A TEOLOGIA NO CONTEXTO
ATUAL.
“Fazer teologia é Cristo nos
pegar pela mão e nos levar
pelo mundo, fazendo-nos ver
as coisas como ele as vê”.
• Ler e meditar (João 17, 15)
• A dinâmica da Encarnação.
• É para este mundo que o
Espírito de Deus nos
conduz.
• Como está o mundo hoje?
História da Salvação.
Kronos x Kairós
Precisamos estar presente nos
novos Areópagos.
(Ler e meditar – Atos 17, 16).
Os leigos “são homens da Igreja no
coração do mundo, e homens do
mundo no coração da Igreja” . DAp.
209.
• Existe uma profunda semelhança
entre o cristianismo primitivo e o
cristianismo atual. (Pluralismo
religioso e também muita
perseguição).
• Constantino 312. (Aproximação)
• Teodósio 380. (Religião oficial)
•Parábola do palhaço e
da aldeia em chamas.
Qual a nossa realidade?
• Vivemos numa mudança de época.
(características: insegurança e medo)
• Essa mudança tem gerado uma profunda
crise.
• Modernidade: Era da Razão!
• Sociedade pragmática e secularizada.
• Pragmática: Só é aceito
aquilo que é prático e útil.
• Secularizada: Desconsidera
a fé e as crenças.
• Sentimentalismo: “prazer prevalece sobre o dever”
(direitos e deveres)
• Individualismo: “o individual prevalece sobre o
coletivo” (liturgia)
• Consumismo: “o ter prevalece sobre o ser” (economia
do descartável)
• Relativismo: “não existem valores absolutos” (aborto)
• Subjetivismo: “cada um estabelece os valores morais”
•“bom é aquilo que é
bom para mim, mau é
aquilo que é mau para
mim” (Sartre)
•Toda essa realidade
atinge também a
nossa comunidade
eclesial.
Evangelli Gaudium, 50.
“Antes de falar de algumas
questões
fundamentais
relativas à ação evangelizadora,
convém recordar brevemente o
contexto em que temos de
viver e agir”
Para conversar em grupo
•
•
•
•
•
•
•
Não a uma economia da exclusão
Não à nova idolatria do dinheiro
Não a um dinheiro que governa em vez de servir
Não à desigualdade social que gera violência
Alguns desafios culturais (2)
Desafios da inculturação da fé
Desafios das culturas urbanas (2)
“Somos convidados a seguir
os passos de Jesus”
João 1, 14
Filipenses 2, 5-8
“Assumindo a realidade,
somos chamados a ser
agentes de transformação”
Romanos 12, 2
“Devemos esperar
contra toda esperança”
Romanos 4, 18
Hebreus 11, 1
Cânticos 8,6
“Opção preferencial pelos pobres”
“A opção preferencial pelos pobres
está implícita na fé cristológica
naquele Deus que se fez pobre por
nós, para enriquecer-nos com sua
pobreza (cf. 2 Cor.8,9)” (Discurso
n.3) Bento XVI
A “opção preferencial pelos
pobres” significa que o que é
pensado a partir de outros
horizontes vai excluir os
pobres, os últimos da
sociedade.
O CONCEITO DE TEOLOGIA
•A palavra teologia não é
de origem cristã. Sua
origem
está
na
antiguidade
grecoromana.
•Teologia era anúncio
sobre Deus ou sobre
deuses. Originalmente
a palavra teologia tinha
um sentido doxológico.
•Platão
(427-347
aC)
conferiu à palavra teologia
um
sentido
preciso:
consistia no estudo crítico
da mitologia.
• Para Aristóteles (384-322 aC),
teologia é a “ciência dos
primeiros
princípios”,
conhecida
hoje
como
metafísica. (reflexão que parte
do ser chega logicamente à
ideia do “ser supremo”, que
seria Deus)
• Potência,
ato
e
movimento
Todas as coisas são em potência e
ato. Uma coisa em potência é uma
coisa que tende a ser outra, como
uma semente (uma árvore em
potência). Uma coisa em ato é algo
que já está realizado, como uma
árvore (uma semente em ato).
• É interessante notar que
todas as coisas, mesmo em
ato, também são em potência
(pois uma árvore - uma
semente em ato - também é
uma folha de papel ou uma
mesa em potência).
• A única coisa totalmente em ato é o
Ato Puro, que Aristóteles identifica
com o Bem. Esse Ato não é nada
em potência, nem é a realização de
potência alguma. Ele é sempre igual
a si mesmo, e não é um
antecedente de coisa alguma.
Desse conceito Tomás de Aquino
derivou sua noção de Deus em que
Deus
seria
"ato
puro".
• A bondade de Deus: Deus é bom e
a causa unicamente do bem,
nunca do mal. Daí que se devem
criticar os vícios dos deuses da
mitologia.
• A simplicidade de Deus: Deus é
simples e, por isso imutável. Na
prática, isso significa que Deus não
mente e não muda de forma.
Teologia no cristianismo
• Nos primeiros séculos havia oposição ao
termo.
• A partir do século IV, com Eusébio de Cesaréia
(265 -339), se firma o termo teologia para se
referir ao tratado sobre o Deus verdadeiro.
• No idade média o termo teologia foi
substituído pelo termo “sacra doutrina”.
O termo Teologia
Basicamente o termo teologia é
formado por dois outros termos:
Theós (θεó) + logía (λογία) = Deus +
Palavra, ciência, saber, que significa
basicamente, “estudo sobre Deus”,
“discurso sobre Deus” ou ciência de
Deus.
Termos parecidos
• Teo - sofia = Deus + sabedoria
• Teo – dicéia = Deus + justificação
Definição de Teologia
• Para Santo Anselmo (1034 1109) teologia “é a fé
procurando
entender”.
Nessa perspectiva teologia
é a fé com os olhos
abertos, inteligente, crítica.
Definição do termo
• O teólogo Von Baltasar (1905 – 1988) diz:
“a teologia verdadeira é a realizada pelos
santos, feita de joelhos (genuflexa)”.
