Centro de Referência em Segurança Alimentar e Nutricional – CPDA/UFRRJ Centre for Studies in Food Security – Ryerson University Apoio: CIDA (Canadian International Development Agency ) 2004-2010 Projeto “Construindo capacidades em segurança alimentar no Brasil” Pesquisa “Quadros Institucionais Locais” (Anexo 2) RELATÓRIO LOCAL MUNICÍPIO DE ARAÇUAÍ – MINAS GERAIS Coordenador: Márcio Carneiro dos Reis Pesquisadora Local: Maria Márcia de Mello Março de 2006 1 - INTRODUÇÃO O Município de Araçuaí está localizado no Nordeste do Estado de Minas Gerais, na microrregião do Médio Jequitinhonha, bem no centro do Vale do Jequitinhonha, a uma distância de 678 km da capital Belo Horizonte. Limita-se com os municípios de Coronel Murta e Itinga ao Norte; com Caraí e Novo Cruzeiro ao Sul; com Virgem da Lapa, Francisco Badaró e Jenipapo de Minas a Oeste e com Padre Paraíso e Ponto dos Volantes a Leste. A Área do município corresponde a 2.236 km2, abrigando uma população de 35.713 habitantes (IBGE 2000), resultando em uma densidade demográfica de 15,9 hab/km². A cidade de Araçuaí oferece uma série de serviços e, por isso, polariza vários municípios do Médio Jequitinhonha. A Altitude Máxima do município é de 1028 m, na Chapada de Cavalhada, e a Mínima de 299 m no Rio Jequitinhonha. O Relevo é plano em 10% do território, ondulado em 30% e montanhoso em 60%. O clima de Araçuaí é do tipo semi-árido, o que lhe confere durante todo o ano, um clima quente e seco, possuindo um curto período de frio. O índice pluviométrico é baixo, com grande variabilidade, tendo um período de chuvas incerto que concentra-se de outubro a março e uma longa estação de deficiência hídrica que atinge forte aridez no período de agosto até o início das chuvas. Ocorrem com freqüência veranicos – períodos secos em meio a estação das chuvas-. A alta taxa de evapotranspiração potencial durante todo o ano e a pouca freqüência de chuvas durante seis a nove meses, fazem com que os totais anuais de chuva sejam quase sempre inferiores à necessidade ambiental de água, havendo, portanto, um déficit hídrico. A Temperatura Média anual é de 25,80ºC, sendo a Média Máxima anual de 31,40ºC e a Média Mínima anual de 19,20ºC. O Índice médio pluviométrico anual é de 817 mm. Os rios que drenam o município pertencem à Bacia do Jequitinhonha, e são de grande importância, tanto do ponto de vista econômico quanto social. Os principais são, além do próprio Jequitinhonha, os rios Araçuaí, Gravatá, Setúbal, Piauí e Calhauzinho. Mapa I Localização do Município de Araçuaí-MG A cidade de Araçuaí está fundada na confluência do ribeirão do Calhau com o rio Araçuaí, a margem direita de ambos. É uma longa planície apertada entre duas altas chapadas, a do Piauí ao leste e a do Candonga a oeste, na altitude de 314 metros, sendo que as duas chapadas, a pequenas distâncias, têm altitude de 700 metros. Encontra-se numa área de transição Caatinga – Cerrado. A vegetação secundária ocupa grande parte do seu território. O desmatamento, as queimadas e a mineração já provocaram uma intensa degradação da cobertura vegetal nativa, principalmente nos topos das colinas ou em áreas de vertentes, áreas de maior fragilidade ambiental. A cobertura vegetal original predominante é o cerrado. Também são encontradas florestas de galeria, que têm os vales dos principais rios como área de ocorrência e apresentam-se bastante degradadas em decorrência do desmatamento, principalmente para a prática da agropecuária. Encontram-se, ainda, áreas de caatinga, evidenciando a transição da cobertura vegetal que caracteriza o município. ( PEREIRA...) O processo de ocupação do município de Araçuaí ocorreu de forma espontânea, no início induzido pelo papel de entreposto comercial de canoeiros que navegavam pelo Jequitinhonha e, posteriormente, pelas atividades ligadas à agropecuária e à mineração. Apesar do início da exploração da região do Médio Jequitinhonha, onde está localizado o município de Araçuaí ter ocorrido em meados do século XVII, sua ocupação propriamente dita teve início na primeira metade do século XVIII, com a expansão do “Ciclo do Ouro” a partir de Diamantina e Serro, no Alto Jequitinhonha. O Rio Araçuaí possuía ouro ao longo de toda a sua extensão, além de pedras coradas: turmalinas, crisólitas, safiras, topázios, berilos, entre outras. Uma outra frente de ocupação vinha do sentido oposto, proveniente da Bahia e tinha a atividade pecuária como sua principal característica. A história de Araçuaí teve início por volta de 1830, quando a Mulata Luciana Teixeira, proprietária da Fazenda Boa Vista da Barra do Calhau, deu abrigo aos emigrantes da Barra do Pontal (meretrizes expulsas pelo Padre Carlos Pereira de Moura, da Aldeia localizada a alguns quilômetros abaixo, na confluência dos rios Araçuaí e Jequitinhonha, e, atraídos por elas, os canoeiros), em suas terras às margens do Ribeirão Calhau e Rio Araçuaí. Tornou-se este, a partir daí, o ponto de arribada das canoas que subiam o Jequitinhonha.* O Arraial que então se fundou chamou-se "Calhau", devido à grande quantidade existente no local de pedras lisas e arredondadas esculpidas pela correnteza das águas. O Arraial de Calhau foi elevado à categoria de sede de Distrito pela Lei Provincial de 13 de julho de 1857. A instalação sob a denominação de Vila de Arassuay deu-se em 1º de julho de 1871, para finalmente a 21 de setembro de 1871 ser elevada a categoria de cidade, por força da lei nº 1870, com o nome de Araçuaí. Esse nome é de origem indígena, e quer dizer Rio das Araras Grandes. 1 Nesse tempo Araçuaí era um grande entreposto de comércio que teve seu auge de 1880 a 1885, a partir de um rico comércio feito por canoas articulando o sul da Bahia e Minas Gerais. Naquele tempo não havia estradas, apenas os caminhos trilhados pelos tropeiros e o rio, navegável em 618 dos seus 1086 km. O mundo chegava ao Vale pelas mãos dos canoeiros, que subiam e desciam o Rio Jequitinhonha dia e noite, sem descanso, transportando pessoas e cargas. Araçuaí ocupava localização privilegiada, pois de seu porto iniciava a navegação das canoas rumo ao litoral. Até 1911 Araçuaí era a capital de todo o Nordeste de Minas: ocupava o quinto lugar em tamanho, com 23.298 km2 e o quarto lugar numa estatística do número de comerciantes nos municípios mineiros. A partir daí vários povoados foram declarados independentes e a sua área foi se reduzindo até chegar a atual. 1 Estamos aqui nos baseando em História de Araçuaí – Leopoldo Pereira – Imprensa Oficial 1907 – Leopoldo Pereira – 18/11/1868, citado em [Site Oficial da História Araçuaí-Vale do Jequitinhonha-MG].htm e em http://www.geocities.com/aracuai2001br/histria.htm. Frei Francisco Van Der Poel. OFM. O Rosário dos Homens Pretos. Imprensa Oficial. Belo Horizonte – 1981. Apesar de sua decadência, o comércio de Araçuaí ainda é considerável. O mercado da cidade é uma praça de grande movimento, em feiras semanais, onde os lavradores vão vender os seus gêneros e comprar os que carecem. Praticamente todo o comércio mudou-se para a redondeza do mercado. Mas a cidade já não tem os grandes armazéns por onde rolou uma fortuna de príncipe. Objeto de considerável comércio são também as pedras coradas, cuja extração se começou a fazer em 1901, na Fazenda da Barra do Piauí e que hoje tem movimentado o comércio local. (Araçuaí-MG, 2004). A chegada da Estrada de Ferro Bahia-Minas na cidade em 1942, se constituiu num dos feitos mais importantes na história do município. A estação de Araçuaí foi a última ser construída nessa estrada que ligava o sertão de Minas ao mar, em Caravelas, Extremo Sul da Bahia. As estradas de rodagem não existiam, carros eram raros, e assim mesmo, só caminhões. O trem era para viagens de negócio e lazer, para transporte de produtos e era correio também. A desativação da Bahia-Minas ocorreu na década de 60 e causou um grande impacto para o município e toda a região por onde ela passava. Até hoje ela é lembrada com grande saudade por todos que viveram aquela época. Com a abertura da estrada de rodagem o movimento de ônibus e caminhões substituiu a navegação do rio. Dos canoeiros, resta a lembrança pela estátua característica na praça da Matriz e muitos cantos de Beira-mar, contradanças e batuques. O Vale do Jequitinhonha é uma região de contrastes, conhecida tanto pela condição de exclusão social vivida pela maioria do seu povo, quanto pela riqueza de seus recursos minerais e da sua cultura popular. Em Araçuaí encontramos várias dessas expressões. São vários corais populares: Trovadores do Vale, Nossa Senhora do Rosário, Araras Grandes, Vozes de Fátima, Santa Tereza, Santo Antônio, Meninos de Araçuaí, que têm no repertório composições da religiosidade popular, dos trabalhadores, benditos, incelências, beira-mar, batuques, danças e contradanças. Grupo Teatral Vozes e Ícaros do Vale. A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos. O artesanato de barro, madeira, couro, palha e pedra. Além das diversas festas religiosas, na sede do município e nas diversas comunidades rurais. A cultura popular de Araçuaí expressa a herança dos diferentes povos que a formou: indígenas, africanos e europeus. Recentemente, a Fundação Palmares reconheceu o Arraial dos Crioulos, localizado na periferia da cidade, como remanescente de quilombo. E também recentemente houve o reconhecimento dos Aranãs, pertencentes ao povo indígena Burun, como povo indígena ressurgido. Em 2000, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal de Araçuaí era de 0,687. Segundo a classificação do PNUD, o município está entre as regiões consideradas de médio desenvolvimento humano (IDH entre 0,5 e 0,8). No período 19912000, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de Araçuaí cresceu 15,08%, passando de 0,597 em 1991 para 0,687 em 2000. A dimensão que mais contribuiu para este crescimento foi a Educação, com 51,7% seguida pela Renda, com 26,4% e pela Longevidade, com 21,9%. As principais atividades econômicas do município são o comércio, a agricultura, a mineração e o artesanato. Nas últimas décadas, o município de Araçuaí, assim como a região, tem sido um foco dispersor de migrantes. A seca que periodicamente atinge o município, além do modelo de desenvolvimento implantado, a partir de uma perspectiva de exploração excessiva, levando à exaustão os recursos naturais e a ampliação das desigualdades sociais, contribuem para essa situação. O mais grave problema que os moradores de várias comunidades rurais enfrentam é a falta d’água, pois com a prolongada estação da seca e a rápida intermitência dos córregos que banham estas comunidades –sendo que algumas comunidades não têm sequer um córrego-, ocorre a carência de água até mesmo para o consumo humano, ficando estas comunidades dependentes de carro pipa para seu abastecimento. Uma alternativa que vem sendo adotada em algumas comunidades é a captação das águas das chuvas através de calhas nos telhados das casas e o armazenamento em caixas conhecidas como cisternas. Os principais problemas ambientais do município tiveram origem com a intensa atividade antrópica, ligada a mineração e a agropecuária. O desmatamento e queimadas, e o mau uso dos solos, conduz a uma erosão acelerada. Associados a isso, o assoreamento dos rios e córregos, o ressecamento do solo, a redução da vazão de alguns rios e a intermitência de outros, são problemas que repercutem de forma significativa nos padrões de qualidade de vida da população. A queimada, como forma de limpar o solo, ainda hoje é amplamente usada tanto na agricultura quanto na formação de pastagens. A prática de uma agropecuária e mineração que não respeita as limitações do ecossistema, tem contribuído para a perda dos solos e, conseqüentemente, para o aumento da migração sazonal. A migração sazonal se dá principalmente através da saída dos homens mais jovens das comunidades rurais -e também do meio urbano-, para as lavouras de cana-de-açúcar no estado de São Paulo e Rio de Janeiro, mas também para outras lavouras no Sul de Minas e Mato Grosso. Permanecem longe de suas casas durante 6 a 9 meses, retornando geralmente no período da entre-safra da cana-de-açúcar que coincide com o período das chuvas aqui na região. Durante a maior parte do ano as mulheres permanecem com as crianças e as pessoas mais idosas nas comunidades rurais e são forçadas a assumir sozinhas todas as responsabilidades da casa e da pequena propriedade. 