1- Como valorizar o diâmetro de uma lesão que apresenta áreas de vidro fosco? O diâmetro do componente sólido do tumor deve ser usado para estabelecer o estágio do T em adenocarcinoma do pulmão. B. M. Burt,, A. Leung, M. Yanagawa,, W. Chen,, C. M. Hoang, V. Nair,, J. B. Shrager - Stanford University School of Medicine, CA, e Osaka University Graduate School of Medicine, Japão Objetivo: Na TC de tórax o componente de “vidro fosco” de uma a lesão se relaciona com a histologia não invasiva do tumor e os componentes radiológicos sólidos se associam com a histologia invasiva. Postularam então a hipótese que o estádio do T pode ser aplicado com mais precisão apenas com a medida do componente sólido da lesão, ao invés de se medir o diâmetro total do nódulo. Identificaram 74 pacientes com adenocarcinoma do pulmão que se submeteram a ressecção cirúrgica sem receber terapia neoadjuvante e que tinham uma tomografia com corte fino, nos últimos três meses antecedendo a cirurgia. As tomografias foram revisadas por um radiologista torácico e foram medidos o diâmetro máximo total e o diâmetro sólido das lesões ressecadas. Foram utilizadas análises estatísticas para determinar se o diâmetro total dos nódulos ou o diâmetro do componente sólido tinham diferentes valores preditivos de sobrevida global. Resultados: Trinta e três pacientes (45%) tinham um nódulo sólido, 39 (53%) tinha um nódulo com parte sólida e parte em vidro moído, e dois (3%) tinham nódulos só em vidro fosco. A maioria dos pacientes era branca (59%) e mulheres (69%); 42 eram não-fumantes. A idade média de 65. 2 anos. Setenta e quatro por cento foi submetido a lobectomia e 23% a ressecção sublobar. 66% tinham estadiamento patológico final I, 22% estádio II, e 12% estádio IIIA. O diâmetro médio total dos nódulos foi de 32. 1 mm ± 17. 5 mm, enquanto que o diâmetro médio das porções sólidas foi de 24. 8 mm ± 18. 0 mm, respectivamente (p 0. 01). Entre os 39 pacientes com nódulos com parte sólida e parte em vidro fosco ficou evidente que o componente sólido se correlaciona com a expectativa de sobrevida global, enquanto que os diâmetros máximos dos nódulos não se correlaciona. Conclusões: Em uma amostra em que a maioria dos pacientes eram brancos, a ressecção de adenocarcinoma revelou que a medida da porção sólida de tumores que apresentam parte sólida e parte em vidro fosco, têm um valor preditivo de sobrevida, que a medida do diâmetro total das lesões não tem. Baseado nesta publicação a medida da parte em vidro fosco deve ser ignorada para fins de estadiamento do T. -----------------------------------------------------------------------2- Como são os resultados com Miotomia Endoscópica Peroral (POEM) pelo cirurgião torácico no tratamento da acalasia? Experiência inicial e resultados com Miotomia Endoscópica Peroral (POEM) pelo cirurgião torácico no tratamento da acalasia. S. G. Worrell, , E. Alicuben, , S. DeMeester- University of Southern California, Los Angeles, e Keck School of Medicine da USC, Los Angeles, CA Objetivo: A miotomia endoscopica peroral (POEM) é uma nova opção no tratamento da acalasia. O objetivo deste trabalho foi avaliar a experiência inicial e resultados com o POEM. Métodos: Revisão retrospectiva dos prontuários de todos os pacientes submetidos a esta técnica no nosso serviço. O procedimento foi realizado usando uma knife do sistema híbrido ERBE. Os pacientes foram avaliados no pós-operatório com endoscopia e esofagograma cronometrado. Resultados: Desde outubro de 2012, 25 pacientes foram submetidos a POEM, — 12 homens e 13 mulheres. A idade mediana foi de 53 anos (intervalo 25-83). Terapia endoscópica prévia (Botox ou dilatação do balão) tinha sido realizada antes da POEM em 12 pacientes (48%). Um paciente tinha uma miotomia laparoscópica prévia. Follow-up estava disponível para 14 pacientes com um tempo de seguimento de 20 semanas. A queixa de pirose estava presentes em seis pacientes e foram aliviados com medicamentos inibidores da bomba de prótons. A disfagia foi melhorada ou resolvida em todos os pacientes. Conclusões: O POEM fornece excelente alívio da disfagia para todos os tipos manométricos de acalasia e que falharam com procedimentos prévios. O tempo médio de internação é curto e as complicações raras. Esofagite erosiva leve é comum na endoscopia de acompanhamento e resolve com terapia de supressão ácida. Acompanhamento a longo prazo será importante para confirmar o papel do POEM em pacientes com acalasia. 