estudosemdestaque por | Márcia Pereira (ADENE – Agência para a Energia) Projecto ThERRA Proposta para definição e métodos de cálculo do calor renovável Resumo O principal objectivo do projecto ThERRA é desenvolver e disseminar uma metodologia de cálculo para determinar a energia térmica renovável na União Europeia. Numa fase inicial do projecto, foram recolhidas as práticas comuns de cálculo dos sete países participantes para as seguintes tipologias energéticas: geotermia, bombas de calor (ar ambiente), solar térmico, biomassa sólida, biogás e resíduos. Estas foram submetidas a uma análise das agências de energia, a qual contou com a participação das associações europeias de promoção das tecnologias envolvidas, o Eurostat/IEA, o Observ’ER e dos institutos estatísticos nacionais, a fim de desenvolver uma metodologia única de cálculo do calor renovável. A metodologia do ThERRA considerou o cálculo do calor renovável através de duas vias distintas. Primeiramente foi considerada a via Input, em temos de energia primária necessária ao sistema produtor de calor, e seguidamente a via Output, se se avaliar o calor útil produzido. Foi definida uma metodologia comum e testada com sucesso pelos institutos estatísticos de energia de cada país participante. Esta foi igualmente avaliada através de casos práticos de monitorização com a duração de um ano, promovidos pelos países participantes. No presente artigo apenas serão demonstradas as metodologias referentes às formas de energia renovável consideradas nas estatísticas portuguesas. A aceitação da metodologia de cálculo proposta pelo ThERRA, por parte do Eurostat/IEEA ainda se encontra pendente. Este já aceitou a definição de energia térmica renovável proposta e de igual forma alguns dos métodos de cálculo propostos. O projecto ambiciona a emissão de um despacho por parte da Comissão Europeia, com a descrição da metodologia complementar à do Eurostat. Palavras-chave: Monitorização, estatísticas, metas Europeias. 70 | Março/Abril climatização 1. Introdução 1.1. As Metas Europeias para as Energias Renováveis Numa recente proposta de directiva para a promoção de utilização de energia produzida através recursos renováveis da União Europeia, foi definido um objectivo de uma contribuição em 20% de toda a energia consumida. Os segmentos considerados pela directiva são a electricidade, aquecimento e arrefecimento e os transportes. Para se atingir a quota pretendida dos 20%, é essencial proceder-se a um grande crescimento a partir dos actuais 6% de produção com renováveis. Para Portugal a proposta que se encontra em fase de discussão indica que se atinjam 31% de contribuição de energias renováveis, face aos actuais (considerados dados de 2005) 20,5%. Através deste projecto Comissão pretende não só averiguar eventuais limitações dos dados estatísticos actualmente disponíveis mas também propor metodologias que garantam uma maior uniformidade da informação recolhida sobre RES-Heat pelas entidades nacionais e fornecida às autoridades estatísticas europeias (em particular, o Eurostat) e internacionais. Deste modo, poder-se-á avaliar de uma forma equitativa o cumprimentos ou não das metas desta nova directiva. 1.2. O projecto ThERRA O ThERRA é um projecto financiado pela Comissão Europeia, incluído no programa Intelligent Energy Europe (IEE). O seu objectivo é desenvolver e disseminar uma metodologia de monitorização da totalidade de quantidade de calor produzido na União Europeia, através de recursos naturais renováveis. Metodologia essa que deverá ser aceite pelos principais intervenientes da Europa, nomeadamente pelo EUROSTAT, o Observ’ER, associações e peritos europeus, e testada nos setes países participantes. Este projecto é liderado pela agência de energia SenterNovem da Holanda e tem como parceiros a ADEME (França), AEA (Áustria), BEA (Alemanha), CRES (Grécia) e KAPE (Polónia). O ThERRA tem a duração de 3 anos, de 2006 a 2008 e a maior parte do trabalho encontra-se finalizada. Os principais resultados constaram num levantamento das práticas correntes em cada um dos países participantes quanto a monitorizações e exemplos reais, numa proposta de uma metodologia e a sustentabilidade científica e técnica dessa. pelo interior da Terra. Estas incluem a energia