estudosemdestaque
por | Márcia Pereira (ADENE – Agência para a Energia)
Projecto ThERRA
Proposta para definição e métodos
de cálculo do calor renovável
Resumo
O principal objectivo do projecto ThERRA é desenvolver e
disseminar uma metodologia de cálculo para determinar a
energia térmica renovável na União Europeia. Numa fase
inicial do projecto, foram recolhidas as práticas comuns
de cálculo dos sete países participantes para as seguintes
tipologias energéticas: geotermia, bombas de calor (ar ambiente), solar térmico, biomassa sólida, biogás e resíduos.
Estas foram submetidas a uma análise das agências de
energia, a qual contou com a participação das associações europeias de promoção das tecnologias envolvidas,
o Eurostat/IEA, o Observ’ER e dos institutos estatísticos
nacionais, a fim de desenvolver uma metodologia única
de cálculo do calor renovável.
A metodologia do ThERRA considerou o cálculo do calor
renovável através de duas vias distintas. Primeiramente
foi considerada a via Input, em temos de energia primária
necessária ao sistema produtor de calor, e seguidamente a
via Output, se se avaliar o calor útil produzido. Foi definida
uma metodologia comum e testada com sucesso pelos
institutos estatísticos de energia de cada país participante.
Esta foi igualmente avaliada através de casos práticos de
monitorização com a duração de um ano, promovidos
pelos países participantes. No presente artigo apenas
serão demonstradas as metodologias referentes às formas de energia renovável consideradas nas estatísticas
portuguesas.
A aceitação da metodologia de cálculo proposta pelo
ThERRA, por parte do Eurostat/IEEA ainda se encontra
pendente. Este já aceitou a definição de energia térmica
renovável proposta e de igual forma alguns dos métodos de
cálculo propostos. O projecto ambiciona a emissão de um
despacho por parte da Comissão Europeia, com a descrição
da metodologia complementar à do Eurostat.
Palavras-chave:
Monitorização, estatísticas, metas Europeias.
70 | Março/Abril climatização
1. Introdução
1.1. As Metas Europeias para as Energias Renováveis
Numa recente proposta de directiva para a promoção de
utilização de energia produzida através recursos renováveis
da União Europeia, foi definido um objectivo de uma contribuição em 20% de toda a energia consumida. Os segmentos
considerados pela directiva são a electricidade, aquecimento
e arrefecimento e os transportes.
Para se atingir a quota pretendida dos 20%, é essencial proceder-se a um grande crescimento a partir dos actuais 6%
de produção com renováveis.
Para Portugal a proposta que se encontra em fase de discussão indica que se atinjam 31% de contribuição de energias
renováveis, face aos actuais (considerados dados de 2005)
20,5%. Através deste projecto Comissão pretende não só
averiguar eventuais limitações dos dados estatísticos actualmente disponíveis mas também propor metodologias que
garantam uma maior uniformidade da informação recolhida
sobre RES-Heat pelas entidades nacionais e fornecida às
autoridades estatísticas europeias (em particular, o Eurostat)
e internacionais. Deste modo, poder-se-á avaliar de uma
forma equitativa o cumprimentos ou não das metas desta
nova directiva.
1.2. O projecto ThERRA
O ThERRA é um projecto financiado pela Comissão Europeia,
incluído no programa Intelligent Energy Europe (IEE). O seu
objectivo é desenvolver e disseminar uma metodologia de
monitorização da totalidade de quantidade de calor produzido
na União Europeia, através de recursos naturais renováveis.
Metodologia essa que deverá ser aceite pelos principais
intervenientes da Europa, nomeadamente pelo EUROSTAT,
o Observ’ER, associações e peritos europeus, e testada nos
setes países participantes.
Este projecto é liderado pela agência de energia SenterNovem
da Holanda e tem como parceiros a ADEME (França), AEA
(Áustria), BEA (Alemanha), CRES (Grécia) e KAPE (Polónia).
O ThERRA tem a duração de 3 anos, de 2006 a 2008 e a
maior parte do trabalho encontra-se finalizada. Os principais
resultados constaram num levantamento das práticas correntes
em cada um dos países participantes quanto a monitorizações
e exemplos reais, numa proposta de uma metodologia e a
sustentabilidade científica e técnica dessa.
pelo interior da Terra. Estas incluem a energia gerada pelo
sol, vento, geotermia, calor ambiente, água, marés, ondas,
biocombustíveis (gás, líquidos e sólidos). Os resíduos poderão formar um combustível, combinando uma panóplia de
compostos provenientes da indústria, hospitais, resíduos do
segmento residencial como borrachas, plásticos, desperdícios
de óleos de origem fóssil, entre outros. Geralmente este tipo
de combustível é parcialmente renovável.
