1 Tendências e Desafios da Formação Superior em Saúde no Brasil • • • • • A necessidade da reforma do ensino Novas metodologias pedagógicas Integração de disciplinas Quem é o sujeito que estamos formando? Para que sistema/modelo de atenção formamos? Eliana Goldfarb Cyrino Diretora de Programas SGTES/Ministério da Saúde [email protected] 2 Algumas questões sobre as reformas do ensino na saúde 3 Histórico das universidades As primeiras universidades fundadas na Europa foram a de Bolonha, na Itália, em 1088, e a Universidade de Paris, em 1150 4 Com a Revolução Francesa (1789-99), a universidade foi reorganizada O ensino tornou-se independente de doutrinas religiosas ou políticas Firmava-se aí a universidade republicana: pública e laica 5 Situação da universidade: aumento de horas-aula, avaliação pela quantidade de publicações Docência transmissão rápida de conhecimentos, manuais de fácil leitura para os estudantes Recrutamento de professores – Não levam em consideração o conhecimento de sua disciplina e as relações entre elas e outras afins Professor – É pesquisador muito especializado ou docente com contrato de trabalho temporário (flexíveis) Desapareceu a marca essencial da docência: a formação Marilena Chauí, A universidade pública sob nova perspectiva 6 O ensino na universidade • É processo de disseminação e apreensão do conhecimento historicamente produzido pela sociedade. • Conhecimento é patrimônio da humanidade, um bem social e deve estar a disposição de todos. • Não existe democracia sem democratização do saber. • Deve criar condições para que educador e educando busquem criticamente conhecimentos de cada área, relacionando-os com outros conhecimentos, para a produção de um novo conhecimento. • Todo esse processo deve se orientar por uma perspectiva ética visando a dignidade humana. 7 (PPPI UEL) Inovação pontual, localizada Reforma busca substituir dimensões mais abrangentes Transformação envolve a essência do próprio processo de produção do conhecimento (Almeida com base em Ferreira, 1999) 8 9 Antes de Flexner: Até o início do século XX, Nos Estados Unidos e no Canadá O estudante era aprendiz de médicos que se consideravam bem sucedidos. Não tinha padronização, não havia uma cultura universitária no ensino médico. As escolas não eram acreditadas por órgão governamental ou privado. Se um grupo de médicos desejasse ter uma escola médica, se reuniam e criavam a escola. Assim era maior parte das escolas médicas, com poucas exceções. Então, a Fundação Carnegie para o Avanço do Ensino pediu a Flexner, um educador, para fazer estudo sobre a educação médica americana. E o que ele fez? 10 Flexner • Revolução paradigmática sem precedentes na estruturação do processo de formação médica. 11 Flexner • Revolução paradigmática sem precedentes na estruturação do processo de formação médica. Atualização da educação médica ao estágio do desenvolvimento da sociedade americana, capitalista, definindo-lhe um lugar ideal e um conteúdo a ser ministrado e perspectivas cientificistas da época. 12 Flexner • Revolução paradigmática sem precedentes na estruturação do processo de formação médica. Atualização da educação médica ao estágio do desenvolvimento da sociedade americana, capitalista, definindo-lhe um lugar ideal e um conteúdo a ser ministrado e perspectivas cientificistas da época. • Ao estabelecer modo padronizado e de excelência para formação médica, construiu uma ruptura paradigmática com a maneira empírica, que vinha viabilizando a escola médica. 13 Flexner • Revolução paradigmática sem precedentes na estruturação do processo de formação médica. • Ao estabelecer modo As diretrizes estavam consoantes padronizado e de excelência para com as necessidades sociais formação médica, construiu uma ditadas pelo modelo capitalista ruptura paradigmática com a maneira empírica, que vinha e com avanços científicos viabilizando a escola médica. legitimados, no momento. 