ESTUDOS E PESQUISAS Nº 289 Na Crise, Novo Papel dos BRICs (BRIMCs?) João Paulo dos Reis Velloso * XXI Fórum Nacional - Na Crise Global, o Novo Papel Mundial dos BRICs (BRIMCs?) e as Oportunidades do Brasil (Crise como Oportunidade, Através do Plano de Ação) 18 a 21 de maio de 2009 * Coordenador-Geral do Fórum Nacional. Versão Preliminar – Texto sujeito à revisões pelo(s) autor(es). Copyright © 2009 - INAE - Instituto Nacional de Altos Estudos. Todos os direitos reservados. Permitida a cópia desde que citada a fonte. All rights reserved. Copy permitted since source cited. INAE - Instituto Nacional de Altos Estudos - Rua Sete de Setembro, 71 - 8º andar - Rio de Janeiro - 20050-005 - Tel.: (21) 2507-7212 Fax: (21) 2232-1667 - E-mail: [email protected] - web: http://forumnacional.org.br INTRODUÇÃO NA CRISE, NOVO PAPEL DOS BRICs (BRIMCs?). E OPERACIONALIZAR O PLANO DE AÇÃO, PARA TRANSFORMAR A CRISE EM OPORTUNIDADE João Paulo dos Reis Velloso Maio - 2009 “ON A CLEAR DAY, YOU CAN SEE FOREVER” (“NUM DIA CLARO, VOCÊ PODE VER PARA SEMPRE”) 2 NA CRISE, NOVO PAPEL MUNDIAL DOS BRICs (BRIMCs?) I. II. III. BRICs (BRIMCs): As potências Econômicas do Futuro – Brasil, Rússia, Índia, China (e México?). A Crise Global, em maior ou menor escala, atingiu todos os BRICs. Mas isso não vai impedir que sejam os Emergentes com maiores chances de vir a ser potências globais. Principalmente se atuarem como grupo, no meio da Crise e no Futuro. Kregel (A Crise): A chave para a continuação do sonho (os BRICs) é a transformação do Crescimento liderado pelas Exportações em Crescimento voltado para a Demanda Interna em Economias nas quais ainda existe uma grande população rural e a desigualdade a ela associada. 3 IV. V. GAIDAR (Rússia): “... Mas a Economia Russa em 20072008 estava evidentemente superaquecida”. “Então, o que tínhamos de pagar por medidas orientadas para alcançar estabilidade financeira? O preço era a taxa de Crescimento declinante e potencialmente taxas de Desenvolvimento Econômico negativas. Em condições de uma Crise Econômica Global isso não é um desastre”. THOMAS (Brasil): “Em comparação com outros BRICs, o Brasil está atrasado em Inovação”. “Desenvolvendo o potencial de Recursos Naturais, o Brasil não estaria destinado ao Baixo Crescimento. Aglomerados (clusters) de Conhecimento de empresas promovem Inovação no Agronegócio”. Exemplos de sucesso de Economias baseadas em Recursos Naturais incluem Finlândia, Suécia e os Estados Unidos. 4 VI. VII. KHARAS (Índia): “A implicação é que em menos de 30 anos – apenas uma geração – a Índia poderia transformar-se de uma Economia pobre em uma Economia avançada, uma realização notável para um país com um bilhão de pessoas. Se esse potencial puder ser realizado, o impacto sobre o mundo seria extraordinário”. KEIDEL (China): “Em muitas dimensões importantes, a combinação das Instituições Econômicas e Estratégias das lideranças da China pode ser justamente o que é necessário para administrar esta emergência rápida e decisivamente. Mas ainda é cedo para saber se elas podem gerir o repentino declínio no grande superávit de Comércio da China. “No longo prazo, entretanto, o teste real será saber se a Crise irá retardar ou acelerar as Reformas Econômicas e o ritmo do Crescimento Sustentável”. 