Análise das Demonstrações Financeiras Estrutura das Demonstrações Financeiras 1 - ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS A Análise das demonstrações financeiras exige noções do seu conteúdo, significado, origens e limitações. Através de uma abordagem resumida, apresenta-se o que revelam as demonstrações financeiras e cada uma das principais contas que nela aparecem quando publicadas. As principais partes dessas publicações são: • Relatório da Diretoria – através desse relatório a Diretoria presta informação aos acionistas e a terceiros sobre aquilo que ela julga importante como, desempenho, estratégia de vendas, legislação etc. • Demonstrações Financeiras (Balanço Patrimonial – BP) (Demonstração do Resultado do exercício – DRE) (Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados, que poderá ser substituído pela Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, visto que esta contém aquela) (Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos – DOAR) • Notas Explicativas – são dados e informações que ora completam as demonstrações financeiras, ora fornecem critérios contábeis ou ainda acrescentam informações relativas a eventos que tenham efeitos relevantes sobre a companhia. Contudo, as Notas Explicativas contêm um conjunto de elementos que auxiliam a fazer avaliação mais ampla da empresa. • Parecer dos Auditores – é obrigatório apenas para as companhias abertas, ou seja, aquelas que têm papéis negociáveis – ações ou debêntures – colocados junto ao público. Os auditores independentes são contadores que, sem manter vínculo empregatício, são contratados para emitir opiniões sobre a correção e veracidade das demonstrações financeiras. Verificam por amostragem o que necessariamente não detecta todos os erros e fraudes. Por isso, fala-se em Parecer dos Auditores e não em Certificados dos Auditores. 1.1 O QUE MOSTRAM AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS A estrutura básica das quatro demonstrações financeiras, referidas anteriormente, é determinada pela Lei das Sociedades por Ações (Lei 6.404). Essa lei trouxe consideráveis aperfeiçoamentos contábeis em relação às práticas anteriores vigentes e tornou-se um marco na história da Contabilidade no Brasil, apesar de ainda não incorporar todos os aperfeiçoamentos que seriam possíveis. Para efeito de Análise de Balanços, o conteúdo e a forma de apresentação atende às necessidades da Análise de Balanços. Basicamente, suas disposições referem-se a: • Demonstrações Financeiras Obrigatórias como, Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração de Lucros/Prejuízos Acumulados ou Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido e Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos. • Conteúdo das Demonstrações Financeiras • Critérios de avaliação de Ativo e Passivo • Correção Monetária do Balanço • Determinação do Lucro Líquido • Consolidação de Demonstração Financeira. Para efeito de Análise de Balanços, a Lei das S.A. representou notável avanço. Vejamos como se compõem essas demonstrações. Profª Thays Silva Diniz 8 Análise das Demonstrações Financeiras 1.2 BALANÇO PATRIMONIAL (BP) É a demonstração que apresenta todos os bens e direitos da empresa - ATIVO - , assim como as obrigações - PASSIVO EXIGÍVEL - em determinada data. A diferença entre Ativo e Passivo é chamada Patrimônio Líquido e representa o capital investido pelos proprietários da empresa, quer através de recursos trazidos de fora da empresa, quer gerados por esta em suas operações e retidos internamente. Segundo Robert N. Antony, o balanço mostra: 1) as fontes de onde provieram os recursos – Passivo e Patrimônio Líquido, e 2) os bens e direitos em que esses recursos se acham investidos. Essa definição evidência os termos fontes e investimentos, de recursos, o que é ideal para Análise de Balanços, pois analisar é, em grande parte, avaliar a adequação entre as diversas fontes e os investimentos efetuados. No Ativo temos comprovadamente por documentos o que existe de concreto na empresa, todos