3- Qual o papel da extensão da margem livre na recorrência e na sobrevida dos pacientes com câncer tratados com ressecção em cunha? Distância da margem livre não influencia a recorrência ou sobrevida após ressecção em cunha (R0) para câncer de pulmão não-pequenas células, em estágio-I. G. Maurizi,, A. D'Andrilli,, A. Ciccone,, M. Ibrahim,, C. Andreetti, , S. Tierno,, C. Poggi, ,F. Venuta, E. . Rendina. Universidade de Roma, Itália, Sapienza Universidade de Roma, Itália Objetivo : A relação entre a extensão da margem livre, e taxa de recidiva local e a sobrevida global em pacientes submetidos a ressecção em cunha para tratamento de câncer de pulmão não-pequenas células (NSCLC) ainda é controverso. Este trabalho avalia retrospectivamente o resultado oncológico a longo prazo, de pacientes submetidos a ressecção em cunha, para avaliar a importância prognóstica da extensão da margem livre neste contexto. Métodos: Entre 2003 e 2013, 243 pacientes consecutivos com contra-indicação funcional para ressecções maiores, foram submetidos à ressecção em cunha, com dissecção sistemática dos linfonodos regionais. Apenas pacientes com estágio patológico I e ressecção completa R0 (182) foram inscritos no estudo e divididos em três subgrupos de acordo com a distância de margem (cm-1, 1-2 cm, mais 2 cm). Resultados: A histologia foi adenocarcinoma em 112 pacientes, células escamosas 30, e outros tipos em 40. Taxa de morbidade pós-operatória foi de 18. 7%. Mortalidade pós-operatória foi de 1. 1%. A media de seguimento foi de 31 meses (faixa 2-133 meses). Recorrência locorregional (parênquima, hilo , recidiva mediastinal foi de 26,4% (n 48). A recidiva à distância ocorreu em 11% (n20). A sobrevida global em 5 anos foi de 70,4% Em geral a sobrevivência de 5 anos foi 70,4%. Sobrevida livre de doença em 5 anos foi de 51.7%. Não houve diferença estatística de recorrência locorregional (p 0. 92) ou à distante (p 0. 28) comparando os três grupos de pacientes. Igualmente não foi encontrada nenhuma diferença na sobrevivência global entre os três grupos (p 0. 73). Conclusões: Ressecção em cunha (WR) é uma opção viável para o tratamento cirúrgico da fase I de NSCLC quando lobectomia é contra-indicada. A distância entre o tumor e a margem parenquimatosa da linha de sutura não influencia a taxa de recorrência, nem a sobrevivência global quando a ressecção completa (R0) é alcançada. ------------------------------------------------------------------------------------------4- Há um modelo de escore risco para prever mortalidade e complicações maiores pós-esofagectomia? Desenvolvimento de um modelo de pontuação de risco usando variáveis pré-operatórias para prever a mortalidade e maior morbidade pós-esofagectomia. J. M. Reinersman, E. Habermann, M. S. Allen, C. Deschamps, K. Thomsen, F. C. Nichols1,K. Shen, M. Wigle, S. M. CassiviClínica Mayo, Rochester, MN, e Fletcher Allen Health Care - Universidade de Vermont, Burlington Finalidade: Apesar dos avanços nos cuidados perioperatórios, a esofagectomia é associada com significativa morbidade e mortalidade. Nosso objetivo foi desenvolver um modelo de risco para prever a mortalidade e morbidade após esofagectomia. Métodos: Um total de 343 pacientes consecutivos com câncer de esôfago, submetidos à ressecção entre agosto de 2009 a dezembro de 2012 foram analisados usando um banco de dados em análise prospectivamente.. Os resultados incluíram a mortalidade e morbilidade, definido como deiscência da anastomose,infarto do miocárdio, embolia pulmonar, pneumonia, reintubação, empiema, quilotórax, e reoperação. A analise dos fatores foram submetidos ao teste qui-quadrado e o método exato de Fisher. Preditores de mortalidade e morbidade foram identificados e usados para criar um escore de risco. Pacientes foram agrupados em quatro classes de risco de acordo com esta pontuação e a incidência de eventos maiores foi avaliada em cada classe. Resultados: A morbidade foi 45. 8 %(159/343). Foi identificada uma mortalidade em 30 dias e no hospital de 3. 5% (12/343). Preditores de mortalidade e morbidade incluíam cirurgia cardiotorácica prévia, Zubrod escore ≥2, diabetes mellitus que requeriam insulinoterapia, tabagismo, hipertensão, sexo feminino e VEF1 menor que 60 % do previsto. Essas variáveis foram utilizadas para desenvolver o escore de risco. Pontuações foram calculadas para cada paciente, que era então agrupado em um dos quatro classes com risco aumentado de morbidade e mortalidade. Taxas de eventos para cada grupo foram: Grupo A: 19. 8 %(17/86); Grupo B : 32. 6 %(45/138); Grupo C: 75. 3 %(61/81); e Grupo D: 94. 