As definições aplicadas a cada uma das formas de energia consideradas no projecto encontram-se a seguir enunciadas:
n Geotermia
- Calor gerado a partir de fontes geotérmi cas;
n Calor Ambiente - Energia que pode ser trocada com o meio,
seja ar ambiente ou o solo (energia geotérmica superfi cial);
n Solar térmico - Calor proveniente da radiação solar directa e
difusa para aquecimento ambiente e águas quentes sa nitárias. O solar passivo não é incluído;
n Biomassa - Calor proveniente de biomassa líquida ou
sólida;
n Biogás - Calor obtido através de gás proveniente de fon tes biológicas tais como aterros, lamas de águas residuais,
fertilizantes naturais, entre outros;
n Resíduos - Calor produzido através de resíduos tais como
os de teor orgânico, de proveniência doméstica, industrial
e hospitalar.
2.2. O que é o calor renovável?
Na generalidade, o calor resulta da conversão de um recurso
energético em energia térmica. Se essa fonte for renovável, o
calor resultante é igualmente renovável, tal como é mostrado
na figura seguinte:
Recurso
Renovável
Figura 1 Definição dos métodos Input e Output
2. Definição de Energia Térmica Renovável
2.1. O que é energia renovável?
O Eurostat e a Agência Internacional de Energia (IEA) têm
definido energia renovável como: Energia Renovável é a
energia que deriva de um processo de transformação cujo
recurso natural é reabastecido continuamente.
O calor renovável poderá ser definido através de duas vertentes,
a energia à entrada (input) e a energia à saída do sistema de
conversão (output). A definição de Entrada está em linha com
os balanços energéticos do Eurostat, cuja definição proposta é
a seguinte: O calor renovável é a energia contida num recurso
renovável que é convertida em calor útil.
Existem diversas formas de energias renováveis, que derivam directa ou indirectamente do sol, ou do calor gerado
Esta definição permite quantificar o calor renovável em termos
de energia primária. Por outro lado, a energia à Saída será
climatização Março/Abril | 71
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denominada por “calor renovável útil final”, cuja definição
proposta é a seguinte: O calor renovável de saída é o calor
proveniente da conversão de um recurso energético renovável
que será consumido pelo utilizador final ou por um processo
de conversão consequente.
Ambas as definições têm o seu mérito e o ThERRA concebeu
uma metodologia que abranja ambos os métodos. Alguns
países (Holanda e França) utilizam ainda outro método, o método de substituição. Este calcula o consumo de energia fóssil
evitado pela utilização de um recurso renovável. A proposta
de uma metodologia de quantificação do ThERRA não inclui
este método, dado que este seria de difícil implementação a
uma escala europeia. De qualquer forma, os resultados obtidos
pelo método de substituição, querendo, poderiam adoptar
um cariz complementar à informação oficial.
Em qualquer um dos casos, a contribuição energética deverá
ser utilizada como o valor de referência e não o total de energia
contida no recurso renovável, i.e. a eficiência energética do
sistema deverá ser considerada.
2.3. Outras Considerações
Nesta metodologia não foi considerada a energia sob a forma
de energia eléctrica consumida em equipamentos auxiliares, tais como bombas, ventiladores ou equipamentos de
controlo. Esta foi considerada no caso das bombas de calor
que consomem energia eléctrica mediante um processo de
transformação termodinâmica.
Não foi igualmente consideradas as perdas de distribuição
nesta metodologia.
2.3.1. Cogeração
Se a fonte é renovável e a energia final é 100% sob a forma
de calor, os cálculos são simples. Mas estes serão mais complicados se a fonte não for completamente renovável, tal como
no caso dos resíduos e/ou se a energia final tomar mais que
uma forma, e.g. electricidade e calor (cogeração).
Se o recurso for parcialmente renovável, apenas a energia
contida na fracção renovável é considerada como input nos
cálculos de obtenção do calor útil renovável. Relativamente às
bombas de calor é considerada uma perspectiva similar.
A figura seguinte representa um esquema de um sistema de
cogeração, em que se figura a conversão de biomassa em
energia térmica e energia eléctrica.
