UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS MICAELI SILVA PREIS PROPOSTA DE CONFIGURAÇÃO DE RELATÓRIO GERENCIAL PARA A ÁREA DE RECURSOS HUMANOS DE UMA INDÚSTRIA DO VESTUÁRIO DE NOVA VENEZA CRICIÚMA, JULHO DE 2010 2 MICAELI SILVA PREIS PROPOSTA DE CONFIGURAÇÃO DE RELATÓRIO GERENCIAL PARA A ÁREA DE RECURSOS HUMANOS DE UMA INDÚSTRIA DO VESTUÁRIO DE NOVA VENEZA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado para obtenção do grau de Bacharel no curso de Ciências Contábeis da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC. Orientador: Prof. Esp. Everton Perin CRICIÚMA, JULHO DE 2010 3 MICAELI SILVA PREIS PROPOSTA DE CONFIGURAÇÃO DE RELATÓRIO GERENCIAL PARA A ÁREA DE RECURSOS HUMANOS DE UMA INDÚSTRIA DO VESTUÁRIO DE NOVA VENEZA Trabalho de Conclusão de Curso aprovado pela Banca Examinadora para obtenção do Grau de Bacharel, no Curso de Ciências Contábeis da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC, com linha de pesquisa em Recursos Humanos. Criciúma, 09 de Julho de 2010. BANCA EXAMINADORA ____________________________________________________ Prof. Esp. Everton Perin - Orientador ____________________________________________________ Prof. Esp. Leonel Pereira - Examinador ____________________________________________________ Prof. Esp. Ademir Borges - Examinador DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a minha família e ao meu amor Roberto. Estas pessoas sempre estiveram ao meu lado me ensinando valores como honestidade, integridade, respeito e fé... obrigada pelo amor incondicional dedicado a mim e por sempre acreditarem que eu seria capaz de ir mais longe. Vamos comemorar juntos mais esta conquista. 4 AGRADECIMENTOS Agradeço acima de tudo a Deus, por ter permitido que chegasse até aqui, por ter me concedido o dom da vida, e por estar ao meu lado em toda minha existência. A meus pais Adelberto e Vanderléia, minhas irmãs Maiane e Natiane, as pessoas mais importantes da minha vida, que estarão ao meu lado nos momentos mais importantes da minha existência. Ao meu amor, Roberto, por sempre estar ao meu lado ouvindo todas as minhas reclamações e dizendo “vai dar tudo certo”. Obrigada por esse grande amor dedicado a mim, pelo carinho, atenção, obrigada por existir em minha vida. Agradeço também a meus grandes amigos, que estão comigo desde o primeiro dia de faculdade, Juliana, Anna Alice, Jonas, vocês são pessoas que levarei sempre comigo onde eu estiver não importa a distância que irá nos separar, ou quanto tempo ficaremos sem nos ver, vocês estarão sempre no meu coração. Não poderia deixar de agradecer ao meu querido orientador Everton Perin, que além de professor, foi um grande amigo e conselheiro durante todo o TCC, me orientando, acreditando na minha vitória. Meu muito obrigado se estende também ao curso de Ciências Contábeis e demais professores que contribuíram de alguma forma para o meu maior conhecimento, e a UNESC, uma universidade sem igual. Enfim, obrigada a todos pela amizade e pelos momentos de felicidade que tivemos juntos. 5 “O saber a gente aprende com os mestres, e os livros. A sabedoria a gente aprende com a vida e com os humildes.” (Cora Coralina) “É melhor arriscar coisas grandiosas, alcançar triunfos e glórias, mesmo expondo-se a derrotas, do que formar fila com os pobres de espírito que nem gozam muito, nem sofrem muito, por que vivem nessa penumbra cinzenta, que não conhece vitória, nem derrota.” (Theodore Roosevelt) 6 RESUMO PREIS, Micaeli Silva. Proposta de Configuração de Relatório Gerencial para a Área de Recursos Humanos de uma Indústria do Vestuário de Nova Veneza. 2010. 77 p. Orientador: Prof. Esp. Everton Perin. Trabalho de Conclusão do Curso de Ciências Contábeis. Universidade do Extremo Sul Catarinense – Unesc. Criciúma - SC O presente estudo tem como foco a configuração de uma proposta de relatório gerencial para uma indústria do vestuário de Nova Veneza – SC. O trabalho da controladoria dentro de uma empresa atualmente tem colaborado com o crescimento da mesma, visto que o controller, profissional que gerencia a controladoria, compila as informações de todos os setores fornecendo-as aos administradores da empresa. Um relatório gerencial possibilita ao controller gerir informações de custos, despesas, receitas e investimentos, visando administrar os problemas eventuais existentes e elaborar soluções. Desta forma buscou-se elaborar um relatório para a área de recursos humanos que apresentasse os dados necessários para o auxílio na tomada de decisões. Para a realização do mesmo, inicialmente foi elaborado um referencial com os principais conceitos e entendimentos da controladoria e seus usuários, e do setor de recursos humanos e suas principais ocorrências. Posteriormente elaborou-se uma pesquisa na empresa objeto de estudo, que possibilitou a percepção que o gestor de recursos humanos tem um perfil que poderá colaborar na elaboração do relatório dentro da empresa. Desta forma realizou-se uma simulação com os dados orçados e realizados objetivando comparar as variações dos mesmos e apontar ações para melhorar os índices negativos. Simulou-se também uma pesquisa de satisfação com os funcionários para verificar sua motivação com o trabalho e com a empresa, já que estes têm relação direta com o cumprimento das metas estipuladas pela empresa. Por fim, analisou-se os dados do relatório e da pesquisa a fim de estabelecer as formas de controle e gerenciamento dos recursos humanos e financeiros utilizados pela área de estudo deste trabalho. Palavras-chave: controladoria, recursos humanos, relatório gerencial. 7 LISTA DE QUADROS Quadro 01 – Usuários da Controladoria................................................ 19 Quadro 02 – Funções da Controladoria................................................. 21 8 LISTAS DE GRÁFICOS Gráfico 1: Custo da Folha de Pagamento Mensal Real x Orçado........ 46 Gráfico 2: Faltas em Reais (R$) Mensal Real x Orçado........................ 48 Gráfico 3: Faltas Injustificadas em Horas (HR) Mensal Real x Orçado....................................................................................................... 48 Gráfico 4: Faltas Justificadas em Horas (HR) Mensal Real x Orçado. 49 Gráfico 5: Horas Extras em Reais (R$) Mensal Real x Orçado ........... 51 Gráfico 6: Comparação do Aumento das Horas Faltas (R$) e Horas Extras (R$)................................................................................................. 51 Gráfico 7: Rotatividade Mensal Real x Orçado...................................... 55 Gráfico 8: Cursos e Treinamentos Mensal Real x Orçado................... 56 Gráfico 9: Qualidade: Peças Falhas Mensal Real x Orçado................. 56 Gráfico 10: Variação Mensal Entre Cursos e Treinamentos e Peças Falhas........................................................................................................ 57 Gráfico 11: Produção Mensal Real x Orçado......................................... 58 Gráfico 12: Motivação no Trabalho......................................................... 61 Gráfico 13: Qualidade de Vida no Trabalho........................................... 61 Gráfico 14: Condições Físicas do Local de Trabalho........................... 62 Gráfico 15: Necessidade de Plano de Saúde......................................... 62 Gráfico 16: Motivação com Prêmios Incentivos.................................... 63 Gráfico 17: Você Deixaria de Faltar para Receber Prêmios Incentivos?................................................................................................ 64 Gráfico 18: Você Está Satisfeito Com Sua Remuneração?.................. 64 Gráfico 19: Avaliação de Atividades Sociais e Esportivas................... 65 Gráfico 20: Oportunidade de Crescimento Profissional....................... 65 9 LISTA DE TABELAS Tabela1: Sumário...................................................................................... 44 Tabela 2: Custo da Folha de Pagamento Por Cargos........................... 45 Tabela 3: Relatório Gerencial do Custo da Folha de Pagamento........ 46 Tabela 4: Análise de Resultados Pelo Indicador de Faltas.................. 47 Tabela 5: Análise de Resultados Pelo Indicador de Horas Extras...... 50 Tabela 6: Análise de Rotatividade Por Cargos...................................... 53 Tabela 7: Análise de Rotatividade Por Setores..................................... 54 Tabela 8: Análise de Resultados Por Indicadores................................ 55 Tabela 9: Insatisfação dos Funcionários Quanto a Motivação e Qualidade de Vida no Trabalho............................................................... 56 10 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 12 1.1 Tema e Problema ............................................................................................... 12 1.2 Objetivos ............................................................................................................ 13 1.3 Justificativa........................................................................................................ 14 1.4 Metodologia ....................................................................................................... 15 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 17 2.1 Controladoria ..................................................................................................... 17 2.2 Usuários, Produtos e Serviços da Controladoria ........................................... 18 2.3 O Controller e Suas Funções ........................................................................... 21 2.4 Modelo de Gestão ............................................................................................. 22 2.5 Processo de Gestão .......................................................................................... 23 2.6 A Gestão de Recursos Humanos nas Organizações ..................................... 24 2.6.1 O Gestor de Recursos Humanos .................................................................. 27 2.6.2 Recrutamento e Seleção de Pessoal ............................................................ 27 2.6.2.1 Principais Pontos de Reflexão ................................................................... 28 2.6.2.2 O Papel Decisivo do Processo de Recrutamento e Seleção ................... 29 2.6.3 Motivação ........................................................................................................ 30 2.6.4 Qualidade de Vida no Trabalho: Seus Conceitos ........................................ 32 2.6.5 Absenteísmo ................................................................................................... 35 2.6.6 Rotatividade de Pessoal ................................................................................ 36 3 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DE DADOS .................................................................. 38 3.1 Caracterização da Empresa.............................................................................. 38 3.1.1 História ............................................................................................................ 38 3.1.2 Estrutura Organizacional da Empresa.......................................................... 39 3.1.3 Missão ............................................................................................................. 39 3.1.4 Compromisso ................................................................................................. 40 3.1.5 Visão Estratégica ........................................................................................... 40 3.1.6 Valores ............................................................................................................ 40 11 3.2 Caracterização do Setor de Recursos Humanos da Empresa ...................... 41 3.2.1 Missão ............................................................................................................. 41 3.2.2 Visão ................................................................................................................ 41 3.2.3 Valores ............................................................................................................ 41 3.2.4 Informações Gerenciais Elaboradas Pelo Setor de Recursos Humanos da Empresa ................................................................................................................... 42 3.3 Configuração de Relatório Gerencial para a Área de Recursos Humanos .. 42 3.3.1 Diagnóstico ..................................................................................................... 42 3.3.2 Proposta de Relatório .................................................................................... 43 3.3.2.1 Sumário ........................................................................................................ 43 3.3.2.2 Custo da Folha de Pagamento ................................................................... 44 3.3.2.3 Horas Faltas ................................................................................................. 47 3.3.2.4 Horas Extras ................................................................................................ 49 3.3.2.5 Rotatividade ................................................................................................. 52 3.3.2.6 Cursos e Treinamentos, Produtividade e Qualidade................................ 55 3.3.2.7 Pesquisa de Satisfação............................................................................... 59 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 68 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 70 ANEXOS ................................................................................................................... 