Informativo da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - Ano XIV - nº 240 - abril/2012 AGROPECUÁRIA E MEIO AMBIENTE DE MÃOS DADAS Crédito: Divulgação Faes apoia o desenvolvimento de ações sustentáveis no campo Crédito:CNA Crédito: Idaf Página 3 Senar/ES ensina o uso correto de agrotóxicos Regras para o transporte de trabalhadores rurais Crédito: Divulgação Começa vacinação contra Aftosa PáginaS 6 E 7 Página 5 Página 9 Sindicato Rural: apoio total às causas do campo EDITORIAL A PERDA DO FUNDAP EXPEDIENTE 2,3 bilhões por ano deixarão de ser arrecadados pelo Estado do Espírito Santo, com a extinção do Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias, demandando que surjam novas opções e/ou que se melhorem as existentes. Os 3%, dos 12% cobrados das mercadorias que aportam ao Espírito Santo, vindas de outros países, vão para os municípios, representando 81% de sua capacidade de investimentos. A supressão desta receita empurrará ladeira abaixo a maioria dos municípios capixabas; 44, segundo cálculos do Tribunal de Contas do Espírito Santo, provocando a extinção de mais de 150.000 postos de trabalho, diretos e indiretos. Todos os esforços são válidos para se conseguir pelo menos uma carência para se aplicar tão drástica medida. Temos que alinhar alternativas que possam minorar os impactos de tamanho prejuízo, como, por exemplo, melhorar as vantagens em logística que desfrutamos, promovendo-se maiores investimentos em portos e estradas, não só para beneficiar a saída dos produtos de outros estados, mas como fator determinante de estímulo à nossa produção. Incentivos de diferentes naturezas têm que ser trabalhados: o combate sistemático à insegurança no campo, com o crescente registro de furtos e roubos, a capacitação dos produtores e trabalhadores via incremento das ações educativas e de transferência de tecnologias, em lugar de ações coercitivas e punitivas, devem ocorrer o quanto antes. A elogiável contratação de técnicos pelo Governo Estadual, para trabalhar na área ambiental, pode facultar que a Polícia Ambiental seja deslocada para compor o 2 efetivo policial, favorecendo o combate ao crime de furtos e de roubos. A capacitação dos técnicos, para que sejam protagonistas do desenvolvimento de nosso setor primário, é mais necessária do que nunca, já que representa, junto com os investimentos em logística e a capacitação dos responsáveis pela produção, maior significado do que benefícios tributários como o FUNDAP. A busca incessante da excelência do incremento da produtividade e da qualidade da produção são fatores determinantes para se alavancar a segurança alimentar e a renda digna para os produtores rurais. O equivalente técnico recém contratado pelo poder público, pode e deve trabalhar no incentivo à produção, em campanhas sistemáticas de combate à tuberculose bovina e à anemia infecciosa equina, por exemplo, realizando os testes de identificação de doenças, contando com programas definidos de amparo parcial dos prejuízos dos produtores que venham aderir às campanhas. O combate ao abate clandestino de bovinos precisa ser feito com rigor, para proteção aos produtores e à saúde dos consumidores, já que o índice de animais não sadios pode ser elevado; o inquérito epidemiológico deverá ser feito pelo Governo do Estado ainda este ano. Sendo um dos menores Estados da Federação, com 0,5% do território nacional, podemos conquistar notoriedade pela alta qualidade de nossa produção, minimizando o significado das perdas do FUNDAP. Julio da Silva Rocha Jr. Presidente da Faes O Jornal Esta Terra é uma publicação mensal da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo (FAES) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Administração Regional do Estado do Espírito Santo (SENAR-AR/ES). FAES : DIRETORES : Júlio da Silva Rocha Júnior (Presidente), João Calmon Soeiro (1º Vice-presidente), Rodrigo José Gonçalves Monteiro (2º Vice-presidente), Abdo Gomes (3º Vice-presidente), José Garcia (4º Vice-presidente), Wilson Tótola (5º Vice-presidente), Acácio Franco (6º Vice-presidente), Luiz Carlos da Silva (1º Secretário), Altanôr Lôbo Diniz (2º Secretário), Neuzedino Alves Victor de Assis (1º Tesoureiro), Carlos Roberto Aboumrad (2º Tesoureiro). SUPLENTES DA DIRETORIA: Armando Luiz Fernandes, Antônio Roberte Bourguignon, Nilton