Método Output:
Eren = Qthermal
Método Input: Onde,
Eren:
calor renovável (J)
Qthermal:
Produção de calor (J)
Qelectric:
Produção de electricidade (J)
Qbiomass:Energia do combustível consumido (J)
nelec:Rendimento médio da conversão eléctrica (-)
O rendimento referido depende da forma como a electricidade é produzida no pais em causa. Os factores de energia
primária são descritos em PrEN15603 (desenvolvido pela
EPBD) poderão ser utilizados.
2.3.2. Combustão de uma mistura de combustíveis
No caso de unidades de combustão de uma mistura de combustíveis, o método de cálculo poderá ser adaptado, como
demonstra a seguinte figura.
Figura 3 Metodologia utilizada no caso de um mix de combustível.
Método Output:
Onde,
Qfossile: Combustível fossil de entrada (J)
Método Input:
Figura 2 Método para unidades de cogeração.
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Com a nova Wilo-Smart substituir uma
bomba é mais fácil do que nunca, porque
adapta-se a 90% das instalações.
Para a definição e descrição da contribuição calorífica dos
recursos considerados pelo projecto, recorreu-se algumas
directivas europeias, tais como:
n Renewable Electricity directive (2001/77/EC) – biomassa,
biogás, biocombustíveis e resíduos municipais;
n prCEN/TS 15357, recovered fuels - Terminology, defini tions and descriptions – Mistura de combustíveis prove nientes de resíduos denominados por Sold Recovered
Fuels (SRF);
n TS 15440 Solid recovered fuels — Method for the deter mination of biomass content – Percentagem de Biomassa
contida nos SRF.
3. Métodos de Cálculo
da Contribuição das Renováveis
3.1. Métodos de Cálculo Existentes
Nesta secção será, primeiramente, apresentada de uma
forma sintética o levantamento dos métodos, incluindo as
variáveis de entrada e as suas fontes para cada forma de
energia considerada, mas apenas relativamente à contribuição
portuguesa neste projecto. Finalmente será avaliada também,
a sua utilidade tendo em vista uma metodologia comum.
3.1.1. Geotermia
O método português é semelhante ao Holandês, mas não
utiliza a potência nominal de cada uma das centrais. Este
recorre à energia poupada média, valor esse obtido em 1993
através de um estudo em três instalações, cujo é utilizado
para cada uma (método de substituição).
utilizado qualquer método de substituição e a vida útil dos
equipamenteos não é considerada. A área de colectores instalados foi obtida através de um estudo de 1993, cujo valor
é actualizado anualmente recorrendo a valores stansdard
(assumindo 7500m²/ano antes do ano de 2005 e 30000m²/
ano após).
Em que,
S: Superficie do total dos colectores instalados [m²]
Im: Insolação média [GJ/m²/yr], valor estimado em 6.1GJ/
m²/year, DGGE
Além disso faz desaparecer os ruidos na
instalação e permite poupar até 50%* no
consumo energético.
A área dos colectores instalados é a base para qualquer método
de cálculo do calor para sistemas solares, que é multiplicado
pelo factor de insolação. Factor este que poderá ser mais ou
menos realístico, dependendo do modo de apuramento deste.
O método a propor pelo ThERRA terá em conta a forma de
obtenção deste factor.
3.1.4. Biomassa Sólida
Correntemente são considerados dois segmentos, o residencial
e o industrial.
No primeiro, no caso doméstico, a energia renovável é calculada através do número de fogos que possuem sistemas de
queima de biomassa (inquéritos datados de 1995 da DGEG),
o consumo médio de combustível e o seu poder calorífico
médio (cujo valor estimado é fixo, 0,3tep/t de biomassa
sólida), através da expressão a seguir demonstrada.
Onde,
Onde,
Esa,mean: Média da energia poupada pela instalação
[tep/ano]
Ninst:
Ninst:
CObmass:Consumo de biomassa por fogo [tepn/inst]
Número de instalações
*Comparada com bombas de aquecimento sem regulação.
Número de habitações
HVwood: Poder calorífico médio [tep/t]
Wilo-Smart.
3.1.2. Bombas de Calor
Em Portugal, tal como na Grécia, as bombas de calor não
são consideradas como sistemas de energias renováveis,
consequentemente nenhum método foi proposto.
Aqui, existe uma grande incerteza relativamente ao consumo e
ao poder calorífico de biomassa. Dado que os valores utilizados
são baseados em médias nacionais através de inquéritos.
No segmento industrial, são realizados inquéritos anuais às
empresas ou unidades fabris que possuam cogeração a biomassa, sobre o combustível consumido e sobre a produção
de energia térmica e eléctrica.