7 %(36/38). Conclusões: Esofagectomia continua a ter um potencial significativo de morbidade. Um modelo de risco usando variáveis pré-operatórias pode ser desenvolvido. Isto permite a estratificação pré-operatória dos pacientes em grupos de risco individualmente distintos. Os cirurgiões torácicos podem usar esta ferramenta prática para avaliar o risco pré-operatório e esclarecer seus pacientes sobre os riscos específicos da esofagectomia. ---------------------------------------------------------------------------------------------------5- Há diferença na relação benefício/ custo, no tratamento cirúrgico de câncer de pulmão, estágio III, em centros acadêmicos e não-acadêmicos? A análise da decisão e custo-efetividade de ressecção cirúrgica em estágio clínico III do câncer de pulmão não-pequenas células, em centros acadêmicos e não acadêmicos. P. P. Samson, A. Patel, C. Robinson , M. Morgensztern, S. Chang, G. Colditz, S. Waqar,T. P. Crabtree, A. S. Krupnick, S. R. Broderick, M. Kreisel, G. . Patterson, B. F. Meyers, V. Puri1 Washington University School of Medicine, St Louis, Barnes-Jewish Hospital/Washington University de St Louis, MO, St Luke’s Hospital, Chesterfield, Universidade de St Louis, MO, Hospital do St Luke, Chesterfield, MO Objetivo: Avaliar o custo-eficácia relativa da terapia combinada quimioterapia / radioterapia + cirurgia (CRS) vs quimioterapia + radiação (CR) em pacientes com carcinoma brônquico (NSCLC) em estágio clínico IIIA, tratados em centros acadêmicos e não acadêmicos. Métodos: Pacientes com NSCLC estágio IIIA, que receberam CR ou CRS entre 1998 a 2010, foram identificadas no banco nacional de câncer. A equiparação dos pacientes foi realizada e o tratamento foi dicotomizado para instalações acadêmicas e não acadêmicas. Os custos foram baseados nos dados de encargos estipulados pelo Medicare e a relação entre eficácia e custo baseada na probabilidade de 5 anos de sobrevivência e calculado como custo por ano de vida adquirido. Resultados: Em centros não-acadêmicos, 6.402 pacientes foram identificadas para CR e CRS. A sobrevida mediana foi mais curta para pacientes com CR (16. 9 meses ± 0. 3 meses) do que para pacientes CRS (33. 5 meses ± 1. 0 meses) O incremento de custo do acréscimo da cirurgia neste grupo foi de US$17.020. Em centros acadêmicos, 3.268 foram selecionados para a dicotomização entre quimio + radio (CR) ou quimio + radio + cirurgia (CRS). A sobrevida media novamente foi mais curta para o grupo da CR (19. 7 meses ± 0. 6 meses) do que para pacientes CRS (35. 6 meses ± 1. 4 meses). O incremento de custo com a inclusão da cirurgia no tratamento, foi um pouco maior nos hospitais universitários (US$18.270). Quando se comparou a terapia tripla (CRS) em centros acadêmicos e não acadêmicos houve uma pequena vantagem de sobrevida nos centros acadêmicos em termos de sobrevida mediana (35. 6 meses ± 1 mês vs 33. ± 1 mês) e a eficácia global da cirurgia, em comparação com pacientes de centros não-acadêmicos. Conclusões: Na fase IIIA do NSCLC, a ressecção cirúrgica está associada a um benefício em termos de sobrevivência com uma relação benefício/custo positiva. E há uma ligeira vantagem em relação aos centros acadêmicos quando é empregada a terapia trimodal. ----------------------------------------------------------------------------------------------6- Qual o significado da negativação dos gânglios (downstaging) nos pacientes com N2 e que se submeterem à quimioterapia neoadjuvante? O impacto da negativação dos linfonodos (downstaging) na sobrevivência em pacientes com N2 em NSCLC, após a quimioterapia de indução. L. Spaggiari, M. Casiraghi, A. Borri, F. Petrella, P. Solli, J. Guarize, P. Maisonneuve - Instituto Europeu de Oncologia, Milão, Itália Objetivo: Os pacientes com tumores no estágio IIIA-N2 representam um grupo heterogêneo, com diferentes apresentações clínicas. O objetivo deste estudo foi analisar um grupo de pacientes "potencialmente ressecáveis" com câncer de pulmão não-pequenas células, no estágio IIIA-pN2 passando por indução quimioterapia seguida de cirurgia, para identificar fatores prognósticos para melhorar a sobrevivência e a investigação de novos alvos da terapia. Métodos: Avaliamos retrospectivamente 141 pacientes com NSCLC com doença patologicamente comprovada de N2, sem evidência clínica de progressão após a quimioterapia de indução. A maioria dos pacientes (73) passou pelo menos três ciclos de quimioterapia de indução baseada em cisplatina. Quinze pacientes (10. 6%) submetidos à toracotomia exploradora foram excluídos da análise. Foi usado o método Kaplan-Meier e teste log-rank para avaliar a diferença de sobrevivência entre os grupos. A análise multivariada foi realizada usando método de regressão de Cox. Resultados: Cento vinte e seis pacientes, "potencialmente ressecáveis"com doença estável ou com resposta quanto ao N2 após a quimioterapia de indução foi submetido a ressecção cirúrgica anatômica após um tempo médio de 27 dias (intervalo de 21-30) do último ciclo de quimioterapia. Cento e treze pacientes (90%) lograram uma ressecção radical (R0). Vinte e dois pacientes (17%) obtiveram um downstaging anatomopatologico nos gânglios (pN0) e oito (6%) uma resposta patológica completa. A sobrevivência global mediana foi de 24 meses, com uma sobrevida global de 5 anos de 33%. Na análise multivariável, downstaging e número de ciclos de quimioterapia foram considerados fatores prognósticos independentes (p= 0. 