Primeira Circular
III Simpósio Internacional de Climatologia (SIC)
Mudanças de Clima e Extremos
Avaliação de riscos futuros, planejamento e desenvolvimento
sustentável
Serrano Convention Center and Hotel, Gramado, RS, 24-27 de setembro de 2009
Histórico:
A SBMET, reconhecendo o crescimento da Meteorologia no Brasil, e considerando a
alta demanda por informações e previsões dirigidas aos diversos setores da sociedade,
vem incentivando a organização de eventos de impacto entre os congressos bienais.
Neste contexto, foi realizado I Simpósio Internacional de Climatologia da SBMET, em
Fortaleza no período de 23 a 27 de outubro de 2005. Neste evento foram discutidos os
temas: A Hidroclimatologia e os Impactos Ambientais em Regiões Semi-Áridas. Foram
discutidos aspectos relacionados aos recursos hídricos e à degradação ambiental em
diversas regiões semi-áridas do planeta, além do semi-árido do Nordeste do Brasil. O II
Simpósio Internacional de Climatologia da SBMET, realizado em São Paulo entre 04 e
08 de novembro de 2008, teve como tema “Detecção e Atribuição de Causas para as
Mudanças Climáticas na América do Sul”. Dando continuidade, o III Simpósio será
realizado em Gramado, no período de 24 a 27 de setembro pf.
Objetivos do Evento:
Vários extremos de clima foram observados nos últimos cinco anos como seca no Sul
em 2004-2006, ciclone Catarina em 2004, seca na Amazônia em 2005, chuvas intensas
e enchentes ocorridas no Sudeste e Sul do Brasil, em especial os eventos recentes de
chuvas intensas e inundações em Santa Catarina, que causaram a morte de pelo menos
120 pessoas e perdas econômicas da ordem de centenas de milhões de dólares. Estes
acontecimentos levantaram enorme interesse sobre o tema e questionamentos sobre o
real conhecimento a respeito das mudanças climáticas e mecanismos que possam dar
origem às mudanças na freqüência e intensidade de eventos extremos de clima.
A sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil está fortemente relacionada à
capacidade de resposta a estes desafios e oportunidades associadas às mudanças
climáticas. O Brasil é vulnerável às variações atuais do clima com seus extremos e, mais
ainda, às mudanças climáticas que se projetam para o futuro. A economia brasileira é
fortemente baseada em recursos naturais diretamente dependentes do clima. Nossas
fontes de energia renovável, agricultura e biodiversidade são potencialmente
vulneráveis a essas mudanças. As desigualdades regionais e sociais tornam largos
extratos da população vulneráveis à variabilidade e aos extremos climáticos. O
desenvolvimento sustentável do país depende da busca de adaptação às mudanças
climáticas em todos os setores, além da redução do risco futuro através da mitigação
das emissões.
O tema central do III SIC focará eventos extremos de clima (hidrometeorológicos,
temperatura, circulação) em várias escalas de tempo (sinótica, sazonal, interanual e de
longo prazo, assim como mudanças climáticas), incluindo a detecção e atribuição das
causas destes fenômenos, assim como as dimensões humanas destes extremos. Além
disso, considerar-se-á também o papel dos governos nos aspectos de adaptação da
sociedade a estes extremos e o papel das empresas nas discussões sobre mitigação de
impactos. Serão aceitos estudos sobre o Brasil e América do Sul.
Devem ser abordados temas relacionados à metodologia estatística para a detecção das
mudanças nos extremos, análise da variabilidade natural de baixa freqüência, em
particular os efeitos da variabilidade decadal e multi-decadal, efeitos associados à
mudança de uso da terra (desmatamento, ilha de calor, áreas irrigadas, grandes
reservatórios), aerossóis e a influência do aumento da concentração de gases de efeito
estufa, projeções de extremos no futuro e estimativas de incertezas. O III SIC deverá
produzir resultados que serão apresentados em fóruns governamentais e em publicações
especializadas.
Formato do Evento:
Palestras e apresentação de trabalhos na forma de apresentações orais (plenárias e
apresentações curtas), discussões em mesas redondas e pôsteres. Os pôsteres serão
afixados durante todo o evento, com uma sessão geral de apresentação.
Palestrantes convidados:
-Dr. Carlos Nobre, Chair do IGBP, chefe do CCST-INPE
-Dr. Jose A. Marengo, CCST-INPE
-Dr. Pedro Silva Dias, LNCC, IAG/USP
-Dr. Walter Collischon, IPH-UFRGS
-Dr. Carolina Vera, UBA-CIMA, Argentina
-Dr. Matilde Rusticucci, UBA-CIMA, Argentina
-Dr. Vicente Barros, UBA-CIMA, Chair IPCC GT2, Argentina (a confirmar)
-Dr. Gillian Kay, UK Hadley Centre (a confirmar)
-Dr. Mario Nuñez, UBA-CIMA, Argentina
Organização:
O comitê científico é composto por:
Dr. Jose A. Marengo (CCST-INPE, Chair)
Dr. Carlos A. Nobre (CCST-INPE)
Dr. Tercio Ambrizzi (IAG-USP)
Dr. Enio Pereira de Souza (UFCG)
Dr. Pedro Silva Dias (IAG/USP e LNCC)
Dra. Alice Grimm (UFPR)
Dr. Everaldo Barreiro de Souza (UFPA)
O comitê organizador é composto por:
Dra. Regina C. S. Alvalá (CCST-INPE, Chair)
Ms. Viviane R. Algarve (CCST-INPE)
Eng. William Escobar (CPTEC INPE)
Ms. Denise Barreto (UFRJ)
Ms. Cacilda Aravequia (CPTEC INPE)
M. Simone Ferraz (UFSM)
Temas a serem abordados (serão abordados como apresentações orais e pôsteres):
1.
2.
3.
4.
5.
6.
Variabilidade natural de eventos extremos de clima.
Variabilidade de baixa freqüência: ciclos decadais e multidecadais.
Previsão de extremos climáticos.
Métodos estatísticos e estocásticos para detecção de mudanças climáticas.
Papel da mudança de uso da terra, aerossóis e extremos.
Estudos de detecção de mudanças climáticas e atribuições das causas na América do
Sul.
7. Projeções de extremos em cenários futuros de clima e análises de incertezas.
8. Desastres naturais e associações com a ocorrência de extremos em várias escalas de
tempo.
Mesas redondas: Serão planejadas algumas mesas redondas (vide temas abaixo), tendo
como convidados cientistas, tomadores de decisões, representantes de empresas, público,
etc.
1. As chuvas e enchentes em Santa Catarina, em novembro de 2008.
2. Dimensões humanas das mudanças climáticas e risco de extremos.
3. O papel das empresas e indústrias na mitigação das mudanças climáticas.
4. Incertezas na modelagem de extremos e repasse de informações aos tomadores de
decisões.
Informações sobre datas de envio de abstracts, agendas, valor das inscrições e outras
serão fornecidas na Segunda Circular.
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