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Construção
definida
pela
natureza
linguística de sua composição [aspectos
lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações
lógicas, estilo].
Caracterizam-se mais como sequências
linguísticas
do
que
como
textos
materializados.
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TIPOS TEXTUAIS
EXPOSIÇÃO
INJUNÇÃO
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DESCRIÇÃO
EXPOSIÇÃO
EXPOSIÇÃO
ARGUMENTAÇÃO
INJUNÇÃO
EXPOSIÇÃO
EXPOSIÇÃO
Textos materializados em situações comunicativas
recorrentes.
Os gêneros textuais são os textos que encontramos
em nossa vida diária e que apresentam padrões
sociocomunicativos característicos definidos por
composições funcionais, objetivos e estilos.
Bilhete, bate-papo, e-mail, romance, capa de livro,
telefonema, cardápio, horóscopo, receita, bula....
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GÊNEROS TEXTUAIS
“Oriovaldo, tudo pode ser melhor e ficar ainda
mais quente. Me ligue o mais rápido possível.”
5544 3322 - Creuza
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GÊNERO E SUPORTE
“Oriovaldo, tudo pode ser melhor e ficar ainda
mais quente. Me ligue o mais rápido possível.”
5544 3322 - Creuza
“Oriovaldo, tudo pode ser
melhor e ficar ainda mais
quente. Me ligue o mais
rápido possível.”
5544 3322 - Creuza
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“Oriovaldo, tudo pode
ser melhor e ficar ainda
mais quente. Me ligue
o mais rápido possível.”
5544 3322 - Creuza
CRÔNICA
Prova Falsa
Quem teve a ideia foi o padrinho da caçula - ele me
conta. Trouxe o cachorro de presente e logo a família
inteira se apaixonou pelo bicho. Ele até que não é contra
isso de se ter um animalzinho em casa, desde que seja
obediente e com um mínimo de educação.
— Mas o cachorro era um chato — desabafou.
Desses cachorrinhos de raça, cheio de nhém-nhémnhém, que comem comidinha especial, precisam de muitos
cuidados, enfim, um chato de galocha. E, como se isto não
bastasse, implicava com o dono da casa.
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Stanislaw Ponte Preta
(Sérgio Porto)
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— Vivia de rabo abanando para todo mundo, mas,
quando eu entrava em casa, vinha logo com aquele latido
fininho e antipático de cachorro de francesa.
Ainda por cima era puxa-saco. Lembrava certos
políticos da oposição, que espinafram o ministro, mas
quando estão com o ministro ficam mais por baixo que
tapete de porão. Quando cruzavam num corredor ou
qualquer outra dependência da casa, o desgraçado rosnava
ameaçador, mas quando a patroa estava perto abanava o
rabinho, fingindo-se seu amigo.
— Quando eu reclamava, dizendo que o cachorro era
um cínico, minha mulher brigava comigo, dizendo que
nunca houve cachorro fingido e eu é que implicava com o
"pobrezinho".
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Num rápido balanço poderia assinalar: o cachorro
comeu oito meias suas, roeu a manga de um paletó de
casimira inglesa, rasgara diversos livros, não podia ver um
pé de sapato que arrastava para locais incríveis. A vida lá
em sua casa estava se tornando insuportável. Estava vendo
a hora em que se desquitava por causa daquele bicho
cretino. Tentou mandá-lo embora umas vinte vezes e era
uma choradeira das crianças e uma espinafração da
mulher.
— Você é um desalmado — disse ela, uma vez.
Venceu a guerra fria com o cachorro graças à má
educação do adversário. O cãozinho começou a fazer pipi
onde não devia. Várias vezes exemplado, prosseguiu no feio
vício. Fez diversas vezes no tapete da sala. Fez duas na
boneca da filha maior. Quatro ou cinco vezes fez nos
brinquedos da caçula. E tudo culminou com o pipi que fez
em cima do vestido novo de sua mulher.
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— Aí mandaram o cachorro embora? — perguntei.
— Mandaram. Mas eu fiz questão de dá-lo de presente
a um amigo que adora cachorros. Ele está levando um
vidão em sua nova residência.
— Ué... mas você não o detestava? Como é que arranjou
essa sopa pra ele?
— Problema da consciência — explicou: — O pipi não
era dele.
E suspirou cheio de remorso.
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EDITORIAL:
Ainda sob a comoção nacional pela morte de Hugo
Chávez, a Venezuela faz hoje a sua segunda eleição
presidencial em seis meses. O grande favorito é o chavista
Nicolás Maduro, que terá de lidar, no curto prazo, com graves
problemas econômicos.
O processo eleitoral foi um dos mais bizarros da história
latino-americana. Vítima de um câncer revelado em 2011,
Chávez ocultou detalhes de sua saúde e, gravemente enfermo,
reelegeu-se em outubro para novo mandato de seis anos.
Dois meses depois, Chávez anunciou a retomada do
tratamento em Cuba por tempo indeterminado e indicou seu
sucessor político, o vice-presidente Maduro. Em meio a grave
crise de desabastecimento de gêneros alimentícios, a
Venezuela se viu paralisada pela incerteza sobre a saúde do
caudilho.
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Decisão na Venezuela
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Sua morte, no mês passado, deu início a uma campanha
desequilibrada. O maior cabo eleitoral do governismo é o corpo
insepulto de Chávez. Em tom mistificador, o que incluiu comparar o
caudilho com Cristo, e com toda a máquina estatal trabalhando a
seu favor, Maduro conseguiu deixar em segundo plano os sérios
problemas do país -da violência urbana fora de controle às
recorrentes falhas no fornecimento de energia.
Hesitante no autoproclamado papel de apóstolo, Maduro
protagonizou momentos constrangedores: recuou do anúncio de
embalsamar o corpo de Chávez por falta de planejamento e acusou
os Estados Unidos de causar o câncer no comandante venezuelano.
A pantomina de nada servirá para resolver a inflação oficial,
acumulada em 25,2% nos últimos 12 meses, a crônica e crescente
falta de alimentos nos supermercados e a forte pressão para
desvalorizar a taxa de câmbio irrealista.
Na raiz de tudo está a falta de dinheiro no Tesouro, resultado do
gasto com nacionalizações sem critérios, dos programas sociais mal
administrados e da corrupção enraizada. Nos últimos quatro anos, o
desequilíbrio vinha sendo financiado por vultosos empréstimos
chineses, que chegam a pelo menos US$ 36 bilhões.
www.folhaonline.com.br/14.04.13
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Pequim, no entanto, está reticente em seguir
emprestando dinheiro. E o mercado internacional não dá
sinais de que possa vir um aumento vertiginoso no preço do
petróleo (na prática o único produto da economia
venezuelana) para sustentar a ciranda populista.
Mesmo acuado pela campanha agressiva, o oposicionista
Henrique Capriles tem conseguido tirar algo da vantagem
de Maduro nos últimos dias. Tudo indica que não será
suficiente para uma virada, mas pode cacifá-lo como
alternativa para o país no futuro -que será certamente
turbulento.
Quando vejo essa polêmica sobre os escândalos de pedofilia na
Igreja, uma das causas da renúncia de Bento 16, lembro-me de que, no
colégio de padres onde estudei, 'sexo' era a palavra evitada, mas que
estava em toda parte, como uma ameaça vermelha. O Diabo nos
espreitava detrás das estátuas de Santa Tereza em êxtase, nas coxas dos
anjinhos nus, nos seios fervorosos das beatas acendendo velas. Na
entrada dos alunos pela porta principal já havia um desfile de velada
pedofilia. O reitor se postava vestido em negra batina na porta do longo
corredor, imóvel em pose de manequim chique, enquanto duas filas de
alunos entravam beijando-lhe as mãos estendidas como oferendas de
santidade; até hoje me lembro do vago cheiro de sabonete e cuspe na
mão do reitor.
Entre professores e noviços, víamos muitos rostos angustiados,
berros severos e excessivos nas aulas; sentia-se no ar a exasperação da
sexualidade renegada. O desespero da castidade enlouquecia-os. As
mães dos alunos, lindas, com seus penteados e decotes imitando Jane
Russel ou Ava Gardner, faziam charme para os padres zonzos de
desejo. E eu me perguntava: "Meu Deus... por que padre não pode
casar?"
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ARTIGO DE OPINIÃO
Teologia da libertação sexual
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Dos púlpitos, os sermões nos ameaçavam ferozmente com o fogo
eterno, se nos masturbássemos ou, como diziam, se praticássemos o
"vício solitário". "Vocês quando pecam são iguais ao Hitler, pois
matam na solidão dos banheiros milhões de pessoas que poderiam
nascer!"
Ou seja, além de bobos e virgens, éramos genocidas em holocaustos
de banheiro, indo para o inferno onde queimaríamos por toda a
eternidade. A 'eternidade' era descrita assim: "Imaginem que o planeta
seja um grande diamante, o metal mais duro do universo. De cem em
cem anos, um passarinho vem voando e dá uma bicadinha na Terra. O
dia em que a Terra for toda esfarinhada pelas bicadinhas do pássaro,
nesse dia, acaba a eternidade". E eu sofria, me esvaindo nos banheiros,
pensando naquele passarinho que bicava o mundo, enquanto eu
acariciava o outro passarinho em humilhante solidão. O prazer era um
crime - tudo ficava manchado de culpa: a alegria era falta de seriedade,
a liberdade era um erro, as meninas eram seres inatingíveis. A
sexualidade esmagada virava uma máquina de perversões ou uma fonte
de sofrimentos para quem fazia votos de castidade. Hoje, que o mundo
virou uma incessante paisagem de bundas e seios nus, de pornografia
na publicidade e na mídia, fica cada vez mais absurdo esse imenso
exército de deprimidos lendo as Playboys no escuro dos conventos.
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No grande festival do conclave que elegeu o papa Francisco, a coisa
que mais me impressionou foi a semelhança entre os cardeais. Todos
pareciam a mesma pessoa, desfilando com suas batinas púrpura.
Impressionaram-me os rostos acabados, envelhecidos sob cabelos curtos
e brancos, os mesmos óculos, os mesmos passos trêmulos, as décadas de
abstinência sexual cavando em suas faces sulcos de tristeza, um vazio de
prazeres não vividos, um vazio de corpos não beijados.
Claro que o óbvio é sempre negado; se dissermos que a pedofilia é
fruto do celibato, as respostas serão adversativas, evasivas, afirmando
que os pedófilos já viriam 'prontos' antes da ordenação, que o
fenômeno é muito complexo, etc. e tal, mas, por minha experiência
pessoal, creio que a pedofilia era uma distorção vagamente tolerada
dentro da Igreja.
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No colégio onde eu estudava havia um padre que era popular entre os
alunos porque fazia mágicas com rara habilidade. Nos recreios, era cercado
por meninos vendo ovos saírem de suas orelhas, moedas tiradas da boca,
flores explodindo em buquês entre seus dedos magros e enrugados. Ele
tinha também um teatro de bonecos. Um dia levou-me até sua sala para me
mostrar marionetes novas. O padre parecia nervoso e começou a criticar
meu cabelo despenteado, eriçado. Pegou um pente, começou a me pentear
com mãos trêmulas e de repente me deu um beijo na boca. Fugi em pânico
até a saída onde meu pai me esperava no carro e, apavorado, não disse
nada. Só contei em confissão a um outro padre, que fingiu não entender
bem e senti que ele sabia do vício do colega; ele mudou de assunto como se
a pedofilia fosse um mal inevitável, para a manutenção do celibato. Falei a
um outro padre que me ouviu ceticamente e me acalmou, acariciando-me a
mão como se eu estivesse perturbado, imaginando absurdos. Comecei a
entender que, além do pecado e da virtude, havia um corporativismo
espiritual a defender práticas escusas. Já comentei aqui esse antigo assédio
e, no dia seguinte, muitos colegas do colégio me ligaram: "Ah... aposto que
foi o padre tal, não foi?" Todo mundo sabia desse e de outros casos, tudo
num silêncio deliberado. Percebo hoje que, não só entre os padres
obrigados a castidade havia essa compulsão; muitos colegas de classe já
partiam para uma saída homossexual aflita, torturada, entre as inúmeras
proibições e preconceitos.
26 de março de 2013 | Arnaldo Jabor - O Estado de S.Paulo
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Mas nem sempre foi assim. São Pedro era casado. Outros seis papas
tiveram mulher e filhos também. Até que, em 1073, o papa Gregório
VII proibiu o desejo sexual (literalmente), porque padres casados
tendiam a se distrair das tarefas religiosas (já imaginaram rezar a missa
depois de uma boa 'DR' com a mulher?). Pois é; mas o motivo
verdadeiro era impedir que viúvas e filhos herdassem bens dos
sacerdotes, que deviam ser repassados à Igreja.
Uma das grandes desvantagens da Igreja Católica, perante outras
religiões, é esse celibato implacável. Estão diminuindo muito as
vocações para seminaristas, que buscam a religião pela fome ou por um
lugar social. Rabinos casam, pastores protestantes casam, budistas "do
it", mesmo muçulmanos "do it". A ideia de castidade gera um atraso
em cascata em relação aos problemas contemporâneos. Enquanto os
pentecostais botam pra quebrar em bailes "gospel", em shows de Jesus
Funk, a Igreja Católica vai mergulhando na Idade Média. Acho que
está chegando a hora de uma "teologia da libertação sexual".
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ENEM 2010
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