PLATELIA™ HSV 1 IgG
96 TESTES
72820
DETECÇÃO QUALITATIVA DE ANTICORPOS IgG PARA
HSV 1 EM SORO OU PLASMA HUMANO POR ENSAIO
IMUNOENZIMÁTICO
1. APLICAÇÃO
O ensaio Platelia™ HSV 1 IgG é um ensaio imunoenzimático ELISA indirecto
para a detecção qualitativa de anticorpos IgG para o vírus do herpes simples
do tipo 1 em soro ou plasma humano.
2. VALOR CLÍNICO
O vírus do herpes simples (HSV) é um organismo patogénico comum em
humanos existente em todo o mundo. Foram descritos dois subtipos
serológicos do HSV: o HSV-1 e o HSV-2. O HSV-1 está associado
principalmente a infecções da língua, boca, lábios, faringe e olhos; o HSV-2
está associado principalmente a infecções genitais e neonatais. No entanto,
ambos os tipos podem provocar infecções genitais e o HSV-1 é cada vez mais
reconhecido como o causador dos sintomas genitais. O vírus do herpes
simples é transmitido através do contacto directo com as secreções de um
indivíduo infectado, que poderá, ou não, apresentar sintomas da doença na
altura do contacto. De facto, grande parte das infecções genitais é transmitida
na ausência de sintomas. A infecção primária com o HSV pode ocorrer em
qualquer idade, afectando recém-nascidos, crianças e adultos. Após a
infecção primária, o HSV estabelece uma latência vitalícia nos gânglios dos
nervos sensoriais, provocando a recorrência subsequente dos sintomas
sempre que o vírus latente é reactivado.
As mulheres grávidas que adquiram o HSV do tipo 1 ou do tipo 2 durante a
gravidez podem transmitir o vírus ao bebé antes do nascimento ou durante o
parto. As infecções in utero estão associadas a abortos espontâneos e a
partos prematuros. O maior risco de herpes neonatal ocorre nos bebés cujas
mães contraiam a infecção genital no trimestre final da gravidez. O HSV
congénito e neonatal pode ocorrer com uma infecção por HSV materna,
primária ou recorrente, sintomática ou assintomática e pode provocar
infecções cutâneas, oculares ou orais bem como lesões no sistema nervoso
central.
Nas infecções primárias do HSV, os anticorpos IgM surgem normalmente
entre o terceiro e o sétimo dia após os primeiros sintomas. O título de
anticorpos IgM atinge o seu pico em quatro a seis semanas e normalmente
decai para níveis indetectáveis após dois meses. Por vezes é possível
encontrar anticorpos IgM para HSV nas infecções recorrentes. No entanto, a
produção e a detecção de anticorpos anti-HSV-IgM em pacientes com
infecções recorrentes é menos prognosticável e pode estar relacionada com a
gravidade da infecção. Os anticorpos IgG para HSV surgem normalmente uma
a duas semanas após o início da infecção e persistem a vários níveis durante
toda a vida.
84
Desenvolveram-se diversos procedimentos serológicos para detectar os
anticorpos para HSV. Estes incluem a fixação do complemento, o anticorpo
imunofluorescente indirecto, a neutralização das placas e o ELISA. Quando
comparado com outros testes serológicos, o ELISA revela-se um método
muito específico, sensível e fiável para detectar anticorpos para HSV. No
entanto, muitos desses métodos serológicos de avaliação do sero-estado do
HSV utilizam lisados virais como antigénios. Devido a uma reactividade
cruzada significativa entre o HSV-1 e o HSV-2 e a prevalência muito elevada
da infecção por HSV-1, os ensaios com lisados virais revelam-se incapazes de
diferenciar de forma fiável as infecções por HSV-1 das infecções por
HSV-2 (2). Recentemente, foram desenvolvidos ensaios serológicos
específicos para o tipo de HSV utilizando a diferença significativa existente
entre a proteína gG-1 do HSV-1 e a proteína gG-2 do HSV-2.(2)
O kit PlateliaTM HSV 1 IgG utiliza antigénio gG-1 purificado recombinante,
específico para cada tipo, imobilizado em micropoços para garantir a melhor
especificidade e distinguir com exactidão a infecção por HSV 1 da infecção
por HSV 2.
