current copies of the Journals for examples of the various types of references. All manuscripts except for extensive reviews of the literature should be limited to no more than 30 references. Authors may be asked to limit the number of references to conserve space. Previously published articles in this Journal are searchable by author and topic at www.AJPMR.com Figure Legends: Figure Legends should begin on a separate page following the reference section of the manuscript. Each Figure Legend should describe the content of the appropriate figure and be numbered in order of location in the manuscript as Figure 1, Figure 2, etc. To conserve space, do not duplicate information in the text and figure legends. 159 Figures Guidelines Authors must ensure figures follow these rules. Failure to supply files in the format specified below will result in the images being returned to you for re-formatting. This may lead to an associated delay in the review and publication of your manuscript. When creating Digital Artwork, please refer to the following guidelines: http://links.lww.com/ES/A42 TIF or EPS files are preferred. PowerPoint files are also acceptable for line art (if your graph was generated in PowerPoint). Presentation slides are NOT acceptable as figures. Crop out any white or black space surrounding the image. Do not include label identification (e.g. Figure 1A) within the image. Please identify the figure title in your figure legend. Color images are created/scanned and saved and submitted as CMYK only. Do not submit any figures in RGB mode. Line art saved at a resolution of at least 1200 dpi. Color and half-tone images must be saved at a resolution of at least 300 dpi. Each figure saved as a separate file and saved separately from the accompanying text file. Each figure file must be saved with the title of the figure in the file name. e.g. Figure 1A.tif; Figure 1B.eps Remember: Artwork generated from office suite programs such as CorelDRAW and MS Word, and artwork downloaded from the Internet (JPEG or GIF files) cannot be used because the quality is poor when printed. Cite figures consecutively in your manuscript. Number figures in the figure legend in the order in which they are discussed. Upload figures consecutively to the Editorial Manager web site Please do not include images within your manuscript MS Word document and do not upload them in a Word document file. By doing so, the quality of the image is reduced and is not acceptable for publication. All images must be uploaded as individual files in TIF or EPS file formats. Front Cover Artwork and Images 160 The Journal encourages the submission of high quality artwork and images for consideration for publication on the front cover. All figures submitted with your article will be considered for cover images, should your manuscript be accepted. If you have a figure you think would make a particularly good cover image, please indicate it in the Cover Letter. Table Guidelines Please do not upload images of tables. All tabular matter must be editable. An image of a table, such as a scan, is not acceptable for publication. Tables should be included in a separate Microsoft Word file. Suplemental Digital Content Authors may submit supplemental digital content to enhance their article's text and to be considered for online-only posting. Files must be uploaded to Editorial ManagerTM under the "Supplemental Digital Content" file type. Supplemental digital content may include the following types of content: text documents, graphs, tables, figures, graphics, illustrations, audio, and video. To ensure a quality experience for those viewing supplemental digital content, it is suggested that authors submit files no larger than 10 MB each. Cite all supplemental digital content consecutively in the text. Citations should include the type of material submitted, should be clearly labeled as "Supplemental Digital Content," should include a sequential number, and should provide a brief description of the supplemental content. Provide a legend of supplemental digital content at the end of the text. List each legend in the order in which the material is cited in the text. The legends must be numbered to match the citations from the text. Include a title and a brief summary of the content. For audio and video files, also include the author name, videographer, participants, length (minutes), and size (MB). Authors should mask patients' eyes and remove patients' names from supplemental digital content unless they obtain written consent from the patients and submit written consent with the manuscript. Copyright and Permission forms for article content including supplemental digital content must be completed at the time of submission. Video Guidelines: Videos should be supplied in mp4 format. We do not accept any other file formats at this time. 161 Audio Guidelines: Audio files should be submitted with the following file extensions: .mp3, .wma. The CONSORT Statement: The Journal endorses the CONSORT Statement, which is intended to improve the reporting of a randomized controlled trial (RCT). The most recent version of the CONSORT Statement is CONSORT 2010, which can be downloaded from the CONSORT website (http://www.consort-statement.org/). When submitting a manuscript reporting on a randomized controlled trial, authors should include the Flow Chart Diagram document using the MSWord template. Review Process All manuscripts will be checked for the above Submission Requirements before being sent out for review. Following the extended peer