gerada pelo sol, vento, geotermia, calor ambiente, água, marés, ondas, biocombustíveis (gás, líquidos e sólidos). Os resíduos poderão formar um combustível, combinando uma panóplia de compostos provenientes da indústria, hospitais, resíduos do segmento residencial como borrachas, plásticos, desperdícios de óleos de origem fóssil, entre outros. Geralmente este tipo de combustível é parcialmente renovável. As definições aplicadas a cada uma das formas de energia consideradas no projecto encontram-se a seguir enunciadas: n Geotermia - Calor gerado a partir de fontes geotérmi cas; n Calor Ambiente - Energia que pode ser trocada com o meio, seja ar ambiente ou o solo (energia geotérmica superfi cial); n Solar térmico - Calor proveniente da radiação solar directa e difusa para aquecimento ambiente e águas quentes sa nitárias. O solar passivo não é incluído; n Biomassa - Calor proveniente de biomassa líquida ou sólida; n Biogás - Calor obtido através de gás proveniente de fon tes biológicas tais como aterros, lamas de águas residuais, fertilizantes naturais, entre outros; n Resíduos - Calor produzido através de resíduos tais como os de teor orgânico, de proveniência doméstica, industrial e hospitalar. 2.2. O que é o calor renovável? Na generalidade, o calor resulta da conversão de um recurso energético em energia térmica. Se essa fonte for renovável, o calor resultante é igualmente renovável, tal como é mostrado na figura seguinte: Recurso Renovável Figura 1 Definição dos métodos Input e Output 2. Definição de Energia Térmica Renovável 2.1. O que é energia renovável? O Eurostat e a Agência Internacional de Energia (IEA) têm definido energia renovável como: Energia Renovável é a energia que deriva de um processo de transformação cujo recurso natural é reabastecido continuamente. O calor renovável poderá ser definido através de duas vertentes, a energia à entrada (input) e a energia à saída do sistema de conversão (output). A definição de Entrada está em linha com os balanços energéticos do Eurostat, cuja definição proposta é a seguinte: O calor renovável é a energia contida num recurso renovável que é convertida em calor útil. Existem diversas formas de energias renováveis, que derivam directa ou indirectamente do sol, ou do calor gerado Esta definição permite quantificar o calor renovável em termos de energia primária. Por outro lado, a energia à Saída será climatização Março/Abril | 71 estudosemdestaque denominada por “calor renovável útil final”, cuja definição proposta é a seguinte: O calor renovável de saída é o calor proveniente da conversão de um recurso energético renovável que será consumido pelo utilizador final ou por um processo de conversão consequente. Ambas as definições têm o seu mérito e o ThERRA concebeu uma metodologia que abranja ambos os métodos. Alguns países (Holanda e França) utilizam ainda outro método, o método de substituição. Este calcula o consumo de energia fóssil evitado pela utilização de um recurso renovável. A proposta de uma metodologia de quantificação do ThERRA não inclui este método, dado que este seria de difícil implementação a uma escala europeia. De qualquer forma, os resultados obtidos pelo método de substituição, querendo, poderiam adoptar um cariz complementar à informação oficial. Em qualquer um dos casos, a contribuição energética deverá ser utilizada como o valor de referência e não o total de energia contida no recurso renovável, i.e. a eficiência energética do sistema deverá ser considerada. 2.3. Outras Considerações Nesta metodologia não foi considerada a energia sob a forma de energia eléctrica consumida em equipamentos auxiliares, tais como bombas, ventiladores ou equipamentos de controlo. Esta foi considerada no caso das bombas de calor que consomem energia eléctrica mediante um processo de transformação termodinâmica. Não foi igualmente consideradas as perdas de distribuição nesta metodologia. 