SUPERVISÃO E CONTROLE OPERACIONAL DE SISTEMAS Prof. André Laurindo Maitelli DCA-UFRN AQUISIÇÃO DE DADOS Conceitos É a coleta de informações para fins de armazenamento e uso posterior, como análise dos dados e conseqüente controle e monitoração do processo; Nas aplicações industriais, a aquisição de dados deve ser em tempo real, ou seja, o sistema deve ter a habilidade de coletar os dados ou fazer uma tarefa de controle dentro de uma janela aceitável de tempo ; Conceitos Os elementos básicos de um sistema de aquisição de dados são: Sensores e transdutores; Cabeamento de campo; Condicionadores de sinal; Hardware para aquisição de dados; PC (sistema operacional) Software para aquisição de dados; Conceitos Conceitos Entrada analógica Sensor Condicionador de sinal Registrador Circuito sample e hold Multiplexador analógico Conversor D/A Outras entradas analógicas Sequenciador programador Controle Buffer de saída Computador Circuito de controle Sensores/Transdutores Um transdutor é um dispositivo que converte uma forma de energia ou quantidade física em outra, de acordo com uma relação definida; Quando o transdutor é o elemento sensor que responde diretamente à quantidade física a ser medida, o transdutor é referido como sensor; Transdutores Mensurando (não elétrica) Sensor Saída (elétrica) Alimentação (se necessária) Em sistemas de aquisição de dados os transdutores (sensores) convertem um sinal nãoelétrico (pressão, temperatura, vazão, etc) em um sinal elétrico proporcional. Poder ser: Ativos: requerem fontes externas de alimentação. Ex: termopares, opto eletrônicos; Passivos: não requerem. Ex: fotovoltaicos, piezoeléticos, termoelétricos. Transdutores Características: Exatidão: erro entre valor exato e valor medido; Sensibilidade: variação da saída em função da variação da entrada; Repetitibilidade: proximidade de duas medidas do mesmo valor de entrada; Faixa (Range): faixa entre os valores máximo e mínimo da medida; Condicionadores de Sinal Fazem alterações necessárias nos sinais analógicos gerados pelos sensores antes que sejam introduzidos no sistema de aquisição de dados. Tipos: Transmissor; Buffer; Filtro; Amplificador; Conversor; Linearizador. Transmissor Possui as funções de: Padronizar o sinal, proporcionando uma padronização dos instrumentos e interfaces receptoras; Isolar o sinal do processo do sistema receptor Levar a informação para locais remotos, sem corrupção ou deformações; Padrões: 4 a 20 mA 3 a 15 psi eletrônico pneumático Buffer Impede o efeito de carga de um circuito em outro. 10 W 10 W - + 10 W 10 W 10 V 10 V Fonte Sem buffer Buffer Com buffer Carga Filtros Os ambientes industriais introduzem muitos sinais de interferência espúrios, que afetam o desempenho do sistema, no mínimo, introduzindo grandes erros nos valores das medições; Estes sinais indesejáveis são chamados genericamente de ruído; Podem ser provocados por transformadores, motores elétricos (principalmente partida), disjuntores, chaves, linha de alimentação (60 Hz ou 400 Hz) e outros dispositivos que tenham transiente de tensão. Filtros Eliminam ou atenuam determinadas freqüências dos sinais; Podem ser ativos (amplificadores operacionais) ou passivos. R dB Frequência de Corte (atenuação >3dB) Vi Filtro passa-baixa C Vo fc dB=20log(Vo/Vi) Filtros Ativos Usam Amplificadores Operacionais Filtro passa-baixa ativo Filtro passa-alta ativo Amplificador Altera o nível ou amplitude do sinal; A atenuação pode ser conseguida através de divisores de tensão (resistores em série); A amplificação requer dispositivo ativo, como transistor com o amplificador operacional. R2 R1 - + Vi Vo Conversor de Sinal Geralmente converte a variação de um parâmetro elétrico em uma variação proporcional de outro parâmetro. Exemplos: corrente (usada em transmissão) para tensão (usada localmente); tensão em freqüência; resistência em tensão ou corrente. Linearizador A saída do sensor pode ser linearizada usando um amplificador que tenha ganho que seja uma função matemática inversa de sua entrada, fornecendo assim uma saída linear; z=10x x f y Y=log10x=x z Z = Q2 = k2 ΔP f -¹ Q k P ΔP f f -¹ Linearizador Saída (2) (3) (1) Variável (1) Curva de transferência do sensor, mostrando a relação não linear entre variável e saída do sensor (2) Curva de transferência do linearizador entre saída