2 – POPULAÇÃO A população municipal, estimada em julho de 2005 é de 36.895 pessoas residentes (IBGE Cidades@). Em relação ao ano de 1970, cresceu quase 22%. Entre os anos 1970 e 2000, percebe-se a diminuição da participação relativa da população rural na população total, em favor da população urbana, como mostra o Gráfico abaixo. Araçuaí-MG - População Total, urbana e rural - 1970/2005 - Em núm ero de pessoas residentes. 40.000 33.826 35.000 36.110 35.439 36.895 31.369 30.280 30.000 25.000 20.387 18.469 20.000 15.000 20.293 17.236 16.590 15.146 12.900 9.893 10.000 5.000 0 1970 1980 1991 Total 2000 Urbana 2002(1) 2005(2) Rural Fonte: Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); (1) Dados preliminares; (2) Estimativa em 01/07/2005 Observe-se que até o ano de 1991 a população rural era superior a urbana, o que se reverteu em 2000. Nesse período, a taxa de urbanização cresceu 16,82, passando de 49,05% em 1991 para 57,29% em 2000. Araçuaí-MG - População total segundo situação do dom icílio e população com 10 anos e m ais segundo sexo - 2001 - Em núem ro de pessoas. 40000 35713 35000 30000 28290 25000 20461 20000 15000 14276 15252 14014 10000 5000 0 Habitantes com Mulheres com mais Homens com mais mais de 10 anos de de 10 anos de de 10 anos de idade idade idade Pop Urbana Pop Rural Total de Habitantes No gráfico acima, observamos um equilíbrio na população segundo o sexo. No entanto, faz-se necessário salientar que durante a maior parte do ano esse equilíbrio é quebrado devido ao grande número de pessoas do sexo masculino que migra para outras regiões do estado e do país em busca de trabalho. No período que compreende de abril a novembro, em grande parte das comunidades rurais do município, a população é predominantemente do sexo feminino, além das crianças e pessoas idosas. Araçuaí-MG: Estrutura Etária, 1991 e 2000 Faixas Etárias Menos de 15 anos 15 a 64 anos 65 anos e mais Anos 1991 13.271 18.616 1.939 2000 11.690 21.343 2.680 Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil Podemos observar que a população do município está envelhecendo. Enquanto o número de habitantes com menos de 15 anos diminuiu no período de 1991/2000, nas demais faixas etárias cresceu, inclusive na acima de 65 anos. O gráfico abaixo mostra como estava essa distribuição em 2001. Araçuaí-MG - População do município, segundo faixas etárias escolhidas - 2001 - Em % da Pop. total 120,00 100,00 100,00 79,21 80,00 71,91 60,00 38,85 40,00 32,73 28,48 21,11 20,79 20,00 7,77 6,57 6,45 0a3 anos 4a6 anos 7a9 anos 10,37 7,31 0,00 0a9 anos 10 anos 10 a 64 e mais anos 0 a 14 anos 15 a 24 anos 25 a 49 anos 50 a 64 anos 25 a 64 mais de anos 65 anos Pop Total II – MANIFESTAÇÕES DE INSEGURANÇA ALIMENTAR 1) Dados Demográficos Araçuaí-MG - Esperança de vida ao nascer, mortalidade até um ano de idade e taxa de fecundidade total 1991/2000 - Em % 80 70 64,14 67,64 60 50 41,19 36,29 40 30 20 10 3,93 3,16 0 Esperança de vida ao Esperança de vida ao Mortalidade até um nascer, 1991 nascer, 2000 ano de idade, 1991 Mortalidade até um Taxa de fecundidade Taxa de fecundidade ano de idade, 2000 total, 1991 total, 2000 No período de 1991/2000, a taxa de mortalidade infantil do município diminuiu 11,90%, passando de 41,19 (por mil nascidos vivos) em 1991, para 36,29 (por mil nascidos vivos) em 2000, mas continua alta. Vale lembrar que a taxa de mortalidade infantil em países desenvolvidos é 10 por mil, ou seja, de cada mil crianças nascidas vivas dez morrem antes de completar o primeiro ano de vida. A esperança de vida ao nascer, cresceu 3,50 anos, passando de 64,14 anos em 1991 para 67,64 anos em 2000. Araçuaí - MG Mortalidade Infantil 1991/2000 Em % Fonte ADH 70 60 50 40 30 20 10 0 1991 Mortalidade até 5 anos de idade 2000 Mortalidade até 1 ano de idade 2) Condições de Habitação Araçuaí - MG: Condições de Habitação: domicílios com água encanada e banheiro, energia elétrica e geladeira e coleta de lixo - 1991/2000 - em % Fonte ADH 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 77,59 51,72 32,98 56,02 32,42 23,79 1991 Domicílios com água encanada e banheiro domicílios com coleta de lixo 2000 Domicílios com energia elétrica e geladeira 3) Vulnerabilidade Social Araçuaí-MG - Evolução da intensidade da indigência e da pobreza - 1991/2000 - Em % da população total 60 52,76 54,39 50,94 50 41,46 40 30 20 10 0 Intensidade da indigência, 1991 Intensidade da indigência, 2000 Intensidade da pobreza, 1991 Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil Intensidade da pobreza, 2000 Araçuaí - MG Vulnerabilidade Social - Anos de Estudo para pessoas com mais de 25 anos de Idade 1991/2000 Em % Fonte ADH 100 88,91 90 81,51 80 68,19 70 55,19 60 45,25 50 40 30,25 30 20 10 3,89 2,73 0 1991 2000 Média de anos de estudo das pessoas de 25 anos ou mais Pessoas com 25 anos ou mais analfabetas Pessoas com 25 anos ou mais com menos de quatro anos de estudo Pessoas com 25 anos ou mais com menos de 8 anos de estudo Araçuaí - MG Vulnerabilidade Familiar 1991/2000 Em % Fonte ADH 80 75,23 68,16 70 60 50 47,16 44,27 40 30 20 10 0 1991 2000 Crianças Indigentes Crianças Pobres 4) Condição da Mulher POPULAÇÃO SEGUNDO O LOCAL DE RESIDÊNCIA, MUNICÍPIO ARAÇUAÍ, 1991 – 1996 -2000. URBANA RURAL ANO 1991 16.590 17.236 TOTAL GERAL 33. 826 1996 19. 800 16.056 35. 856 15.146 35.439 2000 MASC. 9.714 % 48% FEM 10.579 % 52% QUANT. MASC. 20.293 7.855 % FEM. % 51% 7.291 48% QUANT Fonte: IBGE RENDIMENTO NOMINAL POR SEXO – ARAÇUAÍ – MG. PESSOAS RESIDENTES COM 10 ANOS OU MAIS COM RENDIMENTO NOMINAL MENSAL ATÉ 1 SALÁRIO MÍNIMO MULHERES RESIDENTES COM 10 ANOS OU MAIS DE IDADE COM RENDIMENTO HOMENS RESIDENTES COM 10 ANOS OU MAIS DE IDADE COM RENDIMENTO RENDIMENTO NOMINAL – PESSOAS RESIDENTES COM 10 ANOS OU MAIS COM RENDIMENTO MÉDIO MENSAL MULHERES RESIDENTES COM 10 ANOS OU MAIS – RENDIMENTO MÉDIO MENSAL HOMENS RESIDENTES COM 10 ANOS OU MAIS – RENDIMENTO MÉDIO MENSAL FONTE: IBGE CIDADES@ 8.839 6575 8488 R$ 313,16 R$ 266,76 R$ 349,10 Podemos verificar que o acesso da mulher ao rendimento próprio ainda é inferior ao homem, e quando ocorre, em geral, seguindo uma tendência nacional (ou mundial) o rendimento é inferior ao recebido pelo homem. Observe-se que o acesso ao trabalho e renda por parte da mulher é crucial para a sua emancipação. Aaraçuaí - MG Mulheres em Condição de Vulnerabilidade 1991/2000 Em % Fonte ADH 9 8,11 8 7,43 7,16 7 6 5,34 5 4 3 2 1 0 0 0 1991 2000 Mulheres Chefes de Família, sem Cônjuge e com Filhos Menores de 15 anos Crianças do Sexo Feminino de 10 a 14 anos com Filhos Adolescentes do Sexo Feminino de 15 a 17 anos com Filhos III – Condições de acesso aos alimentos 1) Acesso à Infraestrutura a) Transportes As estradas de rodagem são de certa forma recentes na região. Só a partir da década de 50, com a construção da ponte sobre o rio Araçuaí e da BR116, tornaram-se um meio de comunicação mais efetivo para o município. O asfaltamento da BR 367, que liga a cidade ao litoral só ocorreu na década de 80, e assim mesmo ainda existem alguns trechos sem asfalto até os dias de hoje. De 1942 a 1966, havia a Estrada de Ferro Bahia-Minas, e antes dela, apenas o rio Jequitinhonha com seus canoeiros e os caminhos feitos pelos tropeiros para se chegar até a cidade. Atualmente, as principais vias de comunicação rodoviária para Araçuaí são as BR 367, BR 342 e BR 116. A cidade também dispõe de aeroporto, com as seguintes características: pista de asfalto, para aviões de pequeno e médio porte, medindo 1200x30 metros, latitude 16º 51' e longitude 42º 04'. A comunicação aérea é realizada através de vôos fretados. São várias as linhas de ônibus que servem a cidade. Citamos a seguir, as empresas e itinerários principais: EMPRESAS GONTIJO RIO DOCE SALUTARIS TRANSNORTE ITINERÁRIOS Belo Horizonte; Ribeirão Preto; São Paulo. Governador Valadares, Teófilo Otoni, Padre Paraíso, Ponto dos Volantes, Itaobim, Itinga; Minas Novas, Chapada do Norte, Berilo, Virgem da Lapa; Francisco Badaró, Jenipapo de Minas. São Paulo; Campinas; Ribeirão Preto. Salinas, Coronel Murta. Distâncias aproximadas aos principais centros (km): Belo Horizonte - MG: 678 Brasília - DF: 1.077 Diamantina – MG: Montes Claros – MG: 362 Rio de Janeiro - RJ: 955: São Paulo - SP: 1.300 Teófilo Otoni – MG: Vitória - ES: 820 Mais de 40% da população do município vive na zona rural, formando 67 comunidades, a maioria situada em lugares de difícil acesso. Quase todas são servidas por linhas de ônibus, que deslocam-se durante os dias de semana na parte da manhã para a sede do município e retornam à tarde para as comunidades. No período das chuvas, dada a precariedade das estradas, pode ocorrer desses ônibus passarem dias sem circular, devido às estradas não oferecerem condições de tráfego. b) Comunicações A cidade dispõe de Agência dos Correios e telefonia fixa (Concessionária: TELEMAR) e móvel. Existem 03 rádios locais em funcionamento na cidade (Araçuaí FM, Líder FM e Kiau FM) e uma quarta em fase de implantação, a Rádio Norte Fm, que terá alcance regional, operando com 10.000 kw de potência. Para tanto, a Fundação Rádio Igreja já recebeu outorga. As demais não têm outorga para funcionar, e abrangem uma pequena área do município e adjacências. Na mídia escrita existem 02 Jornais de circulação mensal: Mídia e A Gazeta. Araçuaí conta também com 01 TV Educativa. A TV Araçuaí, é uma concessão da Fundação Dom Bosco Comunicações. Faz 02 inserções diárias de 01 hora cada, durante a semana, às 12 e às 19 horas, com programação religiosa e comunitária veiculada através da Rede Pública de Televisão. Na internet, 3 sites informam sobre a cidade. O site oficial da Prefeitura de Araçuaí, e o Bocas do Kiau (www.bocasdokiau.com.br) e Arafolia (www.arafolia.com), espaços para os internautas comentarem sobre as festas que ocorrem na cidade. c) Energia Elétrica e Saneamento Básico Araçuaí - MG - Acesso à Infraestrutura: Água Encanada e Energia Elétrica - 1991/2000 Em % Fonte ADH 90 78,81 80 70 56,36 60 50 40 55,06 38,05 30 20 10 0 1991 Domicílio com Água Encanada 2000 Pessoas que vivem em domicílios com Energia Elétrica Percebemos um aumento significativo do acesso da população à água encanada e principalmente à energia elétrica, no período de 1991/2000. Acreditamos que esse aumento esteja relacionado ao maior acesso da população rural à energia elétrica com o programa de eletrificação rural efetuado em parceria, que foi implementado no município a partir de 1997. Araçuaí-MG - Zona Rural: evolução do consum o e do núm ero de consum idores de energia elétrica - 1997/2001 - Em núm ero de consum idores e m ilhares de Kw h. 1800 1651,588 1600 1466,682 1400 1200 1373,948 1205,239 1152,876 1000 800 600 400 461 441 476 505 574 200 0 1997 1998 1999 2000 2001 Fonte: CEMIG; Assembléia Legislativa de MG. Embora o número de consumidores de energia elétrica no meio rural do município tenha aumentado ao longo do período 1997/2001, passando de 441 em 1997, para 574, em 2001, o consumo de energia elétrica, ao longo desse período, sofreu vários reversos, como pode ser observado no Gráfico acima. Em entrevista com o Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico Sustentável da Gestão 2000/2004, o município, juntamente com a CEMIG – Centrais Elétricas de Minas Gerais, vem