MERCOSUL/GMC/RES Nº50/98 REGULAMENTO TÉCNICO SOBRE SERINGAS HIPODERMICAS ESTÉREIS DE USO UNICO TENDO EM VISTA: O Tratado de Assunção, o Protocolo de Ouro Preto, as Resoluções Nº 91/93, 152/96 e 38/98 do Grupo Mercado Comum e a Recomendação Nº 7/97 do SGT Nº 3 “Regulamentos Técnicos” CONSIDERANDO: Que existe a necessidade de estabelecer um Regulamento Técnico que garanta a qualidade e segurança das seringas hipodermicas estéreis de uso unico. O GRUPO MERCADO COMUM RESOLVE: Art 1 Aprovar o “Regulamento Técnico sobre Seringas Hipodérmicas Estéreis de Uso Único”, em suas versões em espanhol e português, que consta no Anexo e que faz parte da presente Resolução. Ar .2 Os Estados Partes colocarão em vigência as disposições legislativas, regulamentares e administrativas necessárias para o cumprimento da presente Resolução, através dos seguintes organismos: ARGENTINA - Ministerio de Salud Pública - ANMAT (Administración Nacional de Medicamentos, Alimentos y Tecnología Médica). BRASIL - Ministerio da Saúde - Secretaria de Vigilância Sanita ria. PARAGUAI - Ministerio de Salud Pública y Bienestar Social. URUGUAI- Ministerio de Salud Pública. Art. 3 O presente Regulamento Técnico se aplicará no território dos Estados Partes, ao comércio entre eles e às importações extrazona. Art 4 Os Estados Partes do MERCOSUL deverão incorporar a presente Resolução a seus ordenamentos jurídicos internos até o dia 7/VI/99. XXXII GMC – Rio de Janeiro, 8/XII/98 1 REGULAMENTO TÉCNICO SOBRE SERINGAS HIPODÉRMICAS ESTÉREIS DE USO ÚNICO 1) Abrangência Esta parte da presente norma especifica os requisitos para seringas hipodérmicas estéreis de uso único, feitas de materiais plásticos e destinadas para a aspiração de fluidos ou para a injeção de fluidos imediatamente após o enchimento, realizado por meio manual. Exclui-se seringas para uso com insulina, seringas feitas de vidro, seringas com agulhas permanentemente conectadas, seringas para uso com bombas acionadas por energia; seringas previamente preenchidas pelo fabricante com o líquido de injeção e seringas para extração de fluidos corporais cujo êmbolo não possua condições de injeção. 2) Definições Para o propósito da norma, são aplicáveis as seguintes definições: .1) Capacidade Nominal: Capacidade da seringa declarada pelo fabricante. Volume de água a 20 ± 5º C, contido na seringa, quando a linha de referência do pistão está na posição mais afastada da linha de graduação zero. Nota: Os exemplos são 1 ml, 5 ml, 50 ml. .2) Capacidade Graduada: Volume de água a (20 ± 5)º C (ou (27 ± 5)º C para países tropicais), expelido da seringa quando a linha de referência do pistão atravessa um ou mais intervalos da escala. .3) Capacidade Total Graduada: Capacidade da seringa na linha de graduação mais afastada da linha de graduação zero. Nota: A capacidade total graduada pode ser igual ou maior que a capacidade nominal. .4) Capacidade máxima de uso: Capacidade da seringa quando o pistão é levado à posição mais distal da seringa. .5) Linha de referência: Linha que circunscreve a parte proximal do pistão, usada para a determinação da capacidade correspondente a qualquer leitura da escala na seringa. 2 3) Nomenclatura A nomenclatura para os componentes de seringas hipodérmicas de uso único, de que trata este regulamento técnico, é mostrado na Figura 1. Figura 1 - Componentes de Seringas Hipodérmicas 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Linha de graduação zero 8. Diâmetro interno do bico Linhas de graduação 9. Bico Linha de graduação de capacidade nominal 10. Cilindro Linha de graduação de capacidade total 11. Pistão Linha de referência 12. Vedação Flange do cilindro ou empunhadura 13. Haste Base da haste Nota: O desenho tem por objetivo ilustrar os componentes da seringa. O conjunto pistão-haste, de uma ou duas peças, pode ser de construção integral com mais de uma vedação. 3 4) Limpeza Quando inspecionada por visão normal, ou corrigida para normal, sem aumento, sob uma iluminação de 300 a 700 Lx, a superfície da seringa hipodérmica que entra em contato com os líquidos de injeção durante o uso, estará livre de partículas e matéria estranha. 5) Limites de Acidez e Alcalinidade Quando se determina com um medidor de pH de laboratório e utilizando um eletrodo de uso geral, o valor do pH de um extrato preparado de acordo com o Anexo A estará dentro de ± 0,1 unidades de pH do valor de pH do fluido de controle. Nota: Se considera como líquido de controle uma porção de água igual à utilizada para preparar o extrato porém, sem submete-la a nenhuma operação. 