bens e direitos com exceção das despesas antecipadas e diferidas, pois representam investimentos que beneficiarão exercícios futuros. O Passivo Exigível e o Patrimônio Líquido mostram a origem dos recursos que se acham investidos no Ativo. O Ativo engloba dois tipos de itens: a) aqueles cujo valor é absolutamente indiscutível porque possui estampado o seu valor; b) as mercadorias (PEPS ou média ponderada) e os bens do ativo imobilizado (custo de aquisição corrigido monetariamente) cujo valor depende de avaliação. No Passivo Exigível tem valor líquido e certo no que se refere às dívidas assumidas junto a terceiros, porém no que se refere a débitos fiscais e previdenciários em atraso, praticamente nenhuma empresa os atualiza. Todas as variações do Ativo e do Passivo Exigível em relação ao que deveriam registrar os seus valores corretos são refletidos no Patrimônio Líquido, que assim estará mais próximo ou menos próximo da realidade segundo as eventuais distorções desses Ativos e Passivos. 1.3 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE) É uma demonstração dos aumentos e reduções causados no Patrimônio Líquido pelas operações da empresa. As receitas representam normalmente aumento do Ativo e aumentando o Ativo, aumenta o Patrimônio Líquido. As despesas representam redução do Patrimônio Líquido, através de um entre dois caminhos possíveis: redução do Ativo ou aumento do Passivo Exigível. Enfim, a Demonstração do Resultado é o resumo do movimento de certas entradas e saídas no balanço, entre duas datas. Por isso, há autores clássicos americanos que chamam a Demonstração do Resultado de Fluxo (movimento) de Renda. A Demonstração do Resultado retrata apenas o fluxo econômico e não o fluxo monetário (fluxo de dinheiro). Para a demonstração do Resultado não importa se uma receita ou despesa tem reflexos em dinheiro, basta apenas que afete o Patrimônio Líquido. 1.4 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (DMPL) Apresenta as variações de todas as contas do Patrimônio Líquido ocorridas entre dois balanços, independente da origem da variação dentro do próprio Patrimônio Líquido. Por isso a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido serve muito mais como elemento complementar do que como peça através da qual se pode obter informações que possibilite a tomada de decisões. Em empresas de capital fechado com patrimônio líquido superior a R$1.000.000,00 é obrigatória a demonstração e sua publicação. Dessa forma, a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido não costuma ser analisado no sentido tradicional em que o são o Balanço e a DRE. Profª Thays Silva Diniz 9 Análise das Demonstrações Financeiras 1.5 DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS (DOAR) A Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) mostra as novas origens e aplicações verificadas durante o exercício, não a sua totalidade, mas apenas as ocorridas nos itens não Circulante do Balanço (Exigível a Longo Prazo, Patrimônio Líquido, Ativo Permanente e Realizável a Longo Prazo), ou seja, a DOAR evidencia as variações ocorridas no Capital Circulante Líquido – CCL, num período. Assim temos: Variação CCL = PL + ELP – AP – RLP. O CCL é definido também como sendo a diferença, positiva ou negativa entre o AC e o PC, ou seja, CCL = AC – PC. Traçando um paralelo entre o Balanço e a DOAR, pode-se dizer que o Balanço mostra a posição dos investimentos e financiamentos da empresa em determinado momento, mas não torna claro, como a empresa passou de determinada posição de investimento e financiamento para outra posição, ou seja, quais os recursos adicionais de que a empresa se utilizou e onde os aplicou. É aí que a DOAR entra, apresentando estes últimos dados. Através da DOAR é possível conhecer como fluíram os recursos ao longo de um exercício: quais foram os recursos obtidos, qual a participação das transações comerciais no total de recursos gerados, como foram aplicados os novos recursos etc. Enfim, a DOAR visa permitir a análise do aspecto financeiro da empresa tanto no que diz respeito ao movimento de investimentos e financiamentos quanto relativamente à administração da empresa sob o ângulo de obter e aplicar compativelmente os recursos. A DOAR oferece uma visão mais completa e profunda de sua posição financeira. Profª Thays Silva Diniz 10 Análise das Demonstrações Financeiras 2 - ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Atividades Práticas 1. Questões: 1. Quais são as principais partes de uma publicação? 