IDENTIFICAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS Um dos aspectos mais delicados na fitoterapia está ligado à identidade das plantas. Por basear-se fortemente em nomes populares, a verdadeira identidade de uma planta medicinal pode variar muito de região para região. A uniformização da nomenclatura botânica faz-se necessária para evitar ambigüidades, que podem trazer riscos à saúde do usuário. Estudos que envolvam as plantas, de maneira geral, devem ser feitos, observando passos que possibilitem sua identificação científica. Esses passos são: coleta, herborização, identificação e registro em herbário de alguma instituição de pesquisa e/ou ensino. As plantas medicinais são normalmente conhecidas por seu nome popular. Uma espécie pode ter várias denominações populares, enquanto que espécies diferentes algumas vezes apresentam a mesma denominação. Casos como o da erva-de-sãojoão (Ageratum conyzoides), que no norte do Brasil corresponde a uma espécie com grande potencial hepatotóxico, no sul, corresponde à outra, com ação antidepressiva (Hypericum perforatum). O uso indevido do Ageratum conyzoides ocasionou casos graves de hepatite. Da mesma forma, o nome erva-cidreira, nos remete a pelo menos três espécies: Cymbopogon citratus, Melissa officinalis e Lippia alba. A correta identificação botânica das plantas medicinais deve ser feita por um profissional habilitado, preferencialmente um Botânico. Porém, na ausência deste profissional, pode-se recorrer a um profissional de saúde, com conhecimento na área ou à literatura específica, onde a classificação da planta seja acompanhada por imagens detalhadas. Para nos ajudar na identificação das espécies da Horta Medicinal do Teuto, solicitamos à Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), a presença da Botânica Andréia F. Silva, que acompanhada por suas estagiárias (Mayara e Daniela), gentilmente nos fez uma visita técnica em 25/10. Durante a visita foram coletadas amostras das espécies cultivadas na horta do Clube. Essas amostras foram encaminhadas ao Herbário da EPAMIG (PAMG/EPAMIG) onde foram herborizadas (confecção de exsicatas) e identificadas. As exsicatas produzidas serão registradas no livro do Herbário e incorporadas ao acervo. A partir dos nomes científicos, determinados pelas botânicas da EPAMIG, serão confeccionadas placas de identificação para as espécies que ainda não as têm.