Manejo de Pastagens
Magno José Duarte Cândido
Universidade Federal do Ceará
Departamento de Zootecnia
[email protected]
Fortaleza – Ceará
30 de março de 2010
2
Objetivos do manejo de pastagens
 Maximizar o lucro do produtor (buscando a
eficiência na produção);
 Evitar riscos e estresses desnecessários aos
animais (fornecer conforto ao animal);
 Manter o equilíbrio do ecossistema (alta produtiv.
no longo prazo).
3
Fatores do manejo de pastagens
 Produção e qualidade dos pastos;
 Métodos de pastejo;
 Consumo animal;
 Suplementação;
 Pressão de pastejo;
 Ganho/animal x ganho/área;
 Equilíbrio entre demanda e suprimento de alimentos
Quantidade x Qualidade do pasto/Efeito da planta
Relações anatômicas e bioquímicas na célula e as mudanças relativas a
comparações de tecido jovem e maduro (a), folha x caule (b) e C3 x C4 (Huston e
Pinchak, 1991).
4
Quantidade x Qualidade do pasto/Efeito da planta
PAREDE CELULAR DE FORRAGEIRAS
Figura – Estrutura da parede celular.
Fonte: Profa. Durvalina M. M. dos Santos (2007)
5
Quantidade x Qualidade do pasto/Efeito da planta
PAREDE CELULAR DE FORRAGEIRAS
Figura – Formação da parede primária.
Fonte: Profa. Durvalina M. M. dos Santos (2007)
6
PAREDE CELULAR DE FORRAGEIRAS
Parede celular primária
Parede celular secundária
Espessam.
Lúmen
celular
%
Lignina
Figura – Desenvolvimento da parede secundária.
(JUNG e ALLEN, 1995)
7
PAREDE CELULAR DE FORRAGEIRAS
Parede secundária
Parede primária
F
A
A
A
A
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
A = arabinoxilanas; F = ácidos ferúlicos
Figura – Lignificação da parede celular.
(JUNG & DEETZ, 1993)
8
Quantidade x Qualidade do pasto/Efeito da planta
Qualidade
Rendimento máximo de nutrientes
por área (Ex.: kg PB/ha)
Quantidade
Figura - Efeito do período de descanso sobre a altura do pasto (quantidade
de forragem) e sua qualidade (adaptado de Cândido, 2003).
9
Quantidade x Qualidade do pasto/Efeito da planta 10
Qualidade
Rendimento máximo de nutrientes
por área (Ex.: kg PB/ha)
Quantidade
Figura - Efeito do período de descanso sobre a altura do pasto (quantidade
de forragem) e sua qualidade (adaptado de Cândido, 2003).
Quantidade x Qualidade do pasto/Efeito da planta 11
Idade do pasto (dias)
10
20
35
Teor de PB (% MS)
15
10
5
MSFT (kg/ha)
2000
4500
6000
Rendimento de PB (kg/ha)
300
450
300
Quantidade x Qualidade do pasto/Efeito da planta 12
Pasto jovem
Pasto velho
Proteína
alta
baixa
Carb. Solúveis
alto
baixo
Lignina
baixa
alta
Fibra
baixa
alta
Relação folha/colmo
alta
baixa
Produtivid. de forrag.
baixa
alta
Digestibilidade
alta
baixa
Consumo individual
alto
baixo
Consumo por área
baixo
baixo
Produtivid. Animal
baixa
baixa
ALTURA DO PASTO
Altura pré-pastejo do pasto após descanso de aproxim. 27 dias
13
ALTURA DO PASTO
Altura pré-pastejo do pasto após descanso de aproxim. 27 dias
14
ALTURA DO PASTO
Altura pré-pastejo do pasto após descanso de aproxim. 37 dias
15
Quantidade x Qualidade do pasto/Efeito da planta 16
Figura - Perfilhos reprodutivos no capim-tanzânia após
descanso de 37 dias (3,5 folhas/perf) (Silva, 2004).
Quantidade x Qualidade do pasto/Efeito da planta 17
IDADE DO PASTO X PERDAS DE FORRAGEM
Figura - Perdas de forragem em capim-tanzânia após descanso de 37 dias
(3,5 folhas/perfilho) (Silva, 2004).
Quantidade x Qualidade do pasto/Efeito da planta 18
IDADE DO PASTO X PERDAS DE FORRAGEM
Figura - Perdas de forragem em capim-canarana (foto do autor).
Quantidade x Qualidade do pasto/Efeito da planta 19
IDADE DO PASTO X PERDAS DE FORRAGEM
Figura - Perdas de forragem em capim ‘coast-cross’ (foto do autor).
Quantidade x Qualidade do pasto/Efeito da planta 20
Figura - Pasto de capim Mombaça no primeiro dia de pastejo após 25 dias
(2,5 folhas/perf) de descanso, em Capinópolis-MG (foto do autor).
Quantidade x Qualidade do pasto/Efeito da planta 21
Figura - Pasto de capim Mombaça no primeiro dia de pastejo após 45 dias
(4,5 folhas/perf) de descanso, em Capinópolis-MG (foto do autor).