02); o benefício de downstaging foi principalmente devido à resposta patológica completa (p= 0. 06). Conclusões: Mais de três ciclos de quimioterapia e downstaging anatomopatologico, melhoram significativamente a sobrevida em 5 anos em pacientes potencialmente ressecáveis e com N2 previamente comprovado. ---------------------------------------------------------------------------------- 7- Vale a pena pensar em terapia de resgate em pacientes com câncer de pulmão em que outras terapias falharam? Ressecção pulmonar de resgate por câncer de pulmão de células não-pequenas, estágio III depois de altas doses de quimio e radioterapia. K. Suzuki,, S. Oh, T. Matsunaga, K. Takamochi. Juntendo School of Medicine, Tóquio, Japão. Finalidade: Segundo o Consenso do Chest 2013, altas doses de quimio e radioterapia é o tratamento definitivo para câncer de pulmão não-pequenas células, estágio III. Esta política é apoiada nos maus resultados observados no North American Intergroup Trial 0139. Além disso, altas doses de radioterapia (74 Gy) demonstrou ter impacto negativo na sobrevivência de pacientes com câncer de pulmão na Trial RTOG 0617. Assim, a cirurgia de resgate seria somente uma modalidade a mais para o controle local da doença. Métodos: Entre 1.529 cânceres de pulmão ressecados entre 2008 e 2013, havia 23 (1.5%) de cirurgias de resgate indicadas depois do tratamento médico “definitivo”. As indicações para o resgate cirúrgico foram recidiva local sem metástase à distância ou complicações, tais como o abscesso pulmonar ou hemoptise. As idades variaram de 55 a 81 anos, com uma mediana de 63 anos. E 19 pacientes eram homens. Os estágios foram 12 IIIA e 11 IIIB. Quatorze pacientes tinham adenocarcinoma, e 5 carcinomas epidermóides. As dose de irradiação pré-operatória variaram de 45 a 66 Gy com uma média de 60 Gy. O intervalo entre a quimio/radioterapia e a cirurgia variou de 1 a 120 meses com uma média de 12 meses. Foi investigado o prognóstico e os resultados a curto prazo. Resultados: Não houve nenhuma mortalidade em 30 dias ou 90 dias. Pneumonectomia foi realizada em seis pacientes, incluindo duas ressecções carinais. Lobectomias foram realizadas em nove pacientes, incluindo seis broncoplastias. Complicações pós-operatórias estiveram presentes em quatro pacientes (17%): dois casos de fuga aérea persistente, uma pneumonia e um quilotórax que necessitou tratamento operatório. Não houve relação entre qualquer achado clínico-cirúrgico e a evolução. A sobrevida global em três anos e a sobrevida livre de doença foi 65. 8 e 38. 5, respectivamente. Conclusões: Ressecção de resgate com intenção curativa depois de quimio/radioterapia em altas doses, ofereceu resultado e prognóstico aceitável a curto prazo e que devem ser mais investigados no futuro próximo. ---------------------------------------------------------------------------------------8- Qual a segurança do PET CT negativo na avaliação mediastinal de pacientes com estágios 1-A e 1-B? PET-mediastinal negativo não assegura ausência de N1 ou N2 no câncer de pulmão estágio clínico 1A e 1B. H. J. Soukiasian, D. Liou, H. Alegre, R. J. McKenna. Cedars-Sinai Medical Center, Los Angeles, CA. Finalidade: Nossa impressão clínica é que a taxa de falso negativo do PET-CT para linfonodos é maior do que o previsto. Portanto, nós avaliamos casos de PET CT negativo, em portadores de NSCLC, em estágios 1-A e 1-B Métodos: Em nosso banco de dados, 976 pacientes foram identificados como estágio clínico 1A e 1B por PET CT. O exame anatomopatologico dos seus gânglios mediastinais foi comparado com o estadiamento pré-operatório obtido por PET CT. Resultados: Os 976 pacientes com estágio clínico pré-operatório 1 por PET CT, incluídos como estágio 1A (674 pacientes) e 1B (302 pacientes), foram encontrados gânglios comprometidos (N1 ou N2) 200/ 976 pacientes (20. 5% de falsos negativos no estadiamento nodal. Linfonodos patológicos N1 ou N2, estiveram presentes no estágio clínico 1A 104/ 674 (15. 4%). N1 estava presente em 57/674 (8. 5%) e N2 foi positivo em 47/674 (6. 9%) para o estágio clínico 1-A. Para estágio clínico 1B, 96/ 302 (31. 8%) tinham gânglios positivos ( N1 ou N2). N1 estava presente em 61/302 (20. 2%) e N2 foi positivo em 35/302 (11. 