74 12 1 INTRODUÇÃO Apresenta-se nesse capítulo o tema sobre a proposta de implantação de relatório gerencial para a área de recursos humanos, aplicado em uma indústria do vestuário de Nova Veneza. Diante do tema escolhido, será descrito o problema de estudo, o qual irá ser a base para a pesquisa adotada. Em seguida, serão apresentados os objetivos; geral e específico, os quais irão definir as diretrizes do presente trabalho, logo após a justificativa, objetiva-se analisar como o controller de uma organização pode contribuir para a área de recursos humanos e que tipo de relatório gerencial pode ser adaptado para este setor. Por fim, serão descritos os procedimentos metodológicos, para um melhor desenvolvimento do tema abordado e direcionamento dos métodos a serem utilizados. 1.1 Tema e Problema Vive-se na Era da informação, e sabe-se que o que hoje é atual, daqui algum tempo será ultrapassado. No mundo dos negócios não é diferente. Devido à grande facilidade com que as informações circulam no dia a dia das empresas, é preciso estar preparado para atuar conforme as mudanças que o mercado exige e estar sempre à frente da concorrência. As indústrias vivem em alta competitividade, este fator provocou para as empresas uma constante preocupação com a inovação de seus produtos, bem como a busca por redução de custos, buscando sempre vencer a concorrência. Entretanto para que isto aconteça faz-se necessário que a empresa esteja sempre bem informada pelos seus principais gestores sobre como anda o desenvolvimento de cada setor, analisar os caminhos a serem seguidos, pontos a serem melhorados, conquistando assim grande participação no mercado. Porém o maior desafio dos gestores não é gerir capital e sim pessoas. O gerenciamento adequado da inteligência das organizações traz excelentes resultados, pois o capital depende da força humana, porque é neles que reside o 13 diferencial, são eles que fazem qualquer organização. A falta de gestores voltados para seus recursos humanos e desinformados sobre as necessidades dos mesmos tem dificultado o crescimento e o sucesso das empresas. Partindo desse pressuposto, percebe-se que a contabilidade tornou-se uma ferramenta de gestão indispensável para os negócios. A necessidade de estar informado de todas as situações que se passam pela empresa, tem possibilitado o profissional contábil transformar um simples serviços em algo muito mais abrangente como, por exemplo, a elaboração de relatórios fiscais, financeiros e econômico, que se tornam instrumentos fundamentais para os gestores conhecerem a realidade da empresa garantindo a execução dos processos com segurança e qualidade. Desta forma conclui-se que este profissional da contabilidade denominado controller, precisa também de um relatório contendo as mais importantes situações do seu setor de recursos humanos, para que junto ao gestor deste setor, possa buscar a satisfação de seus funcionários, tendo como conseqüência uma melhor produtividade, alcançando as metas da empresa. Este fato revela a importância da realização deste presente trabalho, uma vez que procura responder a seguinte questão-problema: Qual a configuração de um relatório gerencial para a área de recursos humanos em uma indústria do vestuário de Nova Veneza? Com a finalidade de responder a esse questionamento se faz necessário a elaboração de uma proposta de configuração de um relatório gerencial para a área de recursos humanos em uma indústria do vestuário de Nova Veneza. 1.2 Objetivos O objetivo geral deste estudo consiste em propor a configuração de relatório gerencial para a área de recursos humanos de uma indústria do vestuário. Para atigir o objetivo geral tem-se como objetivos especificos: • Averiguar por meio de um estudo bibliográfico as principais características da controladoria, que tipo de sistema de informação este setor traz aos gestores de uma empresa; 14 • Descrever a estrutura organizacional do setor de recursos humanos da indústria do vestuário e as informações gerenciais produzidas neste setor; • Configurar relatórios gerenciais para o setor de recursos humanos a partir das informações coletadas na empresa objeto de estudo. 1.3 Justificativa A controladoria vem se tornando ao longo dos anos uma ferramenta indispensável para as organizações, uma vez que as mesmas necessitam desenvolver estratégias competitivas para se manter no mercado. A necessidade de se ter um planejamento estratégico impulsiona os contadores a utilizar os dados não apenas para mensuração, mas sim como análise e elaboração de relatórios. Desta forma o tema proposto traz uma nova imagem para o profissional da contabilidade, bem como desenvolver trabalhos e projetos voltados para o gerenciamento. Conforme Beuren (2002, p. 21) “as informações processadas pela controladoria, sobre os ambientes interno e externo habilitam, de modo mais qualificado e profissional, os gestores para planejar dirigir e controlar as operações”. É por meio deste suporte informacional que o contador pode oferecer que a empresa pesquisada irá buscar uma configuração de relatórios gerenciais para o setor de recursos humanos, onde atualmente não desenvolve qualquer tipo de informação gerencial. A contribuição teórica desta pesquisa é estudar formas de como o contador pode contribuir na elaboração de relatórios gerenciais para o setor de recursos humanos. No que se refere à contribuição prática, este estudo busca identificar as necessidades de as informações do setor de recursos humanos chegarem aos gestores e a direção da empresa de forma clara, de maneira que contribua para melhoras no setor e a elaboração de um planejamento estratégico tático e operacional. A relevância social deste estudo se evidencia pelo fato de tornar os funcionários desta empresa bastante satisfeitos com o ambiente de trabalho e com 15 as políticas da empresa, gerando desta maneira menor rotatividade de pessoal evitando desempregos e garantindo melhores resultados à empresa. 1.4 Metodologia Para proceder ao desenvolvimento deste estudo fazem-se necessários alguns procedimentos metodológicos que possam nortear sua realização. Desta maneira em relação aos objetivos será utilizada a pesquisa descritiva, pois irá descrever a estrutura organizacional do setor de recursos humanos e as informações gerenciais produzidas neste setor. Essa segundo Cervo e Bervian (2005, p. 49) “observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos (variáveis) sem manipulá-los.” Na tipologia da pesquisa quanto aos procedimentos, pretende-se utilizar uma pesquisa bibliográfica, e estudo de caso. Quanto ao estudo bibliográfico, Gil (2002, p. 44) escreve que “é desenvolvido com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos.” Será utilizado este estudo, pois através dele serão analisados os relatórios gerenciais que podem ser adaptados para a área de recursos humanos. O estudo de caso será realizado em uma indústria do vestuário, localizada no sul de Santa Catarina, ou mais precisamente no município de Nova Veneza; a mesma será aplicada ao setor de recursos humanos, visando buscar dados para verificar a necessidade informacional desse setor a gerencia da empresa. De acordo com Fachin (2001), é um estudo profundo, investigando todo o sistema de funcionamento, produção, administração e venda. Descobrindo as falhas que de outra forma não seriam detectadas. A análise procederá de forma qualitativa, conforme Creswell (2007, p. 46) “Na pesquisa qualitativa, os investigadores usam a literatura de maneira consistente com as suposições de aprendizado do participante, e não para prescrever as questões que precisam ser respondidas sob o ponto de vista do pesquisador”. Por isso, este estudo é definido quanto á abordagem do problema como qualitativa, por analisar e interpretar o problema sugerido. 16 E a partir destas pesquisas e análises e através das informações coletadas na empresa busca-se atingir os objetivos propostos inicialmente. 17 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Neste capítulo aborda-se as principais características da controladoria e da área de recursos humanos relacionando a importância de ambos para as organizações, além disto busca-se meios para que a controladoria como ferramenta de gestão, possa contribuir para a elaboração de relatórios gerenciais adaptados para a área referida. 2.1 Controladoria A partir desse momento será disposta a descrição da controladoria, baseando-se nos conceitos criados e fundamentados em autores renomados, os quais darão sustentação para o entendimento do tema. Na visão de Mosimann e Fish (1999, p. 99): a controladoria pode ser conceituada como o conjunto de princípios, procedimentos e métodos oriundos das ciências da Administração, Economia, Psicologia, Estatística e, especialmente, da Contabilidade, que se ocupa da gestão econômica das empresas, com a finalidade de orientálas para a eficácia A controladoria surgiu no século XX, quem nos remete a essa afirmação é a teórica Beuren (2002), que apresenta a surgimento da mesma nas grandes corporações norte-americanas, tendo como princípio norteador a regularização dos negócios que envolviam essas empresas e também suas filiais, ou seja, usando-a como forma de gerenciamento do giro de capitais entre a sede e as filiais dessas corporações. Conforme Ricardinho (2005) a controladoria começou a destacar-se por volta de 1915, quando se percebeu a importância do responsável pelas informações, por sua habilidade de identificar os problemas da empresa, surgindo assim à controladoria. No Brasil, de acordo com Beuren (2002), as primeiras implantações de controladoria nas empresas foram nas multinacionais, que exportavam seus profissionais para ensinar os que aqui existiam. 18 Assim sendo, Siqueira e Soltelinho (2001, p. 85) relatam que “a participação na economia brasileira de empresas multinacionais é o plano de fundo para o surgimento da controladoria no Brasil, pois através dessa participação, foi aplicada a cultura da controladoria trazida pelas empresas americanas”. Sendo a controladoria uma questão nova no mundo moderno, sendo ela no Brasil ou em qualquer parte do planeta, Borinelli (2006, p. 86) assim propõe que: para se chegar à teoria da controladoria, esta deverá sistematizar o conhecimento difundido sobre este tema e, também, fazer explicações disso. A concepção, funções e objetivos, segundo o autor, justificam a existência da estrutura conceitual básica da controladoria. Almeira, Parisi e Pereira (1999, p. 370-371) entendem que a controladoria deve ser vista de duas formas: como ramo do conhecimento e como unidade administrativa, como segue: a controladoria enquanto ramo do conhecimento, apoiada na Teoria da Contabilidade numa visão multidisciplinar, é responsável pelo estabelecimento das bases teóricas e conceituais necessárias para a modelagem, construção e manutenção de Sistemas de Informações e Modelo de Gestão Econômica, que supram adequadamente as necessidades informativas dos Gestores e os induzam durante o processo de gestão, quando requerido, a tomarem decisões ótimas. A controladoria vista como unidade administrativa é responsável pela coordenação e disseminação desta Tecnologia de Gestão – quanto ao conjunto teoria, conceitos, sistemas de informações – e também, como órgão aglutinador e direcionador de esforços dos demais gestores que conduzem à otimização do resultado global da organização. Borinelli (2006) afirma que, como órgão administrativo, a controladoria deverá ser dotada de missão, objetivos e metas, a fim de se entender seu enquadramento na estrutura organizacional. Para tanto, a base desta perspectiva está composta por conceitos de processo de organização e de estruturas organizacionais. Desta forma o que se pode perceber é que a controladoria é um mundo totalmente novo para a vida teórica, entretanto sua conceituação é bem definida, pois observando a explanação dos autores pesquisados pode-se perceber a utilização de palavras sinônimas para sua explicação. 2.2 Usuários, Produtos e Serviços da Controladoria 19 Nesta etapa do presente trabalho, descrevem-se quais são os maiores usuários do sistema de controladoria empresarial, para que assim, além do conceito anteriormente definido, agora se faz necessário demonstrar sua finalidade e a quem ela serve. Segundo Figueredo e Caggiano (1999), os maiores usuários desses sistemas administrativos são as pessoas físicas (acionistas, diretores, gerentes e empregados de forma geral) e entidades jurídicas que queiram avaliar a situação da empresa (bancos, governos, sindicatos, fornecedores, clientes). Conforme Oliveira, Perez Jr e Silva (2002) a controladoria facilita o trabalho dos administradores no desenvolvimento e implementação nas estratégias empresariais. Mossimann e Fisch (1999, p. 89) classificam a controladoria “como um órgão de staff, já que cada gestor tem autoridade para controlar sua área e se responsabiliza por seus resultados”. A controladoria não controla todos os setores de uma empresa, mas auxilia as demais áreas no controle, informando aos administradores os resultados de todas as áreas. Para Lunkes (2007) a controladoria atende usuários internos; que são as pessoas de dentro da empresa, e usuários externos; que são as que mantêm contato, mas não estão na empresa, exemplificando no quadro a seguir. Usuários Internos Pesquisa e Desenvolvimento Vendas e Marketing Produção e Logística Contabilidade e Finanças Recursos Humanos Serviço ao Cliente Alta Administração Quadro 01 – Usuários da Controladoria Fonte: Adaptado Lunkes (2007, p. 11) C O N T R O L A D O R I A Usuários Externos Acionistas e Investidores Agências Reguladoras e Governamentais Credores e Doadores Concorrentes, Parceiros e Joint Ventures Fornecedores e Clientes Empregados e Sociedade em Geral 20 Na visão de Peleias, os diretores e gerentes da empresa são responsáveis pelo andamento dos negócios e pelas decisões; assim, o interesse deles por dados e informações contábeis é muito maior que dos demais usuários. Os relatórios gerenciais fornecem aos administradores um fluxo contínuo de informações sobre os