Oratória e Iniciação à Retórica Jurídica Conteúdo do nosso curso Elementos Fundamentais da Oratória O Medo de Falar em Público, Como Administrá-lo Diferença entre Oratória e Retórica: Elementos Fundamentais da Retórica Principais Formas de Argumentação Jurídica Martorelli Dantas - [email protected] 2 Introdução: A importância da Oratória A Importância da Oratória Pelo discurso nós comunicamos idéias; Pelo discurso nós influenciamos pessoas; Pelo discurso nós corrigimos, animamos e consolamos os nossos ouvintes; Pelo discurso nós mudamos circunstâncias adversas ou criamos as mesmas; Pelo discurso nós comunicamos a nossa personalidade às pessoas. Martorelli Dantas - [email protected] 4 Lei 8.906 de 1994, no Art. 7º, dispõe: São direitos do advogado: VIII – dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, independentemente de horário previamente marcado ou outra condição, observando-se a ordem de chegada; IX – sustentar oralmente as razões de qualquer recurso ou processo, nas sessões de julgamento, após o voto do relator, em instância judicial ou administrativa, pelo prazo de quinze minutos, salvo se prazo maior for concedido; Martorelli Dantas - [email protected] 5 X – usar da palavra, pela ordem, em qualquer juízo ou tribunal, mediante intervenção sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação a fatos, documentos ou afirmações que influam no julgamento, bem como para replicar acusação ou censura que lhe forem feitas; XI – reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juízo, tribunal ou autoridade, contra a inobservância de preceito de lei, regulamento ou regimento; XII – falar, sentado ou em pé, em juízo, tribunal ou órgão de deliberação coletiva da Administração Pública ou do Poder Legislativo; Martorelli Dantas - [email protected] 6 Por que fazemos discursos? A necessidade de comunicar uma idéia; A necessidade de solucionar ou contornar uma situação; Promover entretenimento; Estimular ou Desafiar pessoas à ação; Passar sentimentos e impressões da vida e do mundo para outras pessoas. Martorelli Dantas - [email protected] 7 Para preparar uma boa argumentação é necessário: Uma mensagem a ser comunicada; Conhecimento da matéria sobre a qual falaremos; Estrutura lógica para esquematizar o discurso, facilitando a compreensão e apreensão do que foi dito; Tempo para refletir, amadurecer as idéias e formatar a maneira de apresentá-las. Martorelli Dantas - [email protected] 8 Para expor uma boa argumentação é necessário: Boa dicção e vocabulário; Uma postura e apresentação pessoal adequadas; Condições convenientes de som e ambiente para a comunicação; Controle das emoções do orador e do auditório. Martorelli Dantas - [email protected] 9 Onde encontrar material para as argumentações? Basicamente tudo que chega às nossas mãos ou passa diante de nossos olhos pode ser útil para um discurso; É preciso desenvolver uma “Mente de Orador”; Comece a fazer o seu “Alagado” (anotações). Martorelli Dantas - [email protected] 10 Como evitar erros de postura, dicção e gesticulação Postura Fale com os dois pés plantados no chão; Procure ficar de frente para o maior número de pessoas; Desenvolva um olhar que passeia no auditório Martorelli Dantas - [email protected] 12 Comprimento em lugar de Cumprimento pronunciar a crase Pronunciar os dígrafos, principalmente o “sc” Martorelli Dantas - [email protected] 13 Postura Vista-se com discrição e elegância Cuidado com o cabelo, as unhas e a maquiagem Não se coloque na frente do que está sendo projetado Evite andar ou se movimentar excessivamente Martorelli Dantas - [email protected] 14 Dicção Leia bons livros em voz alta Respeite a pontuação dos textos Fale clara e pausadamente Tome consciência de sua respiração e controle-a Modele a altura da voz de acordo com a necessidade Martorelli Dantas - [email protected] 15 Principais Vícios (erros) de Linguagem “Né !?!” Engolir “r” e “s” Saldo em lugar de SAÚDO Mermo em lugar de MESMO Martorelli Dantas - [email protected] 16 Gesticulação Seja delicado e elegante, evite gestos agressivos, sensuais ou grotescos Imagine um retângulo diante de si e gesticule dentro dele Tome o cuidado para que a sua gesticulação fortaleça