O COMPLEXO AGROINDUSTRIAL DE TOMATE NO BRASIL E A EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO REGIONAL 1990 – 2004 Waldemar Pires de Camargo Filho [email protected] Felipe Pires de Camargo [email protected] INFORMAÇÕES DISPONÍVEIS NOS SITES www.iea.sp.gov.br/out/publicacoes/ie.php Revista Informações Econômicas Desenvolvimento do Sistema Agroindustrial de Tomate junho de 2006 A Cadeia Produtiva de Tomate Industrial no Brasil – nov 2006 Anais do 46ºCBO – Goiânia – Horticultura Brasileira O Complexo Agroindustrial de Tomate no Brasil Evolução da Produção Regional de Tomate Industrial no Brasil http://www.cnph.embrapa.br/paginas/hortalicas_em_numero s/hortalicas_em_numeros.htm PRODUÇÃO MUNDIAL DE TOMATE (indústria e mesa) Em 2003 4,3 milhões de hectares – 113,3 milhões de toneladas – produtividade 26.280 kg/ha Cerca de 30% - Tomate Industrial Área e Produção dos Principais Países Produtores de Tomate In Natura e Industrial, Quantidade Processada e Participação, 1999-2000 Produção Processamento Participação Área C/B (%) C (1000 t) B (1000 t) (1000 ha) 87,22 10.719 12.290 183,0 Estados Unidos 66,04 4.887 7.400 134,5 Itália 21,23 1.550 7.300 173,0 Turquia 0,39 14 3.730 62,0 Espanha 6,99 1.300 18.600 782,0 China 39,52 1.245 3.150 61,0 Brasil 55,71 1.156 2.075 46,0 Grécia 85,83 927 1.080 17,5 Portugal 76,26 938 1.230 19,5 Chile 12,07 5.591,6 46.345 2.278,0 Outros 27,45 28.328,0 103.200 3.756,5 Total Fonte: Production Yearbook, FAO Roma v. 55 , 2001 e MELLO, Paulo C. T. (2001) e SILVA, J País Localização da Produção de Tomate Industrial no Brasil Área Cultivada, Produtividade e Produção de Tomate no Brasil 1990-2005 Área Cultivada, Produtividade e Produção de Tomate no Brasil 1990-2005 Ano Área Produtividade Produção ha kg / ha t 90-94 57.743 41 2.356.619 95-99 65.294 43 2.822.522 57 3.360.945 00-05 59.314 Participação do tomate industrial 2000-2005 - 39% Inclui tomate para consumo in natura e indústria Fonte: IBGE - Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, para 2005 a estimativa considerada foi a de maio EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO DE TOMATE INDUSTRIAL NO BRASIL Histórico do Cultivo do Tomate Industrial A partir do início da década de 1960, no Estado de São Paulo, teve início a produção de tomate rasteiro (sem tutoramento), com objetivo de abastecer a indústria. De maneira que de 1963 a 1973, as industrias paulistas tinham matéria prima originária do plantio de tomate rasteiro, enquanto que o tomate para mesa (envarado ou sem tutoramento) apenas complementava o abastecimento industrial com o excesso de produção. Em 1975, a grande geada dizimou a tomaticultura em São Paulo, faltando matéria-prima para a indústria, que resolveu incentivar o plantio em regiões livres de geadas. Houve decisão conjunta do: governo paulista, industriais e produtores, de que parte do cultivo de tomate deveria ocorrer com especialização para o abastecimento da indústria, utilizando-se de irrigação, localizada ao norte e noroeste do Estado, (Taquaritinga, Monte Alto e Araçatuba). Para avaliar a área a ser plantada, formou-se o Comitê de Agroindústria, que tinha o governo como moderador e com base no custo de produção, definia-se o preço a ser pago aos produtores, a forma e a época de entrega do produto à industria. No período 1968-74, 62,5% do tomate paulista foi destinado ao consumo in natura. No período 1975-81, a participação do tomate para mesa sobre o total foi de 49,8%. Na década de 1980, a produção de tomate industrial é deslocada para o Nordeste e no decênio de 1990, têm-se o crescimento da produção no cerrado e declínio do cultivo no nordeste. Apesar dessa mudança do cenário de produção, o Estado de São Paulo, sempre se manteve como segundo maior produtor de tomate industrial no Brasil. A seguir serão mostradas as produções mundial e brasileira de tomate. A evolução regional do cultivo para indústria por regiões no Brasil e a capacidade de produção do parque industrial. EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO DE TOMATE