mais variados aspectos da gestão financeira e econômica da empresa. (PELEIAS, 2002, p. 56) Conforme Fich e Mosimann (1999) a controladoria auxilia no planejamento, execução e controle no processo de gestão da empresa, visto que ela lhe dá suporte por meio das informações. Para Lunkes (2007) ao planejar o gestor deve escolher um plano de ação desenvolvendo objetivos e metas de curto e longo prazo. Peleias (2002, p. 14) afirma que o planejamento é feito “com informações e instrumentos que permitam aos gestores avaliar o impacto das diversas alternativas de ação sobre o patrimônio e os resultados da organização, e atuar como agente aglutinador de esforços pela coordenação do planejamento estratégico”. Sobre execução, Peleias (2002) diz ser “a etapa do processo de gestão na qual as coisas acontecem, em que as ações emergem por meio do consumo de recursos e sua transformação em bens e serviços”. E Lunkes (2007) completa que é nessa etapa que os gestores necessitam do auxílio dos colaboradores para alcançarem os objetivos. E por fim Fisch e Mosimann (1999) explicam que controle é a etapa final do processo, é quando os administradores verificam os resultados de toda a atividade, fazendo um paralelo do que foi planejado com o resultado final. O controle não deve acontecer apenas no final do processo, apesar de sê-lo, ele deve acontecer durante todo o trabalho. Na visão de Pestana, a controladoria tem função fundamental na área econômica, onde: os bancos e fornecedores utilizam as informações econômicas e financeiras disponibilizadas no encerramento do exercício, que são fundamentais para que eles conheçam o negócio e a solidez da empresa. Isso é importante na hora de conceder empréstimos e financiamentos para expansão. (PESTANA, 1999, p. 78) Conforme Kanitz (apud Perez Jr, Pestana e Franco (1997) a controladoria tem algumas funções, as quais podem ser definidas no quadro que segue: 21 FUNÇÕES DA CONTROLADORIA Compreende os sistemas contábeis – financeiros – gerenciais. Motivação Refere-se aos efeitos dos sistemas de controle sobre o comportamento. Coordenação Visa centralizar informações com vistas à aceitação de planos. O controller toma conhecimento de eventuais inconsistências dentro da empresa e assessora a direção, sugerindo soluções. Avaliação Interpreta fatos, informações e relatórios, avaliando os resultados por área de responsabilidade, por processos, por atividades, etc, Planejamento Assessora a direção da empresa na determinação e mensuração dos planos e objetivos. Acompanhamento Verifica e controla a evolução e o desempenho dos planos traçados a fim de corrigir falhas ou de revisá-los (os planos) Informação Quadro 02 – Funções da Controladoria Fonte: Adaptado de Kanitz (apud Perez Jr, Pestana, Franco, 1997). 2.3 O Controller e Suas Funções Conforme Padoveze o controller é um termo usado para designar cargos dentro da contabilidade; e tanto seu nível quanto suas responsabilidades variam de acordo com a empresa que esse está inserido. (...) o conceito moderno de controladoria sustenta que, num sentido especial, o controller realmente controla: fazendo relatórios e interpretando dados pertinentes, o controller exerce uma força ou influência ou projeta uma atitude que impele a administração rumo a decisões lógicas e compatíveis com os objetivos. (PADOVEZE, 2007, p. 33) Para Nakagawa (1993), o controller desempenha sua função de controle de maneira muito especial, isto é, ao organizar e reportar dados relevantes exerce uma força ou influência que induz os gerentes a tomarem decisões lógicas e consistentes com a missão e objetivos da empresa. Sua função principal na organização é manter o executivo principal da companhia e os demais usuários informados sobre os rumos que ela, empresa ou área está tomando e sobre quais os pontos que, porventura, podem estar ou ficarão enfraquecidos, caso não sejam realizadas ações imediatas. 22 Segundo HECKERT & WILLSON (APUD PADOVEZE, 2007, p. 33-34) as funções do controller são “a função de planejamento, a função de controle, a função de reporte e a função contábil”. Já HORNGREN (APUD PADOVEZE, 2007, p. 34) acredita que as funções do controller incluem “planejamento e controle, relatórios internos, avaliação e consultoria, relatórios externos, proteção dos ativos e avaliação econômica”. Perez Jr, Pestana e Franco (1997) destaca ainda que o controller deve assumir o papel de conselheiro e crítico (no sentido construtivo) do processo, e as suas investigações geralmente destacam os pontos fracos de outras áreas, o que sempre deve ser visto como oportunidade de melhorias. Desta forma, os seguintes princípios norteiam o trabalho do controller “iniciativa, visão econômica, imparcialidade, síntese, visão para o futuro, oportunidade, persuasão, liderança e ética”. Para Figueiredo e Caggiano (1999), o papel do controller é zelar pela continuidade da empresa, viabilizando as sinergias existentes, fazendo com que as atividades desenvolvidas conjuntamente alcancem resultados superiores aos que alcançariam se trabalhassem independentemente. Por fim, o controller tem papel fundamental para que os administradores possam gerir a empresa e obter sucessos em seus objetivos. 2.4 Modelo de Gestão Antes de fazer qualquer comentário pertinente ao assunto, se faz necessário o desenrolar do que vem a ser um Modelo de Gestão. Para que se tenha uma base adequada, a princípio será esplanada a origem das palavras utilizadas na expressão. Segundo Ferreira, Cardoso e Correa (2005), “modelo” tem sua origem no latim Modulus que significa molde, forma; o termo já foi utilizado em diversas áreas, porém sempre seguindo o mesmo conceito de algo que deve ser seguido. Gerir é organizar os recursos financeiros, materiais e humanos de uma instituição através de técnicas adequadas. Então podemos dizer que Modelo de Gestão é o gerir 23 através de um exemplo já existente realizando apenas as modificações necessárias para a necessidade de cada organização. Uma boa gestão vem cada vez mais se tornando um fator de sucesso para as organizações, já que a grande maioria delas além de visarem os lucros buscam uma forma mais eficiente de redução de custos, e caso os objetivos não sejam alcançados os responsáveis pela gestão é que serão cobrados, por isso é fundamental para que os gestores consigam manter as informações das diversas áreas da empresa integradas, evitando assim a necessidade de uma gestão por improvisos. (FERREIRA, CARDOSO E CORREA, 2005, p. 91) A gestão deve ser feita de forma que o administrador, através dos recursos que forem disponibilizados, faça com que a empresa alcance seus objetivos e atenda as necessidades de seus clientes internos e externos. 2.5 Processo de Gestão O processo de gestão, segundo Catelli (1999), nada mais é do que uma estruturação de várias partes da empresa na busca de um objetivo em comum. A atual conjuntura econômica e social tem reforçado a necessidade de as empresas incorporarem características que lhe permitam maior grau de flexibilidade e adaptação. Assim sendo, as colocações acima são observadas graças a ocorrências de fatores corriqueiros dentro desse novo modelo de gestão; como os citados por Catelli (1999): Alto grau de competição entre as empresas; Uso intensivo de tecnologia de informação; Abertura do mercado para novos participantes e produtos. Do ponto de vista de gestão empresarial, nesse ambiente de turbulências e de grande competição entre as empresas, são fundamentais conforme Catelli (1999) o planejamento cuidadoso de suas ações e a implementação sistemática do desempenho realizado em relação aos planos traçados. Desta maneira o processo de gestão se torna uma das mais valiosas armas no desenvolvimento das empresas, pois é através do mesmo que as 24 organizações alcançam seus objetivos, usando-as para tomar as mais importantes decisões dentro da organização empresarial. 2.6 A Gestão de Recursos Humanos nas Organizações Os recursos humanos dentro da empresa exercem um papel muito importante e caberá aqui uma visão evolutiva da utilização dessa função dentro das empresas. Conforme Cabrera: a sociedade brasileira vem se transformando no íntimo de sua cultura. Conseqüentemente crenças e valores estão diferentes, um pouco em sua essência, muito em sua operacionalização, e estarão mais ainda com o rápido passar do tempo. É claro que existe uma diferença sensível na velocidade dessas mutações, em cada uma das várias classes sociais, em cada região geográfica e também nos diversos setores econômicos. Mas sua existência é inegável. (CABRERA, 2010, p. 27) Nesse contexto é válido ressaltar que como o setor de recursos humanos de uma empresa trata diretamente com as relações sociais, visivelmente esse é o setor que mais sofre com essas mudanças sociais. Então, surge o desafio da nova fase gestacional do departamento de recursos humanos e como lidar com os novos recursos humanos brasileiros. Seguindo as palavras de Cabrera: não é um desafio exclusivo da Gerência de Recursos Humanos, ou de relações Industriais, ou ainda outros nomes que a área possa ter numa organização. O desafio afeta todos os profissionais que atuam na organização, todos aqueles que têm subordinados ou, então, mantêm intenso relacionamento funcional com grupos ou equipes de pessoas. (CABRERA, 2010, p. 29) Nessa visão, se torna evidente salientar que todo o Gerente de recursos humanos deve estar prontamente comprometido com o desafio de analisar, entender, compreender e agir de forma eficiente junto aos recursos humanos da sua organização. Cabrera, seguindo as palavras de Taylor e Fayol, salienta que: para enfrentar esse enorme desafio, os profissionais têm à sua disposição no Brasil e no exterior um conjunto de técnicas, modelos e conceitos que evoluíram muito nos últimos 20 anos, principalmente na última década, e que moldaram uma nova Administração de Recursos Humanos. Ela é sensivelmente “cultural” no sentido de que deve ser pertinente a um 25 conjunto de crenças e valores de determinada “sociedade”, não sendo tão radicalmente universalista. (CABRERA, 2010, p. 40) De acordo com Chiavenato (2006) com a evolução que vem sofrendo ao longo dos anos, a gestão de recursos humanos, se tornou mais “cultural”, tendo uma atuação mais humanista, dando uma maior ênfase a fase que os indivíduos se encontram e conseqüentemente valorizando cada vez mais os objetivos das organizações. Nesta concepção, para estudar, avaliar, entender e poder administrar os recursos humanos, é vital o aprofundamento nas teorias e práticas de comportamento organizacional. Por isso, temas como Motivação, Liderança, Democratização Organizacional, Comportamento dos Grupos de Trabalho, tornamse básicos para o moderno administrador de recursos humanos. Para Chiavenato: torna-se necessário dominar os conceitos e técnicas de Análise Organizacional e de Sistemas de informações, como forma de poder administrar as constantes e necessárias mudanças na Estrutura Organizacional, nos Sistemas de Informações, nos Sistemas de Trabalho e, conseqüentemente, nas pessoas. Entendemos assim o desafio da gestão de recursos humanos para tornar-se “transparente” na organização. (CHIAVENATO, 2006, p. 45) Partindo dessas afirmações é válido ressaltar que a entidade dos recursos humanos, passa a ser uma parte primordial dentro das organizações, pois é ela a parte mentora da ação, é o elaborador de políticas, o orientador, o prestador de serviços específicos que facilitam a tarefa de cada gerente, supervisor ou chefe. Cabrera salienta que: com a evolução das técnicas e práticas de Administração, o advento da Escola de Relações Humanas (1920, nos EUA) e o grande aperfeiçoamento das teorias sobre Comportamento Organizacional, a ação da área de Recursos Humanos foi ficando cada vez mais orientada para a atração, fixação, remuneração, motivação, treinamento, desenvolvimento e encaminhamento das pessoas. (CABRERA, 2010, p. 45) Ainda fazendo menção das palavras de Cabrera quando ele cita o autor Carlitos, em seu filme tempos modernos, as pessoas passaram a ser vistas como um recurso estratégico e não apenas como um recurso operacional que precisava ser tornado mais eficiente. A eficácia, que pressupõe integração e participação, passou a ser dominante. A idéia da eficácia é mais ampla do que a de eficiência e tomou de assalto a Administração. A eficiência foi à musa da administração científica (clássica, mecânica). Saber fazer certo as tarefas era o grande objetivo. Para isso treinavam-se as pessoas até a exaustão. (CABRERA, 2010, p. 45). 26 Conforme Cabrera (2010) com o passar dos tempos, as teorias evoluíram e trouxeram novas tendências, fazendo sobressair sobre os demais que ser eficiente não é mais o suficiente para se desenvolver certas tarefas, e dessa maneira, surge à teoria de que se faz o que é prioritário, com o objetivo de se tornar eficiente e com isso surgiu um novo conceito na gestão de recursos humanos, que é o conceito de eficácia, que simplifica as coisas, dizendo que se deve saber fazer certo as tarefas certas. De acordo com Cabrera (2010) com essa nova visão as organizações começam a procurar um melhor nível de aproveitamento de seu pessoal interno, dando maior valorização aos que desenvolvem suas funções com uma eficácia adequada e ao mesmo tempo essas organizações passaram a procurar dar maior qualidade de vida aos seus funcionários no cenário externo, pois evoluem juntamente com os acontecimentos no âmbito nacional, onde o indivíduo ser humano começa a ser mais valorizado, visto que num cenário nacional em evolução ele conquista a democratização, liberdade de expressão, sindicalismo amadurecido, valorização da mão-de-obra especializada e outras. Dessler (2003, p. 34) relata que “esse Departamento de Recursos Humanos é o órgão estratégico que instrumenta e orienta todos os executivos da organização em termos de técnicas, sistemas e práticas de administração de pessoas; dentro de uma filosofia única”. Ainda nesta contextualização Marras relata: a necessidade de que o Departamento de Recursos Humanos possa agir sobre cada gerente, supervisor ou chefe, orientando, influenciando, coordenando e controlando as políticas e práticas de gestão de recursos humanos, exigiu daquele órgão uma evolução técnica sem precedentes nos últimos anos. Principalmente porque foi preciso utilizar várias ciências – psicologia, sociologia, política, antropologia, filosofia, comportamento organizacional, etc. – para poder formar o arcabouço teórico e o conjunto de práticas que pudessem suportar o grande desafio que é lidar com pessoas, compatibilizando seus objetivos com os objetivos da organização. E criar condições favoráveis para que elas possam desenvolver-se pessoal e profissionalmente, estabelecendo compromissos mútuos e restituindo a confiança nas relações Capital e Trabalho. (MARRAS, 2000, p. 57) O que se percebe até aqui, é um momento impar na gestão de recursos humanos nas organizações, a evolução que aconteceu torna o momento atual singular, que somente os que estiveram aptos a desenvolver as novas teorias poderão sobreviver e conseguir alcançar seus objetivos. 