UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE LOGÍSTICA: RECEBIMENTO, ARMAZENAGEM E DISTRIBUIÇÃO. Por: Celso Luiz França Orientador Professor: Jorge Tadeu Vieira Lourenço Rio de Janeiro 2010 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE LOGÍSTICA: RECEBIMENTO, ARMAZENAGEM E DISTRIBUIÇÃO. Apresentação Candido de Mendes monografia como à requisito Universidade parcial para obtenção do grau de especialista em Logística Empresarial. Por: Celso Luiz França 3 AGRADECIMENTOS À minha família por todo o carinho, ajuda e apoio em todos os momentos. 4 DEDICATÓRIA Dedica-se à minha mãe Sandra, mulher batalhadora, forte e que sempre me incentivou. 5 RESUMO Este trabalho tem por objetivo expor os pontos fundamentais da logística onde se pode trabalhar em cima de redução de custos em armazenagem e distribuição de materiais. Com isso possibilitando as empresas a se tornarem mais competitivas no mercado. As organizações vêm sofrendo com custos elevados nos processos logísticos, com isso vem buscando de diversas formas minimiza-los ao máximo. Com avanços tecnológicos e profissionais qualificados focados e obter bons resultados em cima destes fatores críticos de sucesso para as organizações. Por fim, isso eleva o nível de serviço da empresa através de mudanças nos processos internos focados em custos. 6 METODOLOGIA A metodologia utilizada foi uma pesquisa bibliográfica, observações em aulas ministradas por professores com vasta em experiência na área e pesquisas relacionadas a logística no meu dia-a-dia de trabalho. Com isso, foi utilizado para o desenvolvimento deste trabalho fontes bibliográficas, através de livros e sites de internet relacionados à logística. 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I - LOGÍSTICA 9 1 - RECEBIMENTO DE MATERIAIS 14 CAPÍTULO II - SUPPLY CHAIN 23 2.1 - ARMAZENAGEM 25 2.2 – DISTRIBUIÇÃO 29 2.3 – MOVIMENTAÇÃO 34 CONCLUSÃO 38 BIBLIOGRAFIA 39 FOLHA DE AVALIAÇÃO 40 8 INTRODUÇÃO No conteúdo deste trabalho é abordado mais a fundo os processos de recebimento de matéria prima até a transformação do produto acabado. Passando por diversas etapas do processo logístico, com apresentações, gráficos e figuras que irão ilustrar o objetivo da busca de adequar a logística cada vez mais às necessidades do cliente. O propósito deste estudo é uma análise nas áreas chaves do processo logístico como: Recebimento de materiais, armazenagem e distribuição. Também passando um pouco por alguns das áreas e atividades mais importantes da logística, como compras, inventários rotativos e transportes. Inicialmente o trabalho ressalta a origem, conceito e importância da logística e toda a sua transformação até os dias de hoje. Concluindo o primeiro capítulo abordando toda a importância da agilidade e eficiência do recebimento de materiais. O Capítulo seguinte inicia-se com o conceito do Supply Chain ou Cadeia de suprimentos, passando por globalização e novas tendências logísticas. O capítulo segue abordando os fatores críticos de sucesso na armazenagem, distribuição e movimentação. Com alguns gráficos e ilustração que agregam mais valor as informações apresentadas. Por fim, encerramos com a conclusão do projeto destacando o objetivo e a importância de ter um alto nível de serviço. 9 CAPÍTULO I O CONCEITO LOGÍSTICA A logística originou-se durante a Segunda Guerra Mundial, quando estava relacionada à movimentação e coordenação de tropas, armamentos e munições para os locais necessários. Para implantar melhoramentos na estrutura industrial é necessário dinamizar o sistema logístico, que engloba o suprimento de materiais e componentes, a movimentação e o controle de produtos e o apoio ao esforço de vendas dos produtos finais, até a colocação do produto acabado no consumidor. Administração de Materiais corresponde, no seu todo, ao planejamento, organização, direção, coordenação e controle de todas as tarefas necessárias à definição de qualidade, aquisição, guarda, controle e aplicação dos materiais destinados às atividades operacionais de uma empresa, seja esta de natureza industrial, comercial ou de serviço. O enfoque da administração de materiais está mudando o tradicional produza, estoque, venda para um conceito mais atualizado, que envolve definição de mercado, planejamento do produto, apoio logístico. Além disso, os administradores também estão reconhecendo que devem coordenar suprimentos, produção, embalagem, transporte, comercialização e finanças em uma atividade de controle global, capaz de apoiar firmemente cada fase do sistema, com um máximo de eficiência e um mínimo de capital investido. 10 A logística compõe-se de dois subsistemas de atividades: administração de materiais e distribuição física, cada qual envolvendo o controle da movimentação e a coordenação demandasuprimento. O objetivo principal de uma empresa é, sem dúvida, maximizar o lucro sobre o capital investido, sejam em fábricas, equipamentos, financiamentos de vendas, reserva de caixa ou em estoques. Para atingir o lucro máximo, ela deve usar o capital para que não permaneça inativo; caso haja maior necessidade, ela emprestará ou tirara o dinheiro de um dos cinco itens acima mencionados. Espera-se então, que o dinheiro investido em estoques seja o lubrificante necessário para a produção e o bom atendimento das vendas. Torna-se necessário otimizar o investimento em estoque, aumentando o uso eficiente dos meios de planejamento e controle, minimizando as necessidades de capital para o estoque. Os estoques de produto acabado, matéria-prima e material em processo não podem ser vistos independentemente. Seja qual for a decisão tomada sobre qualquer um desses tipos, ela deverá ter influência sobre os demais. A administração de materiais inclui a maioria ou a totalidade das atividades