AUTORES QUE MERECEM DESTAQUE Lygia Fagundes Telles (1923) Lygia Fagundes Telles (1923) Herdeira de Clarice Lispector, como adepta da ficção introspectiva, Lygia revela, em sua obra, o gosto pela análise psicológica e pela criação de personagens femininas, normalmente apresentadas em narrativas em primeira pessoa. Com originalidade a autora realiza uma síntese entre uma arguta visão da interioridade feminina e a convincente construção de um mundo objetivo. Lygia Fagundes Telles (1923) Sua matéria-prima são crianças em situação de angústia existencial, pais e filhos em conflito e uma infinita galeria de mulheres de todas as idades vivendo situações de tensão amorosa, solidão e sofrimento. Geralmente, a escritora focaliza um momento particular da vida desses personagens, quando uma dramática percepção da realidade ou densas revelações subjetivas se impõe bruscamente à consciência, arrastando-os à dor e à lucidez. Dalton Trevisan (1925) Dalton Trevisan (1925) Dalton Trevisan é um grande mestre do conto. Por seu humor sutil e corrosivo, pelo despojamento da linguagem e pela visão desencantada sobre a natureza humana, ele vem sendo comparado a Machado de Assis. Os contos de Dalton giram em torno de um assunto quase único: os conflitos de amor. O próprio autor definiu seus relatos como uma “Ilíada conjugal” = Guerra entre homens e mulheres = crueldade e mansidão de ambos os sexos. RUBEM FONSECA (1925) RUBEM FONSECA (1925) Como nenhum outro ficcionista brasileiro das últimas décadas do séc. XX, Rubem consegue registrar a vida urbana moderna naquilo que ela tem de inesperado, pungente (doloroso) e assustador. Rubem é capaz de escrever, com a mesma verossimilhança, marginais e financistas, delegados de polícia e assassinos profissionais, garotas de programa e pobres-diabos que vagam sem destino pelas ruas do Rio de Janeiro. Dois extremos da nação: os que vivem à margem e os que constituem o núcleo privilegiado do sistema. RUBEM FONSECA (1925) Várias de suas histórias (em especial, os romances) possuem a estrutura de uma narrativa policial. Para o autor, mais do que deslindar o ato criminoso, interessa registrar o cotidiano terrível das grandes cidades e pôr a nu os dramas humanos desencadeados pelas ações que rompem a lei e a ordem.