Falcão, Fábio Gomes Gama, Luiz Malavasi, Valdeir Borges da Hora, Antônio José Baratela, José Pedro da Silva, Francisco Tristão Neto. CONSELHO FISCAL: Efetivos: Leomar Bartels, Jacintho Pereira das Posses, José Manoel Monteiro de Castro – Suplentes: Gilda Domingues, Luciano Henriques, Nelson Broetto. CONSELHO REPRESENTATIVO DA CNA: Júlio da Silva Rocha Júnior e João Calmon Soeiro. Endereço: Av. Nossa Senhora da Penha, nº 1495 – Torre A – 10º e 11º andares – Bairro Santa Lúcia – Vitória/ES – CEP: 29056-243 – Tel: (27) 3185-9200 – Fax: (27) 3185-9201 – e-mail: [email protected] / [email protected] Produzido por: Iá! Comunicação (27) 3314-5909 – ([email protected]) - Jornalista responsável: Eustáquio Palhares ([email protected]) – Edição: Caroline Csaszar – Textos: Caroline Csaszar, Elaine Maximiniano e Bárbara Dias – Colaboradores: Ivanete Freitas, Tereza Zaggo. Fotos: Comunicação Faes e Senar/ES – Editoração: Interativa Marketing e Comunicação (27) 3222-2908. É hora de vacinar o rebanho contra a febre aftosa A campanha da primeira etapa de vacinação contra a febre aftosa acontece entre os dias 01 e 30 de maio. Durante o período, todos os bovinos e bubalinos do Espírito Santo com idade entre zero e dois anos devem ser vacinados para evitar a contaminação pela doença. Hoje, o estado possui cerca de 2,2 milhões de cabeças, das quais de 35% a 45% estão em idade vacinal, o que corresponde a cerca de 800 a 900 mil animais. O Espírito Santo não registra casos de febre aftosa há vários anos e alcançou o status de zona livre da doença com vacinação. Para manter os resultados satisfatórios, é necessária a adesão em massa dos produtores à campanha, como já vem ocorrendo nos anos anteriores. O índice de imunização tem ficado acima de 95%. De acordo com o médico veterinário e coordenador do Programa de Saúde Animal da Faes, Antonio Carlos de Souza, é importante que os produtores vacinem todos os animais até dois anos, ainda que recém-nascidos. “Alguns proprietários acabam deixando de aplicar a vacina nos animais com 30, 45 dias, porque ficam com pena, e realizam a primeira imunização algum tempo depois, mas se o filhote estiver saudável, é altamente recomendável que a vacinação seja feita o quanto antes. Assim, o organismo responde com mais facilidade à segunda dose do antígeno”, declara. Anualmente, são realizadas duas etapas de aplicação do imunógeno pelo Idaf, uma em maio e outra em novembro, quando todo o rebanho, independentemente da idade, deve ser vacinado. O Espírito Santo caminha para eliminar uma das etapas de vacinação, ficando apenas com a imunização Crédito: Idaf A campanha acontece entre 1º e 30 de maio e a participação é obrigatória dos animais até dois anos. Para isso, o Idaf está desenvolvendo ações de fiscalização e conscientização dos produtores para que não haja reintrodução dos agentes contaminadores no rebanho. Para que o estado conquiste essa condição, é necessário avaliar também os demais locais que participam do circuito pecuário leste, que são Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Sergipe. A extinção de uma das etapas de vacinação só é aconselhável quando todos os estados componentes do grupo estiverem no mesmo nível de controle e erradicação da doença. Documentação Para comprovar a imunização do rebanho, o produtor deve ad- quirir as doses da vacina em uma das lojas de produtos agropecuários, aplicar o antígeno no gado, preencher o formulário de dados da vacinação fornecido no ato da compra e se dirigir ao Idaf portando o documento e a nota fiscal. “É imprescindível que o produtor siga todas as etapas adequadamente para a correta atualização dos dados de seu rebanho e para maior segurança sanitária”, enfatiza Antonio Carlos. Fepsa Após vacinar o gado, todos os produtores devem realizar o pagamento do Fundo Emergencial de Promoção da Saúde Animal do Estado do Espírito Santo (Fepsa-ES), que é um se- guro que cobre os prejuízos dos criadores em caso de eventuais perdas no rebanho por febre aftosa, Newcastle ou influenza aviária. A contribuição é compulsória e custa R$ 0,10 centavos por animal. “É importante lembrar que a contribuição para o Fundo não é de acordo com o número de animais vacinados, e sim de todos os animais da propriedade”, lembra Antonio Carlos. O Fepsa é uma associação sem fins lucrativos formada pela Faes, Sindifrio, Idaf, SFA (Superintendência Federal de Agricultura), Ases (Associação de Suinocultores do Espírito Santo), Aves (Associação doa Avicultores do Espírito Santo) e OCB-ES (Organização das Cooperativas do Espírito Santo). 