A TEOLOGIA NO CONTEXTO ATUAL. “Fazer teologia é Cristo nos pegar pela mão e nos levar pelo mundo, fazendo-nos ver as coisas como ele as vê”. • Ler e meditar (João 17, 15) • A dinâmica da Encarnação. • É para este mundo que o Espírito de Deus nos conduz. • Como está o mundo hoje? História da Salvação. Kronos x Kairós Precisamos estar presente nos novos Areópagos. (Ler e meditar – Atos 17, 16). Os leigos “são homens da Igreja no coração do mundo, e homens do mundo no coração da Igreja” . DAp. 209. • Existe uma profunda semelhança entre o cristianismo primitivo e o cristianismo atual. (Pluralismo religioso e também muita perseguição). • Constantino 312. (Aproximação) • Teodósio 380. (Religião oficial) •Parábola do palhaço e da aldeia em chamas. Qual a nossa realidade? • Vivemos numa mudança de época. (características: insegurança e medo) • Essa mudança tem gerado uma profunda crise. • Modernidade: Era da Razão! • Sociedade pragmática e secularizada. • Pragmática: Só é aceito aquilo que é prático e útil. • Secularizada: Desconsidera a fé e as crenças. • Sentimentalismo: “prazer prevalece sobre o dever” (direitos e deveres) • Individualismo: “o individual prevalece sobre o coletivo” (liturgia) • Consumismo: “o ter prevalece sobre o ser” (economia do descartável) • Relativismo: “não existem valores absolutos” (aborto) • Subjetivismo: “cada um estabelece os valores morais” •“bom é aquilo que é bom para mim, mau é aquilo que é mau para mim” (Sartre) •Toda essa realidade atinge também a nossa comunidade eclesial. Evangelli Gaudium, 50. “Antes de falar de algumas questões fundamentais relativas à ação evangelizadora, convém recordar brevemente o contexto em que temos de viver e agir” Para conversar em grupo • • • • • • • Não a uma economia da exclusão Não à nova idolatria do dinheiro Não a um dinheiro que governa em vez de servir Não à desigualdade social que gera violência Alguns desafios culturais (2) Desafios da inculturação da fé Desafios das culturas urbanas (2) “Somos convidados a seguir os passos de Jesus” João 1, 14 Filipenses 2, 5-8 “Assumindo a realidade, somos chamados a ser agentes de transformação” Romanos 12, 2 “Devemos esperar contra toda esperança” Romanos 4, 18 Hebreus 11, 1 Cânticos 8,6 “Opção preferencial pelos pobres” “A opção preferencial pelos pobres está implícita na fé cristológica naquele Deus que se fez pobre por nós, para enriquecer-nos com sua pobreza (cf. 2 Cor.8,9)” (Discurso n.3) Bento XVI A “opção preferencial pelos pobres” significa que o que é pensado a partir de outros horizontes vai excluir os pobres, os últimos da sociedade. O CONCEITO DE TEOLOGIA •A palavra teologia não é de origem cristã. Sua origem está na antiguidade grecoromana. •Teologia era anúncio sobre Deus ou sobre deuses. Originalmente a palavra teologia tinha um sentido doxológico. •Platão (427-347 aC) conferiu à palavra teologia um sentido preciso: consistia no estudo crítico da mitologia. • Para Aristóteles (384-322 aC), teologia é a “ciência dos primeiros princípios”, conhecida hoje como metafísica. (reflexão que parte do ser chega logicamente à ideia do “ser supremo”, que seria Deus) • Potência, ato e movimento Todas as coisas são em potência e ato. Uma coisa em potência é uma coisa que tende a ser outra, como uma semente (uma árvore em potência). Uma coisa em ato é algo que já está realizado, como uma árvore (uma semente em ato). • É interessante notar que todas as coisas, mesmo em ato, também são em potência (pois uma árvore - uma semente em ato - também é uma folha de papel ou uma mesa em potência). • A única coisa totalmente em ato é o Ato Puro, que Aristóteles identifica com o Bem. Esse Ato não é nada em potência, nem é a realização de potência alguma. Ele é sempre igual a si mesmo, e não é um antecedente de coisa alguma. Desse conceito Tomás de Aquino derivou sua noção de Deus em que Deus seria "ato puro". • A bondade de Deus: Deus é bom e a causa unicamente do bem, nunca do mal. Daí que se devem criticar os vícios dos deuses da mitologia. • A simplicidade de Deus: Deus é simples e, por isso imutável. Na prática, isso significa que Deus não mente e não muda de forma. Teologia no cristianismo • Nos primeiros séculos havia oposição ao termo. • A partir do século IV, com Eusébio de Cesaréia (265 -339), se firma o termo teologia para se referir ao tratado sobre o Deus verdadeiro. • No idade média o termo teologia foi substituído pelo termo “sacra doutrina”. O termo Teologia Basicamente o termo teologia é formado por dois outros termos: Theós (θεó) + logía (λογία) = Deus + Palavra, ciência, saber, que significa basicamente, “estudo sobre Deus”, “discurso sobre Deus” ou ciência de Deus. Termos parecidos • Teo - sofia = Deus + sabedoria • Teo – dicéia = Deus + justificação Definição de Teologia • Para Santo Anselmo (1034 1109) teologia “é a fé procurando entender”. Nessa perspectiva teologia é a fé com os olhos abertos, inteligente, crítica. Definição do termo • O teólogo Von Baltasar (1905 – 1988) diz: “a teologia verdadeira