2.3.1. Cogeração Se a fonte é renovável e a energia final é 100% sob a forma de calor, os cálculos são simples. Mas estes serão mais complicados se a fonte não for completamente renovável, tal como no caso dos resíduos e/ou se a energia final tomar mais que uma forma, e.g. electricidade e calor (cogeração). Se o recurso for parcialmente renovável, apenas a energia contida na fracção renovável é considerada como input nos cálculos de obtenção do calor útil renovável. Relativamente às bombas de calor é considerada uma perspectiva similar. A figura seguinte representa um esquema de um sistema de cogeração, em que se figura a conversão de biomassa em energia térmica e energia eléctrica. Método Output: Eren = Qthermal Método Input: Onde, Eren: calor renovável (J) Qthermal: Produção de calor (J) Qelectric: Produção de electricidade (J) Qbiomass:Energia do combustível consumido (J) nelec:Rendimento médio da conversão eléctrica (-) O rendimento referido depende da forma como a electricidade é produzida no pais em causa. Os factores de energia primária são descritos em PrEN15603 (desenvolvido pela EPBD) poderão ser utilizados. 2.3.2. Combustão de uma mistura de combustíveis No caso de unidades de combustão de uma mistura de combustíveis, o método de cálculo poderá ser adaptado, como demonstra a seguinte figura. Figura 3 Metodologia utilizada no caso de um mix de combustível. Método Output: Onde, Qfossile: Combustível fossil de entrada (J) Método Input: Figura 2 Método para unidades de cogeração. 72 | Março/Abril climatização estudosemdestaque Com a nova Wilo-Smart substituir uma bomba é mais fácil do que nunca, porque adapta-se a 90% das instalações. Para a definição e descrição da contribuição calorífica dos recursos considerados pelo projecto, recorreu-se algumas directivas europeias, tais como: n Renewable Electricity directive (2001/77/EC) – biomassa, biogás, biocombustíveis e resíduos municipais; n prCEN/TS 15357, recovered fuels - Terminology, defini tions and descriptions – Mistura de combustíveis prove nientes de resíduos denominados por Sold Recovered Fuels (SRF); n TS 15440 Solid recovered fuels — Method for the deter mination of biomass content – Percentagem de Biomassa contida nos SRF. 3. Métodos de Cálculo da Contribuição das Renováveis 3.1. Métodos de Cálculo Existentes Nesta secção será, primeiramente, apresentada de uma forma sintética o levantamento dos métodos, incluindo as variáveis de entrada e as suas fontes para cada forma de energia considerada, mas apenas relativamente à contribuição portuguesa neste projecto. Finalmente será avaliada também, a sua utilidade tendo em vista uma metodologia comum. 3.1.1. Geotermia O método português é semelhante ao Holandês, mas não utiliza a potência nominal de cada uma das centrais. Este recorre à energia poupada média, valor esse obtido em 1993 através de um estudo em três instalações, cujo é utilizado para cada uma (método de substituição). utilizado qualquer método de substituição e a vida útil dos equipamenteos não é considerada. A área de colectores instalados foi obtida através de um estudo de 1993, cujo valor é actualizado anualmente recorrendo a valores stansdard (assumindo 7500m²/ano antes do ano de 2005 e 30000m²/ ano após). Em que, S: Superficie do total dos colectores instalados [m²] Im: Insolação média [GJ/m²/yr], valor estimado em 6.1GJ/ m²/year, DGGE Além disso faz desaparecer os ruidos na instalação e permite poupar até 50%* no consumo energético. A área dos colectores instalados é a base para qualquer método de cálculo do calor para sistemas solares, que é multiplicado pelo factor de insolação. Factor este que poderá ser mais ou menos realístico, dependendo do modo de apuramento deste. O método a propor pelo ThERRA terá em conta a forma de obtenção deste factor. 3.1.4. Biomassa Sólida Correntemente são considerados dois segmentos, o residencial e o industrial. No primeiro, no caso doméstico, a energia renovável é calculada através do número de fogos que possuem sistemas de queima de biomassa (inquéritos datados de 1995 da DGEG), o consumo médio de combustível e o seu poder calorífico médio (cujo valor estimado é fixo, 0,3tep/t de biomassa sólida), através da expressão a seguir demonstrada. Onde, Onde, Esa,mean: Média da energia poupada pela instalação [tep/ano] Ninst: Ninst: CObmass:Consumo de biomassa por fogo [tepn/inst] Número de instalações *Comparada com bombas de aquecimento sem regulação. Número de habitações HVwood: Poder calorífico médio [tep/t] Wilo-Smart. 