Psicologia Institucional
Prof. André Moniz
Marlene Guirado
• Professora Livre-Docente e
Pesquisadora do Instituto de
Psicologia da USP.
• Psicóloga, Psicanalista e Analista
Institucional sua orientação na
pesquisa e nas intervenções concretas
é a da Análise Institucional do
Discurso.
• Suas publicações tratam das interfaces
da Psicologia e da Psicanálise com o
pensamento de Michel Foucault, com
a linguística pragmática e com a
análise de instituições concretas.
• Participou de 50 bancas de mestrado,
25 de doutorado e tem uma vasta
produção de artigos e livros
Lattes:
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4789872U1
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Psicanálise, análise de instituições
concretas e psicologia institucional
• Espaço físico
• Instituição como um todo (instituição concreta)
– Questionamento da relação de poder e a tomada de
consciência da dominação entre grupos
• Nova proposta  foco no papel do psicólogo
– Orientação psicanalítica
• Representação do inconsciente no discurso
• Intervenção social
• Conhecimento da relação (não do indivíduo)
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José Bleger (1922-1972)
• Ação além dos consultórios
• Psico-higiene dos grupos
– Dinâmica intergrupal  análise das relações
– Saúde, não doença
• Recupera nos processos grupais sua dimensão
política
– Organograma como objeto de trabalho
– Assinalar, pontuar e interpretar: defesas, fantasias e
ideologias (representações incoscientes)
– Transformação passa pelo sujeito
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José Bleger (1922-1972)
• Enquadramento
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Atitude clínica: Identificação e distância
Função de assessoria e consultoria
Limites  os grupos precisam aceitar a intervenção
Resultados restritos à instituição e à tarefa
Ser abstinente e não tomar partido
Limitar-se ao assessoramento e à atividade profissional (Não
assumir responsabilidades alheias e nem funções decisórias)
Facilitar a solução de problemas
Postura científica
Sucesso como Insights e melhoramento das relações
Cuidados no manejo da informação (insights, timing e
quantidade)
Lidar com resistências implícitas e explícitas
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George Lapassade
(1924-2008)
• Análise institucional
• Caráter político imediato
– Libertação da palavra social (grupos autônomos e
não heterônomos)
– Abordagem mais próxima (com os outros)
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Intervenção no plano organizativo e político
Mediatizado por vínculos pessoais
Envolvimento com o fazer do grupo
Fantasias inconscientes expressas nos grupos
Relações de poder são o centro das reflexões
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George Lapassade
(1924-2008)
• Níveis de análise
– Grupo  vida cotidiana
– Organização  regimentos e regulamentos
(burocracia)
– Estado  Instituição propriamente dita  conjunto
de leis que regem a conduta social
• Dinstinção
– Instituído: o que está estabelecido(fixo e normativo)
– Instituinte: movimento de criação (inventar novas
formas de relação)
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José Augusto Guilhon
de Albuquerque
• Propostas para a Psicologia Institucional
– Análise da prática institucional
• Estudar a instituição como um conjunto de práticas
políticas que se legitimam (poder)
• Discurso como via de análise das representações
– Mapeamento das relações institucionais
» Compreender, não necessariamente modificar as relações
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Papel do Psicólogo
• Psicodiagnóstico (centrado no indivíduo que
está na instituição)
• Psicoterapia (centrado na instituição)
– Subjetividades constituídas e constitutivas das
relações institucionais
– Sintomas como resultado dessa articulação de
posições
– Não separação entre sujeito e objeto do
conhecimento psicológico (prática clínica)
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Psicologia
• “o objeto da psicologia são as relações; mas não as que
materialmente se dão em si, tal como imaginadas,
percebidas, simbolizadas pelo sujeito, no discurso”
– Representações de seus afetos
– Facilitar a tomada de consciência do que está inconsciente
– Trabalhar as relações tal como se organizam no discurso de
determinada prática institucional
– Ênfase na reprodução do instituído e a dificuldade de criar
novas práticas
– Relações burocráticas, confirmação ideológica da
desigualdade
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Psicologia
• Importância do discurso
• Sujeito inserido nas relações institucionais
• Objeto
– “Relações (imaginadas, simbolizadas,
representadas) no discurso que nascendo dos
lugares da burocracia (ordem simbólica),
estabelece, passam a ser ratificadas, legitimadas e
assumidas pelos sujeitos ou grupos como naturais,
como tendendo a ser assim”. (p.116)
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