é a realizada pelos santos, feita de joelhos (genuflexa)”. Desse modo, percebemos que fazer teologia não consiste apenas em debruçar-se sobre livros e adquirir um grande conhecimento teórico, mas principalmente, fazer a experiência de Deus na vida. Definição do termo (síntese) • TEOLOGIA É O ESTUDO DE DEUS E DOS SERES CRIADOS EM SUA RELAÇÃO COM DEUS À LUZ DA REVELAÇÃO SOBRENATURAL COMO NOS É TRANSMITIDA PELA IGREJA E ACOLHIDA PELA FÉ. Do querigma à Teologia • Experiência da ressurreição. (querigma) • O ensino da fé. (catequese) • Reflexão sobre a fé. (teologia) A primazia da fé. • O que é fé? Fé significa crença, confiança. • Fé antropológica. • Fé salvífica (religiosa). A primazia da fé. • Fé como dado antropológico: A “fé antropológica” é um crédito de confiança que se dá às coisas que se quer conhecer. É uma abertura e predisposição positiva do espirito frente ao mistério do mundo. • Essa postura humana básica se exprime em vários níveis: nível pessoal, nível hermenêutico e nível científico. A primazia da fé. • Nível pessoal: Sem o mínimo de fé, a vida interpessoal e social se torna impossível. (É a boa fé) • Nível hermenêutico (arte de interpretar os sentidos das palavras): Toda leitura proveitosa exige um leitor atento e confiante. • Nível científico: Na raiz de toda investigação científica há uma aposta de fé. A. Einstein chamava essa fé pré-científica de “religiosidade cósmica”. • Eis suas palavras: “Eu afirmo com todo o vigor que a religião cósmica (fé pré-científica) é o móvel mais poderoso e mais generoso da pesquisa científica. (...) O espírito científico... Não existe sem a religiosidade cósmica.” A primazia da fé. • A fé religiosa é a confiança depositada em uma realidade transcendente. • A palavra religião vem do latim re-ligare. Religião é portanto a tentativa humana de religar-se a Deus. • A este respeito santo Agostinho diz: “A nossa alma anda inquieta enquanto não repousa em Deus”. DECLARAÇÃO NOSTRA AETATE (Em nossa época) SOBRE A IGREJA E AS RELIGIÕES NÃO-CRISTÃS Desde os tempos mais remotos até aos nossos dias, encontra-se nos diversos povos certa percepção daquela força oculta presente no curso das coisas e acontecimentos humanos; encontra-se por vezes até o conhecimento da divindade suprema ou mesmo de Deus Pai. Percepção e conhecimento esses que penetram as suas vidas de profundo sentido religioso. Assim, no hinduísmo, os homens perscrutam o mistério divino e exprimemno com a fecundidade inexaurível dos mitos e os esforços da penetração filosófica, buscando a libertação das angústias da nossa condição quer por meio de certas formas de ascetismo, quer por uma profunda meditação, quer, finalmente, pelo refúgio amoroso e confiante em Deus. No budismo, segundo as suas várias formas, reconhece-se a radical insuficiência deste mundo mutável, e propõe-se o caminho pelo qual os homens, com espírito devoto e confiante, possam alcançar o estado de libertação perfeita ou atingir, pelos próprios esforços ou ajudados do alto a suprema iluminação. De igual modo, as outras religiões que existem no mundo procuram de vários modos ir ao encontro das inquietações do coração humano, propondo caminhos, isto é, doutrinas e normas de vida e também ritos sagrados. A Igreja católica nada rejeita do que nessas religiões existe de verdadeiro e santo. Olha com sincero respeito esses modos de agir e viver, esses preceitos e doutrinas que, embora se afastem em muitos pontos daqueles que ela própria segue e propõe, todavia, refletem não raramente um raio da verdade que ilumina todos os homens. O ateísmo como fenômeno recente. • O iluminismo (era da razão ou racionalismo) 1650 – 1700. • René Descartes (1596) – “Penso, logo existo” Immanuel Kant (1724) – “Homem como centro do mundo” Ludwig Feuerbach (1804) – “Deus é uma projeção da mente humana” Karl Marx (1818) – “A religião é ópio do povo” • Sigmund Freud (1856) – “Deus é uma ilusão infantil” • Friedrich Nietzsche (1844) – “Deus não existe, nós o matamos” Fé religiosa • Ter fé religiosa é um novo modo de existir. Num mundo extremamente racionalista, ter fé é um profundo ato de conversão. É submeter-se ao mistério de Deus. •Fé é uma segunda forma de ver a realidade. É a opção de não considerar irreal aquilo que não se pode ver e tocar. TEOLOGIA DA REVELAÇÃO Procure pensar na palavra "revelação". O que ela lhe sugere? • A palavra revelação vem dos termos latinos “revelare”, “revelatio”, que significam remoção de um véu que esconde alguma coisa em nossa vida. No contexto religioso, indica a manifestação de Deus e seus decretos, ocultos a razão humana, secretos e íntimos. Revelação como dado antropológico HOMEM – CAPAX DEI O desejo de Deus: “O desejo de Deus é um sentimento inscrito no coração do homem, porque o homem foi criado por Deus e para Deus. Deus não cessa de atrair o homem para Si e só em Deus é que o homem encontra a verdade e a felicidade que procura sem descanso” (Catecismo da Igreja Católica – 27) Revelação na criação (cosmos) Romanos 1, 19-20 PAN-TEISMO X