Os Lusíadas Epopeia portuguesa – Luís Vaz de Camões Ana Branco e Teresa Domingues Luís Vaz de Camões e Os Lusíadas • Poeta que viveu pobre e infeliz • No entanto, o seu talento falou mais alto e durante uma viagem à Índia iniciou a produção da epopeia • Os descobrimentos portugueses e a chegada ao «novo reino que tanto sublimaram» no Oriente, foram os estímulos determinantes para a tarefa, desde há muito ambicionada - redigir o épico português. • Camões dedicou a sua obra ao rei D. Sebastião de Portugal. Ana Branco, Teresa Domingues Os Lusíadas Camões e a Obra • Na era do renascentismo e início da época moderna, sentia-se a necessidade de fazer renascer o género épico. Houve tentativas de vários poetas mas a sua concretização não fora atingida. • Camões surge na hora exacta. • O seu poema nascerá da convergência de duas forças: - O desejo de se fazer renascer o género épico; - A necessidade de se enaltecer os feitos heróicos dos portugueses, capazes de ultrapassar a fama dos Gregos e dos Romanos. Ana Branco, Teresa Domingues Os Lusíadas Porquê uma Epopeia? • Uma epopeia é uma narrativa em verso; • É uma história que é apresentada em forma de poema; • As epopeias glorificam feitos heróicos e grandiosos, enaltecendo também os seus autores. Ana Branco, Teresa Domingues Os Lusíadas Os Lusíadas • Publicada pela primeira vez em 1572 (período literário do classicismo); • A obra canta e enaltece os feitos heróicos do povo português, sendo a descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama, a acção central da Epopeia; • São descritos outros episódios da história de Portugal, sempre glorificando o povo luso; • É uma obra de carácter renascentista. Ana Branco, Teresa Domingues Os Lusíadas Estrutura da Obra • Estrutura Externa (análise formal do poema): • Obra composta por 10 cantos e 1102 estrofes; • Canto em estâncias de oito versos (oitavas) • Cada verso é constituído por 10 sílabas métricas (decassílabo); • Esquema rimático fixo - AB AB AB CC. Ana Branco, Teresa Domingues Os Lusíadas Estrutura da obra • Estrutura interna (conteúdo do texto) • Proposição – onde o poeta apresenta o resumo da sua obra, incluindo os objectivos • Invocação – Quando Camões invoca as ninfas do Tejo (tágides) • Dedicatória – o sujeito poético dedica a obra ao rei D. Sebastião • Narração – Inicia-se na estrofe 19 do canto I e nela Camões descreve a viagem marítima para a Índia e outras façanhas dos portugueses • Epílogo – Conclusão da obra Ana Branco, Teresa Domingues Os Lusíadas Planos Temáticos da Obra • Plano da Viagem; • Plano da História de Portugal; • Plano da Mitologia; • Plano do Poeta. Ana Branco, Teresa Domingues Os Lusíadas Tema • O herói desta epopeia é colectivo, os Lusíadas, ou os filhos de Luso, os portugueses; • Narra-se a história de um Portugal orgulhoso, de um povo ousado, em que navegadores são heróis recentes da pequena nação, homens capazes de extraordinários feitos • Enaltece-se de Vasco da Gama, a quem se devia o descobrimento da rota para o oriente numa viagem árdua e arriscada, vencendo inúmeras batalhas contra reinos muçulmanos em terras hostis; • Viagem épica usada como história central da obra. Ana Branco, Teresa Domingues Os Lusíadas Narradores • Luís de Camões • Vasco da Gama • Paulo da Gama • Fernão Veloso Descrição da Narrativa Canto I O Consílio dos Deuses / A ilha de Moçambique e o piloto mouro Canto II Cilada em Mombaça / Chegada a Melinde Canto III Egas Moniz / Batalha de Ourique / Dinastia de Borgonha / Inês de Castro / D. Fernando Ana Branco, Teresa Domingues Os Lusíadas Descrição da Narrativa Canto IV Batalha de Aljubarrota / Expansão portuguesa / O velho do Restelo Canto V Fernão Veloso / O Adamastor Canto VI Os doze de Inglaterra / A tempestade Ana Branco, Teresa Domingues Os Lusíadas Descrição da Narrativa Canto VII Canto VIII Painel da história de Portugal / Tratado com o Samorim Canto IX A ilha dos Amores Canto X A profecia da Sirena / A máquina do mundo Ana Branco, Teresa Domingues Os Lusíadas