BOLETIM
set. 2014
ÍNDICE GLOBAL DE
COMPETITIVIDADE 2014/2015
RANKING BRICS IGC 2014 / 2015
Requisitos
básicos
Potencializadores
de eficiência
Inovação e
sofisticação de
mercado
28º China
30º China
33º China
44º Rússia
41º Rússia
83º Brasil
42º Brasil
37º África do
Sul
52º Índia
89º África do
Sul
43º África do
Sul
56º Brasil
92º Índia
61º Índia
75º Rússia
BRASIL CAI 1 POSIÇÃO NO RANKING GLOBAL DE
COMPETITIVIDADE 2014 / 2015
1º COLOCADOS
1º Suíça
2º Singapura
A inovação foi determinante no desempenho competitivo dos BRICS no último ano. A China se
destacou dentre os 30 primeiros colocados, melhorando progressividade o patamar competitivo. A
Rússia sofisticou o mercado e melhorou o desempenho em inovação, o que refletiu na
classificação geral. A África do Sul, além do avanço na maioria dos indicadores, conseguiu manter
o potencial inovador. Na Índia, a manutenção da extrema pobreza e a dificuldade de acesso a
serviços básicos (saúde, educação, saneamento básico) influenciaram no declínio acentuado de
indicadores básicos de competitividade, oposto ao desempenho em áreas mais complexas do
IGC, como inovação (49º) e sofisticação do mercado (57º).
O tamanho do mercado doméstico é o principal pilar da competitividade dos BRICS, o que
influencia na robustez dos relacionamentos produtivos: China (2ª), Índia (3ª), Rússia (7ª) e Brasil (9ª).
A exceção é a África do Sul (25ª), em decorrência da limitação territorial.
3º Estados Unidos
4
28º China
53º Rússia
53º África do Sul
4º Finlândia
57º Brasil
5º Alemanha
71º Índia
Índice Global de
Competitividade
2014/2015
Índice Global de
Competitividade (IGC),
elaborado pelo World
Economic Forum, compara
o conjunto de instituições,
políticas e fatores que
determinam o patamar de
produtividade e de
competitividade,
componentes centrais das
taxas de retorno dos
investimentos dos países.
Diretoria de Educação e Tecnologia (DIRET) | Unidade de Estudos e Prospectivas (UNIEPRO)
Equipe Técnica: Josiane Fachini Falvo.
Tel. (61) 3317-9802 / 9384 || E-mail: [email protected]
BRICS
57º BRASIL
dentre 144 países.
Queda de uma posição em relação a 2013
/ 2014 (56º dentre 148 países), o que
repercutiu na perda de colocação entre os
países dos BRICs para a Rússia, que
avançou de 64º para 53º.
O Brasil não melhorou a atuação, apesar da redução do número de
países avaliados pelo ranking 2014 / 2015, reflexo da piora em 8 dos 12
pilares que compõem Índice Global de Competitividade (IGC).
O declínio deve-se ao progresso insuficiente de aspectos básicos da
competitividade, como a já insuficiente infraestrutura de transporte
(76º) e a deterioração das funcionalidades das instituições (94º), além
de quesitos como a falta de eficiência do governo e a corrupção.
O Brasil é sensível à estagnação dos preços das commodities, com
exceção dos preços do petróleo e à instabilidade financeira
proporcionada pela acomodação da política monetária dos Estados
Unidos.
A dificuldade de implantar reformas estruturais, principalmente em
setores estratégicos da economia que contribuem para a remoção de
barreiras, impedem o avanço dos índices de produtividade e de
competitividade.
1
BOLETIM ÍNDICE GLOBAL DE COMPETITIVIDADE 2014/2015
ÍNDICES E PILARES
Requisitos básicos
Instituições nacionais
Piorou seus indicadores que já estavam mal
classificados, como o Peso da regulação pública
(143º), a Confiança na política pública (140º) e os
Gastos governamentais (137º).
Infraestrutura brasileira
É inferior em relação à maioria dos países, com
destaque negativo para a Qualidade das
rodovias (122º) e dos portos (122º). Surpreende o
razoável posicionamento quanto à Quantidade
de celulares por 100 habitantes (37º).
Ambiente macroeconômico
A Taxa de inflação anual (110º) e o Percentual de
poupança em relação ao PIB (110º) pioraram a
classificação
do
pilar
Ambiente
macroeconômico.
Saúde e ensino fundamental
Melhorou por influencia da erradicação de
doenças como malária e tuberculose e nos
indicadores de Qualidade do ensino fundamental
(126º) e da Taxa de matrícula no ensino
fundamental – líquida em % (18º).
Potencializadores de eficiência
Treinamento e ensino médio e superior
Teve o melhor desempenho no último ano, com
pequena melhora da Qualidade da educação
de matemática e de ciência (131º), apesar de
ainda ocupar os últimos lugares.
Eficiência de bens de mercado
Estabilizou, ainda que indicadores como a Taxa
de importação sobre o PIB (144º) e o Número de
dias
para
fundar
uma
empresa
(142º)
denunciarem obstáculos à competitividade
nacional.
