ENSINO MÉDIO
REDE ESTADUAL DE ENSINO
DP – SUEPRO
SEDUC - RS
“Pensar um projeto de educação articulado com um projeto de sociedade
não excludente,
Pensar um Ensino Médio que se desvie da dualidade (educação
propedêutica x formação profissional),
Pensar uma educação que tenha o ser humano como
centro e não
o mercado (de trabalho).”
(Malhão, 1990, p. 3)
PROPOSTA PEDAGÓGICA PARA O
ENSINO MÉDIO POLITÉCNICO
E
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
INTEGRADA AO ENSINO MÉDIO
2011-2014 2
Um Ensino Médio que contemple a qualificação, a articulação com o
mundo do trabalho e práticas produtivas, com responsabilidade e
sustentabilidade e com qualidade cidadã.
Um Ensino Médio politécnico que tem por base na sua concepção
a dimensão da politecnia, constituindo-se na articulação das áreas
de conhecimento e suas tecnologias com os eixos: cultura,
ciência, tecnologia e trabalho enquanto princípio educativo.
A execução desta proposta demanda uma formação
interdisciplinar,
partindo do conteúdo social, revisitando os
conteúdos formais
para interferir nas relações sociais e de
produção
na perspectiva da solidariedade e da valorização
da dignidade humana.
Um Ensino Médio que oportunize e se
empenhe na construção de
projetos de vida pessoais e coletivos
que garantam a inserção social e
produtiva com cidadania.
No Rio Grande Do Sul...
 Ensino Médio Politécnico
 Ensino Médio Curso Normal
 Educação Profissional Integrada ao Ensino Médio
* Concomitância Interna
* Concomitância Externa
 Educação Profissional Técnica de Ensino Médio na
forma Subsequente.
Acesso a escolaridade nas Modalidades: Educação
de Jovens e Adultos, Educação Especial, Educação
Indígena, Educação do Campo e Educação de
Quilombolas.
1. 1 - ANÁLISE DIAGNÓSTICA DO ENSINO MÉDIO
A escolaridade líquida idade-série : 53,1%
 A defasagem idade-série :
30,5%
Ainda no Ens. Fundamental
108.995
Índices de abandono
Índice de reprovação
13%
21,7%
Matrículas:
turno da manhã
turno da tarde
turno da noite
 279.570
até 17 anos
74.939 superior a 17 anos
 84.000 jovens fora da escola
354.509
184.255
53.598
115.666
78,9%
21,1%
14,7%
Área de abrangência
Estadual
Área de abrangência 1ª
CRE
1.053 escolas – 793 ensino médio
104 curso normal,
151 cursos profis.
259 escolas – 68 Ensino Médio
04 Curso Normal
.... Cursos profis.
24.763 professores
2.016 atuam no curso normal,
2.037 no ensino profissional
22.747 somente no Ensino Médio.
Infraestrutura das escolas: demandas
construção ou reforma de quadra de
esportes (139)
laboratório de ciências (103);
laboratório de informática (87);
biblioteca (9);
cozinha (9);
acessibilidade (320)
5.185 professores
390 atual no curso normal
403 no ensino profissional
4.392 somente no Ensino Médio.
Infraestrutura das escolas: demandas
construção ou reforma de quadra de
esportes
laboratório de ciências
laboratório de informática
biblioteca
cozinha
acessibilidade
Desafio e compromisso:
Reconstrução
curricular:
áreas
de
conhecimento
Prioridades:
1. Valorização do magistério – questão salarial, carreira e
formação inicial e continuada;
2. Recuperação da rede física das escolas;
3. Reconstrução curricular.
2- ENSINO MÉDIO ETAPA FINAL DA EDUCAÇÃO BÁSICA
A educação básica tem por finalidade desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum
indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhes meios para progredir no trabalho e
em estudos posteriores (BRASIL, Lei nº 9.394/1996, Art. 22).
I – a consolidação e aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental,
possibilitando o prosseguimento de estudos;
II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de
modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou
aperfeiçoamentos posteriores;
III - o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e
desenvolvimento da autonomia intelectual e pensamento crítico;
IV - a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos,
relacionando teoria e prática, no ensino de cada disciplina (BRASIL, Lei nº 9.394/1996, Art.
35).
O ENSINO MÉDIO deve ter uma base unitária sobre a qual
podem se assentar possibilidades diversas como
preparação geral para o trabalho ou facultativamente,
para profissões técnicas;
na ciência e na tecnologia, como iniciação científica e
tecnológica;
na cultura como ampliação da formação cultural
(CNE/CEB, Resolução nº 04/2010, Art. 26, § 1º).
Articulação entre as áreas de conhecimento e seus
componentes curriculares com as dimensões Ciência,
Cultura, Tecnologia e Trabalho.
Incorporação dos fundamentos científicos
atividades profissionais que as sustentam.
as
Contextualização - Antes de aprender algum oficio nos
seus aspectos práticos e imediatos, é fundamental a
mediação política para sua contextualização como
fenômeno histórico e suas perspectivas futuras.
2.1 ENSINO MÉDIO POLITÉCNICO
 Tem em sua concepção a base na dimensão politécnica;
 aprofundamento da articulação das áreas de conhecimentos e suas tecnologias,
com os eixos Cultura, Ciência, Tecnologia e Trabalho;
 a apropriação e a construção de conhecimento embasa e promove a inserção
social da cidadania.
2.2 ENSINO MÉDIO – CURSO NORMAL
 Tem em sua concepção a dimensão profissionalizante na formação de
professores para a educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental.
 compreensão do que é aprender, de como se aprende e onde se aprende,
 construção de conhecimento decorre da relação com o outro e com o objeto
a ser conhecido;
 entendimento da infância em seu processo social e histórico e da criança na
situação de sujeito de direitos.
Educação Indígena
Educação Especial
Educação de Jovens e Adultos
Educação de Quilombolas
Educação do Campo
3 TRABALHO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO
 O trabalho como ação dos seres humanos construindo sua sobrevivência, é
responsável pela formação humana e pela constituição da sociedade.







PELO TRABALHO – O HOMEM
produz conhecimento,
desenvolve e consolida a concepção de mundo,
conforma as consciências,
viabiliza a convivência,
transforma a natureza, constrói a sociedade
e faz história.
 O trabalho, como princípio educativo, implica em compreender a
formação de dirigentes e trabalhadores, formas de organização e
gestão da vida social e produtiva em cada época.
 As formas tayloristas/fordistas como organização da sociedade, utilizam a
pedagogia da memorização, da repetição, de conhecimentos fragmentados.
• Com a microeletrônica, trabalho e vida social se modificam,
pela dinamicidade e pela instabilidade a partir dos avanços na
ciência e da tecnologia.
• Pensar substitui o fazer – o raciocínio lógico formal, o domínio
das formas de comunicação, flexibilidade para mudar,
capacidade de aprender permanentemente e resistência ao
estresse.
Mudanças no mundo do trabalho - novas demandas
para a educação, um novo princípio educativo e o trabalho
psicofísico passa a trabalho intelectual.
Esse novo princípio educativo é fundamental na escola, sua
função precípua é ensinar a compreender e a transformar a
realidade a partir do domínio da teoria e do método
científico.
• Se o saber fazer podia se aprender na prática, com pouca
escolaridade, o trabalho intelectualizado demanda uma
formação escolar sólida de qualidade, em especial para os
trabalhadores para quem a escola é o único espaço possível de
relação intencional com o conhecimento sistematizado.
• O mundo do trabalho, em decorrência das novas tecnologias de
base microeletrônica, amplia o desemprego, a precarização e a
intensificação de trabalho.
• PARA A ESCOLA - UM NOVO DESAFIO: desenvolver
consciências críticas capazes de compreender a nova
realidade e organizar-se para construir a possibilidade
histórica de emancipação humana.
3.1 POLITECNIA
 O princípio educativo do trabalho retoma a concepção de politecnia,
compreendida como domínio intelectual da técnica.
 O Ensino Médio Politécnico, não profissionaliza, mas está enraizado no
mundo do trabalho e das relações sociais,
promovendo a formação
científico-tecnológica e sócio-histórica, pelo protagonismo do aluno.
 supõe novas formas de seleção e organização dos conteúdos a partir da
prática social, contemplando o diálogo entre as áreas de conhecimento;
 supõe a primazia da qualidade da relação com o conhecimento, sobre a
quantidade de conteúdos apropriados de forma mecânica;
 Supõe a primazia do significado social do conhecimento sobre os
critérios formais inerentes à lógica disciplinar.
•A politecnia implica na integração dos conteúdos de formação geral e
de formação profissional;
•O ponto de partida para essa construção são os processos de trabalho
objetos da formação;
•Superar a lógica disciplinar e a superposição de conteúdos gerais e
específicos, para que sejam empregadas novas formas de seleção e
organização dos conhecimentos .
3.2 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO E DE CURRÍCULO
 [...] um processo humano, histórico, incessante, de busca de
compreensão, de organização, de transformação do mundo
vivido e sempre provisório; a produção do conhecimento tem
origem na prática do homem e nos seus processos de
transformação da natureza (SMED, 1999, p. 34).

O currículo é concebido como o conjunto das relações
desafiadoras das capacidades de todos, que se propõe a resgatar
o sentido da escola como espaço de desenvolvimento e
aprendizagem, dando sentido para o mundo real, concreto,
percebido pelos alunos e alunas. Conteúdos são organizados a
partir da realidade vivida pelos alunos e alunas e da necessidade
de compreensão desta realidade, do entendimento do mundo.
 Epistemológica
A base epistemológica refere-se à compreensão do modo de produção
do conhecimento, que se dá pela relação entre sujeito e objeto em
circunstâncias históricas determinadas; em decorrência desta relação,
o homem é produto das circunstâncias, ao mesmo tempo em que as
transforma. A transformação social é fruto da coincidência entre
transformação das consciências e das circunstâncias. Em decorrência,
não há aprendizagem sem protagonismo do aluno, que constrói
significados pela ação.
 Filosófica
A escola será compreendida e respeitada em suas especificidades
temporais e espaciais, ou seja, históricas; o currículo será organizado
para atender, consideradas essas especificidades, as características
próprias dos educandos em seus aspectos cognitivos, afetivos e
psicomotores, e o trabalho pedagógico será flexível para assegurar o
sucesso do aluno;
 Sócio-antropológica
O currículo deverá considerar os significados socioculturais
de cada prática, no conjunto das condições de existência
em que ocorrem; esta dimensão fornece os sistemas
simbólicos que articulam as relações entre o sujeito que
aprende e os objetos de aprendizagem;
 Sociopedagógica
O currículo deverá considerar a relação entre
desenvolvimento
e
aprendizagem;
promover
o
desenvolvimento intelectual na relação com o mundo;
compreender a escola como espaço de trabalho cooperativo
e coletivo.
4 PRINCÍPIOS ORIENTADORES ....ESCOLHAS CURRICULARES...
4.1 RELAÇÃO PARTE-TOTALIDADE NA PROPOSTA CURRICULAR
 A compreensão de fatos e realidades amplas e complexas, a
partir da escolha de conteúdos curriculares, demanda uma
relação constante entre a parte e a totalidade.
 Totalidade significa um todo estruturado e dialético, do qual ou
no qual um fato ou conjunto de fatos pode ser racionalmente
compreendido pela determinação das relações que os
constituem (KOSIK, 1978).
 A contemporaneidade do conhecimento que
compreender a realidade e sua construção histórica.
possibilita
 A articulação das partes compõe a realidade. Constitui-se como
processo de transitar entre conhecimentos científicos e dados de
realidade, viabilizando a construção de novos conhecimentos,
responsáveis pela superação de dificuldades .
4.2 RECONHECIMENTO DE SABERES
 As práticas sociais como origem e foco do processo de conhecimento da realidade, o
diálogo como mediação de saberes e de contradições e a transformação da realidade
pela ação dos próprios sujeitos.
 O reconhecimento que o saber popular como ponto de partida para a produção do
conhecimento científico.
 Reconhecimento que a compreensão da realidade supõe a superação do senso comum
mediante a democratização do acesso ao conhecimento sistematizado.

 O conhecimento científico universalmente sistematizado deve estabelecer diálogo
com indivíduos, grupos e suas realidades, para a superar o senso comum, se
constituir com significado que motive a sua apropriação
 A escola é o espaço do diálogo dos diferentes saberes, reconhecendo seu poder de
transformar a realidade, mas também os seus limites, que refletem as desigualdades
de acesso ao conhecimento e à cultura.
 A prática pedagógica comprometida, enfrentando as desigualdades define o caráter
político da educação. Isto significa colocar a práxis pedagógica nos espaço das lutas
sociais pela emancipação do ser humano.
4.3 TEORIA-PRÁTICA
A relação teoria prática é um processo contínuo de
fazer, teorizar e refazer.
 A teoria constituída por ideias, hipóteses que levam a
representações abstratas, constrói os conceitos que somente
serão consubstanciados na prática.
 A teoria separada da prática social vira palavra vazia e sem
significado.
 A prática, exclusivamente considerada, é mera atividade,
execução de tarefas, reduzida a um fazer repetitivo que pode se
traduzir em automação, ação destituída de reflexão.
 A prática que não se sustenta no conhecimento torna-se
imobilista e conservadora.
 O diálogo entre teoria e prática é o fundamento da
transformação da realidade, consciente de sua condição sóciohistórica, e de suas determinações sociais.
4.4 INTERDISCIPLINARIDADE
 Disciplina: uma divisão didática do conhecimento que se caracteriza
por ter objeto, linguagem e metodologia específicos. A fragmentação
do conhecimento acompanha o preceito que o todo, dividido em
partes, tem como objetivo facilitar a aprendizagem. O tratamento
disciplinar do conhecimento, quando única estratégia de organização
do conhecimento, tem se mostrado insuficiente para a solução de
problemas reais e concretos.
 O relacionamento das áreas de conhecimento e dos saberes para a
resolução de problemas advém do resgate de visões epistemológicas e
práticas de pesquisa que trabalham o objeto do conhecimento como
totalidade, com interferência de múltiplos fatores, pressupostos
estabelecidos a partir dos avanços científicos e tecnológicos
contemporâneos.
 A compreensão que os problemas não são resolvidos apenas
à luz de uma única disciplina ou área do saber desmistifica a
ideia, ainda predominante, da supremacia de uma área de
conhecimento sobre outra.
• A interdisciplinaridade se origina no diálogo das
disciplinas.
• A comunicação é instrumento de interação com o objetivo de
desvelar a realidade.
• A interdisciplinaridade é um processo que exige uma atitude de
interesse em conhecer, um compromisso com o aluno e ousadia
para tentar o novo em técnicas e procedimentos.
• A interdisciplinaridade articula o estudo da realidade
e produção de conhecimento com vistas à
transformação.
• Possibilidade de solução de problemas, pois carrega de
significado o conhecimento para a mudança da realidade.
• Viabiliza o estudo de temáticas transversalizadas, aliando
teoria e prática, por meio de ações pedagógicas integradoras.
• Tem como objetivo, numa visão dialética, integrar as áreas de
conhecimento e o mundo do trabalho.
4. 5 AVALIAÇÃO EMANCIPATÓRIA
 Opção por práticas democráticas;
 Práticas e decisões democráticas se legitimam na participação
e se qualificam na reunião de iguais e diferentes, na
organização de coletivos, na intermediação e superação de
conflitos e na convivência com o contraditório.
 Eixo fundamental do processo de aprendizagem;
 Parte da realidade;
 Sinaliza os avanços do aluno em suas aprendizagens;
 Aponta os meios para superação das dificuldades;
 Oportuniza reflexão e revisão das práticas da escola.
 Permite rever a prática da avaliação como classificação,
seleção e exclusão, com mudança de paradigma.
4.6 PESQUISA
 Novas gerações tem a curiosidade por conhecer e transformar o
mundo.
 A transformação de indivíduos em sujeitos autônomos,
demanda compreender-se no mundo e construir sua atuação
visando à transformação da realidade próxima e a mais coletiva,
considerando a sua necessidade e dos demais.
 A pesquisa é o processo que garante a apropriação da realidade,
assim como projeta possibilidades de intervenção. Alia o caráter
social e o protagonismo dos sujeitos pesquisadores críticos e
reflexivos.
 A pesquisa na prática pedagógica garante a construção de novos
conhecimentos, a partir da articulação e análise de seus
resultados com o acúmulo científico das áreas de conhecimento,
para dar conta da necessidade ou realidade a ser transformada.
 5.1 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO
POLITÉCNICO
O Currículo do Curso de Ensino Médio Politécnico será desenvolvido em três
anos, com 3000 horas(2400 antes). Este acréscimo, dividido nos
três anos, se traduzirá por possibilidades de estágios ou
aproveitamento de atividades em situações de emprego formal ou
informal, e seu conteúdo passa a compor os projetos
desenvolvidos nos seminários integrados como parte do currículo
do curso. Acréscimo
de 600 horas.
1° ano
2° ano
3° ano
TOTAL
Formação
Geral
750h
500h
250h
1.500h
Parte
Diversificada
250h
500h
750h
1.500h
1.000h
1.000h
1.000h
3.000h
TOTAL
• As proporções de distribuição das cargas horárias dos dois
blocos, formação geral e parte diversificada não são rígidas,
permitindo aproximações quando da elaboração e distribuição de
carga horária pelas áreas de conhecimento na matriz curricular que
integra o Projeto Político Pedagógico da Escola. Essa distribuição visa
assegurar um processo de ensino e aprendizagem contextualizado e
interdisciplinar.
• Entende-se por formação geral (núcleo comum), um trabalho
interdisciplinar com as áreas de conhecimento com o objetivo de
articular o conhecimento universal sistematizado e contextualizado
com as novas tecnologias, com vistas à apropriação e integração com
o mundo do trabalho.
• Entende-se por parte diversificada (humana – tecnológica –
politécnica), a articulação das áreas do conhecimento, a partir de
experiências e vivências, com o mundo do trabalho, a qual apresente
opções e possibilidades para posterior formação profissional nos
diversos setores da economia e do mundo do trabalho.
• A articulação dos dois blocos do currículo, por meio de
projetos construídos nos seminários integrados, se dará
pela interlocução, nos dois sentidos, entre as áreas de
conhecimento e os eixos transversais, oportunizando
apropriação e possibilidades do mundo do trabalho.
• Os Seminários Integrados constituem-se em espaços
planejados, integrados por professores e alunos, a
serem realizados desde o primeiro ano e em
complexidade crescente. Organizam o planejamento, a
execução e a avaliação de todo o projeto político-pedagógico, de
forma coletiva, incentivando a cooperação, a solidariedade e o
protagonismo do jovem adulto.
• A realização dos seminários integrados constará na carga
horária da parte diversificada, proporcionalmente distribuída
do primeiro ao terceiro ano, constituindo-se em espaços de
comunicação, socialização, planejamento e avaliação das
vivências e práticas do curso.
• Na organização e realização dos seminários integrados, a equipe
diretiva como um todo e, especificamente, os serviços de supervisão e
orientação educacional, têm a responsabilidade de coordenação geral
dos trabalhos, garantindo a estrutura para o seu funcionamento.
• A coordenação dos trabalhos, que organiza a elaboração de projetos,
por dentro dos seminários integrados, será de responsabilidade do
coletivo dos professores, e entre eles será deliberada e designada,
considerando a necessária integração e diálogo entre as áreas de
conhecimento para a execução dos mesmos. Além disso, o exercício
da coordenação desses trabalhos, sob a forma rotativa, oportunizará
que todos se apropriem e compartilhem do processo de construção
coletiva da organização curricular.
• Além disso, deverá ser destinado um percentual da carga horária dos
professores – um de cada área do conhecimento, para ser utilizado no
acompanhamento do desenvolvimento dos projetos produzidos
nos seminários integrados.
• O desenvolvimento de projetos que se traduzirem por práticas,
visitas, estágios e vivências poderão também ocorrer fora do
espaço escolar e fora do turno que o aluno frequenta. Para
tanto, deverá estar prevista a respectiva ação de
acompanhamento executada por um professor.
• Os projetos serão elaborados a partir de pesquisa que explicite
uma necessidade e/ou uma situação problema, dentro dos eixos
temáticos transversais.
• Na perspectiva de garantir a interdisciplinaridade, a
distribuição da carga horária da formação geral (base comum
nacional), na proporção que lhe cabe em cada ano do curso,
contemplará, equitativamente, os componentes curriculares das
áreas do conhecimento.
 I – Áreas de Conhecimento
1- Linguagens e suas Tecnologias;
2- Matemática e suas Tecnologias;
3- Ciências Humanas e suas Tecnologias;
4- Ciências da Natureza e suas Tecnologias.
II – Eixos Temáticos Transversais para a Parte Diversificada
1- Acompanhamento Pedagógico;
2- Meio Ambiente;
3- Esporte e Lazer;
4- Direitos Humanos;
5- Cultura e Artes;
6- Cultura Digital;
7- Prevenção e Promoção da Saúde;
8- Comunicação e Uso de Mídias;
9- Investigação no Campo das Ciências da Natureza;
10- Educação Econômica e Áreas da Produção.
5.2 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO CURSO
NORMAL
 O Ensino Médio – Curso Normal visa oportunizar a formação de
professores a partir da compreensão do que é aprender, de como se
aprende e onde se aprende, considerando que construir
conhecimento decorre da relação com o outro e com o objeto a ser
conhecido. Ao mesmo tempo, possibilitar ao aluno ou à aluna o
entendimento da infância em seu processo social e histórico e da
criança na situação de sujeito de direitos.
 O currículo do Ensino Médio – Curso Normal será desenvolvido em
três anos, com 3.000 horas, sendo que, do total, 400h
correspondem ao estágio obrigatório. Cada ano do curso está
organizado em blocos de áreas de conhecimento, enfoque ou
temáticas, cujo planejamento coletivo dos professores desencadeará
ações dos educandos na nova organização de tempos e espaços,
pequenos e grandes coletivos consagrados na educação infantil e
nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
• No primeiro ano se caracterizará por uma relação teoria-prática,
em que a prática se dará na reflexão sobre o cotidiano da escola em
relação aos referenciais teóricos.
• No segundo ano se caracterizará por uma relação teoria-práticateoria, em que se realizarão pequenas práticas de regência de classe,
tendo como preocupação a formação do professor pesquisador.
• No terceiro ano, o primeiro semestre se caracterizará por um
processo de reflexão-ação, em que a reflexão se dará sobre a ação do
aluno enquanto educador, ou seja, realizando pequenas práticas
pedagógicas; e, no segundo semestre, o estágio obrigatório se
caracterizará por uma nova ação teorizada, refletida do alunoprofessor.
• No decorrer dos três anos a previsão de realização dos
seminários integrados deverá constar na carga horária,
proporcionalmente distribuída do primeiro ao terceiro ano,
constituindo-se em espaços de comunicação, socialização,
planejamento e avaliação das vivências e práticas pedagógicas do
curso.
• Na organização e realização dos seminários integrados, a equipe
diretiva como um todo e, especificamente, os serviços de supervisão e
orientação educacional, têm a responsabilidade de coordenação geral
dos trabalhos, garantindo a estrutura para o seu funcionamento.
• A coordenação dos trabalhos, que organiza a elaboração de projetos,
por dentro dos seminários integrados, será de responsabilidade do
coletivo dos professores, e entre eles será deliberada e designada,
considerando a necessária integração e diálogo entre as áreas de
conhecimento para a execução dos mesmos. Além disso, o exercício
da coordenação dos trabalhos, de forma rotativa, oportunizará que
todos se apropriem e compartilhem do processo de construção
coletiva da organização curricular.
• Pelos projetos construídos nos seminários integrados se dará a
interlocução, nos dois sentidos, entre as áreas de conhecimento e os
enfoques ou temáticas, oportunizando apropriação e possibilidades
das práticas pedagógicas.
 Além disso, deverá ser destinado um percentual da carga horária
dos professores para ser utilizado no acompanhamento do
desenvolvimento dos projetos produzidos nos seminários
integrados.
 O desenvolvimento de projetos que se traduzirem por práticas,
visitas, estágios e vivências poderá ocorrer também fora do espaço
escolar e fora do turno que o aluno frequenta. Para tanto, deverá
estar prevista a respectiva ação de acompanhamento executada
por um professor.
 Os projetos serão elaborados a partir de pesquisa que explicite
uma necessidade e/ou uma situação problema, dentro dos
enfoques ou temáticas.
 Na perspectiva de garantir a interdisciplinaridade, a distribuição
da carga horária contemplará, equitativamente, as áreas do
conhecimento e os enfoques ou temáticas.
 I – Áreas de Conhecimento: Base Comum Nacional
 Linguagens e suas Tecnologias (conhecimentos expressivos/de
comunicação; Língua Portuguesa, Literatura, Artes, Língua Estrangeira
Moderna, Educação Física);
 Matemática e suas Tecnologias (conhecimentos lógico-matemáticos);
 Ciências da Natureza e suas Tecnologias (conhecimentos físicos,
químicos e biológicos);
 Ciências Humanas e suas Tecnologias (conhecimentos filosóficos,
geográficos e sócio-históricos).
 II – Parte Diversificada:Enfoque ou Temática
 Educação e Conhecimento: base filosófica, psicopedagógica e sócioantropológica (Psicologia da Educação e da Aprendizagem, Sociologia da
Educação, Filosofia da Educação, História da Educação, Desenvolvimento
Cognitivo, Desenvolvimento Neuromotor, Antropologia, Educação Especial);
 Conhecimento específico da Educação Infantil e do Ensino
Fundamental: Literatura Infantil, Arte-Educação – Cênicas, Plásticas e
Música, Expressão Dramática, Recreação e Jogos, Música, Nutrição,
Puericultura, Enfermagem, Conhecimento Lógico Matemático, Psicogênese
da Leitura e da Escrita, Fundamentos da Psicomotricidade, Desenvolvimento
da Linguagem, Planejamento – Organização do Ensino, Legislação, Estrutura
e Funcionamento do Ensino, Didáticas e Pesquisa.

• O Curso Normal – Aproveitamento de Estudos –
poderá ser oferecido ao egresso do Ensino Médio. Deverá
ter a duração de 1.600 horas, já incluídas as 400h do
estágio profissional obrigatório. Nesse caso, o primeiro ano
se caracterizará por uma relação teórico-prática, em que a
prática se dará na reflexão crítica sobre o cotidiano da
instituição em relação a referenciais teóricos. O segundo
ano se caracterizará por um processo de ação-reflexão-ação,
em que a reflexão se dará sobre a ação do aluno enquanto
educador, e o estágio, por uma nova ação teorizada refletida
pelo aluno educador.
• A operacionalização desta proposta, como matriz curricular
se efetivará a partir de um processo de construção coletiva,
que integrará Seduc (órgão central), Coordenadorias
Regionais de Educação, escolas e comunidades.
5.3 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
-Relação conhecimentos específicos com formação geral.
-Desenvolvimento local com eixo organizador da metodologia.
-Construção da Educação Profissional Integrada ao Ensino Médio nas 73
escolas com cursos concomitantes .
- Matriz curricular: ruptura com a hierarquia dos conteúdos.
- Parecer CNE/CEB 39/2004: curso integrado proposta curricular única e
matrícula única.
- Carga horária total entre 3.000 e 3.200 horas, num período entre 3 a 4
anos, considerando os perfis dos cursos.
- Seminário Integrado: integração entre as diferentes áreas.
- Estágio supervisionado: etapa de articulação entre conhecimento teórico
para responder às demandas do exercício da profissão.
6 METAS
6.1 METAS DO ENSINO MÉDIO POLITÉCNICO E
ENSINO MÉDIO CURSO NORMAL
Para o acompanhamento da implantação da proposta de
reestruturação curricular do Ensino Médio, a Secretaria de
Estado da Educação estabelece as seguintes metas e
indicadores:
• Universalização do acesso ao Ensino Médio Politécnico, com
qualidade social, até 2014;
• Aumento gradativo da taxa de aprovação e permanência nas
escolas de Ensino Médio na medida da implantação da
reestruturação curricular, de 2012 a 2014;
• Ressignificação do Ensino Médio Politécnico e Ensino Médio Curso Normal, através da reestruturação curricular, de 2012 a
2014;
 Aprovação, pelo Conselho Estadual de Educação, de Regimento
Padrão para o Ensino Médio Politécnico, decorrente da proposta
de reestruturação curricular do Ensino Médio - até dezembro de
2011;
 Implantação gradativa da reestruturação curricular nas escolas
de Ensino Médio da rede estadual, iniciando em 2012 com o 1º
ano;
 Formação continuada para os professores do Ensino Médio com
vistas à implantação e implementação da reestruturação
curricular, de 2012 a 2014;
 Articulação de ações entre o Departamento Pedagógico e
Superintendência da Educação Profissional, com vistas à
implantação do Educação Profissional Integrada ao Ensino
Médio nas escolas de Ensino Médio, de 2012 a 2014;
 Desenvolvimento de projetos de Iniciação Científica nas Escolas
de Ensino Médio, envolvendo Professores e Alunos, de 2012 a
2014.
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Ensino Médio - Escola Técnica Estadual Parobé