Análise das Demonstrações Financeiras
Estrutura das Demonstrações Financeiras
1 - ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
A Análise das demonstrações financeiras exige noções do seu conteúdo, significado, origens e limitações.
Através de uma abordagem resumida, apresenta-se o que revelam as demonstrações financeiras e cada
uma das principais contas que nela aparecem quando publicadas.
As principais partes dessas publicações são:
• Relatório da Diretoria – através desse relatório a Diretoria presta informação aos acionistas e a
terceiros sobre aquilo que ela julga importante como, desempenho, estratégia de vendas, legislação
etc.
• Demonstrações Financeiras (Balanço Patrimonial – BP)
(Demonstração do Resultado do exercício – DRE)
(Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados, que poderá ser
substituído pela Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, visto que esta contém aquela)
(Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos – DOAR)
• Notas Explicativas – são dados e informações que ora completam as demonstrações financeiras, ora
fornecem critérios contábeis ou ainda acrescentam informações relativas a eventos que tenham efeitos
relevantes sobre a companhia.
Contudo, as Notas Explicativas contêm um conjunto de elementos que auxiliam a fazer avaliação mais
ampla da empresa.
• Parecer dos Auditores – é obrigatório apenas para as companhias abertas, ou seja, aquelas que têm
papéis negociáveis – ações ou debêntures – colocados junto ao público.
Os auditores independentes são contadores que, sem manter vínculo empregatício, são contratados para
emitir opiniões sobre a correção e veracidade das demonstrações financeiras. Verificam por amostragem
o que necessariamente não detecta todos os erros e fraudes. Por isso, fala-se em Parecer dos Auditores e
não em Certificados dos Auditores.
1.1 O QUE MOSTRAM AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
A estrutura básica das quatro demonstrações financeiras, referidas anteriormente, é determinada pela Lei
das Sociedades por Ações (Lei 6.404).
Essa lei trouxe consideráveis aperfeiçoamentos contábeis em relação às práticas anteriores vigentes e
tornou-se um marco na história da Contabilidade no Brasil, apesar de ainda não incorporar todos os
aperfeiçoamentos que seriam possíveis. Para efeito de Análise de Balanços, o conteúdo e a forma de
apresentação atende às necessidades da Análise de Balanços.
Basicamente, suas disposições referem-se a:
• Demonstrações Financeiras Obrigatórias como, Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do
Exercício, Demonstração de Lucros/Prejuízos Acumulados ou Demonstrações das Mutações do
Patrimônio Líquido e Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos.
• Conteúdo das Demonstrações Financeiras
• Critérios de avaliação de Ativo e Passivo
• Correção Monetária do Balanço
• Determinação do Lucro Líquido
• Consolidação de Demonstração Financeira.
Para efeito de Análise de Balanços, a Lei das S.A. representou notável avanço. Vejamos como se
compõem essas demonstrações.
Profª Thays Silva Diniz
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Análise das Demonstrações Financeiras
1.2 BALANÇO PATRIMONIAL (BP)
É a demonstração que apresenta todos os bens e direitos da empresa - ATIVO - , assim como as
obrigações - PASSIVO EXIGÍVEL - em determinada data. A diferença entre Ativo e Passivo é chamada
Patrimônio Líquido e representa o capital investido pelos proprietários da empresa, quer através de
recursos trazidos de fora da empresa, quer gerados por esta em suas operações e retidos internamente.
Segundo Robert N. Antony, o balanço mostra:
1) as fontes de onde provieram os recursos – Passivo e Patrimônio Líquido, e
2) os bens e direitos em que esses recursos se acham investidos.
Essa definição evidência os termos fontes e investimentos, de recursos, o que é ideal para Análise de
Balanços, pois analisar é, em grande parte, avaliar a adequação entre as diversas fontes e os investimentos
efetuados.