Desse modo, percebemos que fazer
teologia não consiste apenas em
debruçar-se sobre livros e adquirir um
grande conhecimento teórico, mas
principalmente, fazer a experiência de
Deus na vida.
Definição do termo (síntese)
• TEOLOGIA É O ESTUDO DE DEUS E
DOS SERES CRIADOS EM SUA
RELAÇÃO COM DEUS À LUZ DA
REVELAÇÃO SOBRENATURAL COMO
NOS É TRANSMITIDA PELA IGREJA E
ACOLHIDA PELA FÉ.
Do querigma à Teologia
• Experiência da ressurreição.
(querigma)
• O ensino da fé. (catequese)
• Reflexão sobre a fé. (teologia)
A primazia da fé.
• O que é fé? Fé significa crença, confiança.
• Fé antropológica.
• Fé salvífica (religiosa).
A primazia da fé.
• Fé como dado antropológico:
A “fé
antropológica” é um crédito de confiança
que se dá às coisas que se quer conhecer. É
uma abertura e predisposição positiva do
espirito frente ao mistério do mundo.
• Essa postura humana básica se exprime em
vários níveis: nível pessoal, nível
hermenêutico e nível científico.
A primazia da fé.
• Nível pessoal: Sem o mínimo de fé, a vida interpessoal e social se
torna impossível. (É a boa fé)
• Nível hermenêutico (arte de interpretar os sentidos das palavras):
Toda leitura proveitosa exige um leitor atento e confiante.
• Nível científico: Na raiz de toda investigação científica há uma
aposta de fé. A. Einstein chamava essa fé pré-científica de
“religiosidade cósmica”.
• Eis suas palavras: “Eu afirmo com todo o vigor que a religião
cósmica (fé pré-científica) é o móvel mais poderoso e mais
generoso da pesquisa científica. (...) O espírito científico... Não
existe sem a religiosidade cósmica.”
A primazia da fé.
• A fé religiosa é a confiança depositada em uma
realidade transcendente.
• A palavra religião vem do latim re-ligare. Religião é
portanto a tentativa humana de religar-se a Deus.
• A este respeito santo Agostinho diz: “A nossa alma
anda inquieta enquanto não repousa em Deus”.
DECLARAÇÃO
NOSTRA AETATE
(Em nossa época)
SOBRE A IGREJA
E AS RELIGIÕES NÃO-CRISTÃS
Desde os tempos mais remotos até aos
nossos dias, encontra-se nos diversos
povos certa percepção daquela força
oculta presente no curso das coisas e
acontecimentos humanos; encontra-se por
vezes até o conhecimento da divindade
suprema ou mesmo de Deus Pai.
Percepção e conhecimento esses que
penetram as suas vidas de profundo
sentido religioso.
Assim, no hinduísmo, os homens
perscrutam o mistério divino e exprimemno com a fecundidade inexaurível dos
mitos e os esforços da penetração
filosófica, buscando a libertação das
angústias da nossa condição quer por
meio de certas formas de ascetismo, quer
por uma profunda meditação, quer,
finalmente, pelo refúgio amoroso e
confiante em Deus.
No budismo, segundo as suas várias
formas, reconhece-se a radical
insuficiência deste mundo mutável, e
propõe-se o caminho pelo qual os
homens, com espírito devoto e
confiante, possam alcançar o estado
de libertação perfeita ou atingir, pelos
próprios esforços ou ajudados do alto
a suprema iluminação.
De igual modo, as outras religiões
que existem no mundo procuram
de vários modos ir ao encontro
das inquietações do coração
humano, propondo caminhos, isto
é, doutrinas e normas de vida e
também ritos sagrados.
A Igreja católica nada rejeita do que
nessas religiões existe de verdadeiro e
santo. Olha com sincero respeito esses
modos de agir e viver, esses preceitos e
doutrinas que, embora se afastem em
muitos pontos daqueles que ela própria
segue e propõe, todavia, refletem não
raramente um raio da verdade que
ilumina todos os homens.
O ateísmo como fenômeno recente.
• O iluminismo (era da razão ou
racionalismo) 1650 – 1700.
• René Descartes (1596) – “Penso,
logo existo”
Immanuel Kant (1724) – “Homem
como centro do mundo”
Ludwig Feuerbach (1804) – “Deus é
uma projeção da mente humana”
Karl Marx (1818) – “A religião é ópio
do povo”
• Sigmund Freud (1856) –
“Deus é uma ilusão infantil”
• Friedrich Nietzsche (1844) –
“Deus não existe, nós o
matamos”
Fé religiosa
• Ter fé religiosa é um novo
modo de existir. Num
mundo
extremamente
racionalista, ter fé é um
profundo ato de conversão.
É submeter-se ao mistério
de Deus.
•Fé é uma segunda
forma de ver a
realidade. É a opção de
não considerar irreal
aquilo que não se
pode ver e tocar.
TEOLOGIA DA REVELAÇÃO
Procure pensar na
palavra "revelação".
O que ela lhe sugere?
• A palavra revelação vem dos
termos
latinos
“revelare”,
“revelatio”,
que
significam
remoção de um véu que esconde
alguma coisa em nossa vida. No
contexto religioso, indica a
manifestação de Deus e seus
decretos, ocultos a razão humana,
secretos e íntimos.
Revelação como
dado
antropológico
HOMEM – CAPAX DEI
O desejo de Deus: “O desejo de Deus é um
sentimento inscrito no coração do
homem, porque o homem foi criado por
Deus e para Deus. Deus não cessa de
atrair o homem para Si e só em Deus é
que o homem encontra a verdade e a
felicidade que procura sem descanso”
(Catecismo da Igreja Católica – 27)
Revelação na
criação (cosmos)
Romanos 1, 19-20
PAN-TEISMO
X
PAN-EN-TEISMO
Mas, como esta revelação se
relaciona com a história? Como o
termo revelação foi desenvolvido
ao longo dos séculos? Na história
do pensamento humano existem
dois campos fundamentais para a
percepção da realidade: o profano
e o sagrado.
Profano: trata-se daquele
âmbito com o qual o ser
humano tem familiaridade. É o
espaço que o homem pode
manipular e tirar proveito. É
um espaço no qual ele se
sente seguro.