6) para o estágio clínico 1B. Conclusões: Mediastino negativo em PET CT nos estágios clínicos 1A e 1B está associado com uma taxa relativamente alta de falsos negativos em nossa série. Isto pode ser devido à variabilidade do PET CT em diferentes instituições, bem como a nossa linfadenectomia mais agressiva. Nossos dados enfatizam a necessidade de estadiamento cirúrgico, não dependendo unicamente do estadiamento clínico pelo PET CT. 9- A terapia neoadjuvante tem impacto no risco de pacientes com indicação de pneumonectomia por câncer localmente avançado? Pneumonectomia para câncer de pulmão não-pequenas células (NSCLC) localmente avançado: O impacto da terapia neoadjuvante S. R. Broderick,, A. Patel, T. P. Crabtree, J. Bell, D. Kreisel, A. S. Krupnick, G. . Patterson, B. F. Meyers, V. Puri - Hospital do St. Luke, Chesterfield, MO, Washington University School of Medicine, St Louis, MO, Barnes-Jewish Hospital Washington University, em St Louis, MO Objetivo: Avaliar os resultados de curto e longo prazo e o impacto da terapia neoadjuvante em pacientes que necessitaram pneumonectomia para NSCLC, localmente avançados. Métodos: Pacientes submetidos à pneumonectomia para NSCLC estágio clínico IIIA, foram coletados do banco nacional de câncer. Indivíduos que foram tratados com terapia neoadjuvante seguida de ressecção (grupo neoadjuvante) foram comparados com aqueles que passaram por cirurgia, seguida de terapia adjuvante (grupo de adjuvante). Regressão logística foi utilizada para identificar fatores associados à mortalidade de 30 dias. O modelo de Cox foi montado para identificar fatores associados com a sobrevivência. Resultados: Um total de 1.038 pacientes foram submetidos a pneumonectomia para NSCLC em estágio IIIA com ressecção completa (RO). Setecentos e trinta e nove receberam terapia neoadjuvante (71%) e 299 (29%) foram submetidos a ressecção seguida de terapia adjuvante. Os dois grupos foram pareados para idade, sexo, raça, renda, escore de comorbidade e tamanho do tumor. A mortalidade em 30 dias no grupo da terapia neoadjuvante foi 7.8% (57/739) em comparação com 1. 7 (5/299) no grupo da terapia adjuvante (p 0. 001). Sobrevida mediana foi similar entre os dois grupos: neoadjuvante= 25. 9 meses x 31. 3 meses no grupo da terapia adjuvante. (p 0. 74). Um modelo de regressão logística multivariável para avaliação de mortalidade em 30 dias demonstrou que idade avançada, baixa condição socioeconômica, terapia neoadjuvante, e pneumonectomia direita, estavam assciados a mortalidade elevada em 30 dias. A análise multivariada de Cox para sobrevida demonstrou que a idade avançada era preditiva de sobrevida mais curta, enquanto que a terapia neoadjuvante não confere vantagem em termos de sobrevida comparada com a terapia adjuvante. (p = 0.57). Conclusões: A maioria dos pacientes que requer pneumonectomia para NSCLC estágio IIIA recebeu terapia neoadjuvante sem um aumento de sobrevida. Nestes pacientes, a ressecção primária, seguida de terapia adjuvante com quimio e radioterapia provê uma evolução superior a curto prazo e equivalente a longo prazo. 10- É possível prever a ocorrência de disfunção primária do enxerto a partir do exame do pulmão do doador? Angiopoietina II nos pulmões de doadores é um indicador da qualidade do enxerto e está associado com disfunção primária do enxerto após transplante de pulmão G. Singh, J. Costa, M. Biscotti III, J. Van Hassel, J. R. Sonett, M. Bacchetta New York Columbia Presbyterian, NY, 2Columbia University Medical Center, New York, NY Finalidade: Disfunção primária do enxerto (PGD) está associada com maus resultados pós-transplante de pulmão (LTx). Estudos têm demonstrado níveis elevados de angiopoietina II (ANG II) em lesões pulmonares agudas e síndrome respiratória aguda. Níveis elevados de ANG II no pulmão do potencial doador pode estar associado a má qualidade do enxerto e ao desenvolvimento do PGD. Métodos: No momento da avaliação broncoscópica rotineira do órgão foi realizada uma lavagem alveolar com injeção de 20-30 ml de solução fisiológica em temperatura ambiente. O volume recuperado de 15-20 ml foi colocado em gelo e transportado ao nosso laboratório. À chegada, as amostras foram armazenadas a -80° C até análises subseqüentes. O líquido do lavado é então descongelado e centrifugado para remover macrófagos alveolares. e qualquer matéria particulada. ANG II foi medido usando um kit de ELISA disponível seguindo as instruções do fabricante. Os parâmetros clínicos para 19 receptores foram coletados retrospectivamente. Resultados: Os níveis de ANG II foram significativamente maiores nos 10 pulmões que foram rejeitados por transplante com base em critérios bem estabelecidos para avaliação de enxertos. Dos 19 destinatários que foram implantados, 10 foram implantes de pulmão duplo e nove eram implantes de pulmão único. A idade média destes pacientes foi de 56. 8 anos ± 3. 09 anos; Nove eram do sexo masculino e 10 feminino.. O tempo médio de isquemia dos transplantes duplos foi de 228,7 minutos ± 22. 7 minutos para o primeiro pulmão e no segundo pulmão: 393. 2 minutos ± 27. 9 minutos. O tempo médio de isquemia para implantes de pulmão único foi 233. 3 minutos ± 16. 