No Ativo temos comprovadamente por documentos o que existe de concreto na empresa, todos bens e
direitos com exceção das despesas antecipadas e diferidas, pois representam investimentos que
beneficiarão exercícios futuros. O Passivo Exigível e o Patrimônio Líquido mostram a origem dos
recursos que se acham investidos no Ativo.
O Ativo engloba dois tipos de itens: a) aqueles cujo valor é absolutamente indiscutível porque possui
estampado o seu valor; b) as mercadorias (PEPS ou média ponderada) e os bens do ativo imobilizado
(custo de aquisição corrigido monetariamente) cujo valor depende de avaliação.
No Passivo Exigível tem valor líquido e certo no que se refere às dívidas assumidas junto a terceiros,
porém no que se refere a débitos fiscais e previdenciários em atraso, praticamente nenhuma empresa os
atualiza.
Todas as variações do Ativo e do Passivo Exigível em relação ao que deveriam registrar os seus valores
corretos são refletidos no Patrimônio Líquido, que assim estará mais próximo ou menos próximo da
realidade segundo as eventuais distorções desses Ativos e Passivos.
1.3 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE)
É uma demonstração dos aumentos e reduções causados no Patrimônio Líquido pelas operações da
empresa. As receitas representam normalmente aumento do Ativo e aumentando o Ativo, aumenta o
Patrimônio Líquido. As despesas representam redução do Patrimônio Líquido, através de um entre dois
caminhos possíveis: redução do Ativo ou aumento do Passivo Exigível.
Enfim, a Demonstração do Resultado é o resumo do movimento de certas entradas e saídas no balanço,
entre duas datas. Por isso, há autores clássicos americanos que chamam a Demonstração do Resultado de
Fluxo (movimento) de Renda.
A Demonstração do Resultado retrata apenas o fluxo econômico e não o fluxo monetário (fluxo de
dinheiro). Para a demonstração do Resultado não importa se uma receita ou despesa tem reflexos em
dinheiro, basta apenas que afete o Patrimônio Líquido.
1.4 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (DMPL)
Apresenta as variações de todas as contas do Patrimônio Líquido ocorridas entre dois balanços,
independente da origem da variação dentro do próprio Patrimônio Líquido. Por isso a Demonstração das
Mutações do Patrimônio Líquido serve muito mais como elemento complementar do que como peça
através da qual se pode obter informações que possibilite a tomada de decisões. Em empresas de capital
fechado com patrimônio líquido superior a R$1.000.000,00 é obrigatória a demonstração e sua
publicação.
Dessa forma, a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido não costuma ser analisado no sentido
tradicional em que o são o Balanço e a DRE.
Profª Thays Silva Diniz
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Análise das Demonstrações Financeiras
1.5 DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS (DOAR)
A Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) mostra as novas origens e aplicações
verificadas durante o exercício, não a sua totalidade, mas apenas as ocorridas nos itens não Circulante do
Balanço (Exigível a Longo Prazo, Patrimônio Líquido, Ativo Permanente e Realizável a Longo Prazo), ou
seja, a DOAR evidencia as variações ocorridas no Capital Circulante Líquido – CCL, num período.
Assim temos: Variação CCL = PL + ELP – AP – RLP.
O CCL é definido também como sendo a diferença, positiva ou negativa entre o AC e o PC, ou seja,
CCL = AC – PC.
Traçando um paralelo entre o Balanço e a DOAR, pode-se dizer que o Balanço mostra a posição dos
investimentos e financiamentos da empresa em determinado momento, mas não torna claro, como a
empresa passou de determinada posição de investimento e financiamento para outra posição, ou seja,
quais os recursos adicionais de que a empresa se utilizou e onde os aplicou.
É aí que a DOAR entra, apresentando estes últimos dados. Através da DOAR é possível conhecer como
fluíram os recursos ao longo de um exercício: quais foram os recursos obtidos, qual a participação das
transações comerciais no total de recursos gerados, como foram aplicados os novos recursos etc. Enfim, a
DOAR visa permitir a análise do aspecto financeiro da empresa tanto no que diz respeito ao movimento
de investimentos e financiamentos quanto relativamente à administração da empresa sob o ângulo de
obter e aplicar compativelmente os recursos. A DOAR oferece uma visão mais completa e profunda de
sua posição financeira.
