Cíclotrons e a Produção de Radioisótopos Valdir Sciani Etapas de Produção Produção do radioisótopo no ciclotron ✔ Marcação: síntese do radiofármaco ✔ Controle de qualidade ✔ Por que acelerar partículas? Em princípio, um acelerador de partículas é uma ferramenta ou instrumento de manipulação ✔ Quanto menor o objeto a ser manipulado, menor deve ser a ferramenta ✔ Max Planck (1900) ➢ E h.(1) (Fóton ou Quantum de Luz) Albert Einstein (1905) ➢ E p 2c 2 m2c4 2 4 2 pm 2 cE c Re pouso (p 0) E mc Fóton (m 0) E pc (1) : h 6,626x1034 J.s 4,141x10-15 eV.s (2) : c 2,998x108 m/s (2) 2 Louis DeBroglie (1923) ➢ E p (Einstein) c E h. (planck) h. p c c 1 mas c h h p ou p Comprimento de onda associado à partícula que “viaja” com momentum “p”. Henrique Barcellos de Oliveira Exemplo ➢ Manipulação de uma partícula alfa. Ferramenta: outro próton. m p 1,6726 x10 27 kg mn 1,6750 x10 27 kg m 2.(m p mn ) 6,6952 x10 27 kg h 34 6,626 x10 p p J.s / m 15 10 p 8 p m.v v v 10 m / s m Correção Relativística ➢ m m0 2 v 1 2 c v 108 m/s Ordem de grandeza da velocidade da luz. Para que uma partícula exiba um comprimento de onda pequeno o suficiente para interagir com outras partículas também muito pequenas, menores do que o tamanho do núcleo atômico, ela deve viajar à velocidades próximas à velocidade da luz. Este é o principal motivo pelo qual partículas devem ser aceleradas. Henrique Barcellos de Oliveira Os Aceleradores 1895 a 1897: Tubo de raios catódicos (primeiro acelerador por queda de potencial elétrico) ✔Descoberta do elétron ✔Descoberta do Raio-X ✔ 1911 a 1919: Rutherford interpreta experimento de Geiger-Marsden ✔Modelo atômico mais realista ✔Estrutura interna leva à necessidade de partículas mais energéticas ✔Energia da partícula-a muito baixa ✔ Descoberta do elétron Tubo de Raios Catódicos J. J. Thompson - 1895 Primeiro acelerador feito pelo homem. Os Aceleradores Queda de potencial ✔ Lineares ✔ Circulares ✔ Queda de Potencial Cockcroft-Walton Queda de Potencial Cockcroft-Walton Multiplicador de Voltagem FERMILAB Queda de Potencial Cockcroft-Walton Máxima Energia: 750 keV ✔Energia = e x ddp (Volt) ✔1932: Primeira desintegração Artificial ✔ 1 1 H Li 2. He 7 3 4 2 Queda de Potencial Van De Graaf Máxima Energia: 25 MeV ✔Energia = e x ddp (Volt) ✔Muito Grande (40 m de altura) ✔ Van De Graaf de Oak Ridge Queda de Potencial Tandem Van De Graaf Máxima Energia: 500 MeV ✔Energia=e x ddp (Volt) ✔Mais Compactos ✔Produção de Urânio-235 para a Primeira Bomba Atômica (Oak Ridge National Laboratory) ✔1974: IFUSP Opera o Primeiro Tandem da América Latina ✔ Aceleradores Lineares (LINAC´s) - 1924: proposta do físico sueco G. Ising - 1928: físico norueguês Rolf Wideröe constroi primeiro LINAC (elétrons) - Partículas são aceleradas nos espaçamentos entre cavidades consecutivas - Cavidades interligadas por fonte de tensão oscilante (RF) - RF fixa implica aumento das cavidades para compensar tempo de voô - Altas energias implicam aceleradores muito longos (3 km ou mais) Aceleradores Lineares (LINAC´s) Princípio de Ising permite duas configurações (Topologias) a) Estrutura de Alvarez (onda estacionária) b) Efeito “surf” (onda propagante ou caminhante) As duas topologias empregam o mesmo método construtivo, o