A capacidade de auto-regulação da nova Wilo-Smart permite-lhe adaptar-se a
90% das instalações, poupar até 50%* no consumo energético e eliminar os ruidos derivados da regulação termostática.
Formidável? Isto é Pumpen Intelligenz.
3.1.3. Solar Térmico
O método proposto é baseado na área total de colectores
solares instalados, multiplicada pela insolação média. Não é
3.1.5. Biogás
Relativamente ao biogás, a contabilização do calor produzido em Portugal é realizado através de inquéritos anuais.
O método mais simples de obter um consenso seria o de
monitorizar os dados, mas nenhum dos países envolvidos
o propôs.
74 | Março/Abril climatização
www.wilo.pt
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1º Fabricante Ibérico
Em que é medida o total de calor produzido. Este método
requer um acesso directo aos fornecedores de calor e/ou ao
consumidor final.
Método Input:
3.1.6. Resíduos
Em Portugal, os resíduos são considerados apenas para a
produção de energia eléctrica.
Método Output:
3.2. Proposta de Métodos de Cálculo pelo projecto
ThERRA
Neste subcapítulo serão apresentados os métodos propostos
de quantificação da produção de calor renovável, mas somente
para Portugal. Os restantes métodos poderão ser acedidos
através dos relatórios de cada uma das fases do projecto
[www.therra.info]. Serão incluídas as formas de energia que
afectam o mix energetcio nancional, nomeadamente, geotermia, solar térmico, biomassa sólida e biogás.
3.2.1. Geotermia
O Eurostat calcula a energia geotérmica subtraindo o calor
do fluido injectado na crosta terrestre ao calor do fluido ou
vapor extraído desta.
18º Aniversário
MÁQUINA ÚNICA NA EUROPA
Método 2 - Estimativa com base na instalação
Este somente é utilizado, sempre que o primeiro não é aplicável. No caso do Método Input o calor renovável é obtido via
a multiplicação da potência nominal pelas horas de funcionamento do sistema. Se se optar pela quantificação da energia
térmica à saída do sistema de conversão, multiplica-se a
expressão anterior pela eficiência térmica da instalação.
Linha automática para fabrico de condutas com aros directamente incorporados, sem fugas,
sem soldaduras, sem corrosão, melhor acabamento e preço. Descontos de 20% até 40%
Método Input:
Método Output:
MÁQUINA IMPAR EM PORTUGAL
A capacidade térmica nominal, Pin,th é geralmente conhecida.
O número total de horas de funcionamento poderá ser estimado atarvés dos dados.
Figura 4 Esquema de um sistema geotérmico.
Tubo SPIRO EUROAR de 80 mm até 2500 mm de diâmetro em chapa de 0,50 até 2 mm espessura.
3.2.2. Solar Térmico
É considerado nos cálculos o calor proveniente da radiação
solar, directamente ou por difusão, obtida através de um
sistema activo.
No ThERRA, dois métodos são propostos para calcular a contribuição renovável do calor produzido através de um sistema
geotérmico.
Método 1 - Monitorização
Este método deverá ser tomado como primeira opção, pois
é o mais fiável. A energia renovável do sistema é calculada
através da diferença de entalpias, à entrada e saída do sistema,
multiplicada pelo caudal de fluido, isto se seguir o Método
Input. Pelo Método Output, o resultado do primeiro deverá
ser multiplicado por um factor de eficiência térmica, estimado
através da eficiência do sistema.
76 | Março/Abril climatização
Figura 5 Esquema de um sistema geotérmico.
Rua do Moinho, n.º 8 - ST.ª Eulália | 2665-413 St.º Estevão das Galés
Tel. 21 9677730 | Fax. 21 9271869 | E-mail: [email protected] | www.euroar.pt
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Na maioria dos métodos existentes, a área dos colectores são
multiplicados pela sua produtividade, que por sua vez são
função do sistema, do tipo de colector e pelo clima.
Com o objectivo de separar a produtividade dos colectores com
os dados meteorológicos, o Jan Eric Nielsen (ESTIF – European
Solar Thermal Industry Federation) que é recomendado para
as estatísticas, cuja fórmula é a seguinte:
Em que,
C: Coeficiente que varia consoante o tipo de aplicação
A: Média da área dos colectores instalados [m2]
G: Radiação global para uma orientação óptima do colector
[GJ/m2]
Este método tem a vantagem de ser aplicável em qualquer
país, dado que a irradiação solar deverá ser obtida através
dos dados meteorológicos e a área dos colectores poderá ser
obtida através dos fabricantes ou organizações.