realizadas pelos seguintes departamentos compras, recebimento, planejamento e controle da produção, expedição, tráfego e estoque. A logística envolve a movimentação dos produtos acabados ou semi-acabados de uma unidade fabril para outra ou da empresa para seu cliente, também exige a coordenação entre demanda e suprimento; esta coordenação constitui a distribuição física e pode ser definida como o transporte eficiente e produtos acabados do final da linha de produção até o consumidor, incluindo em alguns casos o transporte de matéria prima da fonte de suprimento ao início da linha de produção. Esse conjunto de atividades 11 engloba o transporte de carga, armazenagem, movimentação física de materiais, embalagem, controle de estoque, seleção de locais para armazenamento, processamento de pedidos e atendimento ao cliente. Assim, de modo resumido, podem ser incluídas entre atividades logísticas as seguintes: • Compras; • Programação de entregas para a fábrica; • Transportes; • Processamento de pedidos de clientes; • Armazenagem de matérias-primas; • Controle de estoque de componentes • Armazenagem de componentes; • Controle de estoque nos centros de distribuição; • Previsão de necessidades de materiais; • Controle de estoque de matéria-prima; • Planejamento dos centros de distribuição; • Administração nos centros de distribuição; • Planejamento de atendimento aos clientes. Existem várias razões do interesse da administração pela logística no Brasil, e esse interesse pode ser explicado por algumas razões principais, são elas: • Rápido crescimento dos custos, particularmente dos relativos aos serviços de transporte e armazenamento; • Desenvolvimento de técnicas matemáticas e do equipamento de computação capazes de tratar eficientemente a massa de dados normalmente necessária para a análise de um problema logístico; • Complexidade crescente da administração de materiais e da distribuição física, tornando necessários sistemas mais complexos. • Disponibilidade de maior gama de serviços logísticos • 12 Mudanças de mercado e de canais de distribuição, especialmente para bens de consumo. Os custos representam parte importante no processo de decisão na administração logística. Variam muito em importância de indústria para indústria, à medida que as empresas tentam balancear os custos básicos de transporte e de manutenção de estoque, de tal maneira que disso resultem custos totais relativamente baixos. Cada elemento do sistema logístico adiciona custos ao produto final, em alguns casos interfere positiva e negativamente na qualidade do produto. • Os fornecedores desejam produzir grandes lotes de produtos comuns a diversos clientes, • O produtor deseja fabricar grandes lotes de um conjunto de produtos com projeto simples e facilidade de montagem, tendo ainda garantia de qualidade de cada produto individual; • O revendedor deseja qualidade superior e um bom desempenho comercial associado a marca conhecida, com um preço que garanta alta margem de lucro; • O consumidor, por sua vez, deseja qualidade superior, desenho individual, preço baixo e boa qualidade. • A organização e estrutura de um sistema de materiais pode ser dividida nas seguintes áreas de concentração: O estoque é necessário para que o processo de produção-vendas da empresa opere com um número mínimo de preocupações e desníveis. Os estoques podem ser de: matéria-prima, produtos em fabricação e produtos acabados. O setor de controle de estoque acompanha e controla o nível de estoque e o investimento financeiro envolvido. 13 O setor de compras preocupa-se sobremaneira com o estoque de matéria-prima. É da responsabilidade de compras assegurar que as matérias-primas exigidas pela produção estejam à disposição nas quantidades certas, nos períodos desejados. Compras não é somente responsável pela quantidade e pelo prazo, mas precisa também realizar a compra em preço mais favorável possível, já que o custo da matéria-prima é um componente fundamental no custo do produto. O almoxarifado é o responsável pela guarda física dos materiais em estoque, com exceção dos produtos em processo. É o local onde ficam armazenados os produtos, para atender a produção e os materiais entregues pelos fornecedores. O PCP é o responsável pela programação e pelo controle do processo produtivo. Em algumas empresas ele não se encontra subordinado à área de Materiais, e sim a Produção. Atualmente, porém, já se encontra em evolução a idéia de que o PCP deve ficar subordinado à área de materiais. É um setor bastante específico e bem técnico dependendo do tipo de produção. Matéria-prima (Alto estoque) Matéria-prima em processo (Alto estoque) Produto Acabado Depto. Compras Depto. Financeiro Desconto sobre as quantidades a serem compradas Capital investido. Perda financeira Depto. De Produção Depto. Financeiro Nenhum risco de falta de material. Grandes lotes de fabricação Maior risco de perda e obsolência. Aumento do custo de armazenagem Depto. Vendas Depto. Financeiro 14 (Alto estoque) Entregas rápidas. Boa imagem, melhores vendas. Capital investido. Maior custo de armazenagem FIGURA 1 - Conflitos interdepartamentais, quanto estoques (Extraída de DIAS, Marco Aurélio P, 1993, p.24) Todo processo de importação também compreende a realização de uma compra, só que no exterior. Devido a todos os excessos de legislação e por ser uma atividade compradora, o setor de Importação subordina-se à área de materiais. Ele é o responsável por todos os processos de importação de mercadorias para a empresa e, em alguns casos, acompanha e realiza o processo burocrático de exportação, que é uma venda; não realizada, porém, a venda e sim o processo legal e administrativo da exportação. A colocação do produto acabado nos clientes e nas entregas das matérias-primas na fábrica é de responsabilidade do setor de Transporte e Distribuição. É nesse setor que se executa a Administração da frota de veículos da empresa, e/ ou onde também são contratadas as transportadoras que prestam serviços de entrega e coleta. No conteúdo que será apresentado será abordado mais a fundo os processos de recebimento de matéria prima até a transformação do produto acabado. Passando por diversas etapas do processo logístico, com apresentações, gráficos e figuras que irão ilustrar o objetivo da busca de adequar a logística cada vez mais às necessidades do cliente. 