que muda é a fonte de RF Circulares Betatron ✔Ciclotron ✔Sincro-Ciclotron ✔Sincrotron ✔Tevatron ✔Microtron ✔ O Ciclotron 1932 - Lawrence construiu o primeiro ciclotron de frequência fixa Acelerou prótons até 1,25 MeV Transmutação nuclear semanas após os experimentos de Cockroft-Walton Prêmio Nobel de 1939 1939 – Berkeley: ciclotron de 4,7 m (184”) - prótons de 20MeV RF Feed Dee Ion Source Vacuum Primeiro ciclotron (30 cm de diâmetro) Ciclotron de 184” de Berkeley O Ciclotron Simplificação do interior de um ciclotron Aceleração por campos magnéticos e elétricos Campo magnético constante: responsável pela trajetória circular (força de Lorentz), não altera a energia Campo elétrico oscilante (RF): responsável pela aceleração Força de Lorentz Aceleração e Curvatura Crump Institute for Biological Imaging http://www.crump.ucla.edu/lpp/lpphome.html O Ciclotron Aproximações: - Movimento perfeitamente circular - Campo magnético constante e uniforme - Desprezando efeitos relativísticos - Órbita (trajetória) arbitrária (n-ésima) Movimento Circular Uniforme (MCU) O Ciclotron Equações de movimento: Movimento Circular Uniforme (MCU) F q.v B (Lorentz) F q.v.B ( v B) F m.a (newton) v2 v2 a (M.C.U.) q.v.B m. R R Soluções para v e R: q.B.R v m m.v R q.B O Ciclotron Carga (q) e Campo Magnético (B) fixos (constantes): q.B.R v m m.v R q.B - Quanto maior a carga, maior o raio - Quanto maior a massa, maior o raio - Limite ao tamanho do acelerador - Limite à máxima energia possível - Massa pequena limitada pela relatividade 2 q.B.R v v e a m R 2 q.B a .R m Potência Irradiada: 2 q .a P 2 c 2 4 q.B 2 P .R m - Menor massa, maior potência irradiada (partícula sai do feixe) O Ciclotron “Frequência de Ciclotron”: - n-ésima meia-volta - Raio = R - Tempo (meia-volta) = t Espaço .R (meia-volta) tempo t .R .R v t t v q.B.R .m v t (independe de R) m q.B O tempo de voô é o mesmo para todas as órbitas!!! A maior velocidade a cada meia-volta compensa o maior raio O Ciclotron “Frequência de Ciclotron”: Como o tempo independe de qual volta a partícula está, definimos o PERÍODO (T): 2m T 2.t T qB Lembrando: 1 (Frequência) T 2 (Frequênci a Angular) qB 2 m qB m Frequência de Ciclotron Esta é a frequência que deve ser ajustada na fonte de RF para acelerar o íon de carga “q”, massa “m” no campo magnético “B”. O Ciclotron “Frequência de Ciclotron”: Frequência de ciclotron é inversamente proporcional à razão m/q e diretamente proporcional à B. Ion A tem menor razão m/q que o ion B (para o mesmo valor do campo magnético O Ciclotron Extração do feixe: Apenas íons negativos Mais eficiente Fácil focalização Baixa ativação (pouca massa) Extração eletrostática Íons positivos ou negativos Pouco eficiente Difícil focalização Ativação dos eletrodos (grande massa) Extração por “stripper” How are the Radioisotopes made An accelerator shoots a particle at high energy + + + The particle reacts with a nucleus to form a new radioisotope David Schlyer Secção de Choque da Reação Nuclear a + a + A ELASTIC SCATTERING A INELASTIC SCATTERING Aaa b + b + c + David Schlyer B NUCLEAR REACTION 1 D NUCLEAR REACTION 2 Aceleradores - Aplicações CICLOTRON – APLICAÇÕES As aplicações de ciclotrons modernos, em particular, se estendem desde