Nº 7/8. Setembro 2013 a Abril 2014 Direção: Francisco Xavier ISSN 2182-4665 Exemplar gratuito Porquê ser sócio de uma Associação de Pais? Frequentemente, quando falo com pais de alunos do Agrupamento da Escolas de Mogadouro, ouço queixas sobre vários problemas que se passam no Agrupamento, relacionados com professores, auxiliares, instalações, indisciplina, tabaco, entre outros. No entanto, quando pergunto o que fizeram ou o que vão fazer para mudar a situação, concluo que poucos pais passam das queixas aos “atos” (entenda-se, contactar a direção do Agrupamento pessoalmente ou por meios escritos) e apenas o fazem quando o assunto se relaciona diretamente com os seus educandos. Mesmo que o assunto seja importante para toda a comunidade escolar, os pais muitas vezes não se querem chatear, ou não têm tempo ou então limitam-se a queixar-se de um problema sem apresentarem soluções. É neste contexto que são importantes as associações de pais. As associações de pais são a única estrutura independente e com reconhecimento legal no âmbito da qual os pais podem expressar livremente as suas opiniões e fazer com estas sejam discutidas nos órgãos do Agrupamento, através dos seus representantes. É nas associações de pais que os pais podem trocar experiências, relatar problemas e sucessos e acertar formas de atuação que lhes permitam apresentar os problemas às entidades em causa de uma forma concertada, unida, coerente e adequada, demonstrando que os problemas que expõem são comuns a muitos e não só a alguns. A principal virtude das associações de pais consiste na discussão dos problemas gerais que afetam os alunos e, consequentemente, os seus pais e encarregados de educação, na perspetiva destes. As associações de pais não tratam de problemas individuais dos alunos mas podem e devem ajudar os seus associados na resolução desses problemas. As escolas também têm vantagens na existência de associações de pais porque isso lhes permite dialogar com um número restrito de pessoas e ter acesso a uma grande diversidade de situações, assim como comunicar com um grande número de pais de uma forma expedita. Legalmente, é através das associações de pais que são eleitos os representantes dos pais para o Conselho Geral do Agrupamento, onde são decididos vários aspetos da gestão da escola (ver Mogas nº 5). Quanto maior o número de associados, maior a representatividade, maior o universo de problemas apresentados, maior a certeza das soluções e maior a força da associação. Estas são as principais razões por que os pais devem aderir a uma associação de pais. A AMOGAPE constitui-se como uma associação de pais livre, democrática e transparente, disponibilizando os seus estatutos e regulamento interno no seu site (www.amogape.webnode.pt), para que todos possam consultá-los sempre que quiserem, sejam sócios ou não. A criação de um endereço de e-mail, de um site e de um boletim, são mecanismos que permitem aumentar o nível de divulgação e de interação da AMOGAPE com os seus sócios e com toda a comunidade. O estabelecimento de uma quota (apenas 5€/ano) tem o objetivo de financiar a edição do Boletim “O Mogas” assim como suportar os gastos em secretaria e correio, sendo os fundos obtidos utilizados apenas para estes fins. Muitas pessoas referem que não pretendem aderir porque não têm tempo mas isso constitui um erro. Em primeiro lugar, o número de reuniões realizadas é reduzido e não é obrigatório que todos os sócios participem em todas as reuniões (embora isso fosse desejável) para que os assuntos que os preocupam sejam discutidos. Existem vários meios de contacto com a associação e, além disso, outros sócios também podem transmitir essas informações. Por outro lado, mesmo não participando diretamente, o que interessa é que ao tornarem-se sócios, estão a apoiar a atividade da associação para que esta desenvolva iniciativas que também beneficiarão os seus filhos. Também há pessoas que dizem que as associações têm conotações e objetivos políticos e por isso não se querem envolver. Na AMOGAPE não se discutem questões de política mas apenas questões de pais. Além disso, se existe política nas associações é porque as pessoas o permitem, quando desistem da associação e deixam que esta seja controlada por quem pretende utilizá-la para outros fins. Quanto maior for a participação, menor a possibilidade de deturpação dos objetivos da associação. Por isso, associem-se. As desculpas pedem-se Desculpa: alegação www.infopedia.pt). atenuante ou justificativa de culpa; expressão de arrependimento (in Infopedia, Nos últimos tempos tenho ouvido muito a seguinte expressão, dita por algumas pessoas num contexto em que alguém pede desculpa. Num tom enérgico, forte, disparam: “As desculpas não se pedem, evitam-se!”