6) Limites para Metais Extraíveis Quando avaliado por um método microanalítico reconhecido, por exemplo, por um método de absorção atômica, um extrato preparado de acordo com o Anexo A, não terá um conteúdo em quantidade maior que 5mg/l de chumbo, estanho, zinco e ferro. O conteúdo de cádmio do extrato deverá ser, quando corrigido pelo conteúdo de cádmio do fluido de controle, menor que 0,1mg/l. 7) Limites Residuais de Esterilização por Óxido de Etileno No caso de empregar óxido de etileno para a esterilização, deve-se estabelecer a quantidade residual, para isso, se deve empregar o método de “cromatografia em fase gasosa” ou método equivalente. O limite máximo permitido, em seringas hipodérmicas de uso único, é de: a) 25 partes por milhão (ppm) para óxido de etileno; b) 25 partes por milhão (ppm) para etileno-cloridrina; c) 250 partes por milhão (ppm) para etilenoglicol. 8) Lubrificantes Se as superfícies internas da seringa, incluindo o pistão, são lubrificadas, o lubrificante não deve ser visível, como gotas ou partículas, sob uma visão normal ou corrigida a normal. Um lubrificante aceitável, aplicado sem diluir, para a seringa de três peças é o polidimetilsiloxano, de acordo com os requisitos da USPXXIII até ser substituida por farmacopéia harmonizada MERCOSUL. A quantidade de lubrificante utilizada não deve exceder a 0,25mg por 4 centímetro quadrado da área da superfície interna do cilindro da seringa. O ensaio deve se realizar de acordo com o Anexo G. Um lubrificante aceitável para a seringa de duas peças são as amidas dos ácidos graxos eurícico e/ou oleico. A quantidade de lubrificante não deve exceder 0,6 % (massa/massa) da massa do cilindro. 9) Tolerâncias As tolerâncias na capacidade graduada deverão ser como às dadas na Tabela I. Tabela I: Tolerância na capacidade, volume residual, dimensões da escala e força para o teste de vazamento. CNS (v) (cm3 / ml) V<2 2 £V< 5 5 £ V< 10 10 £V<20 20 £V<30 30 £V<50 TCG CMMN CIMM N ± (1,5% de V+2% do volume expelido) ± (1,5% de V+2% do volume expelido) ± (1,5% de V+1% do volume expelido) ± (1,5% de V+1% do volume expelido) ± (1,5% de V+1% do volume expelido) ± (1,5% de V+1% do volume expelido) ± 5% do volume expelid o ± 5% do volume expelid o ± 4% do volume expelid o ± 4% do volume expelid o ± 4% do volume expelid o ± 4% do volume expelid o VRM CME IGS IGN FEE (Ver Anexo D) (ml) (mm ) (ml) (ml) 0,07 55 0,05 0,1 0,25 300 0,07 27 0,2 0,5 ou 1 1,0 300 0,07 36 0,5 1 2,0 300 0,10 44 1,0 5 3,0 300 0,15 52 2,0 10 3,0 200 0,17 67 2,0 10 3,0 200 5 FP ± 5% N PA± 5% kPa 50£V ± (1,5% de V+1% do volume expelido) ± 4% do volume expelid o 0,20 75 6 5,0 10 3,0 200 Legenda: CNS - Capacidade Nominal da Seringa TCG - Tolerância nas Capacidades Graduadas CMMN - Capacidade menor que a metade da nominal CIMMN - Capacidade igual ou maior que a metade da nominal VRM - Volume Residual Máximo CME - Comprimento Mínimo da Escala IGS - Intervalo das Graduações Secundárias IGN - Intervalo das Graduações Numeradas FEE - Força para Ensaio de Vazamento FP - Força perpendicular PA - pressão axial 10) Escala Graduada .1)Escala .1) A seringa poderá ter uma ou mais escalas, desde que sejam idênticas e graduadas, pelo menos, nos intervalos dados na Tabela I. A unidade de volume deverá estar marcada no cilindro. Nota: Este requisito não exclui a disposição de marcas de graduação adicionais dentro da escala ou como extensões à escala. .2) Se a escala for ampliada, ultrapassando a capacidade nominal, a parte ampliada, estará diferenciada do resto da escala. Exemplos dos meios de diferenciação: a) Ressaltar o número da escala da linha de capacidade nominal. b) Numeração da escala menor para as linhas de graduação extra. c) Linhas de graduação mais curtas para as linhas de graduação extra. d) Linha pontilhada para a linha vertical opcional na extensão da escala extra. .3) As linhas de graduação serão de espessura uniforme, estarão em planos de ângulos retos ao eixo do cilindro. .4) As linhas de graduação estarão igualmente espassadas ao longo do eixo longitudinal entre a linha de graduação zero e a linha da capacidade total graduada. .5) Quando a seringa é sustentada verticalmente, as extremidades de todas as linhas de graduação, de comprimentos similares, estarão alinhadas verticalmente. .6) As extensões das linhas curtas de graduação, em cada escala, serão aproximadamente a metada da extensão das linhas compridas. Exemplos de escalas e a numeração das linhas de graduação são mostradas na Figura 2. 