pesquisas fundamentais em física até a produção de radioisótopos para uso médico e usos industriais. PESQUISAS NA ÁREA DE MATERIAIS Análise: usado para determinar a composição de materiais, impurezas (desejadas ou não), que foram introduzidas especialmente para mudar as propriedades do material original. Danos de Radiação: entendimento dos efeitos da irradiação e encontrar materiais mais resistente à radiação. Modificação de Materiais: criação de materiais com novas propriedades, que não seriam obtidos de outra maneira ou melhorar as propriedades já existentes do materiais em estudo. Física do Estado Sólido: obter informações sobre as propriedades internas dos sólidos ou dos defeitos internos na rede cristalina do material. ANÁLISE DE MATERIAIS Análise por Ativação por Partículas Carregadas (Charged Particle Activation Analysis) - Baseia-se no uso de reações nucleares com íons para determinar a presença de determinados átomos em um material. Alcança sensibilidades de 1 a 10ng/g. Aplicação: dispositivos semicondutores. Estudo do Desgaste por Ativação Superficial (Thin Layer Activation) – Caso especial de Análise por Ativação, tem sido usado como ferramenta de pesquisa para medir o desgaste de componentes e/ou partes de máquinas. Aplicação: indústria automobilística. Radiografia com Nêutrons (Neutron Radiography) Feixes intensos de prótons em alvos de Be produzem nêutrons. ANÁLISE DE MATERIAIS Retroespalhamento de Rutherford (Rutherford Back Scattering). Método mais antigo utilizando feixe de íons: é baseado no retroespalhamento elástico de íons da superfície ou do interior do material (foi usado por Rutherford nas pesquisas sobre a estrutura do átomo). O método fornece informações dos diferentes átomos que compõem o material. Análise de Detecção do Recuo Elástico (Elastic Recoil Detection Analysis). Bastante similar ao anterior. Emissão de Raios X induzida por íons (Particle Induced X-ray Emission). Usa feixe de prótons com baixa energia. Detecta quase todos os elementos. APLICAÇÕES NA MEDICINA A produção de radioisótopos para uso em medicina é um dos mais lucrativos negócios envolvendo ciclotrons. Estas aplicações sustentam diversos fabricantes de ciclotrons e justificam o desenvolvimento de máquinas dedicadas. USO DE CICLOTRONS EM MEDICINA CAMPO DA MEDICINA: diagnóstico e terapia DIAGNÓSTICOS IN-VIVO: emissores gama – reatores e aceleradores emissores de pósitrons – somente aceleradores USO DE CICLOTRONS EM MEDICINA TERAPIA COM HADRONS (nêutrons e partículas carregadas): a) diretamente com íons acelerados b) com nêutrons gerados como produtos secundários em aceleradores RADIOTERAPIA INTERNA: envolve o uso de radionuclídeos com características convenientes introdução no local do tumor pode ser feita mecanicamente, na forma de sementes ou stents (braquiterapia) ou pode seguir um caminho bioquímico (endoradioterapia) USO DE CICLOTRONS EM MEDICINA TERAPIA COM RADIAÇÃO TERAPIA PADRÃO: envolve o uso de: elétrons de baixa e alta energia raios-X raios- fótons de alta energia nêutrons lentos TERAPIA POR CAPTURA DE NÊUTRONS LENTOS (BNCT) Nesta terapia, um composto químico contendo Boro (10B) é introduzido na corrente sanguínea, o qual por suas características é