2. A Lei nº 6.404/76 determina a estrutura de quais demonstrações financeiras? Quais são, basicamente, as suas disposições e qual a sua contribuição para a Análise de Balanços? 3. Quais são as demonstrações financeiras publicadas? Dê o conceito de cada uma. 4. Qual a diferença entre DLPA e DMPL. 5. O que a DOAR evidencia? 6. O que é CCL? E como se calcula seu valor? 7. Como se divide o Ativo e o Passivo no Balanço Patrimonial? 8. Quais os elementos / contas que integram o PL? 9. Como se encontra a Receita Operacional Líquida? 10. O que são despesas operacionais? E como se dividem? 11. Conceitue Bens, Direitos, Obrigações e Patrimônio Líquido. 12. O que são usos, aplicações ou investimentos? 13. O que são recursos, fontes ou financiamentos? 2. Classifique as contas colocando os valores nas respectivas colunas para efeito de análise: $ Disponibilidades Fornecedores Reservas Duplicatas Descontadas Financ. Instit. de Crédito a LP Financ. a Receber Imobilizado Custos dos Produtos Vendidos Outras Despesas Operacionais Capital Contas a Pagar Títulos a Receber Investimentos Vendas Resultados Extra-operacionais Resultado da Correção Monetária Financ. Instit. de Crédito a CP Contas a Receber de LP Investimento em Reflorestamento Estoques TOTAL Profª Thays Silva Diniz ATIVO PASSIVO PATRIMÔNIO LÍQUIDO RESULTADOS 192.903 81.494 111.409 6.128 5.487 17.903 19.909 1.877 41.530 2.412 36.365 (139.319) (48.387) 91.500 17.010 45.653 63.097 190.592 8.198 (4.956) 3.174 10.321 7.676 21.892 11 Análise das Demonstrações Financeiras Padronização das Demonstrações Financeiras 1 – PADRONIZAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras devem ser preparadas para a análise, da mesma forma que um paciente que vai submeter-se a exames médicos. Antes de iniciar a análise, devem-se examinar detalhadamente as demonstrações financeiras. Este trabalho é chamado Padronização e consiste numa crítica às contas das demonstrações financeiras, bem como na transcrição delas para um modelo previamente definido. A padronização é feita pelos seguintes motivos: • Simplificação – um balanço apresentado segundo a Lei das S.A., por exemplo, compreende cerca de 60 contas. Isso dificulta a visualização como um todo. Se compararmos três balanços com 60 valores cada um, e se calcularmos os percentuais de variação de um ano para outro, bem como a composição (análise vertical e horizontal), chegaremos a 540 números, complicando assim o trabalho do analista. Utilizando o modelo de balanço proposto reduziremos para cerca de 20 o número de contas. • Comparabilidade – com exceção das companhias onde existe um plano de contas legal obrigatório (bancos, seguradoras etc.), todas as outras empresas tem seu próprio plano de contas. Como a análise se baseia em comparação, só faz sentido analisar um balanço após o seu enquadramento num modelo que permita comparação com outros balanços. • Adequação aos objetivos da análise – há pelo menos uma conta que deve sempre ser reclassificada: Duplicatas Descontadas; do ponto de vista contábil, é uma dedução de Duplicatas a Receber; do ponto de vista de financiamentos, porém, é um recurso tomado pela empresa junto aos bancos, devido à insuficiência de recursos próprios. Em nada se distingue de empréstimos bancários, do ponto de vista financeiro. Por isso, as Duplicatas Descontadas devem figurar no Passivo Circulante. Há contas que, por sua natureza, são normalmente classificadas no Ativo Circulante, como Duplicatas a Receber e Estoques. • Precisão nas classificações de contas – é freqüente encontrarmos balanços