Sagrado: o ser humano
percebe que para além das
realidades que ele controla,
existem
realidades
profundas, ocultas e diante
das quais sente-se incapaz
de exercer um controle.
O SER HUMANO DIANTE DO MISTÉRIO
Na raiz de toda doutrina religiosa está
o encontro com o mistério.
O mistério não é o desconhecido. É
aquilo que nos fascina e nos atrai para
conhecê-lo mais e mais.
TEOLOGIA DA REVELAÇÃO
O cristianismo não é uma religião que
simplesmente transmite verdades e
normas de conduta, mas é, antes de
tudo, uma religião que vive a
experiência histórica da manifestação
de Deus. (História da Salvação).
AUTOREVELAÇÃO
1. Fato e objeto da revelação (livre iniciativa de
Deus)
2. Natureza da revelação (um diálogo de amor)
3. Economia da revelação ( realizado através dos
séculos)
4. Conteúdo da revelação ( Verdade sobre Deus e
sobre o homem)
A AUTOREVELAÇÃO DE
DEUS
ANTIGO TESTAMENTO
OU
PRIMEIRO TESTAMENTO
Pedagogia de Deus: paidós (criança) e agogé (condução).
Deus sempre levará em
consideração
a
condição
humana, isto é, a sua cultura e o
seu contexto.
ETAPAS PROGRESSIVAS
• Época patriarcal: 15OO a. C.
• Um arameu errante. (Dt 26, 5)
Da visão politeista
ao monoteismo
Deus exige o culto exclusivo:
“Então Deus pronunciou todas
estas palavras: "Eu sou Javé seu
Deus, que fiz você sair da terra do
Egito, da casa da escravidão. Não
tenha outros deuses diante de
mim.” (Ex20,2-3).
A negação da existência de
outros deuses:
“Existe, por acaso, um povo que tenha
ouvido a voz do Deus vivo, falando do
meio do fogo, como você ouviu, e
ainda permaneceu vivo? Ou existe
algum Deus que tenha vindo para
escolher uma nação do meio de outra
nação, com provas, sinais, prodígios e
• combates, com mão forte e braço
estendido, por meio de grandes
terrores, como tudo o que Javé seu
Deus fez no Egito diante dos olhos de
vocês? Foi a você que ele mostrou
tudo isso, para você ficar sabendo
que Javé é o único Deus e que não
existe outro além dele.” (Dt 4, 33-35)
Abraão, o pai da fé. (Gn 12ss)
• PROMESSA E ALIANÇA (GN 15)
• SACRIFÍCIO DE ABRAÃO (GN 22)
* (Dt 18, 10)
A libertação em
vista da aliança
Deus se manifesta não em seu Ser
metafísico, mas em sua vontade
salvadora (cf. Ex 3, 13-15). É um
Deus pessoal (Ex 3, 7-8) que está
sempre disposto a servir e ajudar
o seu povo. É o Deus que realiza a
libertação (Ex 14, 15ss) e chama a
comunhão de vida com Ele (Ex 19,
5-6).
A lei
A lei natural:
• “A lei natural outra coisa não é senão a luz da
inteligência posta em nós por Deus. Por ela,
conhecemos o que se deve fazer e o que se deve
evitar.” ( Sto. Tomás de Aquino)
• “Deus escreveu nas tábuas da lei aquilo que os
homens não conseguiam ler nos corações.” (Sto.
Agostinho)
A lei
• A lei expressa a experiência de Deus no antigo
testamento.
• Por meio da lei Deus aponta o caminho que
conduz a vida. A lei é pedagoga (Gálatas 3,
24).
A TORÁ – (Instrução ou lei)
PENTATEUCO
Gênesis
Êxodo
Levítico
Números
Deuteronômio
A lei: interiorização da palavra de
Deus
(Dt 6, 1-9)
BENÇÃO E MALDIÇÃO
"Eis que, hoje, eu ponho diante de vós a
bênção e a maldição: A bênção, quando
cumprirdes os mandamentos do Senhor, vosso
Deus, que hoje vos ordeno; A maldição, se não
ouvirdes os mandamentos do Senhor vosso
Deus, e vos desviardes do caminho que hoje
vos ordeno, para seguirdes outros deuses que
não conhecestes". (Deuteronômio 11,26- 28)
Livros históricos - A lei no meio do povo
O povo pede um rei “Agora, portanto, constitui sobre nós um rei,
que exerça a justiça sobre nós, como acontece
em todas as nações” (1 Samuel 8, 5)
“feliz a nação cujo Deus é o Senhor” (Salmo
33, 12)
• Saul e sua infidelidade a lei – (1 Samuel 13,
8-13)
Davi – fidelidade a lei – vitória (5 pedras)
“E, tirando a armadura, tomou seu cajado e
escolheu no regato cinco pedras lisas, pondo-as
no alforje de pastor que lhe servia de bolsa. Em
seguida, com a sua funda na mão, avançou
contra o filisteu.” (1 Samuel 17, 40)
Livros proféticos: o profetismo.
“Ai
daqueles que fazem leis injustas e dos
escribas que redigem sentenças opressivas,
para afastar os pobres dos tribunais e negar
direitos aos fracos de meu povo; para fazer das
viúvas sua presa e despojar os órfãos. Que
fareis vós no dia do ajuste de contas, e da
tempestade que virá de longe? Junto de quem
procurareis auxílio, e onde deixareis vossas
riquezas?” (Isaías 10, 1-4)
Livros proféticos: o profetismo
“Sião dizia: O Senhor abandonou-me,
o Senhor esqueceu-me. Pode uma
mulher esquecer-se daquele que
amamenta? Não ter ternura pelo fruto
de suas entranhas? E mesmo que ela o
esquecesse, eu não te esqueceria
nunca.” (Isaías 49, 14)
Sapiencias
A lei na oração do povo
( Salmo 1, 1-4)
Objetivo da revelação no primeiro
testamento
• Revelação de Deus em si – Quem é Deus?
É um Deus vivo - “Minha alma tem sede de
Deus, do Deus vivo; quando irei contemplar a
face
de
Deus?”