5 VI. VII. CARLOS ELIZONDO (México): Prioridade aos fatos de que: ¾ A contração nos EUA provavelmente reduzirá drasticamente o Crescimento do México. ¾ O México está sendo afetado pela Crise Global, mas em situação muito mais sólida de que no passado. ¾ Preços internacionais mais baixos do Petróleo como fator a considerar. ¾ A Influenza agrava os problemas. ¾ As Oportunidades estão em Reformas Estruturais: Energia, Trabalhista, Regulatória, Tributária. LEIPZIGER (“The BRICs and beyond”): ... “(Destacamos) Um Grupo de 10 nações que irão desempenhar um papel importante na Política e Economia Globais”... “e identificamos áreas de mais produtivo engajamento e cooperação nas duas esferas. Um olhar crítico aos papéis e responsabilidades de novos atores é particularmente importante no ambiente atual, diante do fato de que a Crise Financeira e Econômica Global proporciona às Potências Emergentes uma Oportunidade sem precedentes para contribuir para iniciativas sistemicamente importantes”. 6 VIII. MARTINS: Importância das Mudanças e Dilemas na Cena Internacional, com ênfase na redefinição de HEGEMONIA, PODER E INFLUÊNCIA, no Plano Internacional, salientando a pluralidade de atores (e novas categorias de atores), na Complexa Arquitetura da Cena Internacional, agora agravada pela Crise Global. 7 INTEGRAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO E DO XXXI FÓRUM – PARA OPERACIONALIZAR O PLANO E TRANSFORMAR CRISE EM OPORTUNIDADE I. II. III. Essência do Plano de Ação – trazer Rumo e Esperança, através da mobilização do País no sentido de Transformar a Crise em Oportunidade. O Brasil já fez isso, principalmente na Crise dos anos 30 (Época da “Grande Depressão”) e na I Crise do Petróleo. Como transformar a Crise em Oportunidade: Estratégia baseada na atuação em duas frentes. Primeira frente: ações imediatas e de superação de obstáculos, e preparação das bases: ¾ Garantia de crédito, Interno e Externo, ao Setor Produtivo, principalmente, preservar a renda (e consequentemente o Emprego) de Setores Vitais da Economia. 8 ¾ ¾ IV. V. Superar a Vulnerabilidade Externa já existente. Como não vai haver mais aumento de Receita Pública, conter os Gastos de Custeio – nos Três Poderes –, para poder liberar Recursos para o Investimento Público e o Investimento Privado (inclusive em Intangíveis). Segunda frente: ir adiante, desenvolvendo ações para o aproveitamento de Oportunidades. Principais Oportunidades Estratégicas: ¾ Usar o Pré-sal para criar um grande Complexo Industrial (inclusive Indústria Eletroeletrônica e downstream da Indústria Petroquímica). ¾ Colocar o Brasil na liderança competitiva, mundialmente, dos Setores Intensivos em Recursos Naturais (e, sempre que possível, criação de noncommodities). 9 ¾ VI. Novos Avanços em nossa Matriz Energética (Carro Elétrico?). ¾ Nova etapa do Desenvolvimento da Bioenergia (Biocombustíveis). ¾ Transformar o Brasil em Terceiro Centro Global de Tecnologias de Informação e Comunicações (TICs). ¾ Transformando potencial em Oportunidade (Grande Oportunidade) – Desenvolver a Biotecnologia à base da Biodiversidade – principalmente na Amazônia. Oportunidades Sociais: principalmente Oportunidade para os pobres, integração de Favelas às Cidades (hoje são Guetos) e “Capitalismo Criativo” de Bill Gates. 10 VII. VIII. Para tirar proveito das Oportunidades, necessário usar os instrumentos da Economia do Conhecimento (“Economia Criativa”), como Ciência/Tecnologia (ênfase em TICs), Investimento em Intangíveis (inclusive novos métodos de Management), Engenharia de Produto e Processo, Alta Qualificação na Mão de Obra. Necessidade de fazer acontecer. O Estado não pode ficar apenas na posição de aprovar medidas. As medidas têm de acontecer. Daí a importância de ação Executiva, acompanhamento e controle da execução. 11 CONCLUSÃO: DIFERENÇA ENTRE BOM GOVERNO E GOVERNO EXCEPCIONAL: O GOVERNO EXCEPCIONAL TRANSFORMA CRISE EM OPORTUNIDADE 12