CoccidioseBovina:
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A coccidiose (ou eimeriose) é um problema sanitário de importância econômica
crescente na pecuária brasileira. É uma doença que causa perdas relacionadas ao baixo
desempenho e ao atraso no desenvolvimento, possuindo ainda um fator agravante,
que é a irreversibilidade do quadro em questão devido à destruição das células do
intestino, reduzindo a absorção intestinal de nutrientes por toda a vida do animal.
Dentre as enfermidades dos bovinos com riscos potenciais de provocarem
sérios prejuízos econômicos em confinamentos, a coccidiose tem destaque especial. É
uma enfermidade impossível de ser erradicada, principalmente pelo fato de estar
associada à intensificação na produção animal.
Embora seja mais significativa em animais de um mês a dois anos de idade,
todas as categorias animais podem estar envolvidas. A ocorrência deste parasito
intestinal é associada a condições de estresse dos animais. Assim, condições como a
desmama, transporte, início de confinamento, mudanças climáticas e debilidade
induzida por outras doenças podem induzir surtos da doença, que está associada
normalmente à ocorrência de diarreia, desidratação e perda de peso.
De transmissão fecal-oral, a coccidiose está intimamente associada à
concentração de animais, ambientes contaminados e pouco higiênicos e fatores
estressantes, características muito comuns em sistemas de confinamento. Os bovinos
se infectam através de oocistos esporulados, ingeridos com a água e alimentos
contaminados. A presença de águas estagnadas nas pastagens favorece a
disseminação do parasito. Os oócitos permanecem viáveis por longos períodos em
águas estagnadas e ao serem ingeridos pelos animais, completam o ciclo do parasito.
No intestino dos animais estes oocistos liberam formas infectantes que
penetram na sua parede interna. Nas células intestinais os parasitos evoluem e se
multiplicam, causando lesões que interferem nos processos digestivos. Em infecções
maciças, um grande número de células é parasitado, invadidas e destruídas
provocando perda de superfície epitelial, espessamento da mucosa, hemorragia difusa
e enterite catarral. Essas lesões reduzem a absorção de alimentos pelo intestino e
favorecem a perda de líquidos orgânicos, sangue, proteínas e eletrólitos, levando a
quadros de má nutrição ou baixo desempenho.
A coccidiose pode se apresentar de duas formas: clínica e subclínica. Sendo a
primeira, responsável pelo aparecimento de diarreias, apresentando sangue ou não,
que podem variar de intensidade, ter diferentes durações, acompanhadas de
desidratação e diminuição da ingestão de alimentos. Já a forma subclínica é mais
frequente, sendo responsável pelas perdas econômicas ligadas ao baixo desempenho
dos animais, tornando-se a forma mais preocupante devido à ausência do diagnóstico
preciso pelo produtor. Estas variáveis dependem da individualidade de cada animal e
ainda da espécie de Eimeria em questão. Eimeria zuernii e Eimeria bovis são
consideradas as mais patogênicas para os bovinos, geralmente sendo as espécies
identificadas em surtos. O fator mais preocupante é que mesmo após um animal se
recuperar de um quadro clínico destes, os danos causados ao intestino são
irreversíveis, impedindo assim que o animal expresse ao máximo o seu potencial
genético.
Os prejuízos econômicos das coccidioses estão relacionados com o baixo
desempenho, custos consideráveis com o tratamento e prevenção, predisponência a
outras enfermidades e mortalidade.
O reconhecimento da presença da enfermidade em um rebanho pode ser feito
pelo histórico, sinais clínicos, achados de necropsia e identificação do parasito nas
fezes dos animais.
Dentre as medidas de controle, devem-se considerar os princípios do bom
manejo, das condições higiênicas e da adoção e medidas terapêuticas preventivas. As
condições que induzem ao estresse dos animais devem, sempre que possível, ser
evitadas. Sob estresse, animais que apresentavam a forma subclínica passam a
eliminar grandes quantidades de oócitos, aumentando assim o desafio e a infecção de
novos animais suscetíveis. Na prática da pecuária intensiva isto é um desafio que nem
sempre pode ser atendido satisfatoriamente, principalmente em confinamentos.
As medidas terapêuticas e profiláticas por meio da quimioterapia podem ser
empregadas com sucesso no controle da coccidiose dos animais de produção. Diversas
drogas têm sido utilizadas com sucesso para o tratamento dos animais afetados,
dentre elas a monensina. No entanto, o emprego deste ionóforo tem sido amplamente
empregado na medicação preventiva.
Como os riscos de coccidiose são permanentes e crescentes nos sistemas de
produção de ruminantes, o uso profilático da monensina é uma medida com relação
custo-benefício satisfatória, evitando surtos em rebanhos e os prejuízos econômicos
decorrentes da incidência da doença. A incorporação de monensina no suplemento
mineral ou na ração dos animais tem se revelado bastante vantajosa, tanto sob o
ponto de vista sanitário quanto econômico. O seu uso também diminui
acentuadamente, de maneira indireta, problemas de pneumonia e diarreias por outros
agentes, uma vez que a Eimeria tem ação imunossupressora no gado.
Reconhecer o problema na propriedade e adotar as medidas de controle fazem
parte de um programa sanitário, independentemente do sistema de produção. Numa
época em que é imperativo a diminuição de risco e a maximização do ganho,
incorporar tecnologias de controle da coccidiose é benefício certo. Com esse
pensamento, a Minerthal tem uma ampla gama de produtos com a Monensina em sua
composição, apresentando desde suplementos minerais pronto para uso com esse
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Coccidiose Bovina: como prevenir perdas no