o que você diz Martorelli Dantas - [email protected] 17 Gesticulação Cuidado com excessos e a escassez de gestos; Cuidado com o dedo indicativo Martorelli Dantas - [email protected] 18 Dicas para os cuidados com Som e Ambiente: Se você é destro, coloque o pedestal do lado esquerdo; Regule o som antes de começar o discurso e evite que o regulem ao longo da apresentação; Cuide para que as pessoas possam ouvir o discurso de forma cômoda; Trabalhe a iluminação do local. Martorelli Dantas - [email protected] 19 Quais as principais razões do NERVOSISMO e como administrá-lo Causas do NERVOSISMO no Orador Inexperiência Experiências ruins no passado Dificuldades de temperamento Desconhecimento da matéria a ser apresentada Importância da ocasião Público desconhecido Público hostil Martorelli Dantas - [email protected] 21 Como “evitar” o NERVOSISMO Estude o assunto sobre o qual vai falar o máximo possível; Procure conhecer o perfil do auditório com antecedência; Exercite o discurso em casa sozinho ou na presença de amigos; Ouça as sugestões e faça as correções necessárias; Entenda que o nervosismo é uma forma natural de seu organismo se preparar para momentos importantes. Martorelli Dantas - [email protected] 22 Como “esconder” o NERVOSISMO “O orador tem o direito de ficar nervoso, só não tem o direito de deixar que os outros notem” Controle a sua respiração Não diga às pessoas que está nervoso, nem peça desculpas por isso; Tome consciência de seus movimentos, eles podem revelar mais do que você pensa; Mantenha um esboço detalhado do que você vai falar bem diante dos seus olhos. Martorelli Dantas - [email protected] 23 Para quando a apresentação é uma BATALHA Lembre-se que você tem uma missão; Tente responder a hostilidade do público com elegância (brasas vivas); Tome um suco de maracujá ou algo parecido, mas não faça uso de medicação sem recomendação médica; Procure localizar uma fisionomia amiga; Fale compassadamente; Argumente usando verdades conhecidas. Martorelli Dantas - [email protected] 24 Principais Formas de Argumentação Jurídica As Quatro Partes da Retórica Aristotélica Invenção Disposição Elocução Ação Martorelli Dantas - [email protected] 26 Principais Formas de Argumentação Jurídica Argumento ab absurdo Argumento ab autoritate Argumento a contrario sensu Argumento ad hominem Argumento ad rem Argumento a fortiori Argumento a maiori ad minus Argumento per analogiam Estudo baseado em Tercio Sampaio Ferraz Júnior, Introdução ao Direito. Martorelli Dantas - [email protected] 27 Argumento ab absurdo “Começa por admitir que a proposição a ser examinada é verdadeira. Aplica-se a ela, então, todas as regras lógicas da demonstração, para mostrar que, seguindo sua consequencialidade, chegamos a um resultado inaceitável.” Martorelli Dantas - [email protected] 28 Argumento ab autoritate “Trata-se do argumento que procura provar uma tese qualquer, utilizando-se doa atos ou das opiniões de uma pessoa ou de um grupo que a apóiam”. Martorelli Dantas - [email protected] 29 Argumento a contrario sensu “Consiste em concluir de uma proposição admissível, pela proposição que lhe é oposta” Martorelli Dantas - [email protected] 30 Argumento ad hominem “Também chamado de ab personae, consiste em desqualificar o adversário” Martorelli Dantas - [email protected] 31 Argumento ad rem “Concerne às coisas mesmas e às verdades enquanto aceitas pressupostamente por todos, pelo auditório universal, no dizer de Perelman e Tyteca”. Martorelli Dantas - [email protected] 32 Argumento a fortiori “Representa a passagem de uma proposição para uma segunda, para a qual devem valer as mesmas razões da primeira, e ainda com mais força”. Martorelli Dantas - [email protected] 33 Argumento a maiori ad minus “Trata-se do argumento por meio do qual, na argumentação jurídica, passamos da validade de uma disposição mais extensa para a validade de outra menos extensa”. Martorelli Dantas - [email protected] 34 Argumento per analogiam “Refere-se ao argumento que relaciona dois casos entre si, considerados semelhantes, concluindo que, se, para ambos, vale a mesma hipótese, deve valer também as mesmas consequências” Martorelli Dantas - [email protected] 35