3. PRINCÍPIO
O ensaio Platelia™ HSV 1 IgG é um teste qualitativo para a detecção de
anticorpos IgG para HSV 1 em soro ou plasma humano utilizando um método
imunoenzimático ELISA indirecto.
Os antigénios gG-1 recombinantes são utilizados para revestir a microplaca.
Um anticorpo polyclonal etiquetado com peroxidase, o qual é específico para
cadeias gama humanas (anti-IgG), é utilizado como conjugado. O teste utiliza
as seguintes etapas:
• Etapa 1
As amostras e controlos dos pacientes são diluídos 1/21 e depois distribuídos
pelos poços da microplaca. Durante esta incubação de uma hora a 37°C, os
anticorpos IgG para o HSV 1 presentes na amostra unem-se ao antigénio HSV
1 revestido nos poços da microplaca. Após a incubação, os anticorpos não
específicos e outras proteínas séricas não ligados são removidos por lavagem.
• Etapa 2
O conjugado (anticorpo polyclonal etiquetado com peroxidase específico para
cadeias gama humanas) é adicionado aos poços da microplaca. Durante esta
incubação de uma hora a 37°C, o anticorpo monoclonal etiquetado une-se ao
soro IgG capturado pelo antigénio HSV 1. O conjugado não ligado é removido
por lavagens no fim da incubação.
85
• Etapa 3
A presença de imunocomplexos (antigénio HSV 1, anticorpos IgG para HSV 1,
conjugado anti-IgG) é demonstrada pela adição em cada poço de uma
solução de desenvolvimento enzimática.
• Etapa 4
Após a incubação à temperatura ambiente (entre +18°C e +30°C), a reacção
enzimática é parada pela adição de uma solução 1N de ácido sulfúrico.
A leitura da densidade óptica obtida com um espectrofotómetro a 450/620 nm
é proporcional à quantidade de anticorpos IgG para o HSV 1 presente na
amostra.
4. INFORMAÇÃO DO PRODUTO
As quantidades fornecidas de reagentes foram calculadas para permitir
96 testes. Todos os reagentes são exclusivamente para utilização em
diagnóstico in vitro.
Etiquetagem
R1
Microplate
Natureza dos reagentes
Microplaca : (pronta para utilização):
12 tiras com 8 poços quebráveis, revestidos
com antigénio recombinante gG-1
R2 Concentrated Solução de lavagem concentrada (20x):
Washing
Tampão TRIS-NaCl (pH 7,4), 2% Tween® 20
Solution (20x) Conservante: < 1,5% ProClin™ 300
Apresentação
1
1 x 70 ml
R3
Negative
Control
Controlo negativo:
Soro humano negativo para anticorpos IgG
para HSV 1 e negativo para antigénio HBs,
anti-HIV1, anti-HIV2 e anti-HCV
Conservante: < 1,5% ProClin™ 300
1 x 0,75 ml
R4
Calibrator
Calibrador:
Soro humano reactivo para anticorpos IgG
para HSV 1 e negativo para antigénio HBs,
anti-HIV1, anti-HIV2 e anti-HCV
Conservante: < 1,5% ProClin™ 300
1 x 0,75 ml
R5
Positive
Control
Controlo positivo:
Soro humano reactivo para anticorpos IgG
para HSV 1 e negativo para antigénio HBs,
anti-HIV1, anti-HIV2 e anti-HCV
Conservante: < 1,5% ProClin™ 300
1 x 0,75 ml
86
Etiquetage
R6
Conjugate
(51x)
R7
Diluent
R9
R10
Nature des réactifs
Conjugado (51x): Anticorpo policlonal
de cabra para cadeias gama humanas
conjugado com peroxidase de rábano.