3.1.2. Bombas de Calor Em Portugal, tal como na Grécia, as bombas de calor não são consideradas como sistemas de energias renováveis, consequentemente nenhum método foi proposto. Aqui, existe uma grande incerteza relativamente ao consumo e ao poder calorífico de biomassa. Dado que os valores utilizados são baseados em médias nacionais através de inquéritos. No segmento industrial, são realizados inquéritos anuais às empresas ou unidades fabris que possuam cogeração a biomassa, sobre o combustível consumido e sobre a produção de energia térmica e eléctrica. A capacidade de auto-regulação da nova Wilo-Smart permite-lhe adaptar-se a 90% das instalações, poupar até 50%* no consumo energético e eliminar os ruidos derivados da regulação termostática. Formidável? Isto é Pumpen Intelligenz. 3.1.3. Solar Térmico O método proposto é baseado na área total de colectores solares instalados, multiplicada pela insolação média. Não é 3.1.5. Biogás Relativamente ao biogás, a contabilização do calor produzido em Portugal é realizado através de inquéritos anuais. O método mais simples de obter um consenso seria o de monitorizar os dados, mas nenhum dos países envolvidos o propôs. 74 | Março/Abril climatização www.wilo.pt estudosemdestaque 1º Fabricante Ibérico Em que é medida o total de calor produzido. Este método requer um acesso directo aos fornecedores de calor e/ou ao consumidor final. Método Input: 3.1.6. Resíduos Em Portugal, os resíduos são considerados apenas para a produção de energia eléctrica. Método Output: 3.2. Proposta de Métodos de Cálculo pelo projecto ThERRA Neste subcapítulo serão apresentados os métodos propostos de quantificação da produção de calor renovável, mas somente para Portugal. Os restantes métodos poderão ser acedidos através dos relatórios de cada uma das fases do projecto [www.therra.info]. Serão incluídas as formas de energia que afectam o mix energetcio nancional, nomeadamente, geotermia, solar térmico, biomassa sólida e biogás. 3.2.1. Geotermia O Eurostat calcula a energia geotérmica subtraindo o calor do fluido injectado na crosta terrestre ao calor do fluido ou vapor extraído desta. 18º Aniversário MÁQUINA ÚNICA NA EUROPA Método 2 - Estimativa com base na instalação Este somente é utilizado, sempre que o primeiro não é aplicável. No caso do Método Input o calor renovável é obtido via a multiplicação da potência nominal pelas horas de funcionamento do sistema. Se se optar pela quantificação da energia térmica à saída do sistema de conversão, multiplica-se a expressão anterior pela eficiência térmica da instalação. Linha automática para fabrico de condutas com aros directamente incorporados, sem fugas, sem soldaduras, sem corrosão, melhor acabamento e preço. Descontos de 20% até 40% Método Input: Método Output: MÁQUINA IMPAR EM PORTUGAL A capacidade térmica nominal, Pin,th é geralmente conhecida. O número total de horas de funcionamento poderá ser estimado atarvés dos dados. Figura 4 Esquema de um sistema geotérmico. Tubo SPIRO EUROAR de 80 mm até 2500 mm de diâmetro em chapa de 0,50 até 2 mm espessura. 3.2.2. Solar Térmico É considerado nos cálculos o calor proveniente da radiação solar, directamente ou por difusão, obtida através de um sistema activo. No ThERRA, dois métodos são propostos para calcular a contribuição renovável do calor produzido através de um sistema geotérmico. Método 1 - Monitorização Este método deverá ser tomado como primeira opção, pois é o mais fiável. A energia renovável do sistema é calculada através da diferença de entalpias, à entrada e saída do sistema, multiplicada pelo caudal de fluido, isto se seguir o Método Input. Pelo Método Output, o resultado do primeiro deverá ser multiplicado por um factor de eficiência térmica, estimado através da eficiência do sistema. 76 | Março/Abril climatização Figura 5 Esquema de um sistema geotérmico. Rua do Moinho, n.º 8 - ST.ª Eulália | 2665-413 St.