metabolizado mais rapidamente pelas células cancerosas. O tumor é então irradiado com nêutrons lentos. Por causa da elevada secção de choque de absorção (~3800 barn), a reação nuclear entre o nêutron e o 10B ocorre com bastante eficácia {10B(n,α)7Li} e como resultado dará origem à uma radiação do tipo- com energia 1,47MeV a qual possui um curto alcance nos tecidos do corpo(~m) e um poder de dano biológico cerca de 20 vezes superior ao das radiações-. Devido à alta toxicidade do Boro, a técnica precisa de rigoroso controle. Outro isótopo usado é o 155Gd e 157Gd. Tem uso limitado, pois envolve o estabelecimento de uma instalação médica ao redor do reator. TERAPIA COM HADRONS TERAPIA COM HADRONS: APLICAÇÃO DE CICLOTRONS HADRONS: nêutrons e partículas carregadas, ambos produzidos em ciclotrons Considerações importantes: Transferência linear de energia (linear energy transfer – LET) Eficiência biológica relativa (relative biological efficiency – RBE) Vantagem: Uso de Hadrons, em comparação à terapia convencional, pode ter a vantagem de seletividade física melhor, isto é, um perfil de dose melhorado e uma eficiência biológica maior, correspondente a maior exterminação do tumor TERAPIA COM HADRONS Para feixes de íons, os valores se referem a partículas de altas energias. Para uma determinada dose, uma radiação com LET alto significa maior efetividade para matar células que uma radiação com LET baixo TERAPIA COM NÊUTRONS são radiações altamente ionizantes e possuem valores LET altos seus efeitos biológicos vem de seus espalhamentos por átomos de hidrogênio e também da emissão de partículas carregadas em suas interações com C, N e O do corpo nêutrons rápidos podem ser gerados em ciclotron pela irradiação de prótons em alvos de Be para geração de nêutrons, normalmente se usam dêuterons de energia 50 MeV e prótons de 65 MeV e correntes de até 50 μA é efetivo para tratamento de tumores resistentes TERAPIA COM PRÓTONS ao contrário de nêutrons, tem baixos valores LET prótons depositam quase toda a energia no final da penetração no tecido: possuem uma região constante e de valores relativamente baixos de dose, seguido de um pico acentuado no final de sua trajetória, onde perde a maior parte de sua energia (pico de Bragg) a maior vantagem está no tratamento de tumores profundos, próximos a estruturas críticas, devido à alta seletividade do pico de Bragg. Variando-se a energia, chega-se a um efeito terapêutico em diversas profundidades no tecido afetado: o pico de Bragg pode ser variado, cobrindo todo o volume do tumor na terapia com prótons utiliza-se energias entre 60 e 250 MeV. Em geral, é um feixe colimado e de alta qualidade. As correntes de feixe estão no intervalo entre 5 e 10 nA. Em 2001, cerca de 30 centros utilizavam este tipo de terapia TERAPIA COM HADRONS Produção de Radioisótopos Considerações Importantes radioisótopos de ciclotrons possuem a atividade específica alta e a dose de radiação baixa, comparados aos de reatores conhecimento de dados nucleares, para otimização do método de obtenção do radioisótopo. conhecimento das propriedades químicas e mecânicas do material alvo. capacidade do alvo agüentar altas correntes de feixe. facilidade de separação química do produto