Quantidade x Qualidade do pasto/Efeito da planta 22
Tabela - Efeito do prolongamento do período de descanso em Panicum maximum
cv. Mombaça sobre o desempenho e o rendimento de novilhos em
pastejo
PD
PD
GMD
TL
PD
dias f/perf g/nov nov/ha
PP
CP
dias
Pi
Pf
kg
Tempo
Lotes
Produtiv
dias
/ano
@/ha x an
25
2,5
704
6,2
25
5
30
280 450
241
1,51
53
35
3,5
546
7,0
35
5
40
280 450
311
1,17
47
45
4,5
433
6,7
45
5
50
280 450
393
0,93
35
Fonte: adaptado de Cândido (2003)
Quantidade x Qualidade do pasto
Efeito dos fatores abióticos
23
Temperatura:
Favorece o crescimento
Reduz o valor nutritivo
Água:
Tanto falta quanto excesso diminuem o crescimento
Estresse hídrico: menor efeito na qualidade que no
crescimento
efeitos na qualidade da forragem: são positivos,
principalmente por causa do atraso na maturidade proporcionado
pelo estresse hídrico
Quantidade x Qualidade do pasto
Efeito dos fatores abióticos
Luz:
Acelera o crescimento
Reduz o valor nutritivo, porém, melhora a estrutura
Nutrientes:
Aceleram o crescimento
Efeito variável sobre o valor nutritivo (efeito de diluição x efeito
de concentração)
24
Quantidade x Qualidade do pasto
25
Figure - Linear regression models
describing the relationship
between shrub encroachment
(shrub index) and
(a) herbage mass of dry matter
(DM; 2 = 0Æ50, P < 0Æ001) and
variables describing nutritive
value: concentrations
of (b) crude protein (CP; R2 =
0Æ47, P < 0Æ001), (c) crude
fibre (CF; R2 = 0Æ17, P < 0Æ05),
(d) crude lipid (CL;
R2 = 0Æ46, P < 0Æ001), (e)
water-soluble carbohydrates
(WSC; R2 = 0Æ58, P < 0Æ001)
and (f) metabolizable energy
(ME, R2 = 0Æ35, P < 0Æ01).
TEMPERATURA X QUALIDADE DA FORRAGEM
26
QUADRO - Efeito da temperatura na digestibilidade das forrageiras
Espécie
Tipo
Digestibilidade¹
Média de 10 gramíneas
C3 e C 4
- 1,14%
Fonte
Minson e McLeod (1970) citados por
HENDERSON e ROBINSON (1982b)
Brachiaria ruziziensis
C4
- 0,8 a -1,0 %
Deinum e Dirven (1975) citados por REIS
e RODRIGUES (1993)
Cynodon dactylon
C4
- 1,07%
HENDERSON e ROBINSON (1982b)
Festuca arundinacea
C3
- 0,8 %
Dirven e Deinum (1977) citado por
BUXTON e FALES (1994)
Phleum pratense L.
C3
- 0,5 %
Ohlsson (1991) citado por BUXTON e
FALES (1994)
Trifolium pratense L.
C3
- 0,7 %
Ohlsson (1991) citado por BUXTON e
FALES (1994)
¹ Redução proporcionada pelo aumento de 1°C na temperatura de
crescimento.
27
RADIAÇÃO SOLAR X QUALIDADE DA FORRAGEM
QUADRO - Teores de proteína bruta, digestibilidade “in vitro” da matéria seca (DIVMS),
e carboidratos totais não estruturais (CTN), de gramíneas tropicais (média de seis
gramíneas) cultivadas sob três níveis de sombreamento
Nível de
(a)
Proteína Bruta
sombra
DIVMS
(b)
(%)
(c)
(%)
CTN
(%)
Folha
Caule
Folha
Caule
Base do caule
0%
11,7
5,9
56,5
53,1
6,04
40%
13,5
6,7
53,7
51,7
5,88
60%
15,7
7,5
51,0
48,1
5,62
Fonte: Adaptado de CASTRO (1996).
28
Métodos de pastejo
 Lotação contínua
 Lotação rotativa
Lotação rotativa convencional
Lotação rotativa alternada
Pastejo em faixas
Creep grazing
Primeiro-último
Pastejo diferido
29
Métodos de pastejo - Lotação contínua
Definição: o rebanho tem acesso à toda a área da
pastagem durante toda a estação de crescimento
30
Lotação rotativa
Definição: o rebanho tem acesso a uma subdivisão da
pastagem a cada momento, havendo momentos de
pastejo e de descanso para cada uma das subdivisões
31
Métodos de pastejo - Lotação rotativa
Conceitos importantes:
 Período de pastejo: período em que o rebanho
permanece num piquete;
Período de descanso = período entre dois pastejos
sucessivos num mesmo piquete;
 Ciclo de pastejo = tempo que o rebanho leva para dar
uma “volta completa” no sistema, normalmente = PP+PD.
32
Modalidades da lotação rotativa
Lotação rotativa convencional
Modalidades da lotação rotativa
(escalonamento do pasto nos piquetes)
(Foto: Casagrande, 2008).
33
34
Modalidades da lotação rotativa
Pastejo em faixas
35
Modalidades da lotação rotativa
Pastejo em faixas
Exemplo:
PD = 21 dias; PP = 1 dia; CP = 22 dias
36
Modalidades da lotação rotativa
Primeiro último
(“Ponta-rapador”?)
Usa 2 ou mais grupos de animais
Primeiro grupo:
Último grupo:
categoria de
categoria de
maior exigência
menor exigência
37
Modalidades da lotação rotativa
Primeiro último
Conceitos importantes:
 Período de permanência: período em que um grupo de
animais permanece no piquete;
 Período de ocupação: somas dos períodos de
permanência de todos os grupos de animais em cada
piquete;
38
Modalidades da lotação rotativa
Creep Grazing
39
Modalidades da lotação rotativa
Pastejo diferido
Feno, silagem,
diferimento
40
Lotação contínua x lotação rotativa
Relação entre ganho por animal e a taxa de lotação nos métodos
de pastejo sob lotação contínua e rotativa (RIEWE, 1985).
41
Vantagens da lotação contínua
 Menor investimento em infra-estrutura;
 Maior capacidade de “auto-correção” do ecossistema 
Aceita mais erros;
 Menor requerimento de mão-de-obra para o manejo.
