Perguntas:
1) Ouvi dizer que quem casa não deve querer ser feliz, mas fazer o outro feliz, porque assim os dois
trabalham para o bem estar de ambos e o relacionamento dá certo. Podemos afirmar isso?
R= Acredito que ninguém deva atribuir sua felicidade ao outro. O importante no casamento é que você tenha
consciência do seu amor, mas ao mesmo tempo dê liberdade para que esse amor respire. Quando o casamento é
planejado, curtido e tem como base o amor, a comunicação, naturalmente a pessoa fará tudo para fazer o outro feliz
e tudo para que dê certo.
2) Sabemos que não existe fórmulas para o casamento ser duradouro, dar certo, etc... Mas podemos dar
algumas dicas para ter momentos felizes?
R= Não existe mesmo uma fórmula. A convivência entre duas pessoas, que foram criadas por famílias diferentes,
possuem hábitos diferentes, gostos diferentes, e tantas outras diferenças não é mesmo fácil. Mas existem maneiras
de tornar essa convivência harmônica e feliz:
1 – Coloque Deus à frente do seu relacionamento. Com Ele, tudo fica melhor – É o ponto mais importante;
2 – Melhore ou aumente sua comunicação com o parceiro. Por comunicação entende-se falar e ouvir;
3 – Participe mais. Estar juntos não é somente estar do lado, é participar da vida do(a) esposo(a), das ideias, dos
sonhos, dos sentimentos e do entusiasmo do outro;
4 – Termine do dia juntos, mesmo que vocês tenham horários diferentes de sono, esse momento é importante e não
gera sensação de vazio no outro;
5 – Não abuse da TV, internet ou qualquer tecnologia. Esses meios acabam por distanciar os casais, não pelo mal uso
(embora alguns casos sim), mas na maioria das vezes porque reduz o diálogo. E se o diálogo já for pouco, então!!!
6 – Reserve tempo para o lazer junto com seu(sua) esposo(a) – saia da rotina!
7 – Reserve um tempo para você, com seus (suas) amigos(as) ou família – Isso faz muito bem!
8 – Cuide do seu amor. Cuidar no sentido de dar atenção, ser paciente, tolerar algo que não seja do seu agrado, mas
que para ele(a) é bom.
9 – Não faça abusos verbais. Esses são casos em que a pessoa tenta controlar o outro. A raiva vem do medo ou da
mágoa. A necessidade de controle vem da insegurança. Controle-se, mesmo que o abuso venha do(a) esposo(a).
Espere o momento e a maneira certa para falar.
10 – Não traia, não minta. Seja honesto com você e com a pessoa do seu lado;
10 – E por último: RESPEITO, que é bom e todo mundo gosta. Um casamento que um dos pares não respeita o outro
é fatalmente levado ao fracasso. Se você conseguir seguir os passos anteriores, você já estará respeitando e será, no
mínimo, FELIZ.
3) Quando buscamos um parceiro, nem sempre sabemos se é o certo, se é esse que queremos passar o
resto da vida. Existe uma "fórmula" para facilitar a escolha? Como saber se é a pessoa certa? Aliás,
existe pessoa certa?
R= Não existe “a pessoa certa”. Existe o amor, que por si só torna o outro a pessoa ideal. O amor não escolhe cor,
raça, religião ou posição social. Ele acontece e ponto.
Quando se tem amor, a pessoa que foi “eleita” torna-se a figura complementar da vida. E nem sempre o amor é uma
via de mão dupla. Pode acontecer de você amar mais intensamente que o outro. O importante é estar seguro(a) do
que se sente e com isso você fica pronto(a) para enfrentar oposições, ciúmes, inseguranças, etc.
Ninguém conhece verdadeiramente o coração do outro, somente Deus o conhece. A pessoa certa então é aquela que
você se sente bem ao lado dela, que te trata com amor, respeito, atenção e que te permite ser quem você é.
Porque como cita as escrituras, sabiamente: “No amor não existe medo, antes o perfeito amor lança fora o medo.
Ora, o medo produz tormento, logo aquele que teme não é aperfeiçoado no amor.” 1 João 4:18.
4) Casamento, segundo a bíblia, foi feito para durar a vida toda. O que você pensa disso? Devemos
tentar manter a união até que ponto?
R= O casamento é uma ligação permanente e dedicada entre um homem e uma mulher. A Bíblia diz
em Mateus 19:5-6 “Deus ordenou: Por isso deixará o homem pai e mãe, e unir-se-á a sua mulher; e
serão os dois uma só carne? Assim já não são mais dois, mas um só carne. Portanto o que Deus
ajuntou, não o separe o homem.” Essa é de fato uma instrução para que os casamentos sejam para
toda vida.
A intolerância com o(a) esposo(a), falha na comunicação (ouvir e falar), falta de compromisso com o
outro e com a família, o desrespeito e outros problemas têm desgastado os relacionamentos
modernos.
Para que o casal tenha uma vida conjugal satisfatória é preciso que eles tenham a consciência de que
o(a) esposo(a) é uma pessoa diferente, com necessidades, sonhos e ideais diferentes, mas que acima
de tudo é a pessoa que ele(a) escolheu para compartilhar da sua vida.
Se o casamento não vai bem e você deseja uma mudança de rumo para esse relacionamento, comece
por você! Analise-se e perceba onde você pode mudar. Comportamento gera comportamento. Talvez
não mude em sua essência, mas tende a mudar boa parte de suas respostas.
Peça ajuda a Deus e, se preciso for, peça ajuda a um terapeuta de casais, mas não desista! O amor é
capaz de fazer mudanças inexplicáveis.
Existem casos extremos, onde há violência física, abusos sexuais, drogas, infidelidade...Até que ponto
deve-se manter a relação? E eu pergunto: Até quando a situação é suportável para você? Só quem
convive com pessoas dessa natureza pode dizer qual é o seu limite para o relacionamento. Depende do
casal, da convivência, do histórico do casal. O limite é de quem vive. Não tem receita de bolo.
5) O que é o casamento, psicologicamente falando? Sob o seu ponto de vista profissional (e até mesmo
pessoal) por que nos casamos?
R= Casamento para mim é o desejo de companhia, de aconchego, de se sentir pertencente a alguém. E isso é tão
inerente ao ser humano que, desde que se tem notícia o homem vive em grupo.
Companhia pode significar sobrevivência, tarefas compartilhadas, lazer. Aconchego lembra doçura, compreensão,
afeto. Pertencer soa mais forte e faz pensar em estreitos laços, em sentimento de posse e de responsabilidades
mútuas. A característica em comum é que grupo lembra, sempre, alguma espécie de proteção.
O estabelecimento da união estável entre um homem e uma mulher fazem parte de uma programação que visa,
inconscientemente, a preservação do sistema original, onde a família é a referência para a construção do novo vínculo
e construção da aliança entre os casais.
Quanto melhor for a relação familiar, mais positivamente o casamento será entendido para a pessoa que casou ou
pensa em se casar.
A maioria das pessoas casam-se porque amam. Mas existem outras razões para o casamento, tais como: melhoria
financeira, conveniência, política, cultura e etc.
6) O casamento está socialmente imposto à maioria dos jovens como sinônimo de felicidade e
necessidade. Em alguns momentos da vida (principalmente quando os 30 estão chegando) a
cobrança por uma união é exagerada por parte de amigos e parentes. Isso pode ser prejudicial,
bom ou é normal que ocorra?
R = Essas cobranças são culturais, são normais e vão sempre acontecer, de um jeito ou de outro. Quando você está
namorando, te cobram o noivado. Se está noivo, te cobram o casamento. Quando se casa, cobram-se um filho.
Quando se tem um filho, cobram-se o outro e por aí vai...
Quem deve decidir se quer ou não se casar é a pessoa. Existe aquele que não quere casar, nem morar juntos.
Querem ser solteiras. Em contra partida existem pessoas que têm real necessidade de estarem vinculadas a alguém,
a constituírem uma família.
Acredito que a sociedade se incomoda em ver alguém solteiro, principalmente depois dos 30 anos. Não conseguem
entender que a felicidade vem de dentro para fora e não necessariamente está ligada a uma outra pessoa.
ROMÊNIA GOMES
Psicóloga CRP 09/3160
Esp. Gestão de Pessoas e Marketing
Esp. Psicologia Jurídica
Auditora Líder da Qualidade
Proprietária da Evidence Consultoria & Capacitação e também da Curso para Babás.
Site: www.evidenceconsultoria.com – Empresa de Consultoria Organizacional, Treinamentos e Implantação de ISO
9001 – Sistema de Gestão da Qualidade/OSAS 18001 – Norma de Saúde e Segurança do Trabalho
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