PAN-EN-TEISMO Mas, como esta revelação se relaciona com a história? Como o termo revelação foi desenvolvido ao longo dos séculos? Na história do pensamento humano existem dois campos fundamentais para a percepção da realidade: o profano e o sagrado. Profano: trata-se daquele âmbito com o qual o ser humano tem familiaridade. É o espaço que o homem pode manipular e tirar proveito. É um espaço no qual ele se sente seguro. Sagrado: o ser humano percebe que para além das realidades que ele controla, existem realidades profundas, ocultas e diante das quais sente-se incapaz de exercer um controle. O SER HUMANO DIANTE DO MISTÉRIO Na raiz de toda doutrina religiosa está o encontro com o mistério. O mistério não é o desconhecido. É aquilo que nos fascina e nos atrai para conhecê-lo mais e mais. TEOLOGIA DA REVELAÇÃO O cristianismo não é uma religião que simplesmente transmite verdades e normas de conduta, mas é, antes de tudo, uma religião que vive a experiência histórica da manifestação de Deus. (História da Salvação). AUTOREVELAÇÃO 1. Fato e objeto da revelação (livre iniciativa de Deus) 2. Natureza da revelação (um diálogo de amor) 3. Economia da revelação ( realizado através dos séculos) 4. Conteúdo da revelação ( Verdade sobre Deus e sobre o homem) A AUTOREVELAÇÃO DE DEUS ANTIGO TESTAMENTO OU PRIMEIRO TESTAMENTO Pedagogia de Deus: paidós (criança) e agogé (condução). Deus sempre levará em consideração a condição humana, isto é, a sua cultura e o seu contexto. ETAPAS PROGRESSIVAS • Época patriarcal: 15OO a. C. • Um arameu errante. (Dt 26, 5) Da visão politeista ao monoteismo Deus exige o culto exclusivo: “Então Deus pronunciou todas estas palavras: "Eu sou Javé seu Deus, que fiz você sair da terra do Egito, da casa da escravidão. Não tenha outros deuses diante de mim.” (Ex20,2-3). A negação da existência de outros deuses: “Existe, por acaso, um povo que tenha ouvido a voz do Deus vivo, falando do meio do fogo, como você ouviu, e ainda permaneceu vivo? Ou existe algum Deus que tenha vindo para escolher uma nação do meio de outra nação, com provas, sinais, prodígios e • combates, com mão forte e braço estendido, por meio de grandes terrores, como tudo o que Javé seu Deus fez no Egito diante dos olhos de vocês? Foi a você que ele mostrou tudo isso, para você ficar sabendo que Javé é o único Deus e que não existe outro além dele.” (Dt 4, 33-35) Abraão, o pai da fé. (Gn 12ss) • PROMESSA E ALIANÇA (GN 15) • SACRIFÍCIO DE ABRAÃO (GN 22) * (Dt 18, 10) A libertação em vista da aliança Deus se manifesta não em seu Ser metafísico, mas em sua vontade salvadora (cf. Ex 3, 13-15). É um Deus pessoal (Ex 3, 7-8) que está sempre disposto a servir e ajudar o seu povo. É o Deus que realiza a libertação (Ex 14, 15ss) e chama a comunhão de vida com Ele (Ex 19, 5-6). A lei A lei natural: • “A lei natural outra coisa não é senão a luz da inteligência posta em nós por Deus. Por ela, conhecemos o que se deve fazer e o que se deve evitar.” ( Sto. Tomás de Aquino) • “Deus escreveu nas tábuas da lei aquilo que os homens não conseguiam ler nos corações.” (Sto. Agostinho) A lei • A lei expressa a experiência de Deus no antigo testamento. • Por meio da lei Deus aponta o caminho que conduz a vida. A lei é pedagoga (Gálatas 3, 24). A TORÁ – (Instrução ou lei) PENTATEUCO Gênesis Êxodo Levítico Números Deuteronômio A lei: interiorização da palavra de Deus (Dt 6, 1-9) BENÇÃO E MALDIÇÃO "Eis que, hoje, eu ponho diante de vós a bênção e a maldição: A bênção, quando cumprirdes os mandamentos do Senhor, vosso Deus, que hoje vos ordeno; A maldição, se não ouvirdes os mandamentos do Senhor vosso Deus, e vos desviardes do caminho que hoje vos ordeno, para seguirdes outros deuses que não conhecestes". (Deuteronômio 11,26- 28) Livros históricos - A lei no meio do povo O povo pede um rei “Agora, portanto, constitui sobre nós um rei, que exerça a justiça sobre nós, como acontece em todas as nações” (1 Samuel 8, 5) “feliz a nação cujo Deus é o Senhor” (Salmo 33, 12) • Saul e sua infidelidade a lei – (1 Samuel 13, 8-13) Davi – fidelidade a lei – vitória (5 pedras) “E, tirando a armadura, tomou seu cajado e escolheu no regato cinco pedras lisas, pondo-as no alforje de pastor que lhe servia de bolsa. Em seguida, com a sua funda na mão, avançou contra o filisteu.” (1 Samuel 17, 40) Livros proféticos: o profetismo. “Ai daqueles que fazem leis injustas e dos escribas que redigem sentenças opressivas, para afastar os pobres dos tribunais e negar direitos aos fracos de meu povo; para fazer das viúvas sua presa e despojar os órfãos. Que fareis vós no dia do ajuste de contas, e da tempestade que virá de longe? Junto de quem procurareis auxílio, e onde deixareis vossas riquezas?” (Isaías 10, 1-4) Livros proféticos: o profetismo “Sião dizia: O Senhor abandonou-me, o Senhor esqueceu-me. Pode uma mulher esquecer-se daquele que amamenta? Não ter ternura pelo fruto de suas entranhas? E mesmo que ela o esquecesse, eu não te esqueceria nunca.” (Isaías 49, 14) Sapiencias A lei na oração do