Profª Thays Silva Diniz
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Análise das Demonstrações Financeiras
2 - ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Atividades Práticas
1. Questões:
1. Quais são as principais partes de uma publicação?
2. A Lei nº 6.404/76 determina a estrutura de quais demonstrações financeiras? Quais são,
basicamente, as suas disposições e qual a sua contribuição para a Análise de Balanços?
3. Quais são as demonstrações financeiras publicadas? Dê o conceito de cada uma.
4. Qual a diferença entre DLPA e DMPL.
5. O que a DOAR evidencia?
6. O que é CCL? E como se calcula seu valor?
7. Como se divide o Ativo e o Passivo no Balanço Patrimonial?
8. Quais os elementos / contas que integram o PL?
9. Como se encontra a Receita Operacional Líquida?
10. O que são despesas operacionais? E como se dividem?
11. Conceitue Bens, Direitos, Obrigações e Patrimônio Líquido.
12. O que são usos, aplicações ou investimentos?
13. O que são recursos, fontes ou financiamentos?
2. Classifique as contas colocando os valores nas respectivas colunas para efeito de análise:
$
Disponibilidades
Fornecedores
Reservas
Duplicatas Descontadas
Financ. Instit. de Crédito a LP
Financ. a Receber
Imobilizado
Custos dos Produtos Vendidos
Outras Despesas Operacionais
Capital
Contas a Pagar
Títulos a Receber
Investimentos
Vendas
Resultados Extra-operacionais
Resultado da Correção Monetária
Financ. Instit. de Crédito a CP
Contas a Receber de LP
Investimento em Reflorestamento
Estoques
TOTAL
Profª Thays Silva Diniz
ATIVO
PASSIVO
PATRIMÔNIO
LÍQUIDO
RESULTADOS
192.903
81.494
111.409
6.128
5.487
17.903
19.909
1.877
41.530
2.412
36.365
(139.319)
(48.387)
91.500
17.010
45.653
63.097
190.592
8.198
(4.956)
3.174
10.321
7.676
21.892
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Análise das Demonstrações Financeiras
Padronização das Demonstrações Financeiras
1 – PADRONIZAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
As demonstrações financeiras devem ser preparadas para a análise, da mesma forma que um paciente que
vai submeter-se a exames médicos. Antes de iniciar a análise, devem-se examinar detalhadamente as
demonstrações financeiras.
Este trabalho é chamado Padronização e consiste numa crítica às contas das demonstrações financeiras,
bem como na transcrição delas para um modelo previamente definido.
A padronização é feita pelos seguintes motivos:
• Simplificação – um balanço apresentado segundo a Lei das S.A., por exemplo, compreende cerca de
60 contas. Isso dificulta a visualização como um todo. Se compararmos três balanços com 60 valores
cada um, e se calcularmos os percentuais de variação de um ano para outro, bem como a composição
(análise vertical e horizontal), chegaremos a 540 números, complicando assim o trabalho do analista.
Utilizando o modelo de balanço proposto reduziremos para cerca de 20 o número de contas.
• Comparabilidade – com exceção das companhias onde existe um plano de contas legal obrigatório
(bancos, seguradoras etc.), todas as outras empresas tem seu próprio plano de contas. Como a análise
se baseia em comparação, só faz sentido analisar um balanço após o seu enquadramento num modelo
que permita comparação com outros balanços.
• Adequação aos objetivos da análise – há pelo menos uma conta que deve sempre ser reclassificada:
Duplicatas Descontadas; do ponto de vista contábil, é uma dedução de Duplicatas a Receber; do
ponto de vista de financiamentos, porém, é um recurso tomado pela empresa junto aos bancos, devido
à insuficiência de recursos próprios. Em nada se distingue de empréstimos bancários, do ponto de
vista financeiro. Por isso, as Duplicatas Descontadas devem figurar no Passivo Circulante.
