Federação Espírita Brasileira
Estudo Sistematizado
da Doutrina Espírita
PROGRAMA FUNDAMENTAL
Módulo XV: Lei de Reprodução
ROTEIRO 2
Obstáculos à
reprodução
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
•Esclarecer em que condições os obstáculos
à reprodução são compatíveis com a lei
natural.
• Analisar, à luz do Espiritismo, a utilização
de anticonceptivos no planejamento familiar.
• Deus concedeu ao homem, sobre todos os seres vivos,
um poder de que ele deve usar, sem abusar. Pode, pois,
regular a reprodução, de acordo com as necessidades.
Não deve opor-se-lhe sem necessidade. A ação
inteligente do homem é um contrapeso que Deus dispôs
para restabelecer o equilíbrio entre as forças da
Natureza e é ainda isso o que o distingue dos animais,
porque ele obra com o conhecimento de causa. Mas, os
mesmos animais também concorrem para a existência
desse equilíbrio, porquanto o instinto de destruição que
lhes foi dado faz com que, provendo à própria
conservação, obstem ao desenvolvimento excessivo,
quiçá perigoso, das espécies animais e vegetais de que
se alimentam.
Allan Kardec: O livro dos espíritos, questão 693-a.
São contrários à lei da Natureza as leis e os
costumes humanos que têm por fim ou por efeito criar
obstáculos à reprodução?
Os Espíritos Superiores, respondendo à pergunta do
Codificador, afirmam: Tudo o que embaraça a Natureza em
sua marcha é contrário à lei geral.
KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Questão 693, p. 375.
Por meio de um simples exercício mental, poderíamos
reescrever dessa forma o texto: «São contrários à lei da
Natureza as leis e os costumes humanos que, efetivamente,
têm por fim ou por efeito criar obstáculos à reprodução
porque, sendo contrários à lei geral, embaraçam a Natureza
em sua marcha». Em outras palavras, podemos também
dizer que, desde que os obstáculos à reprodução não firam a
moral nem a ética, podem ser utilizados como, por exemplo,
nos casos de gestação, que põem em risco a vida da
gestante.
Dessa forma, retornando ao questionamento
inicial, desenvolvido por Kardec, constata-se a lucidez e a
objetividade dos Espíritos Orientadores, os quais, ao mesmo
tempo em que nos esclarecem a respeito de um assunto tão
complexo, não deixam de considerar as implicações das leis
de causa e efeito, de liberdade e de progresso, importantes
na elaboração do planejamento reencarnatório.
O controle da natalidade passa a ser legítimo quando
há justificativas de ordem superior que impeçam ou dificultem
o renascimento de Espíritos. No entanto, criar obstáculos à
reprodução em atendimento aos anseios da sensualidade e
da luxúria [...] prova a predominância do corpo sobre a alma
e quanto o homem é material.
CALLIGARIS, Rodolfo. As leis morais. Item: A lei de reprodução, p. 71.
Analisando, especificamente, os efeitos da pílula
anticoncepcional no controle da natalidade, Jorge Andréa
nos esclarece: No caso da utilização das pílulas
anticonceptivas (anuvolatório oral), no seio das quais se
encontram combinados estrógenos e progestágeno,
haverá inibição dos hormônios gonadrotróficos (FSH* e
LH**) secretados pela hipófise. Conseqüentemente, não
existirá, também, estimulação para a maturação dos
folículos ovarianos com a respectiva ovulação [...]. Pelo
exposto podemos avaliar o processo agressivo nas
estruturas gonádicas, no organismo feminino, que as
pílulas anticoncepcionais podem determinar. [...] Se as
pílulas atuassem, exclusivamente, nas regiões materiais,
______________________________
*
**
FSH / HFE: Abreviatura de hormônio-folículo-estimulante (follicle-stimulanting-hormone) ovariano.
LH / HL: Abreviatura de hormônio luteinizante (lutein hormone) ovariano.
estaríamos, de modo irrestrito, ligados aos conceitos
defendidos pela ciência, quanto ao seu uso; entretanto, a
existência dos campos perispirituais, praticamente a zona
de acoplamento com a matéria, possibilita novos
pensamentos indispensáveis à própria biologia que, por
enquanto, não possui condições de mais precisa
abordagem.
SANTOS, Jorge Andréa. Forças sexuais da alma. Cap. III, item: Pílula anticoncepcional. Controle de
natalidade, p. 94.
CONCLUSÃO:
Por tudo isso, o controle da natalidade só poderá ter
sentido quando avaliado de muitos ângulos, onde as
diversas estruturas individuais, físicas e psíquicas, possam
ser devidamente apreciadas e bem equacionadas. Mas, o
que se está presenciando é a degradação de costumes
ampliando e destroçando a organização genética com
imensos reflexos nos futuros desajustes familiares, onde
os mecanismos da reencarnação respondem com severas
reações.
SANTOS, Jorge Andréa. Forças sexuais da alma. Cap. III, item: Pílula anticoncepcional. Controle de
natalidade, p. 95.
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Rot.2_Obstáculos à reprodução - ESDE