ÍNDICE - 16/11/2006 Folha de Londrina (PR) .................................................................................................2 Geral .........................................................................................................................................................2 Anvisa abre consulta sobre publicidade.......................................................................................................2 Folha de Londrina (PR) .................................................................................................3 Cidades ....................................................................................................................................................3 Conselho fiscaliza todo Estado .....................................................................................................................3 Folha de Londrina (PR) 16/11/2006 Geral Anvisa abre consulta sobre publicidade São Paulo - Foi aberta segunda-feira, no site da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), uma consulta pública das propostas para a criação de regras para propaganda, publicidade e promoção de alimentos. Sugestões serão aceitas até o dia 11 de janeiro de 2007. Segundo a Anvisa, o objetivo do projeto é restringir a promoção de alimentos potencialmente prejudiciais à saúde -como os ricos em açúcar, sal e gorduras-- para prevenir o surgimento de doenças crônicas como diabetes, obesidade e infarto entre crianças. Hoje, a legislação regula apenas os comerciais de alimentos destinados a crianças de até três anos. A íntegra do projeto está disponível em arquivo de formato PDF. Sugestões podem ser enviadas por e-mail, para o endereço [email protected]; por fax, pelo número 0/XX/61 3448 1216; ou pelo correio, para a Anvisa, SEPN 515, Bloco B, Edifício Ômega, 3º Andar, Sala 2, Asa Norte, Brasília-DF, CEP 70770-502. Folhapress Folha de Londrina (PR) 16/11/2006 Cidades Conselho fiscaliza todo Estado Além de Curitiba, o Conselho Regional de Farmácias (CRF-PR) estendeu a fiscalização às cerca de 400 farmácias de manipulação do Estado, começando por aquelas que são suspeitas de cometer irregularidades na formulação de medicamentos antiobesidade. Segundo o presidente do CRF-PR, Dennis Armando Bertolini, a maioria dos estabelecimentos inspecionados até agora possui irregularidades quanto à associações e dosagens de substâncias anorexígenas, que podem causar dependência física e química e, às vezes, danos irreversíveis à saúde e até à morte. A ação, feita em conjunto com o Conselho Regional de Medicina (CRM-PR), Núcleo de Repressão aos Crimes Contra a Saúde (Nucrisa) e Vigilância Sanitária do Estado começou em maio e já passou por Maringá, Ponta Grossa, Cascavel, Cornélio Procópio, Bandeirantes, Jacarezinho, Umuarama e Campo Mourão. Os únicos relatórios de inspeção perto da conclusão são os de Maringá e Curitiba. A atuação articulada visa conter os abusos e ainda busca cooperação técnica com as sociedades médicas para a uniformização de procedimentos na formulação de anorexígenos. Em julho, inclusive, o Conselho enviou um documento a todas as farmácias magistrais do Paraná, reforçando a proibição de manipular derivados da anfetamina - dietilpropiona, anfetramona e mazindol - associados a outras substâncias que são prescritas para combater efeitos colaterais do próprio medicamento, como laxantes, antidepressivos, calmantes, benzodiazepínicos, diuréticos e hormônios. Mesmo diante da proibição, as farmácias continuam a formular os medicamentos. ''Isso é fato. Meu médico prescreveu 75 mg de dietilpropriona em uma receita e em outra pediu triiodotironina, cumarina, cáscara sagrada, rutina, fluoxetina e bisacodyl. Uma farmácia disse que não poderia formular essa dosagem, que o máximo permitido são 50 mg/dia. Mas aí fui em outra farmácia, no Centro, que aceitou fazer as duas receitas'', relata uma paciente de 26 anos. A jovem voltou ao médico e questionou as dosagens. ''Ele disse que o máximo dessa substância são 100 mg/dia. Eu sei que não está certo, mas o meu tratamento vai durar entre seis a oito meses, e aos poucos vou diminuir as doses'', disse. ''Eu sou uma pessoa esclarecida, faço também exercícios físicos e dieta adequada'', justifica. No entanto, ela confessa que às vezes sente taquicardia e que no início do ano engordou muito depois de terminar um tratamento com anorexígenos. Existe a recomendação da anfetamina como monodroga industrializada ou manipulada, dentro de um prazo curto de tratamento e dosagens permitidas pelo Ministério da Saúde (MS). ''O nosso objetivo era que os farmacêuticos se atentassem não só à proibição, mas também às dosagens permitidas para cada droga'', explica Bertolini. ''O que aconteceu no Estado foi um abuso, causado principalmente pelo desconhecimento da população quanto aos efeitos que a anfetamina pode provocar''.(F.G.)