Há contas que, por sua natureza, são normalmente classificadas no Ativo Circulante, como Duplicatas a
Receber e Estoques.
• Precisão nas classificações de contas – é freqüente encontrarmos balanços e demonstrações de
resultados com falhas nas classificações de contas, como, por exemplo, empréstimos de curto prazo
que aparecem no Exigível a Longo Prazo, investimentos de caráter permanente que aparecem no
Ativo Circulante; tudo isso visa embelezar os balanços. Uma padronização rigorosa deve corrigir
isso.
• Descoberta de erros – há casos de erros, intencionais ou não.
a) Estoques finais ou iniciais da DRE não coincidem com os estoques dos balanços;
b) Provisão para Devedores Duvidosos do balanço não coincide com a que foi constituída na DRE;
c) Impossível conciliar Patrimônio Líquido Final com os resultados do exercício mais o Patrimônio
Líquido Inicial.
Nesses casos, deve-se desconfiar da veracidade das demonstrações financeiras e suspender a análise até
que se esclareçam as dúvidas.
Uma padronização rigorosa deveria sempre ser precedida da elaboração de um Fluxo de Caixa.
O Fluxo de Caixa – método do Fluxo Líquido – tem a virtude de mostrar a coerência entre dois balanços e
a demonstração do resultado, descobrindo qualquer eventual falsificação de uma dessas peças.
• Intimidade do analista com as demonstrações financeiras da empresa – a padronização obriga o
analista a pensar em cada conta das demonstrações financeiras e a decidir sobre sua consistência com
outras contas, sobre a classificação que deve dar a ela, enquanto a transcreve para o modelo
predefinido de padronização. Ao terminar esse trabalho, o analista adquire grande familiaridade com
os números da empresa e em conseqüência, poderá enxergar detalhes que, de outra forma, não
conseguiria.
Profª Thays Silva Diniz
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Análise das Demonstrações Financeiras
As principais características do modelo de padronização são:
O ativo apresenta apenas as contas essenciais.
O Passivo Circulante é dividido em Operacional e Financeiro, sendo que as “Duplicatas Descontadas”
fazem parte deste último.
No lado do Passivo, acha-se um subtotal representado por Capitais de Terceiros (Passivo Circulante +
Passivo Exigível a Longo Prazo).
No Patrimônio Líquido aparecem apenas o “Capital Social” já deduzido de eventuais “Capital a
Realizar” e somado às “Reservas”.
A “Demonstração do Resultado” evidencia apenas os valores fundamentais para análise, já
considerando a correção integral em dólares.
A Receita Líquida de Vendas está deduzida das “Devoluções e Abatimentos” e “Impostos”.
As Receitas e Despesas Financeiras estão líquidas dos efeitos inflacionários.
2 – MODELO DE PADRONIZAÇÃO
A seguir o modelo de padronização da DRE e em seguida do Balanço Patrimonial referentes a Cia Big.