povo ( Salmo 1, 1-4) Objetivo da revelação no primeiro testamento • Revelação de Deus em si – Quem é Deus? É um Deus vivo - “Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando irei contemplar a face de Deus?” (Salmo 42, 3) Um Deus único – “Ouve, ó Israel! O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor.” (Dt 6,4) Um Deus transcendente, mas próximo Transcendência na imanência “Êxodo 3, 7-15” (EU SOU) Revelação do projeto de salvação 1.Promessa 2.A aliança 3.O reino 4.A esperança de um Messias A PLENITUDE DA REVELAÇÃO Jesus Cristo é a manifestação máxima do amor do Pai (Mateus 11, 27), o cumprimento das promessas divinas (Hebreus 1, 1-2) e o centro da história da salvação (Gálatas 4, 4). NOVO TESTAMENTO O Novo Testamento (segundo testamento) apresenta Jesus Cristo como o centro da Revelação e da história da salvação. EVANGELHO (BOA NOTÍCIA) A palavra grega para “evangelho”, ευαγγελιον, foi originalmente usada para descrever as “boas novas” da vitória militar trazida de um mensageiro ao seu comandante. EVANGELHOS SINÓTICOS E JOÃO Os sinóticos são Marcos, Mateus e Lucas. Marcos • Escrito por volta de 66-70 d.C (Roma) • Se dirige aos cristãos de origem pagã. • Objetivo: mostrar quem é Jesus (Marcos 8, 27) Mateus • Escrito por volta de 80-90 d.C (Palestina) • Se dirige a comunidade Judaica-Cristã. (Reino dos céus) • Objetivo: Mostrar Jesus como a realização de todas as leis e profecias. (5 livros) LUCAS • Escrito por volta do ano 66 - 70 d.C. (Antioquia) • Se dirige aos cristãos de origem pagã • Objetivo: falar sobre a universalidade da salvação (o Pai misericordioso – Lucas 15, 1132). Evangelho de João • Escrito entre os anos 80 e 110 d.C (Éfeso) • Se dirige a comunidade dos cristãos joaninos (comunidade mista) • Objetivo: Jesus como fonte e exemplo do mandamento do amor (Jo 13, 34) O MISTÉRIO DA ENCARNAÇÃO O MISTÉRIO DA TRINDADE DEUS É AMOR (1 JOÃO 4, 8) O MISTÉRIO DA TRINDADE “A fé católica é esta: adoramos um só Deus na Trindade, e a Trindade na Unidade, sem confusão das pessoas e sem divisão da substância. Porque uma é a pessoa do Pai, outra é a pessoa do Filho e outra é a pessoa do Espírito Santo. Mas o Pai e o Filho e o Espírito Santo têm uma mesma divindade, igual glória, majestade coeterna.” (Santo Atanásio 373) Porque da encarnação do verbo? • Para nos salvar; • Para que conhecêssemos o amor de Deus; • Para tornar nosso modelo de santidade; • Para nos tornar participantes da vida divina. MOMENTOS SIGNIFICATIVOS DA REVELAÇÃO NA VIDA DE JESUS • O BATISMO DE JESUS; • PROFETISMO DE JESUS; • OS MILAGRES DE JESUS; • A MORTE DE JESUS; • RESSURREIÇÃO DE JESUS. O BATISMO DE JESUS • Inauguração da plenitude dos tempos “ Ora, naqueles dias veio Jesus de Nazaré, da Galiléia, e foi batizado por João no Jordão. No momento em que Jesus saía da água, João viu os céus abertos e descer o Espírito em forma de pomba sobre ele. E ouviu-se dos céus uma voz: "Tu és o meu Filho muito amado; em ti ponho minha afeição.“ (Mc 1, 9-11) PROFETISMO DE JESUS “Dirigiu-se a Nazaré, onde se havia criado. Entrou na sinagoga em dia de sábado, segundo o seu costume, e levantou-se para ler. Foi-lhe dado o livro do profeta Isaías (61,1)... Ele começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu este oráculo que vós acabais de ouvir.” (Lc 4, 16-19). MILAGRES DE JESUS Sinal da vinda do Reino; “...Ide anunciar a João o que tendes visto e ouvido: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos ficam limpos, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, aos pobres é anunciado o Evangelho”. (Lc 7, 19-22) A morte de Jesus Na morte de Jesus se revela a plenitude do amor de Deus pelo ser humano. RESSURREIÇÃO DE JESUS E O ENVIO DO ESPÍRITO SANTO • Legitima tudo o que Jesus havia dito... • Deus se solidariza com o sofrimento da morte humana e lhe dá um novo sentido... a morte não tem a última palavra... • A vida de Deus, que tem como fonte o Pai e nos é oferecida no Filho, nos é comunicada intimamente e pessoalmente pelo Espírito Santo. A SAGRADA TRADIÇÃO “HÁ, PORÉM, MUITAS COISAS QUE JESUS FEZ. SE FOSSEM ESCRITAS UMA POR UMA, CREIO QUE O MUNDO NÃO PODERIA CONTER OS LIVROS QUE SE ESCREVERIAM.” (Jo 21, 25) A SAGRADA TRADIÇÃO • Princípio luterano da “sola Scriptura”: Lutero tinha a convicção da primazia da Escritura sobre qualquer outra autoridade na transmissão da mensagem salvífica. Para ele, a escritura é a única regra de fé. As tradições são para ele, tradições humanas. Lutero rejeita a Tradição, pois segundo ele, não há outros dados divinos fora da Escritura. • "Você precisa ter uma passagem forte e clara da Bíblia como base. Se não tiver um versículo bíblico para fundamentar sua opinião, você não substituirá. A Sagrada Escritura expõe de modo apurado e magistral o que Deus falou. Onde a Palavra de Deus sai de cena, entram as fábulas. Quem não tem a Palavra de Deus, terá de se contentar com suas próprias ideias. Quem não tem cimento, edifica com barro" Martinho Lutero. (1483 – 1546) A SAGRADA TRADIÇÃO • A realidade da Tradição: os apóstolos mesmos dão testemunho da Tradição por eles criada, pois exortam os fiéis a mantê-la, assim como foi recebida. A SAGRADA TRADIÇÃO “Portanto, irmãos, ficai firmes; guardai as tradições que vos ensinamos oralmente ou por escrito” (2 Tes 2, 15) A SAGRADA TRADIÇÃO • Objetivo da Tradição: Explicitar aquilo que já está revelado, mas ainda não foi desdobrado, desenvolvido e incorporado claramente na vida da Igreja e na inteligência da fé. Na Tradição está contida os ensinamentos de Jesus, as iluminações do Espírito Santo e as normas pastorais. Relação Tradição-Escritura A sagrada Tradição e a Sagrada Escritura estão intimamente unidas e compenetradas entre si. Com efeito, derivando ambas da mesma fonte divina, fazem como que uma coisa só e tendem ao mesmo fim. A Sagrada Escritura é a palavra de Deus enquanto foi escrita por inspiração do Espírito Santo; a sagrada Tradição, por sua vez, transmite integralmente aos sucessores dos Apóstolos a palavra de Deus confiada por Cristo Senhor e pelo Espírito Santo aos Apóstolos, para que eles, com a luz do Espírito de verdade, a conservem, a exponham e a difundam fielmente na sua pregação; donde resulta assim que a Igreja não tira só da Sagrada Escritura a sua certeza a respeito de todas as coisas reveladas. Por isso, ambas devem ser recebidas e veneradas com igual espírito de piedade e reverência (Dei Verbum 9) Magistério da Igreja • A sagrada Tradição e a Sagrada Escritura constituem um só depósito sagrado da palavra de Deus, confiado à Igreja; aderindo a este, todo o Povo santo persevera unido aos seus pastores na doutrina dos Apóstolos e na comunhão, na fração do pão e na oração (cf. At. 2,42 ), de tal modo que, na conservação, atuação e profissão da fé transmitida, haja uma especial concordância dos pastores e dos fiéis. • Porém, o encargo de interpretar autenticamente a palavra de Deus escrita ou contida na Tradição, foi confiado só ao magistério vivo da Igreja, cuja autoridade é exercida em nome de Jesus Cristo. Este magistério não está acima da palavra de Deus, mas sim ao seu serviço, ensinando apenas o que foi transmitido, enquanto, por mandato divino e com a assistência do Espírito Santo, a ouve piamente, a guarda religiosamente e a expõe fielmente, haurindo deste depósito único da fé tudo quanto propõe à fé como divinamente revelado. • É claro, portanto, que a sagrada Tradição, a sagrada Escritura e o magistério da Igreja, segundo o sapientíssimo desígnio de Deus, de tal maneira se unem e se associam que um sem os outros não se mantém, e todos juntos, cada um a seu modo, sob a ação do mesmo Espírito Santo, contribuem eficazmente para a salvação das almas. (Dei Verbum 10) Magistério da Igreja Tanto a Tradição como a Escritura foram suscitadas na Igreja, sob a ação do Espírito Santo. Não nasceram da Igreja como de fonte, mas de Cristo, autor e consumador da fé. A Igreja deu-lhes apenas consistência estrutural. Trabalho para avaliação • O que quer dizer auto-revelação? • Qual é a finalidade da revelação? • Qual é a particularidade da revelação Cristã em relação a outras religiões monoteistas? • Explique a seguinte frase: “A Sagrada Tradição e a Sagrada Escritura constituem um só depósito sagrado da palavra de Deus, confiado à Igreja” (Dei Verbum 10). • Escreva sobre o que mais lhe chamou atenção a respeito da revelação na Sagrada Escritura. TEO - LOGIA Deus – Palavra (Estudo sobre Deus) TEOLOGIA COMO CIÊNCIA Ciência (do latim scientia, traduzido por "conhecimento"). TEOLOGIA COMO CIÊNCIA Para se conseguir um saber científico é necessário: 1. Sujeito epistêmico; 2. Objeto teórico; 3. Método específico. TEOLOGIA COMO CIÊNCIA • O sujeito epistêmico: é o sujeito pensante, operante, crítico. É o sujeito capaz de pensar sobre seu próprio pensamento e sua forma de agir no meio ao qual está inserido. TEOLOGIA COM CIÊNCIA • Objeto teórico: é a perspectiva do objeto que será analisado, ex. o ser humano. (Psicologia, Sociologia). TEOLOGIA COMO CIÊNCIA • Método específico: é o caminho para o sujeito chegar ao objetivo visado. TEOLOGIA COMO CIÊNCIA •A teologia é uma ciência a seu modo, uma ciência sui generis isto é, "único em seu gênero". Ciência Teológica • O sujeito epistêmico: o teólogo. • O objeto teórico: Deus e sua criação. (Revelação) • O método (caminho) específico: ex. de método teológico: Ver, julgar e agir. ATENÇÃO! Teologia é o discurso de Deus sobre o ser humano e não o discurso do ser humano sobre Deus. “Cuidar para não criar um Deus a nossa imagem e semelhança” AS REALIDADES SOB A LUZ DA FÉ • Teologia ecológica; Teologia do sofrimento; Teologia da mulher; Teologia do trabalhador... • Campanha da fraternidade e os seus diversos temas. MOMENTOS INTERNOS DA TEOLOGIA “Auditus fidei” e “intellectus fidei” “Auditus fidei” É o primeiro movimento da teologia: consiste em levantar o dado da revelação sobre o tema ou assunto em questão. A CRIAÇÃO. “Intellectus fidei” É o segundo movimento da teologia: é a reflexão sobre o dado revelado em busca de maior