Eficiência do mercado de trabalho
Ampliaram as críticas com a perda de posições
de
indicadores
como
a
Taxação
do
trabalho(139º), Rotatividade do trabalho (135º) e
Relações de cooperação entre empregador e
trabalhador (123º).
Desenvolvimento do mercado financeiro
A pequena queda de posições ilustra a piora em
indicadores imprescindíveis para o incentivo ao
investimento, como o Acesso ao crédito (85º) e a
Disponibilidade de venture capital (80º).
Disponibilidade tecnológica
Tem afetado a competitividade nacional quanto
ao Acesso à inovação tecnológica (77º) e a
Participação dos usuários de Internet (64º).
Tamanho de mercado
É o maior trunfo para a competitividade do Brasil,
pois não se pode ignorar o Tamanho do mercado
doméstico (6º) e do PIB em PPP $Bilhões (7º).
Inovação e sofisticação de mercado
Sofisticação dos negócios
Os indicadores de Cadeia de valor (69º) e
Sofisticação do processo produtivo (48º) têm
influenciado negativamente a Sofisticação dos
negócios, com impacto direto no desempenho
industrial.
Inovação
Tem sido prejudicado pela escassez de recursos
humanos, como a baixa Disponibilidade de
engenheiros e de cientistas (114º) e a Qualidade
dos Institutos de Ciência e Pesquisa (50º), além do
indicador de Colaboração entre empresa e
universidade em P&D (54º) corroborar com o
posicionamento do Sistema Indústria.
2013 / 2014 2014 / 2015
(148 países) (144 países)
Instituições
79º
83º
80º
94º
76º
Infraestrutura
71º
Ambiente macroeconômico
75º
85º
Saúde e ensino fundamental
89º
77º
44º
42º
Potencializadores de eficiência
Treinamento e ensino médio superior
72º
41º
Eficiência de bens de mercado
123º
123º
Eficiência do mercado de trabalho
Desenvolvimento do mercado
financeiro
Disponibilidade tecnológica
Tamanho do mercado
92º
109º
50º
53º
55º
9º
58º
9º
46º
56º
Sofisticação de negócios
39º
47º
Inovação
55º
62º
Inovação e sofisticação de mercado
A educação é uma das principais barreiras ao
avanço do nível de competitividade de um
país e o Brasil está muito aquém do ideal em
indicadores que medem a qualidade da
educação.
2013 / 2014 2014 / 2015
(148 países) (144 países)
Indicadores de educação
Qualidade do ensino
fundamental*
Dentre os países dos BRICS, a Rússia teve o
melhor desempenho e saltou da 64º
colocação em 2013/14 para a 53º em 2014/15,
assumindo o segundo lugar, atrás apenas da
China (28º). Os demais países pioraram no
ranking, sendo mais expressiva a queda de 11
posições da Índia.
129ª
126ª
69ª
18ª
Taxa de matrícula no ensino
médio - bruta (%)**
20ª
37ª
Taxa de matrícula no ensino
superior - bruta (%)**
85ª
n/a
121ª
126ª
136ª
131ª
29º China
49ª
53ª
53º África do Sul
98ª
98ª
Disponibilidade de pesquisa e
de capacitação*
38ª
47ª
56º Brasil
Extensão da capacitação
profissional*
44ª
44ª
60º Índia
Qualidade do sistema
educacional*
Qualidade da educação de
matemática e de ciência*
Qualidade da administração
escolar*
Acesso à internet nas escolas*
O Brasil melhorou em praticamente metade
dos 10 indicadores de educação que
compõem
o
Índice
Global
de
Competitividade (IGC). A perda de posições
ocorreu principalmente em indicadores que
compararam a qualidade da educação:
sistema educacional (126º), administração
escolar (53º) e disponibilidade de pesquisa e
capacitação (47º). A qualidade do ensino
fundamental melhorou 3 posições, mas
permaneceu nos últimos lugares (126º).
2
BRICS
Taxa de matrícula no ensino
fundamental - líquida (%)**
* Opinião de executivos consultados
** Dados estatísticos de fontes governamentais
RANKING BRASIL IGC 2014 / 2015
Requisitos básicos
INDICADORES DE EDUCAÇÃO
O grande avanço foi a taxa de matrícula
líquida no ensino fundamental da 69º (2013/14)
posição para a 18º (2014 / 2015), o que indica
a manutenção da inserção das crianças no
sistema educacional na idade recomendada.
Segundo o Anuário da Educação Básica 2014,
a taxa líquida de matrícula no Ensino
Fundamental aumentou apenas 1p.p. de 2007
a 2012, de 92,6% para 93,8%. A meta do Plano
Nacional da Educação (PNE) é alcançar 95%,
incluindo a população em situação de maior
vulnerabilidade social.
2013/2014
64º Rússia
2014/2015
28º China
53º Rússia
56º África do Sul
57º Brasil
71º Índia
Os três principais índices do IGC 2014 / 2015
ilustram a dificuldade da competitividade
nacional se equiparar aos demais países dos
BRICS, na medida em que nos falta requisitos
básicos, como infraestrutura, desenvolvimento
macroeconômicos, educação e saúde.
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