7 Figura 2 - Exemplos de escalas de graduação .2)Numeração da Escala .1) As linhas de graduação estarão numeradas indicando os volume dados na Tabela I. Também deverão estar numeradas as linhas que indicam a capacidade nominal e a capacidade total graduada, caso estas difiram. Exemplos de numeração de escala são mostrados na Figura 2. .2) Quando a seringa é sustentada verticalmente com o bico para cima, os números aparecerão verticalmente na escala e em uma posição tal que sejam divididos em duas partes iguais por um prolongamento das linhas de graduação às quais estão relacionadas. Os números estarão próximos, porém, não tocarão as extremidades das linhas de graduação com as quais estão relacionados. .3)Extensão total da escala até a linha da capacidade nominal O comprimento total da escala será como indicado na Tabela I. .4)Posição da Escala Quando o pistão está totalmente inserido, isto é, o mais próximo possível do bico do cilindro, a linha de graduação zero da escala coincidirá com a linha de referência que circunscreve o pistão, por pelo menos um quarto do menor intervalo da escala. 11) Cilindro 8 .1)Dimensões O comprimento do cilindro será tal que a seringa tenha uma capacidade máxima de uso de pelo menos 10% a mais que a capacidade nominal. .2)Flange do Cilindro (Empunhadura) A extremidade distal do cilindro estará provida de flange para garantir que a seringa não gire além de 180 graus quando colocada em superfície plana, com um ângulo de 10 graus em realção à posição horizontal. A flange do cilindro deverá estar livre de rebarbas e de bordas afiadas. A flange do cilindro será de tamanho, forma e resistência adequadas para o finalidade pretendida e deverá permitir que a seringa seja manuseada com segurança durante o uso. 12) Conjunto Pistão/Haste (Êmbolo) .1)Desenho O desenho da haste e da base da haste da seringa serão tais que quando o cilindro for sustentado com a mão, o êmbolo possa ser empurrado com o dedo polegar dessa mesma mão. Quando ensaiado de acordo com o Anexo B, o pistão não se desconecta da haste. A haste terá um comprimento adequado para permitir que o pistão percorra o comprimento total do cilindro. O esforço para retirar totalmente o êmbolo deve ser maior que o necessário para seu deslocamento no resto do cilindro. A projeção da haste e a configuração da base da haste deverá permitir que a haste seja operada sem dificuldade. Quando a linha de referência do pistão coincidir com a linha de graduação zero, o comprimento mínimo adequado da haste, a partir da flange do cilindro será : a) 8 mm para seringas de capacidade nominal menor que 2 ml; b) 9 mm para seringas de capacidade nominal entre 2 ml e menor que 5 ml; c) 12,5 mm para seringas de capacidade nominal de 5 ml ou maior. 12.2) Ajuste do pistão ao cilindro Quando a seringa é enchida com água e sustentada verticalmente, primeiro com o bico para cima e depois com o bico para baixo, o êmbolo não se moverá por ação do seu próprio peso. .3) Linha de Referência: Haverá uma borda visível e definida, que sirva como linha de referência, na extremidade do pistão. A linha de referência estará em contato com a superfície interna do cilindro. 13) Bico 9 .1)Ajuste Cônico O ajuste cônico macho do bico da seringa terá uma conicidade nominal de 6 % (Tipo Luer). Ver Anexo E. .2)Posição do Bico no Cilindro .1) Em seringas com capacidade nominal inferior a 5 ml, o bico da seringa estará centralizado, ou seja, será coaxial ao cilindro. .2) Em seringas com capacidade nominal de 5 ml ou maior, o bico estará situado central ou excentricamente. .3) Se o bico da seringa for excêntrico, seu eixo estará verticalmente debaixo do eixo do cilindro quando a seringa estiver sobre uma superfície plana, com sua escala para cima. A distância entre o eixo do bico e o ponto mais próximo da superfície interna do orifício do cilindro, não será maior que 4,5 mm. .3)Diâmetro interno do bico O bico terá um diâmetro interno não inferior a 1,2 mm. 14) Características Especiais .1)Volume residual Durante o ensaio de acordo com o Anexo C, o volume de líquido contido no cilindro e no bico, quando o êmbolo está completamente inserido, será o indicado na Tabela I. .2)Ausência de vazamento de ar e líquido através do pistão Durante o ensaio de acordo com o Anexo D, não haverá vazamento de água através do pistão ou das vedações. Durante o ensaio de acordo com o Anexo B, não haverá vazamento de ar através do pistão e das vedações, bem como qualquer queda no registro do manômetro. 15) Marcação da Seringa Cada seringa terá impressas no corpo do cilindro, no idioma nacional do estado-parte receptor, as seguintes indicações: a) Escala graduada. b) Capacidade nominal em cm3 e/ou ml. c) Uma legenda que expresse claramente “usar uma vez e destruir”, ou simbologia equivalente. 