7 minutos. As dosagens de ANG II eram mais elevados nos enxertos implantados em pacientes que desenvolveram o PGD no pós-operatório. Dos 19 receptores, seis desenvolveram disfunção precoce do enxerto (PGD) graus 2 e 3 em 24 horas e 72 horas. Neste estudo, 17 dos 19 pacientes sobreviveram para a alta hospitalar, um paciente está internado, e um paciente morreu. Conclusões: Os receptores podem estar em maior risco para o desenvolvimento de PGD se eles recebem os pulmões de doadores que têm níveis mais elevados de ANG II. Investigação adicional é necessária para definir o papel de ANG II como um biomarcador de lesão endotelial em pulmões de doadores, antes do transplante, e em pacientes com PGD, após o transplante. --------------------------------------------------------------------------11- O quanto é seguro o conceito de “alto risco” para excluir pacientes com câncer de pulmão de procedimentos com maior chance de cura? Resultados após a cirurgia em pacientes de alto risco com câncer de pulmão em estágio precoce. M. S. Selma, J. Melvan, R. Medbery, F. G. Ferreira, T. Gillespie, Q. Li, J. Binongo, . Pickens, S. M.-Universidade de Emory, Atlanta, GA Finalidade: Pacientes com câncer de pulmão em estágio precoce, considerados de alto risco clínico para cirurgia estão cada vez mais sendo tratados com terapias não-cirúrgicas, incluindo radiação estereotáxica.. No entanto, não existe consenso sobre a classificação de risco. Comparamos os resultados após cirurgia de câncer de pulmão em pacientes consideradas de alto risco com os pacientes de risco padrão. Métodos: Quatrocentos e noventa pacientes segundo nossos dados institucionais da STS, entre 2009 a 2013, foram submetidos a tratamento cirúrgico de câncer de pulmão em estágio I. Pacientes de alto risco foram identificados pelos critérios da ACOSOG z4032/z4099. Risco maior: FEV1: ≤50% ou capacidade de difusão (DLCO): ≤50%. Risco menor dois dos seguintes: idade ≥75 anos, FEV1 51-60%, ou DLCO: 51-60%. Dados demográficos, evolução peri-operatória e sobrevida entre paciente com risco maior ou menor, submetidos a lobectomia ou a ressecção sublobar, foram comparados. Análise univariada foi realizada utilizando o teste exato de Fisher, o teste qui-quadrado e o teste T de Mann-Whitney. Análise de sobrevivência foi realizada com um modelo de regressão de Cox para cálculo de risco e sobrevivência.. Resultados: Cento e oitenta (37%) dos pacientes foram classificados como de alto risco. Em comparação com pacientes de risco padrão, os pacientes de alto risco eram mais velhos (70 anos vs 65 anos, p 0. 0001), tinham pior VEF1 ( 57 vs 80% p:0. 0001) e a DLCO (47 x 77%, p 0.0001). No grupo do alto risco havia maior consumo de pacote cigarros/ano (46 x 30, p < 0.0001) e maior incidência de DPOC (72% x 32%, p < 0.0001). Pacientes de alto risco foram mais vezes submetidos a ressecção sublobar (32% x 20%, p = 0.001). Neste grupo também o tempo de internação foi maior (5 x 4 dias) p < 0.0001). Não houve diferença em mortalidade pós-operatória (2% x 1%, p = 0.53). Os achados referentes a gânglios foram equivalentes nos dois grupos e a sobrevida em três anos foi 59% para o grupo de alto risco e 76% para os de risco padrão (p < 0.0001) Conclusões: Bons resultados clínicos após a cirurgia do câncer de pulmão em estágio inicial podem ser alcançado em pacientes classificados como de alto risco. Este estudo observou uma sobrevida razoável e em 1-2-3 anos e sugere que o uso de critérios empíricos de exclusão pode estar negando uma terapia oncológica mais adequada a pacientes considerados de alto risco.. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------12- A abordagem com vídeo (VATS) é uma via adequada para a segmentectomia em câncer de pulmão? VATS é uma alternativa segura e eficaz à toracotomia aberta para a segmnentectomia anatômica no tratamento de pacientes com NSCLC. G. Guerra, M. Kamel, A. Nasar, S. Paul, P. C. Lee, J. Porto, b. M. Stiles, s. K. Altork Presbiteran Church Hospital Weill Cornell Medical Center, Nova Iorque Finalidade: A VATS como abordagem cirúrgica para a segmentectomia é um desafio técnico e difere da toracotomia aberta convencional. Este estudo compara VATS e toracotomia aberta para segmentectomia anatômica para explorar a viabilidade e a segurança da VATS no tratamento do câncer de pulmão não-pequenas células (NSCLC). Métodos: Analisamos retrospectivamente pacientes submetidos à segmentectomia anatômica para tratamento de NSCLC entre 2000 e 2014. Avaliaram-se as variáveis de resultado primário, incluindo a sobrevivência, patologia, recorrência e curso de perioperatório. A probabilidade de sobrevida global e de sobrevivência livre de doença foi estimada com o método de Kaplan-Meier e o significado foi estimado pelo teste Log-rank. Resultados: Foram realizadas 193 segmentectomies: 91 VATS (47%) e 102 toracotomias (53%). No grupo da VATS os pacientes eram mais velhos (68 x 72 anos – p= 0. 