compreensão. Busca-se uma linguagem compreensível à inteligência de hoje. O fato da criação Uma das teorias científicas mais aceita para explicar a origem do mundo é a do Big-Bang ou da Grande Explosão. Segundo esta teoria, Há uns 15 a 20 bilhões de anos atrás o universo não existia, nem o espaço vazio, nem mesmo o tempo. Tudo o que havia era uma esfera extremamente pequena, do tamanho da ponta de uma agulha. E esse pontinho há cerca de 18 bilhões de anos teria se explodido formando o universo atual. O QUE PENSA A IGREJA ? Uma das respostas a essas teorias, por parte da Igreja, é a encíclica Fides et ratio de João Paulo II, onde diz: “A fé e a razão (fides et ratio) constituem como que as duas asas pelas quais o espírito humano se eleva para a contemplação da verdade. Foi Deus quem colocou no coração do homem o desejo de conhecer a verdade”. A favor da ciência Com relação a teoria da evolução do britânico Charles Darwin, a encíclica Humani Generis do Papa Pio XII afirma: “o magistério da Igreja não proíbe o estudo da doutrina do evolucionismo” • Diante deste quadro o desafio Teológico em conciliar criação-evolução não está no fato de dar respostas científicas acerca da origem do universo, sobre a questão cronológica, ou de como e quando tudo isso aconteceu; mas a sua função é refletir o porquê? Quem está na origem desse ser? Qual o sentido de sua existência? • Exemplo: na criação está "escondida" a evolução, e na evolução é que podemos perceber o plano da criação. Teologia da Criação Caos→ Cosmogênese→Biogênese→Antropogêne→Cristogênese – Efesios 1, 3-4 João 1, 3 1Cor 15,28 Reflexão teológica precisa ser traduzida em realidade. “Por isso, a criação aguarda ansiosamente a manifestação dos filhos de Deus.” Rm 8, 19 BREVE HISTÓRIA DA TEOLOGIA • A teologia cristã experimentou, no correr dos tempos, vários caminhos e multiforme expressões. (Renovar e Enrijecer) • Sua história está intimamente ligada a história da Igreja e das sociedades. PEDAGOGIA DIVINA “Tenho ainda muitas coisas a dizervos, mas não sois capazes de compreender agora. Quando, porém, vier o Espírito da verdade, ele vos conduzirá à plena verdade” (João 16, 12-13) BREVE HISTÓRIA DA TEOLOGIA TEOLOGIA MORAL: Diversas ações foram consideradas por gerações anteriores como moralmente licitas e hoje a consciência as rejeita como gravemente imorais, por ex. sistema de escravidão e o uso de força na inquisição (Inocêncio IV – 1252) * Lei Natura, Divina e Eclesiástica A TEOLOGIA DAS PRIMEIRAS COMUNIDADES CRISTÃS Primeira geração cristã (I século) “Quem é Jesus para nós ?” “Visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação. Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria; Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos. Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus. Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.” (1 Cor 1, 21-25) “Quem somos nós a partir de Jesus ?” Teologia Pneumática; Teologia Eclesial (já e ainda não); Teologia Missionária. A TEOLOGIA DAS PRIMEIRAS COMUNIDADES CRISTÃS Primeira geração cristã (I século) “Quem é Jesus para nós ?” “Visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação. Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria; Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos. Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus. Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.” (1 Cor 1, 21-25) “Quem somos nós a partir de Jesus ?” Teologia Pneumática; Teologia Eclesial (já e ainda não); Teologia Missionária. A TEOLOGIA DAS PRIMEIRAS COMUNIDADES CRISTÃS Primeira geração cristã (I século) Conhecemos os diferentes estilos desta reflexão: teologia narrativa dos evangelhos e Atos, literatura epistolar e apocalíptica. TEOLOGIA NA PATRISTICA BREVE HISTÓRIA SOBRE A EXPANSÃO DO CRISTIANISMO. HEBREUS-CRISTÃOS HELENISTAS-CRISTÃOS TEOLOGIA NA PATRISTICA HEBREUS CRISTÃOS (Judeus nascidos na palestina) HELENISTAS-CRISTÃOS nascidos na diáspora) (Judeus TEOLOGIA PATRISTICA HEBREUS CRISTÃOS : Ligados ao judaísmo tradicional, continuavam frequentando o templo, observando a lei e respeitando o sábado. (Representado pelos 12 Apóstolos) TEOLOGIA NA PATRISTICA HELENISTAS CRISTÃOS : Além da língua grega, tinham assimilados vários elementos da cultura grega, como judeus da diáspora tinham dificuldades de seguir a lei ao pé da letra. Como cristãos criticavam a templo e a lei. (Representados pelos sete diáconos) TEOLOGIA NA PATRISTICA • Atos 6, 1-7 (Instituição dos sete); • Além da diferença interna destes dois grupos eles eram vistos de forma diferenciada pelos judeus.(Morte de Estevão. Atos 7, 1-60, 8, 1-8); • Pregação apenas para os Judeus (Atos 11, 19); • Pregação também para os pagãos (Atos 11, 20-21). • Pela primeira vez recebem o nome de “cristãos” (Atos 11, 26). TEOLOGIA NA PATRISTICA PADRES APOSTÓLICOS: Conheceram Apóstolos ou escutaram seus discípulos. • Clemente Romano (+ 102) • Inácio de Antioquía (+ 107) • Policarpo de Esmirna (+ 156) os TEOLOGIA NA PATRISTICA PADRES APOLOGETAS: Apologia é uma defesa ao cristianismo. • São Justino (+ 165) • Hipólito de Roma ( + 236) TEOLOGIA NA PATRISTICA As duas grandes escolas teológicas. • Escola de Antioquia – parte da humanidade de Cristo para chegar a divindade. • Escola de Alexandria – parte da divindade de Cristo para chegar a humanidade. OS CRISTÃOS NO “MUNDO” PAGÃO • Paulo em Atenas: Atos 17, 2228 • Festa do Natal: Século III – deus Sol ARIANISMO • Ário afirmava a existência de um único Deus, o Pai, eterno, absoluto, imutável, incorruptível. Para ele, Jesus era somente uma criatura. Entre 318-320 consegui impor sua visão. I Concílio ecumênico de Nicéia – (325) • Contra o Arianismo – Insere-se o termo HOMOOUSIOS. (da mesma substância) • Os padres do Oriente foram contra esse termo e por 50 anos teve muitas divisões. • O termo OUSIA (substância, essência) era sinônimo de HIPÓSTASIS (PESSOA). Logo, Deus é uma só pessoa. II Concílio Ecumênico de Constantinopla (381) • Figuras importantes: Gregório Nazianzeno, Basílio de Cesaréia e Gregório de Nissa. • Ajudam a clarear os conceitos para que o termo HOMOOUSIOS fosse aceitos por todos. • OUSIA designa de forma exclusiva a substânciaessência de Deus e HIPÓSTASIS designa a maneira especial em que se expressa a substância-essência divina no Pai, no Filho e no Espírito Santo. II Concílio Ecumênico de Constantinopla (381) A maior novidade em constantinopla: contra os Pneumatômacos (adversários da divindade do Espírito Santo). • O Credo que é costume proclamar nas Eucaristias da maior parte dos lugares chamase Credo Niceno-Constantinopolitano, porque é uma formulação dogmática e litúrgica que ficou selada pela reflexão teológica do Concílio de Niceia (em 325) e do Concílio deConstantinopla (em 381). Mas antes desse existia já o Símbolo dos Apóstolos, bem mais antigo, que segundo a tradição é uma formulação que vem mesmo do fim dos tempos apostólicos, por volta do fim do primeiro século. Creio em Deus, Pai todo-poderoso, Criador do Céu e da Terra; e em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da Virgem Maria; padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos Céus, onde está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, de onde há-de vir a julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo, na santa Igreja Católica; na comunhão dos Santos; na remissão dos pecados; na ressurreição da carne; na vida eterna. Amém • Creio em um só Deus, Pai todo-poderoso, Criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis • Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos: Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado não criado, consubstancial ao Pai. Por Ele todas as coisas foram feitas. E, por nós, homens, e para a nossa salvação, desceu dos céus: e encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e se fez homem. Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as escrituras; E subiu aos céus, onde está sentado à direita do Pai. E de novo há de vir, em sua glória, para julgar os vivos e os mortos; e o seu reino não terá fim. Creio no Espírito † Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai; e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado: Ele que falou pelos profetas. Creio na Igreja Una †, Santa, Católica e Apostólica. Professo um só batismo para remissão dos pecados. Espero a ressurreição dos mortos; E a vida do mundo que há de vir. Amém. Atualidades • “Em nome do Pai, Em nome do Filho, Em nome do Espírito Santo, estamos aqui.” • “Na comunhão recebemos o Espírito Santo” Santo Agostinho • Nasceu em Tagaste (Argélia) no dia 13 de novembro de 354. • Filho de Patrício (Pagão) e de Mônica (Cristã). • Foi educado na fé católica por sua mãe. Santo Agostinho • Admirava a figura de Jesus Cristo. • Procurando a verdade tornou maniqueista. Os maniqueus se denominavam cristãos e prometiam uma religião totalmente racional. Santo Agostinho • Aos 20 anos já era professor de gramática e um brilhante mestre de retórica. • De um relacionamento, teve um filho chamado Adeodato. • Se decepcionou com o maniqueismo por não conseguirem responder suas perguntas. Santo Agostinho • Sua conversão ao cristianismo se dá em 15 de agosto 386 ao ouvir Santo Ambrósio, o bispo de Milão. • Foi batizado em 24 de abril de 387 por santo Ambrósio, durante uma vigília pascal, na catedral de Milão. Santo Agostinho • Ordenado presbítero em 391. • Em 395, foi sagrado bispo. • Faleceu em 28 de agosto de 430. (75 anos) Importantes obras de santo Agostinho • Confissões • A cidade de Deus. • De trinitate (A trindade) Santo Agostinho e sua luta contra o pelagianismo O pelagianismo é uma teoria teológica cristã, atribuída a Pelágio (+ 420), monge irlandês. Sustenta basicamente que todo homem é totalmente responsável pela sua própria salvação e portanto, não necessita da graça divina. Segundo os pelagianos, todo homem nasce "moralmente neutro", sendo capaz, por si mesmo, sem qualquer influência divina, de salvar-se quando assim o desejar. Pelagianismo • Posse: Poder (Criação) • Velle: Querer • Esse: Fazer • Desse modo a liberdade fundamental não foi debilitada pelo pecado. • Jesus Cristo é visto apenas como um exemplo. Santo Tomás de Aquino • Nasceu por volta do ano 1225 na Itália. • Filho do Conde Landulf de Aquino e da a condessa Teodora de Theate. • Aos cinco anos, Tomás inicia seus estudos. Santo Tomás de Aquino • Aos 19 anos, contra a vontade da família, entrou na ordem dominicana. • A partir dele, a Igreja tem uma Teologia (fundada na revelação) e uma Filosofia (baseada no exercício da razão humana) que se fundem numa síntese definitiva: fé e razão, unidas em sua orientação comum rumo a Deus. Sustentou que a filosofia não pode ser substituída pela teologia e que ambas não se opõem. Afirmou que não pode haver contradição entre fé e razão. • Morreu em 7 de março de 1274 (49 anos). Suma Teológica Nesta obra Aquino trata da natureza de Deus, das questões morais e da natureza de Jesus. Foi escrita entre os anos de 1265 a 1273. A Obra encontra-se dividida em 3 partes, onde se encontram 512 questões. "A Suma Teológica é o céu visto da terra" (Papa Pio XI, in: Alocução de 12 de dezembro de 1924 no colégio Angelicum de Roma). Teologia moderna • Trata-se de um saber crítico. O senso da historicidade nas várias formas de fé, a sensibilidade social e a intenção prática. • Karl Rahner (1904 – 1984) • Yves Congar (1904 – 1995) A TEOLOGIA LATINO-AMERICANA DA LIBERTAÇÃO Gênero: É a reflexão crítica da práxis à luz da fé. É crítica também no sentido de profética, enquanto denunciadora das injustiças e anunciadora do Reino a se realizar também na história. Problemática: A teologia da libertação ataca a questão específica da opressãolibertação em suas dimensões concretas. Coloca-as, porém, sempre dentro do horizonte maior da fé. Destinatários: A teologia da libertação convoca todos à tarefa libertadora. Contudo, aplicando em seu próprio campo a “opção pelos pobres”, ela privilegia estes últimos como seus interlocutores e destinatários especiais, na medida que são sujeitos protagonistas de sua própria libertação. Objetivo: Como teologia específica, que visa finalmente a teologia da libertação? É despertar as comunidades cristãs para o compromisso de justiça e acompanhá-las de modo estimulante e crítico ao mesmo tempo. Portanto, ela aponta para agir em termos de caridade libertadora. João Paulo II (9 de abril de 1986) “Na medida em que se empenha por encontrar aquelas respostas justas – penetradas de compreensão para com a rica experiência da Igreja neste País, tão eficazes e construtivas quanto possível e ao mesmo tempo consonantes e coerentes com os ensinamentos do Evangelho, da Tradição viva e do perene Magistério da Igreja – estamos convencidos, nós e os Senhores, de que a teologia da libertação é não só oportuna mas útil e necessária. Ela deve constituir uma nova etapa – em estreita conexão com as anteriores – daquela reflexão teológica iniciada com a Tradição apostólica e continuada com os grandes Padres e Doutores, com o Magistério ordinário e extraordinário e, na época mais recente, com o rico património da Doutrina Social da Igreja, expressa em documentos que vão da Rerum Novarum à Laborem Exercens.” Teologia Fundamental Lança as bases do conhecimento teológico e trata do fato constituinte da realidade cristã, ou seja, a automanifestação de Deus e a plenitude de seu projeto salvífico que se cumpriu em Cristo. Teologia Bíblica A partir do Vaticano II, deu-se uma ênfase muito grande no estudo das Escrituras, (“alma da teologia”), e hoje constitui a base da evangelização em muitos ambientes eclesiais (Lectio Divina). Teologia Moral Tem como objetivo refletir sobre a resposta concreta que o cristão dá a Deus nos diversos âmbitos de sua existência: pessoal, interpessoal, comunitário, social e político. Teologia Sistemática ou Dogmática • • • • • • Cristologia; Pneumatologia (trata do Espírito Santo); Trindade; Graça; Eclesiologia (reflexão da Igreja sobre si mesma); Sacramentos; • Protologia (criação); • Antropologia teológica (criação, pecado, graça e salvação); • Escatologia (trata do fim último do ser humano após a morte); • Mariologia; etc. Direito Canônico A Igreja, enquanto estrutura organizada, elabora uma série de leis e regulamentações. O conjunto das principais normas e prescrições jurídicas estão condensados no Código de Direito Canônico. História da Igreja O estudo da História da Igreja dá uma visão panorâmica das grandes fases da história universal, mostrando também as diversas formas de comunidade eclesial que foi se constituindo de acordo com a situação social e cultural de cada época, bem como as formulações dogmáticas por elas elaboradas. Liturgia e Espiritualidade Assim como a pastoral, Espiritualidade e Liturgia, não consistem apenas áreas de estudo ou disciplina da teologia, mas dimensões da vida cristã, da qual todo cristão faz parte. Outras disciplinas patrologia, teologia pastoral, teologia das religiões, ecumenismo, homilética, religiosidade popular, prática paroquial, aconselhamento pessoal e missiologia.