(Salmo
42,
3)
Um Deus único – “Ouve, ó Israel! O Senhor,
nosso Deus, é o único Senhor.” (Dt 6,4)
Um Deus transcendente, mas próximo Transcendência na imanência “Êxodo 3, 7-15”
(EU SOU)
Revelação do projeto de salvação
1.Promessa
2.A aliança
3.O reino
4.A esperança de um Messias
A PLENITUDE DA REVELAÇÃO
Jesus Cristo é a manifestação
máxima do amor do Pai
(Mateus
11,
27),
o
cumprimento das promessas
divinas (Hebreus 1, 1-2) e o
centro da história da
salvação (Gálatas 4, 4).
NOVO TESTAMENTO
O
Novo
Testamento
(segundo
testamento)
apresenta Jesus Cristo como
o centro da Revelação e da
história da salvação.
EVANGELHO (BOA NOTÍCIA)
A palavra grega para “evangelho”,
ευαγγελιον, foi originalmente usada
para descrever as “boas novas” da
vitória militar trazida de um
mensageiro ao seu comandante.
EVANGELHOS SINÓTICOS E JOÃO
Os sinóticos são
Marcos, Mateus
e Lucas.
Marcos
• Escrito por volta de 66-70 d.C (Roma)
• Se dirige aos cristãos de origem pagã.
• Objetivo: mostrar quem é Jesus
(Marcos 8, 27)
Mateus
• Escrito por volta de 80-90 d.C (Palestina)
• Se dirige a comunidade Judaica-Cristã. (Reino
dos céus)
• Objetivo: Mostrar Jesus como a realização de
todas as leis e profecias. (5 livros)
LUCAS
• Escrito por volta do ano 66 - 70 d.C.
(Antioquia)
• Se dirige aos cristãos de origem pagã
• Objetivo: falar sobre a universalidade da
salvação (o Pai misericordioso – Lucas 15, 1132).
Evangelho de João
• Escrito entre os anos 80 e 110 d.C (Éfeso)
• Se dirige a comunidade dos cristãos joaninos
(comunidade mista)
• Objetivo: Jesus como fonte e exemplo do
mandamento do amor (Jo 13, 34)
O MISTÉRIO DA ENCARNAÇÃO
O MISTÉRIO DA TRINDADE
DEUS É AMOR
(1 JOÃO 4, 8)
O MISTÉRIO DA TRINDADE
“A fé católica é esta: adoramos um só Deus na
Trindade, e a Trindade na Unidade, sem
confusão das pessoas e sem divisão da
substância. Porque uma é a pessoa do Pai,
outra é a pessoa do Filho e outra é a pessoa do
Espírito Santo. Mas o Pai e o Filho e o Espírito
Santo têm uma mesma divindade, igual glória,
majestade coeterna.” (Santo Atanásio 373)
Porque da encarnação do verbo?
• Para nos salvar;
• Para que conhecêssemos o amor de
Deus;
• Para tornar nosso modelo de santidade;
• Para nos tornar participantes da vida
divina.
MOMENTOS SIGNIFICATIVOS DA
REVELAÇÃO NA VIDA DE JESUS
• O BATISMO DE JESUS;
• PROFETISMO DE JESUS;
• OS MILAGRES DE JESUS;
• A MORTE DE JESUS;
• RESSURREIÇÃO DE JESUS.
O BATISMO DE JESUS
• Inauguração da plenitude dos tempos
“ Ora, naqueles dias veio Jesus de Nazaré, da
Galiléia, e foi batizado por João no Jordão. No
momento em que Jesus saía da água, João viu
os céus abertos e descer o Espírito em forma de
pomba sobre ele. E ouviu-se dos céus uma voz:
"Tu és o meu Filho muito amado; em ti ponho
minha afeição.“ (Mc 1, 9-11)
PROFETISMO DE JESUS
“Dirigiu-se a Nazaré, onde se havia
criado. Entrou na sinagoga em dia de
sábado, segundo o seu costume, e
levantou-se para ler. Foi-lhe dado o
livro do profeta Isaías (61,1)... Ele
começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu
este oráculo que vós acabais de ouvir.”
(Lc 4, 16-19).
MILAGRES DE JESUS
Sinal da vinda do Reino;
“...Ide anunciar a João o que
tendes visto e ouvido: os cegos
vêem, os coxos andam, os
leprosos ficam limpos, os surdos
ouvem, os mortos ressuscitam,
aos pobres é anunciado o
Evangelho”. (Lc 7, 19-22)
A morte de Jesus
Na morte de Jesus se
revela a plenitude do
amor de Deus pelo ser
humano.
RESSURREIÇÃO DE JESUS E O ENVIO
DO ESPÍRITO SANTO
• Legitima tudo o que Jesus havia dito...
• Deus se solidariza com o sofrimento da morte
humana e lhe dá um novo sentido... a morte não
tem a última palavra...
• A vida de Deus, que tem como fonte o Pai e nos é
oferecida no Filho, nos é comunicada
intimamente e pessoalmente pelo Espírito Santo.
A SAGRADA TRADIÇÃO
“HÁ, PORÉM, MUITAS COISAS QUE
JESUS FEZ. SE FOSSEM ESCRITAS
UMA POR UMA, CREIO QUE O
MUNDO NÃO PODERIA CONTER OS
LIVROS QUE SE ESCREVERIAM.”
(Jo 21, 25)
A SAGRADA TRADIÇÃO
• Princípio luterano da “sola Scriptura”: Lutero
tinha a convicção da primazia da Escritura
sobre qualquer outra autoridade na
transmissão da mensagem salvífica. Para ele,
a escritura é a única regra de fé. As tradições
são para ele, tradições humanas. Lutero
rejeita a Tradição, pois segundo ele, não há
outros dados divinos fora da Escritura.
• "Você precisa ter uma passagem forte e clara
da Bíblia como base. Se não tiver um versículo
bíblico para fundamentar sua opinião, você
não substituirá. A Sagrada Escritura expõe de
modo apurado e magistral o que Deus falou.