16) Embalagem 10 .1)Embalagem Primária Cada seringa hipodérmica estará fechada em uma embalagem primária. Os materiais da embalagem primária não terão efeitos prejudiciais para o conteúdo. O material e modelo dessa embalagem será tal que assegure: a) A manutenção da esterilidade do conteúdo, se armazenado em condições de umidade, limpeza e ventilação adequadas. b) Risco mínimo de contaminação durante a abertura da embalagem e extração do conteúdo. c) Proteção adequada dos conteúdos durante o manuseio normal, transporte e armazenagem. d) Que uma vez aberta a embalagem primária, não possa ser facilmente vedada novamente, devendo apresentar evidências de que tenha sido aberta. 16.2)Embalagem Secundária Uma ou mais embalagens primárias podem ser acondicionadas em uma embalagem secundária. A segunda embalagem deve ser resistente o suficientemente, para proteger o conteúdo durante o manuseio, transporte e armazenagem. Uma ou mais embalagens secundárias podem ser acondicionadas em um recipiente de armazenagem ou transporte. 17) Rotulagem Deverá estar escrita pelo menos no idioma do estado-parte receptor. .1)Embalagem primária Levará indicada, no mínimo, as seguintes informações: a) Descrição do conteúdo, incluindo capacidade nominal e tipo de bico. b) As palavras “Estéril”, “Atóxico” e “Apirogênico”. c) As legendas “de uso único”, ou equivalente (excetuando o termo “descartável”), e “destruir após o uso”. d) A advertência para verificar a integridade de cada embalagem antes de uso. e) O número do lote, pré-fixado pela palavra “Lote” ou outra forma de identificação. f) Data de fabricação, prazo de validade e método de esterilização empregado. g) O nome e endereço do fabricante e nome e endereço do importador, quando aplicável. h) Nome do responsável técnico. i) Número do registro habilitador do fabricante ou importador perante a autoridade sanitária competente. j) Marca (símbolo ou número de verificação de conformidade com este 11 regulamento). .2)Embalagem Secundária Levará indicada, no mínimo, as seguintes informações: a) Descrição do conteúdo, incluindo a capacidade nominal, tipo de bico e a quantidade de unidades. b) As palavras “Estéril”, “Atóxico” e “Apirogênico”. c) A legenda “de uso único” ou equivalente (exceto o termo “descartável”) e “destruir após o uso”. d) Advertência de verificar a integridade de cada embalagem primária antes do uso. e) Número de lote, pré-fixado pela palavra “Lote” ou outra forma de identificação. f) Data de fabricação, data de vencimento e método de esterilização empregado. g) O nome e endereço do fabricante e nome e endereço do importador, quando aplicável. h) Nome do responsável técnico. i) Informação para o manuseio, armazenamento e transporte, quando utilizar embalagem de armazenamento. j) Número do registro habilitador do fabricante ou importador perante autoridade sanitária competente. k) Marca (símbolo ou número de verificação de conformidade com este regulamento). .3)Embalagem de Armazenamento Se a embalagem secundária for acondicionada em uma embalagem de armazenamento, esta terá indicado, pelo menos, as seguintes informações: a) Descrição do conteúdo, incluindo a capacidade nominal, o tipo de bico e a quantidade de unidades. b) As palavras “Estéril”, “Atóxica” e “Apirogênico”. c) O número de lote, pré fixado pela palavra “Lote” ou outra forma de identificação. d) Data de fabricação, prazo de validade e método de esterilização empregado. e) Nome e endereço do fabricante e nome e endereço do importador, quando aplicável. f) Nome do responsável técnico. g) Informação para o manuseio, armazenamento e transporte do conteúdo. 12 .4)Envoltório para Transporte Quando não for utilizado embalagem para armazenamento mas, a embalagem secundária for envolta para o transporte, a informação requerida em 17.3 estará marcada no envoltório, ou será visível através do mesmo. 18) Testes Biológicos Quando o ensaio é realizado segundo o Anexo F, as seringas ensaiadas confirmarão a esterilidade, a não toxicidade e a ausência de pirógenos. 13 Anexo A Método para a Preparação de Extratos A.1. Princípio A seringa, retirada de sua embalagem original, é enchida com água a fim de extrair componentes solúveis. A.2. Aparelhos e reagentes A.2.1. Água destilada ou deionizada, segundo Farmacopéia USP XXIII até ser substituida por farmacopéia harmonizada MERCOSUL. A.2.2. Vazos de precipitação fabricados em vidro borosilicato. A.3. Procedimento A.3.1. Encher com água pelo menos três seringas até sua linha de capacidade nominal, de acordo com A.2.1, extrair as bolhas de ar e manter as seringas a uma temperatura de (37 até +3) ºC durante 8 horas até +15 minutos. Ejetar os conteúdos e combina-los em um vaso de vidro borosilicato, de acordo com A.2.2. A.3.2. Preparar o líquido de controle, reservando uma quantidade de água sem usar (A.2.1). 