27 2.6.1 O Gestor de Recursos Humanos Sabendo que o ponto de partida para que se tenha uma boa administração e saber gerenciar seu pessoal adequadamente, é necessário que seu gestor tenha pleno conhecimento do modelo utilizado para realizar a seleção de pessoal dentro da organização. Será dessa forma que o gestor poderá conhecer mais profundamente seus colaboradores e conseqüentemente poderá utilizá-los da melhor forma possível, extraindo deles o seu melhor, tanto para o desenvolvimento da instituição como também para que eles venham a crescer juntamente com a empresa. De acordo com Chiavenato (1999) utilizando os conceitos atuais, onde se demonstra que a oferta está bem além da mão-de-obra, se faz necessário saber as técnicas, ferramentas e instrumentos usados no processo de recrutar e selecionar pessoas, para obter com máxima eficácia a utilização de todos que estão ou estarão envolvidos nesta árdua tarefa de inserção de pessoas dentro das organizações. Segundo Chiavenato (1999, p. 157): é importante diferenciar o gestor de recursos humanos e o profissional do departamento de pessoal, sabe-se que ambos são profissionais que lidam constantemente com a vida das pessoas dentro das organizações, no que se refere a recrutar, selecionar, treinar, desenvolver, motivar, gerenciar folha de pagamento, registro em carteira e por fim demitir. Sob esse ponto de vista é necessário a existência de profissionais competentes em ambas as áreas para exercerem funções distintas, mas que se assemelham por tratar da existência de colaboradores dentro do ambiente organizacional. Assim sendo, para Chiavenato (1999) o gestor de recursos humanos, tende a ser uma pessoa flexível, dinâmica e que tenha o total domínio do conhecimento da área onde atua, sabendo que a atividade de lidar com pessoas requer além de habilidade humana uma habilidade conceitual, ou seja, a capacidade que terá em compreender a complexidade das organizações como um todo, tendo uma visão holística e não apenas de acordo com as necessidades de cada departamento. 2.6.2 Recrutamento e Seleção de Pessoal 28 2.6.2.1 Principais Pontos de Reflexão Para melhor esclarecimento do assunto, inicialmente será feito um levantamento dos motivos e principais pontos, para serem refletidos na hora de fazer a contratação de pessoal por uma empresa. Para Chiavenato (2002) o recrutamento e a seleção de pessoal devem ter um cuidado especial, pois esses processos podem assumir um papel estratégico e vital, para as organizações ao transformarem seus recursos humanos em vantagem competitiva. Seguindo as palavras de Vinícius (2010), a busca de questões relativas ao processo de recrutar e selecionar pessoas, como sendo uma simples atividade de um departamento; surgiu por volta da década de 90, quando alguns profissionais ligados ao assunto, mas sem conhecimento profundo na área de gestão de pessoas se intitularam responsáveis por um quebra-cabeça, cujas peças são as questões a serem trabalhadas continuamente e não por um curto espaço de tempo, pois lidar com pessoas requer além do conhecimento técnico, um estudo profundo em trabalhar e especializar a habilidade humana e conceitual, sendo de suma importância para esse assunto tão dinâmico e complexo. Na medida em que trabalhar com pessoas se torna um processo, torna-se evidente que a administração de recursos humanos relaciona à tarefa de atrair, reter e manter uma força de trabalho que seja eficiente e eficaz, fazendo com que planejamento de recursos humanos esteja diretamente relacionado à “conseguir o tipo e número certo de pessoas no momento certo” (BATMAN 1998, p. 178) De acordo com Vinicius (2010) o objetivo de compor o quadro de pessoal de uma organização, uma tarefa que vista de fora, aparenta ser de uma simplicidade muito grande, entretanto é nesse ponto que iniciam as complicações, pois elas aparecem inseridas dentro do pessoal que desenvolve as funções, e os principais problemas serão os de relacionamentos, absenteísmo, desmotivação, entre outros, que com certeza afetarão a empresa como um todo. Contudo, segundo Vinicius (2010) é válido ressaltar que o recrutamento e a seleção são as primeiras fases a serem trabalhadas na condução do processo de gerir pessoas, onde a capacidade que a pessoa que desenvolve e administra o 29 departamento de recursos humanos deve ser de grande excelência, para que suas decisões não venha a gerar dividendos negativos e sim lucratividade para a organização. 2.6.2.2 O Papel Decisivo do Processo de Recrutamento e Seleção Nesse momento se tem o objetivo de analisar a função do departamento de recursos humanos com o recrutamento de pessoal. As empresas; sejam elas de porte pequeno, médio ou grande, quando são criadas tem como seu principal objetivo a obtenção de lucros para que possam se manter e gerar benefícios para si e ao mesmo tempo para a sociedade que as fazem crescer cada vez mais. Nesta visão, a empresa cresce juntamente com a contratação de pessoas qualificadas e dispostas a fazer com que essas organizações se sobressaiam, ou seja, o desenvolvimento de uma empresa e seu futuro depende exclusivamente do potencial humano que a compõem. Vinicius (2010) acredita que o recrutamento e a seleção de pessoas têm papel importante, pois quem o faz deve acertar na pessoa e no lugar. Em uma sociedade cada vez mais globalizada, os produtos e serviços se assemelham; o que leva a esse processo uma maior responsabilidade, pois o diferencial da empresa estará em seu recurso humano, o que dificulta o trabalho do profissional que realiza. Na contratação das pessoas o que deve importar realmente não é o que elas sabem ou fazem, mas o potencial de aprendizagem e realização que possuem. A partir do momento que uma empresa passa a dar um maior foco para o processo seletivo do seu material humano, ou seja, passa a dar maior importância para o processo de seleção de seus colaboradores, significa que ela esta buscando pessoas que desejam agregar maior valor ao desenvolvimento das funções dentro da própria instituição, demonstrando assim que a organização esta criando um foco estratégico, onde busca novos rumos de valorização do material humano, criando valores intelectuais mais adequados para alcançar seus principais objetivos, ou seja, a geração de lucro. Carvalho salienta que: 30 o processo de recrutar (identificar, encontrar talentos) e selecionar (diferenciar os melhores dentre os identificados) são, definitivamente, atividades muito complexas, e que deveriam estar incluídas entre as muitas atividades de cunho estratégico de toda e qualquer organização. Devem, portanto, ser tratadas com extremo profissionalismo, com a contratação de profissionais devidamente habilitados para exercerem tais funções – recrutar e selecionar. (CARVALHO, 1998, p. 86) Para Vinicius (2010) na moderna administração existe uma forte ênfase na eficácia, pois se procura, através do processo de agregar pessoas, a aquisição de novas habilidades e capacidades que permitam à organização realizar sua missão e alcançar os seus objetivos globais em um mundo em transformação. 2.6.3 Motivação Entre todas as atividades desenvolvidas pelo departamento de recursos humanos, as de cunho motivacional são as deixadas para segundo plano, não recebendo assim o devido merecimento, pois na sua grande maioria o gerente de departamento mais se preocupa com o alcance de seus objetivos e acaba esquecendo que para se chegar a esses objetivos ele depende do pessoal que trabalha com ele, e que cada parte dessa equipe é formada por um indivíduo; o qual pode ter objetivos e critérios distintos; dessa forma é necessário motivá-los para que tais objetivos sejam alcançados. Para Chiavenato (2000) existem várias teorias motivacionais, que em sua grande maioria tem por objetivo fazer com que os indivíduos que trabalhem em uma determinada repartição, ou mesmo na totalidade da empresa, desenvolvam suas atividades da melhor maneira possível, e nos dias atuais a teoria mais utilizada vem sendo a teoria de Maslow. Segundo Chiavenato, nessa teoria: o ser humano possui diversas necessidades que podem ser separadas em categorias hierarquizadas. Para motivar uma pessoa, você deve identificar qual é a categoria mais baixa na qual ela tem uma necessidade, e suprir estas necessidades antes de pensar em outras em categorias mais altas. (CHIAVENATO, 2000, p. 45) Seguindo as palavras de Chiavenato (2000), essa teoria segue uma linha de raciocínio lógico e que se delimita a várias categorias, as quais seguem uma 31 nivelação piramidal das necessidades que se tem para motivar os colaboradores de uma empresa, sendo assim as necessidades são as seguintes, segundo CHIVENATO (2000, p. 47): • Necessidades Fisiológicas: São relacionadas às necessidades do organismo, e é a principal prioridade do ser humano. Entre elas estão respirar e se alimentar. Sem estas necessidades supridas, as pessoas sentirão dor e desconforto e ficarão doentes. • Necessidades de Segurança: Envolve a estabilidade básica que o ser humano deseja ter. Por exemplo, segurança física (contra a violência), segurança de recursos financeiros, segurança da família e de saúde. • Necessidades Sociais: Com as duas primeiras categorias supridas, passase a ter necessidades relacionadas à atividade social, como amizades, aceitação social, suporte familiar e amor. • Necessidades de Status e Estima: Todos gostam de ser respeitados e bem vistos. Este é o passo seguinte na hierarquia de necessidades: ser reconhecido como uma pessoa competente e respeitada. Em alguns casos leva a exageros como arrogância e complexo de superioridade. • Necessidade de Auto Realização: É uma necessidade instintiva do ser humano. Todos gostam de sentir que estão fazendo o melhor com suas habilidades e superando desafios. As pessoas neste nível de necessidades gostam de resolver problemas, possuem um senso de moralidade e gostam de ajudar aos outros. Suprir esta necessidade equivale a atingir o mais alto potencial da pessoa. Dessa forma, o líder que tiver um bom conhecimento das regras motivacionais e conhecer bem sua equipe, saberá reconhecer quais as necessidades que cada indivíduo tem e os problemas que este vem passando, desta maneira saberá qual a melhor solução para este problema e assim fazer com que o colaborador renda cada vez mais e ajude a empresa a crescer. Assim sendo, o departamento de recursos humanos tem a responsabilidade de fazer um planejamento adequado do seu pessoal. Isto envolve identificar os que podem trazer os melhores resultados, conhecer a realidade de 32 cada um e encontrar as formas corretas de motivá-los para a obtenção de resultados. 2.6.4 Qualidade de Vida no Trabalho: Seus Conceitos Conforme Vieira (1996) a Qualidade de Vida no Trabalho - QVT tem sido uma preocupação do homem desde o início de sua relação com o trabalho. Com outros títulos e em outros contextos, mas sempre voltada para facilitar ou trazer satisfação e bem-estar ao trabalhador na execução de sua tarefa. Segundo Vieira (1996) expressão “Qualidade de Vida no Trabalho” foi introduzida, publicamente pelo professor Lucas Lavis (Ucla, Los Angeles), na década de 70, embora a origem do movimento de QVT tenha surgido nos anos 50. (VIEIRA, 1996, p. 37). Para Fernandes e Gutierrez (1988) na literatura nacional, o tema ainda é considerado novo e com exaustiva revisão bibliográfica pode-se afirmar que não existe uma definição consensual. O conceito global, além dos atos legislativos que protegem o trabalhador, envolvendo o atendimento de necessidades e aspirações humanas, calcado na idéia de humanização do trabalho e responsabilidade social da empresa. Um conceito bastante genérico é apresentado por Davis que define QVT como “condições favoráveis ou desfavoráveis de um ambiente de trabalho, para empregados” (VIEIRA, 1996, p. 38). Guest (apud VIEIRA, 1996, p. 38) conceitua o QVT como: (...) um processo pelo qual uma organização tenta revelar o potencial criativo de seu pessoal, envolvendo-os em decisões que afetam suas vidas no trabalho. Uma característica marcante do processo é que seus objetivos não são simplesmente extrínsecos, focando melhora da produtividade e eficiência em si, eles também são intrínsecos no que diz respeito ao que o trabalhador vê como fins de auto-realização e auto-engrandecimento. Para Burgerou citado por Fernandes e Gutierrez (1988, p. 31) QVT consiste: na aplicação concreta de uma filosofia humanista pela introdução de métodos participativos, visando modificar um ou vários aspectos do meio ambiente de trabalho, a fim de criar uma nova situação mais favorável à satisfação dos empregados da empresa. 33 O conceito de QVT para Vieira e Hanashiro (1990, p. 45) tem uma abordagem situacional, sendo: (...) melhoria nas condições de trabalho – com extensão a todas as funções de qualquer natureza e nível hierárquico, nas variáveis comportamentais, ambientais e organizacionais que venham, juntamente com política de recursos humanos condizentes, humanizar o emprego, de forma a obter-se um resultado satisfatório, tanto para os empregados como para a organização. Lippitt (apud Fernandes e Gutierrez (1988) considera que existe qualidade de vida em situações de trabalho quando os indivíduos podem satisfazer sua variedade de necessidades pessoais. Werthher e Davis (1983, p. 71) afirmam que: os esforços para melhorar a qualidade de vida no trabalho procuram nos dar os cargos mais produtivos e satisfatórios. Embora sejam usadas muitas técnicas diferentes sob o título qualidade de vida no trabalho, a melhoria dos métodos acarreta a reformulação de cargos, com a participação dos trabalhadores. Para Nadler e Lawler (apud Fernandes e Gutierrez (1988, p. 31), QVT “é uma maneira de pensar a respeito das pessoas, trabalho e organização”, sendo a grande esperança das organizações para atingirem altos níveis de produtividades, sem esquecer a motivação e a satisfação do indivíduo. Como constata Rodrigues (1991) qualidade de vida no trabalho, é uma abordagem dos problemas comportamentais da organização com base nas necessidades atuais do trabalhador no novo contexto organizacional. Assim, é válido afirmar que QVT é uma opção para o bem-estar do indivíduo no trabalho. Conforme Vieria (1996), considerado por muitos como o mais abrangente, o modelo de Richard Waltou, apresenta as oito seguintes categorias conceituais como critérios fundamentais para a QVT, porém considera que dependendo do contexto, é possível criar novos grupos de critérios: 1. Compensação adequada e justa – meio de ganhar a vida, ou seja, pagamento relacionado com o treinamento exigido, responsabilidade no trabalho e insolubilidade das condições de trabalho; 2. Condições de segurança e saúde do trabalho – horários razoáveis executados por um período normal de trabalho padronizado e pagamento de prêmio; 34 - condições físicas de trabalhos que reduzam ao mínimo o risco de doença e dano; - limite de idade imposto quando o trabalho é potencialmente destrutivo para o bem-estar das pessoas abaixo ou acima de certa idade; 3. Oportunidade imediata para utilização e desenvolvimento das capacidades humanas: autonomia no trabalho, múltiplas habilidades; informações e perspectivas; tarefas completas; planejamento; 4. Oportunidades futuras para crescimento contínuo e segurança: desenvolvimento: manter e expandir a capacidade antes de levar o trabalhador à obsolência; aplicação e perspectivas: usar o conhecimento e as habilidade expandidas e recém adquiridas em atribuições de trabalhos futuros; oportunidade de progresso: progredir em termos organizacionais ou de carreiras; segurança: a segurança de um emprego ou de renda associada ao trabalho do trabalhador. 5. Integração social na organização do trabalho: ausência de preconceito; ausência de estratificação ou mobilidade ascendente; trabalho em grupos de apoio; senso de comunidade; abertura interpessoal; 6. O constitucionalismo na organização do trabalho: direito à privacidade; liberdade de expressão, direito de posicionamento; equidade, direito a tratamento justo em todos os assuntos; as normas que estabelecem os direitos e deveres dos trabalhadores são elementos chaves, para fornecer uma elevada QVT; 7. O trabalho e o espaço total da vida: - a experiência de trabalho de um indivíduo pode ter efeito negativo ou positivo sobre os outros aspectos de sua vida, tais como suas relações com sua família; a relação entre o trabalho e espaço total da vida é visto através do conceito de equilíbrio, com origem nos esquemas de trabalho, expectativa de carreira, progresso e promoção; a relação do tempo e energia extras que o trabalhador dedica ao trabalho e as deficiências na situação familiar; 8. Relevância social da vida no trabalho: imagem da empresa; responsabilidade social pelos serviços; responsabilidades sociais pelos produtos; responsabilidades sociais pelos empregados. Percebe-se, assim, que o que cada indivíduo entende como qualidade de vida está intimamente relacionado com sua realidade, suas inter-relações, as oportunidades que teve na vida, dentre muitos fatores determinantes do seu nível de conhecimento e conseqüente nível de expectativa. Desse modo, entende-se que 35 investir em qualidade de vida no trabalho, é investir no crescimento do indivíduo, seja pelo aumento do conhecimento técnico para o trabalho, seja pelo desenvolvimento pessoal, educacional ou cultural. 2.6.5 Absenteísmo Para melhor saber o que vem a ser o absenteísmo, será feito menção das palavras de Chiavenato (1999, p. 170) onde classifica absenteísmo como sendo “a ausência dos trabalhadores no processo de trabalho, seja por falta ou atraso, cuja média é a relação entre o total de dias/horas de faltas em um período, e o dia/horas presentes nesse mesmo período”. Seguindo ainda as palavras de Chiavenato (1999) as causas que levam aos trabalhadores a faltarem no trabalho são até que complexas, onde o mesmo afirma que: nem sempre as causas do absenteísmo estão no próprio empregado, mas na organização, na supervisão deficiente, no empobrecimento das tarefas, na falta de motivação e estímulo, nas condições desagradáveis de trabalho, na precária integração do empregado à organização e nos impactos psicológicos de uma direção deficiente. (CHIAVENATO, 1999, p. 162) Dessa forma, o que mais pode dificultar a gestão das empresas é a falta de planejamento dentro das próprias, fazendo com que a qualidade de vida desses trabalhadores esteja em segundo plano, simplesmente buscando o lucro e o crescimento empresarial, e dessa forma acaba por afetar o desenvolvimento dos colaboradores dentro das empresas, pois os responsáveis pelo setor de recursos humanos, não estão preocupados com o bem estar físico e mental dos empregados não dando a esses, condições psicológicas e nem físicas de trabalho, criando assim condições para o surgimento do absenteísmo. Pode-se citar como sendo as principais causas do absenteísmo, os seguintes fatos ditados por Chiavenato (1999, p. 169): doença efetivamente comprovada; doença não comprovada; razões diversas de caráter familiar; atrasos voluntários por motivos pessoais; faltas voluntárias por motivos pessoais; dificuldades e problemas financeiros; problemas de transporte; baixa motivação para trabalhar; supervisão precária da chefia; políticas inadequadas da organização. 36 Os acidentes de trabalho nesse momento não são colocados, pois podem causar confusão na hora de fazer o levantamento, então se aconselha deixá-los fora da contagem do absenteísmo. Assim sendo, uma vez diagnosticado o motivo que leva ao absenteísmo dentro da empresa, deve-se ser tomada pela administração da mesma, medidas adequadas para que essa falta excessiva de pessoal não venha a acontecer e ao mesmo tempo prejudique o desenvolvimento das atividades da empresa. 2.6.6 Rotatividade de Pessoal Seguindo as palavras de Oliveira pode-se definir rotatividade de pessoal ou turnover, como sendo: a rotatividade de pessoal, também conhecida por turnover, está relacionada com a saída de funcionários de uma organização. As razões para o desligamento podem ser diversas; os indivíduos podem solicitar a sua demissão por descontentamento com alguma política da empresa, falta de motivação, ou busca de uma melhor colocação profissional. Assim como, a empresa também se coloca neste direito e busca por profissionais mais capacitados para integrar o seu quadro funcional ou ainda procura pela inovação em seus sistemas. (OLIVEIRA, 2010) Um fator que não passa despercebido e que gera custos para uma empresa no departamento de recursos humanos é a necessidade de investimentos para saber quais os motivos que elevam a freqüente rotatividade de funcionários dentro da empresa, pois como se tem notoriedade, essa rotatividade de pessoa não trás benefícios a empresa, mas sim acaba por trazer prejuízos em vários níveis, visto que não se consegue formar uma equipe coerente e que tenha o mesmo objetivo dentro da empresa; fazendo com que os objetivos não sejam alcançados. Na visão de Chiavenato (1999), essa rotatividade de pessoal, traz prejuízos de diversos níveis dentro da empresa, sendo eles nos níveis primários, secundários e terciários; nos últimos dois níveis são os que mais atingem o desenvolvimento da empresa, dessa forma demonstrar-se-á o que vem a ser esses níveis de empreendedorismo. Conforme Chiavenato (1999, p. 165) são custos secundários: 37 Reflexos na produção, com produção geralmente inferior, insegurança inicial e interferência no trabalho dos colegas; Custos extra laboral, com despesas em horas extras ou pessoal extra necessário para cobrir as vagas, elevação do custo unitário da produção com a queda da eficiência média, tempo adicional do supervisor aplicado no treinamento do novo empregado; Custo extra-operacional, custo adicional de energia elétrica, custo adicional de serviços de manutenção, utilidades, planejamento e controle de produção, expediente, etc., acréscimos de erros, refugos e problemas de controle e qualidade provocados pela inexperiência do colaborador. Ainda conforme Chiavenato (1999, p. 165) custos terciários são: Custo extra-investimento com depreciação do equipamento, manutenção e reparos em relação ao volume de produção; Perdas nos negócios com reflexos na imagem e nos negócios da empresa, provocadas pela qualidade dos produtos ou serviços produzidos por empregados inexperientes. Além desses gastos ainda se tem que mencionar aqui o gasto com admissões e demissões, além de um transtorno gerado na empresa por falta de mão-de-obra, o que pode abalar mais futuramente a sua produtividade. Com o mercado amplamente competitivo, é crescente a busca constante por profissionais com um maior grau de profissionalização. Desta maneira, fica nítido aqui que o setor de recursos humanos dentro da empresa tem um papel muito importante no desenvolvimento de todas as atividades da instituição, pois será através dele que a empresa se manterá funcionando e da mesma forma alcançando seus objetivos primordiais. 38 3 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DE DADOS Neste capítulo expõe-se o estudo de caso realizado em uma indústria do vestuário. Primeiramente apresenta-se a caracterização da empresa, em seguida será dado ênfase na configuração de um relatório gerencial para a área de recursos humanos, de modo que a controladoria como ferramenta de gestão possa contribuir para analise dos resultados. 3.1 Caracterização da Empresa 3.1.1 História A empresa “INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE CONFECÇÕES SINERGIA LTDA” iniciou suas atividades em setembro de 1986. Na época não havia canais de vendas definidos, digamos que se buscava de porta em porta quem pudesse vender. Mesmo sem estrutura, a empresa já aliava aos seus produtos coerência com a moda do momento, sempre seguindo o diferencial e nunca o comum. Este pensamento aliado ao bom gosto foi o que proporcionou o sucesso da organização. Tudo começou como um negócio paralelo ao negócio da família que não tinha relação alguma com confecção. Claudia Pires, havia recém mudado com a família do município de Siderópolis para Nova Veneza, juntamente com sua irmã, resolveu usar uma velha casa que havia sido de seus pais, para constituir a empresa informalmente num primeiro momento. Possuía na época duas ou três máquinas e não havia funcionários. As instalações eram humildes e pouco funcionais, mas a força de vontade era relevante desde o início. Com o tempo a sociedade foi desfeita, e a casa passou a abrigar duas confecções, a original “Sinergia” e outra constituída pela irmã ex-sócia. Não houve brigas apenas necessidade de dividir para que cada uma trabalhasse com suas idéias. 39 Após este fato, com a prospecção de futuro, José, esposo de Claudia, decidiu se desfazer do negócio antigo apostando todas as fichas na confecção; mesmo contra a vontade de sua esposa. Na época era arriscado, uma vez que a confecção ainda não havia gerado frutos. A partir disto, resolveu arriscar ainda mais, José vendeu o caminhão que usava no negócio antigo e investiu tudo em matéria prima e maquinário para empresa. Com isso a empresa foi adquirindo estrutura, logo mudou de local, começou a ficar mais sólida e assim é até os dias atuais. 3.1.2 Estrutura Organizacional da Empresa A empresa pesquisada apresenta os principais pontos da sua estrutura organizacional da seguinte maneira: a) Produto Produzido: indústria de roupas femininas em jeans e malhas. b) Serviço: atendimento através de representante comercial entrega terceirizada por meio de transportadora, conta com serviço de atendimento ao consumidor. c) Mercado de atuação: nível nacional. d) Estrutura Comercial: própria e terceirizada. e) Canal de Distribuição: comércio varejista. f) Estrutura de Marketing: outdoor, revistas, jornais, televisão, desfiles, campanhas publicitárias. g) Modelo de Gestão: familiar. h)Tecnologia: moderna, sistema informatizado. 3.1.3 Missão A empresa Sinergia vem trabalhando no seu dia a dia com a seguinte missão: Despertar emoções e desejos vestindo as pessoas com produtos criativos e inovadores. 40 3.1.4 Compromisso Compromisso com a qualidade do produto, credibilidade, obedecendo a prazos, responsabilidade social e meio ambiente. 3.1.5 Visão Estratégica Estar entre as duas maiores empresas do Sul de Santa Catarina, seguindo a tendência da moda, participando dos maiores eventos de moda do Brasil. Ser uma empresa de alta rentabilidade, referencial e expressiva no segmento globalizado da moda até 2013. Crescimento estimado em 50% (cinqüenta por cento) ao ano do faturamento atual, através de uma gestão moderna, criando valores e comercializando produtos inovadores. Desenvolver, dentro da área de recursos humanos, a gestão por competências. 3.1.6 Valores a) Qualidade: utilização de matéria prima adequada para oferecer a seus clientes melhores produtos com preço mais competitivo no mercado nacional; b) Responsabilidade Ambiental: cobrar de terceiros o tratamento adequado da utilização da água utilizada na lavação de nossos produtos e reaproveitamento das sobras de tecidos; c) Ética: buscar o sucesso sem prejudicar a concorrência; d) Ambiente: agradável e organizado, que favoreça aos sócios, diretores e seus colaboradores melhores condições de trabalho. e) Processo Decisório Participativo: tomar decisões em conjunto com os setores relacionados ao assunto pertinente. f) Recursos Humanos: investir em profissionais qualificados e motivados que possam trazer a empresa benefícios futuros; 41 g) Resultado: trabalhar visando o melhor retorno em relação a lucros. 3.2 Caracterização do Setor de Recursos Humanos da Empresa 3.2.1 Missão Apoiar as áreas buscando o desenvolvimento das pessoas em harmonia com as necessidades e os princípios da organização. 3.2.2 Visão Ser um RH estratégico e referencial no segmento até 2013 estimulando um clima organizacional saudável visando atrair, desenvolver e manter pessoas alinhadas à visão da empresa, buscando permanentemente a sustentabilidade. 3.2.3 Valores Satisfazer os clientes. Buscar soluções no menor tempo, preservando a qualidade nas ações e serviços Gestão participativa e comprometida com o planejamento estratégico. Reter conhecimento, valorizando o desenvolvimento permanente dos funcionários. Promover o bem-estar e a capacitação humana dos funcionários. Agir com ética no relacionamento com funcionários, fornecedores e clientes. Buscar comunicação eficaz com os públicos alvos. 42 Agir com responsabilidade social. Promover clima organizacional saudável. 3.2.4 Informações Gerenciais Elaboradas Pelo Setor de Recursos Humanos da Empresa Até o presente momento, o setor de recursos humanos, elabora apenas relatórios simples de absenteísmo, rotatividade e avaliação de desempenho ao final da experiência, sendo assim não existe qualquer tipo de informação gerencial elaborada por este setor. Desta forma busca-se a configuração de um relatório gerencial, que permita a gestão da empresa saber se suas metas estão sendo alcançadas. 3.3 Configuração de Relatório Gerencial para a Área de Recursos Humanos Neste momento será apresentada a proposta de relatório elaborada para a área de recursos humanos da indústria do vestuário e os procedimentos adotados para a realização do mesmo. 3.3.1 Diagnóstico Conforme entrevista realizada na área de recursos humanos da empresa, pode-se observar que o gestor de recursos humanos é especializado em áreas relacionadas com a qualidade e motivação de pessoal, desta forma acredita-se que ele possa auxiliar na elaboração do relatório gerencial específico ao seu setor. O questionário sustenta ainda que a empresa utiliza um orçamento para as despesas que envolvem a folha de pagamento, ou seja, percebe-se que há uma meta a seguir, porém não existe qualquer tipo de relatório gerencial com os 43 resultados realizados, confrontando com as despesas orçadas, sendo elaborado apenas um relatório com algumas informações para comparação de resultado entre os setores, e que também é discutido em reuniões mensais com a diretoria. Cabe destacar também que o planejamento estratégico da empresa é acompanhado e cobrado pelo gerente de cada setor. Sendo assim os funcionários estão cientes das metas que a empresa precisa alcançar. 3.3.2 Proposta de Relatório Com base nas informações coletadas na empresa objeto de estudo, e com a teoria estudada sobre a função da controladoria aplicada no setor de recursos humanos chega-se a uma proposta de relatório gerencial conforme será descrita a seguir. 3.3.2.1 Sumário O sumário é a primeira parte do relatório, composto por informações gerenciais consolidadas, de todos os indicadores analisados no decorrer do estudo, ele é uma síntese de todo o relatório gerencial. Para que se possa ter um melhor entendimento do mesmo, segue-se com a análise da tabela. 44 Tabela1: Sumário JUNHO DE 2010 MÊS ATUAL ANÁLISE DE RESULTADO CONSOLIDADA REAL ACUMULADO ANO ORÇADO VAR.( R/O) REAL ORÇADO VAR.( R/O) CUSTO TOTAL FOLHA DE PAGAMENTO R$ 220.254 216.961 1,5% 1.314.300 1.301.766 1,0% FALTAS R$ 1.371 820 67,2% 5.778 4.920 17,4% HORAS EXTRAS R$ 4.140 2.840 45,8% 19.367 17.040 13,7% ROTATIVIDADE: ADMISSÕES QTD 12 10 20,0% 71 60 18,3% ROTATIVIDADE: DEMISSÕES QTD 12 10 20,0% 71 60 18,3% CURSOS E TREINAMENTOS R$ 2.650 2.050 29,3% 13.500 12.300 9,8% PRODUTIVIDADE POR SETORES QTD 240.000 242.000 -0,8% 1.438.000 1.452.000 -1,0% QUALIDADE: PEÇAS FALHAS QTD 350 340 2,9% 3.049 2.040 49,5% INSATISFAÇÃO COM MOTIVAÇÃO % 37% 15% 146,7% 37% 15% 146,7% INSATISFAÇÃO COM QUALIDADE DE VIDA % 31% 15% 106,7% 31% 15% 106,7% PESQUISA DE SATISFAÇÃO Fonte: Elaborado Pela Autora O sumário acima além de ser uma introdução do relatório gerencial, já identifica alguns pontos a serem observados pela diretoria executiva, gestores, ou por quem venha a analisar os resultados da empresa. Primeiramente pode-se observar a variação que este traz entre o realizado que são os números alcançados pela empresa, e as metas que a empresa tinha a cumprir no mês, orçadas pelos resultados obtidos no ano anterior, e o acumulado do ano. A seguir, através da variação de cada indicador, já se identifica os que tiveram maior variação entre o real e orçado, sendo que deverão ser analisados com maior preocupação pelos gestores. 3.3.2.2 Custo da Folha de Pagamento Para se analisar o primeiro indicador do sumário, o custo da folha de pagamento, necessita-se a elaboração de duas tabelas. A primeira é um relatório que contém separadamente os cargos de todos os centros de custos e os proventos e descontos que formaram o total da remuneração da folha, desta forma se consegue analisar de onde vêm os gastos excessivos de cada setor. 45 A segunda tabela é gerencial, traz o comparativo entre real e orçado de cada setor de forma consolidada, onde se consegue observar os que tiveram maior índice no aumento do custo da folha do mês atual e do acumulado no ano. Tabela 2: Custo da folha de Pagamento Por Cargos JUNHO DE 2010 SETOR P & D N° FUNC SALÁRIOS HR EXTR. HR EXTR. R$ INJUST. JUST. HR FALT HR FALT HR FALT. R$ TOTAL FOLHA 5 4.750 15:00:00 97 00:00:00 0 4.847 Assistente Setor de Estilo 10 7.500 10:00:00 51 07:33:00 -50 7.501 Costureira 17 11.050 23:00:00 102 22:00:00 -108 11.044 2 1.700 10:00:00 58 07:33:00 -57 1.701 Analista de Qualidade Cortador Designer Gráfico 1 850 00:00:00 0 00:00:00 Estilista 2 4.000 18:00:00 245 00:00:00 Gerente de P & D 1 2.500 00:00:00 0 00:00:00 Modelista 3 6.000 15:00:00 205 00:00:00 Monitor de Produção 2 1.900 00:00:00 0 00:00:00 07:33:00 15:00:00 07:33:00 0 850 0 4.245 0 2.500 0 6.205 0 1.900 Operador de Produção 4 3.800 23:00:00 149 00:00:00 0 3.949 Passadeira 2 1.020 15:00:00 52 00:00:00 0 1.072 Revisor 2 1.300 18:00:00 80 07:33:00 -43 1.336 Supervisor de Estilo 1 1.000 00:00:00 0 00:00:00 0 1.000 52 47.370 147:00:00 1.039 TOTAL SETOR PRODUÇÃO Analista de Qualidade N° FUNC SALÁRIOS HR EXTR. HR EXTR. R$ 2 1.900 12:00:00 78 44:39:00 HR FALT 0:00:00 30:06:00 HR FALT 7:33:00 -259 HR FALT. R$ 0 48.150 FOLHA 1.978 Assistente de Expedição 5 3.750 13:00:00 62 7:33:00 -50 3.762 Assistente de Qualidade 3 2.250 0:00:00 0 7:33:00 -50 2.200 Assistente de PCP 4 3.000 5:00:00 26 0:00:00 0 3.026 Bordadeira 5 3.250 37:00:00 186 21:00:00 -86 3.350 Cortador Costureira 5 3.650 30:00:00 153 7:33:00 14:00:00 -43 3.760 24 18.000 240:00:00 1.063 78:00:00 21:00:00 -324 18.739 7:33:00 Expedidor 1 750 20:00:00 102 7:33:00 -50 802 Gerente de Produção 1 2.500 0:00:00 0 0:00:00 0 2.500 Operador de Produção 42 31.500 23:00:00 118 22:00:00 -125 31.493 Operador de Máquina 3 2.250 9:00:00 46 0:00:00 0 2.296 Passadeira Revisor 4 2.040 0:00:00 0 0:00:00 0 2.040 22 14.300 23:00:00 102 15:00:00 -65 14.337 Supervisor de Acabamento 1 1.000 20:00:00 136 0:00:00 0 1.136 Supervisor de PCP 1 1.000 5:00:00 34 0:00:00 0 1.034 Supervisor de Produção 1 1.000 0:00:00 0 0:00:00 0 1.000 124 92.140 437:00:00 2.105 166:12:00 -793 93.452 TOTAL Fonte: Elaborado Pela Autora 7:33:00 57:39:00 46 Tabela 3: Relatório Gerencial do Custo da Folha de Pagamento JUNHO DE 2010 MÊS ATUAL CENTRO DE CUSTOS REAL SALÁRIOS POR SETORES 220.254 216.961 1,5% 1.314.300 1.301.766 1,0% 7.511 7.405 1,4% 45.600 44.430 2,6% Setor Administrativo ORÇADO ACUMULADO ANO VAR.( R/O) REAL ORÇADO VAR.( R/O) Setor Comercial 21.074 21.005 0,3% 126.300 126.030 0,2% Setor de Controladoria 16.568 16.500 0,4% 99.200 99.000 0,2% Setor de Inteligência 18.710 18.560 0,8% 111.500 111.360 0,1% Setor Logística 14.789 14.690 0,7% 89.000 88.140 1,0% Setor de P & D 48.150 47.731 0,9% 288.500 286.386 0,7% Setor de Produção 93.452 91.070 2,6% 554.200 546.420 1,4% ENCARGOS SOBRE FOLHA 78.851 77.672 1,5% 470.519 466.032 1,0% INSS 27.8% 61.231 60.315 1,5% 365.375 361.891 1,0% FGTS 8% 17.620 17.357 1,5% 105.144 104.141 1,0% PROVISÃO DE FÉRIAS 24.472 24.107 1,5% 146.030 144.636 1,0% PROVISÃO DE 13° SALÁRIO 18.354 18.080 1,5% 109.525 108.481 1,0% 341.931 336.820 1,5% 2.040.374 2.020.915 1,0% CUSTO TOTAL FOLHA PAGAMENTO Setor Administrativo 11.660 11.495 1,4% 70.792 68.975 2,6% Setor Comercial 32.716 32.608 0,3% 196.073 195.654 0,2% Setor de Controladoria 25.721 25.615 0,4% 154.002 153.691 0,2% Setor de Inteligência 29.045 28.813 0,8% 173.098 172.880 0,1% Setor Logística 22.958 22.804 0,7% 138.168 136.832 1,0% Setor de P & D 74.750 74.099 0,9% 447.879 444.598 0,7% 145.078 141.380 2,6% 860.363 848.284 1,4% Setor de Produção Fonte: Elaborado Pela Autora Para que se possa ter ainda um melhor entendimento da tabela acima, se tem a seguir um gráfico com a média do real e orçado da folha de pagamento do ano calendário, do ano anterior e a comparação mensal. Gráfico 1: Custo da Folha de Pagamento Mensal Real x Orçado Fonte: Elaborado Pela Autora Através do gráfico, vê-se claramente, que o custo da folha de pagamento, vem aumentando gradativamente a cada mês, sendo que o número de funcionários continuou o mesmo e os salários não tiveram alteração. Chega-se a conclusão que o principal fator do aumento do custo da folha de pagamento foram as horas extras e faltas em excesso. Passa-se a analisar estes indicadores. 47 3.3.2.3 Horas Faltas A partir deste momento, se começa a analisar os indicadores que formaram a elevação na folha de pagamento, logo em seguida se tem a tabela gerencial das faltas, e sua variação por centro de custos. Tabela 4: Análise de Resultados Pelo Indicador de Faltas JUNHO DE 2010 FALTAS (R$) MÊS ATUAL N° FUNC AV% INJUSTIFICADAS REAL AV% ORÇADO 256 100% Administrativo 10 4% 87 6% 70 9% Comercial 21 8% 65 5% 65 Controladoria 13 5% 0 0% 50 Inteligência 20 8% 97 7% 80 10% Logistica 16 6% 70 5% 65 8% P&D 52 20% 259 19% 140 124 48% 793 58% 350 Produção FALTAS (HR) N° FUNC AV% INJUSTIFICADAS 1.371 100% ACUMULADO ANO AV% VAR. R/O REAL REAL 820 100% AV% ORÇADO ORÇADO AV% 100% 4.920 100% VAR. R/O 67,2% 5.778 23,8% 490 8% 420 9% 8% 0,0% 430 7% 390 8% 10,3% 6% -100,0% 165 3% 300 6% -45,0% 21,3% 512 9% 480 10% 6,7% 7,7% 408 7% 390 4,6% 17% 85,0% 870 15% 840 17% 3,6% 43% 126,6% 2.903 50% 2.100 43% 38,2% AV% ORÇADO AV% VAR. R/O 100% 1.056 100% AV% VAR. R/O REAL 256 100% 283 100% Administrativo 10 4% 28 10% 23 13% Comercial 21 8% 15 15 9% 5% AV% 176 100% 67,2% 1.231 23,8% 161 0,0% 99 13% 8% 8% 138 13% 90 17,4% 16,7% 17,4% 16,7% 9% 10,3% -45,0% Controladoria 13 5% 0 0% 15 9% -100,0% 50 4% 90 9% Inteligência 20 8% 15 5% 12 7% 21,3% 77 6% 72 7% 6,7% Logistica 16 6% 15 5% 14 8% 7,7% 88 7% 84 8% 4,6% 52 20% 44 16% 23 13% 85,0% 143 12% 138 13% 3,6% 124 48% 166 59% 74 42% 126,6% 614 50% 444 42% 38,2% AV% ORÇADO AV% VAR. R/O 100% 852 100% P&D Produção FALTAS (HR) N° FUNC AV% JUSTIFICADAS Administrativo 256 100% 10 4% REAL AV% ORÇADO 129 100% 0 0% AV% VAR. R/O REAL 142 100% 7 5% -9,2% 837 -100,0% 36 4% 42 5% -1,8% -14,3% Comercial 21 8% 0 0% 7 5% -100,0% 38 5% 42 5% -9,5% Controladoria 13 5% 0 0% 7 5% -100,0% 21 3% 42 5% -50,0% Inteligência 20 8% 21 16% 12 8% 75,0% 52 6% 72 8% -27,8% Logistica 16 6% 21 16% 12 8% 75,0% 65 8% 72 8% -9,7% P&D 52 20% 30 23% 21 15% 42,9% 136 16% 126 15% 7,9% 124 48% 57 44% 76 54% -25,0% 489 58% 456 54% 7,2% Produção Fonte: Elaborado Pela Autora A tabela gerencial de faltas nos traz três informações, passa-se a analisar cada uma delas. Primeiramente nos mostra quanto em reais (R$), foi descontado da folha de pagamento dos colaboradores, ou seja, este abrange apenas as faltas injustificadas, pois as justificadas não são descontadas. O gráfico a seguir nos traz os valores descontados em faltas mensalmente, e a média do acumulado no ano, e ano anterior, pode-se perceber, que o mês atual obteve o maior número de faltas injustificadas, desde o inicio do ano, e que este vêm crescendo mês a mês. 48 Gráfico 2: Faltas em Reais (R$) Mensal Real x Orçado 1.600 1.400 1.200 1.000 800 600 400 200 Real Orçado Jan Ano 2010 (Média) Fev Ano 2009 (Média) Mar Abr Realizado 2010 Mai Jun Orçado 2010 Fonte: Elaborado Pela Autora Em seguida o relatório gerencial nos traz a comparação das faltas injustificadas em horas (HRS), o gráfico abaixo nos mostra a média anual e comparação mês a mês. Gráfico 3: Faltas Injustificadas em Horas (HR) Mensal Real x Orçado 300 250 200 150 100 50 Real Orçado Jan Ano 2010 (Média) Fev Ano 2009 (Média) Mar Abr Realizado 2010 Mai Jun Orçado 2010 Fonte: Elaborado Pela Autora Por fim ainda temos no relatório gerencial de faltas um comparativo entre real e orçado das horas faltas justificadas. Esta se deve destacar que não é descontada do funcionário, e afeta em muito a produção por ausência de colaboradores. Abaixo segue gráfico com a média anual e comparação mensal deste indicador. Gráfico 4: Faltas Justificadas em Horas (HR) Mensal Real x Orçado 49 150 145 140 135 130 125 120 Real Orçado Jan Ano 2010 (Média) Fev Ano 2009 (Média) Mar Abr Realizado 2010 Mai Jun Orçado 2010 Fonte: Elaborado Pela Autora Através dos gráficos e tabelas acima, pode-se perceber que as faltas injustificadas foram as responsáveis pelo aumento de 67,2% a mais em relação ao orçado pela empresa. Destacando-se o setor de produção, que representa 58% dos funcionários da empresa, e atingiu uma margem de 126,6% superior a meta estipulada. O setor de P&D com 19% dos colaboradores chega a 85,0% a mais do que o orçado. E o setor administrativo com 4% dos funcionários da instituição fica 23,8% acima da meta. Esses números já vem crescendo ao passar dos meses conforme gráficos. As faltas justificadas do mês e na média do ano mantiveram-se abaixo do orçado pela empresa. Não há preocupação com estas no momento. Passamos a análisar a seguir o indicador das horas extras. 3.3.2.4 Horas Extras O relatório gerencial das horas extras é muito importante, pois este na maioria das vezes agrega o grande aumento nos custos da folha de pagamento, desta forma auxiliando os gestores na tomada de decisões. Observa-se a tabela abaixo para análise. Tabela 5: Análise de Resultados Pelo Indicador de Horas Extras 50 JUNHO DE 2010 HORAS (R$) MÊS ATUAL N° FUNC AV% REAL AV% ORÇADO AV% VAR. R/O REAL 256 100% Administrativo 10 4% 123 3% 100 4% 23,0% 620 3% Comercial 21 8% 239 6% 270 10% -11,5% 1.814 9% Controladoria 13 5% 68 2% 100 4% -32,2% 570 3% Inteligência 20 8% 307 7% 270 10% 13,6% 1.518 Logistica 16 6% 259 6% 230 8% 12,6% 1.395 P&D 52 20% 1.039 25% 870 31% 19,4% 5.450 Produção 124 48% 2.105 51% 1.000 35% 110,5% 8.000 REAL 2.840 100% AV% ORÇADO AV% VAR. R/O HORAS EXTRAS HORAS EXTRAS N° FUNC AV% 4.140 100% ACUMULADO ANO AV% ORÇADO 761 100% 45,8% 19.367 100% AV% VAR. R/O REAL 499 100% 45,8% 17.040 100% 600 13,7% 4% 3,3% 1.620 10% 12,0% 600 4% -5,0% 8% 1.620 10% -6,3% 7% 1.380 8% 1,1% 28% 5.220 31% 4,4% 41% 6.000 35% 33,3% AV% ORÇADO AV% VAR. R/O HORAS EXTRAS 256 100% Administrativo 10 4% 36 5% 29 6% 23,0% 3.464 100% 183 5% 2.994 100% 174 6% 13,7% 3,3% Comercial 21 8% 37 5% 42 8% -11,5% 282 8% 252 8% 12,0% Controladoria 13 5% 10 1% 15 3% -32,2% 86 2% 90 3% -5,0% Inteligência 20 8% 48 6% 41 8% 13,6% 231 7% 246 8% -6,3% Logistica 16 6% 46 6% 41 8% 12,6% 249 7% 246 8% 1,1% P&D 52 20% 147 19% 123 25% 19,4% 770 22% 738 25% 4,4% Produção 124 48% 437 57% 208 42% 110,5% 1.664 48% 1.248 42% 33,3% Fonte: Elaborado Pela Autora O relatório gerencial de horas extras, nos trás as variações em reais (R$) e também em horas (HS), para que se possa fazer uma melhor análise. Conforme comparação entre realizado e orçado do mês, o que nos prende a atenção é o aumento das horas extras realizadas nos setores administrativo, produção, e P & D. Dentre os outros setores, estes foram os que mais ultrapassaram a meta estipulada pela empresa, que no mês atinge um índice de 45,8% maior do que o orçado, e na média anual chega a 13,7% superior a meta. Destacando que estes números vêm crescendo ao longo dos meses, conforme gráfico a seguir. Gráfico 5: Horas Extras em Reais (R$) Mensal Real x Orçado 51 4.500 4.000 3.500 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 0 Real Orçado Jan Ano 2010 (Média) Fev Ano 2009 (Média) Mar Abr Realizado 2010 Mai Jun Orçado 2010 Fonte: Elaborado Pela Autora Tomada de Decisões Através das análises realizadas com os relatórios e gráficos elaborados, chega-se a conclusão de que o custo da folha de pagamento vem aumentando mês a mês, e que os responsáveis por este aumento, são os números de faltas observadas. Analisa-se o gráfico a seguir. Gráfico 6: Comparação do Aumento das Horas Faltas (R$) e Horas Extras (R$) 4.500 4.000 3.500 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 Jan Fev Mar HORAS FALTAS (R$) Abr Mai Jun HORAS EXTRAS (R$) Fonte: Elaborado Pela Autora Percebe-se que onde houve os maiores números de faltas, houve também o maior número de horas extras, ou seja, para tentar alcançar os números de produção orçados, os funcionários dos setores de produção e P & D precisaram 52 fazer mais horas extras para recuperar a produção perdida pelas faltas dos demais. Desta forma ocasionando o aumento no custo da folha de pagamento. Ações O número de faltas precisa ser reduzido para que não haja mais horas extras por este motivo. Percebe-se que o número de funcionários faltantes é em grande maioria dos colaboradores que recebem os menores salários, ex: as costureiras foram as que mais faltaram no setor de produção. Desta maneira conclui-se que precisam ser elaborados, prêmios incentivos, para os funcionários que não faltarem, ou algo que mecha com a motivação e qualidade de vida do trabalhador. Assim acredita-se que ele evitará faltas desnecessárias e produzira mais e melhor se estiver motivado. 3.3.2.5 Rotatividade Passa-se a analisar a seguir as tabelas gerenciais de rotatividade da empresa, esta merece uma cuidadosa análise, pois sabe-se que a saída de funcionários na empresa além de gerar desembolso antecipado de salários, férias e décimo terceiro salário, ainda traz complicações para a produção se não houver contratação de um novo profissional, que saiba executar o cargo proposto. 53 Tabela 6: Análise de Rotatividade Por Cargos JUNHO DE 2010 INDICADOR FUNC. INICIO PERÍODO ROTATIVIDADE TOTAL 256 ROTATIVIDADE SETORES FUNC. INICIO PERÍODO ADMIT DEMIT FUNC. FINAL PERÍODO 12 12 256 ADMIT DEMIT FUNC. FINAL PERÍODO Setor Administrativo 10 1 1 10 Servente de Zeladoria 3 1 1 3 ADMIT DEMIT FUNC. FINAL PERÍODO ROTATIVIDADE SETORES FUNC. INICIO PERÍODO Setor Comercial 21 1 1 21 Assistente Comercial Junior 6 1 1 6 ROTATIVIDADE SETORES FUNC. INICIO PERÍODO Setor Controladoria ADMIT DEMIT FUNC. FINAL PERÍODO 13 0 0 13 0 0 0 0 ADMIT DEMIT FUNC. FINAL PERÍODO ROTATIVIDADE SETORES FUNC. INICIO PERÍODO Setor Inteligência 19 2 1 20 Assistente de TI 1 1 1 1 Assistente de RH 1 1 0 2 ROTATIVIDADE SETORES FUNC. INICIO PERÍODO ADMIT DEMIT FUNC. FINAL PERÍODO Setor Logística 17 1 2 16 Assistente de Almoxarifado 9 1 2 8 ADMIT DEMIT FUNC. FINAL PERÍODO ROTATIVIDADE SETORES FUNC. INICIO PERÍODO Setor P & D 52 3 3 52 Costureira 17 1 1 17 Operador de Produção 4 1 1 4 Passadeira 2 1 1 2 ADMIT DEMIT FUNC. FINAL PERÍODO ROTATIVIDADE SETORES FUNC. INICIO PERÍODO Setor Produção 124 4 4 124 Costureira 16 3 3 16 Passadeira 4 1 1 4 MOTIVO DA RESCISÃO N° FUNCIONÁRIOS MOTIVO RESCISÃO N° FUNCIONÁRIOS PEDIDO DE DEMISSÃO 9 DEMITIDOS 3 Assistente de Almoxarifado 1 Assistente Comercial 1 Costureira 4 Assistente de T.I 1 Operador de Produção 1 Assistente de Almox. 1 Passadeira 2 Servente de Zeladoria 1 Fonte: Elaborado Pela Autora A tabela acima foi criada com o intuito de trazer aos gestores a informação do número de funcionários demitidos e admitidos no mês por cargos. Trás ainda o motivo da demissão de cada cargo, se este foi por pedido do funcionário, ou por 54 vontade da empresa, desta forma consegue-se saber, quais colaboradores estão menos satisfeitos com a empresa. Tabela 7: Análise de Rotatividade Por Setores JUNHO DE 2010 MÊS ATUAL ROTATIVIDADE N° FUNC AV% DEMISSÕES 256 100% 10 4% Administrativo REAL AV% ORÇADO 12 100% 1 8% ACUMULADO ANO AV% VAR. R/O 10 100% 20,0% REAL 71 100% AV% 1 10% 0,0% 4 6% ORÇADO AV% VAR. R/O 60 100% 6 10% 18,3% -33,3% Comercial 21 8% 1 8% 1 10% 0,0% 3 4% 6 10% -50,0% Controladoria 13 5% 0 0% 1 10% -100,0% 1 1% 6 10% -83,3% Inteligência 20 8% 1 8% 1 10% 0,0% 3 4% 6 10% -50,0% Logística 16 6% 2 17% 1 10% 100,0% 4 6% 6 10% -33,3% P&D 52 20% 3 25% 2 20% 50,0% 22 31% 12 20% 83,3% 124 48% 4 33% 3 30% 33,3% 34 48% 18 30% 88,9% AV% ORÇADO AV% VAR. R/O Produção ROTATIVIDADE N° FUNC AV% ADMISSÕES REAL 12 100% REAL AV% ORÇADO AV% VAR. R/O 256 100% 10 100% 20,0% 71 100% Administrativo 10 4% 1 8% 1 10% 0,0% 4 6% 60 100% 6 10% -33,3% 18,3% Comercial 21 8% 1 8% 1 10% 0,0% 3 4% 6 10% -50,0% Controladoria 13 5% 0 0% 1 10% -100,0% 1 1% 6 10% -83,3% Inteligência 20 8% 2 17% 1 10% 100,0% 3 4% 6 10% -50,0% Logística 16 6% 1 8% 1 10% 0,0% 4 6% 6 10% -33,3% P&D Produção 52 20% 3 25% 2 20% 50,0% 22 31% 12 20% 83,3% 124 48% 4 33% 3 30% 33,3% 34 48% 18 30% 88,9% Fonte: Elaborado Pela Autora A tabela 7 nos mostra uma comparação, entre a rotatividade realizada e orçada pela empresa por setores, desta forma consegue-se observar os que ultrapassaram a meta da empresa e buscar melhorias para que a rotatividade diminua. Além da rotatividade do mês, consegue-se ainda observar a acumulada no ano. Neste caso pode-se perceber, que nestes períodos, os únicos setores que ultrapassaram a meta da empresa, foram os de P & D, e o de produção. Com o gráfico a seguir, percebe-se ainda que em todos os meses do ano a rotatividade se manteve acima do orçado. 55 Gráfico 7: Rotatividade Mensal Real x Orçado 14 12 10 8 6 4 2 Real Orçado Jan Ano 2010 (Média) Fev Mar Ano 2009 (Média) Abr Realizado 2010 Mai Jun Orçado 2010 Fonte: Elaborado Pela Autora 3.3.2.6 Cursos e Treinamentos, Produtividade e Qualidade Nesta parte do relatório, será demonstrada a análise de resultados de três indicadores, os cursos e treinamentos, a produtividade e a qualidade das peças. Começa-se com a análise da tabela gerencial a seguir. Tabela 8: Análise de Resultados Por Indicadores JUNHO DE 2010 SETORES CURSOS E TREINAMENTOS (R$) MÊS ATUAL N° FUNC AV% 256 100% REAL ACUMULADO ANO AV% ORÇADO AV% VAR. R/O 2.650 100% Administrativo 10 4% 100 Comercial 21 8% 400 15% 4% 2.050 100% 100 29,3% 5% 0,0% 300 15% 33,3% REAL AV% 13.500 100% 600 4% 2.100 16% ORÇADO AV% VAR. R/O 12.300 100% 600 9,8% 5% 0,0% 1.800 15% 16,7% Controladoria 13 5% 200 8% 200 10% 0,0% 1.200 9% 1.200 10% 0,0% Inteligência 20 8% 200 8% 200 10% 0,0% 1.200 9% 1.200 10% 0,0% 1.200 Logística 16 6% 200 8% 200 10% 0,0% 9% 1.200 10% 0,0% P&D 52 20% 650 25% 450 22% 44,4% 3.000 22% 2.700 22% 11,1% Produção 124 48% 900 34% 600 29% 50,0% 4.200 31% 3.600 29% 16,7% PRODUTIVIDADE (QTD) 197 100% 240.000 100% 242.000 100% -0,8% 1.438.000 100% 1.452.000 100% -1,0% Comercial (vendas) 21 11% 118.000 49% 119.000 49% -0,8% 707.000 49% 714.000 49% -1,0% P&D 52 26% Produção 124 63% 3.000 1% 119.000 50% 3.000 1% 0,0% 120.000 50% -0,8% 2,9% 18.000 1% 18.000 1% 0,0% 713.000 50% 720.000 50% -1,0% 3.048 100% 2.040 100% UNIDADES PRODUZIDAS (QTD) QUALIDADE: PEÇAS FALHAS P&D Produção 122.000 100% 3.000 2% 119.000 98% Fonte: Elaborado Pela Autora 350 100% 30 9% 320 91% 340 100% 30 9% 0% 310 91% 3,2% 225 7% 2.823 93% 180 49,4% 9% 25,0% 1.860 91% 51,8% 56 Nesta primeira análise, temos os indicadores de cursos e treinamentos, produtividade, e qualidade: peças falhas, juntos no relatório gerencial, conforme os demais vistos até o momento, este também nos traz o comparativo entre real e orçado e acumulado no ano. Através dos gráficos a seguir passa-se a observar cada indicador, no decorrer dos meses e a ligação que um tem com o outro. Gráfico 8: Cursos e Treinamentos Mensal Real x Orçado 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 Real Orçado Jan Ano 2010 (Média) Fev Ano 2009 (Média) Mar Abr Realizado 2010 Mai Jun Orçado 2010 Fonte: Elaborado Pela Autora Gráfico 9: Qualidade: Peças Falhas Mensal Real x Orçado 700 600 500 400 300 200 100 Real Orçado Jan Ano 2010 (Média) Fonte: Elaborado Pela Autora Fev Ano 2009 (Média) Mar Abr Realizado 2010 Mai Orçado 2010 Jun 57 Os cursos e treinamentos realizados na empresa têm uma finalidade para cada setor. Observa-se na tabela gerencial que os que ultrapassaram o orçamento da empresa foram os setores comercial, P & D e produção, tanto no mês como no acumulado do ano. Nos setores de P & D e produção a finalidade dos cursos e treinamentos é diminuir a quantidade de peças falhas. Ao observar o gráfico 8, vê-se que a partir do mês de abril a empresa passou a investir mais em cursos e treinamentos, e o observando o gráfico 9, também se percebe que o índice de peças falhas começou a diminuir no mês de abril, sendo que no mês de junho quase alcança-se a meta. Gráfico 10: Variação Mensal Entre Cursos e Treinamentos e Peças Falhas 3.500 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 Jan Fev Mar QUALIDADE: PEÇAS FALHAS Abr Mai Jun CURSOS E TREINAMENTOS Fonte: Elaborado Pela Autora Acima se verifica a variação mensal entre os cursos e treinamentos e as peças falhas. Pode se perceber claramente que quanto mais a empresa investiu nestes indicadores, mais o número de peças com defeito diminuiu, fator este muito positivo para a organização e seus colaboradores. Passa-se agora a falar de produção, esta envolve os setores comerciais através das vendas, o setor de P & D através da criação do produto e desenvolvimento, e o setor de produção através da montagem, acabamento, expedição entre outros. Através do relatório gerencial percebe-se que os índices mensal e acumulado no ano, estão abaixo do esperado pela empresa, sendo que o setor de P 58 & D se mantém na meta, enquanto os setores comercial e produção alcançam índices negativos. Com o gráfico a seguir analisa-se a evolução mensal. Gráfico 11: Produção Mensal Real x Orçado 244.000 243.000 242.000 241.000 240.000 239.000 238.000 237.000 236.000 235.000 Real Orçado Jan Ano 2010 (Média) Fev Ano 2009 (Média) Mar Abr Realizado 2010 Mai Jun Orçado 2010 Fonte: Elaborado Pela Autora Observa-se aqui, uma variação muito diferente de um mês para o outro, mostrando mais uma vez que a meta da empresa não foi alcançada em nenhum mês do ano. Até o presente momento a produção ainda não obteve o índice orçado. Tomada de Decisões Através das análises realizadas com os relatórios e gráficos elaborados, chega-se a conclusão de que o índice de rotatividade sempre se manteve acima do orçado pela empresa, ou seja, a cada mês há um desembolso antecipado de salários, férias e horas extras. E ainda, a empresa tem que ir a busca de novos profissionais para suprir a ausência dos que deixam a empresa. Em relação aos cursos e treinamentos observou-se um aumento nos últimos meses do semestre em relação ao orçado, porém este aumento possibilitou que o número de peças falhas diminuísse consideravelmente quase alcançando a meta. 59 A produção manteve índice negativo em todos os meses do semestre, sendo que a empresa possui funcionários suficientes para que a meta seja alcançada. Ações Necessita-se reduzir o número de demissões, para evitar a rotatividade, como os números mais altos da rotatividade são por própria vontade do trabalhador, precisa-se saber os motivos destes estarem abandonando a empresa, neste caso a empresa precisa fazer uma pesquisa de satisfação com todos os funcionários presentes na empresa, e também no momento da rescisão, para assim saber onde deve buscar as melhorias. Em relação aos cursos e treinamentos, a empresa precisa rever seu orçamento nos setores de P & D e produção, pois com o aumento destes em relação ao orçado, teve-se o equilíbrio das peças falhas, ou seja, o dinheiro investido em cursos e treinamentos esta dando bons resultados. Para buscar melhorias no setor de produção, precisa-se analisar a pesquisa de satisfação, pois como a empresa possui funcionários suficientes para alcançar a meta acredita-se que o problema encontra-se na motivação e qualidade de vida dos funcionários. 