AGENDA 21 ESCOLAR: A EXPERIÊNCIA DA ESCOLA MUNICIPAL JÚLIO PASA – FOZ DO IGUAÇU - PR 1 BORBA, Rosani; NOBRE, Eliane; DAHLEM, Roseli Bernardete & CERUTTI, Iracema Maria 2 1 1 1 SMMA - [email protected]; [email protected]; [email protected] 2 Escola Municipal Júlio Pasa - [email protected] A Agenda 21 foi um dos documentos adotados na Conferência do Rio, em 1992, e consiste num plano de ação trans-setorial que engloba um conjunto de estratégias, visando atuar nas dimensões sociais, econômicas e ambientais, que se dá pelo incentivo à criação, por parte de autoridades e instituições (locais, regionais, nacionais e internacionais), de instrumentos que possibilitem atingir um desenvolvimento sustentável em todos os países. Neste mesmo encontro cada país signatário ficou responsável por construir sua Agenda 21 envolvendo todos os setores da sociedade e buscando atender a equidade social, econômica e política. Além do governo federal, os governos estaduais e municipais também são responsáveis por construir suas Agendas 21 locais, incentivando todos os setores da sociedade a participarem do movimento de construção e a construírem agendas em suas áreas de atuação ou área de convivência. Nesse contexto surge o movimento de construção de Agendas 21 escolares, universitárias, de bairros, de associações, de comunidades rurais, entre outros. Partindo dessa realidade e da demanda por formação de comunidades de aprendizagem, enquanto círculos de aprendizagem, gerada pelo coletivo educador da Bacia do Paraná 3 e entorno do Parque Nacional do Iguaçu, é que a Escola Municipal Júlio Pasa iniciou o processo de construção da sua Agenda 21 escolar. A metodologia utilizada baseou-se no documento Com-Vida do MMA/MEC e nas oficinas do Futuro do Instituto ECOAR para a Cidadania, tendo sido adaptada ä realidade do ensino fundamental de 1ª a 4ª séries. Houve a participação de toda a comunidade escolar, tanto alunos e funcionários da escola quanto da comunidade do entorno, o que aproximou ainda mais os atores sociais nesse espaço educativo. Através do trabalho coletivo de diagnóstico foram levantados os eixos: comportamento entre os alunos e destes com a estrutura da escola, a estrutura física da escola e necessidade das questões ambientais estarem mais presentes no trabalho pedagógico. Como propostas para tais demandas, foram organizados momentos de formação, tendo como base o documento planetário a Carta da Terra; informações sobre a situação socioambiental e econômica do município; trabalho sobre a coleta seletiva de resíduos; reuniões com o gestor municipal; oficinas de saúde e alimentação. Com isso, todos e todas envolvidas deram contribuições e o trabalho pedagógico passou a focar mais as questões levantadas no diagnostico, a comunidade foi envolvida em trabalhos em grupo visando a geração de renda e melhoria da qualidade de vida. Ao final do ano de 2007 foi organizado e entregue ä comunidade, o primeiro documento com o resultado das oficinas do futuro e das atividades realizadas. Com isso ficou marcada uma fase da vida nessa comunidade de aprendizagem como nos diz Brandão “qualquer que seja o contexto em que se reúnem em círculos de experiências e de saberes, possuem de qualquer maneira algo de seu, de próprio e de originalmente importante” (2005).