1 - Recebimento de Materiais 15 O recebimento de materiais de uma empresa é porta principal por onde entram os insumos, matérias-primas e todo tipo de material relevante para o funcionamento de uma organização. A principal função do recebimento de materiais é assegurar que a entrega do produto esteja em conformidade com as especificações informadas no pedido de compra. Assegurar a entrada correta dos materiais, a empresa está pensando em minimizar um problema que poderá surgir mais a frente. A constatação de um produto armazenado, que seja requisitado para a produção esteja fora da validade ou com algum problema na sua embalagem. Automaticamente esse material não poderá ser usado na produção. Para efetuarmos o processo de recebimento de uma forma ágil e segura, devemos obedecer alguns procedimentos: • Excelente comunicação entre o recebimento e a • Pessoal qualificado para os procedimentos de portaria entrada de fornecedores na empresa. • Redução, ao mínimo possível, da burocracia para o preenchimento de autorizações de entrada de pessoas. • Capacidade de recebimento adequada ao volume de entrega de materiais pelos fornecedores, inclusive em períodos de maior demanda, evitando filas e tempo de espera. • Estacionamento adequado para os veículos que estão aguardando a entrada no empresa. A conferência pode ser feita na retirada do material no fornecedor, todos os materiais devem estar acompanhados dos documentos constantes dos pedidos de compra, que podem variar de um caso para outro. A Nota Fiscal deve 16 acompanhar todas as entregas. Possíveis não-conformidade na entrega poderão ser: • O produto em si • Condição de pagamento • Quantidade • Preço • Impostos • Valor do frete • Validade do material • Condição de armazenamento no transporte • Outros itens específicos O endereçamento de produtos no estoque é utilizado para indicar a localização de onde os itens devem ser retirados, obedecendo a ordem previamente estabelecida. Através de qualquer computador dentro da empresa, que tenha o software específico para executar esta tarefa, qualquer pessoa envolvida no processo terá acesso a localização de qualquer item no estoque. Após o recebimento do produto, deverá ser gerado um endereço e também um código de barras, permitindo o controle da quantidade disponível. Após isso, para localizar o produto no estoque bastará apenas buscá-lo no sistema pelo código ou digitando o nome do item, sendo encontrado, o sistema já informa onde o produto está localizado. Existem diversas formas para fazer um endereçamento de materiais, abaixo veremos duas delas: O sistema de endereçamento pode ser composto duas simbologias, utilizando os códigos alfanuméricos como representativos do local de armazenagem, que designaria a localização para cada produto. Etiquetas coloridas poderiam ser afixadas nos 17 produtos para o monitoramento da validade. O sistema de endereçamento proposto teria a identificação da localização por meio de construção de ruas, onde cada uma teria níveis de armazenamento numerados. Outra forma de endereçamento possível é a classificação ABC, os produtos de maior giro receberiam a letra A, os de giro intermediário receberiam a etiqueta com a letra B e os produtos com menor giro seriam etiquetados com a letra C. A curva ABC será de grande utilidade para a análise de estoque, pois permitirá identificar aqueles itens que precisam de atenção e tratamento adequado quanto a sua administração. Os produtos seriam alocados em três classes diferentes. • Classe A: Itens que possuem alto valor de consumo anual são classificados como produtos de alto giro. • Classe B: Itens de valor intermediário consumo anual • Classe C: São itens de baixo valor de consumo anual. Sendo assim, os produtos com identificação A seriam armazenados em locais de fácil acesso. Já os produtos com identificação C seriam armazenados em locais de maior dificuldade de acesso. Qualidade é um conjunto de propriedades que o material deve ter para satisfazer a determinado uso. (levar em conta o aspecto utilização). Responsabilidade pela determinação da qualidade é da área de tecnologia, desenvolvimento de produtos, assistência técnica, usuários ou área de compras. Essa determinação varia em cada organização. O nível de qualidade a ser alcançado ou mantido depende de uma série de fatores. A empresa ao definir que o produto será fabricado de acordo com certas especificações de qualidade, deve ter 18 realizado, previamente, uma análise de 02 (dois) fatores básicos na qualidade de um produto: • Aspectos Internos – as condições materiais, instalações, matériaprima, pessoal, e quais os custos para atingir ou manter determinado nível de qualidade. A medida de confiabilidade de um produto aceito como de boa qualidade em relação às especificações. • Aspectos Externos – quais os desejos dos consumidores? Existem exigências e condições governamentais quanto à qualidade do produto fabricado? Ocorrem exigências para determinado tipo de mercado consumidor? Aspectos que auxiliam na descrição da qualidade: • Marca: Vantagem – Confiabilidade e padronização. Desvantagem – Limita a concorrência. • Por especificação: Descrição das características