INDUSTRIAL NO BRASIL 1980 – 1990 Nordeste – PE-BA-CE 1982-1987 São Paulo produziu 58% do total brasileiro Pernambuco e Bahia 42% 1988-1989 Pernambuco e Bahia produziram 50% São Paulo 40% Goiás e Minas Gerais 10% Período 1990 - 2004 Área e Produção de Tomate Industrial, no Brasil por Regiões, 1990-2004 Ano Média 90-94 Média 95-99 Média 00-04 Produtividade 00-04 Taxa Cresc. (%) Contribuição (%) Pernambuco-Bahia São Paulo Área Produção Área Produção ha t ha t 6.964 242.000 7.040 279.752 6.060 178.116 4.449 251.736 1.076 44.540 3.879 268.129 41,4 t/ha 69,1 t/ha -17,03 -16,86 -5,32 -0,32 Área Produtiv. Área Produtiv. 101,01 -1,01 1.661,51 -1.561,51 Cerrado (GO/MG) Brasil Área Produção Área ProduçãoProdutividade t ha t t/ha 6.788 244.800 20.792 766.552 39 8.750 544.855 19.259 974.707 50 13.278 1.016.354 18.233 1.329.023 73 76,5 t/ha 7,41 Área 47,95 15,45 -1,06 5,59 Produtiv. Área Produtiv. 52,05 -18,91 118,91 Fonte: EMBRAPA, cnph, 2004, estimativa indústrias processadoras e IEA-CATI 6,3 Fluxograma 1 – CADEIA AGROINDUSTRIAL DO TOMATE Embalagens Aditivos Coadjuvantes Equipamentos Sementes Fertilizantes Defensivos Máquinas e Equipamentos Setor Agrícola Instituições Setor de Apoio Transporte, Energia, Armazenagem: a frio, convencional Setor de Setor de Primeiro Segundo Processamento Processamento Mercado Consumidor Final e Exportação Mercados: Industrial Institucional Consumidor Final Exportação . Fonte: NUEVO, Paulo A S, ASPECTOS DA CADEIA AGROINDUSTRIAL DO TOMATE , NO BRASIL Informações Econômicas , SP, v.24, n.2, p. 33, fev. 1994. Participação das Empresas, Área e Produção de Tomate Industrial por Região no Brasil, 2003 1 Empresa Área Área Produtividade (ha) % t / ha Produção Produção Regional t UnileverBestfoods (Rio Verde) GO 645 72 46.440 UnileverBestfoods (Goiânia) GO 3.400 82 278.800 UnileverTotal (Cica e Arisco) (%) 22,20 4.045 34,24 80 325.240 35,38 Quero GO 2.500 21,16 70 175.000 19,03 Cirio GO 1.310 11,09 65 85.150 9,26 Olé GO 520 4,40 85 44.200 4,81 Quero/Peto GO 200 1,69 50 10.000 1,09 Agriter GO 500 4,23 90 45.000 4,89 Brasfrigo GO 1.500 12,70 90 135.000 14,68 Só Tomates GO 600 5,08 70 42.000 4,57 Top Seeds GO 100 0,85 65 6.500 0,71 Produtos Dez GO 540 4,57 95 51.300 5,58 Sub Total(GO) 11.815 100,00 78 919.390 100,00 Unilever Bestfoods(Patos) MG 2.490 72,38 87 216.630 76,58 Karambi MG 350 10,17 65 22.750 8,04 BestPulp MG 500 14,53 75 37.500 13,26 Catitu MG Sub Total (MG) 100 2,91 60 6.000 2,12 3.440 100,00 82 282.880 100,00 Parmalat Brasil Ind. Alimentos 2 SP 1.200 36,36 75 90.000 38,14 So-Fruta/Heinz SP 300 9,09 80 24.000 10,17 Guarifrutas SP 500 15,15 70 35.000 14,83 Predilecta SP 400 12,12 70 28.000 11,86 Bebidas Wilson/outros SP 400 12,12 70 28.000 11,86 Kogi Fugita SP 100 3,03 70 7.000 2,97 Outros/São Paulo SP Sub Total (SP) Brasil (%) 400 12,12 60 24.000 10,17 3.300 100,00 72 236.000 100,00 62,75 19,31 16,11 Frutos do Vale NE 500 51,00 25 12.500 46,00 Tambau NE 180 18,00 30 5.400 20,00 NE 980 1.660 31,00 100,00 30 - 26.700 44.600 33,00 - 1,83 19.535 100,00 1.465.170 100,00 100,00 ASA (Palmeron) Sub Total NE Total Brasil (1) Na década de 1990 houve agrupamento de processadoras e marcas no Brasil (2) Segundo a Revista Balanço Anual (2004), A Empresa ocupava oitavo lugar no "ranking" da indústria de alimentos em 2003, enquanto a revista Valor 1000, (2005) mostra que o indicador EBITDA (esse índice mede a capacidade da empresa de gerar recursos próprios para o seu funcionamento), foi negativo em 357,9 , entrando em concordata. Em 2004 esse índice foi de 43,6% (negativo) Fonte: Embrapa-Hortaliças;<http://www.embrapa.cnph.br> e Indústrias processadoras Participação das Marcas no Mercado Brasileiro UnileverBestfoods - Cica e Arisco 40% mercado de extratos e purês 47% mercado de molhos e catchups Parmalat (Etti) – Bombril, Cirio 27% mercado de extratos e purês 24% mercado de molhos e catchups Fonte: SATO, G. S. Palestra Uma Análise da Estrutura de Mercado de Derivados de Tomate no Brasil XXV – SEMAD – Maringá-PR 3 a 7 /10/2005 9p. OBRIGADO! www.iea.sp.gov.b