review process, authors will be notified of the editorial decision by email. Authors may be asked to revise the manuscript according to the reviewer's comments and to return hard copies and electronic copies of the revised manuscript. Authors are responsible for tracking progress of their own manuscript submission via the manuscript status listed in Editorial ManagerTM Revision Process Revisions should be submitted online via Editorial ManagerTM at the following address: http://www.editorialmanager.com/ajpmr/default.asp. Please log into your account and select the Submissions Needing Revision folder. Locate your article and click Edit Submission. When making changes, the files from your Original Manuscript will be automatically carried over to the revision unless you uncheck the boxes next to them. Please un-check any files that have had changes made and upload new versions. If any of your files have not been changed, you may leave the box checked and they will still be built into your revision. Upon notification of a revision, all authors must sign, and return the Authorship Responsibility, Financial Disclosure, and Copyright Transfer Agreement (CTA), which is required by the publisher to be received prior to beginning the production of the article for publication. The CTA form is located on the AJPMR website (www.AJPMR.com) and on the Editorial Manager home page (http://www.editorialmanager.com/ajpmr/default.asp) 162 The CTA includes a section on the disclosure of potential conflicts of interest based on the recommendations of the International Committee of Medical Journal Editors, "Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals" ( www.icmje.org/update.html). The corresponding author is responsible for distributing and collecting the final signed CTA from each author. Continuing Medical Education The Journal considers quality research articles to be published and highlighted as a continuing medical education activity. Articles that qualify for CME credit will be determined during the revision process. Manuscripts selected to be CME articles are sometimes published more quickly than other papers. If chosen, authors will be notified of the requirements with their decision letter and will be expected to include the following materials when submitting their revision: Three objectives answering the question: "Upon completion of this article, the reader should be able to:" Five questions/answers for self-assessment A sentence about each author that describes institution affiliation and current position. Including the above with the original manuscript submission will greatly expedite consideration of the manuscript for publication as a CME article. See examples in the Journal. Appeals Process Appeals must be made in writing within two weeks of receiving the decision regarding a manuscript. If you would like an appeal on your submission, please contact the journal office ([email protected]) with a detailed letter that explains why the decision is being appealed. The author will be notified of the final decision. Acceptance and Publication The goal of the Journal is to publish all accepted manuscripts as quickly as possible. Accepted manuscripts are generally published in the order received. Authors will receive page proofs via email approximately three months before the month of publication. This will be the final opportunity for authors to proofread the article before publication. Instructions on how to 163 order author reprints will be included with the page proofs. Selected manuscripts may be published early online ahead of print after author corrections. Important or timely manuscripts may be selected for fast track publication. Authors may sign up online at www.AJPMR.com to receive the eTOC when the journal is published each month. The Journal is published in a variety of formats. The Journal's latest format provides a unique experience for viewing text and video on the iPad. The new AJPMR app for iPad is available for download from the Apple Store. Open Acess LWW's hybrid open access option is offered to authors whose articles have been accepted for publication. With this choice, articles are made freely available online immediately upon publication. Authors may take advantage of the open access option at the point of acceptance to ensure that this choice has no influence on the peer review and acceptance process. These articles are subject to the journal's standard peer-review process and will be accepted or rejected based on their own merit. Authors of accepted peer-reviewed articles have the choice to pay a fee to allow perpetual unrestricted online access to their published article to readers globally, immediately upon publication. The article processing charge for American Journal of Physical Medicine & Rehabilitation is $2,500. The article processing charge for authors funded by the Research Councils UK (RCUK) is $3,175. The publication fee is charged on acceptance of the article and should be paid within 30 days by credit card by the author, funding agency or institution. Payment must be received in full for the article to be published open access. Any additional standard publication charges, such as for color images, will also apply. Authors retain copyright: Authors retain their copyright for all articles they opt to publish open access. Authors grant LWW a license to publish the article and identify itself as the original publisher. Creative Commons License: Articles opting for open access will be freely available to read, download and share from