buscando alternativas, como o uso, por exemplo, da energia solar em comunidades mais distantes, como as situadas na Chapada do Lagoão. Foram instalados painéis em 64 residências daquela região. Contudo, a comparação entre o número de famílias que habitam a Zona rural do Município que, de acordo com o Secretário, formam um total de aproximadamente 4 mil famílias e o número de famílias atendidas pela empresa fornecedora de energia elétrica deixa evidente a carência desse recurso para um número ainda significativo de famílias rurais. De acordo com dados fornecidos pela CEMIG, existem atualmente no município 928 domicílios rurais com eletrificação, e tendo como base o censo de 2000, 448 famílias ainda sem eletrificação. ENERGIA ELÉTRICA – ARAÇUAÍ – JANEIRO DE 2006. RESIDÊNCIAS URBANAS (inclui os povoados e distritos) 8.109 RESIDÊNCIAS RURAIS 928 INDUSTRIAIS 74 COMERCIAIS 981 OUTROS 165 TOTAL 10.254 FONTE: CEMIG Há um compromisso firmado entre o governo do estado e o governo federal, para que até dezembro de 2006 todas as famílias do município tenham acesso a energia elétrica. Do ponto de vista da (in)segurança alimentar, a associação (dificuldades de acesso à água e dificuldades de acesso à EE) é bastante perversa, por comprometer de forma significativa a capacidade de trabalho das famílias, bem como a utilização dos recursos naturais – que lhes garante a condição de sobrevivência em grande medida, assim como, a saúde das pessoas, o seu bem-estar e suas respectivas qualidades de vida. 2) Distribuição de renda Araçuaí-MG - Distribuição e composição da renda, segundo indicadores escolhidos - 1991/2000 - Em % Indicadores Índice de Gini Renda 10% mais ricos Renda 20% mais ricos Renda 40% mais pobres Renda 80% mais pobres Renda Média 20% mais ricos / Renda Média 40 % mais pobres Rendimentos provenientes do trabalho Rendimentos provenientes de Transferências Governamentais Intensidade da Indigência Intensidade da Pobreza Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil Anos 1991 0,54 42,72 58,51 10,5 41,49 11,14 76,92 12,25 41,46 50,94 2000 0,64 52,12 66,65 6,68 33,35 19,96 54,61 19,4 52,76 54,39 Araçuaí-MG - Concentração de Renda: Índice de Gini - 1991/2000 0,66 0,64 0,64 0,62 0,6 0,58 0,56 0,54 0,54 0,52 0,5 0,48 Índice de Gini, 1991 Índice de Gini, 2000 Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil A desigualdade cresceu: o índice de Gini passou de 0,54 em 1991 para 0,64 em 2000. O gráfico a seguir mostra o aumento da concentração de renda no município no período. Araçuaí-MG - Concentração de Renda: evolução do percentual da renda total apropriada pelos 10% m ais ricos e pelos 40% e 80% m ais pobres - 1991/2000 - Em % 60 52,12 50 42,72 41,49 40 33,35 30 20 10,5 10 6,68 0 Percentual da renda Percentual da renda Percentual da renda Percentual da renda Percentual da renda Percentual da renda apropriada pelos apropriada pelos apropriada pelos apropriada pelos apropriada pelos apropriada pelos 10% mais ricos da 10% mais ricos da 40% mais pobres 40% mais pobres 80% mais pobres 80% mais pobres população, 1991 população, 2000 da população, 1991 da população, 2000 da população, 1991 da população, 2000 Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil A apropriação da renda total pelos 10% mais ricos que já era alta no início dos anos 90, aumentou ainda mais ao longo da década, passando de 42,72% em 1991, para 52,12% em 2000. Esse é um fenômeno que tem se apresentado não apenas no município, mas em toda a região, e influi diretamente na condição de insegurança alimentar da população. 3) Acesso aos Recursos Naturais a) Acesso à água O maior desafio que as agricultoras e agricultores do município enfrenta para produzir é a falta d’água. Em algumas épocas do ano a situação torna-se tão crítica que algumas comunidades não dispõem sequer de água potável para o consumo humano. Recentemente, a partir da iniciativa de algumas organizações não governamentais iniciou-se um programa de convivência com o semi-árido, que inclui a construção de caixas d’água para captação de água de chuva através de calhas instaladas nos telhados das casas, a construção de pequenos açudes superficiais e barragens subterrâneas, também com o intuito de reservar água das chuvas. Já foram construídas caixas e açudes para captação de água das chuvas pela Prefeitura Municipal através do recurso do Pronaf Infraestrutura, pela Associar, Visão Mundial e Cáritas Diocesana. Atualmente Araçuaí está participando do P1MC (Programa 1 Milhão de Cisternas), iniciativa da ASA (Articulação do Semi-Árido) que recebeu apoio do MDS (Ministério do Desenvolvimento Social). A captação da água de chuva e o armazenamento em caixas, sendo a mais comum no município de 16 mil litros, é direcionada para o consumo humano. Segundo os cálculos feitos pelas entidades locais e discutidos com as famílias, essa quantidade de água é o suficiente para uma família de 5 pessoas atravessar o período usual de seca no município, desde que haja um bom gerenciamento e o uso da água estabeleça aos critérios previamente estabelecidos e não ultrapasse 50 litros/pessoa/dia. Uma dificuldade que tem sido encontrada em anos de menos chuva, é da família não conseguir encher a caixa, como nesse início de 2006, que ocorreu um veranico nos meses de janeiro/fevereiro de cerca de 50 dias. Os açudes são destinados a dessedentação de animais e pequenos plantios. CISTERNAS E CAIXAS COMUNITÁRIAS PARA ARMAZENAMENTO DE ÁGUA DE CHUVA CAPTADA ATRAVÉS DO TELHADO DAS CASAS, AÇUDES E BARRAGENS SUBTERRÂNEAS – ARAÇUAÍ – MG. JANEIRO DE 2006. ENTIDADES RESPONSÁVEIS Nº DE CISTERNAS CAIXAS Nº DE AÇUDES Nº DE BARRAGENS POR SUA CONSTRUÇÃO COMUNITÁRIAS SUBTERRÂNEAS PREFEITURA MUNICIPAL __ ___ 34 ___ CÁRITAS DIOCESANA 320 ___ 10 06 ASSOCIAR 102 ____ 01 ___ VISÃO MUNDIAL 40 01 __ 06 TOTAL 462 01 45 12 FONTE: CÁRITAS DIOCESANA, ASSOCIAR, VISÃO MUNDIAL e PREFEITURA MUNICIPAL DE ARAÇUAÍ. Encontra-se em andamento a construção de mais 100 cisternas pela Cártitas Diocesana, através do Programa PIMC. Existem algumas particularidades nas estratégias utilizadas por cada entidade na disponibilização das alternativas de captação de água. Por exemplo, o açude construído pela ASSOCIAR tem um porte maior que os demais e faz parte de um projeto piloto numa das comunidades que enfrenta problemas mais sérios com a seca no município, sendo utilizado por 12 famílias para: consumo, lavanderia, piscicultura, horta comunitária e pomar. Também foram concentradas nesta comunidade a construção de 95 cisternas de captação de água de chuva com capacidade de 25 mil litros. A caixa comunitária construída pela VISÃO MUNDIA tem capacidade de 50 mil litros e é para o consumo familiar e para apoiar a produção de farinha de mandioca. b) Acesso à terra A estrutura fundiária no município é bastante concentrada. De acordo com o Censo Agropecuário de 1996, os estabelecimentos agropecuários com até 10 ha. de área correspondem a 31,72% do total de estabelecimentos, mas ocupam apenas 2,15% da área total. Se se considerar os estabelecimentos com até 100 ha de área, esses correspondem a 82,23% dos estabelecimentos, ocupando uma área correspondente a 24,42% da área total. Araçuaí - Estrutura Fundiária - 1996 - Em % 90 82,23 75,58 80 70 60 50,51 50 40 31,72 30 24,42 22,27 17,77 20 10 2,15 0 Até 10 ha. 10 a 100 ha. Até 100 ha. Grupos de Área Total Estabelecimentos Fonte: Censo Agropecuário 1996. Área mais de 100 ha. 4) Educação Araçuaí - MG - Analfabetismo por Faixa Etária Em % 1991/2000 Fonte ADH 50 45,25 45 40 35,89 35 30,25 30 25 20 15 19,43 17,24 12,38 12,64 10 7,18 4,07 5 2,32 0 1991 2000 Pessoas de 7 a 14 anos analfabetas Pessoas de 10 a 14 anos analfabetas Pessoas de 18 a 24 anos analfabetas Pessoas de 25 anos ou mais analfabetas Pessoas de 15 a 17 anos analfabetas Araçuaí MG - Analfabetismo Funcional por Faixa Etária 1991/2000 - Em % fonte ADH 80 68,19 70 60 50 55,19 45,4 42,53 40 30 24,63 20 8,84 10 0 1991 Pessoas de 15 a 17 anos com menos de 4 anos de estudo Pessoas com 25 anos ou mais com menos de 4 anos de estudo 2000 Pessoas de 18 a 24 anos com menos de 4 anos de estudo Araçuaí - MG Atendimento Educacional à Criança 1991/2000 Em % Fonte ADH 120 95,68 100 89,31 75,99 80 74,42 60 47,59 40 27,74 16,02 20 0 0 1991 2000 Crianças de 4 e 5 anos na escola Crianças de 5 e 6 anos na escola Crianças de 7 a 14 anos na escola Crianças de 7 a 14 anos com acesso ao Fundamental Araçuaí - MG - Escolaridade da População Adulta 1991/2000 Em % Fonte ADH 4,5 3,89 4 3,5 3 3,19 2,73 2,5 2 1,68 1,38 1,5 1 0,78 0,33 0,5 0,06 0 1991 2000 Média de anos de estudo das pessoas de 25 anos ou mais de idade Pessoas de 18 a 22 anos que freqüentam o curso superior Pessoas de 25 anos ou mais de idade com doze anos ou mais de estudo Pessoas de 25 anos ou mais freqüentando o curso superior 5) Saúde Ministério da Saúde Secretaria de Atenção à Saúde/Departamento de Atenção Básica Secretaria Executiva/Departamento de Informática do SUS - Datasus Pacto de Indicadores de Atenção Básica - 2004 Séries históricas dos indicadores da Saúde da Criança 1998 1999 2000 Indicadores Fonte 1. Número absoluto de óbitos em menores de um ano SIM 7 8 5 de idade 2. Taxa de mortalidade infantil SIM/SINASC 9,83 12,05 7,89 3. Proporção de nascidos vivos com baixo peso ao SINASC 8,43 8,43 9,31 nascer 4. Proporção de óbitos em menores de um ano de SIM 37,50 40,00 idade por causas mal definidas 5. Taxa de internação por infecção respiratória aguda SIH-SUS 60,09 41,45 46,63 (IRA) em menores de 5 anos PNI 100,00 100,00 6. Homogeneidade da cobertura vacinal por tetravalente em menores de 1 ano de idade (1) 7. Número absoluto de óbitos neonatais SIM 5 4 3 8. Taxa de mortalidade infantil neonatal SIM/SINASC 7,02 6,02 4,73 Versão: 2004.01 Município: 310340 - Araçuaí, MG População de referência: 36.478 (estimativa do IBGE para 2004) 2001 3 2002 2003 2004 5,11 8,35 39,52 44,41 100,00 3 5,11 45,04 Séries históricas dos indicadores da Saúde da Mulher 1998 1999 2000 Indicadores Fonte 9. Taxa de mortalidade materna SIM/SINASC 157,73 10. Proporção de nascidos vivos de mães com 4 SINASC 56,62 ou mais consultas de pré-natal (2) 11. Proporção de óbitos de mulheres em idade fértil investigados 12. Razão entre exames citopatológicos cérvicovaginais em mulheres de 25 a 59 anos e a população feminina nesta faixa etária 13. Taxa de mortalidade em mulheres por câncer de colo do útero 14. Taxa de mortalidade em mulheres por câncer de mama 15. Proporção de nascidos vivos de mães com 7 ou mais consultas de pré natal Comitês de morte materna SISCOLO 0,16 2001 SINASC 0,07 5,57 19,66 29,82 20,03 2003 2004 0,27 0,19 26,06 SIM SIM 2002 9,03 29. Cobertura de primeira consulta odontológica 30. Razão entre procedimentos odontológicos coletivos e a população de 0 a 14 anos (3) 31. Proporção de exodontias em relação às ações básicas individuais Séries históricas dos indicadores de Saúde Bucal SIA/SUS 2,31 7,51 3,91 SIA/SUS 0,32 0,49 0,43 SIA/SUS 18,07 15,33 17,00 5,65 0,54 4,32 0,54 6,8 0,2 13,21 16,37 36,5 Séries históricas dos indicadores Gerais 1998 1999 Indicadores Fonte 32. Proporção da população coberta pelo Programa de SIAB 5,14 5,09 Saúde da Família 33. Média anual de consultas médicas nas especialidades SIA/SUS 1,00 1,00 básicas por habitante 34. Média mensal de visitas domiciliares por família SIA/SUS 0,25 0,25 2000 7,95 2001 9,17 2002 9,53 2003 9,49 0,69 0,56 0,49 0,60 0,59 0,62 0,37 0,50 2004 6) Trabalho Em 2000, a população ocupada representava 37,38% da população total, sendo que a maior parte (38,24%) estava ocupada junto às atividades agropecuárias, extração vegetal e pesca. Araçuaí-MG - População ocupada por setores econômicos e particpação da população ocupada na população total - 2000 - Em % 45 40 38,24 36,26 37,38 35 30 25 20 13,93 15 11,57 10 5 0 Agropecuário, extração vegetal e pesca Industrial