. Esta resposta, perante alguém que reconhece o seu erro e demonstra o seu arrependimento, é agressiva, desagradável e inibidora da boa educação e do sentido de humildade e tolerância que todos devemos ter. Assume particular gravidade quando é dita por um adulto a uma criança que cometeu algum erro ou provocou uma situação inapropriada, nomeadamente quando os adultos são familiares ou professores, pelo exemplo de intolerância que dão. Contrariamente ao objetivo da expressão, que pretende que a pessoa tente evitar situações que levem à necessidade de pedir desculpas, o sentimento de humilhação e de rejeição que esta frase provoca no visado leva a que este deixe de sentir o dever de pedir desculpas pelos seus atos, o que provocará descontentamento ou mesmo indignação naqueles que sofram alguma interação negativa com ele. Toda esta situação leva à intolerância e pode resultar em agressões físicas quando nenhuma das pessoas envolvidas cumpre as regras da boa educação. Nenhuma pessoa está livre de criar situações em que tenha de pedir desculpa. Errar é humano. Seja por comportamentos irrefletidos, inconscientes, negligentes ou quaisquer outros, pedir desculpa quando se provocou algum dano físico, psicológico ou material é um ato de boa educação e de apaziguamento de uma situação que se pode tornar grave. Aceitar as desculpas de alguém é também um ato de boa educação e de tolerância para com os outros. O que seria da nossa sociedade se deixássemos de pedir e aceitar desculpas? Embora por vezes seja difícil aceitar desculpas de alguém que repetidamente faz asneiras, a melhor maneira de resolver a situação é repreendê-la pelo acumular de situações mas nunca exigir o fim das desculpas. Mesmo que um pedido de desculpas não seja aceite, deve ser subjacente que essa decisão se baseia nos acontecimentos passados e não nos futuros. As desculpas são para usar sempre que necessário, mesmo que às vezes de modo abusivo. Um pedido de desculpas nunca deve ser desprezado. Por isso, proponho que risquemos esta expressão do nosso vocabulário. Quem se apoia nela para recusar desculpas também não merece recebê-las. Carlos Santos A AMOGAPE CPCJR Por acordo está na comissão responsável pela análise entre as duas Associações de Pais do Agrupamento de Escolas de Mogadouro, entidades públicas, sendo esta AMOGAPE e APEEAAEM, a AMOGAPE ficou dos casos individuais e proposta de atuação. O Mogas errou No artigo relativo à nova diretora do Agrupamento de Escolas de Mogadouro, apresentado n’ “O Mogas” nº 6, referimos o ano de A AMOGAPE está no CME nascimento da Dr.ª Irene Louçano como sendo 1965 quando na A AMOGAPE está representada realidade foi 1968. Apesar de no de prontamente corrigido na maioria Proteção de Crianças e Jovens Educação (CME) pela secretária dos boletins, alguns terão ainda em da Marques, ficado com a data errada. Pelo representada pelo seu presidente, tendo já participado em duas facto, as nossas desculpas à Dr.ª Francisco reuniões do mesmo. As atas das Irene. como representante associações Risco na das Comissão (CPCJR), Xavier duas de estando Martins, que Conselho direção, Municipal Susana integra a comissão restrita com reuniões outros disponíveis no site do Município. seis representantes de estarão em breve Faça-se sócio Apoie este boletim e ajude-nos a trabalhar para uma melhor escola para os nossos filhos. São só 5 euros por ano. Contacte-nos: 917594445, 962663779, [email protected] ou através do Facebook ou do nosso site www.amogape.webnode.pt Ranking das Escolas Começaram recentemente a realizar-se os exames relativos ao ano letivo 2013-2014 mas ainda não abordámos aqui os resultados do ano anterior. Os jornais disponibilizam normalmente esses dados sob a forma de rankings ordenados das escolas, facilitando a sua consulta a todos. No entanto, é preciso notar que os rankings não representam resultados oficiais e que cada jornal pode fazer os seus rankings baseando-se em vários critérios. Não é do nosso interesse discutir a posição das escolas de Mogadouro nestes rankings mas sim saber quais os resultados obtidos e a sua evolução ao longo do tempo. Seguindo a apresentação que foi feita n’ “O Mogas” nº 3/4, analisamos os resultados apresentados pelo jornal Expresso, fazendo apenas referência à posição da escola no ranking de 2013 apresentado. Ano 4º Escola 2010 2011 2012 2013 Ranking geral Ranking distrital (posição/nº total) (posição/nº total) Mogadouro 2.75 2331/4621 22/56 Bemposta 2.5 3462/4621 33/56 2.91 2.63 698/1148 7/18 6º Mogadouro 9º Mogadouro 2.57 2.4 2.74 2.45 809/1308 12/20 12º Mogadouro 8.70 8.29 7.5 7.25 594/619 12/13 O ano letivo de 2012/2013 foi o primeiro ano em que houve exames do 4º ano, pelo que não é possível fazer nenhuma comparação com anos anteriores. A média de valores obtidos é um pouco inferior a 3, pelo que o número de alunos com nota negativa terá sido superior aos que tiveram notas positivas, denotando uma falta de preparação para este tipo de provas. Relativamente ao 6º ano, a média baixou significativamente em relação ao ano anterior sendo sempre preocupante quando isso ocorre. No entanto, o número de dados é ainda reduzido para deduzir alguma conclusão. Pelo contrário, no que se refere ao 9º ano, as médias dos últimos 4 anos apresentam um padrão de oscilação, sempre com valores negativos, e neste ano baixou em relação ao ano anterior. Embora se possa tentar justificar este tipo de oscilação com factores não relacionados com a escola, como por exemplo a dificuldade do exame, a verdade é que a média dos alunos da escola foi sempre negativa. A situação mais preocupante é sem dúvida a do secundário, dado que a média dos exames tem vindo sempre a descer nos últimos anos, afastando-se cada vez mais dos valores positivos. Verifica-se também que o número de exames neste nível também tem vindo a diminuir, de 172 em 2010 para 118 em 2013. A conjugação destas duas variáveis sugere que há um número crescente de alunos bons a sair da escola para outras escolas, sendo esta decisão tomada pelos pais/alunos devido às “más condições de ensino” do Agrupamento de Escolas de Mogadouro, sejam estas condições reais ou apenas sentidas por estes. Urge por isso alterar este panorama para que a escola de Mogadouro seja uma escola adequada para todos, quer por opção quer por falta de alternativas. No cômputo geral, verifica-se que todos os resultados são negativos, o que implica a necessidade de realizar um trabalho complementar para que os alunos fiquem melhor preparados para os exames e consigam demonstrar verdadeiramente os seus conhecimentos. Este trabalho só é possível de realizar com o envolvimento de toda a comunidade porque muitos dos problemas que se verificam na escola são o reflexo de problemas existentes na sociedade. É preciso notar que a escola só existe se existirem alunos e que a mudança de alunos para outras escolas, associada a outros problemas, como a desertificação do interior, a emigração e a redução do número de filhos, poderá conduzir ao encerramento de cursos, de ciclos e, em caso extremo ao fecho da própria escola. Nova cobertura na Escola Primária Está finalmente instalada uma nova cobertura na Escola de 1º Ciclo e Jardim de Infância de Mogadouro. A existência desta área coberta vai permitir que os alunos possam disfrutar de atividades ao ar livre em dias de chuva sem correrem o risco de se molharem. Até agora, quando isso acontecia, os alunos tinham de permanecer nos corredores, dada a falta de espaços cobertos no exterior. Esta cobertura foi uma das primeiras propostas da AMOGAPE, tendo sido proposta ao anterior executivo camarário em novembro de 2011. A cobertura foi executada em maio, durante o tempo de aulas, o que consideramos ter sido uma opção desnecessária e arriscada, dado que faltava pouco para acabar o ano letivo e a função principal da cobertura é a proteção durante o período de inverno. Felizmente, não temos conhecimento de nenhum acidente relacionado com esta construção. Esperamos que outras propostas da AMOGAPE possam vir a ter também um desfecho favorável. Condicionante de circulação na zona da Escola Primária A Câmara instalou recentemente uns pinos de granito com o sinal de sentido proibido no acesso empedrado de ligação entre a escola e o complexo desportivo, impedindo que os veículos circulem para as áreas de acessos aos campos de ténis e à piscina. A AMOGAPE já tinha feito esta proposta, embora noutros moldes, dado que estas áreas são principalmente pedonais, onde apenas deverão circular veículos de manutenção, com as devidas precauções. A Câmara também instalou pinos idênticos à entrada das piscinas cobertas, evitando assim o estacionamento abusivo. Atividades da AMOGAPE (setembro 2013 a abril 2014) • Propostas para diminuir os problemas de saúde provocadas pelo peso das mochilas, na sequência do artigo publicado n’ “O Mogas” nº 6. Estas incluem a sensibilização dos professores para esta problemática no sentido de reverem as exigências de material e as necessidades diárias para as aulas e para que incluam o volume/peso dos livros nos critérios de escolha dos manuais. Também incluem a concentração das aulas dos alunos do 2º e 3º ciclo em salas próximas e a disponibilização de cacifos próximo destas. Este assunto foi discutido e aprovado em Conselho Pedagógico do AEM, de acordo com informação transmitida pela Diretora. Propostas semelhantes foram também enviadas ao MEC, sem qualquer resposta. • Proposta de atuação em caso de neve, enviada à CMM e ao AEM. Foi aprovada na reunião do Conselho Municipal de Educação realizada a 19 de março de 2014. • Proposta de uso de vestuário identificativo pelos auxiliares educativos enviado ao AEM - recusada pela diretora. • Reclamação sobre ementas com refeições frias servida nas cantinas das escolas e proposta de que as mesmas não sejam servidas durante o inverno e que haja um acompanhamento do número de refeições consumidas e do real consumo das mesmas, enviada à CMM e ao AEM. A Diretora do AEM referiu que não são servidas refeições frias. Mais informou que a comida fica fria porque os alunos demoram muito tempo a consumi-la. A mesma reclamação e proposta foi enviada para o MEC, tendo sido encaminhada para a DGE mas até agora sem resposta. Foi solicitada uma visita às cantinas durante o período de almoço mas não foi possível efetuá-la até final deste ano letivo, ficando a sua realização para o próximo ano. • Proposta de acessos e de estacionamento na escola primária (ver O Mogas nº 3/4) enviada à CMM – a CMM respondeu informando que a proposta foi apreciada por técnicos do município e que há problemas que já estão solucionados ou em perspetiva de resolução; a proposta foi também analisada pelo Conselho Municipal de Educação que reconheceu a necessidade de melhorar alguns dos aspetos focados na mesma. • Foi realizada uma reunião com a diretora do AEM sobre as questões das cantinas e sobre as atividades não letivas no AEM. conto Uma professora quis ensinar à sua turma os efeitos do bullying... Deu a todos os seus alunos uma folha de papel e disse-lhes para a amarrotarem, deitarem para o chão e pisarem. Em suma, podiam estragar a folha o mais possível mas não rasgá-la. As crianças ficaram entusiasmadas e fizeram o seu melhor para amarrotarem a folha, tanto quanto possível. A seguir, a professora pediu-lhes para apanharem a folha e abri-la novamente com cuidado, para não rasgarem a mesma. Deviam endireitar a folha com o maior cuidado possível. Chamou-lhes a atenção para observarem como a folha estava suja e cheia de marcas. Depois, disse-lhes para pedirem desculpa ao papel em voz alta, enquanto o endireitavam. À medida que mostravam o seu arrependimento e passavam as mãos para alisar o papel, a folha não voltava ao seu estado original. Os vincos estavam bem marcados. A professora pediu então para que olhassem bem para os vincos e marcas no papel. E chamou-lhes a atenção para o facto que essas marcas NUNCA mais iriam desaparecer, mesmo que tentassem repará-las."É isto que acontece com as crianças que são "gozadas" por outras crianças" afirmou a professora: "Vocês podem pedir desculpa, podem tentar mostrar o vosso arrependimento, mas as marcas, essas ficam para sempre." Os vincos e marcas no papel não desapareceram, mas as caras das crianças deram para perceber que a mensagem da professora foi recebida e entendida. O bullying causa mais danos do que podemos imaginar!!! Procedimento em caso de encerramento por neve Quando há queda de neve em quantidades que ameaçam tornar as estradas escolas intransitáveis, são encerradas as e os alunos são enviados para casa, ocorrendo esta situação uma ou duas vezes por ano, no concelho de Mogadouro. Para a resolução desta emergência deve existir um protocolo que defina os procedimentos e as responsabilidades das entidades envolvidas e que garanta que os alunos não sejam colocados em situações perigosas. No ano letivo de 2012/2013 ocorreu uma típica situação de emergência de neve e verificou-se a ocorrência de situações preocupantes, em que alunos da primária foram encaminhados para casa sem que os pais soubessem e/ou estivessem disponíveis e o caso de uma aluna, também da primária, que decidiu, por sua própria iniciativa, alterar o seu local de destino, apanhando um autocarro diferente do habitual. Apesar de não ter havido nenhuma consequência grave, o que se passou serviu como indicador de que algo não estaria correto nestes procedimentos. Assim, a AMOGAPE decidiu fazer uma proposta de atuação nestes casos, primeiro genérica em 2013, apresentada ao AEM e sem qualquer resposta, e posteriormente, em 2014, uma proposta mais detalhada, apresentada à Câmara Municipal de Mogadouro, tendo em conta que esta entidade preside à Proteção Civil de Mogadouro. Esta proposta foi apresentada na reunião do Conselho Municipal de Educação em reunião realizada a 19/03/2014, tendo sido aprovada sem objeções, e deverá ser implementada no próximo ano letivo. A proposta tem por base os seguintes pressupostos: - o encerramento das aulas provocado por neve implica uma resposta célere; - qualquer que seja o procedimento adotado, este deverá garantir a segurança dos alunos e que estes são entregues nas suas casas ou em local indicado pelo encarregado de educação, entregues à responsabilidade de um adulto se assim for considerado necessário; - não é possível avisar todos os encarregados de educação em tempo útil, pelo que o procedimento deverá ser diferenciado tendo em conta a idade dos alunos e também a necessidade de deslocação destes, bem como de professores e auxiliares; - o conhecimento antecipado dos pais sobre o procedimento é imprescindível para que estes possam atuar em conformidade e tenham segurança sobre o que vai acontecer, assim como decidir sobre alguns aspetos do procedimento de acordo com a idade dos seus educandos. No início do ano letivo, deverá ser enviado a todos os encarregados de educação um formulário, explicando o procedimento que será implementado em caso de encerramento das atividades letivas devido à neve e solicitando que estes decidam sobre um conjunto de opções a tomar. O formulário será diferenciado em função da idade do aluno, dado que a partir de certa idade, e apesar de serem menores, os alunos já são capazes de tomar conta de si próprios e de tomar decisões responsáveis. O procedimento, neste último caso, será apenas o aviso de encerramento das aulas, devendo estes deslocar-se para casa ou para o autocarro respetivo. As opções existirão apenas para os alunos mais novos, sendo que estes são normalmente acompanhados pelos pais até à escola ou até aos autocarros. Na nossa proposta, as opções passam pela colocação do aluno no autocarro para casa ou num autocarro com outro destino, pela recolha do aluno pelo encarregado de educação ou por outra pessoa, ou pela autorização de que o mesmo possa sair da escola sem acompanhamento. Deverá ser assegurado pelos funcionários que os alunos entram nos autocarros respectivos e nos locais de destino, nomeadamente nas aldeias, deverá haver pelo menos um adulto responsável pela receção dos alunos, confirmando que nenhum fique abandonado. No caso de alunos que fiquem na escola a aguardar a sua recolha, deverá ser garantido o acompanhamento dos mesmos. Nos casos em que não é possível atuar conforme previsto, quer porque o aluno perdeu o seu transporte, quer porque o adulto responsável pela sua recolha não o fez num prazo razoável e é necessário fechar a escola, também se propôs que exista uma alternativa de recurso que consiste na colocação do aluno numa instituição com capacidade para servir refeições e que o possa acolher até que o mesmo possa ser encaminhado para o seu destino. Consideramos que esta proposta não é uma proposta fechada e que deve apenas servir de base para a definição de uma proposta de procedimentos definitivos. As experiências das entidades e pessoas envolvidas nestes procedimentos em situações semelhantes devem ser vertidas para o documento final, assim como deve ser testado o procedimento antes que a necessidade implique a sua implementação, verificando a existência de constrangimentos e de erros que será necessário corrigir. Com esta proposta, esperamos ter contribuído para a definição de um procedimento de atuação que não coloque os nossos alunos em situações de risco. O MOGAS Boletim Informativo da AMOGAPE Ficha Técnica: Periodicidade: Quadrimestral Direção: Xavier Martins Associação Mogadourense de Pais e Encarregados de Educação ● Macedo do Peso, 5200-401 Mogadouro [email protected] ● www.amogape.webnode.pt Impressão: Print4you, Centro de Impressão Digital, Lda Tiragem: 150 exemplares Depósito legal: 338620/12 ISSN 2182-4665 A problemática da cantina A cantina da Escola Básica e Secundária do Agrupamento de Escolas de Mogadouro está situada fora do recinto escolar e isso acarreta alguns problemas. Desde logo, implica o atravessamento de uma rua com uma forte pendente e com piso de empedrado que dificulta a paragem dos carros, especialmente em dias de chuva, neve e gelo, o que poderá originar acidentes e atropelamentos que, felizmente (tanto quanto sabemos) ainda não se verificaram. Por outro lado, implica que todos os alunos saiam da escola para almoçar, mais ou menos ao mesmo tempo, impedindo qualquer tentativa de controlo de saída ou de movimento dos alunos. Os alunos ficam assim com total liberdade para decidirem onde almoçam, onde passam o tempo do almoço e se voltam ou não à escola e a que horas. Isto acontece com todos os alunos a partir do 5º ano, ou seja, a partir dos 10 anos de idade. Muitos alunos não vão almoçar à cantina, indo comer noutros locais alimentos menos saudáveis e adequados ao seu crescimento, e depois do almoço deslocam-se para onde lhes apetece, para fazerem o que lhes apetece, sem qualquer vigilância. Já houve casos de alunos que não voltaram às aulas à tarde, ou que voltaram embriagados, perturbando as respetivas aulas. Esta situação não permite que os pais, nomeadamente os dos alunos que passam o dia inteiro “na escola”, estejam descansados em relação à sua segurança e às atividades que estes realizam, cabendo a cada um confiar no sentido de responsabilidade dos seus filhos. A outra opção consiste em ir buscá-los à hora de almoço e voltar a levá-los depois, dado que fora da hora do almoço e do final das atividades letivas diárias, a saída dos alunos só é permitida na posse de uma autorização assinada pelos encarregados de educação. No entanto, esta opção não é viável para a maioria dos pais. Relacionada com esta problemática está também a organização do horário dos alunos e a possibilidade de existência de tardes livres para atividades extras, o que já aconteceu no passado (ano lectivo 2010/2011). A experiência não correu como esperado porque os alunos que não tinham aulas e que não aderiram às atividades, saíam da escola e deambulavam pela vila, nomeadamente os alunos provenientes das aldeias que tinham de aguardar pelos autocarros, fazendo todo o tipo de outras atividades para ocupar o tempo. Os horários foram reorganizados no ano letivo seguinte, impossibilitando a existência desta tarde livre comum a todos os horários, e consequentemente, a possibilidade de todos os alunos participarem em atividades organizadas pela escola. Assim, a integração da cantina no espaço escolar representa uma mais valia a todos os níveis. Não é certo que se consiga efetuar o controlo de saída dos alunos na hora de almoço, devido ao elevado número de alunos que saem e à falta de meios de controlo mais eficazes, mas representa um primeiro passo para que isso possa ocorrer no futuro. Além disso, reduz obviamente o risco de acidentes nas ruas envolventes à escola. Desde o início da formação da AMOGAPE que a situação da cantina representa uma das nossas principais preocupações, sobre a qual já escrevemos cartas ao Agrupamento, à Câmara Municipal, ao Ministério da Educação e Ciência e até aos deputados da Assembleia da República eleitos pelo distrito de Bragança. O deputado Adão Silva manifestou a sua disponibilidade para colaborar na resolução deste problema, tendo já contactado a Diretora do Agrupamento e o Presidente do Município. O deputado Mota Andrade referiu que encaminhou o problema para a Comissão de Educação. Como se percebe, a situação ainda não está resolvida mas sabemos que o novo executivo da câmara tem este problema como uma das prioridades e esperamos que a breve prazo venha a ser resolvido. Consideramos que a opção ideal seria a integração da cantina no espaço da antiga Escola Preparatória Trindade Coelho, permitindo a utilização de um espaço que não está a ser aproveitado. Esta situação terá que ser avaliada, nomeadamente ao nível de custos, pelo que aguardamos pelo desenvolvimento desta problemática.