DEMONSTRAÇÃO DO
RESULTADO DO EXERCÍCIO
FINDO EM
RECEITA LÍQUIDA
19X1
19X2
19X3
4.793.123
4.425.866
5.851.586
3.621.530
1.171.593
495.993
8.394
3.273.530
1.152.336
427.225
17.581
4.218.671
1.632.915
498.025
27.777
= LUCRO OPERACIONAL
(antes dos Resultados Financeiros)
683.994
742.692
1.162.671
( + ) Receitas Financeiras
( - ) Despesas Financeiras
= LUCRO OPERACIONAL
10.860
284.308
410.546
7.562
442.816
307.438
5.935
863.298
305.304
1.058
-.-
-.-
411.604
307.438
305.304
223.741
167.116
165.956
( - ) Custo dos Produtos Vendidos
= Lucro Bruto
( - ) Despesas Operacionais
( + ) Outras Rec./Desp. Operacionais
( + ) Resultado não Operacional
LUCRO ANTES I.R. E CONTRIB. SOCIAL
LUCRO LÍQUIDO
Simbologia utilizada em ambos os modelos:
VA = Valores Absolutos
AV = Análise Vertical
AH = Análise Horizontal
Profª Thays Silva Diniz
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Análise das Demonstrações Financeiras
31-12-X1
BALANÇOS EM:
31-12-X2
31-12-X3
ATIVO
CIRCULANTE
FINANCEIRO
* Disponível
* Aplicações Financeiras
SOMA
OPERACIONAL
* Clientes
* Estoques
SOMA
Total do Ativo Circulante
34.665
128.969
163.634
26.309
80.915
107.224
25.000
62.000
87.000
1.045.640
751.206
1.796.846
1.960.480
1.122.512
1.039.435
2.161.947
2.269.171
1.529.061
1.317.514
2.846.575
2.933.575
PERMANENTE
* Investimentos
* Imobilizado
* Diferido
Total do Ativo Permanente
72.250
693.448
-.765.698
156.475
1.517.508
40.896
1.714.879
228.075
2.401.648
90.037
2.719.760
2.726.178
3.984.050
5.653.335
708.536
275.623
984.159
639.065
289.698
928.763
688.791
433.743
1.122.523
66.165
290.633
356.798
1.340.957
83.429
393.885
477.314
1.406.077
158.044
676.699
834.743
1.957.277
314.360
-.314.360
792.716
378.072
1.170.788
1.494.240
533.991
2.028.231
CAPITAIS DE TERCEIROS
1.653.317
2.576.865
3.985.508
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
* Capital e Reservas
* Lucros Acumulados
Total do Patrimônio Líquido
657.083
413.778
1.070.861
1.194.157
213.028
1.407.185
1.350.830
316.997
1.667.827
2.726.178
3.984.050
5.653.335
TOTAL DO ATIVO
PASSIVO
CIRCULANTE
OPERACIONAL
* Fornecedores
* Outras Obrigações
SOMA
FINANCEIRO
* Empréstimos Bancários
* Duplicatas Descontadas
SOMA
Total do Passivo Circulante
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
* Empréstimos
* Financiamentos
Total do Exigível a Longo Prazo
TOTAL DO PASSIVO
Profª Thays Silva Diniz
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Análise das Demonstrações Financeiras
3 – A EMPRESA EXEMPLO: CIA BIG
As técnicas de análise serão numericamente exemplificadas com base em demonstrações financeiras de
uma hipotética empresa, denominada Cia. Big, cujos dados foram adaptados de um caso real.
A cada nova técnica introduzida, reporta-se à Cia. Big, de forma que o aluno possa perceber como as
diversas técnicas de análise se relacionam.
Visão Sintética do Balanço
ATIVO
Circulante
Compreende contas que estão constantemente
em giro – em movimento, sua conversão em
dinheiro ocorrerá, no máximo, até o próximo
exercício social
PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Circulante
Compreende obrigações exigíveis que serão
liquidadas no próximo exercício social: nos
próximos 365 dias após o levantamento do
balanço
Realizável a Longo Prazo
Incluem-se nessa conta bens e direitos que se
transformarão em dinheiro após o exercício
seguinte.
Permanente
São bens e direitos que não se destinam a venda
e tem vida útil longa, no caso bens.
Exigível a Longo Prazo
Relacionam-se nessa conta obrigações exigíveis
que serão liquidadas com prazo superior a um
ano- dívidas a longo prazo.
Patrimônio Líquido
São recursos dos proprietários aplicados na
empresa. Os recursos significam o capital mais o
seu rendimento – lucros e reservas. Se houver
prejuízo, o total dos investimentos proprietários
será reduzido.
• Investimento: São as aplicações de
caráter permanente que geram rendimentos
não necessários à manutenção da atividade
principal da empresa.
• Imobilizado: Abarca itens de natureza
permanente que serão utilizados para a
manutenção da atividade básica da empresa
• Diferido: São aplicações que
beneficiarão resultados de exercícios futuros.