Comércio de Mercadorias Serviços % da POP TOT 2000 FONTE: IBGE; Araçuaí Assembléia Legislativa de Minas Gerais.htm As atividades econômicas principais do município são a agrícola, a pecuária, o comércio, o artesanato, as pequenas indústrias de calçados e laticínio. A principal fonte de riqueza é a pecuária. O subsolo é rico em minérios e pedras preciosas. O setor industrial, baseado sobretudo na agroindústria da cana-de-açúcar e da mandioca, além da extração de minerais não metálicos, ocupava 13,93% da população ocupada total em 2000. O setor serviços, basicamente serviços públicos – ensino, telecomunicações, saúde, água e esgoto, além dos serviços financeiros, ocupava, em 2000, 36,26% da população ocupada total. A população ocupada no comércio de mercadorias representava naquele ano 11,57% do total da população ocupada. O Setor serviços se expandiu em função principalmente da expansão dos serviços públicos – educação, saúde, telecomunicações, abastecimento de água e rede de esgotos, como também de serviços financeiros. Os dados acima, contudo, englobam também o Setor Comercial que, durante os anos 1990, viu expandir a atividade exercida pelos supermercados e, em menor intensidade, de eletrodomésticos e utensílios para o lar em geral – cama, mesa e banho e etc. De acordo com a Tabela a seguir, enquanto as atividades industriais ocupam 11,65% do total de pessoas ocupadas em atividades industriais, pessoais e de prestação de serviços, o setor comercial, juntamente com a prestação de serviços de reparação em automóveis e utensílios domésticos, ocupava, no ano de 2002, 36,73% do total. Araçuaí-MG - Pessoal ocupado em atividades industriais, comerciais e de prestação de serviços - 2002 - Em número de pessoas ocupadas. Atividades No. Pessoas ocupadas % do total Ind. extrativas Ind. de transformação Construção civil Sub.Total Com.; serv. reparação Aloj.; aliment. Transp.; Aramaz; comunic. Intermediação financeira Imobil; serv a empresas Adm Púb; def; seg. social Educação Saúde; serv. soc. Outros serviços Total Fonte: IBGE Cidades@ 66 114 43 223 703 50 46 35 58 525 36 135 103 1914 3,45 5,96 2,25 11,65 36,73 2,61 2,40 1,83 3,03 27,43 1,88 7,05 5,38 100,00 Outro detalhe importante, que também pode ser observado no Gráfico a seguir, é o fato de que a Administração Pública ocupa 27,43% do total de pessoas. Esses são os dois setores que mais empregam no meio urbano em Araçuaí: as atividades comerciais e a Administração Municipal. Para além desses setores, tem-se também a prestação de serviços de saúde e de serviços sociais em geral, como aqueles inerentes às atividades das ONGs que atuam no município. Araçuaí-MG - Pessoal ocupado em atividades industriais, com erciais e de prestação de serviços - 2002 - Em % do total de pessoas ocupadas nesses atividades 40,00 36,73 35,00 27,43 30,00 25,00 20,00 15,00 10,00 5,00 3,45 7,05 5,96 2,61 2,25 2,40 1,83 3,03 5,38 1,88 em pr es as al im en ra t. m az ;c om un ic . v er l; s Im ob i ;A Tr an sp . a oj .; Al In d. e xt ra tiv as 0,00 Em 1996, o pessoal ocupado nas atividades agropecuárias era de 8.145 pessoas, conforme pode ser observado na Tabela a seguir. Araçuaí-MG - Pessoal ocupado nas atividades agropecuárias - 1996 Pessoas Pessoas Em % por idade e gênero ocupadas Total de Homens 4 734 58,12 Homens menores 425 5,22 Total de Mulheres 2 712 33,3 Mulheres menores 274 3,36 Pessoal Ocupado Total 8 145 100 Fonte: Censo Agropecuário 1996 Entre esses, a participação das pessoas do sexo feminino representava algo em torno de 33,3%, enquanto que a participação das pessoas do sexo masculino alcançava 58,12%. O número de crianças que trabalhavam nessas atividades chegava a 699, representando 8,58% do total. Araçuaí-MG - Pessoal ocupado na atividade agropecuária, segundo sexo e condição - se menor ou maior - 1995 - Em % número de pessoas ocupadas nas atividades agroppecuárias. 70 60 58,12 50 40 33,3 30 20 8,58 10 5,22 3,36 0 Total de Homens Homens menores Total de Mulheres Mulheres menores Total de menores Araçuaí-MG - Composição da renda das famílias, segundo a origem dos rendimentos - 1991/2000 - Em % da renda total 90 80 76,92 70 60 54,61 50 40 30 20 19,4 12,25 18,78 10,12 10 0 Percentual da renda Percentual da renda Percentual da renda Percentual da renda Percentual de Percentual de proveniente de proveniente de proveniente de proveniente de pessoas com mais pessoas com mais rendimentos do rendimentos do transferências transferências de 50% da sua renda de 50% da sua renda trabalho, 1991 trabalho, 2000 governamentais, governamentais, proveniente de proveniente de 1991 2000 transferências transferências governamentais, governamentais, 1991 2000 Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil Araçuaí-MG - Mudanças ocorridas na composição da renda das famílias, em relação aos rendimentos provenientes do trabalho e das transferências governamentais - 1991/2000 Em % Fontes de rendimento Variação - Em % Renda proveniente do trabalho -29 Renda proveniente de Transferências Governamentais 58,37 Pessoas com mais de 50% da renda provenientes de Transf. Governamentais 85,57 Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil Araçuaí-MG - Evolução da renda proveniente do trabalho e de transferências governamentais e percentual de pessoas com mais de 50 % de sua renda proveniente das Transferências Governamentais - 1991/2000 - Em % 100 85,57 80 58,37 60 40 20 0 Renda proveniente do trabalho -20 -40 Renada proveniente de Transf. Governamentais -29 Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil Pessoas com mais de 50% da renda provenientes de Transf. Governamentais IV – ECONOMIA LOCAL PRODUÇÃO AGROALIMENTAR Os dados relacionados às lavouras temporárias, permanentes, aos efetivos da pecuária e à produção animal, em grande medida, confirmam a tendência de queda na produção rural do município. Com efeito, a área colhida de arroz, produto tradicional entre os agricultores do município, decresceu de 143 ha. em 1996 para 120 ha, em 2002. Em 2003, sequer foi informada a área colhida do cereal. Quanto ao feijão, a área colhida em 1996 foi de 541 ha., tendo esse valor aumentado em 2002 para 690 ha. No entanto, em 2003, esse indicador retrocedeu para 104 ha. – 19,22% da área colhida verificada em 1996. O mesmo ocorreu com a Mandioca, outro produto tradicional da região. Essa redução pode ser observada na Tabela V, a seguir, que trata da evolução da área plantada e da produção - 1996 / 2003, para produtos de lavouras temporárias escolhidos. As lavouras de Alho, Fumo e Abacaxi aparecem entre as lavouras temporárias, a despeito de não ter sido informada produção em 1996 e 2003, porque esses produtos surgem como alternativa municipal à geração de emprego e renda. No caso do Alho, isto é justificável em função desse produto, como será visto a seguir, aparece na – pequena – lista de produtos do Município de Araçuaí oferecidos nas CEASA’s no Estado de Minas Gerais, o mesmo ocorrendo com o Abacaxi. No caso do Fumo, essa lavoura é citada pelos técnicos da EMATER-MG como possuindo essa potencialidade. Araçuaí - Lavouras temporárias: evolução da área plantada e da produção - 1996 / 2003 - Em hectares e toneladas, respectivamente. Anos Variáveis Lavouras Cana-de-Açúcar 638 7310 640 17280 124 3968 Arroz Feijão Mandioca Milho Área Colhida (ha.) 143 541 532 1388 1996 Produção (ton.) 83 163 815 876 Área Colhida (ha.) (1) 120 690 530 2300 2002 Produção (ton.) 72 326 6360 1840 Área Colhida (ha.) NI 104 168 160 2003 Produção (ton.) NI 51 1344 64 FONTE: IBGE: Censo Agropecuário 1996; Cidades@ Nota: (1) Para o ano de 2002, a informação refere-se à área plantada Alho 4 4 - Fumo 110 54 - Abacaxi 15 375 - A despeito de ter havido uma evolução considerável na produtividade da lavoura de cana-de-açúcar no município, que passou de 11,46 mil toneladas por hectare em 1996 para algo em torno de 30 mil toneladas em 2002/2003, a área colhida dessa lavoura, entre 2002 e 2003 diminuiu de 640 ha. para 124 ha., respectivamente, como pode também ser observado no Gráfico a seguir. Araçuaí-MG - Lavouras Tem porárias: evolução da área colhida de lavouras escolhidas - 19962002/2003 - Em m il ha. 2500 2300 2000 1388 1500 1000 690 541 638 640 532 530 500 143 120 168 104 0 160 124 0 Arroz Feijão Mandioca 1996 2002 Milho 2003 FONTE: IBGE: Censo Agropecuário 1996; Cidades@ Nota: (1) Para o ano de 2002, a informação refere-se à área plantada Cana-de-açúcar Com respeito às lavouras permanentes, com exceção da Banana, todas as lavouras permanentes consideradas experimentaram redução nas suas respectivas áreas colhidas, entre os anos 2002 e 2003. Esse fenômeno pode ser observado na Tabela VI, a seguir. TABELA VI Araçuaí-MG - Lavouras Permanentes: área colhida e quantidade produzida - 1996, 2002 e 2003 Anos 1996 2002 2003 (1) Lavouras Área Colhida Área Colhida Área Colhida Quantidade Quantidade Quantidade (há.) (há.) (há.) Banana (Mil 16 5 30 18 51 1020 cachos.) 9 3 10 8 0 0 Café (Ton.) Coco-da5 64 bahia (Mil frutos) Laranja (Mil 43 943 40 2800 0 0 frutos) 7 10 7 189 0 0 Mamão Manga (Mil 152 4 059 165 7405 12 180 frutos) Tangerina 4 848 0 0 (Mil frutos) Maracujá (Mil 0 1 frutos) FONTE: IBGE: Censo Agropecuário 1996; Cidades@ Nota: (1) Banana e Manga em Toneladas. A área colhida de Banana no Município de Araçuaí passou de 16 mil ha. em 1996 para 30 mil ha. em 2002 e 61 mil ha. em 2003. Ao mesmo tempo, esse indicador diminuiu, entre os anos de 2002 e 2003 para as lavouras de Café, Laranja, Mamão e Manga, como também mostrado no Gráfico a seguir. Araçuaí-MG - Lavouras Perm anentes: evolução da área colhida de lavouras escolhidas - 19962002/2003 - Em m il ha. 180 165 152 160 140 120 100 80 51 60 40 20 43 40 30 16 9 10 0 0 0 5 0 7 7 12 0 0 Banana Café-em-coco Coco-da-bahia 1996 Laranja 2002 Mamão Manga 2003 FONTE: IBGE: Censo Agropecuário 1996; Cidades@ A novidade, entre as lavouras permanentes, fica por conta da lavoura de Coco-da-bahia, inexistente nos anos anteriores e que surgiu no ano de 2003, se prestando também como uma alternativa para os agricultores locais. A Tabela VII, a seguir, trata da evolução do efetivo dos rebanhos no município de Araçuaí, como também da produção pecuária municipal. Nessa Tabela – e no seu gráfico correspondente, a seguir, pode ser observada a tendência de redução tanto no efetivo dos rebanhos, quanto a diminuição da produção pecuária municipal, para todos os rebanhos e tipos de produção considerados. Com efeito, a atividade criatória de Bovinos, tradicional na Região do Vale do Jequitinhonha, experimentou uma redução no que respeita ao efetivo da ordem de mais de 6 mil cabeças no período 2000/2003, passando de 35.510 em 2000, para 29.255 em 2003. Essa tendência foi acompanhada pela redução no número de vacas ordenhadas e na produção de leite de vaca. As vacas ordenhadas passaram de 6.300 em 2002 para 5.318 em 2003 e a produção de leite, nesse contexto, não tendo havido aumento na produtividade, também diminuiu em quase 1,3 milhão de litros de leite entre esses mesmos anos. Araçuaí-MG - evolução do efetivo dos rebanhos e produção pecuária municipal- 2000-2002/2003 Anos Rebanhos 2000 2002 2003 Bovinos 35.510 33.500 29.255 Suínos 4.757 4.450 3.420 Eqüinos 3.180 3.000 2.385 Asininos 139 130 153 Muares 1.484 1.400 1.075 Ovinos 285 270 288 Galinhas e afins 40.570 41.000 29.814 Caprinos 425 400 319 Vacas Ordenhadas 6.300 5.318 Leite de vaca (mil litros) 3.836 2.553 Ovos de galinha (mil dúzias) 120 33 Mel de Abelha (kg) 850 795 Fonte: IBGE – Produção Pecuária Municipal; Cidades@; Assembléia Legislativa MG O mesmo ocorreu com a criação de animais de pequeno porte, típicos da agricultura familiar, como os Galináceos e os Suínos. Nesse sentido, o plantel de Galinhas e afins diminuiu de 40.570, no ano de 2000, para 29.814 no ano de 2003, significando isto uma redução de 26,51% em relação