3 Produção de uva é alternativa rentável para pequeno produtor O Espírito Santo tem a maioria de suas propriedades rurais ocupadas por pequenos e médios produtores. Esse tipo de propriedade é comum no estado, entre outras coisas, por causa da extensão territorial capixaba. Nesse cenário, culturas que ocupem pouco espaço e ofereçam produtividade satisfatória ganham destaque. É o caso da vitivinicultura. O cultivo de uva em solo capixaba tem crescido muito nos últimos anos e isso se deve aos constantes esforços e investimentos em tecnologia. O município de Santa Tereza se destaca no cultivo da fruta e responde hoje por 80% da produção no estado. A cultura é bastante lucrativa e apresenta alto valor agregado, já que possibilita o desenvolvimento de diferentes atividades. Alguns tipos de uva são ideais para o consumo in natura, enquanto outros são ótimos se utilizados como matéria prima de vinhos, espumantes e sucos, além de diversos produtos que uti liza m a f r u t a c o m o base. Outro grande atrativo da cultura é o agroturismo, já que as áreas onde as uvas são cultivadas recebem cada vez mais visitantes encantados com a beleza das plantações. O produtor Eloilson de Souza Cetto, do município de Alfredo Chaves – que também se destaca na cultura – afirma 4 Crédito: Senar/ES O cultivo da fruta destaca-se por apresentar produção satisfatória em espaços reduzidos que o cultivo da fruta apresenta ótima rentabilidade. “Hoje, é mais interessante cultivar uva do que café ou banana. As outras culturas precisam de áreas muito grandes para gerar bom retorno financeiro, já a uva pode ser cultivada em pequenos espaços”, afirma. Apesar de ter perdido parte da produção por conta de uma frente fria inesperada no ano de 2011, Eloilson está otimista quanto à safra deste ano. “Estamos investindo, acabamos de construir um galpão em nossa propriedade para receber grupos de 12 a 15 pessoas no sistema de agroturismo, com café da manhã e produtos à base de uva”, declara. De acordo com dados do Incaper de 2010, a maioria da produção, aproximadamente 60%, é destinada ao consumo in natura, enquanto os 40% restantes são comercializados processados em forma de sucos, geléias, vinhos e espumantes. Grande parte dos proprietários aproveita essa demanda para montar lojas em suas terras e maximizar os ganhos com a cultura, já que os produtos se constituem em grandes atrações para o agroturismo. A Faes e lideranças de agricultores se reuniram com a Diretoria de Transportes do DER-ES (Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Espírito Santo) para ajustar as regras para o transporte dos trabalhadores rurais em rodovias estaduais de modo que atenda ao produtor e não inviabilize o processo produtivo. Em função disso, o DER-ES publicou no Diário Oficial uma Instrução Normativa com as recomendações de segurança para a utilização de veículos de transporte de cargas no transporte coletivo de trabalhadores rurais, estabelecendo uma série de normas de segurança que deverão ser seguidas pelos produtores rurais. A partir da publicação da Instrução Normativa os produtores poderão adaptar veículos com carroceria, tais como caminhões e caminhonetes, para transportar os trabalhadores rurais, desde que sigam as regras definidas pelo DER. Crédito: Divulgação Mudanças nas regras para o transporte de trabalhadores rurais Continua proibida a utilização de veículos basculantes e boiadeiros para o transporte de trabalhadores rurais. Para- lelo à fiscalização, o DER-ES fará um trabalho educativo para conscientizar os produtores quanto a necessidade de adequação dos veículos às regras, de modo a garantir a segurança e o conforto dos passageiros. Regras de segurança 1. Manter o veículo em perfeitas condições de funcionamento, com manutenções periódicas; 2. Os pneus do veículo deverão estar em bom estado de conservação, e, em hipótese alguma, utilizar pneus recauchutados na dianteira; 3. Não transportar ferramentas de trabalho junto com os trabalhadores, devendo guardá-las em compartimentos próprios; 4. O número máximo de pessoas transportadas deverá respeitar o limite de aproximadamente três pessoas por m²; 5. O veículo deverá estar adaptado com bancos com encosto fixado na estrutura da carroceria; 6. A carroceria deverá ter guarda-corpo alto em todo o seu perímetro em material de boa qualidade e resistência estrutural; 7. Utilizar carroceria coberta com material com estrutura resistente; 8. Os documentos de uso obrigatório do veículo e do condutor deverão estar em situação regular. 