radioativo. recuperação do material alvo, no caso de alvos enriquecidos. reatividade química e atividade específica do produto. Escolha da Reação Nuclear Existem diversas rotas para a produção de um determinado radioisótopo, que leva às seguintes considerações: tipo de acelerador adequado: partícula, energia, corrente de feixe. tipo de material alvo: grau de enriquecimento, estado físico (sólido, líquido, gasoso). tipo de sistema de irradiação conveniente para as irradiações: confinamento, possibilidade de refrigeração conveniente, facilidade de manutenção, colocação e remoção do material alvo. facilidade de separação química do radioisótopo obtido. a rota deve permitir uma produção em quantidade suficiente. Conhecimento de Dados Nucleares A = N0sIf (1 - e-t) A: quantidade do produto No: número de átomos do alvo s: seção de choque (depende da energia) If : número de partículas incidentes (1 - e-t): termo de correção do decaimento Rendimento de Produção: Calculado a partir da curvas de função de excitação SECÇÃO DE CHOQUE NUCLEAR -s A = N0sIf (1 - e-t) • • • • Cada núcleo possui sua secção de choque para a reação A secção de choque é a probabilidade da reação ocorrer É uma propriedade inerente, que não pode ser alterada A unidade é barns (10-24 cm2) NÚMERO DE PARTÍCULAS INCIDENTES - If A = N0sIf (1 - e-t) Como pode ser determinado este termo? 1. 2. 3. 4. Pode ser medido pela corrente incidente no alvo. Corrente (medida em amperes) é a quantidade de carga depositada no alvo por segundo (medida em Coulombs). Carga do elétron: 1.6 x 10-19 Coulombs Número de partículas incidente (supondo partícula próton) é corrente (A)/1.6 x 10-19 Rendimento da Reação Corrente do feixe dn I 0 NAdss ab Secção de choque dn = número de reações que ocorrem por segundo I0 = número de partículas incidentes no alvo por segundo NA = número de núcleos de alvo por grama ds = espessura do material em gramas por cm2 σab = secção de choque, expressa em unidades of cm2 Conhecimento de Dados Nucleares Funções de excitação: Técnica de empilhamento (stacked foil): Folhas finas (formando um conjunto compacto) do material alvo de interesse são irradiadas simultaneamente. Posteriormente, é medida a atividade de cada folha. A degradação de energia é determinada colocando-se folhas de material de seções de choque bem conhecidas (reações monitoras). Reações monitoras: Cu, Ni, Ti, Al Técnica de empilhamento (stacked foil): Monitoração do feixe de prótons, com energias entre 4 e 33MeV, via reações nucleares em Cobre: Cu(p,x)58Co, 63Cu(p,2n)62Zn e 65Cu(p,n)65Zn: Trabalho de P. Kopecký (1985) Escolha das reações em Cobre: a) espectro gama dos radionuclídeos monitores ser avaliados facilmente. 58Co, 62Zn e 65Zn podem b) tanto ao corrente como a energia do feixe podem ser determinados de medidas da atividade de uma “única folha” de Cobre, desde que dois radionuclídeos monitores são produzidos simultaneamente. Função de excitação da reação nuclear: 75As(p,xn)72,73,75Se Função de excitação da reação nuclear: 75As(p,xn)72,73,75Se O rendimento de obtenção de 73Se no intervalo de energia entre 45 e 24 MeV é de 57 mCi/μAh. Entretanto, as contribuições de 72Se e 75Se, como impurezas, são 0,37 e 0,05%, respectivamente. No