ao primeiro ano. Acompanhando essa redução, a produção de ovos de galinha, entre os anos 2002 e 2003, foi da ordem de 72,5%, passando de 120 mil dúzias no primeiro ano, para apenas 33 mil dúzias no segundo. Já a redução no efetivo de Suínos foi da ordem de 28,11%, tendo passado de 4.757 cabeças em 2000, para 3.420 em 2003. Araçuaí-MG - Pecuária Municipal: evolução do efetivo dos rebanhos - 2000-2002/2003 - Em núm ero de cabeças 45000 40000 35000 30000 25000 20000 15000 10000 5000 FONTE: IBGE Cidades@ ) (k g Ab el ha M el de rd en ha da de s va ca (m il lit ro s) Le ite O C ap rin os Va ca s af in s e no s G al in ha s O vi M ua re s in in os As Eq ui no s Bo vi no s 0 A produção extrativa vegetal em Araçuaí experimentou uma redução significativa na produção de lenha e, por outro lado, um aumento na produção de um dos mais tradicionais produtos do extrativismo vegetal do Norte de Minas Gerais, o Pequi. Essas informações encontram-se sistematizadas na Tabela VIII, a seguir. Araçuaí-MG - Extrativismo Vegetal: evolução da produção - 2002/2003 Anos Produtos 2002 2003 29 4 Lenha (Mil m3) 3 6 Pequi (Ton) FONTE: IBGE Cidades@ Talvez a diminuição da produção de lenha possa ser explicada pela expansão na eletrificação rural no Município, embora dados acerca dessa atividade em particular devam ser vistos com bastante reserva, em função das dificuldades em se colhe-los, por um lado e, por outro, pelo fato de que essa informação implica o reconhecimento de uma atividade “politicamente pouco correta”, isto é, o desmatamento. Quanto ao aumento da produção de Pequi, merece destaque o fato de que, a principal área produtora no Município – A Chapada do Lagoão, vem sendo cotejada para a expansão de Matas Plantadas – Eucalipto, basicamente, o que coloca em risco não apenas a produção de Pequi, bem como a qualidade de vida e a sobrevivência das famílias ali residentes. Além disto, a Chapada do Lagoão possui também o atributo de ser o local onde as principais nascentes dos córregos de água – que já são poucos e intermitentes, existentes em Araçuaí, nascem. A plantação de Eucalipto – e o desmatamento a ela associado, pode então se desdobrar em um problema ambiental de grandes proporções, com significativas conseqüências sociais e econômicas. Desde meados dos anos 1980, a despeito de estar havendo um aumento no PIB per capita, a participação da agropecuária no PIB municipal vem diminuindo, o mesmo ocorrendo com a participação da indústria, conforme mostra a Tabela IX, a seguir. Com efeito, entre os anos 1985/1996, a média de participação do PIB-Agropecuário no PIB-Municipal total foi de 28,30%. Essa participação decresceu para 11,6% em 1999, chegando a 6,54% em 2003. Araçuaí - evolução da participação dos setores econômicos no PIB municipal - Em % e do PIB per capita Em R$ = 1999 / 2003 Período Agropecuária Indústria Serviços PIB per capita Méd 85/96 1999 2000 2001 2002 2003 28,30 11,60 11,50 7,50 8,00 6,54 8,21 21,00 19,60 19,60 17,42 16,71 63,49 67,00 68,80 73,00 79,23 80,96 858,56 1673,953 1938,114 1980,456 2039,739 2234,939 FONTE: FJP (1997) e IBGE Nota: a soma da participação dos setores econômicos é superior a 100% em função da inclusão no cálculo do PIB da participação do valor agregado referente à Administração Municipal e à redução da participação referente às transações financeiras . Araçuaí-MG - Evolução do PIB per capita - Em R$ a preços correntes 2500,00 2234,939 2000,00 1938,114 1980,456 2039,739 1673,953 1500,00 1000,00 858,56 500,00 0,00 Méd 85/96 1999 2000 2001 2002 2003 A despeito de o setor industrial ter experimentado um incremento considerável da sua participação no PIB Municipal total entre os anos 1996 e 1999, sobretudo em função do incremento da extração mineral (Lítio) e das agroindústrias de farinha de mandioca e cana-de-açúcar, entre os anos 1999 e 2003, essa participação também vem diminuindo. A evolução negativa tanto do PIB da agropecuária quanto da indústria municipal vem ocorrendo em favor da expansão do setor serviços, incluindo o setor comercial, o que pode ser melhor observado através do Gráfico a seguir. Araçuaí-MG: evolução da participação relativa dos setores econômicos no PIB municipal 1985/96 - 2001/2003 FONTE: FJP (dados para 1985/1996); IBGE 90,00 80,00 70,00 60,00 50,00 40,00 30,00 20,00 10,00 0,00 Méd 85/96 1999 2000 Agricultura 2001 Indústria 2002 2003 Serviços FONTE: FJP (1997) e IBGE Nota: a soma da participação dos setores econômicos é superior a 100% em função da inclusão no cálculo do PIB da participação do valor agregado referente à Administração Municipal e à redução da participação referente às transações financeiras. Ainda com respeito ao Setor Industrial, é digno de nota o fato de que, de acordo com o ex-Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico Sustentável, a atividade extrativa mineral de extração de pedras semipreciosas, realizada clandestinamente, gera um valor equivalente a 50% do PIB – Municipal. A comparação entre a evolução do PIBAgropecuário Municipal e da Microrregião de Araçuaí permite perceber que, entre os anos 2000 e 2001, houve uma queda significativa nos dois indicadores, tanto para a microrregião, quanto para o município. Contudo, o Município de Araçuaí não conseguiu se recuperar dessa queda. Isto é, entre os anos 2001 e 2002, houve um pequeno crescimento, que se perdeu no ano seguinte. Araçuaí-MG - Evolução do PIB-Agropecuária m unicipal e m icroregional - 1999/2003 - Em R$ m il reais correntes. 50.000 45.000 44.737 40.000 44.397 44.386 5978,267 5328,241 37.778 35.000 30.756 30.000 25.000 20.000 15.000 10.000 5.000 7340,299 8187,197 5554,936 1999 2000 2001 Microregião 2002 2003 Município Estes dados sugerem que a produção agropecuária municipal vem passando por uma crise profunda, o que é condizente com a diminuição da participação da população rural na população total, como visto acima. V – SOBRE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A PROMOÇÃO DA SAN a) Do Setor Público: I) Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico Sustentável: Programas e Projetos relacionados com a SAN: ¾ Banco de Alimentos ¾ Compra Direta ¾ Horta ¾ Feira Livre ¾ Criação de Tanques Redes na Barragem do Calhauzinho A proposta da Secretaria é interrelacionar os demais programas e projetos com o Banco de Alimentos. O programa Compra Direta iniciou-se no dia 06/03/2006, e consiste em comprar diretamente do produtor (perfil: pronafiano B), no máximo R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais) em produtos por ano, na embalagem que melhor lhe convier, e a Prefeitura, através do Banco de Alimentos dividir e re-embalar. Em Araçuaí, estão inscritas 48 famílias (o máximo que o recurso disponibilizado pelo governo federal possibilitou), e os produtos que foram contratados: Goma, farinha de mandioca, farinha de milho, feijão, ovos, mel, frutas e doces. Também arroz e milho, porém o secretário de agricultura do município prevê que ninguém vai conseguir colher, devido a seca que assolou o município e região nesse início de ano. A horta é uma parceria que está sendo construída com a Secretaria de Segurança Pública. A Prefeitura Municipal entrará com a área, os insumos e refeição (almoço nos dias de trabalho). A mão-de-obra utilizada será dos presos albergados (dos 30 presos albergados atualmente no município, 15 estão se dispondo a participar do programa) e de suas famílias. A Secretaria de Segurança Pública, concederá uma ajuda de custo de R$80,00 (oitenta reais) mais redução de 3 dias de pena para cada dia trabalhado. Metade da produção será comercializada com a renda sendo revertida para o grupo e a outra metade irá para o Banco de alimentos. Este projeto iniciará em abril próximo. Tanques Redes – a proposta é produzir 60 toneladas de peixe (tilápia) a cada 6 meses. Comercializar o filé congelado no mercado local e regional. Aproveitar a carcaça e cabeça para preparar caldo de peixe para distribuir nas escolas e comercializar a preços simbólicos. A melhoria da Feira Livre faz parte de um grande projeto, que inclui a melhoria de toda a área interna e externa do mercado. Porém, devido a limitação de recursos, a princípio será feito apenas o nivelamento do piso da área externa, para melhor acomodação e organização das barracas de exposição dos produtos e circulação das/os consumidoras/es. Têm participado dessa discussão: as Secretarias Municipais de Desenvolvimento Econômicosustetável e De Desenvolvimento Social, a Cáritas Diocesana, ASSOCIAR, STTR, EMATER e a UFLA (Universidade Federal de Lavras). Segundo o Secretário Municipal de Agricultura, Guido Itamar, todos os programas e projetos levados pela Secretaria contam com a parceria das entidades que atuam no município e são discutidos e aprovados pelo CMDRS (Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável). Um outro Programa que está sendo desenvolvido no município é o de Aprimoramento da Pecuária de Leite Familiar. Uma parceria da EMBRAPA com a EMATER. A princípio estão sendo acompanhados 3 produtoras/es de leite para fazer um diagnóstico da produção de elite no município. Também está sendo discutida a implantação de uma Cozinha Comunitária, que é um Programa do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome, que consiste na oferta de refeições diárias a custo zero para famílias cadastradas. II) Secretaria de Desenvolvimento Social ¾ Programas de Transferência de Renda do Governo Federal: Programa Bolsa Família → está sendo feita a migração dos outros programas para o Bolsa Família. IDENE – (Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais – junção das antigas CODEVALE + SUDENOR) Programas desenvolvidos em Araçuaí: ¾ PCPR – Programa de Combate a Pobreza Rural → está sendo implantado ¾ Cidadão.Net → Programa de Inclusão Digital ¾ Cidadão Nota 10 → Alfabetização de Jovens e Adultos ¾ Programa Leite Pela Vida O público alvo do Programa Leite Pela Vida são as gestantes, nutrizes, crianças de 6 meses a 6 anos e idosos, com renda percapta de até R$150,00 (cento e cinqüenta reais). Atualmente atende somente a zona urbana devido a dificuldade para transportar o leite resfriado em condições adequadas para a zona rural. São distribuídos 1250litros de leite por dia para as famílias cadastradas, em 3 postos de distribuição: GEOB (Grupo Espírita Obreiros do Bem), Quartel e Lavanderiao. É desenvolvido com recursos do governo federal (Fome Zero) e governo estadual. III) ASSISTÊNCIA SOCIAL Data: 22 / 09 / 2004 Nome do Entrevistado: Maria Helena Cardoso Cargo: Secretária Municipal de Assistência Social 1) Quais as políticas / programas e ações que essa secretária vem implementando? Faça a separação entre elas. A Política Municipal de Assistência Social envolve todas as ações destinadas a crianças, adolescentes, idosos e adultos em situação de vulnerabilidade social. 2) Existem responsáveis específicos pela implementação dessas políticas / programas e ações? Quem é? Gestor da Assistência Social – Maria Helena Cardoso. 3) Qual a origem da política / programa e ação? É um desdobramento de uma ação do governo federal, estadual ou do próprio município? A LOAS – Lei Orgânica da Assistência Social – estabeleceu diretrizes nacionais com ações conjuntas do governo Federal, Estadual e Municipal. 4) Quais são os objetivos da política / programa e ação? Inclusão social, participação comunitária e mudança de paradigma. 