5 A N I M A L Agropecuária e meio ambiente de mãos dadas Faes apoia o desenvolvimento de ações sustentáveis no campo Crédito: Corredores ecológicos S A N I D A D E Produtores capixabas estão sendo capacitados para implantação da pastagem ecológica, que garante a sustentabilidade Sustentabilidade é a palavra de ordem em todos os setores econômicos no mundo inteiro. A conscientização do Estado e da sociedade a respeito da importância de práticas de baixo ou nenhum impacto sobre o meio ambiente cresce a cada dia. No meio rural, a situação não é diferente. Um número cada vez maior de produtores está adotando práticas ecológicas no desenvolvimento de suas atividades. O Brasil desenvolve diversas técnicas que possibilitam o crescimento sustentável de atividades como a agricultura e pecuária. Constantemente chamado de “celeiro do mundo”, o país é um dos maiores fornecedores de alimento mundiais e um exemplo de bom aproveitamento de suas áreas agricultáveis. 6 As Áreas de Preservação Permanentes (APPs), que existem em todo o território nacional, protegem áreas importantes como margens de rios, nascentes e fontes de água, sendo benéficas para as atividades agrícolas e para o meio ambiente. No Espírito Santo, vários produtores já aderiram a práticas sustentáveis no campo e começam a colher os resultados. As iniciativas são fruto da conscientização e responsabilidade ambiental aliada a modelos de trabalho inteligentes que proporcionam a rentabilidade econômica sem prejuízos ao meio ambiente, sempre com o apoio e incentivo da Faes. De acordo com o presidente da Faes, Júlio da Silva R o c h a J r. , a p r e o c u p a ç ã o com a preservação do meio ambiente aliada a bons índices de produtividade é uma constante para a instituição. “A Faes está sempre procurando soluções e inovações que respeitem e conservem o meio ambiente e ao mesmo tempo possibilitem ao produtor condições de desenvolver suas atividades da melhor maneira possível. A agropecuária e o meio ambiente podem sim estar em harmonia”, afirma. Pastagem ecológica Um belo exemplo de atitude sustentável é a adoção do sistema de pastagens ecológicas. Através da técnica é possível aumentar a produtividade da propriedade em até três vezes ocupando áreas menores do que as tradicionalmente usadas na pecuária extensiva. Produtores capixabas estão sendo capacitados para a implantação de pastagem ecológica em suas terras. No mês de março, um grupo de técnicos e produtores visitou propriedades em Linhares e Vila Pavão onde a técnica já é utilizada. A ação acontece graças a uma parceria com o Projeto Corredores Ecológicos (PCE), o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) e o Incaper, que vem divulgando as técnicas de baixo impacto ambiental. João Marcos Guasti, proprietário rural da região do Córrego do Farias, em Linhares, implantou o sistema em setembro de 2010 e já faz planos para ampliar a área de produção de cinco para 15 hectares. sin”, a diversificação de gramíneas forrageiras e o plantio de árvores, que podem ser espécies frutíferas ou até mesmo com potencial de uso econômico de madeira. A pastagem ecológica proporciona baixos custos na produção de gado e põe fim ao uso de queimadas e reformas periódicas de pastos, além de melhorar o manejo do rebanho, gerar mais conforto e aumentar a produtividade. Por isso, a tecnologia tem alcançado grande aceitação entre os produtores rurais. Além de Linhares e Vila Pavão, Itaguaçu, Afonso Cláudio e Ibitirama já têm unidades demonstrativas implantadas e outra em Nova Venécia já está prevista para este ano. Crédito: Corredores ecológicos De acordo com o engenheiro agrônomo do PCE e especialista no assunto, Jurandir Melado, a pastagem ecológica é baseada em três pilares: o sistema de pastagem rotacionada, também conhecido como sistema “Voi- A pastagem ecológica põe fim às queimadas e reformas