intervalo de energia entre 40 e 30 MeV, o rendimento de obtenção de 73Se é de 38 mCi/μAh, menor que no caso anterior.Porém, as contribuições de 72Se e 75Se correspondem a 0,11 e 0,05%, respectivamente. Função de excitação da reação nuclear: 75As(p,xn)72,73,75Se Conclusões: a) O intervalo de energia entre 40 e 30 MeV é considerado como o ideal para a produção de 73Se, em função do baixo nível de impurezas. b) A energia do feixe incidente deve ser de 40 MeV e a espessura do alvo de As deve degradar a energia até 30 MeV. c) O nível de impurezas isotópicas pode ser reduzido também usando-se isótopos enriquecidos como material alvo. Exemplo Produção de 123I Na literatura são encontrados cerca de 25 processos nucleares para obtenção do 123I, que podem ser agrupados em dois conjuntos principais: Processos Indiretos Processos Diretos fazem uso do sistema precursor 123Xe 123I. utilizam prótons ou dêuterons, induzindo reações nucleares em isótopos de Telúrio enriquecido (124Te). Exemplo Produção de 123I Os principais processos para produção rotineira e comercial são: 124Te 127I 124Xe (p,2n) 123I (p,5n) 123Xe 123I (p,2n) 123Cs 123Xe 123I 124Xe (p,pn) 123Xe 123I Função de excitação da reação nuclear 124Te(p,xn)123,124I Para decrescer o nível impurezas isotópicas na produção de 123I, é essencial a utilização de material altamente enriquecido (124Te). Entretanto, devido à competição da reação 124Te(p,n)123I, não é possível eliminar a impureza 124I completamente, mesmo usandose 124Te com enriquecimento de 100%. O intervalo de energia conveniente de produção está compreendido entre 25 e 18 MeV, isto é, a energia incidente deve ser de 25 MeV e a espessura do alvo de 124Te deve degradar a energia até 18 MeV. Nestas condições, obtém-se um nível da impureza 1%. 124I menor que Por outro lado, se o interesse estiver na produção de 124I, a energia dos prótons incidentes deve ser menor que 15 MeV. Produção de 82mRb e 81Rb Produção de 82mRb Função de Excitação: 18O(p,n)18F Os fabricantes de Ciclotrons procuram sempre o desenvolvimento de: Ciclotrons com correntes de feixe cada vez maiores. Sistemas de irradiação que permitem uma melhor remoção do calor depositado pelo feixe no alvo. Principais Fabricantes: GE SIEMENS IBA ACS Uso de Ciclotrons na Medicina Energia Principais radioisótopos produzidos (MeV) Classificação Caracteristicas Level I Single particle (d) < 4 15 Level II Single particle (p) ≤ 12 11 O C, 13N, 15O, 18F 11 C, 13N, 15O, 18F, 86Y, 124I, 89Zr, 64Cu 67 Ga, 111In) Level III Single or two particle (p,d) ≤ 20 Level IV Single or multiple particle (p, d, 3He, 4He) ≤ 40 Level V Single or multiple particle (p, d, 3He, 4He) ≤ 100 28 Mg, 72Se, 82Sr, 117mSn, 123I Level VI Single particle (p) ≤ 100 67 Cu, 68Ge, 82Sr, etc. 38 (123I, K, 73Se, 75 - 77Br, 123I, 81Rb, (81Kr), 67Ga 111In, 201 Tl, 22Na, 57Co, 44Ti, 68Ge, 72As, 140Nd Reações de Produção de Radioisótopos Flúor-18 18 Iodo-123 124 Gálio-67 68 Tálio-201 203 Índio-111 18 O( p, n) F Xe( p,2n) Cs Xe I 123 123 67 Zn( p,2n) Ga Tl ( p,3n) Pb Tl 201 112 201 Cd ( p,2n)111In 123 Reações de Produção de Radioisótopos 11C 14 N ( p, )11C 13N 16 O( p, ) N 15O 15 N ( p, n) O 14 N (d , n)15 O 18 O( p, n)18 F 18F 13 15 20 Ne(d , )18 F