5) Em que consistem essas políticas / programas e ações? Descreva cada uma delas: O órgão gestor da Política da Assistência Social no Município é a Secretaria Municipal de Assistência Social que está estruturada em dois departamentos, a saber: a. Departamento da Infância e Adolescência – Que coordena as ações diretamente voltadas a área manutenção do custeio (alimentação, material pedagógico e outros) para a faixa etária de 3 à 6 anos, em parceria com a Secretaria de Educação que entra com os recursos humanos (professor) e orientação pedagógica (Projeto Sementinha – 1.200 crianças). Também neste departamento o acompanhamento do Programa Agente Jovem (50 jovens) executado pelo GEOB (Grupo Espírita Obreira do Bem) faixa etária de 15 à 17 anos. Além do Projeto Ser Criança (300 crianças) e Fabriqueta (35 jovens) em parceria com o CPCD (Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento). Marta Maria é a atual diretora do Departamento. b. Departamento de Ação Social Organização de Associações Comunitárias. Organização do Cadastro único das Famílias que recebem a Bolsa Família. Atendimento Diário – Cadastro Social para diversos encaminhamentos e fornecimento de medicamentos e passagens diversas para Belo Horizonte, Teófilo Otoni para os casos que não se enquadram no TFD (Tratamento Fora de Domicilio) da saúde. Empório Solidário – Atendimento de 175 famílias em parceria com outras ONGS (CPCD, ROTARY, GEOB, Pastoral...). PSH – Programa Subsidio a Habitação – Construção de 40 casas no bairro Nova Esperança. Marta Maria é a atual diretora do Departamento. c. Atendimento Diário (Mais ou menos 50 pessoas por dia) tanto do público geral como representantes de ONGS para as orientações e as professoras da educação infantil que recebem as mercadorias para suas turmas. Participação de reuniões e encontros diversos além da participação efetiva dos Conselhos Municipais, CMAS/ CMDCA/ CMDCR. 6) Quando (mês/ano de inicio) a política / programa / ação começou a ser implementado? Alguns programas se efetuam a partir da liberação dos recursos. 7) Em relação ao município como um todo, em termos de percentagem, qual a abrangência da política / programa e ação? Isto é, qual o público alvo? Qual o número de pessoas / crianças / mães / famílias / comunidades atendidas por essa política / programa e ações? Crianças de 0 à 6 anos e demais programas tem suas metas especificas. A Secretaria atende em media, 50 pessoas por dia. 8) Qual o volume de recursos aportados para a implementação dessa política / programa / ação especifica? Quase todos os programas são do governo Federal que contam com a contrapartida Municipal. 9) Existe relatório anual que seja, acerca da implementação e monitoramento da política / programa e ação? É possível copias desses relatórios? Sim. 10) Qual o papel que os conselhos municipais (exemplo: Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural, ou de Educação, ou de Saúde, ou o Conselho tutelar) tiveram na concepção e formulação da política / programa e ação? E qual o papel que vem tendo na sua implementação e monitoramento? É fundamental a participação e o envolvimento da sociedade civil, porém nossa cultura sempre foi assistencialista. Mudar para a co-responsabilidade da formulação da Política Pública é muito difícil. 11) Na concepção, formulação, implementação e monitoramento dessa política / programa e ação existe o envolvimento das outras secretárias municipais? Sim. Todas elas. E de ONGS? Sim. E de outras entidades da sociedade civil (sindicados, associações comunitárias, associações de produtores, artesãos, etc)? Sim. E como esse envolvimento acontece, isto é, no âmbito da concepção / formulação e/ou no âmbito da implementação e monitoramento? Em alguns momentos mais participativa e em outros, com certa apatia e desinteresse, justamente pela falta de oportunidade de participar no período anterior da história brasileira. IV) CULTURA Data: 29 / 09 / 2004 Nome do Entrevistado: José Pereira dos Santos Cargo: Secretário Municipal de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo. 12) Quais as políticas / programas e ações que essa secretária vem implementando? Faça a separação entre elas. Os programas em evidencia implementados pela Secretaria Municipal de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo são as escolinhas de base esportiva para crianças e adolescentes entre 10 e 17 anos de idade, nas modalidades de vôlei, basquete e futsal localizadas no ginásio poliesportivo local e o ateliê sirchal. 13) Existem responsáveis específicos pela implementação dessas políticas / programas e ações? Quem é? A responsabilidade pela implementação desses projetos é da Prefeitura Municipal de Araçuaí, através da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo. 14) Qual a origem da política / programa e ação? É um desdobramento de uma ação do governo federal, estadual ou do próprio município? A partir do levantamento feito pelo Governo Municipal, constatou-se que havia um número elevado de crianças e adolescentes que não tinham acesso a nenhum tipo de prática esportiva ou cultural. 15) Quais são os objetivos da política / programa e ação? Os objetivos principais que os programas visam atingir são: A inclusão social de jovens e adolescentes, diminuição do uso de substancias entorpecentes, diminuição da criminalidade, uma vez que foi constatado grande número de ocorrências policiais envolvendo adolescentes e resgate da cidadania e auto-estimulo. 16) Em que consistem essas políticas / programas e ações? Descreva cada uma delas: Duas políticas especificas: Esportes – Projeto esporte Nova Esperança (Escolinha). Ateliê Sirchal – Projeto de restauração de patrimônio histórico. 17) Quando (mês/ano de inicio) a política / programa / ação começou a ser implementado? Após a inauguração do Ginásio Poliesportivo Jason Francisco de Assis no dia 16.02.2003, iniciou-se o processo de inscrição para crianças e adolescentes, sendo que no dia 27.02.2003 teve inicio o programa de escolinhas esportivas. 18) Em relação ao município como um todo, em termos de percentagem, qual a abrangência da política / programa e ação? Isto é, qual o público alvo? Qual o número de pessoas / crianças / mães / famílias / comunidades atendidas por essa política / programa e ações? As escolinhas esportivas realizadas no Ginásio Poliesportivo local visam atender crianças e adolescentes carentes e sem acesso a práticas esportivas e culturais. O programa atinge cerca de 550 crianças e adolescentes entre as idades de 10 à 17 anos, intercambiando suas famílias através de palestras e campeonatos promovidos pela Secretaria Municipal de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo. 19) Qual o volume de recursos aportados para a implementação dessa política / programa / ação especifica? Temos somente os recursos próprios do Município. 20) Existe relatório anual que seja, acerca da implementação e monitoramento da política / programa e ação? É possível copias desses relatórios? Não existe relatório no momento. 21) Qual o papel que os conselhos municipais (exemplo: Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural, ou de Educação, ou de Saúde, ou o Conselho tutelar) tiveram na concepção e formulação da política / programa e ação? E qual o papel que vem tendo na sua implementação e monitoramento? Não há resposta. 22) Na concepção, formulação, implementação e monitoramento dessa política / programa e ação existe o envolvimento das outras secretárias municipais? E de ONGS? E de outras entidades da sociedade civil (sindicados, associações comunitárias, associações de produtores, artesãos, etc)? E como esse envolvimento acontece, isto é, no âmbito da concepção / formulação e/ou no âmbito da implementação e monitoramento? Não há resposta. V) EDUCAÇÃO Data: 30 / 09 / 2004 Nome do Entrevistado: Sebastião Rocha. Cargo: Secretário Municipal da Educação. 23) Quais as políticas / programas e ações que essa secretária vem implementando? Faça a separação entre elas. A Secretaria Municipal de Educação de Araçuaí desenvolve vários programas como; Educação de jovens e adultos, Transporte escolar, Alfabetização solidária, Merenda escolar, Nucleação de escolas na zona rural, Projeto Sementinha, Projeto Ser Criança, e outros, mas hoje sua prioridade é a implementação do Projeto Araçuaí de UTI Educacional à Cidade Educativa. 24) Existem responsáveis específicos pela implementação dessas políticas / programas e ações? Quem é? Sim. Os responsáveis são a Secretaria Municipal de Educação de Araçuaí e o Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento – CPCD (é uma organização não governamental, sem fins lucrativos, fundada em 1.984, em Belo Horizonte/MG, com a missão de promover educação popular e desenvolvimento comunitário a partir da cultura tomada como matéria-prima de ação institucional e pedagógica). 25) Qual a origem da política / programa e ação? É um desdobramento de uma ação do governo federal, estadual ou do próprio município? É um projeto concebido pelo Secretário Municipal de Educação de Araçuaí – Sebastião Rocha. 26) Quais são os objetivos da política / programa e ação? Mobilizar, convocar e preparar todas as comunidades rurais de Araçuaí onde vivem os meninos e meninas, razão de ser deste projeto, para cuidar de cada um deles; Utilizar como recurso pedagógico todos os saberes, os fazeres e os quereres existentes nestas comunidades e disponibilizá-los sistematicamente para a geração de aprendizagens e de oportunidades para a meninada e a juventude; Fazer de cada bairro ou vila rural de Araçuaí uma permanente “comunidade de aprendizagem”; Um espaço físico e um tempo histórico de juntar, generosamente, os “CHÁS” (Conhecimento, Habilidades e Atitudes) como recursos “naturais” e disponíveis para a educação de cada criança, jovem e adulto deste micro-universo; Fazer de Araçuaí, uma “cidade educativa”; um lugar preparado para acolher, abrigar e cuidar de cada um de seus habitantes, principalmente crianças e jovens, propiciando-lhes oportunidades de educação e formação integral, pelo uso adequado dos recursos pedagógicos existentes nas ruas, casas, instituições, escolas e projetos sócio-culturais; Fazer deste processo e desta prática, um exemplo de êxito, de interação e de compromisso de todos os setores e segmentos sociais locais; Anunciar, ao final do projeto, para o país que no meio do Vale do Jequitinhonha (um lugar do mundo até então conhecido internacionalmente como um dos “maiores bolsões de miséria”), nós, brasileiros, realizamos não o milagre (que é coisa do divino), mas o possível, necessário e urgente trabalho (que é coisa da humanidade) de construção, dignidade, educaçao plena e criação de oportunidades para todos os seus meninos e meninas; Sistematizar o projeto “da UTI Educacional à cidade educativa” como uma referencia para as gerações futuras e um instrumento eficaz para a sociedade brasileira utilizar sempre que suas crianças e jovens estiverem correndo riscos pessoais e sociais de vida indigna e infeliz. 27) Em que consistem essas políticas / programas e ações? Descreva cada uma delas: Dentro da UTI Educacional prevalece, sobre tudo e todos, a preservação da vida digna e da ética e a plena liberdade para se utilizar todos os instrumentos, recursos técnicos e metodologias que contribuam para a reversão do quadro pedagógico. Sendo as principais atividades; 1. Tecnologias Comunitárias de Educação - Formação de um acervo/repertório das boas práticas educativas e tecnologias populares já em prática em algumas comunidades de Araçuaí. 2. Agentes comunitários de Educação – Formação de jovens (16 à 21 anos) para atuarem com agentes comunitários de educaçao nos locais de origem – zona rural e bairros periféricos de Araçuaí. 3. Bornal de livros – Aquisição e circulação de revistas, livros técnicos e de referencia (saúde, primeiros-socorros, alimentação e aleitamento materno, literatura infantil e juvenil destinadas aos professores e escolas) Confecção de 100 bornais e 100 algibeiras, dinamização do Banco de Livros e Biblioteca de Araçuaí. 4. Mães Cuidadoras – Mobilização e capacitação de mães e mulheres solteiras (pais e homens, se houver interesse e disponibilidade deles) nas diversas comunidades rurais e periféricas de Araçuaí. 