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Compostos bioativos e açúcares nos arilos dos frutos de Clusia fluminensis
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*
2
1
3
K. E. L. Mazza (IC) , E. C. de O. Braga (PG), V.C.Martins (IC), S. Pacheco (PQ), L. da S. de M. do Nascimento
3
3
3
3
(PG), M. C. P. de A. Santiago (PQ), R. G. Borguini (PQ), R. L. de O. Godoy (PQ), H. de S. Torquilho (PQ)
1
3
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro - Campus Nilópolis.
2
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – Unirio, Rio de Janeiro – RJ.
3
Embrapa Agroindústria de Alimentos - CTAA, Rio de Janeiro – RJ.
*e-mail: [email protected]
Palavras chave: Clusia, carotenoides, ácidos fenólicos, flavonoides, vitamina C e CLAE.
INTRODUÇÃO
Nativa e endêmica do Brasil, a Clusia fluminensis
1
Planch. & Triana , popularmente conhecida como
4
abaneiro, pertence à família Clusiaceae . Esta família é
quase exclusivamente de clima tropical, e abrange
3
cerca de 40 gêneros e 1200 espécies .
No Brasil, a espécie está distribuída principalmente na
1
Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro . Esta espécie é
utilizada como ornamental, se apresentando em forma
de arbustos ou árvores.
Estudos fitoquímicos mostraram que a família
Clusiaceae é rica em metabólitos secundários, tais
como xantonas, triterpenoides, flavonoides, lactonas e
3
ácidos orgânicos .
Este trabalho teve por objetivo identificar e quantificar,
por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE), os
compostos bioativos (vitamina C, carotenoides,
flavonoides e ácidos fenólicos) e o teor de açúcares
presentes nos arilos do fruto de Clusia fluminensis.
a ingestão diária recomendada desta vitamina de 45
-1
2
mg.100 g para um adulto .
Tabela 1: Comparação entre os teores de carotenoides
-1 5
da Clusia fluminensis com o milho e o Buriti em μg.g .
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Foram identificados os ácidos fenólicos protocatequina
e ácido 4-hidroxicinâmico e o flavonoide Rhamnetina
neste fruto.
Na análise do perfil de açúcares, a concentração de
-1
açúcares obtida foi de 585 mg.100 g de frutose e 575
-1
mg.100 g de glicose, sendo assim a concentração de
-1
açúcares totais foi 1160 mg.100 g.
Na análise de vitamina C, a concentração média
-1
calculada, nos frutos foi de 3,77 mg.100 g.
Comparando os teores de vitamina C, com os frutos
considerados fontes deste metabólito é majoritário,
como exemplo a laranja que possui um teor médio de
-1 6
74 mg.100 g , nota-se que a C. fluminensis não pode
ser considerada como fonte de ácido ascórbico, sendo
Zeaxantina
C. fluminensis
Milho
Buriti
823
12
-
Carotenoides
totais
967
30
446
Pode-se observar pela Tabela 1, que o fruto estudado
apresentou um teor de zeaxantina 68 vezes superior ao
do milho, considerado a principal fonte deste
carotenoide na dieta do brasileiro, além de apresentar o
dobro do teor de carotenoides totais em comparação ao
Buriti, considerado como um dos frutos mais ricos em
carotenoides.
CONCLUSÕES
MATERIAL E MÉTODOS
Para este estudo, os frutos maduros foram coletados
na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (22°58'13.886"
S43°23'10.759"W), nos meses de junho e julho de
2014. Os frutos foram selecionados, despolpados e
pesados em duplicatas para as análises de seus arilos.
As análises de vitamina C, ácidos fenólicos, flavonoides
e açúcares foram realizadas por CLAE-DAD. A
quantificação foi realizada por padronização externa.
Os ácidos fenólicos e os flavonoides foram apenas
identificados (análise qualitativa). .
Matriz
O fruto estudado não é utilizado como alimento pelo
homem, entretanto é bastante consumido por aves,
sugerindo não ser um fruto tóxico.
Os arilos do fruto de Clusia fluminensis apresentaram
entre os compostos bioativos alta concentração de
carotenoides, em especial, a zeaxantina, quando ao
perfil de açúcares, o fruto apresentou teores
semelhantes de frutose e glicose.
AGRADECIMENTOS
À Embrapa Agroindústria de Alimentos, ao CNPq e ao
IFRJ.
REFERÊNCIAS
1
Bittrich, V.; Trad, R.J.; Cabral, F.; Nascimento-Jr, J. E. Clusiaceae in Lista de
Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível
em: <http://reflora.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB6834>. Acesso em: 08 Ago.
2014.
2
BRASIL, MS. RDC, 269 de 22 de setembro de 2005.
3
Cuesta-Rubio, O.; Piccinelli, A. L.; Rastrelli, L. Chemistry and Biological
Activity of Polyisoprenylated Benzophenone derivatives. Attar-ur-Rahman
(Ed.) Studies in Natural Products Chemistry, Vol. 32.
4
Pereira, A. P.; Putzke, J. Dicionário Brasileiro de Botânica. Curitiba, CRV,
2010. P. 10.
5
RODRIGUES-AMAYA, D. B. Fontes brasileiras de carotenoides: tabela
brasileira de composição de carotenoides em alimentos. Brasília: MMA/SBF,
2008.
6
COUTO, M. A. L.; CANNIATTI-BRAZACA, S. G. Quantificação de vitamina C
e capacidade antioxidante de variedades cítricas. Ciênc. Tecnol. Aliment.,
Campinas, 30(Supl.1): 15-19, maio 2010
XXVIII Encontro Regional da Sociedade Brasileira de Química – MG, 10 a 12 de Novembro de 2014, Poços de Caldas - MG
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