físicas e químicas do material e desempenho. Toda empresa organizada tem uma estrutura de Administração de Materiais com políticas e procedimentos claramente definidos. Logo uma das suas funções é a precisão nos registros de estoque; então, toda a movimentação do estoque deve ser registrada pelos documentos adequados. Considerando que o Almoxarifado ou depósito tem como uma das funções principais o controle efetivo de todo o estoque, sua operação deve vir ao encontro dos objetivos de custo e de serviços pretendidos pela empresa. Periodicamente, a empresa deve efetuar contagens físicas de seus itens de estoque e produtos em processo para verificar: • Discrepâncias em valor, entre o estoque físico e o contábil; • Discrepância entre o registro (contábil) e o físico (quantidade real na prateleira); • 19 Apuração do valor total do estoque (contábil) para efeito de balanços e balancetes. Neste caso o inventário e realizado próximo ao encerramento do ano fiscal. Os inventários nas empresas podem ser: • Inventários Gerais – efetuados no final do exercício fiscal, ele abrange todos os itens de estoque de uma só vez. São operações de duração relativamente prolongada, que, por incluir quantidade elevada de itens, impossibilita as reconciliações, análise da causas de divergências e conseqüentemente ajustes na profundidade. • Inventários Rotativos – visando distribuir as contagens ao longo do ano, com maior freqüência, porém concentrada cada mês em menor quantidade de itens. Abrangerão através de contagens programadas todos os itens de várias categorias de estoque e matéria-prima, embalagens, suprimentos, produtos em processo e produtos acabados. Os inventários podem ser divididos em grupos: • Grupo 1 – serão enquadrados os itens mais significativos, os quais serão inventariados três vezes ao ano, por representares maior valor em estoque e serem estratégicos e imprescindíveis à produção. • Grupo 2 – será constituído de itens de importância intermediária quanto ao valor de estoque, estratégia e manejo. Estes, serão inventariados duas vezes ao ano. • Grupo 3 – será formado pelos demais itens caracteristicamente, será composto de muitos itens que representam pequeno valor de estoque. Os materiais deste grupo serão inventariados uma vez por ano. 20 Um bom planejamento e preparação para um inventário são imprescindíveis para obtenção de bons resultados. Deverão ser providenciados: • Folhas de convocação e serviços, definindo os convocados, datas, horários e locais de trabalho. • Fornecimento de meios de registro de qualidade e quantidade adequada para a correta contagem. • Análise da arrumação física. • Método da tomada do inventário e treinamento. • Atualização e análise dos registros. • Cut-off para documentação e movimentação de materiais a serem inventariados. O cut-off é um dos procedimentos mais importantes do inventário; se a sua organização não for bem feita, corre-se o risco de o inventário não corresponder à realidade. Poderá consistir em um mapa com todos os detalhes dos três últimos documentos emitidos antes da contagem (notas-fiscais, notas de entrada, requisições de materiais). Não se recomenda que haja movimentação de materiais na data da contagem e que os departamentos de compras instrua os fornecedores para que não sejam entregues materiais nesta data. O departamento de produção deverá requisitar com antecedência os suprimentos necessários à produção no dia do inventário e também a transferência, em tempo hábil, de produtos acabados para o almoxarifado. A expedição deverá também ser instruída para que os produtos faturados e não entregues sejam isolados dos demais itens que serão inventariados. Existem situações em que deverão ser feitos inventário sem parar a linha de produção, sem parar a expedição e o recebimento de 21 materiais de fornecedores, neste caso, o controle cut-off necessita ser mais rígido, para não correr o risco de existência de itens contados duas vezes ou não contados. Organização das equipes de primeira contagem (reconhecedores). Organização das equipes segunda contagem (revisores). Com antecedência de três semanas distribuir lista de convocação para cada funcionário, com esclarecimentos e motivação para o bom andamento dos trabalhos. Salvo exceções, o meio de registro será um cartão com partes descartáveis para até três contagens, conforme figura abaixo. Se necessário, os cartões poderão ser impressos em cores distintas para identificar tipos de estoque a serem contados. Os cartões serão preenchidos antes da fixação nos lotes a serem inventariados, nos espaços reservados aos três estágios: localização, descrição do material, código, unidade e data do inventário. As áreas e os itens a serem inventariados deverão ser arrumados da melhor forma possível, agrupando os produtos iguais, identificando todos os materiais com seus respectivos cartões, deixando os corredores livres e desimpedidos para facilitar a movimentação, isolando os produtos que não devam ser inventariados, se for o caso. Deverá também ser providenciado com antecedência todos os equipamentos necessários para a tomada do inventário, como: balanças aferidas, balança contadora, equipamentos de movimentação etc. 22 MODELO DE FICHA DE INVENTÁRIO CÓDIGO: UN DESCRIÇÃO: LOCAL: --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------3ª CÓDIGO: C DESCRIÇÃO: O LOCAL: N Quant: T UM A E G E M ____________________________ _________________________________ Visto Conferido 23 --------------------------------------------------------------------------------------------------------------CÓDIGO: 2a DESCRIÇÃO: C LOCAL: O QUANT: N UM T _ A G E M _________________________________ _______________________________ Visto Conferido FIGURA 2 - Ficha de Inventário (Extraída de DIAS, M. A. P, 