3.3.2.7 Pesquisa de Satisfação Conforme dados das últimas análises realizadas, percebe-se que os funcionários da empresa estão descontentes. O que nos leva a chegar a está conclusão foram os números elevados das faltas injustificadas, da rotatividade acima da média, e dos baixos números de produção. Desta forma sente-se a necessidade de avaliar uma pesquisa de satisfação, para que se encontre o motivo deste descontentamento e que se possa buscar as soluções cabíveis. Logo abaixo, passa-se a analisar o resultado da pesquisa de satisfação realizada no mês de junho, para análise do primeiro semestre de 2010. 60 Tabela 9: Insatisfação dos Funcionários Quanto a Motivação e Qualidade de Vida no Trabalho JUNHO DE 2010 PRIMEIRO SEMESTRE 2010 N° FUNC AV% MOTIVAÇÃO NO TRABALHO 256 100% 37% Administrativo 10 4% 3% Comercial 21 8% Controladoria 13 Inteligência INSATISFAÇÃO REAL AV% ORÇADO AV% VAR. R/O 100% 15% 100% 146,7% 8% 2% 13% 50,0% 3% 8% 2% 13% 50,0% 5% 1% 3% 1% 7% 0,0% 20 8% 1% 3% 1% 7% 0,0% Logística 16 6% 1% 3% 1% 7% 0,0% P&D 52 20% 8% 22% 3% 20% 166,7% Produção 124 48% 20% 54% 5% 33% 300,0% PRIMEIRO SEMESTRE 2010 N° FUNC AV% QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO 256 100% 31% Administrativo 10 4% 3% 10% 2% 13% 0,0% Comercial 21 8% 3% 10% 2% 13% 50,0% Controladoria 13 5% 1% 3% 1% 7% 0,0% Inteligência 20 8% 1% 3% 1% 7% 0,0% Logística 16 6% 2% 6% 1% 7% 100,0% P&D 52 20% 7% 23% 3% 20% 133,3% Produção 124 48% 14% 45% 5% 33% 180,0% INSATISFAÇÃO REAL AV% ORÇADO AV% VAR. R/O 100% 15% 100% 106,7% Fonte: Elaborado Pela Autora Conforme tabela acima, percebe-se um nível de insatisfação dos funcionários em relação à motivação e qualidade de vida no trabalho no tocante, o setor de P & D e produção em relação à meta proposta. Para identificar quais os motivos que levaram a insatisfação dos colaboradores, passa-se a analisar o questionário aplicado a todos os funcionários de todos os setores da empresa. 61 Pergunta 1: De maneira geral, como você avalia sua motivação no trabalho? Gráfico 12 Fonte: Elaborado Pela Autora Pergunta 2: De maneira geral, como você avalia sua qualidade de vida no trabalho? Gráfico 13 Fonte: Elaborado Pela Autora Os gráficos 12 e 13, são elaborados justamente para identificar como esta à satisfação dos colaboradores em relação à meta proposta pela empresa. Percebese em ambos os casos a insatisfação dos mesmos, já que apenas 13% destes se sentem motivados no trabalho, e 22% dizem ter qualidade de vida no trabalho. Busca-se então descobrir quais fatores levaram a baixa média de satisfação. 62 Pergunta 3: Como você avalia as condições físicas do seu local de trabalho? Gráfico 14 CONDIÇÕES FISICAS DO LOCAL DE TRABALHO 9% 11% OTIMO 27% BOM REGULAR RUIM 53% Fonte: Elaborado Pela Autora No gráfico 14 onde se analisa as condições físicas do local de trabalho, proporcionada pela empresa aos seus profissionais para uma melhor execução de seus trabalhos, percebe-se a satisfação dos funcionários já que apenas 9% a consideram ruim. Pergunta 4: Você sente a necessidade de ter um plano de saúde em parceria com a empresa? Gráfico 15 NECESSIDADE DE PLANO DE SAÚDE 4% SIM NÃO 96% Fonte: Elaborado Pela Autora Quanto à parceria da empresa com o empregado para a obtenção de um plano de saúde, percebe-se em unanimidade que os funcionários estão 63 descontentes, pois 96% dos colaboradores sentem a falta de um plano com assistência médica e odontológica. Pergunta 5: Se houvesse prêmios incentivos fornecidos pela empresa para aqueles setores que alcançam suas metas, você acredita que se sentiria motivado a produzir mais? Gráfico 16 MOTIVAÇÃO COM PRÊMIOS INCENTIVOS 2% SIM NÃO AS VEZES 98% Fonte: Elaborado Pela Autora No que se refere à implantação de prêmios incentivos para aumentar a produção, praticamente todos os funcionários sentem a necessidade deste fator motivacional. Pergunta 6: Se houvesse prêmios incentivos dados pela empresa para aqueles funcionários que não tivessem faltas, você acredita que deixaria de faltar para receber o prêmio? 64 Gráfico 17 VOCÊ DEIXARIA DE FALTAR SE RECEBESSE PRÊMIOS INCENTIVOS 0% SIM NÃO AS VEZES 100% Fonte: Elaborado Pela Autora Com relação ao prêmio incentivo para redução de faltas, 100% dos funcionários responderam que deixariam de faltar, se houvesse um fator motivacional que os impulsionassem a trabalhar. Pergunta 7: Você esta satisfeito com a sua remuneração? Gráfico 18 VOCÊ ESTÁ SATISFEITO COM A SUA REMUNERAÇÃO? 27% SIM NÃO 73% Fonte: Elaborado Pela Autora Sobre a questão remuneração os funcionários estão em grande maioria satisfeitos, conforme índice positivo. 65 Pergunta 8: Como você avalia as atividades sociais e esportivas dentro e fora do ambiente de trabalho? Gráfico 19 AVALIAÇÃO DE ATIVIDADES SOCIAIS E ESPORTIVAS 4% 9% 13% OTIMO BOM REGULAR RUIM 74% Fonte: Elaborado Pela Autora Tratando-se da integração dos funcionários com as atividades sociais e esportivas, percebe-se um grande grau de insatisfação, sendo observado que a empresa não estimula a prática de esportes, ou alguma atividade que aproxime mais seus funcionários, deixando de possibilitar uma maior integração entre os mesmos, podendo prejudicar também o trabalho em equipe. Pergunta 9: Como você analisa a oportunidade de crescimento profissional dentro da empresa? Gráfico: 20 OPORTUNIDADE DE CRESCIMENTO PROFISSIONAL 4% 13% OTIMO BOM REGULAR 61% Fonte: Elaborado Pela Autora 22% RUIM 66 Quanto a oportunidade de crescimento profissional, grande maioria dos funcionários encontram-se insatisfeitos, índice muito ruim para a empresa, pois este é um dos fatores que mais geram a desmotivação nas pessoas, sendo que elas se identificam com o trabalho, gostam do que fazem, mas se não possuem oportunidade de crescimento profissional, falta de perspectiva dentro da empresa acabam desmotivadas. Tomada de Decisões Ao analisar os resultados da pesquisa de satisfação realizada na empresa, chega-se a conclusão de que os funcionários estão satisfeitos com seus salários e com o ambiente físico de trabalho, porém quando se trata dos fatores de qualidade de vida no trabalho, como os planos de saúde e as atividades esportivas e sociais de dentro e fora da empresa, os funcionários estão insatisfeitos. Quando fala-se de prêmios incentivos, para alcance de metas e para quem não obter faltas, os funcionários também sentem uma carência por parte da empresa, ou seja os mesmos não se sentem motivados, e estão infelizes também com a falta de oportunidades dentro da empresa. De forma geral os colaboradores estão desmotivados. Aqui chega-se a conclusão do porquê dos índices negativos de faltas injustificadas, de rotatividade e baixa na produção, o que está gerando todos esses fatores negativos para a empresa é a falta de motivação e falta de qualidade de vida em alguns fatores. Ações Incentivar a prática de esportes e lazer depois do horário de trabalho, já que durante o expediente não é possível. Procurar fazer convênios com médicos e dentistas para que os colaboradores tenham uma melhor qualidade de vida. 67 Criar prêmios incentivos para quem não possuir faltas e também para quem alcançar as metas estipuladas pela empresa, desta forma reduzira as faltas, a rotatividade e conseqüentemente os excessos de horas extras que hoje existem. E por fim na contratação de um funcionário para um novo cargo fazer primeiramente uma seleção interna, para que desta maneira os funcionários trabalhem com uma perspectiva de crescimento e almejem sempre melhores cargos e salários dentro da empresa. Desta forma empregado e empregador saem ganhando, o empregado recupera sua motivação e trabalha em busca de alcançar as metas da empresa, e o empregador finalmente alcançará seus resultados orçados. 68 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS A controladoria ao longo dos anos tornou-se um dos processos de destaque nas empresas. O controller é o profissional que auxiliará nos encaminhamentos gerenciais dentro da empresa, pois é ele que obtém as informações para melhorar e dar suporte as mudanças necessárias para o sucesso da empresa. A controladoria possui usuários externos, sendo esses os bancos, fornecedores, investidores dentre outros que buscam saber da solidez da empresa, e os usuários internos, como os funcionários, alta administração e todos os setores da organização. Dentre esses, encontram-se o setor de recursos humanos que necessita do suporte da controladoria para gerenciar adequadamente seu pessoal. Numa sociedade em que as empresas buscam vencer a concorrência, estas precisam se modernizar e encontrar maneiras de gerir pessoas com qualidade e conseqüentemente conseguir fazê-las colaborar no crescimento da organização a qual prestam serviços. A empresa que investe em seus funcionários investe também em si mesma. Atualmente a organização que não visa o investimento ou ainda não se preocupa com a qualidade de vida de seus funcionários, faz com esses trabalhem desmotivados, tendo assim prejuízos com faltas injustificadas, ou colaboradores doentes e essas dificuldades impactam no financeiro da instituição. Analisar as razões que acarretaram não alcançar os valores orçados pela empresa, e definir estratégias para a solução imediata, pode-se configurar como uma vantagem competitiva, desde que adequadamente aplicada. A configuração de um relatório gerencial para qualquer empresa auxilia na contenção destes gastos e cria maneiras de solucionar os problemas existentes. Ao caracterizar a empresa objeto de estudo, pode-se perceber que está possui uma estrutura organizacional bem elaborada, e uma visão estratégica de negócios com muitas perspectivas. Também, tem uma característica inovadora e possui uma gestão moderna. O setor de controladoria e de recursos humanos são dotados de missão, visão e valores. Assim sendo, acredita-se que a configuração de relatório gerencial elaborada para a área de recursos humanos poderá ser utilizada pela empresa, já que esta possui uma visão estratégica. É visto que esta é apenas 69 uma proposta, ou seja, não é definitiva, e deverá ser adaptada conforme a necessidade da empresa. Deixa-se claro que a essência da configuração deste relatório não se aplica somente à indústria do vestuário objeto deste estudo, mas sim, para todas as demais empresas que almejarem gerir seus recursos humanos, buscando melhores resultados. 70 REFERÊNCIAS ALMEIDA, L. B.; PARISI, C. & PEREIRA, C. A. Controladoria. In. Catelli, Armando (Cordenador). Controladoria: uma abordagem da gestão econômica - GECON. São Paulo: Atlas, 1999. BATMAN, Thomas S. Administração: construindo vantagem competitiva. São Paulo: Atlas, 1998. BEUREN, I.M. O papel da controladoria no processo de gestão. In: SCHMIDT, Paulo (Org.) Controladoria: agregando valor para a empresa. Porto Alegre: Bookman, 2002. 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Ele é formado em Pedagogia. Ele é gerente do B.I(Business Intelligence), o qual abrange as áreas: RH, Qualidade, Processos, T.I(Tecnologia da Informação). 3. Dados Gerenciais 3.1 A empresa elabora algum tipo de orçamento econômico de todas as despesas do setor de Recursos Humanos? Sim. Trabalhamos com controle de Centro de Custo, então todas as despesas pertinentes a folha de pagamento bem como seus impostos são lançados separadamente em cada centro de custo no sistema da folha e também no sistema financeiro para análise da Controladoria em seu orçamento. 3.2 Quais as informações gerenciais elaboradas pelo setor de Recursos Humanos da empresa? Comente. *Rotatividade; *Absenteísmo; *Quadro de entrevista de desligamento; *Avaliação de desempenho ao final da experiência. 3.3 Existe algum tipo de relatório elaborado pelo setor de RH para os gerentes de cada setor, para que os mesmos saibam como está sua equipe em relação às outras? Sim, relatório de: *Rotatividade; *Absenteísmo; *Quadro de entrevista de desligamento; *Avaliação de desempenho ao final da experiência. 3.4 Este relatório é encaminhado também para a Diretoria? 77 Sim. Apresentado nas reuniões que participam os gerentes junto aos diretores. 3.5 São feitas reuniões mensais com o Diretoria e os gerentes de cada setor para avaliação e cobrança de resultados? Sim. 4. Comunicação Entre Empresa e Funcionários 4.1 A Empresa adota práticas para definir, distribuir e avaliar suas estratégias de negócio? Sim. É realizado um planejamento estratégico. E o mesmo é acompanhado e cobrado por cada gerente. 4.2 Há comunicação da estratégia da empresa aos empregados? De que forma? Sim. É comunicado nos murais de cada setor a missão e a visão da empresa. 4.3 Existe um programa para promover a comunicação dos empregados com a empresa? Comente. Será iniciado um programa de ouvidoria, onde serão espalhados pela empresa caixas de sugestões; temos também os murais e emails que são enviados ao grupo.