e demonstrações de resultados com falhas nas classificações de contas, como, por exemplo, empréstimos de curto prazo que aparecem no Exigível a Longo Prazo, investimentos de caráter permanente que aparecem no Ativo Circulante; tudo isso visa embelezar os balanços. Uma padronização rigorosa deve corrigir isso. • Descoberta de erros – há casos de erros, intencionais ou não. a) Estoques finais ou iniciais da DRE não coincidem com os estoques dos balanços; b) Provisão para Devedores Duvidosos do balanço não coincide com a que foi constituída na DRE; c) Impossível conciliar Patrimônio Líquido Final com os resultados do exercício mais o Patrimônio Líquido Inicial. Nesses casos, deve-se desconfiar da veracidade das demonstrações financeiras e suspender a análise até que se esclareçam as dúvidas. Uma padronização rigorosa deveria sempre ser precedida da elaboração de um Fluxo de Caixa. O Fluxo de Caixa – método do Fluxo Líquido – tem a virtude de mostrar a coerência entre dois balanços e a demonstração do resultado, descobrindo qualquer eventual falsificação de uma dessas peças. • Intimidade do analista com as demonstrações financeiras da empresa – a padronização obriga o analista a pensar em cada conta das demonstrações financeiras e a decidir sobre sua consistência com outras contas, sobre a classificação que deve dar a ela, enquanto a transcreve para o modelo predefinido de padronização. Ao terminar esse trabalho, o analista adquire grande familiaridade com os números da empresa e em conseqüência, poderá enxergar detalhes que, de outra forma, não conseguiria. Profª Thays Silva Diniz 12 Análise das Demonstrações Financeiras As principais características do modelo de padronização são: O ativo apresenta apenas as contas essenciais. O Passivo Circulante é dividido em Operacional e Financeiro, sendo que as “Duplicatas Descontadas” fazem parte deste último. No lado do Passivo, acha-se um subtotal representado por Capitais de Terceiros (Passivo Circulante + Passivo Exigível a Longo Prazo). No Patrimônio Líquido aparecem apenas o “Capital Social” já deduzido de eventuais “Capital a Realizar” e somado às “Reservas”. A “Demonstração do Resultado” evidencia apenas os valores fundamentais para análise, já considerando a correção integral em dólares. A Receita Líquida de Vendas está deduzida das “Devoluções e Abatimentos” e “Impostos”. As Receitas e Despesas Financeiras estão líquidas dos efeitos inflacionários. 2 – MODELO DE PADRONIZAÇÃO A seguir o modelo de padronização da DRE e em seguida do Balanço Patrimonial referentes a Cia Big. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO FINDO EM RECEITA LÍQUIDA 19X1 19X2 19X3 4.793.123 4.425.866 5.851.586 3.621.530 1.171.593 495.993 8.394 3.273.530 1.152.336 427.225 17.581 4.218.671 1.632.915 498.025 27.777 = LUCRO OPERACIONAL (antes dos Resultados Financeiros) 683.994 742.692 1.162.671 ( + ) Receitas Financeiras ( - ) Despesas Financeiras = LUCRO OPERACIONAL 10.860 284.308 410.546 7.562 442.816 307.438 5.935 863.298 305.304 1.058 -.- -.- 411.604 307.438 305.304 223.741 167.116 165.956 ( - ) Custo dos Produtos Vendidos = Lucro Bruto ( - ) Despesas Operacionais ( + ) Outras Rec./Desp. Operacionais ( + ) Resultado não Operacional LUCRO ANTES I.R. E CONTRIB. SOCIAL LUCRO LÍQUIDO Simbologia utilizada em ambos os modelos: VA = Valores Absolutos AV = Análise Vertical AH = Análise Horizontal Profª Thays Silva Diniz 13 Análise das Demonstrações Financeiras 31-12-X1 BALANÇOS EM: 31-12-X2 31-12-X3 ATIVO CIRCULANTE FINANCEIRO * Disponível * Aplicações Financeiras SOMA OPERACIONAL * Clientes * Estoques SOMA Total do Ativo Circulante 34.665 128.969 163.634 26.309 80.915 107.224 25.000 62.000 87.000 1.045.640 751.206 1.796.846 1.960.480 1.122.512 1.039.435 2.161.947 2.269.171 1.529.061 1.317.514 2.846.575 2.933.575 PERMANENTE * Investimentos * Imobilizado * Diferido Total do Ativo Permanente 72.250 693.448 -.765.698 156.475 1.517.508 40.896 1.714.879 228.075 2.401.648 90.037 2.719.760 2.726.178 3.984.050 5.653.335 708.536 275.623 