1993, p.192) CAPÍTULO II O CONCEITO SUPPLY CHAIN O conceito de Supply Chain Management tem despertado notável interesse entre os membros dos mundos acadêmico e empresarial, representando importante evolução do que tradicionalmente vinha se conhecendo como Logística. Quando a concorrência era menor, os ciclos dos produtos eram mais longos e a incerteza era mais controlável, tinha sentido perseguir a excelência nos negócios através da gestão eficiente de atividades isoladas como Compras, Transportes, Armazenagem, Fabricação, Manuseio de Materiais e Distribuição. Estas funções eram desempenhadas por especialistas, cujo 24 desempenho era medido por indicadores como custos de transportes mais baixos, menores estoques e compras ao menor preço. Hoje, os mercados estão cada vez mais globalizados e dinâmicos e os clientes cada vez mais exigentes. Para satisfazê-los, proliferam cada vez mais as linhas e modelos de produtos, com ciclos de vida bem mais curtos. E a coordenação da gestão de materiais, da produção e da distribuição passou a dar respostas mais eficazes aos objetivos de excelência que os negócios exigiam. Surgiu, então, o conceito de Logística Integrada. Isto significou considerar como elementos ou componentes de um sistema todas as atividades de movimentação e armazenagem que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição dos materiais até o ponto de consumo final, assim como os fluxos de informação. O conceito de Supply Chain Management surgiu como uma evolução natural do conceito de Logística Integrada. Enquanto a Logística Integrada representa uma integração interna de atividades, o Supply Chain Management representa sua integração externa, pois estende a coordenação dos fluxos de materiais e de informações aos fornecedores e ao cliente final. A gestão da cadeia como um todo pode proporcionar uma série de maneiras pelas quais é possível aumentar a produtividade e, em conseqüência, contribuir significativamente para a redução de custos, assim como identificar formas de agregar valor aos produtos. No primeiro plano estariam a redução de estoques, compras mais vantajosas, a racionalização de transportes, a eliminação de desperdícios, etc. O valor, por outro lado, seria criado mediante prazos confiáveis, atendimento no caso de emergências, facilidade de colocação de pedidos, serviço pósvenda etc. A cada momento, a prática da logística reflete e ao mesmo tempo 25 alimenta o pensamento logístico, em uma criativa interação entre o meio acadêmico e o meio empresarial. E o que é o pensamento logístico? São os conceitos e teorias que orientam o estudo e a pesquisa em Logística, influenciando o que se considera relevante e justificando as soluções propostas para os problemas logísticos. Em linhas gerais, o campo da Logística evoluiu de um tratamento mais restrito, voltado para a distribuição física de materiais e bens, para um escopo mais abrangente, em que se considera a cadeia de suprimentos como um todo e as atividades de compras, administração de materiais e distribuição. Assim, não se limita a uma única função dentre as estudadas em Administração, como o Marketing ou as Operações, mas representa, de fato, uma área de integração desses distintos enfoques. A vertente mais rica no atual pensamento em logística é sem dúvida o de Supply Chain Management. Ela conjuga os processos logísticos, que tratam do fluxo de materiais e informações dentro e fora das empresas, com os relacionamentos que surgem ao longo da cadeia para assegurar seus melhores resultados em termos de redução de desperdício e agregação de valor. Ao lidar com os relacionamentos entre empresas, é natural que o pensamento logístico aborde uma questão afim - a das parcerias e alianças estratégicas logísticas. Estas estratégias colaborativas promovem a união de forças de empresas cliente e fornecedora, cliente e cliente ou fornecedora e fornecedora - visando explorar as atividades logísticas em busca de vantagens mútuas. Como todo conceito novo, não há ainda um corpo de pensamento consolidado na área de Supply Chain Management. Os artigos e as pesquisas das principais autoridades em Logística em todo o mundo têm sua ênfase orientada ora pelas Operações (com uma ênfase em instrumental quantitativo), ora pelo Marketing (com uma ênfase em distribuição e canais), ora pela Engenharia (com uma ênfase em transportes e questões militares). 26 2-1 - Armazenagem A logística proporciona um diferencial competitivo que as empresas necessitam para se manter em um mercado globalizado, de forma a satisfazer o cliente e maximizar o lucro. Analisando conjuntamente a necessidade de altos níveis de serviço logístico a um custo adequado e a redução de desperdícios, a armazenagem se destaca devido ao aumento da variedade de produtos, lotes menores com entregas mais freqüentes, menores tempos de atendimento e menor tolerância a erros de separação de pedidos. A armazenagem é uma das áreas mais tradicionais de suporte ao processo logístico, é a que dá mais apoio ao desempenho das atividades primárias propiciando às empresas sucesso, mantendo e conquistando clientes com pleno atendimento do mercado e com remuneração satisfatória para o acionista. Envolve a administração dos espaços necessários para manter os materiais estocados que na própria fábrica, como também em locais externos (centros de distribuição). Essa atividade envolve localização, dimensionamento, arranjo físico, equipamentos e pessoal especializado, recuperação de estoque, projeto de docas ou baías de atracação, embalagens, manuseio, necessidade de recursos financeiros e humanos, entre outros. A busca para a melhoria do nível de serviço junto à logística continua sendo um dos grandes desafios gerenciais, ao qual a gestão de armazenagem é um fator preponderante na geração de custos e níveis de eficácia dos objetivos que se deseja alcançar junto aos clientes. Embora a tendência atual, just in time, provoque uma redução nos armazéns (Figura 1), este ainda se mostra de suma importância nas atividades da indústria e comércio por ser a base do fluxo de negócios, ao qual influenciam diretamente na rentabilidade da empresa. 