º Estevão das Galés Tel. 21 9677730 | Fax. 21 9271869 | E-mail: [email protected] | www.euroar.pt estudosemdestaque Na maioria dos métodos existentes, a área dos colectores são multiplicados pela sua produtividade, que por sua vez são função do sistema, do tipo de colector e pelo clima. Com o objectivo de separar a produtividade dos colectores com os dados meteorológicos, o Jan Eric Nielsen (ESTIF – European Solar Thermal Industry Federation) que é recomendado para as estatísticas, cuja fórmula é a seguinte: Em que, C: Coeficiente que varia consoante o tipo de aplicação A: Média da área dos colectores instalados [m2] G: Radiação global para uma orientação óptima do colector [GJ/m2] Este método tem a vantagem de ser aplicável em qualquer país, dado que a irradiação solar deverá ser obtida através dos dados meteorológicos e a área dos colectores poderá ser obtida através dos fabricantes ou organizações. Conforme o Eurostat, a produção de energia térmica solar (método input), é estimada através da diferença entre o calor disponível e as perdas no colector, cujas são dependentes do tipo de colector e das temperaturas de utilização. Este quantifica a energia primária como 80% da energia máxima disponível. O Método Output é o calor útil à saída do sistema solar, que não é mais que uma multiplicação da área dos colectores e da irradiação solar pelo factor C, que tomará os valores enunciados na tabela 1. Em caso de dúvida, deverá ser utilizado por defeito o valor mais baixo. Tabela 1: Factor de eficiência térmica, consoante o tipo de equipamento e a utilização final Tipo de sistemas Eficiências de sistema Flat plate Individual DHWS 0.25 0.25 - Collective DHWS 0.25 0.25 - ? ? - 0.25- - 0.25 Swimming pools 78 | Março/Abril climatização Método Input: 3.2.3. Biomassa Sólida O Eurostat refere que a biomassa sólida poderá ter origem orgânica e matérias biológicas não fósseis que poderão ser utilizados como combustível para produção de calor e electricidade. Que, de uma forma muito sintética compreende: nCarvão Vegetal; nMadeira, desperdícios de madeira e outros; nOutras formas de combustível lenhoso; nPellets e briquettes; nResíduos provenientes do processamento da nSolid Recovered Fuels. madeira; A maioria das instalações existentes são em menor escala, encontradas em habitações uni e multi-familiares, onde não é levada a cabo qualquer método de monitorização. Por outro lado, as unidades de maior capacidade, eventualmente, são monitorizadas. De modo a cobrir as necessidades de ambos os segmentos, o ThERRA propõe o seguinte: Método 1 - Monitorização Para as unidades monitorizadas deverá ser medido o consumo de biomassa (método input) e considerado o valor médio do poder calorífico do combustível utilizado neste caso. Por outro lado, o Método Output, é baseado directamente no calor monitorizado, vendido ao consumidor final. Método Input: Vacuum Uncovered Energia para bombas e outros equipamentos auxiliares não deverão ser considerados. Método Input: tipo de instalação utilizada (e.g. caldeiras de pellets versus as clássicas lareiras). Tipo de Colector System type Solar combi-systems Método Output: Método Output: Método 2 - Estimativa baseada no consumo de biomassa Esta quantificação é obtida através de inquéritos sobre o consumo de biomassa e do número de instalações, definindo deste modo o total de combustível consumido para a produção de calor. A este valor deverá ser multiplicado pelo poder calorífico médio, tendo em conta a composição da biomassa utilizada. O calor à saída do sistema de queima deverá é obtido pelo Qin,th multiplicado pela eficiência do sistema. Esta eficiência varia significativamente consoante o Método Output: Método 3 - Estimativa baseada nos valores nominais Para as unidades cujos métodos anteriormente enunciados não são aplicáveis, o total de calor renovável poderá ser estimado através de um cálculo com a potência instalada e o número de horas de utilização. Método Input: Método Output: No caso de combustíveis do tipo SRF, a fracção de biomassa deverá ser considerada em concordância com o CEN/ TS/15440. 3.2.4. Biogás Seguindo a definição do Eurostat, o biogás é um gás composto principalmente por metano e dióxido de carbono, produzido pela digestão anaeróbica da biomassa. Na maioria dos casos, a monitorização faculta informação suficiente para as estatísticas, mas um segundo método foi definido para os casos em que esta não foi apreciada. Método 1 - Monitorização Tendo por base uma análise em termos da energia primária, o método é semelhante ao correspondente da biomassa. Por outro lado, o Método Output, é baseado directamente na quantidade de calor consumida (monitorizada) ou, caso apenas energia eléctrica é monitorizada, deverá ser monitorizada