984.159 639.065 289.698 928.763 688.791 433.743 1.122.523 66.165 290.633 356.798 1.340.957 83.429 393.885 477.314 1.406.077 158.044 676.699 834.743 1.957.277 314.360 -.314.360 792.716 378.072 1.170.788 1.494.240 533.991 2.028.231 CAPITAIS DE TERCEIROS 1.653.317 2.576.865 3.985.508 PATRIMÔNIO LÍQUIDO * Capital e Reservas * Lucros Acumulados Total do Patrimônio Líquido 657.083 413.778 1.070.861 1.194.157 213.028 1.407.185 1.350.830 316.997 1.667.827 2.726.178 3.984.050 5.653.335 TOTAL DO ATIVO PASSIVO CIRCULANTE OPERACIONAL * Fornecedores * Outras Obrigações SOMA FINANCEIRO * Empréstimos Bancários * Duplicatas Descontadas SOMA Total do Passivo Circulante EXIGÍVEL A LONGO PRAZO * Empréstimos * Financiamentos Total do Exigível a Longo Prazo TOTAL DO PASSIVO Profª Thays Silva Diniz 14 Análise das Demonstrações Financeiras 3 – A EMPRESA EXEMPLO: CIA BIG As técnicas de análise serão numericamente exemplificadas com base em demonstrações financeiras de uma hipotética empresa, denominada Cia. Big, cujos dados foram adaptados de um caso real. A cada nova técnica introduzida, reporta-se à Cia. Big, de forma que o aluno possa perceber como as diversas técnicas de análise se relacionam. Visão Sintética do Balanço ATIVO Circulante Compreende contas que estão constantemente em giro – em movimento, sua conversão em dinheiro ocorrerá, no máximo, até o próximo exercício social PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO Circulante Compreende obrigações exigíveis que serão liquidadas no próximo exercício social: nos próximos 365 dias após o levantamento do balanço Realizável a Longo Prazo Incluem-se nessa conta bens e direitos que se transformarão em dinheiro após o exercício seguinte. Permanente São bens e direitos que não se destinam a venda e tem vida útil longa, no caso bens. Exigível a Longo Prazo Relacionam-se nessa conta obrigações exigíveis que serão liquidadas com prazo superior a um ano- dívidas a longo prazo. Patrimônio Líquido São recursos dos proprietários aplicados na empresa. Os recursos significam o capital mais o seu rendimento – lucros e reservas. Se houver prejuízo, o total dos investimentos proprietários será reduzido. • Investimento: São as aplicações de caráter permanente que geram rendimentos não necessários à manutenção da atividade principal da empresa. • Imobilizado: Abarca itens de natureza permanente que serão utilizados para a manutenção da atividade básica da empresa • Diferido: São aplicações que beneficiarão resultados de exercícios futuros. Profª Thays Silva Diniz 15 Análise das Demonstrações Financeiras 3 - PADRONIZAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Atividades Práticas 1. Marque a Alternativa Correta 1. Duplicatas Descontadas no balanço padronizado: a) Fazem parte do Passivo Circulante Operacional. b) Devem ser deduzidas de Contas a Receber. c) Não precisam figurar no balanço. d) São incluídas no Passivo Circulante Financeiro. 2. Vendas Líquidas representam: a) As Vendas Totais da empresa. b) As Vendas Totais menos Devoluções. c) As Vendas Totais menos as Despesas de Vendas. d) As Vendas Totais menos Impostos e menos Devoluções e Abatimentos. 3. A Provisão para Devedores Duvidosos no balanço é considerada como: a) Acréscimo de Patrimônio Líquido. b) Dedução de Ativo Permanente. c) Acréscimo de Passivo Circulante. d) Dedução de Contas a Receber de Clientes. 4. A Depreciação Acumulada é: a) Uma reserva. b) Uma provisão somada às demais contas do Patrimônio Líquido. c) Uma conta retificadora de Ativo Permanente. d) Um fundo para reposição de máquinas. 2. Questões: 1. 2. 3. 4. 5. 