Onde a Palavra de Deus sai de cena, entram as
fábulas. Quem não tem a Palavra de Deus,
terá de se contentar com suas próprias ideias.
Quem não tem cimento, edifica com barro"
Martinho Lutero. (1483 – 1546)
A SAGRADA TRADIÇÃO
• A realidade da Tradição: os
apóstolos
mesmos
dão
testemunho da Tradição por eles
criada, pois exortam os fiéis a
mantê-la, assim como foi
recebida.
A SAGRADA TRADIÇÃO
“Portanto, irmãos, ficai firmes;
guardai as tradições que vos
ensinamos oralmente ou por
escrito”
(2 Tes 2, 15)
A SAGRADA TRADIÇÃO
• Objetivo da Tradição: Explicitar
aquilo que já está revelado, mas
ainda não foi desdobrado,
desenvolvido e incorporado
claramente na vida da Igreja e na
inteligência da fé.
Na Tradição está contida
os ensinamentos de Jesus,
as iluminações do Espírito
Santo e as normas
pastorais.
Relação Tradição-Escritura
A sagrada Tradição e a Sagrada Escritura estão
intimamente unidas e compenetradas entre si.
Com efeito, derivando ambas da mesma fonte
divina, fazem como que uma coisa só e tendem
ao mesmo fim. A Sagrada Escritura é a palavra
de Deus enquanto foi escrita por inspiração do
Espírito Santo; a sagrada Tradição, por sua vez,
transmite integralmente aos sucessores dos
Apóstolos a palavra de Deus confiada por Cristo
Senhor
e pelo Espírito Santo aos Apóstolos, para que eles,
com a luz do Espírito de verdade, a conservem, a
exponham e a difundam fielmente na sua pregação;
donde resulta assim que a Igreja não tira só da
Sagrada Escritura a sua certeza a respeito de todas as
coisas reveladas. Por isso, ambas devem ser
recebidas e veneradas com igual espírito de piedade
e reverência (Dei Verbum 9)
Magistério da Igreja
• A sagrada Tradição e a Sagrada Escritura
constituem um só depósito sagrado da palavra de
Deus, confiado à Igreja; aderindo a este, todo o
Povo santo persevera unido aos seus pastores na
doutrina dos Apóstolos e na comunhão, na fração
do pão e na oração (cf. At. 2,42 ), de tal modo que,
na conservação, atuação e profissão da fé
transmitida, haja uma especial concordância dos
pastores e dos fiéis.
• Porém,
o
encargo
de
interpretar
autenticamente a palavra de Deus escrita ou
contida na Tradição, foi confiado só ao
magistério vivo da Igreja, cuja autoridade é
exercida em nome de Jesus Cristo. Este
magistério não está acima da palavra de
Deus, mas sim ao seu serviço, ensinando
apenas o que foi transmitido, enquanto, por
mandato divino e com a assistência do
Espírito Santo, a ouve piamente, a guarda
religiosamente e a expõe fielmente, haurindo
deste depósito único da fé tudo quanto propõe
à fé como divinamente revelado.
• É claro, portanto, que a sagrada Tradição, a
sagrada Escritura e o magistério da Igreja,
segundo o sapientíssimo desígnio de Deus,
de tal maneira se unem e se associam que
um sem os outros não se mantém, e todos
juntos, cada um a seu modo, sob a ação do
mesmo Espírito Santo, contribuem
eficazmente para a salvação das almas.
(Dei Verbum 10)
Magistério da Igreja
Tanto a Tradição como a Escritura foram
suscitadas na Igreja, sob a ação do
Espírito Santo. Não nasceram da Igreja
como de fonte, mas de Cristo, autor e
consumador da fé. A Igreja deu-lhes
apenas consistência estrutural.
Trabalho para avaliação
• O que quer dizer auto-revelação?
• Qual é a finalidade da revelação?
• Qual é a particularidade da revelação Cristã em relação a
outras religiões monoteistas?
• Explique a seguinte frase: “A Sagrada Tradição e a
Sagrada Escritura constituem um só depósito sagrado da
palavra de Deus, confiado à Igreja” (Dei Verbum 10).
• Escreva sobre o que mais lhe chamou atenção a respeito
da revelação na Sagrada Escritura.
TEO - LOGIA
Deus – Palavra
(Estudo sobre Deus)
TEOLOGIA COMO CIÊNCIA
Ciência
(do
latim
scientia, traduzido por
"conhecimento").
TEOLOGIA COMO CIÊNCIA
Para se conseguir um saber científico
é necessário:
1. Sujeito epistêmico;
2. Objeto teórico;
3. Método específico.
TEOLOGIA COMO CIÊNCIA
• O sujeito epistêmico: é o sujeito
pensante, operante, crítico. É o
sujeito capaz de pensar sobre seu
próprio pensamento e sua forma
de agir no meio ao qual está
inserido.
TEOLOGIA COM CIÊNCIA
• Objeto teórico: é a
perspectiva do objeto que
será analisado, ex. o ser
humano.
(Psicologia,
Sociologia).
TEOLOGIA COMO CIÊNCIA
• Método específico: é o
caminho para o sujeito
chegar ao objetivo visado.
TEOLOGIA COMO CIÊNCIA
•A teologia é uma ciência
a seu modo, uma ciência
sui generis isto é, "único
em seu gênero".
Ciência Teológica
• O sujeito epistêmico: o teólogo.
• O objeto teórico: Deus e sua criação.
(Revelação)
• O método (caminho) específico: ex.
de método teológico: Ver, julgar e
agir.
ATENÇÃO!
Teologia é o discurso de Deus
sobre o ser humano e não o
discurso do ser humano sobre
Deus.
“Cuidar para não criar um Deus
a nossa imagem e semelhança”
AS REALIDADES SOB A LUZ DA FÉ
• Teologia ecológica; Teologia do
sofrimento;
Teologia
da
mulher;
Teologia
do
trabalhador...
• Campanha da fraternidade e
os seus diversos temas.
MOMENTOS INTERNOS DA
TEOLOGIA
“Auditus fidei” e
“intellectus fidei”
“Auditus fidei”
É o primeiro movimento da
teologia:
consiste
em
levantar o dado da revelação
sobre o tema ou assunto em
questão.