periódicas de pastos Áreas de Preservação Ambiental: um exemplo para o mundo No mês de março, a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu, participou do 6º Fórum Mundial da Água, na França e lançou a Área de Preservação Permanente (APP) mundial, que propõe que as áreas às margens dos rios, encostas e nascentes sejam protegidas em todo o mundo, como já ocorre no Brasil. A senadora lembrou a importância de preservação da água, essencial para atividades rurais. Alguns países até possuem legislação ambiental, mas o Brasil é o único que mantém mais da metade de seu território intocado. O país abriga 61% de vegetação nativa e apenas 27,7% de terras ocupadas por agricultura e pecuária, enquanto outros países apresentam números muito diferentes. Na Holanda, por exemplo, apenas 11% do território é composto por florestas, sendo que desse número, não resta nada da vegetação original, sendo tudo replantado. Já o Reino Unido conta apenas com 12% de floresta no território total, sendo que apenas 23% desse montante é de floresta original, o restante, 77%, já foi destruído e replantado. 7 Sindicato Rural de Colatina oferece qualidade para a vida no campo Em parceria com o Senar/ES, o sindicato qualifica e gera novas oportunidades aos produtores rurais Crédito: SR de Colatina O Sindicato Rural de Colatina, hoje com 60 anos de história e luta, possui sede própria e cerca de 600 associados, e tem os municípios de Pancas, São Domingos do Norte e Governador Lindenberg como sua extensão. Com Erineu Pinto Barcellos como presidente, o sindicato tem realizado diversos projetos que visam a qualidade de vida dos produtores rurais. Sempre lutando em prol da comunidade rural, Erineu relata que o sindicato tem se mobilizado para implantar serviços que possam qualificar o produtor e, também, oferecer-lhes assistência jurídica e serviços de saúde, convênios hospitalares, assistência odontológica e treinamentos em parceria com o Senar/ES. Incentivos Neste ano, já foram realizados 25 treinamentos e estão agendados outros 14. Por meio dessas capacitações, o Sindicato Rural de Colatina incentiva os produtores a aperfeiçoar as técnicas rurais para trabalhar melhor as atividades, como, pecuária, suinocultura, apicultura e, principalmente, cafeicultura. As capacitações, além de qualificar o produtor rural, ajudam a ampliar a renda das famílias do campo e fazer com que elas tenham mais oportunidades. Assim como com os treinamentos, o sindicato tem buscado outras formas de incentivar o produtor a permanecer no campo. “Estamos nos empenhando para conseguir o projeto “Minha Casa, Minha 8 Por meio de treinamentos oferecidos pelo sindicato, produtores aperfeiçoam as técnicas rurais Vida” para as propriedades rurais” diz Erineu Pinto Barcellos. Sanidade do rebanho Além disso, o sindicato tem se envolvido em campanhas para o combate a doenças como aftosa, brucelose e tuberculose com o objetivo de garantir a sanidade do rebanho. Sindicato Rural de Colatina Endereço: Rua ExpedicionárioAbílio dos Santos, 341 – Centro – Colatina – ES - CEP. 29.700-070 Telefax: (27) 3722-5014 Email: [email protected] Erineu Pinto Barcellos Senar/ES ensina a utilização correta dos agrotóxicos na lavoura As plantações em geral exigem muito mais que um bom plantio, colheita e armazenamento. Durante o desenvolvimento da lavoura é necessário que o produtor tome uma série de cuidados que previnam o aparecimento de pragas e doenças que podem prejudicar a plantação, aplicando defensivos agrícolas. Por outro lado, os agrotóxicos, quando mal utilizados trazem riscos ao meio ambiente, à saúde do produtor e até ao consumidor final. Devido aos cuidados necessários para a aplicação correta dos defensivos agrícolas, o Senar/ES oferece um treinamento específico para orientar os produtores quanto à melhor maneira de proteger a plantação sem colocar a saúde em risco. A capacitação é dividida entre teoria e prática e aborda, principalmente, a importância do uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI), o conhecimento dos produtos fitossanitários e a forma correta de aplicação, respeitando as quantidades e prazos recomendados pelo agrônomo responsável. A carga horária da capacitação é de 24 horas e, como todos os outros treinamentos do Senar/ES, é gratuito. De acordo com Neuzedino de Assis, superintendente da entidade, o curso proporciona mais segurança e eficiência tanto para produtores quanto para consumidores. “Eles aprendem a usar o tipo e a quantidade adequada de defensivo agrícola de acordo com a cultura, conhecendo a importância da proteção na hora da aplicação”, explica. Durante o treinamento, os participantes são orientados sobre os meios corretos de aplicação e utilização dos equipamentos, além da importância de descartar devidamente as embalagens e a tríplice lavagem. Também são abordados tópicos como a manutenção dos equipamentos usadoas; conhecimento das formas de exposição Crédito: CNA Aplicação de defensivos agrícolas previne o aparecimento de pragas e doenças nas plantações direta e indireta aos agrotóxicos e a identificação de sintomas e sinais de intoxicação para medidas de primeiros socorros; rotulagem e sinalização de segurança; medidas higiênicas durante e após o trabalho e a correta limpeza e manutenção de roupas, vestimentas e equipamentos de proteção pessoal. As capacitações são oferecidas em parceria com os Sindicatos dos Produtores Rurais e os interessados devem procurar essas entidades em seus municípios. RELAÇÃO DE TREINAMENTOS DE MAIO A lista completa de treinamentos pode ser acessada em www.faes.org.br Piscicultura Corte e Costura Eletricista Produção Caseira de Pães e Biscoitos Jardineiro Inseminação Artificial de Bovinos Turismo Rural Equideocultura - Doma Racional Motosserrista Uso correto de defensivos agrícolas Tratorista Agrícola Cafeicultura Administração Rural 02/05 03/05 04/05 07/05 10/05 14/05 14/05 14/05 16/05 17/05 21/05 23/05 28/05 Conceição da Barra Guacuí Rio Novo do Sul Itapemirim Pedro Canário Ecoporanga Anchieta Fundão Baixo Guandu Domingos Martins Sooretama Itarana Pedro Canário A agenda de treinamentos pode sofrer alterações durante o mês. 9 Espaço dos sindicatos Itaguaçu Guaçuí Produtor capacitado em Guaçuí Os produtores rurais de Guaçuí tiveram a oportunidade de aprender uma atividade alternativa para complementar a renda familiar. Em março, o Sindicato Rural de Guaçuí e o Senar/ES promoveram na região os Treinamentos Culinária do Café e Fabricação de Pães e Biscoitos. As capacitações, realizadas na Comunidade de Córrego do Patrimônio e Córrego do Apolinário, visam o desenvolvimento das comu- nidades e melhoria na qualidade de vida dos produtores rurais. O Sindicato Rural de Guaçuí oferece apoio aos municípios de Dores do Rio Preto e Divino São Lourenço, onde também promove capacitações em parceria com o Senar/ ES. Desde o início do ano, já foram realizados 17 treinamentos e estão agendados mais 17 para o decorrer de 2012, com o objetivo de profissionalizar o homem do campo. Renda extra com produção de pães e biscoitos De 26 a 28 de março, o Sindicato Rural de Itaguaçu, em parceria com o Senar/ES, promoveu o treinamento de Produção Caseira de Pães e Biscoitos, em Triunfo, em Itaguaçu. Com a capacitação, os produtores rurais e seus familiares ampliam as oportunidades no campo e podem ganhar uma renda extra. No encerramento do treinamento, além dos produtores rurais, estiveram presentes o presidente do Sindicato Rural de Itaguaçu, Antonio José Baratela, o vice-presidente, Antonio José Binda, e o tesoureiro do Sindicato, Altamir Bonato. Aracruz 7ª Expoinel premia melhor expositor e criador da Raça Nelore A 7ª Expoinel ES – Exposição Internacional de Nelore em formato estadual, realizada em Aracruz, de 22 a 25 de março, reuniu cerca de 360 animais no Centro de Eventos Rubens Pimentel. O evento apresenta animais de alto padrão genético e incentiva produtores a buscar melhorias para o gado. O objetivo é dar valor aos cuidados dos criadores com a higiene, alimentação e saúde do rebanho. O melhor expositor e o melhor criador do Espírito Santo foram premiados. 