14 Anexo B Método de Ensaio de Vazamento de Ar Através do Pistão Durante a Aspiração e para Separação de Pistão e Haste B.1. Princípio Conecta-se o bico da seringa a um cone fêmea, estando esta parcialmente cheia de água. Aplica-se uma pressão negativa através do bico. A seringa é inspecionada para localizar vazamentos de ar entre o cilindro e o pistão e para determinar se o pistão se desprende da haste. B.2. Aparelhos e reagentes B.2.1. Adaptador cônico fêmea, de aço, a 6% (Luer). B.2.2. Suportes e acessórios que seguram a haste da seringa numa posição fixa. B.2.3. Equipamentos para produzir, controlar e medir o vácuo, como demonstrado na Figura B.1, incluindo uma bomba de vácuo com controle de saída de ar, um manômetro e uma válvula de fechamento à vácuo. B.2.4. Água recém-fervida, resfriada a uma temperatura de (20 ± 5)º C. B.3. Procedimento B.3.1. Aspira-se dentro da seringa um volume de água, preparada segundo indica B.2.4, de, no mínimo, 25% da capacidade nominal. B.3.2. Com o bico para cima, retira-se a haste, axialmente, até que a linha de referência do pistão coincida com a linha de capacidade nominal da seringa, segurando a haste nesta posição, como indicado na Figura B.1. B.3.3. Conecta-se o bico da seringa ao adaptador cônico de aço do aparelho (B.2.1). B.3.4. Coloca-se o equipamento de ensaio (B.2.3) conforme indicado na Figura B.1. Liga-se a bomba de vácuo com o controle da saída de ar aberto. B.3.5. Ajusta-se o controle da saída de ar de forma a obter uma redução gradual da pressão e atingir um registro do manômetro de 88 kPa abaixo da pressão atmosférica (1 kPa = 7,5 mmHg). B.3.6. Examina-se a seringa para escape de ar entre o pistão e o cilindro. B.3.7. Isola-se o encaixe da seringa e manômetro por meio de uma válvula de fechamento à vácuo. 15 B.3.8. Observa-se a leitura do manômetro durante 60 até +5 segundos registrando-se qualquer queda da mesma. B.3.9. Examinar a seringa para determinar se o pistão começa a soltar-se da haste. B.4. Registro de ensaio O relatório do ensaio deverá conter, pelo menos, as seguintes informações: a) A identificação e a capacidade nominal da seringa. b) Se foram ou não observados vazamentos de ar entre o pistão e o cilindro. c) A queda, se houver, na leitura do manômetro. d) Se o pistão separa-se, ou não, da haste. e) Data do ensaio. f) Assinatura e esclarecimentos do analista. Figura B.1 - Aparelho para Ensaio de Aspiração 1. Bomba de vácuo 6. Válvula de fechamento de vácuo. 2. Sifão de vácuo. 7. Cone fêmea tipo Luer. 3. Controle da saída de ar (Ex.: válvula de agulha). 8. Água, não menos de 25% da capacidade nomi nal. 4. Linha de graduação da capacidade nominal. 9. Seringa 5. Braçadeira 10. Manômetro 16 17 Anexo C Método para a Determinação do Volume Residual C.1. Princípio A seringa com agulha conectada e sem protetor (retirada de sua embalagem original), é pesada seca e após ter sido enchida e esvaziado de água. O volume residual é deduzido da massa de água residual. C.2. Aparelhos e reagentes C.2.1. Balança, com capacidade para determinar a diferença em massa de 0,2g ou menos, com uma precisão de 1mg. C.2.2. Água destilada ou deionizada, segundo a Farmacopéia USP XXIII até ser substituida por farmacopéia harmonizada MERCOSUL. C.3. Procedimento C.3.1. Pesar (C.2.1) a seringa vazia. C.3.2. Encher a seringa até a linha de graduação da capacidade nominal com água (C.2.2), tendo o cuidado de expelir todas as bolhas de ar e assegurar que o nível do menisco de água coincida com o final do lúmen do bico. C.3.3. Expelir a água empurrando completamente o êmbolo e secar a superfície externa da seringa. C.3.4. Pesar novamente a seringa. C.4. Cálculo dos resultados Determinar a massa, em gramas, da água remanescente na seringa, subtraindo a massa da seringa vazia da massa da seringa depois da expulsão da água. Registrar este valor como volume residual em mililitros, tomando a densidade da água como 1000 kg/m3. C.5. Relatório do Ensaio O relatório do ensaio deverá conter, pelo menos, as seguintes informações: a) Identificação e capacidade nominal da seringa. b) Volume residual expresso em mililitros. c) Data do ensaio. d) Identificação e assinatura do analista. 