27 As atividades envolvidas no processo de armazenagem são: recebimento, inspeção, endereçamento, estocagem, separação, embalagem, carregamento, expedição, emissão de documentos e inventários, que, agindo de forma integrada, atendem às necessidades logísticas, evitando falhas e maximizando os recursos. ·. GUARDAR ESTOQUES GERENCIAR O FLUXO FÍSICO E DE INFORMAÇÕES Figura 3 - Nova Tendência da Armazenagem As atividades envolvidas no processo 28 de armazenagem são: recebimento, inspeção, endereçamento, estocagem, separação, embalagem, carregamento, expedição, emissão de documentos e inventários, que, agindo de forma integrada, atendem às necessidades logísticas, evitando falhas e maximizando os recursos. O objetivo do armazenamento é utilizar o espaço nas três dimensões (comprimento, largura e altura), de maneira eficaz. As instalações do armazém devem propiciar a movimentação ágil de suprimentos desde o recebimento até a expedição. A movimentação trata de todos os aspectos do manuseio ou fluxo de matérias-primas, estoques de produtos dentro de uma fábrica ou armazém. A movimentação de materiais procura atingir os seguintes objetivos: eliminar o manuseio onde possível; minimizar distâncias e estoque de produtos em processo; proporcionar um fluxo uniforme, livre de gargalos; e minimizar perdas com refugo, quebra, desperdício e desvio. A integração entre equipamentos de movimentação, estruturas de estocagem, espaço físico e produtos, é necessária na caracterização do sistema de armazenagem. Os conjuntos de estantes, estruturas do tipo portapaletes etc, são denominados módulos de estocagem. Eles podem ser classificados em rígidos e dinâmicos. A decisão sobre utilização destes módulos dependerá das características do produto que está sendo armazenado. As estruturas de armazenagem são elementos fundamentais para a paletização e o uso racional de espaço. São estruturas formadas por perfis em L, U, tubos modulares e perfurados, dispostos de modo a formar estantes, berços ou outros dispositivos de sustentação de cargas. Uma das funções administrativas é minimizar o capital investido em estoque, pois ele é caro e aumenta continuamente, uma vez que o custo financeiro aumenta. Sem estoque é impossível uma empresa 29 trabalhar, pois ele funciona como amortecedor entre os vários estágios da produção até a venda do produto final. Quanto maior o investimento nos vários tipos de estoque (supondo que ele seja estritamente necessário), tanto maiores são a capacidade e a responsabilidade de cada departamento. Para a gerência financeira, a minimização dos estoques é uma das metas prioritárias. Os objetivos, portanto, é otimizar investimentos, aumentando o uso eficiente dos meios financeiros, minimizando as necessidades de capital investido em estoque. 2.2 – Distribuição Em um modelo clássico de uma cadeia de distribuição física há somente um canal de um nível, entre o consumidor e o fabricante existe somente o varejista (Figura 1). A distribuição física tem como objetivo geral levar os produtos certos, para os lugares certos, com o nível de serviço desejado e o menos custo possível. DISTRIBUIÇÃO FÍSICA CLÁSSICA FABRICANTE VAREJISTA CONSUMIDOR 30 Figura 4 – Canais de Distribuição A distribuição física tem como dever cobrir os segmentos que vão desde a saída do produto na fábrica, até a sua entrega final ao consumidor. Em alguns casos, o produto é despachado da fábrica para o depósito de um atacadista. Em outros, o produto é transportado do fabricante para o centro de distribuição do varejista. Há também os casos onde o fabricante abastece diretamente a loja de varejo, contudo esses são os esquemas mais comuns de distribuição física atualmente. A distribuição física tem um custo significativo para a maioria dos negócios, impactando diretamente na competitividade, de acordo com a sua velocidade, confiabilidade e ao entregar bens aos consumidores dentro do prazo. Os consumidores estão se tornando cada vez mais exigentes, com isso deve se pensar no melhor modal para o seu negócio. Para cada rota deve haver uma possibilidade de escolha, que deve ser feita mediante uma análise profunda de custos baseada em peso por quilometragem. A análise do custo/benefício pode determinar que para itens de baixo volume e alto custo unitário o transporte aéreo pode ser, a longo prazo, muito mais econômico do que transporte marítimo. A preocupação com a administração de transportes não é algo novo. O mesmo, não se pode dizer da logística. Criado como uma designação específica das atividades de suprimento nas operações militares, o conceito de logística, ou capacidade logística, transformou-se, nas últimas décadas, em uma área específica da atividade econômica / empresarial, incorporando a infra-estrutura e o gerenciamento do transporte e da estocagem ao longo das cadeias produtivas. A logística, portanto, amplia os antigos conceitos de administração de materiais e transportes. 