e entrada (3) Curva final linearizada, mostrando relação linear entre saída do linearizador e variável medida. Multiplexação É a técnica de compartilhar sinais no tempo Multiplexador Canais de entradas analógicas sinal analógico Decodificador de endereço Conversor A/D sinal digital Multiplexador Analógico Conjunto de chaves paralelas ligadas a uma linha de saída comum; As chaves podem fechar-se sequencialmente ou aleatoriamente; A saída de um MUX é uma série de amostras, tomadas de diferentes sinais de medição em diferentes tempos. Multiplexador Analógico Chaves eletrônicas T T 0 1 2 3 0 1 2 3 T/4 0 1 2 3 0 1 2 3 Sinal multiplexado Dispositivo sample e hold Sample Hold Sinal sample e hold Multiplexad or 4 canais Sinais de entrada Sinal de controle Decodificador de endereço Sinal binário endereço canal Endereço Canal 00 0 01 1 10 2 11 3 Circuito Amostrador/Segurador Em geral, a amplitude do sinal analógico varia continuamente com o tempo; O sample and hold garante que o sinal permaneça constante durante a conversão A/D. Chave Entrada Saída Acionador da chave Controle da amostra Capacitor Conversor D/A Geralmente o conversor digital para analógico (D/A) é um sub-circuito do conversor analógico para digital (A/D); Os tipos principais de conversor D/A são: amplificador somador de tensão; circuito com resistor ponderado binário; VR ao a1 a2 . . . Conversor Digital para Analógico (D/A) an-1 an +V G -V Vo Tensão de saída analógica Amplificador Somador de Tensão R2=2R1 Conversor D/A de 2 bits Amplificador R-2R • Utiliza resistores de 2 valores; • A resistência de qualquer nó para o terra e para um terminal de entrada é 2R. Rf 2R MSB R Bit 2R R 2R + R 2R LSB 2R Vo Tensão saída MSB V/2 2o MSB V/4 3o MSB V/8 4o MSB V/16 5o MSB V/32 6o MSB V/64 7o MSB V/128 8o MSB V/256 9o MSB V/512 LSB V/1024 Conversor A/D • Há vários métodos para esta conversão, diferindo na precisão, custo, taxa de conversão e suscetibilidade ao ruído. • As quatros técnicas principais são: Comandos, como – Tensão para freqüência; finalizar conversão, começar conversão, – Simultânea; ler – Rampa; b b – Aproximação sucessivas. Conversor n n-1 Vi Analógico para Digital (A/D) . . . Linhas de saída paralelas b2 b1 VR +V G -V Conversor Tensão para Freqüência • Converte uma tensão de entrada analógica em uma forma de onda periódica, com uma freqüência que é diretamente proporcional à tensão de entrada; • A base da conversão tensão para freqüência é um oscilador com tensão controlada muito linear; • O oscilador com tensão controlada deve ser projetado de modo que a relação entre a freqüência de saída e a tensão de entrada seja constante. Oscilador com tensão controlada Contador Pulso Gerador de Pulsos Display digital Conversor A/D tipo Rampa Controle Tensão de entrada analógica + Contador binário - Display digital Clock Tensão de referência Conversor D/A escada binária OBS: O tempo de conversão está diretamente relacionado com a amplitude da tensão de entrada Conversão A/D por Aproximações Sucessivas • O sistema começa habilitando os bits do conversor D/A um por vez começando pelo mais significativo. Se vda > vi o bit é setado para zero, caso contrario é setado para 1; • Ex: 3 bits, sendo vi =3v V (V 2V 4V ) 7v max Vi Vda + 1 2 3 111 Comparador de tensão 110 Saída de tensão do Conversor D/A MSB 101 Saída paralela 100 100 011 011 MSB Registro de Aproximação sucessiva Clock 110 101 110 Saída serial 010 001 010 001 OBS: O tempo de conversão depende do n˚ de bits 000 Conversor Simultâneo • São os mais rápidos conversores operando com taxas da ordem de dezenas de MHz; • É utilizado quando altas taxas de conversão com baixa resolução são requeridas; • Faz 2n-1 comparações simultâneas; Entrada analógica Saída digital 0 a V/4 00 V/4 a V/2 01 v/2 a 3V/4 10 3V/4 a V 11 Resolução da Conversão • É a menor variação de tensão de entrada que produz variação na saída. É o menor valor detectado em uma medida; • Depende do número de bits; • Um conversor com n-bits tem 2n possíveis saídas e a resolução é 1/2n; • Ex: n=10 bits Resolução: 1/210=1/1024=0.0976% Erro de Quantização • Como o conversor A/D pode representar uma voltagem de entrada em uma resolução finita de 1 LSB, o erro máximo é de ±½ LSB; Erro de Quantização • Pode haver desvios do erro de quantização: – Erro de offset; – Erro de ganho;