18 Anexo D Método de Ensaio por Vazamento de Líquido pelo Pistão da Seringa sob Compressão D.1. Princípio A seringa é enchida com água, o bico da seringa é fechado, a haste disposta na pior orientação em relação ao cilindro, e aplicada uma força com o objetivo de induzir perda de líquido através das vedações do êmbolo e do cilindro. D.2. Aparelhos e reagentes D.2.1. Elementos para fechamento ou oclusão do bico da seringa. Nota: Isto pode incluir o conector cônico fêmea, de aço, de referência, de acordo com o Anexo E, adequadamente fechado ou ocluso. D.2.2. Elementos para a aplicação de uma foça em direção perpendicular ao êmbolo da seringa, com uma faixa de 0,25 N a 3 N. D.2.3. Elementos para aplicação de uma força axial ao cilindro e/ou êmbolo da seringa, para gerar pressões de acordo com a Tabela I. D.2.4. Água D.3. Procedimento D.3.1. Aspirar para dentro da seringa, um volume de água excedendo a capacidade nominal da mesma. D.3.2. Expelir o ar e ajustar o volume da água na seringa à capacidade nominal. D.3.3. Fechar (D.2.1) o bico da seringa. D.3.4. Aplicar uma força em direção perpendicular (D.2.2) à base da haste em ângulo reto à haste da seringa, para movê-lo na forma radial ao redor das vedações do êmbolo, com uma força conforme indicado na Tabela I. Orientar a haste para permitir a deflexão máxima da posição axial. D.3.5. Aplicar uma força axial (D.2.3) à seringa, de forma a gerar a pressão indicada na Tabela I, pela ação relativa ao êmbolo e ao cilindro. Manter a pressão durante 30 até +5 segundos. 19 D.3.6. Examinar a seringa para verificar se há escapamento de água através do pistão e selos. D.4. Relatório do Ensaio O relatório do ensaio deverá conter, pelo menos, as seguintes informações: a) Identificação e capacidade nominal da seringa. b) Se foram, ou não, observado vazamentos através do pistão e vedações. c) Data do ensaio. d) Identificação e assinatura do analista. 20 Anexo E Montagem Cônica com Conicidade de 6% (Luer) para Seringa Parte 1: Requisitos Gerais E.1.1. Abrangência e Campo de Aplicação Esta parte da regulamentação especifica os requisitos da montagem cônica com uma conicidade de 6% (Luer) para uso com seringas hipodérmicas. A mesma cobre montagens cônicos fabricados com materiais rígidos ou semi-rígidos incluindo métodos de avaliação para a medição ou calibração e seu comportamento. Excluíndo materiais mais flexíveis ou elastoméricos. A Figura E.1.1 ilustra uma típica montagem cônica de 6% (Luer) macho (montagem macho), e uma montagem cônica fêmea de 6% (Luer) (montagem fêmea). E.1.2. Dimensões As dimensões das montagens cônicas macho e fêmea são dados na Tabela E.1.I que são referenciadas e demonstradas na figura E.1.1. A Figura E.1.2 mostra uma típica montagem cônica de 6% (Luer). As dimensões do encaixe são dadas na Tabela E.1.I. 21 Montagem cônica macho (Luer) 6% (Montagem macho) Montagem cônica fêmea 6% (Luer) (Montagem fêmea) Figura E.1.1 - Montagem cônica típica (Luer) de 6% (ver os valores correspondentes na Tabela E.1.I) 22 Figura E.1.2 - Montagem típica do encaixe cônico de 6% Luer (ver os valores correspondentes na Tabela E.1.I) Tabela E.1.I: Dimensões da montagem cônica de 6% (Luer) Referência Dimensõ es Básicas Designação d: min máx D: min máx Diâmetro mínimo da extremidade da montagem cônica macho (diâm. refer.) Diâmetro máximo do extremidade da montagem cônica macho Diâmetro mínimo da abertura da montagem cônica fêmea Diâmetro máximo da abertura da montagem cônica fêmea E F Outras Dimensõ es L* M* N* R** máx Comprimento mínimo da montagem cônica macho Profundidade mínima da montagem cônica fêmea Comprimento mínimo do encaixe Tolerância para o comprimento de encaixe montagem cônica fêmea Tolerância para o comprimento de encaixe de montagem cônica macho Raio de curvatura Dimensões (mm) Materi Materiais ais Semi-rígi Rígido dos s 3,925 3,990 3,925 4,027 4,270 4,315 4,270 4,315 7,500 7,500 7,500 7,500 4,665 0,750 1.083 0,5 4,050 0,750 1,700 0,5 Legenda: * Dimensões L, M e N são derivadas das dimensões básicas ** Ou equivalente a uma entrada biselada sem nenhuma parte aguda E.1.3. Requisitos E.1.3.1. Medição ou Calibração Quando a montagem cônica for avaliada de acordo com E.1.4.1, deve satisfazer os requisitos especificados em E.1.3.1.1 e E.1.3.1.2. 23 E.1.3.1.1. A extremidade menor da montagem cônica macho deve ajustar-se nos dois limites planos do calibre e a extremidade maior da parte cônica deve se estender além do plano de referência do calibre. Não devem ser evidentes oscilações entre o calibre e a montagem macho do material rígido em avaliação. E.1.3.1.2. O plano de diâmetro máximo na entrada da montagem cônica fêmea deve se estender entre dois limites planos do calibre. Não devem ser evidentes oscilações entre o calibre e a montagem fêmea do material rígido em avaliação. E.1.3.2. Vazamento de líquidos Não deve haver vazamento suficiente para formar uma gota de água caindo, nas condições de avaliação descritas em E.1.4.2. O eixo da montagem cônica em avaliação deve ser horizontal. E.1.3.3. Vazamento de ar Não deve ser evidente a formação contínua de bolhas de ar, nas condição de avaliação indicadas em E.1.4.3. As bolhas formadas durante os primeiros 5 segundos devem ser ignoradas. E.1.3.4. Força de separação A montagem cônica em avaliação deve permanecer unida para avaliação de fixação, conforme condições de avaliação estabelecidas, descritas em E.1.4.4. E.1.3.5. Esforço de ruptura Não deve haver evidências de ruptura da montagem cônica, de acordo com as condições de ensaio descritas em E.1.4.5. Nota: Os materiais utilizados para a montagem cônica devem ser resistentes ao esforço de ruptura no ambiente em que se encontrem durante seu uso. E.1.4. Métodos de Avaliação E.1.4.1. Avaliação da calibração O procedimento deve ser seguido conforme especificado de E.1.4.1.1 a E.1.4.1.4. E.1.4.1.1. Realizar a avaliação empregando o calibre de aço conforme ilustrado na Figura E.1.3. E.1.4.1.2. Realizar a avaliação a uma temperatura de (20 ±5) ºC. 24 E.1.4.1.3. A condição dos produtos fabricados de um material higroscópico devem ser de (20 ±5) ºC e com umidade relativa de (50 ±10) %, por não menos de 24 horas, antes da avaliação. Estas condições não são exigidas para produtos fabricados de materiais não-higroscópicos. E.1.4.1.4. Aplicar o calibre da montagem conica com uma força axial total de 5N, sem o emprego de torque. Depois remover logo a carga axial. E.1.4.2. Método de avaliação para determinação do vazamento de líquidos no encaixe da montagem cônica sob pressão. A avaliação deve ser executada segundo especificado em E.1.4.2.1 a E.1.4.2.6. E.1.4.2.1. Conectar a montagem cônica a ser avaliada com uma montagem de referência macho ou fêmea, de aço, cujas dimensões devem estar de acordo com o mostrado na Figura E.1.4 ou E.1.5, conforme apropriado. Ambos componentes devem estar secos. Unir os componentes aplicando uma força axial de 27,5 N por 5 segundos enquanto é aplicada uma torção a um valor de torque que não exceda 0,1 N.m, que não deve originar uma rotação que exceda 90º. E.1.4.2.2. Introduzir água na junção. E.1.4.2.3. Expulsar o ar. E.1.4.2.4. Garantir que a parte externa da montagem cônica da junção esteja seca. E.1.4.2.5. Fechar a saída da junção e atingir um valor de pressão interna de água efetiva de 300 kPa. E.1.4.2.6. Manter a pressão por 30 segundos. E.1.4.3. Método de avaliação do vazamento de ar da montagem cônica durante a aspiração. E.1.4.3.1. Montagem macho O procedimento deve ser executado conforme especificado de E.1.4.3.1.1 a E.1.4.3.1.7. E.1.4.3.1.1. Conectar a montagem cônica macho a uma montagem fêmea tomado como referência, cujas dimensões devem estar de acordo com o mostrado na Figura E.1.4. Ambos componentes devem estar secos. Unir a montagem macho à montagem fêmea de referência com uma força axial de 27,5 N por 5 segundos, enquanto se aplica uma torção com um valor de torque que não exceda 0,1 N.m, que não deve originar uma rotação que exceda 90º. E.1.4.3.1.2. Conectar a montagem fêmea de referência por meio de um encaixe à prova de vazamento de volume mínimo, a uma seringa tenha 25 passado anteriormente pela avaliação de vazamento através do pistão durante a aspiração, de acordo com o Anexo B. E.1.4.3.1.3. Encher a seringa, através do aparelho e da montagem fêmea de referência, com um volume de água recém fervida e esfriada, excedendo 25% da capacidade graduada da seringa. E.1.4.3.1.4. Expulsar o ar, excetuando-se pequenas bolhas residuais de ar. E.1.4.3.1.5. Ajustar o volume de água da seringa à 25% da capacidade graduada. E.1.4.3.1.6. Obstruir o aparelho logo abaixo da união com a montagem cônica. E.1.4.3.1.7. Com o pistão da seringa para baixo, puxar o êmbolo até a capacidade nominal. Manter por 5 segundos nessa posição E.1.4.3.2. Montagem fêmea Conduzir a avaliação segundo E.1.4.3.1 utilizando, porém, uma seringa com uma montagem cônica macho, de aço, de referência, de acordo com o indicado na figura E.1.5, acompanhado com a montagem fêmea em avaliação. E.1.4.4. Método de avaliação para a força de separação da montagem cônica encaixada. A avaliação deve ser executada segundo especificado de E.1.4.4.1 a E.1.4.4.2. E.1.4.4.1. Montar como na avaliação para vazamento de líquido indicada no ítem E.1.4.2. E.1.4.4.2. Aplicar uma força axial de 25 N na direção externa, segundo especificado na avaliação, a uma velocidade aproximada de 10 N/seg, por um período não inferior a 10 segundos. E.1.4.5. Método de avaliação para esforço de ruptura O procedimento deve ser executado conforme especificado em E.1.4.5.1 a E.1.4.5.3. E.1.4.5.1. Conectar a montagem cônica a ser avaliada a uma montagem de aço, macho ou fêmea, utilizado como referência, cujas dimensões estão de acordo com o indicado nas figuras E.1.4 ou E.1.5 estando, conforme apropriado, ambos secos. Montar os componentes