5. Bornal de jogos – Produção regular de jogos e brinquedos pedagógicos estimuladores de processos de aprendizagem – lúdicos e prazerosos. 6. Educadores Sociais – Capacitação de todos os educadores envolvidos na educaçao infantil e fundamental da rede pública de Araçuaí, visando o seu aprimoramento técnico – pedagógico – humano. 7. Empório Solidário – Consolidação do empório solidário de Araçuaí (funcionando desde de setembro/2003). 8. Banco do Livro de Araçuaí – Disponibilizarão dos livros existentes nas casas, mas encostados ou não utilizados, para o beneficio coletivo. Montagem de uma agência bancária, cujo capital seja livros de qualquer natureza, novos ou usados, destinados a troca (1 por 1). 9. Cinema dos meninos de Araçuaí – Implantação de uma sala de cinema e vídeo destinada a toda população de Araçuaí. 10. Construção de Escolas Estratégicas – Construção da escola nucleada na comunidade de José Gonçalves, para atender com qualidade há 400 alunos de 1ª à 8ª série. 28) Quando (mês/ano de inicio) a política / programa / ação começou a ser implementado? Em 2.004. 29) Em relação ao município como um todo, em termos de percentagem, qual a abrangência da política / programa e ação? Isto é, qual o público alvo? Qual o número de pessoas / crianças / mães / famílias / comunidades atendidas por essa política / programa e ações? a. Tecnologias Comunitárias – 140 professores da rede municipal e as famílias das comunidades rurais. b. Agentes Comunitários – 80 jovens de Araçuaí. c. Bornal de Livros – 57 escolas públicas de Araçuaí. d. Mães Cuidadoras – 60 mães. e. Bornal de Jogos – 60 mães cuidadoras, 80 agentes comunitários de educação, projeto Sementinha – 41 comunidades rurais. f. Educadores Sociais – 140 professores da rede municipal. g. Empório Solidário – 170 famílias. h. Banco do Livro – 36.000 habitantes de Araçuaí. 30) Qual o volume de recursos aportados para a implementação dessa política / programa / ação especifica? Cerca de R$ 900.000,00. 31) Existe relatório anual que seja, acerca da implementação e monitoramento da política / programa e ação? É possível copias desses relatórios? Sim. 32) Qual o papel que os conselhos municipais (exemplo: Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural, ou de Educação, ou de Saúde, ou o Conselho tutelar) tiveram na concepção e formulação da política / programa e ação? E qual o papel que vem tendo na sua implementação e monitoramento? O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente aprovou e apóia o projeto. Elabora um relatório mensal de acompanhamento da execução e aplicação dos recursos. 33) Na concepção, formulação, implementação e monitoramento dessa política / programa e ação existe o envolvimento das outras secretárias municipais? E de ONGS? E de outras entidades da sociedade civil (sindicados, associações comunitárias, associações de produtores, artesãos, etc)? 34) E como esse envolvimento acontece, isto é, no âmbito da concepção / formulação e/ou no âmbito da implementação e monitoramento? Há participação dos órgãos e secretarias nas atividades afins de cada um dentro do projeto. O Conselho participa acompanhando e avaliando juntamente com a secretaria. Nas comunidades toda a ação é em conjunto com os moradores que fazem parte dos grupos organizados como associações, etc. Muitos são lideranças importantes que apóiam e conquistam outras pessoas para serem nossos parceiros. VI) SAÚDE Data: 16 / 09 / 2004 Nome do Entrevistado: Kátia Simone Esteves. Cargo: Secretária Municipal da Saúde. 35) Quais as políticas / programas e ações que essa secretária vem implementando? Faça a separação entre elas. Política Nacional da Saúde. Programa da saúde da família (PSF), Programa DST/Aids, Programa Saúde Mental (CAPS), Ações de vigilância Sanitária e Ações de Vigilância Epidemiológica. 36) Existem responsáveis específicos pela implementação dessas políticas / programas e ações? Quem é? Sim. Secretaria Municipal de Saúde com a aprovação do Conselho Municipal de saúde e da Prefeita. 37) Qual a origem da política / programa e ação? É um desdobramento de uma ação do governo federal, estadual ou do próprio município? Programa – Governo Federal/Estadual. Ações – Governo Federal/Estadual. Política – Municipal. 38) Quais são os objetivos da política / programa e ação? Melhoria da qualidade da saúde da população urbana e rural de Araçuaí. 39) Em que consistem essas políticas / programas e ações? Descreva cada uma delas: Programas: PSF (Programa Saúde da Família) – Consultas medicas e de enfermagem, monitoramento de peso e vacinação, orientações nutricionais, visitas domiciliares, orientação para a saúde bucal, palestras para grupos de hipertensos e diabéticos e grupo de adolescentes. CAPS (Saúde Mental) – Atendimento medico, controle medicamentoso, atendimento psicológico e social de apoio a usuários e familiares e oficinas terapêuticas. DST/Aids (Projeto Ação Positiva) – Atividades de especialização e humanização do atendimento e de captação e informação do público alvo (profissionais do sexo). Ações: Vigilância Sanitária – Inspeções básicas e de media complexividade. Vigilância Epidemiológica – Atendimento e controle de usuários portadores de hipertensão, diabetes, hanseníase, tuberculose, leishmaniose, raiva humana, dengue e campanhas de vacina. 40) Quando (mês/ano de inicio) a política / programa / ação começou a ser implementado? PSF – Em 1.998. DST/Aids – Em Dezembro de 2.002. CAPS – Em 1.997. Vigilância Sanitária – Em Março de 2.002. Vigilância Epidemiológica – Em 2.002. 41) Em relação ao município como um todo, em termos de percentagem, qual a abrangência da política / programa e ação? Isto é, qual o público alvo? Qual o número de pessoas / crianças / mães / famílias / comunidades atendidas por essa política / programa e ações? PSF – Atende apenas a população de um bairro do município, equivalente a 10% da população. 892 famílias – mais ou menos 4.000. UBAN – Atende mulheres em idade fértil e em período de gestação, aproximadamente 30% da população feminina. CAPS – 100% da população, que procura o serviço são atendidas, inclusive os Municípios que fazem parte da microregião (Chapada do Norte, Virgem da Lapa, Coronel Murta, Genipapo de Minas, Francisco Badaró, Berilo e José Gonçalves de Minas). Policlínica – Atende a demanda, mas há uma demanda reprimida. Clinica de Fisioterapia – Atende a demanda, mas também há uma demanda reprimida. Odontologia – Atende apenas crianças e adolescentes (em idade escolar) até 18 anos para tratamento completo e exodontias para adultos. 42) Qual o volume de recursos aportados para a implementação dessa política / programa / ação especifica? Depende do valor do FPM (Fonte de Participação Municipal). 43) Existe relatório anual que seja, acerca da implementação e monitoramento da política / programa e ação? É possível copias desses relatórios? Sim. Estou enviando a cópia. 44) Qual o papel que os conselhos municipais (exemplo: Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural, ou de Educação, ou de Saúde, ou o Conselho tutelar) tiveram na concepção e formulação da política / programa e ação? E qual o papel que vem tendo na sua implementação e monitoramento? Concepção – Aprovação ou não da implementação das ações, programas e políticas. Formulação – Planejamento dentro das necessidades da população. Implementação – Depende da aprovação dos Conselheiros que avaliam as ferramentas de trabalho (humanas e financeiras) e se a ação a ser implementada está dentro das normas do SUS. Monitoramento – Sob responsabilidade da Secretaria Municipal de Saúde e do Conselho Municipal de Saúde (OBS: O Conselho ainda não avançou neste ponto). 45) Na concepção, formulação, implementação e monitoramento dessa política / programa e ação existe o envolvimento das outras secretárias municipais? Sim. Todas elas. E de ONGS? ASSOCIAR. E de outras entidades da sociedade civil (sindicados, associações comunitárias, associações de produtores, artesãos, etc)? UFMG, CEMIG e Pastoral da Criança. E como esse envolvimento acontece, isto é, no âmbito da concepção / formulação e/ou no âmbito da implementação e monitoramento? Acontece o envolvimento dentro dos critérios estipulados pelo convenio/contrato. b) Da Sociedade Civil: GEOB – Grupo Espírita Obreiros do Bem ¾ Distribuição de sopa para 75 famílias cadastradas A distribuição é feita todos os sábados à tarde. A sopa é preparada com recursos próprios de membros do grupo, e com algumas doações. Recebem a Vita Sopa do SERVAS, e esporadicamente ajuda de algum supermercado local. A CBL (Companhia Brasileira de Lítio) contribui com mais freqüência. ¾ Distribuem cestas básicas quando recebem (eventualmente) ¾ É um dos pontos de distribuição de leite do Programa Leite Para a Vida. São 600 litros diários. ARAÇUAÍ-MG ONGs - QUADRO SINTÉTICO Márcio Carneiro dos Reis FÊNIX ASSOCIAR ONG PARTICI FONTES RELAÇÕ PAÇÃO RELAÇÕ MOTIVA AÇÕES EM DE ES COM OBJETIV CONTAT ES COM ÇÃO ORIGEM REALIZ FINANCI O SETOR CONSEL A SOC. PRINCIP OS O ADAS AMENT PÚBLIC HOS CIVIL AL MUNICI O O PAIS Parcerias Parcerias CMS; FUNDO Trabalhar Formação Educação/ Fundo capacitaçã Cristão/Al com o com outras CMDR; CRISTÃO com a de ASAemnaha – Governo ONGs, PARA criança, a lideranças, o; saúde; EUA; Municipal. sobretudo Educação. CRIANÇAS família e o promoção desenv. ENI DE Comunitár Comunida a Pastoral desenvolvi da FÁTIMA, da mento cidadania, io e meio- des; HEOLÍZA, ambiente. Governo e Criança. comunitári da saúde CLAYTON outras inst. o, com o da mulher Estrangeir foco nas e do as. com.rurais direito das crianças. CMDR; Relações Federal: Questões Capacitaçã Incubador Várias, 1998. Conselho dependend Secrt. Nac. diversas a de Profissionais regionais e o de entidades Tutelar da de Econ. Liberais Foi desenvolvi conselheir Empreend. o do Criança e Solidária; da soc. Solidários projeto: os criada pelos mento Estadual: Civil, Adolescen Secretários sustentável municipais capacitaçã Instituto SEBRAE; desde te. Marista; o; ações Municipais municipal, geração PAULO, Apóia a Municipal: outras Instituto de (Heiner) principalm emprego e para HEINER, Secret. ONGs, até formação promoção Telemig renda. Desenvolvi ente. MARIA Educação; sindicatos de Pesquisa. do turismo Celular; mento HELENA Conselhos Des. Ec. e assoc. Sec.Mun rural; Parceiro Econômico Municipai locais e Agroecolo Educação; Sust. e Proj. Sustentável Calhauzin gia; troca SEBRAE EMATER. não locais. s e Sem. Reg. de exper. (Ma.Helena Educadore Com assoc Assistência s em geral Social. AÇÕES ESPECÍF ICAS NA ÁREA DE SAN OBSERVAÇÕES GERAIS Acompanh amento nutricional de gestantes, mães e crianças de 0-6 anos; educação alimentar. Curso SAN p/ agentes locais. Ação em parceria c/ Cáritas (Proj. Calhauzin ho.) Alimentaç ão a partir da prod.: Orgânicos Sua ação está focada no meio rural, para a nutrição maternoinfantil, educação alimentar, promoção da condição da mulher, desenvolvimento comunitário e promoção da produção de alimentos para o auto-consumo. A Fênix constitui-se também em um espaço de diálogo entre o Setor Público e a Soc. Civil organizada. Possui flexibilidade nas ações intersetoriais entre o público e a soc.civil. Preocupação básica é a promoção do desenvolvimento sustentável, através da formação e da integração. CÁRITAS CPCD ONG CONTA TO DORALI CE MOTA CLÉA AMORIM DE ARAÚJO ORIGEM MOTIVA ÇÃO PRINCIP AL UFOP – Univwersida de Federal de Ouro Preto – Prof. Sebastião Rocha. Em Araçuaí: mobilização a partir da ação dos funcionários da Natura Cosméticos. Erradicaçã o da fome. Promoção da educação para a transforma ção social. Igreja Católica. Ação emergencial em função das enchentes de 1979. A partir do Evangelho libertar os oprimidos, evitar a exclusão, e garantir os direitos, sobretudo à cidadania. PARTICI PAÇÃO FONTES RELAÇÕ RELAÇÕ AÇÕES DE ES COM EM ES COM OBJETIV REALIZ FINANCI O SETOR