10 Jácomo Braz Bergamim (esquerda) e André Leite (direita) recebem do Diretor da Faes, Abdo Gomes (meio), o troféu de 2º Melhor Expositor do Ranking Capixaba da Raça Nelore 2011/2012 ganho pelo nelorista Claudio Antônio Coser. Anselmo e Kátia Laranja, Amanda e Geovana Miranda entregam a Eny Heringer o troféu de Melhor Expositor Capixaba da Raça Nelore 2011/2012 ganho pelo nelorista Dalton Dias Heringer. Cachoeiro de Itapemirim Desenvolvimento sustentável do campo Nos dias 28 e 29 de março foi realizado o Seminário para elaboração do Plano de Desenvolvimento Rural Sustentável de Cachoeiro de Itapemirim. O evento discutiu as políticas agrícolas do município e a necessidade de promover práticas sustentáveis nas atividades do meio rural. Wesley Mendes, presidente do Sindicato Rural de Cachoeiro, esteve presente no Seminário e destacou a importância de ações como essa para a conscientização da comunidade e das entidades a respeito da importância das práticas sustentáveis. “O Sindicato participa ativamente do Seminário, que se tornou permanente, já que foi identificada a necessidade de discutir com a população rural as Viana Jovens do IASES aprendem a fazer hortas Os jovens internos do IASES - Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo, localizado em Vila Velha, receberam um treinamento de “Olericultura”, oferecido pelo Senar/ ES em parceria firmada por meio do Sindicato Rural de Viana. Durante a capacitação eles aprenderam o sistema de produção, preparo de composto orgânico, adubação, amostragem do solo, semeadura em local definitivo, escolha do local, produção de mudas e transplante, tratos culturais e colheita e comercialização. Por meio da capacitação, além de um novo ofício, os jovens aprendem a trabalhar a terra de maneira ecológica sem o uso de fertilizantes ou agrotóxicos. melhores soluções e iniciativas para disseminar a sustentabilidade. Nós entendemos a importância de dividir com representantes das entidades a responsabilidade de promover esse tipo de ação”. O Sindicato, a Faes e o Senar/ES se colocam à disposição para contribuir na realização dessas atividades”, declara Mendes. “Aparticipação do Sindicato Rural, que já atua há décadas na cidade, motiva a presença ativa de outras entidades, o que aumenta a representatividade do Conselho”, afirma Mendes. Além do Sindicato Rural, várias outras instituições estiveram presentes na reunião, entre elas o Banco do Brasil, o Sicoob, Incaper, Prefeitura Municipal de Cachoeiro e oito associações de produtores rurais da cidade. Alegre Espírito Santo inicia curso de qualificação para suinocultores Produtores, colaboradores e gerentes de granjas suínas capixabas iniciaram, no dia 23 de março, o curso de Qualificação Profissional em Suinocultura. O treinamento é a primeira ação para o setor de produção do Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS) no estado, em 2012. A capacitação é promovida pela Associação de Suinocultores do Espírito Santo (Ases), em parceria com o Senar/ES, Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) e Sebrae. Até o final da capacitação serão realizados seis módulos de aprendizagem. Essa primeira etapa contou com 17 participantes e abordou o tema “Manutenção de Granja Suína”. O curso é realizado na granja escola de suínos do campus do Instituto Federal do Espírito Santo (IFES) de Alegre, no sul do Estado. As orientações teóricas e práticas foram ministradas pelo instrutor do Senar/ES, Olavo Lyra, que falou sobre a realidade da suinocultura no país, a importância do planejamento da atividade e procedimentos de higiene, limpeza, biosseguridade e controle de pragas que contribuem para um bom estado sanitário dos plantéis e evitam a ocorrência de doenças. “O treinamento superou minhas expectativas, pois apesar de serem temas do cotidiano, é importante conhecermos a realidade de outras granjas, trocar experiências e buscar um aprimoramento profissional”, enfatiza a suinocultura Juliana Meroto. O coordenador de formação profissional do Senar/ES, Fabrício Gobbo Ferreira, explica que os instrutores receberam capacitação oferecida pelo Senar – Administração Central, sendo treinados nas modernas práticas de manejo e gestão.“Os participantes receberão durante o programa orientações sobre todo o processo produtivo da granja, o que permitirá aos suinocultores e colaboradores melhorar o desempenho da atividade e corrigir possíveis falhas que possam existir na produção“, destaca. 