A CRIAÇÃO.
“Intellectus fidei”
É o segundo movimento da
teologia: é a reflexão sobre o
dado revelado em busca de
maior compreensão. Busca-se
uma linguagem compreensível à
inteligência de hoje.
O fato da criação
Uma das teorias científicas mais aceita para
explicar a origem do mundo é a do Big-Bang ou
da Grande Explosão. Segundo esta teoria, Há
uns 15 a 20 bilhões de anos atrás o universo
não existia, nem o espaço vazio, nem mesmo o
tempo. Tudo o que havia era uma esfera
extremamente pequena, do tamanho da ponta
de uma agulha. E esse pontinho há cerca de 18
bilhões de anos teria se explodido formando o
universo atual.
O QUE PENSA A IGREJA ?
Uma das respostas a essas teorias, por parte
da Igreja, é a encíclica Fides et ratio de João
Paulo II, onde diz: “A fé e a razão (fides et
ratio) constituem como que as duas asas pelas
quais o espírito humano se eleva para a
contemplação da verdade. Foi Deus quem
colocou no coração do homem o desejo de
conhecer a verdade”.
A favor da ciência
Com relação a teoria da evolução
do britânico Charles Darwin, a
encíclica Humani Generis do
Papa Pio XII afirma: “o magistério
da Igreja não proíbe o estudo da
doutrina do evolucionismo”
• Diante deste quadro o desafio Teológico em
conciliar criação-evolução não está no fato de dar
respostas científicas acerca da origem do
universo, sobre a questão cronológica, ou de
como e quando tudo isso aconteceu; mas a sua
função é refletir o porquê? Quem está na origem
desse ser? Qual o sentido de sua existência?
• Exemplo: na criação está "escondida" a evolução,
e na evolução é que podemos perceber o plano
da criação.
Teologia da Criação
Caos→ Cosmogênese→Biogênese→Antropogêne→Cristogênese –
Efesios 1, 3-4
João 1, 3
1Cor 15,28
Reflexão teológica precisa ser
traduzida em realidade.
“Por isso, a criação aguarda
ansiosamente
a
manifestação dos filhos de
Deus.”
Rm 8, 19
BREVE HISTÓRIA DA TEOLOGIA
• A teologia cristã experimentou, no
correr dos tempos, vários caminhos e
multiforme expressões. (Renovar e
Enrijecer)
• Sua história está intimamente ligada
a história da Igreja e das sociedades.
PEDAGOGIA DIVINA
“Tenho ainda muitas coisas a dizervos, mas não sois capazes de
compreender agora. Quando,
porém, vier o Espírito da verdade,
ele vos conduzirá à plena verdade”
(João 16, 12-13)
BREVE HISTÓRIA DA TEOLOGIA
TEOLOGIA MORAL: Diversas ações
foram consideradas por gerações
anteriores como moralmente licitas e
hoje a consciência as rejeita como
gravemente imorais, por ex. sistema de
escravidão e o uso de força na
inquisição (Inocêncio IV – 1252)
* Lei Natura, Divina e Eclesiástica
A TEOLOGIA DAS
PRIMEIRAS
COMUNIDADES CRISTÃS
Primeira geração cristã (I
século)
“Quem é Jesus para nós ?”
“Visto como na sabedoria de Deus o mundo não
conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus
salvar os crentes pela loucura da pregação. Porque os
judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria; Mas
nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para
os judeus, e loucura para os gregos. Mas para os que são
chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a
Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus. Porque a
loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a
fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.”
(1 Cor 1, 21-25)
“Quem somos nós a partir de Jesus ?”
Teologia Pneumática;
Teologia Eclesial (já e ainda não);
Teologia Missionária.
A TEOLOGIA DAS
PRIMEIRAS
COMUNIDADES CRISTÃS
Primeira geração cristã (I
século)
“Quem é Jesus para nós ?”
“Visto como na sabedoria de Deus o mundo não
conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus
salvar os crentes pela loucura da pregação. Porque os
judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria; Mas
nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para
os judeus, e loucura para os gregos. Mas para os que são
chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a
Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus. Porque a
loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a
fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.”
(1 Cor 1, 21-25)
“Quem somos nós a partir de Jesus ?”
Teologia Pneumática;
Teologia Eclesial (já e ainda não);
Teologia Missionária.
A TEOLOGIA DAS PRIMEIRAS
COMUNIDADES CRISTÃS
Primeira geração cristã (I século)
Conhecemos os diferentes estilos
desta reflexão: teologia narrativa
dos evangelhos e Atos, literatura
epistolar e apocalíptica.
TEOLOGIA NA PATRISTICA
BREVE HISTÓRIA SOBRE A EXPANSÃO DO
CRISTIANISMO.
HEBREUS-CRISTÃOS
HELENISTAS-CRISTÃOS
TEOLOGIA NA PATRISTICA
HEBREUS CRISTÃOS (Judeus nascidos
na palestina)
HELENISTAS-CRISTÃOS
nascidos na diáspora)
(Judeus
TEOLOGIA PATRISTICA
HEBREUS CRISTÃOS : Ligados ao
judaísmo tradicional, continuavam
frequentando o templo, observando a
lei e respeitando o sábado.
(Representado pelos 12 Apóstolos)
TEOLOGIA NA PATRISTICA
HELENISTAS CRISTÃOS : Além da língua
grega,
tinham
assimilados
vários
elementos da cultura grega, como judeus
da diáspora tinham dificuldades de seguir
a lei ao pé da letra. Como cristãos
criticavam a templo e a lei.
(Representados pelos sete diáconos)
TEOLOGIA NA PATRISTICA
• Atos 6, 1-7 (Instituição dos sete);
• Além da diferença interna destes dois grupos eles
eram vistos de forma diferenciada pelos
judeus.(Morte de Estevão. Atos 7, 1-60, 8, 1-8);
• Pregação apenas para os Judeus (Atos 11, 19);
• Pregação também para os pagãos (Atos 11, 20-21).
• Pela primeira vez recebem o nome de “cristãos”
(Atos 11, 26).