31 Como não poderia deixar de ser, a emergência do conceito de logística encontra-se associada a profundas transformações no processo produtivo e de transportes. Em linhas gerais, pode-se considerar que, até o começo dos anos 70, os processos produtivos caracterizavam-se por grandes estruturas fordistas, em que os ganhos de produtividade vinculavam-se à exploração de escalas crescentes. Num mundo onde a economia se expandia continuamente, possuir grandes estoques não constituía problema. O importante era não parar a produção. A administração dos materiais e transportes, nesse contexto, era exercida pelas áreas de produção, a quem cabia a decisão de compra. A distribuição, por sua vez, quase sempre cabia às áreas de marketing. Não havia, portanto, nenhuma preocupação integrada com a logística. O transporte, por fim, era feito pelas próprias empresas produtoras ou por operadores monomodais, diretamente contratados pelas empresas. A opção pelo transporte próprio e a lógica monomodal não constituíam meras casualidades. Como as cargas gerais eram muito específicas, o mais razoável seria que a própria empresa produtora desenvolvesse suas embalagens de acondicionamento, seus veículos e, se possível, também seus modais para o respectivo transporte. Evitavam-se as combinações de modais ao máximo, já que as transferências, na ausência de equipamentos específicos, tornavam-se muito custosas. Em linhas gerais, com a padronização da carga tornou-se possível o desenvolvimento de equipamentos específicos – sobretudo guindastes – de carga, descarga e movimentação em pátios de alta produtividade. O mesmo aconteceu com os modais de transportes, onde carretas, vagões e navios foram especializados e ampliados com vistas ao transporte exclusivo por contêineres. Note-se que se trata de uma especialização capaz de ampliar o leque de possibilidades, desde quando o 32 contêiner pode transportar o quer que seja. Uma especialização flexível, portanto. Num contexto como esse, não tinha mais sentido os produtores transportarem seus próprios bens. Muito melhor seria delegar o serviço a operadores logísticos especializados. Estes, por sua vez, já não precisavam operar em rotas preponderantemente monomodais. Com os novos equipamentos, possibilitando a rápida e eficiente transferência intermodal, os operadores e a logística tornaram-se, naturalmente, multimodais. Não por acaso os anos 80/90 se fizeram marcar mundialmente pelo desenvolvimento de inúmeros terminais de interconexão. Em termos empresariais, toda essa dinâmica ocasionou um acirrado processo de fusões e incorporações, além do desenvolvimento de grandes operadores logísticos que assumiram, a baixo custo, o transporte e a integridade da carga por todo o sistema. Para isso, muito contribuíram os avanços dos sistemas de controle, reduzindo custos administrativos e permitindo, em tempo real, o controle de grandes fluxos de cargas. País Alemanha (1) Bélgica (2) Brasil (1) China (5) Dinamarca (4) EUA (3) França (2) Holanda (2) Hungria (3) Itália (2) Japão (2) México (3) Polônia (1) Rodoviário 63 73 65 13 76 33 74 40 61 90 55 74 55 Aquaviário 17 12 15 50 11 23 4 55 7 0 41 9 1 Ferroviário Total % 20 100 15 100 20 100 37 100 13 100 44 100 22 100 5 100 32 100 10 100 4 100 17 100 44 100 33 Reino Unido (1) Romênia (1) Suécia (2) 68 39 58 24 10 14 8 51 28 100 100 100 FIGURA 5 - Quantidade de toneladas – quilometro transportadas nos países em cada modalidade. (Fonte: AET, 2010) Obs. (1) 1999; (2) 1998; (3) 1997; (4) 1996; (5) 1995. Com a conteinerização inicia-se uma intensa revolução tecnológica-empresarial, reduzindo custos e engendrando a moderna logística multimodal. Com esse processo, ampliam-se os mercados, inclusive espacialmente, transformando-se a logística num elemento central da competitividade no âmbito das empresas e também entre nações e regiões. Todo esse processo, por outro lado, vê-se no auge justamente nos anos 80. No Brasil o transporte aquaviário tem um custo mais baixo do que o transporte rodoviário. No entanto, 60% das cargas transportadas em nosso país são feitas pelas rodovias. 14% 5% 1% 20% Rodoviário 60% Ferroviário Aquaviário Dutoviário Aéreo 34 FIGURA 6 - Modais de transporte no Brasil - Gepoit – Anuário estatístico, Acesso em: 16/set/10) 2.3 - Movimentação Para que a matéria-prima possa transformar-se ou ser beneficiada, pelo menos um dos três elementos básicos de produção, homem, máquina ou material, devem movimentar-se; se não ocorrer esta movimentação, não se pode pensar em termos de um processo produtivo. Na maioria dos processos industriais, o material é o elemento que se movimenta. Em casos especiais, como na construção pesada de aviões, navios, equipamentos pesados, ou seja, montagem, homem e máquina convergem para o material, eles é que se movimentam. A movimentação e o transporte de material são atualmente classificados de acordo com a atividade funcional a que se destina. A granel abrange os métodos e equipamentos de transportes usados desde a extração até o armazenamento de toda a espécie de materiais a granel, incluindo gases, líquidos e sólidos. A carga unitária trata-se basicamente de cargas contidas em um recipiente de paredes rígidas ou individuais ligadas entre si, formando um todo único do ponto de vista de manipulação. A embalagem é o conjunto de técnicas usadas no projeto, seleção e utilização de recipientes para o transporte de produtos em processo e produtos acabados. 