Profª Thays Silva Diniz
15
Análise das Demonstrações Financeiras
3 - PADRONIZAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Atividades Práticas
1. Marque a Alternativa Correta
1. Duplicatas Descontadas no balanço padronizado:
a) Fazem parte do Passivo Circulante Operacional.
b) Devem ser deduzidas de Contas a Receber.
c) Não precisam figurar no balanço.
d) São incluídas no Passivo Circulante Financeiro.
2. Vendas Líquidas representam:
a) As Vendas Totais da empresa.
b) As Vendas Totais menos Devoluções.
c) As Vendas Totais menos as Despesas de Vendas.
d) As Vendas Totais menos Impostos e menos Devoluções e Abatimentos.
3. A Provisão para Devedores Duvidosos no balanço é considerada como:
a) Acréscimo de Patrimônio Líquido.
b) Dedução de Ativo Permanente.
c) Acréscimo de Passivo Circulante.
d) Dedução de Contas a Receber de Clientes.
4. A Depreciação Acumulada é:
a) Uma reserva.
b) Uma provisão somada às demais contas do Patrimônio Líquido.
c) Uma conta retificadora de Ativo Permanente.
d) Um fundo para reposição de máquinas.
2. Questões:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
O que é Ativo Circulante Operacional?
O que é Passivo Circulante Operacional?
O que é Capitais de Terceiros?
O que é padronização?
Qual o motivo de padronizarmos as demonstrações financeiras antes da análise?
Dê sua opinião sobre Análise de Balanços na visão de Gestão Empresarial, “ você como um administrador
que irá depender destas análises para a tomada de decisão.”
Profª Thays Silva Diniz
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Análise das Demonstrações Financeiras
3. A Cia Soninho apresentou o seguinte balanço em 31/12/X1
CIA SONINHO
BALANÇO PATRIMONIAL
31/12/X1
ATIVO
PASSIVO
Circulante
Obras –de –arte
Máquinas e equipamentos
Imóveis
10
40
100
Realizável a Longo Prazo
Fornecedores
Gastos pré- operacionais
Móveis e utensílios
100
50
30
Permanente
Caixa
Veículos
Duplicatas descontadas
70
80
(15)
TOTAL
465
Circulante
Duplicatas a receber
Lucros Acumulados
Contas a pagar
100
55
15
Exigível a Longo prazo
Capital
Impostos a Recolher
200
10
Patrimônio Líquido
Salário a pagar
Empréstimos a pagar (1,5 ano)
40
45
TOTAL
465
Pede-se : Apresentar o balanço patrimonial de forma correta em 31/12X1
Profª Thays Silva Diniz
17
Análise das Demonstrações Financeiras
4. Reclassifique o BP e a DRE da Cia Bem Feito.
ATIVO
CIRCULANTE
Disponibilidades
Caixa Bancos
Aplic de Liq Imed
Balanço Patrimonial
31-12-X1
31-12-X2
31-12-X3
PASSIVO
CIRCULANTE
Fornecedores
INSS a recolher
FGTS a recolher
Impostos a Pagar
Divid a Pagar
Contas a Pagar
Empréstimos Banc
31-12-19X1
31-12-19X2
31-12-19X3
24.612
1.854
630
4.230
1.890
970
2.294
32.816
2.640
822
4.428
1.036
2.173
8.061
56.492
5.805
1.290
3.586
4.778
1.233
20.592
Total do Passivo Circ
36.480
51.976
93.776
1.202
4.482
5.684
1.451
4.055
5.506
1.927
4.779
6.706
37.454
(1.132)
(10.100)
26.222
59.117
(1.476)
(20.226)
37.415
126.627
(2.064)
(55.127)
69.436
8.469
3.255
14.370
26.094
29.060
11.329
12.986
53.375
60.464
14.120
26.970
101.554
EXIG L PRAZO
Empréstimos Banc
Financiamento
10.920
- .