Conforme o Eurostat, a produção de energia térmica solar
(método input), é estimada através da diferença entre o calor
disponível e as perdas no colector, cujas são dependentes
do tipo de colector e das temperaturas de utilização. Este
quantifica a energia primária como 80% da energia máxima
disponível.
O Método Output é o calor útil à saída do sistema solar, que
não é mais que uma multiplicação da área dos colectores e
da irradiação solar pelo factor C, que tomará os valores enunciados na tabela 1. Em caso de dúvida, deverá ser utilizado
por defeito o valor mais baixo.
Tabela 1: Factor de eficiência térmica,
consoante o tipo de equipamento e a utilização final
Tipo de sistemas
Eficiências de sistema
Flat plate
Individual DHWS
0.25
0.25
-
Collective DHWS
0.25
0.25
-
?
?
-
0.25-
-
0.25
Swimming pools
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Método Input:
3.2.3. Biomassa Sólida
O Eurostat refere que a biomassa sólida poderá ter origem
orgânica e matérias biológicas não fósseis que poderão ser
utilizados como combustível para produção de calor e electricidade. Que, de uma forma muito sintética compreende:
nCarvão Vegetal;
nMadeira, desperdícios de madeira e outros;
nOutras formas de combustível lenhoso;
nPellets e briquettes;
nResíduos provenientes do processamento da
nSolid Recovered Fuels.
madeira;
A maioria das instalações existentes são em menor escala,
encontradas em habitações uni e multi-familiares, onde não
é levada a cabo qualquer método de monitorização. Por outro
lado, as unidades de maior capacidade, eventualmente, são
monitorizadas.
De modo a cobrir as necessidades de ambos os segmentos,
o ThERRA propõe o seguinte:
Método 1 - Monitorização
Para as unidades monitorizadas deverá ser medido o consumo
de biomassa (método input) e considerado o valor médio do
poder calorífico do combustível utilizado neste caso. Por outro
lado, o Método Output, é baseado directamente no calor
monitorizado, vendido ao consumidor final.
Método Input:
Vacuum Uncovered
Energia para bombas e outros equipamentos auxiliares não
deverão ser considerados.
Método Input:
tipo de instalação utilizada (e.g. caldeiras de pellets versus
as clássicas lareiras).
Tipo de Colector
System type
Solar combi-systems
Método Output:
Método Output:
Método 2 - Estimativa baseada no consumo de biomassa
Esta quantificação é obtida através de inquéritos sobre o
consumo de biomassa e do número de instalações, definindo deste modo o total de combustível consumido para
a produção de calor. A este valor deverá ser multiplicado
pelo poder calorífico médio, tendo em conta a composição
da biomassa utilizada. O calor à saída do sistema de queima
deverá é obtido pelo Qin,th multiplicado pela eficiência do
sistema. Esta eficiência varia significativamente consoante o
Método Output:
Método 3 - Estimativa baseada nos valores nominais
Para as unidades cujos métodos anteriormente enunciados
não são aplicáveis, o total de calor renovável poderá ser
estimado através de um cálculo com a potência instalada e
o número de horas de utilização.
Método Input:
Método Output:
No caso de combustíveis do tipo SRF, a fracção de biomassa deverá ser considerada em concordância com o CEN/
TS/15440.
3.2.4. Biogás
Seguindo a definição do Eurostat, o biogás é um gás composto
principalmente por metano e dióxido de carbono, produzido
pela digestão anaeróbica da biomassa.
Na maioria dos casos, a monitorização faculta informação
suficiente para as estatísticas, mas um segundo método foi
definido para os casos em que esta não foi apreciada.
Método 1 - Monitorização
Tendo por base uma análise em termos da energia primária,
o método é semelhante ao correspondente da biomassa.
Por outro lado, o Método Output, é baseado directamente
na quantidade de calor consumida (monitorizada) ou, caso
apenas energia eléctrica é monitorizada, deverá ser monitorizada a electricidade produzida e a sua eficiência. Todavia,
deverá ser considerado o factor τdemanded-heat, pois nem todo
o calor produzido é para efeitos de aquecimento (e arrefecimento), pois uma fracção deste é, usualmente, utilizada para
a produção do biogás.
PAINEL TÁCTIL
estudosemdestaque
Edifícios, Energia
e Qualidade
do ar Interior
AVAC - Aquecimento,
Ventilação e Ar
Condicionado
4.2. Biomassa Sólida
Método Input:
Tabela 3: Exemplo de cálculo (Alemanha - Set. 2004)
Fonte: Biomassekraftwerk Güssing GmbH & Co KG.
Método Output:
Monitorização térmica
Monitorização eléctrica
Método 2 - Estimativa baseada no consumo do biogás
consumido para fins de aquecimento
Método similar ao método 2 da biomassa sólida.
Método 1
Qout, th 19,75 GWhth (injectado na rede de aquecimento)
Método 2
Qin, th, ren 49,05 GWhth
Qin, th, fossil 3,32 GWhth
τren, in 49,05 / (49.05+3,32) = 0.93
Método 3
Qin, th, ren 49,05 GWhth
Qout, th, ren 19,75* 0.93=18,5 GWhth
4. Casos de exemplo
Com o objectivo de mostrar como são realizados os cálculos de
cada um dos métodos propostos, recorreu-se a dados oficiais
de cada um dos países participantes. Neste capítulo foram
apenas incluídos a geotermia e a biomassa sólida.
5. Conclusões
O método mais fiável é a monitorização, pois apenas desta
forma poder-se-á obter dados mais realísticos e equitativos,
relativamente a todos os países da EU. A forma energética
que poderá ser mais complexa em termos quantitativos será
a referente ao ar ambiente obtido através de bombas de calor,
que não se encontra descrito neste artigo.
O ThERRA teve o cuidado de se basear nas definições e metodologias existentes de modo a ser considerado como uma
extensão do Eurostat e IEA, por forma a ser facilmente implementado nos restantes países europeus. A metodologia
proposta já foi testada nos países participantes pelos seus
institutos de estatística, com resultados bastante positivos.
Deste teste, foram detectados alguns erros provenientes dos
dados monitorizados e/ou obtidos através dos inquéritos.
A ser aplicada, esta metodologia irá por certo auxiliar a meta
de 20% de contribuição das energias renováveis no ano de
2020, do total de energia consumida na Europa.
4.1. Geotermia
Referências Bibliográficas
Método Input:
Método Output:
Tabela 2: Exemplo de cálculo (França - 2004)
Fonte: EURObserv’ER
Potência Instalada
291.9 MW
Considerações
Horas de funcionamento
4000h
Eficiência
0.9
Método 2
Método Output
Método Input Qout,th = Qout,th / nth = 1297333 MWh
Tudo o que
precisa saber
actualidade, regulamentação, estudos, opinião, mercado, tecnologia...
www.climatizacao.pt
[1] European Union, (2008), Proposal for a Directive of the European Parliament and of the Council on the Promotion of the Use of Energy from
Renewable Sources, Com(2008) 19, 23-1-2008, Brussels;
!
[2] Eurostat Energy Yearly Statistic 2006, (2008), Eurostat, Luxembourg,
http://ec.europa.eu/eurostat;
ASSINATURA DA REVISTA CLIMATIZAÇÃO
[3] The ThERRA project, several reports see www.therra.info , EU-contract:
EIE/05/129/SI2.420023;
Sim, quero assinar a revista CLIMATIZAÇÃO por 6 números consecutivos e beneficiar da oferta de um número, pelo
preço global de 30,00€.
[4] ThERRA, Proposal for the definition and calculation principle for renewable heat, (2007);
Pago, enviando junto um cheque à ordem de Media Line - Comunicação e Imagem, Lda.
Nota: o cupão pode ser fotocopiado.
Para a morada: Rua da Piedade, n.º 15 C • 1495-104 ALGÉS • Informações: 21 4118360 ou [email protected]
Os dados recolhidos são objecto de
tratamento informatizado e destinam-se à gestão do seu pedido. Ao
seu titular é garantido o direito de
acesso, rectificação, alteração ou
eliminação sempre que para isso contacte por escrito a Media Line - Comunicação e Imagem, Lda.
[5] R. Segers, (2007), based on the Eurostat data, private communication;
Qout,th = 1167600 MWh
Solar Térmico
Energias Renováveis
[6] R.Segers, (2008), ThERRA Benchmark: Test of a Method for Calculating
Renewable Heat, CBS, Therra, www.therra.info;
[7] H. Tretter, (2008) WP4: monitoring report, www.therra.info;
no valor de
Nome:
Morada:
Cód. Postal: 80 | Março/Abril climatização
Telefone: Contribuinte:
Telemóvel: E-mail:
Caso não pretenda receber outras
propostas comerciais, assinale com
uma cruz.
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