SIMPÓSIO ESTADUAL DE ENSINO RELIGIOSO Curitiba/2006 RESPEITO À DIVERSIDADE RELIGIOSA Barbara Raquel do Prado Gimenez Corrêa [email protected] SAGRADO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES PAISAGEM RELIGIOSA SÍMBOLO TEXTO SAGRADO CONTEÚDOS ESPECÍFICOS 5ª Série: Respeito à Diversidade Religiosa Lugares Sagrados Textos Orais e Escritos - Sagrados Organizações Religiosas 6ª Série: Universo Simbólico Religioso Ritos Festas Religiosas Vida e Morte RESPEITO À DIVERSIDADE RELIGIOSA • DIRETRIZES – Instrumentos Legais que visam assegurar a liberdade religiosa: » Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira: respeito à liberdade religiosa. » Direito de professar a fé e liberdade de opinião e expressão. » Direitos Humanos e sua vinculação com o Sagrado. DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS Art. 18 Toda pessoa tem o direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular. CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA Art. 5º É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma de lei, a proteção aos locais de culto e suas liturgias. PROGRAMA NACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS Proposta 110 Prevenir e combater a intolerância religiosa, inclusive no que diz respeito a religiões minoritárias e a cultos afro-brasileiros. PROGRAMA NACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS Proposta 113 Incentivar o diálogo entre movimentos religiosos sob o prisma da construção de uma sociedade pluralista com base no reconhecimento e no respeito às diferenças de crença e culto. ONU – 2000 ENCONTRO DA CÚPULA MUNDIAL DE LÍDERES RELIGIOSOS E ESPIRITUAIS PELA PAZ MUNDIAL COMPROMISSO COM A PAZ GLOBAL ONU – 2000 As religiões têm contribuído para a Paz no mundo, mas também têm sido usadas Para criar divisão e alimentar hostilidades. O nosso mundo está assolado pela violência, guerra e destruição, por vezes perpetradas em nome da religião. ONU – 2000 Não haverá Paz verdadeira até Que todos os grupos e comunidades reconheçam a diversidade de culturas e religiões da família humana, dentro de um espírito de respeito mútuo e compreensão. ONU – 2000 COMPROMISSO Condenar toda violência cometida em nome da religião, buscando remover as raízes da violência. Apelar a todas comunidades e grupos étnicos e nacionais a respeitarem o direito à liberdade religiosa, procurando a reconciliação, e a se engajarem no perdão e no auxílio mútuos. Despertar em todos o senso de responsabilidade, compartilhada entre todos e o reconhecimento de que todos seres humanos – independentemente de religião, raça, sexo e origem étnica – têm direito à educação, à saúde e à oportunidade de obter uma subsistência segura e sustentável. SUJEITO INDIVÍDUO HOMEM RESPEITO À DIVERSIDADE RELIGIOSA CULTURA “CULTURA: é uma lente através da qual o homem vê o mundo.” Ruth Benedict TENSÃO PRECONCEITO: “A formação do preconceito, além de conter em si a necessidade de tornar-se distinto do outro e de servir de âncora para a violência, parece, preferencialmente, ocorrer em tenra infância em famílias com condutas disciplinares rígidas, uma herança da “personalidade autoritária”. Quando criança, o sujeito com este tipo de personalidade era inseguro, dependente, medroso e inconsciente hostil com relação aos pais. Quando adulto, possui uma grande raiva reprimida – devido a sua insegurança básica – manifestada no deslocamento agressivo contra grupos minoritários e/ou pouco poderosos.” Tânia Baibich 2002 1º - Toda criança, sem exceção, sem distinção ou discriminação de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento ou qualquer outra condição, quer sua ou de sua família, terão os direitos abaixo assegurados 2º - A criança gozará proteção especial e deverá ser feito tudo o que for possível para que seu desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social seja atingido de forma sadia e normal e em condições de liberdade e dignidade 3º - Desde o nascimento, toda criança terá direito a um nome e a uma nacionalidade 4º - Toda criança tem direito a crescer e criar-se com saúde, com acesso a alimentação, habitação, recreação e assistência médica adequadas 5º - À criança incapacitada física, mental ou socialmente serão proporcionados o tratamento, a educação e os cuidados especiais a que necessita 6º - Para o desenvolvimento completo e harmonioso de sua personalidade, a criança precisa de amor e compreensão 7º - A criança terá direito a receber educação, que será gratuita pelo menos no grau primário. E também a oportunidade de brincar e divertir-se 8º - A criança estará sempre entre os primeiros a receber proteção e socorro 9º - A criança não pode trabalhar antes de completar 16 anos e não pode ser explorada 10º - A criança tem proteção total contra atos que possam suscitar discriminação racial, religiosa ou de qualquer outra natureza DIVISÃO DOS GRUPOS – Escolher 5 tradições para leitura e discussão. – Qual a principal idéia que cada tradição religiosa traz sobre a diversidade. – Escolher a que mais representa a discussão do grupo. – Qual a opinião do grupo sobre a diversidade religiosa (a exemplo do que as tradições expressaram na Cartilha). Plenária PROFESSORES APAIXONADOS Autor do Texto: Gabriel Perissé Professores e professoras apaixonadas acordam cedo e dormem tarde, movidos pela idéia fixa de que podem mover o mundo. Apaixonados, esquecem a hora do almoço e do jantar: estão preocupados com as múltiplas fomes que, de múltiplas formas, debilitam as inteligências. As professoras apaixonadas descobriram que há homens no magistério igualmente apaixonados pela arte de ensinar, que é a arte de dar contexto a todos os textos. Não há pretextos que justifiquem, para os professores apaixonados, um grau a menos de paixão, e não vai nisso nem um pouco de romantismo barato. Apaixonar-se sai caro! Os professores apaixonados, com ou sem carro, buzinam o silêncio comodista, dão carona para os alunos que moram mais longe do conhecimento, saem cantando o pneu da alegria. Se estão apaixonados, e estão, fazem da sala de aula um espaço de cânticos, de ênfases, de sínteses que demonstram, pela via do contraste, o absurdo que é viver sem paixão, ensinar sem paixão. Dá pena, dá compaixão ver o professor desapaixonado, sonhando acordado com a aposentadoria, contando nos dedos os dias que faltam para as suas férias, catando no calendário os próximos feriados. Os professores apaixonados muito bem sabem das dificuldades, do desrespeito, das injustiças, até mesmo dos horrores que há na profissão. Mas o professor apaixonado não deixa de professar, e seu protesto é continuar amando apaixonadamente. Continuar amando é não perder a fé, palavra pequena que não se dilui no café ralo, não foge pelo ralo, não se apaga como um traço de giz no quadro. Ter fé impede que o medo esmague o amor, que as alienações antigas e novas substituam a lúcida esperança. Dar aula não é contar piada, mas quem dá aula sem humor não está com nada, ensinar é uma forma de oração. Não essa oração chacoalhar de palavras sem sentido, com voz melosa ou ríspida. Mera oração subordinada, e mais nada. Os professores apaixonados querem tudo. Querem multiplicar o tempo, somar esforços, dividir os problemas para solucioná-los. Querem analisar a química da realidade. Querem traçar o mapa de inusitados tesouros. Os olhos dos professores apaixonados brilham quando, no meio de uma explicação, percebem o sorriso do aluno que entendeu algo que ele mesmo, professor, não esperava explicar. A paixão é inexplicável, bem sei. Mas é também indisfarçável. Muito Obrigada !!! Barbara Raquel do Prado Gimenez Corrêa [email protected]