a electricidade produzida e a sua eficiência. Todavia, deverá ser considerado o factor τdemanded-heat, pois nem todo o calor produzido é para efeitos de aquecimento (e arrefecimento), pois uma fracção deste é, usualmente, utilizada para a produção do biogás. PAINEL TÁCTIL estudosemdestaque Edifícios, Energia e Qualidade do ar Interior AVAC - Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado 4.2. Biomassa Sólida Método Input: Tabela 3: Exemplo de cálculo (Alemanha - Set. 2004) Fonte: Biomassekraftwerk Güssing GmbH & Co KG. Método Output: Monitorização térmica Monitorização eléctrica Método 2 - Estimativa baseada no consumo do biogás consumido para fins de aquecimento Método similar ao método 2 da biomassa sólida. Método 1 Qout, th 19,75 GWhth (injectado na rede de aquecimento) Método 2 Qin, th, ren 49,05 GWhth Qin, th, fossil 3,32 GWhth τren, in 49,05 / (49.05+3,32) = 0.93 Método 3 Qin, th, ren 49,05 GWhth Qout, th, ren 19,75* 0.93=18,5 GWhth 4. Casos de exemplo Com o objectivo de mostrar como são realizados os cálculos de cada um dos métodos propostos, recorreu-se a dados oficiais de cada um dos países participantes. Neste capítulo foram apenas incluídos a geotermia e a biomassa sólida. 5. Conclusões O método mais fiável é a monitorização, pois apenas desta forma poder-se-á obter dados mais realísticos e equitativos, relativamente a todos os países da EU. A forma energética que poderá ser mais complexa em termos quantitativos será a referente ao ar ambiente obtido através de bombas de calor, que não se encontra descrito neste artigo. O ThERRA teve o cuidado de se basear nas definições e metodologias existentes de modo a ser considerado como uma extensão do Eurostat e IEA, por forma a ser facilmente implementado nos restantes países europeus. A metodologia proposta já foi testada nos países participantes pelos seus institutos de estatística, com resultados bastante positivos. Deste teste, foram detectados alguns erros provenientes dos dados monitorizados e/ou obtidos através dos inquéritos. A ser aplicada, esta metodologia irá por certo auxiliar a meta de 20% de contribuição das energias renováveis no ano de 2020, do total de energia consumida na Europa. 4.1. Geotermia Referências Bibliográficas Método Input: Método Output: Tabela 2: Exemplo de cálculo (França - 2004) Fonte: EURObserv’ER Potência Instalada 291.9 MW Considerações Horas de funcionamento 4000h Eficiência 0.9 Método 2 Método Output Método Input Qout,th = Qout,th / nth = 1297333 MWh Tudo o que precisa saber actualidade, regulamentação, estudos, opinião, mercado, tecnologia... www.climatizacao.pt [1] European Union, (2008), Proposal for a Directive of the European Parliament and of the Council on the Promotion of the Use of Energy from Renewable Sources, Com(2008) 19, 23-1-2008, Brussels; ! [2] Eurostat Energy Yearly Statistic 2006, (2008), Eurostat, Luxembourg, http://ec.europa.eu/eurostat; ASSINATURA DA REVISTA CLIMATIZAÇÃO [3] The ThERRA project, several reports see www.therra.info , EU-contract: EIE/05/129/SI2.420023; Sim, quero assinar a revista CLIMATIZAÇÃO por 6 números consecutivos e beneficiar da oferta de um número, pelo preço global de 30,00€. [4] ThERRA, Proposal for the definition and calculation principle for renewable heat, (2007); Pago, enviando junto um cheque à ordem de Media Line - Comunicação e Imagem, Lda. Nota: o cupão pode ser fotocopiado. Para a morada: Rua da Piedade, n.º 15 C • 1495-104 ALGÉS • Informações: 21 4118360 ou [email protected] Os dados recolhidos são objecto de tratamento informatizado e destinam-se à gestão do seu pedido. Ao seu titular é garantido o direito de acesso, rectificação, alteração ou eliminação sempre que para isso contacte por escrito a Media Line - Comunicação e Imagem, Lda. [5] R. Segers, (2007), based on the Eurostat data, private communication; Qout,th = 1167600 MWh Solar Térmico Energias Renováveis [6] R.Segers, (2008), ThERRA Benchmark: Test of a Method for Calculating Renewable Heat, CBS, Therra, www.therra.info; [7] H. Tretter, (2008) WP4: monitoring report, www.therra.info; no valor de Nome: Morada: Cód. Postal: 80 | Março/Abril climatização Telefone: Contribuinte: Telemóvel: E-mail: Caso não pretenda receber outras propostas comerciais, assinale com uma cruz.