6. O que é Ativo Circulante Operacional? O que é Passivo Circulante Operacional? O que é Capitais de Terceiros? O que é padronização? Qual o motivo de padronizarmos as demonstrações financeiras antes da análise? Dê sua opinião sobre Análise de Balanços na visão de Gestão Empresarial, “ você como um administrador que irá depender destas análises para a tomada de decisão.” Profª Thays Silva Diniz 16 Análise das Demonstrações Financeiras 3. A Cia Soninho apresentou o seguinte balanço em 31/12/X1 CIA SONINHO BALANÇO PATRIMONIAL 31/12/X1 ATIVO PASSIVO Circulante Obras –de –arte Máquinas e equipamentos Imóveis 10 40 100 Realizável a Longo Prazo Fornecedores Gastos pré- operacionais Móveis e utensílios 100 50 30 Permanente Caixa Veículos Duplicatas descontadas 70 80 (15) TOTAL 465 Circulante Duplicatas a receber Lucros Acumulados Contas a pagar 100 55 15 Exigível a Longo prazo Capital Impostos a Recolher 200 10 Patrimônio Líquido Salário a pagar Empréstimos a pagar (1,5 ano) 40 45 TOTAL 465 Pede-se : Apresentar o balanço patrimonial de forma correta em 31/12X1 Profª Thays Silva Diniz 17 Análise das Demonstrações Financeiras 4. Reclassifique o BP e a DRE da Cia Bem Feito. ATIVO CIRCULANTE Disponibilidades Caixa Bancos Aplic de Liq Imed Balanço Patrimonial 31-12-X1 31-12-X2 31-12-X3 PASSIVO CIRCULANTE Fornecedores INSS a recolher FGTS a recolher Impostos a Pagar Divid a Pagar Contas a Pagar Empréstimos Banc 31-12-19X1 31-12-19X2 31-12-19X3 24.612 1.854 630 4.230 1.890 970 2.294 32.816 2.640 822 4.428 1.036 2.173 8.061 56.492 5.805 1.290 3.586 4.778 1.233 20.592 Total do Passivo Circ 36.480 51.976 93.776 1.202 4.482 5.684 1.451 4.055 5.506 1.927 4.779 6.706 37.454 (1.132) (10.100) 26.222 59.117 (1.476) (20.226) 37.415 126.627 (2.064) (55.127) 69.436 8.469 3.255 14.370 26.094 29.060 11.329 12.986 53.375 60.464 14.120 26.970 101.554 EXIG L PRAZO Empréstimos Banc Financiamento 10.920 - . 40.706 19.414 115.176 41.160 58.000 96.296 177.696 Total do Exigível L P 10.920 60.120 156.336 2.100 410 2.510 4.120 915 5.035 8.100 4.480 12.580 PATRIMÔNIO LÍQ Capital Social Subscrito A realizar 26.167 (3.342) 22.825 46.660 (3.000) 43.660 70.748 - . 70.748 13.300 2.060 7.300 5.290 1.710 (5.572) - . 24.088 21.200 9.100 26.500 10.150 3.110 (9.336) 20.200 80.924 41.969 20.600 55.107 16.070 6.781 (18.920) 57.186 178.793 8.491 17.144 35.940 388 5.494 5.882 516 10.939 11.455 1.141 18.068 19.209 Total do Patrim Líq 37.198 72.259 125.897 - 2.100 6.940 Total do Ativo Perman 26.598 88.059 198.313 TOTAL DO ATIVO 84.598 184.355 376.009 TOTAL PASSIVO 84.598 184.355 376.009 Clientes Duplicatas a Rec Prov Dev Duvid Duplicatas Descont Estoques Produtos Acabados Produtos em Proces Matéria-prima Total do Ativo Circ PERMANENTE Investimentos Ações Outras Emp Incentivos Fiscais Imobilizado Imóveis Instalações Máquinas e Equip Veículos Móveis e Utensílios Depreciação Acum Imobiliz em andam Diferido Desp Pré-oper DRE Receita Bruta ( - ) Deduções Devoluções, Abatimentos Impostos Receita Líquida ( - ) Custo dos Prod Vendidos Lucro Bruto Despesas Operacionais De Venda Administrativa Financeira Lucro Operacional Receita / Despesa Não Operacional Lucro na Venda Invest Lucro na Venda Imobilizado Saldo da Correção Monetária Lucro Antes do IR Provisão para IR Lucro Líquido Profª Thays Silva Diniz Reservas de Capital C M do Capital Reservas de Lucro Reserva Legal Lucros Acum 31-12-19X1 31-12-19X2 31-12-19X3 182.616 237.169 455.000 (7.556) (13.128) 161.932 (123.373) 38.559 (16.175) (16.583) 204.411 (147.440) 56.971 (26.807) (21.670) 406.523 (252.927) 153.596 (7.860) (7.151) (10.608) 12.940 (11.397) (9.171) (26.060) 10.343 (19.200) (13.190) (114.503) 6.703 120 (1.598) 11.462 (3.690) 7.772 230 (2.650) 7.923 (3.777) 4.146 390 2.030 9.123 (2.410) 6.713 18 Análise das Demonstrações Financeiras Balanço Patrimonial 31-12-X1 VA AV 31-12-X2 AH VA AV 31-12-X3 AH VA AV AH ATIVO CIRCULANTE SOMA REALIZ A LONGO PRAZO PERMANENTE SOMA TOTAL DO ATIVO PASSIVO CIRCULANTE SOMA EXIGÍVEL A LONGO PRAZO SOMA CAPITAIS DE TERCEIROS PATRIMÔNIO LÍQUIDO SOMA TOTAL DO PASSIVO DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO FINDO EM 19X1 VA AV 19X2 AH VA AV 19X3 AH VA AV AH RECEITA LÍQUIDA ( - ) Custo dos Produtos Vendidos = LUCRO BRUTO ( - ) Despesas Operacionais * de Vendas * Administrativas * Financeiras = LUCRO OPERACIONAL ( + ) Receitas Não Operacional ( + ) Saldo Correção Monetária = LUCRO ANTES DO I.R. ( - ) Imposto de renda LUCRO LÍQUIDO Profª Thays Silva Diniz 19