Mesa 3: Mercado imobiliário e dispersão urbana Novos instrumentos de captação de recursos pelo setor imobiliário e a dinâmica urbana Adriano Botelho Algumas formas de captação de recursos financeiros pelo mercado • FII’s e CRI’s; • Pools de empresários/bancos; • Autofinanciamento: consórcios e cooperativas; 40 Empreendimentos Imobiliários 35 30 25 20 15 10 5 0 3,21 23,39 114,21 278,72 475,31 1137,82 Valor Venal da Terra 2063,76 6118,97 60 Empreendimentos Imobiliários 50 40 30 20 10 0 3,21 23,39 114,21 278,72 475,31 1137,82 Valor Venal da Terra 2063,76 6118,97 Tendências e Possibilidades • FII’s e CRI’s podem vir a ser uma fonte de financiamento de projetos multifuncionais de grande escala e melhor qualidade de projeto • Atualmente, dada a conjuntura macroeconômica (altas taxas de juros), há dificuldades para que deslanchem, e os projetos se concentram em área já valorizadas, buscando maior segurança na rentabilidade. • Deve-se frisar que é uma alternativa para o mercado, não contemplando a grande maioria da população, apesar da potencialidade de seu impacto espacial ser muito considerável. Tendências e Possibilidades • Autofinanciamento: alternativas para a classe média • As cartas de crédito podem contribuir para a produção imobiliária ao fornecer financiamento para a compra do imóvel, acompanhando as tendências do mercado imobiliário. • As cooperativas contribuem para uma dispersão metropolitana da classe média, com empreendimentos de grande escala, mas não apresentam variação arquitetônica e de uso, localizando-se muitas vezes em áreas industriais e horizontais, contribuindo como um elemento a mais para a fragmentação do espaço urbano. Mas, dependendo do uso que lhe for dado, também é uma forma de contemplar as necessidades habitacionais de parte da população. Tendências e Possibilidades • Necessidade de uma atuação do setor público que acompanhe a mudança de escala e localização dos empreendimentos em virtude das maiores potencialidades do setor imobiliário; • Crescente exploração da representação da natureza e da segurança, as “novas raridades urbanas” por parte dos agentes imobiliários; • Elementos que contribuem para a fragmentação do espaço urbano, pois trata-se de uma nova hierarquização dos espaços através do acesso privilegiado a certas áreas valorizadas, possibilitado pelo acesso ao capital financeiro; • Interação entre o mercado imobiliário e o setor financeiro pode alterar a escala e a qualidade dos projetos, contribuindo para a consolidação de técnicas e práticas mais modernas na construção civil.