Seminário Internacional: Perspectivas de Enfrentamento dos Impactos da Violência sobre a Saúde Pública 27 a 29 de novembro de 2007 O IMPACTO DA VIOLÊNCIA: A QUESTÃO NACIONAL E A QUESTÃO SOCIAL. 1 DR. HUGO SPINELLI ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA VIOLÊNCIA NA CONSTITUIÇÃO DA NAÇÃO ARGENTINA GUERRAS INTERNAS 1810-1860 GUERRA DA TRÍPLICE ALIANÇA. EXTERMINIO DA POPULAÇÃO AFRO-AMERICANA. TTE. GRAL. JULIO ARGENTINO ROCA, E A DENOMINADA CAMPANHA DO DESERTO (18771879). A CRUEL LEI DE RESIDENCIA, A 4144, QUE SEPARAVA PARA SEMPRE AOS TRABALHADORES COMBATENTES DE SUAS FAMÍLIAS, EXPULSANDO-OS À EUROPA (1902). A REPRESSÃO FINAL DOS METALÚRGICOS DE VASENA, NA SEMANA TRÁGICA (1918). FUSILAMENTOS DE TRABALHADORES POR PARTE DE URIBURU (1931). O BOMBARDEIO DA “PLAZA DE MAYO” (1955) OS FUSILAMENTOS SEM JULGAMENTO POR ARAMBURU (1956). A NOITE DOS “BASTONES LARGOS” (1968) O ASSASINATO DE PRISIONEIROS EM TRELEW (1972). A DESAPARIÇÃO, TORTURAS E ROUBO DE CRIANÇAS, A MASSACRE DE ADOLESCENTES NA 2 “NOCHE DE LOS LÁPICES”, OU JOGAR PRISIONEIROS AO MAR (1976-1982) A violência como problema de saúde pública:O terrorismo de Estado na Argentina 1976-1981 RAZÃO ENTRE DESAPARECIDOS PELO TERRORISMO DE ESTADO E MORTOS POR TODAS AS CAUSAS EM GRUPOS DE IDADE SELECIONADOS, “CIUDAD DE BUENOS AIRES” ANO 1976 GRUPO DE IDADE NÚMERO DE DESAPARECIDOS MORTES TOTAIS[i] RAZÃO ENTRE DESAPARECIDOS E MORTES TOTAIS 15-19 55 129 0.4 20-24 233 217 1.1 25-29 138 286 0.5 30-34 84 309 0.3 35-39 59 445 0.1 Fonte: Elaboração propia a partir de dados da “CONADEP” e Estatísticas Oficiais do “Ministerio de Salud de la Nación”. 3 [i] Vale aclarar que as cifras que mostra a categoria de mortes gerais estão incluidas as defunções por causas externas que incluem homicídios, suicídios e acidentes. 4 Pobreza No país havía em outubro 2002 21,4 milhões de pobres Dos quais 10,5 milhões eran indigentes E 9,5 milhões de crianças e adolescentes vivian na pobreza 5 Evolução do Produto Bruto Interno e do nível de emprego Período 1974 - 2002. PBI Tasa de empleo 300.000 40 38,6 39 38 37,4 37,2 37,1 36,9 37 200.000 35,8 35,7 35,3 150.000 36 35 34 34,0 100.000 Tasa de empleo 33 Crisis de la deuda externa 32,8 Crisis Hiperinflacionaria 32 50.000 Efecto Tequila 31 Colapso de la convertibilidad 2002 2000 1998 1996 1994 1992 1990 1988 1986 1984 1982 1980 1978 30 1976 0 1974 PBI (en millones de pesos) 250.000 Fuente: Ministerio de Economia, Secretaría de Política Económica 6 Evolução do mercado de trabalho Total de aglomerados urbanos. Outubro 1974 - 2002 Em porcentagens 45,0 Inactivos Desocupados 35,0 Subocupados 30,0 Ocupados Plenos 25,0 Oct 02 Oct 01 Oct 00 Oct 99 Oct 98 Oct 97 Oct 96 Oct 95 Oct 94 Oct 93 Oct 92 Oct 91 Oct 90 Oct 89 Oct 88 Oct 87 Oct 86 Oct 85 Oct 84 Oct 83 Oct 82 Oct 81 Oct 80 Oct 79 Oct 78 Oct 77 Oct 76 Oct 75 20,0 Oct 74 En porcentajes 40,0 Fuente: SIEMPRO, en base a datos de la EPH, INDEC. 7 Evolução da pobreza e indigência na população “Gran Buenos Aires”. Outubro 1974 - 2002 Em porcentagens 60,0 Población Pobre 50,0 Población Indigente 54,3 47,3 27,9 30,0 24,7 20,0 16,8 16,5 10,0 8,0 7,5 4,4 2,1 Oct 02 Oct 01 Oct 00 Oct 99 Oct 98 Oct 97 Oct 96 Oct 95 Oct 94 Oct 93 Oct 92 Oct 91 Oct 90 Oct 89 Oct 88 Oct-87 Oct-86 Oct-85 Oct-84 Oct-83 Oct-80 0,0 Oct-74 En porcentajes 40,0 Fuente: SIEMPRO, en base a datos de la EPH, INDEC. 8 9 10 11 12 12,0 50 10,0 40 8,0 30 6,0 20 4,0 10 2,0 0 0,0 19 83 19 84 19 85 19 86 19 87 19 88 19 89 19 90 19 91 19 92 19 93 19 94 19 95 19 96 19 97 19 98 19 99 20 00 20 01 20 02 60 Pobreza Homicidios Conurbanos 13 FUENTE: Homicidios: Elaboración propia en base a datos de mortalidad de la Dirección de Estadística e Información de Salud - Ministerio de Salud, y a datos de población del Censo Nacional de Población, Hogares y Viviendas del año 2001 - INDEC Pobreza e Indigencia: Encuesta Permanente de Hogares - INDEC Tasa x 100.000 hab. % de personas Población en condición de Pobreza vs Homicidios (GBA) 30,0 12,0 25,0 10,0 20,0 8,0 15,0 6,0 10,0 4,0 5,0 2,0 0,0 0,0 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 Personas por debajo de la línea de indigencia Homicidios Conurbanos 14 FUENTE: Homicidios: Elaboración propia en base a datos de mortalidad de la Dirección de Estadística e Información de Salud - Ministerio de Salud, y a datos de población del Censo Nacional de Población, Hogares y Viviendas del año 2001 - INDEC Pobreza e Indigencia: Encuesta Permanente de Hogares - INDEC Tasa x 100.000 hab. % de personas Personas en condición de indigencia vs. Homicidios (GBA) RUPTURA CON LAS POLÍTICAS GUIADAS POR LOS DICTADOS DEL CONSENSO DE WASHINGTON. SE IMPULSA UNA POLÍTICA PROACTIVA CON UN MODELO DE DÓLAR ALTO, QUE DEFINE UNA FUERTE RECUPERACIÓN ECONÓMICA 15 EVOLUCIÓN DE LA POBLACIÓN POBRE E INDIGENTE EN PORCENTAJES. TOTAL AGLOMERADOS URBANOS Y GRAN BUENOS AIRES. OCTUBRE 1974- 2° SEMESTRE 2006. Fuente: SIEMPRO (2006). 16 TAXAS DE MORTALIDADE POR HOMICIDIOS. PROVINCIA DE BUENOS AIRES Y “CORDONES* DEL CONURBANO”. 1980, 1991, 2001-2006. 1980 2,1 PROVINCIA DE BUENOS AIRES 1991 2001 2002 2003 2004 2005 3,0 8,5 9,2 9,2 7,2 5,3 2006 5,2 1° CORDÓN 1980 2,3 1980 5,7 1991 5,1 1991 8.0 2001 10,5 2002 12.6 2003 12,2 2004 7,5 2005 5,4 2006 5,0 2001 10.5 2° CORDÓN 2002 2003 2004 9,8 9,3 8,0 2005 5,7 2006 17 5.1 0,490 0,495 0,517 0,503 0,479 0,461 0,500 0,483 0,550 0,526 DESIGUALDAD EN EL INGRESO FAMILIAR. COEFICIENTE DE GINI. 1953-2005 0,407 0,388 0,353 0,356 0,400 0,368 0,450 0,350 0,300 1953 1969/70 1974 1980 1986 1991 1997 2000 2001 2002 2003 2004 2005 18 Fuente: Elaboración propia en base a Minujin A. (1999) y Presidencia de la Nación (2006) Tasa x 100.000 hab. Coeficiente de Gini vs. Tasa de Homicidios. Conurbanos Bonaerenses, 1985-2004 20 0,55 15 0,5 10 0,45 5 0,4 0 0,35 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 Conurbano bonaerense 1 Año bonaerense 2 Conurbano Conurbano bonaerense 4 Coeficiente de Gini Conurbano bonaerense 319 A VIOLÊNCIA FOI UM DOS MEIOS PARA SUBMETER A QUESTÃO SOCIAL NA CONFORMAÇÃO DA NAÇÃO ARGENTINA DURANTE OS SÉCULOS XIX E XX (POVOS ORIGINAIS, MOVIMENTOS DE TRABALHADORES, MOVIMENTOS DE ESTUDANTES, MOVIMENTOS SOCIAIS, PROCESSOS DEMOCRÁTICOS, ETC.). NOS MILHÕES DE POBRES NÃO ASSISTIMOS SOMENTE A UM PROBLEMA DE INIQÜIDADE, ONDE A SOLUÇÃO SERIA UMA MELHOR DISTRIBUIÇÃO, MAS A OUTRA COISA DE MAIOR COMPLEXIDADE E GRAVIDADE, QUE É O PROCESSO DE EXCLUSÃO, ONDE A SOLUÇÃO JÁ NÃO RADICA NA DISTRIBUIÇÃO, PORÉM NA INCLUSÃO. ESSENCIALMENTE, HÁ UM RETORNO À IDÉIA DE NAÇÃO, QUASE COMO NO SÉCULO XIX. ESSA ÚLTIMA CONFIGURAÇÃO, CONSTRUÍDA HISTORICAMENTE, APRESENTA RISCOS CONFORME NÃO POSSAMOS CONSTRUIR CIDADANIA SOCIAL QUE INCLUA A TODOS E TODAS. ¿SERÁ A VIOLÊNCIA NESTE SÉCULO FUNCIONAL E, POR SUA VEZ, CONSTITUTIVA DO PROCESSO DE DESINTEGRAÇÃO DE NOSSAS NAÇÕES COMO FORMA DE RESOLUÇÃO DA QUESTÃO SOCIAL? 20