TEOLOGIA NA PATRISTICA
PADRES
APOSTÓLICOS: Conheceram
Apóstolos ou escutaram seus discípulos.
• Clemente Romano (+ 102)
• Inácio de Antioquía (+ 107)
• Policarpo de Esmirna (+ 156)
os
TEOLOGIA NA PATRISTICA
PADRES APOLOGETAS: Apologia é
uma defesa ao cristianismo.
• São Justino (+ 165)
• Hipólito de Roma ( + 236)
TEOLOGIA NA PATRISTICA
As duas grandes escolas teológicas.
• Escola de Antioquia – parte da humanidade de
Cristo para chegar a divindade.
• Escola de Alexandria – parte da divindade de Cristo
para chegar a humanidade.
OS CRISTÃOS NO “MUNDO” PAGÃO
• Paulo em Atenas: Atos 17, 2228
• Festa do Natal: Século III –
deus Sol
ARIANISMO
• Ário afirmava a existência de um
único Deus, o Pai, eterno,
absoluto, imutável, incorruptível.
Para ele, Jesus era somente uma
criatura. Entre 318-320 consegui
impor sua visão.
I Concílio ecumênico de Nicéia – (325)
• Contra o Arianismo – Insere-se o termo
HOMOOUSIOS. (da mesma substância)
• Os padres do Oriente foram contra esse termo
e por 50 anos teve muitas divisões.
• O termo OUSIA (substância, essência) era
sinônimo de HIPÓSTASIS (PESSOA). Logo, Deus
é uma só pessoa.
II Concílio Ecumênico de
Constantinopla (381)
• Figuras importantes: Gregório Nazianzeno, Basílio
de Cesaréia e Gregório de Nissa.
• Ajudam a clarear os conceitos para que o termo
HOMOOUSIOS fosse aceitos por todos.
• OUSIA designa de forma exclusiva a substânciaessência de Deus e HIPÓSTASIS designa a maneira
especial em que se expressa a substância-essência
divina no Pai, no Filho e no Espírito Santo.
II Concílio Ecumênico de
Constantinopla (381)
A maior novidade em constantinopla:
contra
os
Pneumatômacos
(adversários da divindade do Espírito
Santo).
• O
Credo
que
é
costume
proclamar
nas Eucaristias da maior parte dos lugares chamase Credo Niceno-Constantinopolitano, porque é
uma formulação dogmática e litúrgica que ficou
selada pela reflexão teológica do Concílio
de
Niceia
(em
325)
e
do
Concílio
deConstantinopla (em 381). Mas antes desse
existia já o Símbolo dos Apóstolos, bem mais
antigo, que segundo a tradição é uma formulação
que vem mesmo do fim dos tempos apostólicos,
por volta do fim do primeiro século.
Creio em Deus, Pai todo-poderoso, Criador do Céu e da Terra;
e em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor,
que foi concebido pelo poder do Espírito Santo;
nasceu da Virgem Maria;
padeceu sob Pôncio Pilatos,
foi crucificado, morto e sepultado;
desceu à mansão dos mortos;
ressuscitou ao terceiro dia;
subiu aos Céus, onde está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,
de onde há-de vir a julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo,
na santa Igreja Católica;
na comunhão dos Santos;
na remissão dos pecados;
na ressurreição da carne;
na vida eterna.
Amém
• Creio em um só Deus,
Pai todo-poderoso,
Criador do céu e da terra,
de todas as coisas visíveis e invisíveis
• Creio em um só Senhor, Jesus Cristo,
Filho Unigênito de Deus,
nascido do Pai
antes de todos os séculos:
Luz da Luz,
Deus verdadeiro de Deus verdadeiro,
gerado não criado,
consubstancial ao Pai.
Por Ele todas as coisas foram feitas.
E, por nós, homens,
e para a nossa salvação,
desceu dos céus:
e encarnou pelo Espírito Santo,
no seio da Virgem Maria,
e se fez homem.
Também por nós foi crucificado
sob Pôncio Pilatos;
padeceu e foi sepultado.
Ressuscitou ao terceiro dia,
conforme as escrituras;
E subiu aos céus,
onde está sentado à direita do Pai.
E de novo há de vir, em sua glória,
para julgar os vivos e os mortos;
e o seu reino não terá fim.
Creio no Espírito † Santo,
Senhor que dá a vida,
e procede do Pai;
e com o Pai e o Filho
é adorado e glorificado:
Ele que falou pelos profetas.
Creio na Igreja
Una †, Santa, Católica e Apostólica.
Professo um só batismo
para remissão dos pecados.
Espero a ressurreição dos mortos;
E a vida do mundo que há de vir.
Amém.
Atualidades
• “Em nome do Pai, Em nome do Filho, Em
nome do Espírito Santo, estamos aqui.”
• “Na comunhão recebemos o Espírito Santo”
Santo Agostinho
• Nasceu em Tagaste (Argélia) no dia 13 de
novembro de 354.
• Filho de Patrício (Pagão) e de Mônica
(Cristã).
• Foi educado na fé católica por sua mãe.
Santo Agostinho
• Admirava a figura de Jesus Cristo.
• Procurando a verdade tornou maniqueista. Os
maniqueus se denominavam cristãos e
prometiam uma religião totalmente racional.
Santo Agostinho
• Aos 20 anos já era professor de gramática e um
brilhante mestre de retórica.
• De um relacionamento, teve um filho chamado
Adeodato.
• Se decepcionou com o maniqueismo por não
conseguirem responder suas perguntas.
Santo Agostinho
• Sua conversão ao cristianismo se dá em 15 de
agosto 386 ao ouvir Santo Ambrósio, o bispo
de Milão.
• Foi batizado em 24 de abril de 387 por santo
Ambrósio, durante uma vigília pascal, na
catedral de Milão.
Santo Agostinho
• Ordenado presbítero em 391.
• Em 395, foi sagrado bispo.
• Faleceu em 28 de agosto de 430. (75
anos)
Importantes obras de santo Agostinho
• Confissões
• A cidade de Deus.