016) e eram comparáveis em relação a sexo (feminino 63 vs 61) , índice de comorbidade (1.2 vs 1. 6), p 0. 505) e classificação do T (90% vs 82%. Não havia diferença significativa entre VATS x toracotomia em relação ao número de linfonodos (7 vs 8, p = 0.112 ou de estações mediastinais biopsiadas (2 vs 2, p = 0.2). Os pacientes da VATS tiveram mais estações de N1 biopsiadas (media: 1.2 x 0.9, p = 0.033). VATS se acompanhou de um tempo de internação menor (4 dias x 5 dias, p = 0.001) e menos complicações pulmonares (8% x 20%, p = 0.033) comparado com a toracotomia Não houve diferença no estadiamento patológico final entre os dois grupos (p 0. 331), apesar de pacientes submetidos à toracotomia terem um tamanho medio de tumor maior (1. 7 cm x 1. 5cm, p 0. 034). Nenhuma diferença significativa foi aparente em 3 anos quanto a sobrevivência global para os tumores em estágio IA, embora a tendência favorável para VATS (90 x 75% ) p=0. 212). Da mesma forma, a sobrevida global em 3 anos para o coorte todo (T1-A e T1-B) também tenha favorecido o grupo da VATS (90 vs 71%, p 0. 018). Conclusões: A segmentectomia anatômica por VATS é uma técnica factível e segura , particularmente para portadores de NSCLC, estágio 1-A. Pacientes tratados com VATS têm menor tempo de internação e menos complicações pulmonares, em comparação com aqueles submetidos à toracotomia. Pacientes da VATS receberam linfadenectomia equivalente aos pacientes da toracotomia. A melhor sobrevida global dos pacientes tratados com VATS pode ter sido devido a diferenças na seleção dos pacientes ---------------------------------------------------------------------------------------------------------13- O emprego de robótica acrescenta qualidade ao estadiamento mediastinal obtido com a VATS? Lobectomia robótica não é superior à Cirurgia VideoAssistida no estadiamento ganglionar em lobectomia por carcinoma brônquico com estadiamento ganglionar clínico, negativo. B. E. Lopes, R. J. Korst, M. Shapiro, E. Kletsman – Walley Hospital New Jersey-EUA Finalidade: Dados publicados recentemente revelaram superioridade no estadiamento mediastinal com o uso de robótica. Para eliminar variabilidade potencial de ter múltiplas técnicas cirúrgicas, foi comparado o rendimento das duas técnicas (VATS e robótica) com pacientes semelhantes, tratados no mesmo serviço onde ambas as técnicas são utilizadas. Métodos: Foi uma revisão retrospectiva, de uma única instituição, com pacientes com No clínico e que foram submetidos à lobectomia por VATS ou robótica, entre 2009 e 2014. Paciente com adenocarcinoma in situ (anteriormente chamado bronquioloalveolar) foram excluídos. Todos os pacientes foram submetidos a avaliação pré-operatória de imagem com PET CT. Um cirurgião utilizava apenas VATS enquanto outro usava tanto VATS quanto robótica. Os procedimentos foram todos gravados. As taxas de upstaging do estadiamento nodal, bem como a sobrevivência global e o tempo livre de doença, foram calculados. Resultados: Um total de 211 pacientes preencheram os critérios de inclusão e exclusão e foram submetidos a lobectomia por VATS (n158) ou robótica (n53). Os dois grupos foram estatisticamente semelhantes em estágio clínico, tamanho do tumor, localização e histologia. Dentro do grupo de VATS, 24 pacientes mostraram um estadiamento patológico maior do que o previsto nos gânglios (15. 2%) com 13 pacientes com doença pN1, sete pacientes com doença pN2 e quatro pacientes com doença de pN1N2. O grupo de robótica revelou um aumento do N em sete pacientes (13. 2%) com cinco pacientes apresentando doença pN1 e dois pacientes com doença de pN1N2. Não houve diferença na releitura anatomopatologica entre VATS e robótica (p= 0. 72). Quando comparado robótica vs VATS, não havia diferença significativa na sobrevivência global de 2 anos (89 %vs 95%, respectivamente, p 0. 56) e na sobrevivência livre de doença de 2 anos (83 vs 95, respectivamente, p= 0. 41). Conclusões: Nesta comparação de lobectomia por robótica ou por VATS, em pacientes com estadiamento linfonodal clinicamente negativo as taxas de efetividade em relação ao estadiamento anatomopatologico final foi semelhante nas duas técnicas. Igualmente não houve apreciáveis diferenças na sobrevivência livre de doença ou sobrevida global. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------14- Qual a melhor “ponte” para o transplante de pulmão em pacientes que entram em falência respiratória enquanto aguardam em lista de espera? ECMO com ventilação espontânea oferece um suporte de oxigenação e representa a ponte ideal para transplante de pulmão. M. Schechter, r. M. Gleyson, B. R. Englum, P. Speicher, B. Gulack, S. Nicolaça, R. Davis, M. G. Hartwig -Centro médico da Universidade Duke, Durham, NC Finalidade: Oxigenação de membrana extracorpórea (ECMO) cada vez mais está sendo utilizada como uma ponte para o transplante de pulmão. É apresentada uma série pequena de uma única instituição, que descreve o uso de ECMO com ventilação espontânea, em comparação com o uso de ECMO em pacientes com ventilação mecânica. Esta estratégia não foi ainda testada em grande escala. Métodos: Usando o Banco de Dados da United Network for Organ Sharing, todos os pacientes adultos submetidos a transplante isolado de pulmão de janeiro de 2000 até setembro de 2013 foram identificados. Os pacientes foram categorizados pelo tipo de suporte pré-transplante empregado: ECMO +ventilação mecânica; ECMO apenas; ventilação apenas; sem suporte. Análise de sobrevivência de Kaplan-Meier com o teste log-rank foi empregada para comparar a sobrevivência com base tipo de suporte pré-operatório. Um modelo de regressão de Cox foi usado para determinar se tipo de suporte pré-operatório foi independentemente associado com a mortalidade, usando preditores previamente estabelecidos de sobrevivência como variáveis associadas. Resultados: Um total de 18.392 transplantes pulmonares foram incluídos nesta análise. Cento e cinqüenta e cinco pacientes (0. 84%) foram colocados em ECMO + ventilação, 93 (0. 51%) usaram ECMO apenas, 813 (4. 42%) necessitaram apenas ventilação mecânica, enquanto o restante 17.331 (94. 23%) não exigiram suporte invasivo antes do transplante. Sobrevivência foi significativamente pior para aqueles que usaram ECMO com ventilação mecânica ou apenas ventilação mecânica (p > 0. 0001 para ambos), mas semelhantes entre os pacientes com ECMO isolado e aqueles que não necessitaram suporte (p = 0. 12. ) . Conclusão: Em pacientes com doença pulmonar grave, aguardando em lista de espera para transplante e que entram em falência pulmonar, o ECMO com respiração espontânea proporciona sobrevivência melhorada em comparação com as outras estratégias de ponte. 15. O protocolo atual para rastreamento de câncer de pulmão, se aplica em países com alta prevalência de doenças granulomatosas? O protocolo atual para rastreamento de câncer de pulmão, se aplica em países com alta prevalência de doenças granulomatosas? Resultados do primeiro protocolo brasileiro para o rastreamento do câncer de pulmão; R. Santos, J. Franceschini, R. Chate, M. Ghefter, AL. Trajano, J. Pereira. JE SUcci, H.Fernando, R. Saad Jr. Hospital Albert Einstein, SP, USP, SP, Boston Medical Center, FAc. Ciências Médicas da Santa casa de S.Paulo, Brasil. Objetivo: O rastreamento do câncer de pulmão com TC de baixa dose se mostrou efetivo no National Lung Screening Trial (NLST). Não é claro se estes resultados se aplicam em países com alta prevalência de doenças granulomatosas, como é o caso do Brasil. O trabalho apresenta os resultados de prevalência do BRELT1. Métodos: O BRELT1 iniciou em janeiro de 2013 e foram aplicados os mesmos critérios de inclusão do NLST. No início do trabalho um nódulo > 4 mm era considerado positivo. Baseado em recomendações atuais só os nódulos > 6 mm são considerados positivos. O objetivo primário avalia a prevalência do câncer de pulmão. Os objetivos secundários incluem o número de lesões consideradas positivas pelos critérios do rastreamento e a morbidade relacionada com as intervenções cirúrgicas. As técnicas de biópsia incluem broncoscopia, biópsia de aspiração transtorácica, EBUS, VATS e robótica. Resultados: Um total de 790 pacientes foram cadastrados num período de 18 meses. Usando 4 mm como corte, 310 pacientes (39%) tinham tomografias basais consideradas positivas e então novas tomos foram indicadas para 3 e 6meses, em 278 pacientes (89%) com estudos positivos. Contudo, usando como corte os 6 mm, os nódulos foram considerados positivos em 150 pacientes (18,9). Um total de 30 procedimentos de biópsia foram realizados em 22 pacientes (3,09%) e incluíram (biópsia guiada por TC (10), broncoscopia (7), EBUS (2), VATS( 10) e robótica (1).Não houve mortalidade nos procedimentos e dois pacientes apresentaram complicações menores. Câncer (NSCLC) foi diagnosticado em 8 pacientes (prevalência de 1,03%). Em todos os pacientes com câncer (sete casos em estágios 1-A ou 1-B a cirugia de ressecção foi o único tratamento Um paciente com a doença em estágio III-A, fez quimioterapia neoadjuvante antes da ressecção (estágio final II B) Conclusões: Um número maior de nódulos foi identificado no BRELT1 comparado com os relatos do NLST. Contudo os critérios do NLST foram aplicáveis para guiar as intervenções subsequentes, com a biópsia indicada em somente 3,09% dos pacientes e câncer de pulmão identificado em 1,09%. Os atuais critérios de rastreamento são aplicáveis em países com prevalência alta de doenças granulomatosas, e justifica o papel do rastreamento do câncer de pulmão no Brasil.