11 MAIS Definida votação do Código Florestal A votação do Código Florestal na Câmara dos Deputados deve acontecer nos dias 24 e 25 de abril, segundo o presidente da Casa, Marco Maia. O texto do novo Código sofreu mudanças ao passar por votação no Senado. As principais diferenças se referem ao tratamento dado às intervenções em Áreas de Preservação Permanente (APPs), como a regularização das ocupações nas beiras de rios, topos de morros e encostas. “Com a nova lei, 90% dos produtores rurais do país sairão da ilegalidade. Temos uma das melhores agriculturas do mundo e não podemos permitir que as restrições inviabilizem processos produtivos no campo”, defende o presidente da Faes, Julio da Silva Rocha Junior. Sendo aprovada na Câmara, a nova lei seguirá para a sanção presidencial. Setor agropecuário elabora documento para Rio+20 O setor agropecuário vai elaborar um documento para ser entregue aos negociadores da Rio+20 – Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável. O presidente da Faes, Julio da Silva Rocha Junior, que integra a diretoria da CNA, esteve em Brasília, no dia 18 de abril, para participar da primeira reunião de validação do documento. O encontro contou com a participação dos presidentes das Fede12/05 15/05 19/05 26/05 28/05 rações de Agricultura e Pecuária de outros Estados e de Membros das Comissões Nacionais do segmento rural. A Rio+20 será realizada de 13 a 22 de junho, no Rio de Janeiro, e pretende estabelecer uma agenda para o desenvolvimento sustentável do planeta. As decisões tomadas na Conferência provocarão impactos no ambiente institucional, resultando em compromissos à agropecuária brasileira. Produtores regularizam dívidas com projeto de melhoria de arrecadação O projeto de melhoria de arrecadação da Faes e do Senar/ES já percorreu cinco municípios e firmou acordo com os produtores rurais para a regularização das contribuições, esclarecendo dúvidas quanto aos valores e obrigações dos tributos. Nova Venécia, Vila Pavão, São Mateus, Conceição da Barra e Pedro Canário foram os municípios visitados no primeiro mês de execução do programa. No Sindicato Rural de Nova Venécia, por exemplo, a equipe da Faes atendeu mais de trinta pessoas, das quais 90% firmaram acordo para regularização de dívidas e atualização de endereço. Em maio, está prevista a visita a mais nove sindicatos. Confira o calendário do mês. CRONOGRAMA DE VISITAS 02/05 03/05 04/05 23/05 24/05 25/05 29/05 30/05 31/05 Linhares Rio Bananal Sooretama Baixo Guandu Itarana Itaguaçu Pinheiros Boa Esperança Montanha Senar/ES qualifica estudantes e presidiários através do PRONATEC Criado em outubro de 2011, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC) tem como objetivo principal expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de Educação Profissional e Tecnológica (EPT) para a população brasileira. A principal novidade do PRONATEC é a criação da Bolsa-Formação, que permitirá a oferta de vagas em cursos técnicos e de Formação Inicial e Continuada (FIC), também conhecidos como cursos de qualificação. Oferecidos gratuitamente a trabalhadores, estudantes e pessoas em vulnerabilidade social, esses cursos presenciais serão realizados pela Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, ANIVERSARIANTES DE MAIO por escolas Presidente SR Santa Maria de Jetibá Wanderley Stuhr estaduais de Presidente SR Conceição do Castelo Eliomar Maretto EPT e por Presidente SR de Barra de São Francisco Francisco Ribeiro Vital unidades Presidente SR de Bom Jesus do Norte Hely Ferreira Barreto de serviços Esposa do Presidente SR de Itapemirim Fernanda Spadano Meireles nacionais de aprendizagem como o Sistema S, dentre eles o SENAR. O programa está sendo oferecido para escolas de 2º graus e a presídios do interior, onde jovens e adultos detentos terão a chance de aprender um novo ofício e fonte de renda. Estão programadas atividades na produção de mudas (flores e nativas) e a preparação de hortas. O objetivo é proporcionar uma qualificação técnica e ampliar as oportunidades para inserção dos jovens e detentos no mercado de trabalho. Os treinamentos (FIC) terão carga horária de 160 a 180 horas, dependendo do público atendido e ocupação escolhida. Contatos foram mantidos com a SEDU, SEJUS e IASES, sendo previsto pelo Senar a realização de 47 ações com turmas de 15 a 20 participantes, nos municípios de Viana, Cariacica, Colatina, Linhares, São Mateus, Vila Velha, Cachoeiro de Itapemirim e Itaguaçu. PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO Av. Nossa Senhora da Penha, nº 1495 - torre A - 10º e 11º andares - Bairro Santa Lúcia - Vitória/ES - CEP: 29056-243 12 PRONATEC PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO