LABORATÓRIO DE REDAÇÃO – 2014
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PROPOSTA I (Enem)
Redija uma dissertação, desenvolvendo o seguinte tema: “A fome num mundo de abundância e a necessidade de intervir”.
TEXTOS DE APOIO
Texto I
Muitas vezes, tomamos conhecimento de movimentos nacionais e internacionais de luta contra a fome. Ficamos sabendo
que, em outros países e no nosso, milhares de pessoas, sobretudo crianças e velhos, morrem de penúria e inanição. Sentimos
piedade. Sentimos indignação diante de tamanha injustiça (especialmente quando vemos o desperdício dos que não têm fome
e vivem na abundância). Sentimos responsabilidade. Movidos pela solidariedade, participamos de campanhas contra a fome.
Nossos sentimentos e nossas ações exprimem nosso senso moral.
Marilena Chauí, filósofa.
Texto II
Em todo o mundo joga-se fora ou perde-se, por ano, 1,3 bilhão de toneladas de alimentos, o equivalente a um terço da
produção total e mais da metade da colheita de cereais. Num cenário em que a população do planeta deve saltar dos atuais
7 bilhões para 9 bilhões de habitantes até 2050, impõe-se a revisão urgente dos padrões de consumo e de produção alimentar.
Assim, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e
Agricultura (FAO) decidiram lançar uma campanha de conscientização para tentar reduzir o desperdício que se verifica, em maior
ou menor grau, em todos os países.
O Estado de S. Paulo, 02/02/2013
Texto III
De acordo com um levantamento da FAO (sigla em inglês para “Food and Agriculture Organization”, agência especializada
das Nações Unidas destinada a lidar com assuntos como este), apesar do número ainda grande de famintos, atualmente por
volta de 1 bilhão de pessoas, pela primeira vez em quinze anos o número total de pessoas em situação de insegurança alimentar
registrou queda de 10%. Outro dado positivo é que, atualmente, as chamadas fronteiras da fome, ou seja, o conjunto de países
com problemas crônicos de distribuição alimentar, vem diminuindo.
www.infoescola.com, acesso em setembro de 2013
PROPOSTA II (Enem)
Texto I
CYBERANONIMATO
Eugênio Bucci
www.gamara.com.br/loja/blog/1/login.php?action=create_account
No Brasil, o anonimato é proibido em todas as formas de publicações. Está na letra da lei, no inciso IV do artigo 5.º
da Constituição Federal, em palavras muito claras e muito simples: “É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o
anonimato”. Com o advento da Internet, porém, o quadro deixou de ser tão claro e tão simples. Na realidade digital, a letra da
lei talvez seja letra morta.
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
OSG.: 079366/14
Laboratório de Redação – 2014
As tecnologias digitais abriram muitas portas para manifestações de autores que se escondem, se esquivam, escapam a
qualquer forma de identificação. Não por acaso, um dos movimentos mais ativos na rede mundial de computadores responde
justamente pelo nome de Anonymous, congregando ativistas que adotaram por símbolo uma curiosa máscara branca, onde vai
estampado um risonho rosto masculino, de moustache, em evocação a um personagem qualquer dos quadrinhos. Em certos
círculos digitais, o anonimato, mais que a exceção, é a regra. Há ferramentas para isso. O navegador Google Chrome concede
ao seu usuário a abertura de uma “janela anônima”. Trata-se, como se vê, de um serviço ao alcance de qualquer um do público.
Isso é mau? Difícil dizer. Antes de ser uma conduta necessariamente pérfida ou dolosa, o expediente de quem oculta
o próprio nome pode ser uma estratégia legítima e, às vezes, uma estratégia de sobrevivência. Na história da democracia, não
foram poucas as ocasiões em que a ocultação do nome do autor contribuiu para a expansão das liberdades. O filósofo inglês
John Locke (1632-1704) vivia exilado na Holanda sob nome falso, quando publicou anonimamente sua Carta Sobre a Tolerância,
em 1689. Hoje sua obra é reverenciada como um alicerce da noção essencial de que a fé religiosa de cada um é assunto pessoal,
privado, não podendo ser determinada pelo poder estatal. Graças ao anonimato, não nos esqueçamos. Não fosse o recurso de
sonegar aos leitores seu nome verdadeiro, é possível que Locke nunca tivesse conseguido publicar sua Carta Sobre a Tolerância.
Bem sabemos que na Internet ninguém é John Locke. As formas de estelionato de opinião proliferam em variações tão
criativas quanto malignas. A cada eleição, pipocam blogs e sites apócrifos dedicados exclusivamente a enxovalhar a honra alheia,
sob o patrocínio cínico de candidatos graúdos, que fingem que não é nada com eles. Isso não quer dizer que não existam os
bons anônimos. Eles existem. Usam em segredo as redes sociais para denunciar desmandos em regimes autoritários e também
em regimes ditos democráticos. Mesmo sem ser John Locke, ajudam a civilização.
O que fazer? Como resolver o problema do anonimato na rede? Seria possível e seria desejável regulá-lo? Em tempo: será
que isso é de fato um problema? O assunto tende a ganhar mais e mais projeção nas discussões públicas.
(...)
Texto adaptado para fins de vestibular e disponível na íntegra em
<http://avaranda.blogspot.com.br/2013/04/ cyberanonimatoeugeniobucci.html>. Acesso em: 19/05/2013.
Proposta – O texto do jornalista Eugenio Bucci explora pontos positivos e negativos sobre o tema Anonimato na Internet.
Com base nessa exposição e nos seus conhecimentos adquiridos ao longo do Ensino Médio, construa um texto dissertativoargumentativo concordando ou não com as ideias apresentadas pelo autor e, apresentando, ao fim, proposta de solução.
PROPOSTA III (Outros vestibulares)
CRÔNICA
Crônica é um gênero narrativo ficcional de breve extensão, no qual são apresentados fatos cotidianos a partir da visão
do narrador. Trata-se de uma modalidade condensada, com a presença de poucas personagens, pouca ação e tempo e espaço
reduzidos. Com base nessas características, elabore uma crônica em 3ª pessoa do singular, explorando a seguinte ideia:
Um transeunte está circulando pelo centro da cidade. Em meio à correria, percebe uma mochila, colocada estrategicamente
por entre as raízes de um árvore. Ele se aproxima, mas teme tocar naquele objeto. Nisso, outra pessoa se aproxima, pega o mochila,
a abre e vê que ali tem muitos, muitos pacotes de notas novinhas de cem reais. Qual será a reação dessa pessoa? Como o outro
sujeito interpretará essa situação? As pessoas que circulam pelo local perceberão essa movimentação?
Lembre-se de que você deverá relatar as ações e reações das personagens para enfrentar essa situação, com base no
tema “A inversão de valores e a banalização de conceitos fundamentais na sociedade atual”. para isso, deverá construir
argumentos que justifiquem as atitudes dos personagens. A crônica deverá apresentar:
• sequência de fatos que mantenham entre si relação de causa e efeito;
• conflito – oposição de interesses que criará uma tensão em torno da qual se organizarão os fatos narrados, prendendo a
atenção do leitor;
• clímax, ou seja, seu ponto máximo, o momento de maior tensão da história;
• desfecho (também denominado desenlace ou conclusão) – a solução do conflito: a parte final, que pode se caracterizar,
por exemplo, como boa, má, surpreendente, trágica, cômica, feliz etc.
Duílio: 05/02/2014 – Rev.: RR
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OSG.: 079366/14
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