Conservante: < 1,5% ProClin™ 300
Diluente para amostras e conjugados
(prontos para utilização): Tris-NaCl (pH 7,7),
soro bovino fetal, fenol vermelho
Conservante: < 1,5% ProClin™ 300
Chromogen Cromogénio (pronto para utilização):
TMB
3.3’.5.5’ tetrametilbenzidina (< 0.1%),
H2O2 (<1%)
Stopping
Solution
Solução de paragem (pronta para
utilização):
Solução de ácido sulfúrico 1N
Selantes da placa
Présentation
1 x 0,7 ml
1 x 80 ml
1 x 28 ml
1 x 28 ml
4
Consulte as indicações da caixa para obter informações sobre as condições
de armazenamento e data de validade.
5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
A fiabilidade dos resultados depende da implementação correcta das boas
práticas laboratoriais indicadas a seguir:
• Não utilize reagentes cujo prazo de validade tenha expirado.
• Não misture nem associe dentro de uma dada ocorrência reagentes
provenientes de diferentes lotes.
OBSERVAÇÃO: Para a solução de lavagem (R2, identificação da
etiqueta: 20x cor verde), Cromogénio (R9, identificação da etiqueta:
TMB cor turquesa) e solução de paragem (R10, identificação da
etiqueta: 1N cor vermelha), é possível utilizar outros lotes para além
dos incluídos no kit, desde que estes reagentes sejam estritamente
equivalentes e o mesmo lote seja utilizado dentro da mesma
ocorrência de teste.
OBSERVAÇÃO: Para além disso, a solução de lavagem (R2,
identificação do rótulo : cor verde 20x) pode ser misturada com as
outras 2 soluções de lavagem incluídas nos kits de reagentes Bio-Rad
(R2, identificações dos rótulo: cor azul 10x ou cor laranja 10x) quando
adequadamente reconstituídas, desde que apenas uma mistura seja
utilizada num determinado ensaio.
87
• Antes da utilização, espere 30 minutos para que os reagentes atinjam a
temperatura ambiente (+18°C a +30°C).
• Proceda cuidadosamente à reconstituição ou diluição dos reagentes
evitando possíveis contaminações.
• Não realize o teste na presença de vapores reactivos (vapores ácidos,
alcalinos ou aldeídicos) ou poeira que possa alterar a actividade
enzimática do conjugado.
• Utilize material de vidro bem lavado e enxaguado com água
desionizada ou, de preferência, material descartável.
• A lavagem da microplaca é um passo crucial no procedimento: siga o
número recomendado de ciclos de lavagem e certifique-se de que os
poços enchem completamente sendo, em seguida, completamente
esvaziados. As lavagens incorrectas podem levar a resultados
imprecisos.
• Não deixe a microplaca secar entre o fim da operação de lavagem e a
distribuição dos reagentes.
• Nunca utilize o mesmo recipiente para distribuir o conjugado e a
solução de desenvolvimento.
• A reacção enzimática é muito sensível à presença do metal ou de iões
metálicos. Consequentemente, não permita que nenhum elemento
metálico entre em contacto com as várias soluções que contenham o
conjugado ou o cromogénio.
• A solução de cromogénio (R9) deve ser incolor. A presença de uma cor
azul indica que o reagente não pode ser utilizado, devendo este ser
substituído.
• Utilize uma nova ponta de pipeta para cada amostra.
• Verifique se as pipetas e outros equipamentos possuem um
funcionamento preciso e correcto.
INSTRUCOES RELATIVAS A SAUDE E SEGURANCA
O material de origem humana utilizado na preparação dos reagentes foi
testado e considerado não reactivo para o antigénio de superfície da hepatite
B (HBs Ag), anticorpos para o vírus da hepatite C (anti-HCV) e para o vírus da
imunodeficiência humana (anti-HIV1 e anti-HIV2). Porque nenhum método
pode garantir em absoluto a ausência de agentes infecciosos, manuseie os
reagentes de origem humana e as amostras de pacientes como possíveis
transmissores de doenças infecciosas:
• Qualquer material, incluindo soluções de lavagem, que entre em
contacto directo com amostras ou reagentes contendo materiais de
origem humana deve ser considerado como possível transmissor de
doenças infecciosas.
88
• Utilize luvas descartáveis ao manusear as amostras e os reagentes.
• Não pipete com a boca.
• Evite derrames de amostras ou de soluções que contenham amostras.
Os derrames devem ser lavados com lixívia diluída a 10%. No caso de
derrame de um ácido, este deve ser primeiro neutralizado com
bicarbonato de sódio e depois lavado com lixívia diluída a 10% e seco
com papel absorvente. O material utilizado na limpeza deve ser
eliminado num recipiente de resíduos contaminados.
• As amostras dos pacientes, os reagentes contendo material de origem
humana, assim como os materiais e produtos contaminados devem ser
eliminados apenas após descontaminação:
- por imersão em lixívia a uma concentração final de 5% de hipoclorito de
sódio durante 30 minutos;
- ou por autoclavagem a 121°C durante 2 horas no mínimo.
ATENÇÃO: Não introduza soluções contendo hipoclorito de sódio no
autoclave
• Evite qualquer contacto da solução de paragem com a pele e a
mucosa.
• Os resíduos químicos e biológicos devem ser manuseados e eliminados
de acordo com as boas práticas laboratoriais.
• Todos os reagentes incluídos no kit são exclusivamente para utilização
em diagnóstico in vitro.
Xi - Irritante
Atenção: Alguns reagentes contêm ProclinTM 300 < 1,5%
R43: Pode causar sensibilização no contacto com a pele
S28-37: Após o contacto com a pele, lave imediatamente com
bastante água e sabão. Utilize luvas adequadas
6. RECOLHA, PREPARAÇÃO E ARMAZENAMENTO DO
ESPÉCIME
1. O soro e o plasma (EDTA, heparina ou citrato) são os tipos de amostra
recomendados.
2. Observe as seguintes recomendações para o manuseamento,
processamento e armazenamento das amostras de sangue:
• Recolha todas as amostras de sangue com precaução de rotina
durante a venipunctura.
• No soro, deixe que as amostras coagulem completamente antes da
centrifugação.
• Mantenha sempre os tubos fechados.
• Após a centrifugação, separe o soro ou plasma do coágulo ou glóbulos
vermelhos num tubo de armazenamento bem fechado.
89
• Os espécimes podem ser armazenados entre 2°C e 8°C se o teste for
realizado dentro de 7 dias.
• Se o teste não for concluído ou enviado para transporte dentro de
7 dias, congele as amostras a pelo menos -20°C.
• Não utilize amostras que tenham sido descongeladas mais do que
cinco vezes. Os espécimes previamente congelados devem ser
eficazmente homogeneizados (vórtice) após descongelação, antes de
serem testados.
3. As amostras contendo 90 g/l de albumina ou 100 mg/l de bilirrubina
não conjugada, as amostras lipémicas contendo o equivalente a 36 g/l
de trioleína (triglicerídeo) e as amostras hemolisadas contendo até
10 g/l de hemoglobina não afectam os resultados.
4. As amostras não devem ser aquecidas.
7. PROCEDIMENTO DO ENSAIO
7.1 MATERIAIS NECESSÁRIOS NÃO FORNECIDOS
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Agitador de vórtice.
Leitor de microplacas equipado com filtros de 450 nm e 620 nm (*).
Incubadora de microplaca termostaticamente definida para 37±1°C (*).
Lavador de microplacas automático, semi-automático ou manual (*).
Água destilada ou desionizada esterilizada.
Luvas descartáveis.
Viseira ou óculos de protecção.
Papel absorvente.
Pipetas ou multipipetas automáticas ou semi-automáticas, ajustáveis ou
predefinidas para medir e distribuir 10 µl a 1000 µl e 1 ml, 2 ml e 10 ml.
• Provetas graduadas com capacidade de 25 ml, 50 ml, 100 ml e 1000 ml.
• Hipoclorito de sódio (lixívia) e bicarbonato de sódio.
• Recipiente para resíduos de risco biológico.
• Tubos descartáveis.
(*) Consulte o nosso departamento técnico para obter informações detalhadas
relativamente ao equipamento recomendado.
7.2 RECONSTITUIÇÃO DOS REAGENTES
• R1: Coloque os reagentes durante 30 minutos à temperatura ambiente
(entre +18°C e +30°C) antes de abrir o saco. Retire o tabuleiro de
transporte, volte a colocar imediatamente as tiras não utilizadas no saco
e verifique a presença de dissecante. Torne a selar cuidadosamente o
saco e armazene-o a uma temperatura entre +2°C e 8°C.
90
• R2: Dilua 1/20 de solução de lavagem R2 em água destilada: por
exemplo 50 ml de R2 e 950 ml de água destilada para obter a solução
de lavagem pronta para utilização. Se lavar manualmente, prepare
350 ml de solução de lavagem diluída para uma placa de 12 tiras.
• R3, R4, R5: Dilua 1/21 em diluente (R7) (exemplo: 15 µL de R3 + 300 µL
de R7).
• R6+R7: O conjugado (R6) encontra-se concentrado a 51x e deve ser
homogeneizado antes de ser utilizado. Dilua 1/51 em diluente (R7). Para
uma placa, dilua 0,5 ml de conjugado (R6) em 25 ml de diluente (R7).
Divida estes volumes por 5 para obter o volume necessário para duas
tiras.
7.3 ARMAZENAMENTO E VALIDADE DOS REAGENTES ABERTOS
E/OU RECONSTITUÍDOS
O kit deve ser armazenado a uma temperatura entre +2°C e +8°C. Quando o
kit é armazenado entre +2°C e +8°C antes de ser aberto, cada componente
pode ser utilizado até à data de validade indicada na etiqueta externa do kit.
• R1: Uma vez aberto o kit, as tiras permanecem estáveis durante
8 semanas se forem armazenadas entre +2°C e +8°C no mesmo saco
cuidadosamente fechado (verifique a presença de dissecante).
• R2: Uma vez diluída, a solução de lavagem pode ser guardada durante
2 semanas a uma temperatura entre +2°C e +30°C. A solução de
lavagem concentrada armazenada a uma temperatura entre +2°C e
+30°C, na ausência de contaminação, é estável até à data de validade
indicada na etiqueta.
• R3, R4, R5, R6, R7: Uma vez abertos e sem qualquer contaminação, os
reagentes armazenados a uma temperatura entre +2°C e +8°C são
estáveis durante 8 semanas.
• R6+R7: Uma vez diluída, a solução de acção conjugada é estável
durante 8 horas à temperatura ambiente (entre +18°C e +30°C) ou
durante 24 horas a uma temperatura entre +2°C e +8°C.
• R9: Uma vez aberto e sem qualquer contaminação, o reagente
armazenado a uma temperatura entre +2°C e +8°C é estável durante
8 semanas.
• R10: Uma vez aberto e sem qualquer contaminação, o reagente
armazenado a uma temperatura entre +2°C e +8°C é estável até à data
de validade indicada na etiqueta.
7.4 PROCEDIMENTO
Siga rigorosamente o procedimento de ensaio e as boas práticas laboratoriais.
Antes da utilização, aguarde o tempo suficiente para que os reagentes atinjam
a temperatura ambiente (entre +18°C e +30°C).
91
O uso de poços quebráveis requer uma atenção especial durante o respectivo
manuseamento.
Utilize os controlos negativo, de corte e positivo em cada ocorrência para
validar os resultados do ensaio.
1. Estabeleça cuidadosamente o plano de distribuição e identificação para
os controlos e amostras dos pacientes.
2. Prepare a solução de lavagem diluída (R2) [consulte a secção 7.2].
3. Retire o tabuleiro de transporte e as tiras (R1) dos respectivos
invólucros [consulte a secção 7.2].
4. Dilua os controlos R3 e R5, o calibrador R4 e as amostras dos
pacientes (S1, S2…) em diluente (R7) para obter uma diluição 1/21: 15
µl de amostra e 300 µL de diluente (R7). Agite as amostras diluídas no
vórtice.
5. Seguindo rigorosamente a sequência indicada abaixo, distribua 200 µl
de controlos, do calibrador e amostras de pacientes, diluídos, em cada
poço:
A
B
C
D
E
F
G
H
1
2
R3
R4
R4
R5
S1
S2
S3
S4
S5 S13
S6
S7
S8
S9
S10
S11
S12
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
6. Cubra a microplaca com um selante de placa adesivo e prima
firmemente a placa para assegurar uma selagem perfeita. Incube
imediatamente a microplaca num banho de água controlado por
termóstato ou numa incubadora seca durante 1 hora ± 5 minutos a
37°C ± 1°C.
7. No final da primeira incubação, remova o selante de placa adesivo.
Aspire o conteúdo de todos os poços para um recipiente de resíduos
de risco biológico (contendo hipoclorito de sódio). Lave a microplaca
5 vezes com 350 µl de solução de lavagem (R2). Inverta a microplaca e
passe cuidadosamente o papel absorvente para remover o líquido
restante.
92
8. Prepare a solução de acção conjugada (R6+R7) [consulte a secção 7.2].
Distribua imediatamente 200 µl de solução de acção conjugada
(R6+R7) em todos os poços. A solução deve ser agitada suavemente
antes de ser utilizada.
9. Cubra a microplaca com um selante de placa adesivo e prima
firmemente a placa para assegurar uma selagem perfeita. Incube
imediatamente a microplaca num banho de água controlado por
termóstato ou numa incubadora seca durante 1 hora ± 5 minutos a
37°C ± 1°C.
10. No final da segunda incubação, remova o selante de placa adesivo.
Aspire o conteúdo de todos os poços para um recipiente de resíduos
de risco biológico (contendo hipoclorito de sódio). Lave a microplaca
5 vezes com 350 µl de solução de lavagem (R2). Inverta a microplaca e
passe cuidadosamente o papel absorvente para remover o líquido
restante.
11. Num local escuro, distribua rapidamente em cada poço 200 µl de
solução de cromogénio (R9). Deixe a reacção ocorrer no escuro,
durante 30 minutos ± 5 minutos a uma temperatura ambiente (entre
+18°C e +30°C). Não utilize selante de placa adesivo durante esta
incubação.
12. Pare a reacção enzimática adicionando 100 µl de solução de paragem
(R10) em cada poço. Utilize a mesma sequência e proporção de
distribuição da solução de desenvolvimento.
13. Seque cuidadosamente o fundo da placa. Leia a densidade óptica a
450/620 nm, utilizando um leitor de placa, nos 30 minutos após ter
parado a reacção. As tiras devem sempre ser guardadas longe da luz
antes da leitura.
14. Antes de relatar os resultados, verifique a consonância entre a leitura e
o plano de distribuição da placa e amostras.
8. CÁLCULO E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS
8.1 CALCULO DO VALOR DE CORTE (CO)
O valor de corte (CO) corresponde ao valor médio das densidades ópticas
(DO) dos duplicados do calibrador (R4):
• CO = média da DO R4
8.2 CALCULO DA RAZAO PARA CADA AMOSTRA
O resultado da amostra é expresso por uma razão utilizando a seguinte
fórmula:
• Razão da amostra = DO/CO amostra
93
8.3 CONTROLO DE QUALIDADE
Inclua todos os controlos para cada microplaca e para cada ocorrência e
analise os resultados obtidos. Para a validação do ensaio, devem ser reunidos
os seguintes critérios:
• Valores da densidade óptica:
- CO ≥ 0,300
- 0,80 x CO < DO R4 replicado 1 < 1,20 x CO
- 0,80 x CO < DO R4 replicado 2 < 1,20 x CO
(A DO individual de cada duplicado do calibrador (R4) não deve divergir em
mais do que 20% do valor do CO).
• Razões da densidade óptica:
- Razão R3 (DO R3/CO) ≤ 0,50
- Razão R5 (DO R5/CO) ≥ 1,80
Se estes critérios de controlo de qualidade não forem reunidos, deve repetirse a ocorrência de teste.
8.4 INTERPRETACAO DOS RESULTADOS
Razão da amostra Resultado
Interpretação
Razão < 0,90
Negativo A amostra é considerada não reactiva à presença de
anticorpos IgG para o HSV 1.
0,90 ≤ Razão
Ambíguo A amostra é considerada ambígua relativamente à
presença de anticorpos lgG para o HSV 1. O resultado
< 1,10
deve ser confirmado através de outro teste realizado
numa segunda amostra colhida 4 a 12 semanas após a
amostra inicial.
Razão ≥ 1,10
Positivo
A amostra é considerada reactiva relativamente à
presença de anticorpos IgG para o HSV 1.
No caso de se suspeitar da presença de infecção, pode ser útil a realização de
testes serológicos complementares como a detecção de anticorpos IgM antiHSV para confirmar o diagnóstico.
Uma atenção detalhada deve ser prestada a outros elementos do diagnóstico
para os resultados perto da zona cinzenta.
8.5 GUIA DE DETECCAO E RESOLUCAO DE PROBLEMAS
As reacções não validadas ou impossíveis de repetir são frequentemente
causadas por:
• Lavagens inadequadas da microplaca.
• Contaminação de amostras negativas com soro ou plasma com um
elevado grau de anticorpos.
94
• Contaminação da solução de desenvolvimento com agentes oxidantes
químicos (lixívia, iões metálicos...).
• Contaminação da solução de paragem.
9. DESEMPENHOS
O teste Platelia™ HSV 1 IgG foi avaliado em 2 locais diferentes num total de
726 amostras frescas ou congeladas. Os resultados obtidos com o teste
Platelia™ HSV 1 IgG foram comparados aos resultados obtidos com outros
testes EIA comercializados.
9.1 PREVALÊNCIA
A determinação da prevalência de anticorpos IgG anti-Herpes Simplex, de
Tipo 1, no soro humano, foi avaliada usando um painel de 180 amostras
provenientes de mulheres grávidas. Foram obtidos os seguintes resultados:
37 soros negativos, um ambíguo e 142 positivos. A prevalência foi
estabelecida a 78.8% (142/180) utilizando o teste Platelia™ HSV 1 IgG.
9.2 ESPECIFICIDADE
A especificidade foi determinada num total de 303 amostras:
• no local 1, um painel de 156 amostras provenientes de dadores de
sangue, mulheres grávidas e painéis comerciais (CDC(A) /BBI(B)).
• no local 2, um painel de 147 amostras provenientes de pacientes
hospitalizados.
Em ambos os locais, as amostras foram seleccionadas sobre a base de
resultados negativos obtidos com um teste EIA comercializado e considerado
como referência.
Painel de amostras
Negativos
Ambíguos (1)
Positivos
Especificidade
Local 1
N = 156
154
1
1
99,4%
(154/155)
[96,5%-100%]
Local 2
N = 147
146
0
1
99,3%
(146/147)
[96,3%-100%]
Total
N = 303
300
1
2
99,3%
(300/302)
[97,6%-99,9%]
Os resultados ambíguos foram excluídos para o cálculo da especificidade
IC 95%: Intervalo de confiança de 95%.
(A): Center for Disease Control (Centro de Controlo de Doenças), painel HSV
com diversos títulos (B) BBI
(1)
95
9.3 SENSIBILIDADE
A sensibilidade foi calculada num total de 423 amostras:
• no local 1, um painel de 270 amostras provenientes de dadores de
sangue, mulheres grávidas e painéis comerciais (CDC(A) /BBI(B)).
• no local 2, um painel de 153 amostras provenientes de pacientes
hospita-lizados.
Em ambos os locais, as amostras foram seleccionadas sobre a base de
resultados positivos obtidos com um teste EIA comercializado e considerado
como referência.
Painel de amostras
Negativos
Ambíguos (1)
Positivos
Sensibilidade
Local 1
N = 270
2
3
265
99,3%
(265/267)
[97,3%-99,9%]
Local 2
N = 153
3
0
150
98,0%
(150/153)
[94,4%-99,6%]
Total
N = 423
5
3
415
98,8%
(415/420)
[97,2%-99,6%]
(1)
Os resultados ambíguos foram excluídos para o cálculo da sensibilidade
9.4 PRECISÃO
• Precisão intra-ensaios (repetibilidade):
A fim de avaliar a repetibilidade intra-ensaios, avaliou-se uma amostra
negativa, uma ambígua e uma positiva por 30 vezes durante a mesma série.
Foi determinado o rácio (DO amostra / VC) de cada amostra. A média dos
rácios, Desvio Padrão (DP) e Coeficiente de Variação (%CV) para cada uma
das três amostras são indicados na tabela seguinte:
N=30
Amostra
negativa
Média
DP
% CV
0,72
0,08
10,58%
Amostra
ambígua
Amostra positiva
fraca
Rácio (DO amostra / Valor de corte)
96
1,05
0,06
5,33%
1,36
0,08
5,91%
• Precisão inter-ensaios (reprodutibilidade):
A fim de avaliar a reprodutibilidade inter-ensaios, avaliou-se uma amostra
negativa e três amostras positivas (fraca, média e forte), em duplicado em
duas séries por dia, durante um período de 20 dias. Foi determinado o rácio
(DO amostra / VC) de cada amostra. A média dos rácios, Desvio Padrão (DP) e
Coeficiente de Variação (%CV) para cada uma das quatro amostras são
indicados na tabela seguinte:
N=80
Amostra
negativa
Média
DP
% CV
0,24
0,03
12,1%
Amostra
Amostra positiva
Amostra
positiva fraca
média
positiva forte
Rácio (DO amostra / Valor de corte)
1,69
0,17
10,3%
2,67
0,30
11,1%
3,64
0,29
7,9%
9.5 REACTIVIDADE CRUZADA
110 amostras com características que podiam resultar em reacções não
específicas foram testadas com o teste Platelia™ HSV 1 IgG. Os resultados
são apresentados na tabela seguinte:
Painel
Número de
amostras
Ambíguos (1)
Positivos
Confirmação
dos resultados
positivos por
serologia de
referência
VZV
10
0
7
7/7
CMV
10
0
6
6/6
EBV
10
0
7
7/7
Factor Reumatóide
13
0
8
8/8
Anticorpos heterófilos
(HAMA)
20
0
13
13/13
Anticorpos antinucleares (ANA)
7
0
4
4/4
97
Painel
Número de
Ambíguos (1)
amostras
Positivos
Confirmação
dos resultados
positivos por
serologia de
referência
HHV 6
10
0
9
9/9
HIV
10
0
8
8/8
Papeira
10
0
6
6/6
Sarampo
10
1
6
6/6
TOTAL
110
1
74
74/74
Os resultados ambíguos foram excluídos da avaliação da reactividade
cruzada.
Todos os resultados positivos obtidos com o teste Platelia™ HSV 1 IgG foram
confirmados como positivos com um teste EIA comercializado.
(1)
10. LIMITAÇÕES DO PROCEDIMENTO
O diagnóstico da infecção pelo vírus do herpes simples só pode ser
estabelecido com base numa combinação de dados clínicos e biológicos. O
resultado de um único teste de detecção de anticorpos IgG anti-HSV não
constitui uma prova suficiente para o diagnóstico da infecção pelo vírus do
herpes simples.
11. CONTROLO DE QUALIDADE DO FABRICANTE
Todos os reagentes fabricados são preparados de acordo com o nosso
sistema de qualidade, desde a recepção da matéria-prima até à
comercialização do produto final. Cada lote é submetido a testes de controlo
de qualidade e só é introduzido no mercado quando estiver em conformidade
com os critérios de aceitação predefinidos. Os registos de produção e de
controlo de cada lote são mantidos no seio da Bio-Rad.
98
12. REFERENCES
1. Centers for Disease Control and Prevention. Sexually transmitted
diseases treatment guidelines 2002. MMWR 2002:51 (No. RR-6).
2. Arvin, A, C Prober. Herpes Simplex Viruses. 876-883. In Murray, P, E
Baron, M Pfaller, F Tenover, and R Yolkenet (eds.). Manual of
Clinical Microbiology. 6th Ed. ASM, Washington, D.C.
130
131
Bio-Rad
3, boulevard Raymond Poincaré
92430 Marnes-la-Coquette France
Tel. : +33 (0) 1 47 95 60 00
Fax.: +33 (0) 1 47 41 91 33
02/2008
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PLATELIA™ HSV 1 IgG 96 TESTES 72820 - Bio-Rad