the time of publication. Articles are published under the terms of the Creative Commons License Attribution-NonCommerical No Derivative 3.0 which allows readers to disseminate and reuse the article, as well as share and reuse of the scientific material. It does not permit commercial exploitation or the creation of derivative works without specific permission. To view a copy of this license 164 visit:http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0. Compliance with NIH, RCUK and other research funding agency accessibility requirements: A number of research funding agencies now require or request authors to submit the post-print (the article after peer review and acceptance but not the final published article) to a repository that is accessible online by all without charge. As a service to our authors, LWW identifies to the National Library of Medicine (NLM) articles that require deposit and transmits the post-print of an article based on research funded in whole or in part by the National Institutes of Health, Howard Hughes Medical Institute, or other funding agencies to PubMed Central. The revised Copyright Transfer Agreement provides the mechanism. LWW ensures that authors can fully comply with the public access requirements of major funding bodies worldwide. Additionally, all authors who choose the open access option will have their final published article deposited into PubMed Central. RCUK funded authors can choose to publish their paper as open access with the payment of an article process charge, or opt for their accepted manuscript to be deposited (green route) into PMC with an embargo. With both the gold and green open access options, the author will continue to sign the Copyright Transfer Agreement (CTA) as it provides the mechanism for LWW to ensure that the author is fully compliant with the requirements. After signature of the CTA, the author will then sign a License to Publish where they will then own the copyright. It is the responsibility of the author to inform the Editorial Office and/or LWW that they have RCUK funding. LWW will not be held responsible for retroactive deposits to PMC if the author has not completed the proper forms. FAQs for open access http://links.lww.com/LWW-ES/A48 Compliance with NIH and Other Research Funding Agency Accessibility Requirements A number of research funding agencies now require or request authors to submit the postprint (the article after peer review and acceptance but not the final published article) to a 165 repository that is accessible online by all without charge. Within medical research, three funding agencies in particular have announced such policies: The U.S. National Institutes of Health (NIH) requires authors to deposit post-prints based on NIHfunded research in its repository PubMed Central (PMC) within twelve months after publication of the final article in the journal. The Howard Hughes Medical Institute (HHMI) requires as a condition of research grants, deposit in PMC, but in its case within six months after publication of the final article. The Wellcome Trust requires, as a condition of research grants, deposit in UK PubMed Central within six months after publication of the final article. As a service to our authors, LWW will identify to National Library of Medicine (NLM) articles that require deposit. This Copyright Transfer Agreement provides the mechanism for identifying such articles. LWW will transmit the post-print of an article based on research funded in whole or in part by one or more of these three agencies to Pub Med Central. Upon NIH request, it remains the legal responsibility of the author(s) to confirm with NIH the provenance of their manuscript for purposes of deposit. Author(s) will not deposit their articles themselves. Author(s) will not alter the post-print already transmitted to NIH. Author(s) will not authorized display of the post-print prior to: (a) 12 months following publication of the final article, in the case of NIH, (b) 6 months following publication of the final article, in the case of Wellcome Trust and HHMI Author(s) Posting of Articles to an Institutional Repository: The Journal will permit the author(s) to deposit for display a "post-print" (the final manuscript after peer-review and acceptance for publication but prior to the publisher's copyediting, design, formatting, and other services) 12 months after publication of the final article on his/her personal web site, university's institutional repository or employer's intranet, subject to the following: Authors may only deposit the post-print. Authors may not update the post-print text or replace it with a proof or with the final published version. 166 Authors may not include the post-print or any other version of the article in any commercial site or in any repository owned or operated by any third party. For authors of articles based on research funded by NIH, Wellcome Trust, HHMI, or other funding agency, see below for the services that LWW will provide on your behalf to comply with "Public Access Policy" guidelines. Authors may not display the post-print until twelve months after publication of the final article. Authors must attach the following notice to the postprint: "This is a non-final version of an article published in final form in (provide complete journal citation)". Authors shall provide a link in the post-print to the Journal website at www.AJPMR.com Journal Contact Information: Managing Editors: Sara Welliver and Emily Spence [email protected] (919) 650-1459 www.physiatry.org www.AJPMR.com