CONSEL OS A SOC. ADAS AMENT PÚBLIC HOS CIVIL O O MUNICI PAIS Parceria Conselho Federal: Cada Transform Projeto Ministério com todas Tutelar da Projeto – ação; Ser Criança e da Justi;ça as Parceiro: melhoria Criança; instituiçõe Adolescen – Projeto UTIda Projeto s de te qualidade Sementinh EDUCACI Paz nas Araçuaí Escolas; de vida; a; Oficina ONAL: cidadania trabalhos Petrobrás; Municipal: para Serparceria criação e e manuais Criança / com gestão do protagonis para Empório mo; adolescent Sementinh Governo a: Muncipal Solidário. es; levantame Prefeitura é pr;ento sócio- Municipal condição. econômico Familiar. Misério – Estadual: Parcerias CMDR, Resgatar a Progr de com fomentand autoconvivênci Alemanha; trabalho Fênix, oo Cáritas – áreas estima das a com o assentame Associar, associativi pessoas semiárido Suiça, Pastoral da smo. Itália; nto nas (Proj comunidad Calhauzin Campanha formação Criança e da lavouras p/ do es. ho); Migrante. constituiçã Fraternida SAN; Municipal: de. o de parcerias unidades em todas a demonstrat Ações ivas. municipais Método Emater. participati vo AÇÕES ESPECÍF ICAS NA ÁRERA DE SAN Promoção aproveita mento de alimentos que sobram nos supermerc ados p/ população; Cozinha experimen tal; Empório Solidário. SAN é a nossa bandeira, associada à questão de gênero. Cxs. D’água, unid. Demonstra tivas e barragens vão nesse sentido. OBSERVAÇÕES GERAIS A figura central é o antropólogo e Secretário da Educação Municipal Tião Rocha. Ações mais significativas focam a educação infantil/ juvenil, com desdobramentos interessantes para ocupação e renda, além de promover a cidadania e a identidade cultural regional. A ONG possui apenas dois técnicos. Organizou recentemente em Araçuaí a I Feira de Economia Popular e Solidária. Sua ação mais significativa está voltada para a convivência com o semi-árido, através do Projeto Calhauzinho e das unidades (de produção) demonstrativas. ONG CONTAT O ORIGEM MARISTAS Maristas. Irmão Evilásio Pop. PARTICI PAÇÃO FONTES RELAÇÕ RELAÇÕ MOTIVA AÇÕES DE ES COM EM ES COM ÇÃO OBJETIV REALIZ FINANCI O SETOR CONSEL OS A SOC. PRINCIP ADAS AMENT PÚBLIC HOS CIVIL AL O O MUNICI PAIS Levar Remediar Grupos de Empresas; Não Parcerias saúde e e produção; Maristas. possui com a melhores conscienti realização objetivame Cáritas condições zar. de oficinas nte Dicocesan Bioenergét de vida nenhuma a. Parceria ica – para o parceria com a medicina povo. estabelecid Pastoral da popular. a, a não Criança Plantio de ser com a está Ervas. Emater. iniciando. AÇÕES ESPECÍF ICAS NA ÁRERA DE SAN Hortas comunitári as, Abastecim ento de água. OBSERVAÇÕES GERAIS Sua ação parece isolada, talvez em função de apenas o Irmão Evilásio estar atuando. Realiza, no entanto, trabalho interessante a população urbana pobre do Município, focada na medicina alternativa (bioenergética, ervas e plantas medicinais), na produção para o autoconsumo (hortas comunitárias) e conscientização política PASTORAL DA CRIANÇA Ma. Das Dores Teixeira e Maristânea P. Santana. Paraná, há mais de 20 anos, através da ação de Zilda Arns. 1998, em Araçuaí. Remediar o elevado grau de desnutriçã o infantil. Garantir a saúde do bebê, da gestante, das mães e das crianças de 0 a 6 anos. formação de líderes comunitári os; geração de renda; caderno do líder; alfabetizaç ão de jovens e adultos/. ANAPAC; UNISCEF CRIANÇ A ESPERAN ÇA. Existia um convênio com a Pref. Municipal, que não foi renovado/ Parcerias com a Associar; Cáritas, para a capacitaçã o em 3 assentame ntos rurais. Só um está funcionan do. participou do Conselho Tutelar. Hoje Não, como também do de saúde, pq. Não foi convidado. vigilância nutricional de mães, gestantes e crianças de o-6 anos; educação alimentar; remédios caseiros; amamenta ção. A Instituição prima pela sua atuação junto à nutrição maternoinfantil e formação da consciência comunitária em relação à SAN. Possui farto material nesse sentido. Sua estrutura administr., no entanto, parece ser bastante rígida, como também sua fidelidade aos princípios da Igreja Católica. Seu funcionamento está baseado no trabalho voluntário. TRABALHADORAS RURAIS COMISSÃO DE ONG CONTAT O ORIGEM A Comissão das Trabalhador as Rurais, é um grupo de mulheres, trabalhadora MÁRCIA – s rurais, que Grupo de foi criada Mulheres pelo STR de Agricultora Araçuaí s. juntamente com a FETAEMG em 95. Movimentos Culturais. MOTIVA ÇÃO OBJETIV OS PRINCIP AL Promoção identidade trabalhado ras rurais;e reforço cidadania. Criação de alternativa s culturais, produtivas políticas e de saúde p/ pop. Excluída. Organizaç ão e emancipaç ão da mulher e das pessoas no meio rural. Desenv. formas de produção e de manejao alternativo AÇÕES REALIZ ADAS Promoção direitos, sexuais, sociais e trabalhista s; Saúde e Nutrição: Plantas medicinais terapias naturais, alternativa s alimentare s;: gênero, meio ambiente, EPS, etc... PARTICI PAÇÃO AÇÕES FONTES RELAÇÕ RELAÇÕ ESPECÍF DE ES COM EM ES COM CONSEL ICAS NA FINANCI O SETOR A SOC. ÁRERA AMENT PÚBLIC HOS CIVIL O O MUNICI DE SAN PAIS O Município apoia a formação do Grupo, como também as diversas articulaçõe s que o permeia, que conforma m uma rede. Moviment CMDR. o do Graal, de BH. Fênix. Rede de Intercâmbi o de Tec. Alternativ as; Articulaçã o Pacari; Rede Cerrado de ONGs. IMS (Instituto Marista de Solidaried ade) Produção hortaliças através de hortas comunit. Estímulo à formação mercados produtos da AF, na valorizaçã o da mulher e da culrtura local. OBSERVAÇÕES GERAIS Ação independente e voluntária, por parte da Márcia, que funciona como uma espécie de elo entre diversas instituições, prestando assessoria e elaborando relatórios. A pessoa de contato é também ligada à Fênix e é referência municipal na ação social crítica, primando pelo fortalecimento da identidade feminina. VISÃO MUNDIAL Guerra da Coréia – jornalista americano Bob Pearce. Migrou da JOÃO ajuda BATISTA emergencia ALVES l p/ DE assistencial SOUZA p/ promoção de atividades. Combate à fome e à miséria, vista a partir de uma perspecti va cultural, ambiental , social, política e econômic a Emprego e renda; autonomi a famílias / M.A. Associati vismo e a Ec. Pop. e Solidária. Identidad e local e regional Hortas comunitár ias. Roças comunitár ias, pequenos animais, artesanato , rec. Hídricos + agrecolog ia; habitação , piscicultu ra Apadrinh amento de crianças por pessoas / empresas; ações comunitár ias. Parcerias com gdes. Empresas no exterior (Ex.: Swiss Re) Mantém parcerias com prefeitura s “confiáve is”. A comunida de (ONGs, Associaç ões) é + determina nte que o S.P. Gestão compartil hada com as comunida des (Conselh o Gestor) CMDR, Fórum de convivên cia com o semiárido e no Comitê de Bacia Hidrográf ica do Araçuaí (participa ção impedida (recursos) Tem como princípio a noção de SAN. Beneficia mento; peixes, combate à desnutriç ão e verminos e; facilitar acesso à água potável Seu escritório central é em Araçuaí, mas atualmente exerce atividades sobretudo em Itinga, município vizinho. Seu foco, além de buscar uma melhor convivência com o semi-árido, está voltado para a promoção da produção local e do desenvolvimento nos aspectos produtivo e de consumo, com efeitos sobre a SAN. SÍNTESE Em geral, A as pessoas ORIGEM (CONTATOS das ONGs ) se que atuam mostrara em m Araçuaí é interessad diversa. as e Uma disponíve apenas is para as nasceu em entrevista Araçuaí – s. Apenas FÊNIX – no caso além do do CPCD Gripo de – eu a Mulheres. entreviste Cinco i um delas têm pouco origem na antes dela ação da sair de Igreja, viagem, sendo além do dessas, fato de três que se Católica mostrou (Pastoral, um pouco Maristas e cética Cáritas) e quanto ao duas conteúdo presbiteria acadêmic na o da (Associar pesquisa) e Visão e no caso Mundial). da O CPCD, Pastoral por fim, da originouCriança se da ação (as de Tião MOTIV AÇÃO comum: inclusão social. Entretant o, é possível distingui r a partir de onde as ONGs se vêem mais motivad as: Educaçã oe Saúde: Pastoral, CPCD, Associar e Maristas ; Produçã o/ Consum o: Fênix, Visão Mundial, Cáritas e Grupo de Mulhere s. Penso que, devido Os OBJETIV OS comuns: formação lideranças: comunidad es rurais (Associar, Visão Mundial e Cáritas); no meio urbano (Maristas); entre adolescent es (CPCD) Entre as mulheres (Grupo de Mulheres); entre os Conselheir os e associaçõe produtivas (Fênix). A Pastoral atua nos meios rural/urban o, mas com uma concepção muito diferencia da (talvez menos politizada) da idéia de líder. Dentre as AÇÕES realizada s, todas passam pela capacitaç ãe p/ meio ambiente . Algumas estão mais voltadas p/ a saúde, educação e desenvol v comunit ário(Ass ociar e Pastoral) Outras p/ a socializa çã e abertura de oportun p/ crianças e adolescs (CPCD) As FONTE S de financ. variam de acordo com a origem e a forma de funciona mento da instituiçã o. Algumas possuem anteparo de inst. Filantróp icas (Cáritas, Associar , Pastoral e Maristas )A Visão Mundial possui tbém esse suporte. O CPCD possui parcerias , Todas as ONGs que atuam em Araçuaí mantêm boas relações o Município , sendo, em conjunto ou não, parceiros em diversas ações. A Cáritas mantém parceria com o Gov. Est. P/ trabalho em assentame ntos rurais e a Fênix, com o SEBRAEMG. No nível Federal, o CPCD mantém uma parceria com o Min. Da Justiça e a Fênix, com a Secret. Nac. de Ec Solidária. Relações interONG parece ser construti va Percebese algumas preferên cias, em função da origem / especific idade do que fazem. Associar c/ a Pastoral e a Fênix c/ a Cáritas (Proj. Calhauzi nho). Na prática, com exceção de projetos específic os (Empóri o Solidário Há intenção generaliza da p/ a participaçã o em Cs. Municipai s, afinada c/objetivos das ONGs Conselho tutelar: CPCD, Associar e Fênix. Saúde: Associar. Educação: Associar. CMDR: Fênix, Associar, Visão Mundial; Gr. De Mulheres. Registrese a participaçã o da Visão Mundial em outros Fóruns: C. De Bacia; Fórum de Conv. c/ semi-árido ea intenção da Fênix em criar outros fóruns. As ações em SAN: nutrição maternoinfantil; educação alimentar p/crianças, jovens e adultos, valorizaçã/ fortalecim ento da condição feminina e da cultura local; promoção de tecnol. Alternativconvivênci a c/ o semi-árido e da produção diversifica da de alimentos p/ autoconsumo; Promoção de acesso a mercados p/produtos locais, envolvend o Qualidade e designação de origem. A atual adm. estimula a ação das ONGs, tendo se conformado em uma espécie de centralidade institucional, referência e ponto de apoio – desigual, é verdade – para a ação da sociedade civil organizada. Não foi possível avaliar a abrangência dessa ação, mas a impressão é que, por mais significativa que seja, seu alcance ainda é pequeno face às necessidades locais, sobretudo no que respeita à SAN. Embora alguns fóruns existam e tenham sido criados, onde o diálogo inter-institucional pudesse acontecer, a integração entre ONGs ainda é muito tímida, o que pode ser atribuído à necessidade de definição de espaços p/ atuação concreta, levando-se em conta origens institucionais distintas. Face a isto, tendo em vista as capacidades técnica e de articulação local e inter-institucional, no setor público e entre este e a Soc. Civil, organizada e não, sugiro que a parceria seja estabelecida c/ a Fênix. c) Do Setor Privado d) Dos Conselhos Municipais: CMDR – Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural CMS – Conselho Municipal de Saúde CMME – Conselho Municipal da Merenda Escolar CMAS – Conselho Municipal de Assistência Social CMCA – Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente CT Conselho Tutelar CM - Conselho Municipal do FUNDEF CMP – Conselho Municipal do Patrimônio Histórico CODEMA – Conselho Municipal de Meio Ambiente Está em fase de implantação o Conselho Municipal da Educação e em fase inicial de discussão, a implantação do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher.