o agravar, para dar mais facilidades aos patrões e criar mais dificuldades
aos trabalhadores.
Por tudo isso, representantes dos trabalhadores do Sector Químico vão
estar hoje:
A HOVIONE TAMBÉM É RESPONSÁVEL
PELO PROTELAMENTO DAS NEGOCIAÇÕES
E PELO ATRASO DA ACTUALIZAÇÃO
DOS SALÁRIOS
Há muitos meses que as associações patronais vêm inviabilizando a
continuação das negociações do Contrato Colectivo de Trabalho do
Sector Químico (CCTV), cujo acordo global de revisão depende apenas
de escassas matérias.
Acalentando a esperança de que o Governo de Sócrates venha a
concretizar as suas pretensões de alterar o Código do Trabalho, para
poderem pôr em causa o nosso CCTV em vigor e os direitos que ele
consagra, as associações patronais vão protelando as negociações e, com
isso, atrasando também a actualização dos salários.
Com esta sua posição anti-negocial e dado que o custo de vida não pára
de aumentar, as associações patronais estão a provocar uma diminuição
dos salários reais dos trabalhadores e uma degradação insustentável do
seu poder de compra.
A Hovione, como empresa dirigente que é, compete-lhe tomar medidas
junto da associação patronal de que faz parte, para alterar este estado de
coisas, isto é, fazer com que as negociações sejam retomadas e os
salários sejam rapidamente actualizados. Mas, em vez disso, a Hovione
tudo tem feito, isso sim, para pôr em causa o CCTV em vigor e
abusivamente deixar de aplicar os direitos que ele consagra.
Enquanto isto, o Governo de Sócrates, em vez de honrar os seus
compromissos de revogar os aspectos gravosos do Código do Trabalho,
acaba de anunciar, através do chamado Livro Branco, a sua intenção de
•
de manhã, junto da Hovione para reclamar desta empresa dirigente o
prosseguimento do processo negocial, com prioridade para a
actualização dos salários;
•
de tarde, integrados na acção nacional da CGTP-IN:
junto da CIP para contestar a sua atitude retrógrada e
liquidacionista dos direitos consagrados na Contratação
Colectiva;
junto do Ministro do Trabalho para lhe exigir que assuma as suas
responsabilidades na promoção da Contratação Colectiva, que
cumpra os seus compromissos de revogar os aspectos gravosos do
Código do Trabalho e que pare com a sua intenção de o piorar
para lhe introduzir a Flexigurança à Portuguesa, ou seja, para
acabar com o limite do horário diário, para não pagar horas
extras, para facilitar os despedimentos, para reduzir os
salários, para fazer caducar os Contratos Colectivos e (para
facilitar tudo isto) para dificultar o direito de reunião dos
trabalhadores e da própria acção dos Sindicatos nas empresas.
- Pela normalização das negociações do CCTV
- Pelo cumprimento integral dos direitos da
Contratação Colectiva
- Pelo aumento justo dos salários
- Não à Flexigurança à Portuguesa
A LUTA CONTINUA !
Lx, 24/01/08
A Direcção
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A Hovione (dos corpos sociais da APEQ)