14 Modelo Biomédico Saúde é definida negativamente: Ausência de doença Ausência de defeitos no funcionamento Patologia Clínica médica 15 Modelo Biomédico Centra- s e exclusivamente na dimensão biológica da pessoa. Esta é reduzida às suas estruturas e processos biológicos e físico- químicos. Patologia Clínica médica 16 Relatorios: Flexner, Rose-Welch e Goldmark Influenciaram mudanças do modelo de formação profissional nos Estados Unidos e no mundo Todos recomendavam importantes reformas instrucionais para integrar a moderna ciência médica no currículo, e reformas institucionais para ligar a educação com a investigação e o fundamento da educação profissional em universidades FLEXNER 1910 RELATORIO WELCH-ROSE 1915 Um sistema nacional de formação em saúde pública como uma rede com ênfase na formação prática em saúde pública. Propoe a criação de institutos de higiene, com base no modelo alemão, com maior ênfase na investigação científica e conexões com a escola de medicina em universidades. Foi financiado pela Fundação Rockefeller para criar a Universidade Johns Hopkins School of Public Health, em 1916, e a Escola de Saúde Pública de Harvard em 1922. Relatorio Goldmark 1923 Base universitária de enfermagem, citando as inadequações educacionais para a formação de enfermeiros qualificados. O relatório coloca na enfermagem a mesma trajetória acadêmica de medicina e saúde pública nos EUA. 17 18 A transformação do ensino médico em Cuba • A mudança: Toda formação médica é pública; • Formação para medicina de família; • Introdução do conceito de universalização da docência médica, ao integrar os estudantes de Medicina e Enfermagem durante seu processo de aprendizagem com as unidades assistenciais docentes, permitiu, atingir ampliação dos programas de formação dos recursos humanos na esfera sanitária; • Entre 1959 e 2010, formaram-se mais de 100 mil médicos, em 2011, encontravam-se em pleno labor 73.025. Desse total, 43.088 são mulheres; • O país conta com 13 Universidades médicas e 17 Faculdades de Medicina. • Tem programa voltado à formação de estrangeiros. Fonte:OSA, José A. de la. Um olhar para a saúde pública cubana. Estud. av. [online]. 2011, vol.25, n.72, pp. 89-96. ISSN 0103-4014. 19 20 A Escola médica no mundo atual e no Brasil • Escola de Medicina de Harvard (Branch et al. 1991) Reformulou seu currículo com destaque na formação focada na relação médico e paciente e a aprendizagem dirigida para a compreensão de aspectos de ética médica, das ciências sociais e da experiência do médico na relação (comunicação). 21 ABP NA EDUCAÇÃO MÉDICA A partir de McMaster, no final dos anos 60, o ABP se expandiu em escolas de Medicina Muitas de suas características já estavam presentes em uma reforma curricular da Universidade de Case Western Reserve nos anos 50, incorporando e integrando um conjunto de métodos e estratégias instrucionais em uma laboratório multidisciplinar Mais recentemente Harvard desenvolveu um currículo híbrido baseado em problemas, como uma alternativa ao modelo de McMaster A literatura sobre ABP tem sido caracterizada pela “evangelização”, no sentido descrever diferentes experiências, analisando pouco criticamente os paradigmas de solução de problemas e a comparação com outros modelos curriculares (Berner, 1984) 22 A ABP: orientação teórica A tendência Pedagogica Liberal Renovada Progressivista No Brasil, a corrente que obteve maior repercussão foi influenciada por Dewey. ( Libâneo,1994) surge no velho mundo no final do século XIX como contraposição à Pedagogia Tradicional. Uma pedagogia ativa. “aprender a aprender” mais importante processo de aquisição do saber do que o saber propriamente dito “aprender fazendo”: solução de problemas reais 23 O momento atual e as IES 24 www.thelancet.com Vol 376 December 4, 2010 26 27 28 Estratégias de mudança da formação dos profissionais de saúde pressões a favor da mudança na formação: necessidade de reorientação do modelo de atenção avaliação das universidades indicando a necessidade de mudanças Políticas indutivas de apoio à mudança insatisfação da população melhor conhecimento sobre o problema Fonte:Faimer, Brasil, 2011 Pensando a mudança.... É preciso ampliar recursos, capacidades e estratégias para que as escolas possam avançar em direção à mudanças Fonte:Faimer, Brasil, 2011 transformarem-se na As IES tem sido provocadas na direção de um ensino que valorize a eqüidade e a qualidade da assistência e a eficiência e relevância do trabalho em saúde 32 A saúde é um território complexo. Não há saídas fáceis! Não escavar novos saberes é não saber novos poderes! (Emerson Merhy, 2006) 33 Mudança do paradigma da assistência às doenças para o paradigma do cuidado humano 34 REFERENCIAS • Integralidade do cuidado • Humanização da assistência • Educação e Saúde dialógica • Problematização da realidade • Clínica ampliada • Responsabilidade Social • Trabalho interprofissional 35 Envolve a determinação social da doença 36 Envolve: Singularidades Botero, Mona Lisa, 1977 Frida kahlo auto retrato de 1943 - diego en mi pensamiento 37 Envolve:diversidades 38 O CONTEXTO NACIONAL Na maioria das graduações os modelos curriculares permanecem fragmentados, com disciplinas independentes. Apesar desta constatação há um movimento recente, impulsionado pelas Diretrizes Curriculares Nacionais e também por programas do Ministerio da Saude (MS), que se voltam para a integralidade da atenção. 39 O SUS é catalizador de propostas inovadoras na assistência e gestão pública – democratização, universalidade, eqüidade e integralidade da assistência à saúde que está na Constituição 40 Responsabilidade Constituição 1988 Atribui Ao SUS de formação profissional área de saúde 41 Pressupostos Constituição Federal de 1988 e Leis 8.080 e 8.142 de 1990 Saúde como um Direito de Todos e um Dever do Estado Art. 200: Sistema Único de Saúde é o ordenador da formação de recursos humanos em saúde MP 621 de 07 de julho de 2013: cria o Programa Mais Médicos Lei 12.871 de 22 de outubro de 2013: capítulos da Formação Médica no Brasil e Projeto Mais Médicos para o Brasil 42 ALGUNS DESAFIOS DO SUS - Garantir acesso com qualidade em tempo oportuno a todos os cidadãos brasileiros - Produzir a integralidade da atenção e do cuidado em saúde - Ter profissionais suficientes e qualificados para o atendimento das necessidades de saúde da população 43 Henrique Sant’Anna Dias , Luciana Dias de Lima , Márcia Teixeira Ciência & Saúde Coletiva, 18(6):1613-1624, 2013 44 2003 Criação da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde e aprovação no CNS e na CIT da “Politica de Educação e Desenvolvimento para o SUS, caminhos para a Educação Permanente em Saúde” 45 Interfaces com a Gestão da Educação Graduação Formação de especialistas Formação Técnico- Profissional Educação Permanente Provimento 46 Eixos da política Sistema de Saúde ser espaço de formação Educação Permanente como eixo transversal Regulação da Formação Profissional 47 Educação permanente para os trabalhadores do SUS Objetivo: promover processos que priorizem o ensino e a aprendizagem incorporadas ao cotidiano do trabalho no SUS na perspectiva da transformação das práticas profissionais. Constitui-se como uma estratégia presente em diferentes processos de trabalho na saúde, na formação de médicos interagindo com outros profissionais de saúde, considerando as necessidades de saúde da população. 48 49 Cobertura do Programa após 1 ano Médico por UF 136 14.462 médicos para a Atenção Básica 127 Mudar mapa 453 590 258 269 669 211 157 327 155 142 290 Cerca de 50 milhões de pessoas beneficiadas 1.008 651 203 1.360 70 455 195 1.235 407 2.187 510 868 448 1.081 Fonte: SGTES/MS 50 50 Programa beneficia todos os distritos indígenas Com o Mais Médicos, garantimos pela primeira vez a presença constante de médicos nos 34 DSEIs Cerca de 666 mil índios espalhados por todo país beneficiados 51 51 Brasil sairá de 374 mil para 600 mil médicos até 2026 Atingindo a meta de 2,7 11,5 mil novas vagas de graduação até 2017 12,4 mil novas vagas de residência para formação de especialistas Interiorização da formação médicos por mil habitantes 52 Mudança na Formação • A formação no SUS, nas redes de atenção e a centralidade da Atenção Básica à Saude • A valorização da docência e do professor universitário como professor da graduação • As presentes políticas e o momento de mudanças 53 54 O estudante deve ter uma dimensão das atribuições, possibilidades e limitações de cada âmbito da rede, entender como ocorre a relação de um serviço com o outro o estudante precisa compreender como ocorre o encaminhamento, entrada, fluxo e saída em cada serviço.(Pontes,2006,p.266) 55 OS PROFESSORES/PRECEPTORES E A UNIVERSIDADE 56 Os professores se reconhecem no processo de formação? Se reconhecem com necessidade de formação pedagógica para ensinar? 57 Ensinar: Um ofício muito complexo, mas que parece fácil aos olhos de toda a gente. Revelar toda a complexidade e riqueza do ensino 58 Competência técnica e competência política do professor A competência: • o saber fazer bem é a passagem, a mediação, • é um momento do compromisso político • O saber –fazer constitui uma das necessidades imediatas do professor para sua imagem de profissional • Esse saber –fazer está orientado politicamente • Todo saber-fazer contém certa visão de mundo e é um ato político • O caráter mediador da competência técnica se expressa no interior do projeto político (Saviani,1995) 59 Fomentos/Políticas implementadas pelo MS e MEC para mudança 60 Cursos de graduação da área de saúde segundo natureza jurídica. Brasil, 2000 – 2010. 61 62 Fomentos a ampliação do ensino universitário FIES REUNI PROUNI 63 A lei de cotas • O que é a lei de cotas? • A Lei nº 12.711/2012, sancionada em agosto deste ano, garante a reserva de 50% das matrículas por curso e turno nas 59 universidades federais e 38 institutos federais de educação, ciência e tecnologia a alunos oriundos integralmente do ensino médio público, em cursos regulares ou da educação de jovens e adultos. Os demais 50% das vagas permanecem para ampla concorrência. 64 Objetivo • O Pró – Saúde visa incentivar transformações do processo de formação, geração de conhecimentos e prestação de serviços à população, para abordagem integral do processo de saúde-doença. 65 O PET-SAÚDE Programa de Educação pelo Trabalho para Saúde Ministério da Saúde, Brasil Fortalece práticas Tem como princípios acadêmicas que interliguem integralidade e universidades a demandas humanização do cuidado no da sociedade. SUS. 66 A EDUCAÇÃO INTERPROFISSIONAL Estudantes de diferentes cursos mediados por professores de diferentes formações aprendem e interagem em conjunto Considerada uma educação que valoriza o trabalho em equipe, a integralidade, o respeito às especificidades de cada profissão e à produção da prática comum 67 PET/VS (509) PET/Redes (623) 104 92 83 75 64 41 39 12 17 12 12 55 48 57 53 38 37 22 16 42 11 10 11 42 39 38 37 22 22 13 4 68 69 Parcerias para formação Docente/Preceptores • • • • • • • ABEM FAIMER PROADI-SUS HSL/IEP e outros UERG -ESCS-MASTRICH UFRGS Mestrados Profissionais Pro-Ensino 70 Como cuidamos hoje? Como ensinamos a cuidar? Eu faço o diagnóstico do outro Eu faço a proposta do cuidado do outro Eu curo o outro 71 NOVO PARADIGMA A construção do conhecimento pela práxis, pela ação, inserida nos serviços de saúde 72 André François, 2006 73 André François,2006 Prestar cuidados beneficia o doente, e beneficia o cuidador. É, em primeiro lugar, um processo de autodescoberta, no qual aquele que se dispõe a cuidar Não raro descobre em si próprio reserva de inesperada energia. Moacir Scliar, 2006 74 A Dimensão Ética • Os profissionais criam novas dependências ou favorecem o processo de autonomia dos pacientes, das famílias, das comunidades? • Os profissionais respeitam o processo de planejamento e de decisão dos usuários e/ou das famílias e/ou das comunidades, ou querem impor seus valores e crenças? 75 Integralidade HOJE TEMOS QUE SUPERAR: Visão fragmentada da totalidade do paciente em seu contexto Abordagem exclusivamente voltada para a doença, Pobreza da interação médico paciente Fraco compromisso do profissional com o bem estar do paciente A busca de integralidade tensiona o modelo e reclama sua superação para que a APS opere plenamente 76 APS População Hospital Centro de Saúde/USF Modificado de Mario Rovere Universidad Nacional de La Matanza/ Provincia de Buenos 77 Aires ARGENTINA,2014 NIVEL 0 A partir de um sistema fragmentado e superposto e que deixa amplos setores excluidos um sistema articulado, com cobertura universal e niveis resolutivos de complexidade, organizado em redes que não estratifiquem Modificado de Mario Rovere Universidad Nacional de La Matanza/ Provincia de Buenos 78 Aires ARGENTINA,2014 AS CARACTERÍSTICAS DA RAS • Formação de relações horizontais entre os pontos de atenção, tendo a atenção básica como centro de comunicação • Centralidade nas necessidades de saúde da população • Responsabilização por atenção contínua, coordenada, compartilhada e integral • Cuidado multiprofissional • Compartilhamento de objetivos e compromissos com resultados para a saúde da população com eficiência 79 propostas de mudança Democratização construída através da intervenção deliberada de sujeitos dependente da correlação de forças dependente da mudança de poderes instituídos dependente da capacidade de construir espaços de poder compartilhado Fonte:Faimer, Brasil, 2011 propostas de mudança Estudantes, professores, profissionais dos serviços e representantes da população: sujeitos da mudança sujeitos sociais constituídos através de processos coletivos de reflexão crítica sobre as práticas tradicionais, da aquisição de novos conhecimentos e novos poderes Fonte:Faimer, Brasil, 2011 propostas de mudança Transformações não podem ser definidas a priori e são construídas no cotidiano: da prática pedagógica da prática clínica da prática de investigação em todos os cenários em que se dá a prática profissional Fonte:Faimer, Brasil, 2011 propostas de mudança Condução do processo de mudança não pode ser ingênua: grupos articulados ação estratégica construção de canais de discussão e comunicação coletiva acumulação poder a favor diminuição das resistências Fonte:Faimer, Brasil, 2011 propostas de mudança Valorizar contexto político, que facilita ou dificulta os processos de mudança articulação das mudanças acadêmicas com as mudanças na organização e no conteúdo das práticas de saúde participação de sujeitos sociais da saúde no processo de mudança avaliação permanente do processo como insumo fundamental para ajustes Fonte:Faimer, Brasil, 2011 Estratégia • Incluir dimensão de trabalho como espaço de construção de capacidades e responsabilização pela organização do cuidado • a formação deve ser orientada pela plena compreensão das relações entre educação-trabalhogestão Diretrizes curriculares/MEC Abrem a possibilidade de transformar o projeto político pedagógico: – concepção de saúde e da ética – concepções sobre educação e construção do saber – relações entre professores e estudantes e entre departamentos e disciplinas – diversificação dos cenários de ensino-aprendizagem – Natureza do contrato social da instituição DCN 2014 Os Projetos Políticos de Cursos (PPC) devem retratar uma proposta fundamentada em três eixos norteadores Atenção à Saúde Educação na Saúde Gestão em Saúde Atenção à Saúde Educação na Saúde Gestão em Saúde Devem permear todo o processo formativo dos futuros médicos, exigindo dos seus docentes e profissionais externos a Universidade conhecimento, reconhecimento e desenvolvimento destes eixos durante todo o curso. Atenção à Saúde Educação na Saúde Gestão em Saúde Os eixos necessitam estabelecer vínculo com a realidade do SUS e com outros setores da área da saúde para que a formação não fique aligeirada, ineficiente e descontextualizada da realidade local, municipal, estadual, regional e nacional brasileira. Contrato Organizativo da Ação Pública Ensino-Saúde • Os cursos de Medicina deverão desenvolver ou fomentar a participação dos profissionais da rede de saúde em programa permanente de formação e desenvolvimento,sendo este programa pactuado junto aos gestores municipais e estaduais de saúde nos Contratos Organizativos da Ação Pública Ensino-Saúde. QUALIDADE EM EDUCAÇÃO • NÃO É QUESTÃO OPTATIVA. É OBRIGAÇÃO • É CONSTRUÇÃO SOCIAL E HISTÓRICA • CAMPO DE LUTA : FORÇAS DESIGUALMENTE DISTRIBUÍDAS • CONFLITO ENTRE FORMAR E INSTRUIR • IMPLICA TOMADA DE POSIÇÃO Aula Mara de Sordi, 2013 QUE PROFISSIONAL QUEREMOS FORMAR? Fonte: Aula Mara de Sordi, 2013 Porque se chamavam homens Também se chamavam sonhos E sonhos não envelhecem Milton Nascimento 93