• De trinitate (A trindade)
Santo Agostinho e sua luta contra o
pelagianismo
O pelagianismo é uma teoria teológica cristã,
atribuída a Pelágio (+ 420), monge irlandês. Sustenta
basicamente que todo homem é totalmente
responsável pela sua própria salvação e portanto, não
necessita da graça divina. Segundo os pelagianos,
todo homem nasce "moralmente neutro", sendo
capaz, por si mesmo, sem qualquer influência divina,
de salvar-se quando assim o desejar.
Pelagianismo
• Posse: Poder (Criação)
• Velle: Querer
• Esse: Fazer
• Desse modo a liberdade fundamental não foi
debilitada pelo pecado.
• Jesus Cristo é visto apenas como um exemplo.
Santo Tomás de Aquino
• Nasceu por volta do ano 1225 na Itália.
• Filho do Conde Landulf de Aquino e da a
condessa Teodora de Theate.
• Aos cinco anos, Tomás inicia seus estudos.
Santo Tomás de Aquino
• Aos 19 anos, contra a vontade da família, entrou na
ordem dominicana.
• A partir dele, a Igreja tem uma Teologia (fundada na
revelação) e uma Filosofia (baseada no exercício da
razão humana) que se fundem numa síntese
definitiva: fé e razão, unidas em sua orientação
comum rumo a Deus. Sustentou que a filosofia não
pode ser substituída pela teologia e que ambas não
se opõem. Afirmou que não pode haver contradição
entre fé e razão.
• Morreu em 7 de março de 1274 (49 anos).
Suma Teológica
Nesta obra Aquino trata da natureza de Deus, das questões
morais e da natureza de Jesus.
Foi escrita entre os anos de 1265 a 1273.
A Obra encontra-se dividida em 3 partes, onde se
encontram 512 questões.
"A Suma Teológica é o céu visto da terra" (Papa Pio XI, in:
Alocução de 12 de dezembro de 1924 no colégio Angelicum
de Roma).
Teologia moderna
• Trata-se de um saber crítico. O senso da
historicidade nas várias formas de fé, a
sensibilidade social e a intenção prática.
• Karl Rahner (1904 – 1984)
• Yves Congar (1904 – 1995)
A TEOLOGIA LATINO-AMERICANA
DA LIBERTAÇÃO
Gênero: É a reflexão crítica da práxis à
luz da fé. É crítica também no sentido
de profética, enquanto denunciadora
das injustiças e anunciadora do Reino
a se realizar também na história.
Problemática: A teologia da
libertação ataca a questão
específica
da
opressãolibertação em suas dimensões
concretas. Coloca-as, porém,
sempre dentro do horizonte
maior da fé.
Destinatários: A teologia da
libertação convoca todos à tarefa
libertadora. Contudo, aplicando em
seu próprio campo a “opção pelos
pobres”, ela privilegia estes últimos
como seus interlocutores e
destinatários especiais, na medida
que são sujeitos protagonistas de
sua própria libertação.
Objetivo: Como teologia específica,
que visa finalmente a teologia da
libertação?
É despertar as comunidades cristãs
para o compromisso de justiça e
acompanhá-las de modo estimulante e
crítico ao mesmo tempo. Portanto, ela
aponta para agir em termos de
caridade libertadora.
João Paulo II (9 de abril de 1986)
“Na medida em que se empenha por encontrar
aquelas respostas justas – penetradas de
compreensão para com a rica experiência da
Igreja neste País, tão eficazes e construtivas
quanto possível e ao mesmo tempo
consonantes e coerentes com os ensinamentos
do Evangelho, da Tradição viva e do perene
Magistério da Igreja – estamos convencidos, nós
e os Senhores, de que a teologia da libertação é
não só oportuna mas útil e necessária. Ela
deve constituir uma nova etapa – em
estreita conexão com as anteriores –
daquela reflexão teológica iniciada com a
Tradição apostólica e continuada com os
grandes Padres e Doutores, com o
Magistério ordinário e extraordinário e, na
época mais recente, com o rico património
da Doutrina Social da Igreja, expressa em
documentos que vão da Rerum Novarum à
Laborem Exercens.”
Teologia Fundamental
Lança as bases do conhecimento
teológico e trata do fato
constituinte da realidade cristã, ou
seja, a automanifestação de Deus e
a plenitude de seu projeto salvífico
que se cumpriu em Cristo.
Teologia Bíblica
A partir do Vaticano II, deu-se uma
ênfase muito grande no estudo das
Escrituras, (“alma da teologia”), e
hoje constitui a base da
evangelização
em
muitos
ambientes eclesiais (Lectio Divina).
Teologia Moral
Tem como objetivo refletir sobre a
resposta concreta que o cristão dá
a Deus nos diversos âmbitos de sua
existência: pessoal, interpessoal,
comunitário, social e político.
Teologia Sistemática ou Dogmática
•
•
•
•
•
•
Cristologia;
Pneumatologia (trata do Espírito
Santo);
Trindade;
Graça;
Eclesiologia (reflexão da Igreja sobre
si mesma);
Sacramentos;
• Protologia (criação);
• Antropologia teológica (criação,
pecado, graça e salvação);
• Escatologia (trata do fim último
do ser humano após a morte);
• Mariologia; etc.
Direito Canônico
A Igreja, enquanto estrutura
organizada, elabora uma série de
leis e regulamentações. O conjunto
das principais normas e prescrições
jurídicas estão condensados no
Código de Direito Canônico.
História da Igreja
O estudo da História da Igreja dá uma visão
panorâmica das grandes fases da história
universal, mostrando também as diversas
formas de comunidade eclesial que foi se
constituindo de acordo com a situação
social e cultural de cada época, bem como
as formulações dogmáticas por elas
elaboradas.
Liturgia e Espiritualidade
Assim
como
a
pastoral,
Espiritualidade e Liturgia, não
consistem apenas áreas de estudo
ou disciplina da teologia, mas
dimensões da vida cristã, da qual
todo cristão faz parte.
Outras disciplinas
patrologia, teologia pastoral,
teologia
das
religiões,
ecumenismo,
homilética,
religiosidade popular, prática
paroquial,
aconselhamento
pessoal e missiologia.
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