42
Método de pastejo x uniformidade de pastejo
Ilustração: Ribeiro (http://www.capritec.com.br/pdf/Pastagensparacaprinos.pdf)
43
Vantagens da lotação rotativa
 > uniformidade de pastejo  > taxa de crescimento do
pasto (kg MS/ha x dia)  > capacidade de suporte do
pasto  > rendimento (produtividade) de produto
animal por área com  taxa de lotação;
Método de
pastejo
Tx. Lotação
Produção
Produtividade
vacas/ha
kg leite/vaca x d
kg leite/ha x d
Lot. Contínua
5
10
50
Lot. Rotativa
5
11
55
Lot. Rotativa
6
10
60
Lot. Rotativa
7
7
49
Fonte: simulação do autor.
Vantagens da lotação rotativa
Melhor acompanhamento da condição da
pastagem e do animal (mais fácil de enxergar
possíveis erros);
Distribuição mais uniforme dos excrementos;
Permite pastejo com mais de um grupo de
animais;
 Permite uma colheita do excesso de forragem
com melhor qualidade para conservação.
44
Vantagens da lotação rotativa
45
Uso da lotação rotativa intensiva
Condições climáticas
 Precipitação (ou irrigação);
 Luminosidade (radiação solar);
 Temperatura.
46
47
Requisitos para o uso da lotação rotativa intensiva
Adubação (principalmente N)
Piq.
1
2
3
4
5
6
7
8
PP
3
PD*
3
PD*
6
PD*
9
PD*
12
PD*
15
PD*
18
PD*
21
Dose: 600 kg N/ha x ano; PP = 3 dias; PD = 21 dias; CP = 24 dias; Uréia: 45% N
PD* = período de descanso do primeiro piquete
365 dias/ano  24 dias/ciclo = 15,21 ciclos/ano
600 kg N/ha x ano
 15,21 ciclos = 39,45 kg N/ha x ciclo  1,0 ha
4,93 kg N/piq x ciclo  0,125 ha/piq
45 kg de N  100 kg de uréia
4,93 kg N/piq x ciclo  10,96 kg uréia/piq x ciclo
48
Requisitos para o uso da lotação rotativa
intensiva
Adubação (principalmente N)
Massa de forragem
Dose
TPF
(kg MS/ha)
(kg N/ha x ano)
(kg MS/ha x dia)
25 dias
50 dias
100
40
2000
4000
400
110
4000
6000
TPF = taxa de produção de forragem. Fonte: simulação do autor
 Adubar logo após a saída dos animais;
 Irrigar após a adubação, quando feita em solo úmido;
 Ver a necessidade de escalonar a adubação.
Uso da lotação rotativa intensiva
49
Espécie forrageira
 Elevada taxa de produção de forragem (kg MS/ha x dia);
 Resposta à adubação e/ou à irrigação;
 Elevada qualidade;
 Tolerância a pastejos freqüentes;
 Elevado vigor de rebrotação;
 Facilidade de estabelecimento e propagação;
Uso da lotação rotativa
Espécie forrageira
 Bovinos:
Capim-elefante
Tanzânia, Mombaça, Tobiatã, Massai, Vencedor...
Coast-cross, Tifton, Estrela Africana
Braquiárias
Canaranas
 Ovinos e caprinos (forrageiras até porte médio):
Tanzânia, Aruana, Massai
Coast-cross, Tifton-68, Tifton-85, Estrela Africana
Braquiárias: não usar com ovinos!
50
Uso da lotação rotativa intensiva
Tipo de animal
X
Categoria de produção
Dorper
Santa Inês
Rodrigo G. da Silva
Théa M. M. Machado
Somalis Brasileira
Morada Nova
SRD
51
Uso da lotação rotativa intensiva
52
Conforto animal
Cortesia de Cavalcante (2004)
Árvores na área de
descanso
Centralização da área de
descanso
Dimensionam. de um módulo rotativo
N = (PD/PP) + X
N: número de piquetes
PD: período de descanso
PP: período de permanência
X: número de grupos de animais
53
Dimensionam. de um módulo rotativo
54
Dimensionam. de um módulo rotativo
Período de descanso (PD)
Planta:
Cynodon = 20 – 25 dias
Panicum = 20 – 35 dias
Animal: PD para ovinos < PD para bovinos
55
Dimensionam. de um módulo rotativo
56
Efeito do prolongamento do período de descanso em Panicum maximum cv.
Tanzânia sobre o desempenho e o rendimento de ovinos em pastejo
Período de descanso
(dias)
Taxa de lotação
(ovinos/ha) (UA/ha)
Ganho médio diário Rendimento animal
(g/ovino x dia)
123A
(kg PV/ha xano)
17
69B
7B
3123A
27
74B
8AB
94B
2646AB
37
84A
9A
36C
1691B
Médias, na mesma coluna, seguidas de letras distintas diferem (P<0,05) pelo teste “t”, de Student.
Fonte: adaptado de Silva (2004) .
Dimensionam. de um módulo rotativo
Período de permanência
Bovinos: 4 a 7 dias
Ovinos e caprinos: 3 a 5 dias
Bovinos, ovinos ou caprinos de leite: 1 dia?!?!
57
58
Taxa de lotação x Densidade de lotação
0,5 anim/ha x d
Figura – Efeito do
aumento no
número de
subdivisões
(piquetes) de
uma pastagem
sob lotação
rotativa sobre a
taxa de lotação
e a densidade
de lotação
(simulação do
autor)
5d
15 d
59
Taxa de lotação x Densidade de lotação
0,5 anim/ha x d
Figura – Efeito do
aumento no
número de
subdivisões
(piquetes) de
uma pastagem
sob lotação
rotativa sobre a
taxa de lotação
e a densidade
de lotação
(simulação do
autor)
5d
15 d
60
Dimensionam. de um módulo sob rotação
Número de grupos de animais
Tipo de rebanhos do produtor
Nível tecnológico do produtor
Objetivos do sistema de produção
Resultado: 1 a 3 grupos de animais (no máximo)
10: Bezerros
20: Vacas em lactação
30: Novilhas e vacas secas
61
Dimensionam. de um módulo sob rotação
EXEMPLOS:
Per. Descanso = 35 dias
Per. Pastejo/Permanên. = 5 dias
grupos de animais = 1
N = (35/5) + 1 = 8 piquetes
Piq.
1
2
3
4
5
6
7
8
PP
5
5
5
5
5
5
5
5
PD = 35 dias
62
Dimensionam. de um módulo sob rotação
OUTRO EXEMPLO:
Piq.
Per. Descanso = 21 dias
Per. Pastejo/Permanên. = 3 dias
grupos de animais = 1
N = (21/3) + 1 = 8 piquetes
1
2
3
4
5
6
7
8
PP
3
3
3
3
3
3
3
3
PD = 21 dias
se aumentar para 2 grupos de animais
8 = (PD/PP) + 2
PD/PP = 6
Opções: PD = 18 dias e Per. Perman.= 3 dias
PD = 24 dias e Per. Perman.= 4 dias?PO = 8 dias
63
Dimensionam. de um módulo sob rotação
OUTROS EXEMPLOS:
descanso = 29 dias
ocupação = 1 dia
grupos de animais = 1
N = (29/1) + 1 = 30 piquetes
descanso = 28 dias
ocupação = 1 dia
grupos de animais = 2 (vacas em lactação e vacas secas)
N = (28/1) + 2 = 30 piquetes
64
Aproveitamento do excesso de forragem
Situação 1: sem excesso de forragem
Área = 10 ha; MSFT = 48.000 kg/ciclo
2,5 ha
12000 kg
1,25 ha
6000 kg
65
Aproveitamento do excesso de forragem
Situação 2: com excesso de forragem
Área = 10 ha; MSFT = 55.000 kg/ciclo – 48.000 kg = 7.000 kg
2,5 ha
13750 kg
1,25 ha
6875 kg
66
Escalonamento dos piquetes
EXEMPLO: Tanzânia, PD = 21 dias, PP = 3 dias, CP = 24 dias
Piq.
1
Data
Sex
do roço 26/08
Idade
0
Piq. 1
PP
3 dias
2
3
4
5
6
7
8
Seg
29/08
Qui
1/9
Dom
4/9
Qua
7/9
Sáb
10/9
Ter
13/9
Sex
16/09
3
6
9
12
15
18
21
3
3
3
3
3
3
3
Roço
no final
da tarde
PD = 24 dias
Layout de áreas sob lotação rotativa
67
68
Layout de áreas sob lotação rotativa
69
Layout de áreas sob lotação rotativa
70
Layout de áreas sob lotação rotativa
71
Layout de áreas sob lotação rotativa
Lotação rotativa e eficiência de uso
da forragem
Figura - Utilização de cerca temporária (fio eletrificado) para aumentar a eficiência
de utilização da forragem em pastagens sob lotação rotativa.
Vantagens: aumenta a uniformidade de pastejo e estimula o consumo?
72
Lotação rotativa e eficiência de uso
da forragem
73
Lotação rotativa e eficiência de uso
da forragem
74
Lotação rotativa e eficiência de uso
da forragem
Figura - Utilização de cerca temporária (fio eletrificado) para aumentar a eficiência
de utilização da forragem em pastagens sob lotação rotativa com metade
do número de piquetes desejado (ilustração do autor).
Vantagem adicional: balanceamento da forragem ao longo de dois dias de pastejo.
75
76
Irrigação de pastagens
Temperaturas para o crescimento das forrageiras
Temperatura (°C)
Espécie forrageira
Mínima
Ótima
Máxima
Gramíneas e leguminosas
tropicais
15
30 a 35
35 a 50
Gramíneas e leguminosas
temperadas
5 a 10
20
30 a 35
Irrigação de pastagens
Temperaturas mínimas médias mensais em três localidades de Minas Gerais
(Lavras, Paracatu e Araçuaí), do Centro-Oeste (Goiânia, Campo Grande e
Cuiabá) e do Nordeste (Garanhuns, Ilhéus e Sobral) (BRASIL, 1969a,b,c)
77
78
Irrigação de pastagens
Taxa mensal de crescimento (kg/MS/ha), de cultivares de capim
Elefante submetido ou não à irrigação durante a seca, em Pernambuco
(Junior et al., 2000)
Taxa de produção de forragem
Cultivares
Taiwan A-146
Cameroon
Kizozi
Mineiro
Cana Africana
Mott
Elef. dePinda
Média
(kg/ha x mês)
irrig x n.irrig.
Irrigado
Não-irrigado
(%)
1435aA
1198abA
972bcA
793bcA
792bcA
706cA
607cA
929
179aB
188aB
220aB
265aB
172aB
247aB
198aB
210
87,53
84,31
77,37
66,58
78,28
65,14
67,38
77,40
Princípios básicos do uso da Irrigação
 Irrigação de baixa pressão ( 20m.c.a. ou 2,0 kgf/cm2);
 Irrigação setorizada;
 Irrigar à noite:  custos com energia e  efic. aplic.;
 Água boa qualidade + tela válvula de pé: entupimento;
 Válvula de limpeza no final da linha principal;
 Monitoramento da pressão (manômetro);
79
Fatores que afetam o consumo em
estabulação (Minson, 1990)
80
Consumo = f (facilidade de fragmentação das partículas, até  1,0 mm)
Redução do tamanho das partículas = f (mastigação e ruminação)
Principais fatores que afetam o consumo em animais estabulados:
Diferenças entre espécies de plantas forrageiras:
Leguminosas vs. Gramíneas
Legum.   resistência à fragmentação ( % CHOs estrut)
Trifolium repens = 6,4 h/kg MS
Lolium perenne = 9,1 h/kg MS (Aitchison et al., 1986)
Espécies de clima temperado vs. espécies de clima tropical
Clima temper.   % de CHO estrut. e  DMS   consumo
Mistura de Leguminosas e Gramíneas  Cons. = f ( % legumin. na mistura
Proporções das partes (frações) da planta:
Folha   resistência à mastigação   consumo
(Laredo & Minson, 1973,1975)
Fatores que afetam o consumo em
estabulação (Minson, 1990)
Idade da planta forrageira:
Forragem mais madura   % CHO estrut.   consumo
 % colmo
 cons. tanto da folha como do colmo
 % lignina
 energia requerida para a fragmentação do material
 tempo de retenção de ambas as frações no rúmen
Deficiências nutricionais na forragem madura
Principalmente proteína  nível crítico = 70 g/kg MS
Formas de reverter esse baixo consumo:
suplementação protéica
81
Fatores que afetam o consumo em
pastejo
Altura do pasto (cm)
Densidade de plantas (nº de indivíduos/m2)
Densidade da forragem (g MS/cm3)
Massa seca de forragem total, MSFT (kg/ha)
Massa seca de lâminas foliares verdes (kg/ha)
Oferta de forragem (kg MS/100 kg PV x dia)
MSFT residual (kg/ha)
Figura - Relações entre o consumo de forragem e as características quantiqualitativas do pasto (Poppi et al., 1987).
82
DENSIDADE DA FORRAGEM x CONSUMO
83
Altura
BAIXA
ALTA
ALTA
Densidade
ALTA
BAIXA
ALTA
Massa
MÉDIA
MÉDIA
ALTA
Consumo
MÉDIO
BAIXO
MÉDIO
DENSIDADE E MASSA DE FORRAGEM
Figura - Massa de forragem em capim Tifton-85 após 19 dias de
descanso (cortesia de Cavalcante Júnior, 2005).
84
85
DENSIDADE E MASSA DE FORRAGEM
Figura - Massa de forragem em capim-mombaça após 26 dias de
descanso (foto do autor).
CONSUMO DE FORRAGEM E PRODUÇÃO
Figura - Relação entre consumo de forragem e produção
animal (Alvim & Gardner, 1985)
86
CONSUMO DE FORRAGEM E PRODUÇÃO
2X
X
Figura - Relação entre consumo de forragem e produção
animal (Spedding, 1963)
87
88
CONSUMO DE FORRAGEM E PRODUÇÃO
Tabela - Requerimentos de matéria seca e proteína por um novilho para recria,
dos 150 aos 450 kg de peso vivo
Tempo p/
Necessidades
GMD
Conversão
engorda
Diári as
Totais
Alimentar
kg/anim
MS
DIVMS
PB
MS
PB
kg
%
%
ton
kg
dias
x dia
kg/kg
0,25
1200
6,10
57
8,9
7,3
648
24,4
0,50
600
7,44
59
8,7
4,9
431
14,8
0,75
400
7,63
67
10,2
3,4
323
10,2
1,10
273
7,95
74
11,8
2,4
254
7,2
GMD = ganho médio diário;
MS = matéria seca;
DIVMS = digestibilidade in vitro da matéria seca;
PB = proteína bruta;
Conversão alimentar = kg de matéria seca consumida/kg de ganho em peso vivo;
Fonte: adaptado de Blaser et al. (1986)
89
CONSUMO DE FORRAGEM E PRODUÇÃO
CONSUMO: MANTENÇA E PRODUÇÃO
Ex.: Novilho de corte de 300 kg PV
Consumo de matéria seca (CMS) = 2,5% PV/dia = 7,5 kg MS/anim x dia
Consumo para mantença = 1,5% PV/dia = 4,5 kg MS/anim x dia
Consumo para produção = 1,0% PV/dia = 3,0 kg MS/anim x dia
MSFC
Rebanho
CMS
Desempenho
Produtividade
kg MS/d
Animais
kg MS/anim x d
kg PV/anim x d
kg PV/reb x d
1440
320
4,5
0,0
0,0
1440
240
6,0
0,65
156,0
1440
192
7,5
0,8
153,6
MSFC = massa seca de forragem colhível;
CMS = consumo de matéria seca;
Fonte: simulação do autor.
CONSUMO DE FORRAGEM x PRECOCIDADE
0
2
Tempo (anos)
4
Figura - Relação entre consumo de forragem e idade de bovinos ao abate
(Spedding, 1963)
90
CONSUMO DE FORRAGEM x PRECOCIDADE
0
2
Tempo (anos)
4
Figura - Relação entre consumo de forragem e rotatividade de um sistema
de produção de bovinos de corte (adaptado de Spedding, 1963)
91
CONSUMO DE FORRAGEM E PRODUÇÃO
92
Tabela – Participação (%) de gramíneas tropicais na dieta de vacas em lactação,
em função da produtividade
Produção
Leite
Energia
metabolizável
gramíneas tropicais na
dieta
kg/vaca x d
Mcal/kg MS
%
15
2,43
80
25
2,64
20
35
2,86
0
Cowan (1996)
93
CONSUMO DE FORRAGEM E PRODUÇÃO
Tabela – Gastos com mantença de vacas leiteiras de 450 e 650 kg de peso vivo,
com produção diárias de 10 e 25 kg de leite, com 4% de gordura, respectivamente
Peso vivo
Produção
kg
kg/dia
kg/dia
450
10
650
25
NRC (1999)
NDT Mantença
Custo
Custo Mantença
% NDT Tot
R$/kg MS
R$/dia
3,42
51,5
0,025
0,13
4,51
35,9
0,230
1,52
CONSUMO DE MATÉRIA SECA PARA DIFERENTES
CATEGORIAS
AFRC caprinos (1997):
CMS = 0,062 x P0,75 + 0,305 L
Ex.: cabras 45 kg e 2,0 kg L/d  CMS = 0,062 x 450,75 kg + 0,305 x 2,0 kg/d =
= 1,08 kg + 0,61 kg = 1,69 kg MS/cabra x d ou 3,8% PV
(2,4% PV)
AFRC caprinos (1997)
Cabra em mantença = 2,4% PV
Cabra em lactação (3,0 kg L/d) = 4,5% PV
NRC (2001) – Gado de leite:
Vaca em mantença = 2,0% PV
Vaca em lactação = 3,4% PV
NRC (1985) – Ovinos
Ovelha 50 kg PV, em mantença =
Ovelha 50 kg PV, em lactação =
2,7% PV
4,2% PV
Média = 3,5% PV
Ovinos em engorda (em pastejo) = 3,6% PV (Barbosa et al., 2003)
Novilhos de corte, em crescimento = 2,5% PV (Euclides et al., 1999)
94
CONSUMO DE MATÉRIA SECA PARA DIFERENTES
CATEGORIAS
95
CMS
% PV/d
NOVILHO DE CORTE
2,5
300 kg PV = 7,5 kg MS = 24,75 kg silagem + 20%
OVINO DE CORTE
3,5
20 kg PV = 0,7 kg MS = 2,3 kg silagem
VACA DE LEITE
3,5
450 kg PV = 15,75 kg MS = 52 kg silagem + 20%
CABRA DE LEITE
5,0
40 kg PV = 2,0 kg MS = 6,6 kg silagem
+ 20%
+ 20%
Qualidade do pasto x consumo animal
Grupos de substâncias presentes em algumas forrageiras que atuam como
fatores antinutricionais, limitando o consumo:
Lignina
Tanino
Cumarina
Isoflavonóides
Terpenóides
Óleos essenciais
Alcalóides
Cianídas
Ácidos orgânicos
96
Qualidade do pasto x consumo animal
97
Comportamento animal em pastejo
Teoria do forrageamento ótimo (Stephens & Krebs, 1986): os animais
tentam maximizar o consumo de energia e minimizar os gastos.
98
Comportamento animal em pastejo
Bocado
Representação hierárquica do processo de pastejo (Senft et al., 1987)
99
Comportamento animal em pastejo
Escalas espaciais e temporais do processo de pastejo por grandes
herbívoros (Bailey et al., 1996, em Goulart, 2006)
100
Comportamento animal em pastejo
101
Unidade de paisagem (pasto, piquete, talhão etc.): composta por um complexo
de diferentes habitats ou grupos distintos de espécies vegetais em comunidade.
Comunidade: delimitada pelos tipos de plantas presents, seu arranjo espacioal e
sua configuração estrutural.
Mancha vegetacional: agrupamentos de espécies mais homogêneas.
Estação alimentar: delimitada pelo movimento de uma das patas dianteiras do
animal, reorientando-se para outro local onde deverá “baixar a cabeça” e iniciar
uma nova estação alimentar.
Em cada estação alimentar o animal deve decidir qual bocado ele deverá
perfazer, dentre vários bocados potenciais.
Bocado: é o átomo do pastejo (Paulo César de Faccio Carvalho)
Comportamento animal em pastejo
(Stuth, 1991)
102
Comportamento animal em pastejo
Figura - Modelo conceitual de como o consumo de longo prazo, em situação
de pastejo, é atingido pelo somatório de ciclos de pastejo denominados
refeições, submetidos a controles de ingestão de curto prazo.
103
Comportamento animal em pastejo
104
Comportamento animal em pastejo
CMS = 12447 g/dia
(Dry matter intake)
Intake rate = 27 g MS/min
105
Grazing time = 461 min/dia
Altur perfilho estend.
(extended tiller height, cm) = 40
Profund. bocado (bite depth, cm) = 20
Área bocado (bite area, cm2) = 90
Tamanho do bocado = 0,9 g MS/bocado
(Bite mass)
20 cm x 90 cm2 = 1800 cm3
Taxa de bocados = 30 bocados/min
(Bite rate)
Densidade de forragem por
camada (bulk density) =
0,0005 g/cm3
Fonte: simulação do autor, a partir de dados de Stobbs (1973) e Barrett et al. (2003).
Comportamento animal em pastejo
106
Tabela _ - Efeito da qualidade do pasto sobre o comportamento ingestivo e o consumo de
forragem (exemplo de aplicação com vacas Jersey, com peso vivo hipotético de 350 kg)
Tam. do
bocado
(g MS/
bocado)
0,9 0
0,85
0,8 0
0,75
0,7 0
0,65
0,6 0
0,55
0,5 0
0,45
0,4 0
0,35
0,3 0
Taxa de
bocado
(bocados/
minuto)
30
32
34
36
36
36
36
36
36
36
36
36
36
Tempo de pastejo
(% de 1440
min = 24 h)
32
32
32
32
34
37
40
40
40
40
40
40
40
(minutos
/dia)
46 1
46 1
46 1
46 1
492
531
576
576
576
576
576
576
576
Fonte: simulação do autor, a partir de dados de Stobbs (1973).
Nº
bocados
(bocados/
dia)
13824
14607
15529
16589
17729
19129
20736
20736
20736
20736
20736
20736
20736
Consumo MS
(kg/animal
x dia)
12,4
12,4
12,4
12,4
12,4
12,4
12,4
11,4
10,4
9,3
8,3
7,3
6,2
(% PV)
3,55
3,55
3,55
3,55
3,55
3,55
3,55
3,26
2,96
2,67
2,37
2,07
1,78
107
108
109
110
POTENCIAL NUTRICIONAL DA CAATINGA
Flutuações mensais do teor de matéria seca (%), proteína bruta
(%) e disponibilidade de forragem (ton/ha) em pasto nativo,
município de Quixadá - média de 3 anos (Adaptado de ARAÚJO
FILHO, 1980).
111
ESTACIONALIDADE NA PRODUÇÃO DE FORRAGEM
Conservação do excesso de forragem no período das águas,
para utilização na seca.
112
113
TAXA DE LOTAÇÃO x DEMANDA DE FORRAGEM CONSERVADA
114
Suplementação do pasto
Consumo relativo de matéria seca pelo
animal (%)
forragem
forragem
substituição
adição
suplemento
aditiva
substitutiva
aditiva com
estímulo
substituição com
depressão
Tipo de resposta
Esquema simplificado das relações animal/pastagem/suplemento
(adaptado de MIERES, 1997)
115
Suplementação do pasto
EFEITO SUBSTITUTIVO
Médias estimadas por regressão do consumo de MO e das taxas de
substituição no consumo de vacas em função da oferta de forragem e
da suplementação
Oferta de forragem, kg MO/vaca
Suplementação (kg/dia)
15
20
25
0,8
10,9
13,2
14,8
3,2
10,6
12,5
13,6
5,6
10,4
11,7
12,4
Média de substituição 0,11
0,30
0,50
Fonte: Meijs & Hoekstra, 1984
30
15,7
14,0
12,4
0,69
116
Suplementação do pasto
EFEITO ADITIVO
Consumo e parâmetros ruminais de novilhos recebendo suplementos
com baixa, moderada e alta concentração de proteína bruta,
associados a forragem de baixa qualidade
Parâmetros
Suplemento, concentração protéica
Baixa, 13 %
Média, 25 %
Alta, 39%
Consumo suplemento, kg MO
1,48
1,46
1,44
Consumo forragem, kg MO
2,81
4,21
3,24
Consumo diário, kg MO
4,29
5,67
4,68
Digestibilidade da MO, %
43,3
48,9
44,5
Tx. passagem sólidos, %/h
3,1
3,4
3,4
Tx. diluição, l/h
10,7
11,3
11,3
Fonte: DelCURTO et al. (1990).
Suplementação do pasto
Manter o rebanho na época da seca
Imprimir ganhos moderados a elevados na época da seca
Atender às exigências de animais de mais alta produção
Limites da produção animal em pastos tropicais bem manejados:
Leite =
13 kg/vaca x d
Carne =
800 g/novilho x d
123 g/ovino x d
Elevar a capacidade de suporte da pastagem
Equilibrar a demanda e oferta de alimento (auxiliar no manejo do
pasto)
Fornecer medicamentos
Fornecer vitaminas e aditivos
117
118
PRESSÃO DE PASTEJO
PV individual (kg)
300
300
300
300
300
1
1
1
2
3
PV total (kg)
300
300
300
600
900
MSFT (kg)
10
20
30
30
30
30
15
10
20
30
(kg MSFT/100 kg PV, %) 3,33
6,67
10,0
5,0
3,33
N° novilhos
Pressão Pastejo
(kg PV/kg MSFT)
Oferta forragem
PV = peso vivo;
MSFT = massa seca de forragem total.
Fonte: simulação do autor.
Ajuste na taxa de lotação
119
Tabela - Capacidade de consumo e nível de oferta de
forragem para diversas espécies/categorias de
ruminantes em pastejo (animais com potencial de
produção médio a alto)
Espécie/categoria
animal
Novilho em
Capacidade de consumo
diária
(% do peso vivo)
engorda
2,5 a
Vaca em lactação
3,5 b
Ovino em engorda
3,5 c
Cabra em lactação
5,0d
Fonte: adaptado de Ribeiro (1997)d, Euclides et al. (1999)a, NRC (2001)b,. Camurça et al.
(2002)c, Rodrigues et al. (2003)c.
Estimativa da massa de forragem
Moldura
Amostra
1
2
3
4
5
6
Média
Larg
m
0,71
Comprim
m
1,41
MFFT Teor MS
(g)
(%)
500,00
600,00
700,00
360,00
300,00
450,00
485,00
20,00
MFFT = massa fresca de forragem total
MS = teor de matéria seca
MSFT = massa seca de forragem total
120
Área
m2
1,00
MSFT
(g/m2)
MSFT
(kg/ha)
96,76
967,62
97 g = 97 g x 0,001 g/kg____ = 0,097 kg = 970 kg
m2
1 m2 x 0,0001 ha/m2
0,0001 ha
ha
121
Ajuste na taxa de lotação (pasto cultivado sob
lotação rotativa)
Demanda de forragem: rebanho de 40 vacas de leite de 450 kg PV
Suprimento de forragem: pasto de capim-tifton 85, adubado
Mét. Pastejo:
Suprimento
MFFT
g/m2
1600,00
Demanda
Tax. Lot.
Tax. Lot.
Rebanho
Área Disp.
anim/ha x d
UA/ha x d
animais
ha
Lotação Rotativa
MS
MSFT
%
g/m2
20,00
320,00
40,00
10,00
MSFT
kg/ha
3200,00
PV In
kg
450,00
Per.
dias
21,00
PV Fin
kg
450,00
TCC
kg/ha x d
152,38
PV méd
kg
450,00
Ár. Nec.
Reb. Pos.
ha
Anim.
EUF
%
50,00
CMS
% PV/d
3,50
MFFT = massa fresca de forragem total
EUF = eficiência de uso da forragem
MS = teor de matéria seca
MSFC = massa seca de forragem colhível
MSFT = massa seca de forragem total
PV = peso vivo
Per. = período de crescimento do pasto
CMS = consumo de matéria seca
TCC = taxa de crescimento da cultura
Tax. Lot. = taxa de lotação
MSFC
kg/ha x d
76,19
CMS
kg/anim x d
15,75
4,84
4,84
8,27
48,37
Ajuste na taxa de lotação (pasto cultivado sob lotação contínua)
122
Demanda de forragem: rebanho de 40 vacas de leite de 450 kg PV
Suprimento de forragem: pasto de capim-tifton 85, adubado
Mét. Pastejo:
Suprimen
MFFT
g/m2
800,00
MFFT
g/m2
1320,00
Demand
Tax. Lot.
Tax. Lot.
Rebanho
Área
Lotação Contínua
MS
MSFT
MSFT
%
g/m2
kg/ha
20,00
160,00
1600,00
MS
MSFT
MSFT
%
g/m2
kg/ha
20,00
264,00
2640,00
PV In
kg
450,00
anim/ha x d
UA/ha x d
animais
ha
Per.
TCC
EUF
dias kg/ha x d
%
7,00
148,57
50,00
PV Fin PV méd
CMS
kg
kg
(% PV/d)
450,00
450,00
3,50
40,00
10,00
Ár. Nec.
Reb. Pos.
ha
Anim.
MSFC
kg/ha x d
74,29
CMS
kg/anim x d
15,75
4,72
4,72
8,48
47,17
MFFT = massa fresca de forragem total
EUF = eficiência de uso da forragem
MS = teor de matéria seca
MSFC = massa seca de forragem colhível
MSFT = massa seca de forragem total
PV = peso vivo
Per. = período de crescimento do pasto
CMS = consumo de matéria seca
TCC = taxa de crescimento da cultura
Tax. Lot. = taxa de lotação
123
y = x1,0
ou peso metabólico (kg0,75)
x = Demanda energética (kcal/kg PV)
Ajuste na taxa de lotação
150,42
97,70
y = x0,75
53,18
17,37
9,46
0
0
20
45
200
y = Peso vivo (kg)
450
800
124
Relação entre peso vivo e peso metabólico
PV
PM
PM/PV
kg
kg0,75
20
9,46
0,47
45
17,37
0,39
200
53,18
0,27
450
97,70
0,22
800
150,42
0,19
Equivalência de unidade animal
Bovinos
Touro adulto
Touro jovem
Vaca + bezerro
Vaca adulta seca (450 kg) = unidade animal
EUA
1,5
1,15
1,35
1,0
Novilha prenha ( 18 meses)
Garrote (18 - 24 meses, 394 kg)
Garrote (15 - 18 meses, 338 kg)
Garrote (12 - 15 meses, 281 kg)
Bezerro (desmame aos 8 meses, 203 kg)
1,0
0,9
0,8
0,7
0,5
Ovinos e caprinos
Ovelha com dois cordeiros
Cabra com dois cabritos
Ovelha adulta,
- não lactante
Cabra adulta,
- não lactante
Cordeiro ou cabrito desmamado
Fonte: adaptado de Vallentine (2001)
0,3
0,24
0,2
0,17
0,14
125
Ajuste na taxa de lotação
126
Equivalência de peso metabólico:
Exemplo: trocar 40 vacas de 450 kg PV por novilhas de 225 kg
EPM = (225 kg)0,75
= 58,09 kg0,75
(450 kg)0,75
97,70 kg0,75
= 0,59 vacas
novilha
 1 novilha de 225 kg = 59% da demanda metabólica de 1 vaca de 450 kg
 onde se coloca 1 vaca de 450kg é possível colocar 100/59 = 1,69 novil. de 225kg
ao trocar todo o rebanho, é possível colocar 1,69 x 40  67,6 novilhas de 225 kg
Observação: se colocarmos pela equivalência de peso vivo:
 1 novilha de 225 kg = 50% do peso de 1 vaca de 450 kg
 onde se coloca 1 vaca de 450 kg, poderia se colocar 100/50 = 2 novilh. de 225 kg
ao trocar todo o rebanho, colocar-se-ía 2,0 x 40  80 novilhas de 225 kg
Ajuste = (lot epv–lot epm)x100 = (80 novilh - 67,6 novilh) x 100 = 18,34%
lot epm
67,6 novilh
Ajuste na taxa de lotação
127
Equivalência de peso metabólico:
Exemplo: trocar 40 vacas de 450 kg PV por ovelhas de 45 kg
EPM = (45 kg)0,75
(450 kg)0,75
= 17,37 kg0,75 = 0,18 vacas
97,70 kg0,75
ovelha
 1 ovelha de 45 kg = 18% da demanda metabólica de 1 vaca de 450 kg
 onde se coloca 1 vaca de 450 kg é possível colocar 100/18 = 5,56 ovelh. de 45 kg
ao trocar todo o rebanho, é possível colocar 5,56 x 40  222 ovelhas de 45 kg
Observação: se colocarmos pela equivalência de peso vivo:
 1 ovelha de 45 kg = 10% do peso de 1 vaca de 450 kg
 onde se coloca 1 vaca de 450 kg, poderia se colocar 100/10 = 10 ovelh. de 45 kg
ao trocar todo o rebanho, colocar-se-ía 10,0 x 40  400 ovelhas de 45 kg
Ajuste = (lot epv–lot epm)x100 = (400 ovelh - 222 ovelh) x 100 = 80,18%
lot epm
222 ovelh
128
GANHO POR ANIMAL x GANHO POR ÁREA
?
Equilíbrio demanda e suprimento de alimentos
Demanda:
Exigência individual de cada animal
Mantença
Produção
Tamanho do rebanho
Suprimento:
Pasto (natural ou cultivado) de sequeiro nas águas
Conservação de forragens para a época da seca (fenação, ensilagem)
Suplementação
Mineral
Concentrado
Protéico
Energético
Volumosa
Feno, silagem
Banco de Proteína
Outras cult. forrag. (cana, capineira, palma...)
Resíduos de culturas
Resíduos agroindustriais
Diferimento do pasto (com ou sem suplementação)
Irrigação de pastagens
Adubações estratégicas
Durante as águas (ou sob irrigação na seca)
No final das águas
129
130
SISTEMAS DE PRODUÇÃO ANIMAL NO SEMI-ÁRIDO
Sistema CBL (Caatinga-Búffel-Leucena)
131
SISTEMAS DE PRODUÇÃO ANIMAL NO SEMI-ÁRIDO
Sistema SIPRO - manejo alimentar das diferentes categorias de
caprinos
M
E
S
E
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J
F
M
A
M
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J
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Reprodut.
Matr. par.
per. verde
Matr. par.
per. seco
Marrões desm.
p/ venda
Marrães desm.
p/ reposição
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Muito Obrigado!
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e Estudos em Forragicultura:
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Magno José Duarte Cândido
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Manejo do Pastejo - Núcleo de Ensino e Estudos em Forragicultura