40.706
19.414
115.176
41.160
58.000
96.296
177.696
Total do Exigível L P
10.920
60.120
156.336
2.100
410
2.510
4.120
915
5.035
8.100
4.480
12.580
PATRIMÔNIO LÍQ
Capital Social
Subscrito
A realizar
26.167
(3.342)
22.825
46.660
(3.000)
43.660
70.748
- .
70.748
13.300
2.060
7.300
5.290
1.710
(5.572)
- .
24.088
21.200
9.100
26.500
10.150
3.110
(9.336)
20.200
80.924
41.969
20.600
55.107
16.070
6.781
(18.920)
57.186
178.793
8.491
17.144
35.940
388
5.494
5.882
516
10.939
11.455
1.141
18.068
19.209
Total do Patrim Líq
37.198
72.259
125.897
-
2.100
6.940
Total do Ativo Perman
26.598
88.059
198.313
TOTAL DO ATIVO
84.598
184.355
376.009
TOTAL PASSIVO
84.598
184.355
376.009
Clientes
Duplicatas a Rec
Prov Dev Duvid
Duplicatas Descont
Estoques
Produtos Acabados
Produtos em Proces
Matéria-prima
Total do Ativo Circ
PERMANENTE
Investimentos
Ações Outras Emp
Incentivos Fiscais
Imobilizado
Imóveis
Instalações
Máquinas e Equip
Veículos
Móveis e Utensílios
Depreciação Acum
Imobiliz em andam
Diferido
Desp Pré-oper
DRE
Receita Bruta
( - ) Deduções
Devoluções, Abatimentos
Impostos
Receita Líquida
( - ) Custo dos Prod Vendidos
Lucro Bruto
Despesas Operacionais
De Venda
Administrativa
Financeira
Lucro Operacional
Receita / Despesa Não Operacional
Lucro na Venda Invest
Lucro na Venda Imobilizado
Saldo da Correção Monetária
Lucro Antes do IR
Provisão para IR
Lucro Líquido
Profª Thays Silva Diniz
Reservas de Capital
C M do Capital
Reservas de Lucro
Reserva Legal
Lucros Acum
31-12-19X1
31-12-19X2
31-12-19X3
182.616
237.169
455.000
(7.556)
(13.128)
161.932
(123.373)
38.559
(16.175)
(16.583)
204.411
(147.440)
56.971
(26.807)
(21.670)
406.523
(252.927)
153.596
(7.860)
(7.151)
(10.608)
12.940
(11.397)
(9.171)
(26.060)
10.343
(19.200)
(13.190)
(114.503)
6.703
120
(1.598)
11.462
(3.690)
7.772
230
(2.650)
7.923
(3.777)
4.146
390
2.030
9.123
(2.410)
6.713
18
Análise das Demonstrações Financeiras
Balanço Patrimonial
31-12-X1
VA
AV
31-12-X2
AH
VA
AV
31-12-X3
AH
VA
AV
AH
ATIVO CIRCULANTE
SOMA
REALIZ A LONGO PRAZO
PERMANENTE
SOMA
TOTAL DO ATIVO
PASSIVO CIRCULANTE
SOMA
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
SOMA
CAPITAIS DE TERCEIROS
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
SOMA
TOTAL DO PASSIVO
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
DO EXERCÍCIO FINDO EM
19X1
VA
AV
19X2
AH
VA
AV
19X3
AH
VA
AV
AH
RECEITA LÍQUIDA
( - ) Custo dos Produtos Vendidos
= LUCRO BRUTO
( - ) Despesas Operacionais
* de Vendas
* Administrativas
* Financeiras
= LUCRO OPERACIONAL
( + ) Receitas Não Operacional
( + ) Saldo Correção Monetária
= LUCRO ANTES DO I.R.
( - ) Imposto de renda
LUCRO LÍQUIDO
Profª Thays Silva Diniz
19
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Estrutura das Demonstrações Financeiras