Ciclotron RDS 111 Ciclotron GE - PETtrace Ciclotron GE – PETtrace Ciclotron IBA – C18 Ciclotron EBCO – TR19 Ciclotron EBCO – TR19 Ciclotron CV-28 Ciclotron CV-28 (The Cyclotron Corporation) – USA Ciclotron CV-28 Ciclotron CV-28 (The Cyclotron Corporation) – USA Ciclotron CV-28 Ciclotron CV-28 (The Cyclotron Corporation) – USA Ciclotron CV-28 Ciclotron CV-28 (The Cyclotron Corporation) – USA CAC/IPEN Ciclotron CV-28 Ciclotron CV-28 (The Cyclotron Corporation) – USA Ciclotron CV-28 Ciclotron CV-28 (The Cyclotron Corporation) – USA APLICAÇÕES NA MEDICINA - IPEN Com o início de operação do cíclotron CV-28, no final de 1983, diversos radioisótopos de interesse em diagnósticos médicos foram produzidos experimentalmente, a saber: 1984: 67Ga a partir da irradiação de natZn com prótons. 1984: 201Tl a partir da irradiação de natHgO e natTlNO3 com prótons 1985: 18F a partir da irradiação de H2O com 3He++. 1989: 123I a partir da irradiação de natTeO2 com prótons. 1989: 51Cr a partir da irradiação de natV com prótons. 1991: 111In a partir da irradiação de natCd com prótons. Além dos experimentos citados anteriormente, ainda no cíclotron CV-28, foram iniciadas produções rotineiras comerciais de: 1988: 67Ga a partir da irradiação de 68Zn com prótons. 1991: 123I a partir da irradiação de 124TeO2 com prótons. 1997: 18F a partir da irradiação de H218O com prótons. Cyclone 30 do IPEN PARTÍCULA ACELERA H EXTRAE H + ENERGIA (MeV) MAX.: 30 MIN.: 15 CORRENTE (µA) 350 NÚMERO DE FEIXE 2 FONTE DE ÍON “MULTICUSP” EXTRAÇÃO FOLHA DE CARBONO Extração “stripper” Ciclotron Neutron “shutter Parede de Concreto Visor Faraday Distruidor Magnético Alvo Lentes Magnéticas Quadrupolares Linha de Feixe Linha de Feixe Cyclone 30 do IPEN Cyclone 30 do IPEN Cyclone 30 do IPEN Cyclone 30 do IPEN Cyclone 30 do IPEN Cyclone 30 do IPEN Cyclone 30 do IPEN Cyclone 30 do IPEN Alvos Sólidos 67Ga 201Tl Alvo 68Zn 203Tl Energia (MeV) 26,5 28 Corrente (A) 200 200 Alvos Sólidos Sistema de Irradiação de Alvos Sólidos Alvos Sólidos Radioisótopos de Cu emissores de pósitrons ISÓTOPO MEIA VIDA FÍSICA MODO DE DECAIMENTO PRODUÇÃO 60Cu 23,7 min. β+ 93%; CE 7% 60Ni(p,n)60Cu 3,35 h. β+ 60%; CE 40% 61Ni(p,n)61Cu 62Cu 9,7 min. β+ Gerador 62Zn-62Cu 64Cu 12,7 min. CE 43%;β- 38%; β+ 19% 64Ni(p,n)64Cu 61Cu Alvos Sólidos – Produção de 123I e 124I Porta-alvo para a produção de 124I (IBA) Alvos Gasosos Heat Transfer in Gas Targets Density Reduction is a result of target heating The heating is Beam not uniform in the beam strike area. D. Schlier – Apresentação IPEN Heselius, S.J., Lindblom, P., and Solin, O., 1982 123I Alvo Porta Alvos para Irradiação 124 Xe 124Xe (GÁS) Energia (MeV) 30 Corrente (A) 50 Alvos Gasosos Alvos Gasosos Porta Alvos para Irradiação H218O 18F - Alvo H218O Energia (MeV) 18 Corrente (A) 50 Porta Alvos para Irradiação H218O 18 Porta Alvos para Irradiação H2 O Porta Alvos para Irradiação H218O Proton H218O Ciclotron Cyclone 18+ PARTÍCULA ACELERA H EXTRAE H + ENERGIA (MeV) 18 CORRENTE (µA) 150 NÚMERO DE SAÍDAS 8 FONTE DE ÍON “PIG” EXTRAÇÃO FOLHA DE CARBON0 Cyclone 18+ do IPEN Cyclone 18+ do IPEN Cyclone 18+ do IPEN Cyclone 18+ do IPEN Cyclone 18+ do IPEN Células de Processamento 18 F-FDG Módulo de Síntese 18 F-FDG Células de Processamento 18 Controle de Qualidade ( F-FDG) DADOS Aspecto visual Especificações / Método* límpido Pureza Radionuclídica > 99,8 % - Ge (Li) Pureza Radioquímica > 95,5 % (18F-FDG) TLC Kriptofix (g/ml) < 100 g/mL TLC Pirogênio negativo - Esterilidade estéril Meios de cultivo *Conforme farmacopeia - Limulus test Evolução das Produções de 18 F - Evolução das Produções de Flúor-18 700 587 600 519 Número de Irradiações 500 434 381 400 329 300 244 252 2003 2004 200 100 0 2005 2006 Ano 2007 2008 2009 Evolução das Produções de 18 F - Corrente Integrada nas Produções de Flúor-18 Corrente Integrada ( Ah) 50000 47614,9 40000 36905,6 33739,9 30053,3 30000 21704,7 20000 13412,2 10000 8110,9 0 2003 2004 2005 2006 Ano 2007 2008 2009 Evolução das Produções de 18 F - Tempo de Irradiação de H218O 1200 1061 1000 858 Tempo (h) 800 887 871 2007 2008 731 600 450 400 306 200 0 2003 2004 2005 2006 Ano 2009 Atividades de Atividades de 18 F - 18 - F 3200000 2879579 2800000 2556750 Atividade (mCi) 2400000 2192440 2000000 1845080 1600000 1290910 1200000 821000 800000 474000 400000 0 2003 2004 2005 2006 Ano 2007 2008 2009 Evolução da Comercialização de 18F-FDG 12000 10826 10165 10000 Doses de FDG 8085 8000 7335 6105 6000 4023 4000 2150 2000 0 2003 2004 2005 2006 Ano 2007 2008 2009 Moléculas marcadas com 18F 18O(p,n)18F 18F – FDG 18F - FLT 18F - FCHOLINE 18F - FDOPA* 18F - MISO 18F - FET 18F - FHBG 18F - FES 18F - FB-CHO 18F – FACETATE *Com F2 TRACElab FX F-N Radioisótopos para Aplicação em PET 64Cu 64 Ni( p, n)64 Cu 124I 124 124 89Zr 89 66Ga 66 Te( p, n) I Y ( p, n)89 Zr Zn( p, n)66 Ga Geradores de Radionuclídeos para PET Pai/filho T1/2 Pai/filho Modo decaim. filho 44Ti/44Sc 48a / 3,92h β+/CE 52Fe/52Mn 8,27h /21,1 min β+/CE 62Zn/62Cu 9,13h /9,8min β+ 68Ge/68Ga 278d / 68min β+/CE 82Sr/82Rb 25d / 76s β+/CE 118Te/118Sb 6,0d / 3,5min β+/CE 122Xe/122I 20,1d / 3,6min β+/CE 128Ba/128Cs 2,43d / 3,8min β+/CE Gerador 68Ge/68Ga Em andamento no IPEN: • Aquisição de geradores e sistema purificação e síntese • Preço gerador: 30 mCi - U$ 19,000 • Preço do sistema de síntese: entre U$ 20,000 e U$ 80,000 • Exemplos de Moléculas Marcadas: – DOTANOC 68Ga – DOTA - Anti CD20 68Ga • Estudos de marcação e controle de qualidade • Estudos de estabilidade Gerador 82Sr/82Rb • Características: Produto obtido em ciclotron 70 Mev • Reação: 85Rb(p,4n)82Sr • Preço gerador: U$ 31,570 • Sistema de infusão: U$ 72,000 Sistema para eluição e aplicação de Rb-82 Gerador de Sr-82/Rb-82 Sistema de infusão Custos de Implantação e Operação Tipo de Investimento Custo (USD) Vida útil (Anos) Custo Operacional Anual (USD) 1.7 – 2.8 Milhões 20 112 000 700 Mil 20 56 000 Laboratório CQ 1.4 – 2,5 Milhões 20 112 000 Ciclotron (10-19) MeV 1.3 – 2,5 Milhões 20 160 500 Ciclotron (25-30) MeV 4,5 – 6,5 Milhões 20 200 000 Célula Quente 200 - 400 Mil 10 32 000 Mini-célula para módulos 80 – 150 Mil 10 20 000 Módulo de Síntese 90 – 150 Mil 10 17 000 Equipamentos de Monitoração 100 – 250 Mil 10 16 000 Blindagem Laboratório : Síntese de FDG Crescimento de Instalações PET 2500 2000 1500 1000 500 0 2002 2003 US 2004 Europe 2005 JAPAN Asia 2006 Procedimentos com FDG nos EUA (x1000) Crescimento de PET Scanners Crescimento de PET Móvel nos EUA