35 O armazenamento compreende o recebimento, empilhamento ou colocação em prateleiras ou em suportes especiais, assim como expedição de cargas de qualquer forma, em qualquer fase do processamento em um produto ou na distribuição do mesmo. As vias de transporte abrangem o estudo do carregamento, fixação do transporte, desembarque e transferência de qualquer tipo de materiais nos terminais das vias de transportes, ou seja, portos, ferrovias e rodovias. A análise de dados está contida todos os aspectos analíticos da movimentação de materiais, tais como: levantamento de mapas de transportes, disposição física do equipamento, organização, treinamento, segurança, manutenção, padronização, análise de custos e outras técnicas para o desenvolvimento de um sistema eficiente de movimentação do material. Através da redução dos custos de inventário, utilização mais vantajosa do espaço disponível e aumento da produtividade. Aplicando um sistema de movimentação de materiais, pode-se chegar a redução de custo de mão-deobra, materiais e despesas em gerais. A utilização dos equipamentos de manuseio vai implicar na substituição da mão-de-obra braçal pelos meios mecânicos, liberando esta mão-de-obra para serviços mais relevantes dentro da organização, serviços esses que vão exigir menos esforço físico do homem. Com um melhor acondicionamento e um transporte mais racional, o custo de perdas durante a armazenagem e o transporte é reduzido ao mínimo. Racionalizando-se os processos de transporte e estoque, também caem os custos de despesas gerais, pois fica muito mais fácil manter os locais limpos, evitando riscos de acidentes de pessoal e sinistros. A distribuição, como uma atividade global, que inicia na preparação do produto e termina no usuário, é extremamente melhorada com a racionalização dos sistemas de manuseio: Melhoria na circulação, localização estratégica de almoxarifados, melhoria nos serviços ao usuário e maior disponibilidade. 36 Com a criação de corredores bem definidos com endereçamento fácil e equipamentos eficientes, a circulação de mercadorias dentro de uma fábrica é sensivelmente melhorada. Essa eficiente é mais otimizada quando se integra a unidade produtora, com unidades regionais de armazenagem de produtos acabados. Com a distribuição aos pontos-de-venda e utilização de métodos eficientes de carga de descarga de mercadorias, bem como de estocagem, teremos uma melhor circulação entre estes pontos. A aplicação de sistemas de manuseio torna viável a criação de pontos de armazenagem em vários locais distantes da fábrica e que estejam colocados estrategicamente próximos aos pontos consumidores. Tudo isso só é possível graças à utilização de equipamentos de movimentação e armazenagem, pois o uso de cargas unitárias minimiza os custos do processo. Estando as mercadorias muito mais próximas dos centros consumidores, a chegada até o usuário torna-se mais rápida, com menor risco de deterioração ou quebra e com menor custo, ou seja, o consumidor pode adquirir as mercadorias em melhor estado e por melhores preços. Da mesma forma haverá sempre maior disponibilidade de produtos em cada região. O objetivo do estudo de um sistema de movimentação é familiarizar-se com conhecimentos que permitam a seleção do equipamento que seja funcional, operacional e economicamente mais indicado para a aplicação em cada caso. A experiência de muitas empresas demonstra que as economias que se podem obter de um sistema racional de movimentação depende em grande parte do grau de conhecimento das pessoas encarregadas dos equipamentos existentes, suas aplicações e limitações. A classificação normalmente adotada para os equipamentos de movimentação situa-se em grupos bastante amplos, de acordo com uma generalização bem funcional. Nesta classificação, são incluídos também os 37 dispositivos de carga, descarga e manuseio que não sendo máquinas, constituem um meio de apoio e flexibilidade à maioria dos sistemas modernos: Transportadores: correias, correntes, fitas metálicas, roletes, rodízios, roscas e vibratórios. Guindastes, talhas e elevadores: guindastes fixos e móveis, pontes rolantes, talhas, guinchos, monovias e elevadores. Veículos industriais: carrinhos de todos os tipos, tratores. Trailers e veículos especiais para transporte a granel. Equipamentos de posicionamento, pesagem e controle: plataformas fixas e móveis, rampas, equipamentos de transferência etc. Contêineres e estruturas de suporte: vasos, tanques, suportes e plataformas, estrados, paletes, suporte par bobinas e equipamento auxiliar de embalagem. 38 CONCLUSÃO O objetivo desta monografia foi apresentar, a partir de análises e estudos feitos em cima de processos fundamentais para o resultado de uma redução no custo logístico. Este que onera nos processos de diversos setores como recebimento, armazenagem e distribuição. No recebimento deve haver pessoal qualificado e treinado para estabelecer uma excelente comunicação entre as partes atuantes no procedimento de entrada de fornecedores na organização. Assim como na armazenagem deve atuar com um alto nível de serviço, a fim de obter menores tempos de atendimento na separação dos pedidos. Esses processos se integram com a distribuição, todos tem um custo muito alto para a empresa. A necessidade de trabalhar em cima de formas para a redução de custo nessas áreas é intensa, pois isso será umas das formas que tornará uma empresa competitiva no mercado. 39 BIBLIOGRAFIA ARAÚJO, Luis César G. de Organização, sistemas e métodos e as modernas ferramentas de gestão organizacional: arquitetura, benchmarking, empowerment, gestão pela qualidade total, reengenharia. São Paulo: Atlas, 2001 BALLOU, Ronald H.; Logística empresarial: Transportes, administração de materiais e distribuição física. São Paulo: Alas S/A; 1992. DIAS, Marco Aurélio P. Administração de Materiais: Uma abordagem Logística. São Paulo: Atlas, 1993. DORNELAS, José Carlos Assis Empreendedorismo: Tranformando idéias em negócios.. Rio de Janeiro: Campus, 2001. JURAN, J.M A qualidade desde o projeto: Novos passos para o planejamento da qualidade em produtos e serviços. São Paulo: Atlas, 2001. MARTINS, Perônio Garcia; Administração de materiais e recursos patrimoniais. São Paulo: Saraiva, 2004. 40 NOVAES, Antonio Galvão; Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição. São Paulo: Elseevier; 2004. Gepoit – Anuário estatístico. Disponível em: www.gepoit.com.br Acesso em: 16/09/10. FOLHA DE AVALIAÇÃO Nome da Instituição: Título da Monografia: Autor: Data da entrega: Avaliado por: Conceito: