Lusíadas/Mensagem O texto épico • do grego “epos”, canto ou narrativa; • composição narrativa, em verso ou em prosa, que, em estilo elevado, canta uma acção heróica passada. Desde a Antiguidade, o texto épico recebe o nome de epopeia , traduz as façanhas ou o espírito de um povo e que tem interesse para esse povo e para a Humanidade. Lusíadas – exemplo de uma epopeia. • escrita por Luís V. de Camões • nesta obra, o poeta, cantou os feitos gloriosos dos • portugueses que deram início ao grande império que se estendeu pelos diversos continentes. a história dos Portugueses, anunciada como tema nas primeiras estrofes do poema, é contada dispersa e fragmentariamente por várias personagens, umas humanas, quando se trata de factos passados ( que cabem na memória dos homens), outras divinas quando se trata de acontecimentos futuros (que os homens ainda não conhecem). Lisboa de Quinhentos/Portugal da segunda metade do século XVI Lisboa vive a sorte das grandes cidades da Europa. Pelas ruas circulam mercadores de especiarias e ourives de todo o mundo. O Tejo era uma babel de barcos e, no cais, as línguas dos marinheiros eram uma nota permanente que fazia da mais ilustre cidade do reino uma terra de viagens. Mas Portugal da segunda metade do século XVI é já caracterizado pela decadência e início da ruína económica. Foi já no agonizar do Império português do Oriente que Camões escreveu “Os Lusíadas”, evocando um passado recente, que o deslumbra ainda, mas já envolto em nostalgia. Épico-lírico – pressupõe a junção da concepção narrativa e da grandiosidade do assunto do texto épico com a função emotiva e a subjectividade do texto lírico. Resulta da fusão de elementos épicos com uma componente lírica capaz de exprimir os sentimentos ou os pensamentos íntimos do Eu. Mensagem – exemplo de um texto épicolírico. Fernando Pessoa cantou o fim do império territorial, procurando incentivar o aparecimento de um império de língua, de cultura e de valores Mensagem é mítica e simbólica. Surge tripartida, a traduzir a evolução desde a sua origem, passando pela sua fase adulta até à morte, a que se seguirá a ressurreição. Fernando Pessoa procura aí anunciar um novo império civilizacional. O intenso sofrimento patriótico leva-o a antever um império que se encontra para além do material Quatrocentos anos depois a decadência nacional tornara-se uma constante – e é meditando longamente sobre ela, congeminando sobre o sebastianismo e o mito do Quinto Império, observando a mesquinha sociedade portuguesa do findar da monarquia e da primeira República que Fernando Pessoa concebe o caminho apontado pela Mensagem .