aplicando uma força axial de 27,5 N por 5 segundos, enquanto é aplicada uma torção que não deve exceder um torque de 0,1 N.m, para originar uma rotação que não exceda 90º. E.1.4.5.2. Deixar a montagem encaixada durante 48 horas a (20 ± 5) ºC. 26 27 28 a) Calibre para avaliação da montagem montagem montagem cônica semi-rígida macho b) Calibre para avaliação da c) Calibre para a avaliação da cônica rígida macho fêmea para todos os materiais Figura E.1.3 - Calibre para a montagem cônica a 6% (tipo Luer) 29 Figura E.1.4 - Referência da montagem cônica fêmea de aço. (dimensões em mm) Figura E.1.5 - Referência da montagem cônica macho de aço. (dimensões em mm) 30 Parte 2: Montagem fixa E.2.1. Abrangência e campo de aplicação Esta parte da regulamentação especifica os requisitos da montagem cônica fixa com uma conicidade de 6% (Luer), para uso com seringas hipodérmicas. A mesma cobre montagens cônicas fixas fabricadas de materiais rígidos ou semi-rígidos e incluem métodos de avaliação para a medição ou calibração bem como seu comportamento. Exclui materiais mais flexíveis ou elastoméricos. E.2.2. Dimensões e Tolerâncias E.2.2.2. Montagem cônica fixa de 6% (Luer) macho e fêmea E.2.2.2.1. Materiais Rígidos As dimensões das montagens cônicas fixas, macho e fêmea, de materiais rígidos são descritas na Tabela E.2.I e são referenciadas e mostradas na Figura E.2.1. E.2.2.2.2. Materiais Semi-rígidos Para componentes fabricados com materiais semi-rígidos, por sua natureza, não é possível especificar as dimensões da montagem com precisão. As dimensões dos componentes fabricados com estes materiais podem variar daquelas indicados nas figuras de E.2.1 a E.2.4 e mostradas na Tabela E.2.I. Contudo, as partes devem ajustar-se aos calibres feitos para estas dimensões e devem satisfazer os requisitos especificados, enquanto se ajustam a componentes rígidos fabricados para este documento normativo. Figura E.2.1 - Montagem cônica fixa, macho de 6% (Luer) com pescoço 31 rosqueado internamente, permanentemente conectado. 32 Figura E.2.2 - Montagem cônica macho fixa, de 6% (Luer) com pescoço rotativo rosqueado internamente. Nota: Para as outras dimensões ver Figura E.2.1. 33 Figura E.2.3 - Montagem cônica fêmea fixa de 6% (Luer) com “orelha” em um plano com eixo de montagem com ângulo reto. 34 Figura E.2.4 - Montagem cônica, fixa, fêmea, de 6% (Luer) com rosca externa. Nota: Para outras dimensões, ver Figura E.2.3. 35 Tabela E.2.I - Dimensões do ajuste cônico a 6% (Luer) Símbo Descrição lo Ângulo da rosca ou de superfície de suporte da “orelha” a contrario à separação com o plano perpendicular ao eixo da montagem conica fixa. Dimensõ es 25º até +5º b Ângulo de rosca ou de superfície sem suporte da “orelha” contrario à separação, com plano perpendicular ao eixo da montagem conica fixa. 25º min. E Comprimento da montagem cônica fixa, macho 7,5 min. G Diâmetro externo da montagem cônica fixa, fêmea na base da “orelha” ou diâmetro interno da rosca externa. Este diâmetro não deve ser aumentado desde a face central para uma distância de 5,5mm 6,73 máx. H Diâmetro da base da rosca da montagem fixa, macho 8 até -0,1 J Diâmetro da crista da rosca da montagem fixa, macho K Largura da rosca na base da montagem fixa, macho 7,2 até -0,2 1 máx. P Projeção do bico a partir do pescoço 2,1 min. Q Largura da crista da rosca da montagem fixa, macho 0,3 min. S Largura da crista da “orelha” ou largura da crista da rosca da montagem fixa, fêmea com “orelha” ou rosca externa 0,3 min. T V W Distância desde a extremidade da montagem fixa, macho até a parte inferior da primeira rosca completamente formada, da rosca interna Comprimento da corda da base da “orelha” em um plano com eixo de montagem somente com ângulo reto, medido sobre uma corda de um círculo cujo diâmetro é J min. (7,0 mm) Comprimento da corda da extremidade da “orelha” em um plano com eixo de montagem somente com ângulo reto (W não deve ser maior que V) 36 3,2 máx. 3,5 máx. 2,71 min. X Distância desde o eixo da montagem fixa, fêmea até a extremidade da “orelha” 2X Diâmetro externo através das “orelhas” ou rosca externa Y Largura da base da “orelha” (axial) ou na base da rosca, da montagem fixa, fêmea medido num ponto que corresponde a um diâmetro externo igual a G máx. (6,73 máx) Passo Passo nominal de dupla entrada, rosca mão direita da montagem fixa, fêmea - 5mm de avanço 37 7,83 até -0,1 1,2 máx. 2,5mm E.2.3. Requisitos E.2.3.1. Calibre Quando se avalia com um calibre apropriado, a parte cônica da montagen fixa deve estar em conformidade com a parte E.1. E.2.3.2. Vazamentos E.2.3.2.1. Vazamento de líquido Quando a montagem é avaliada segundo E.2.4.2, não deve haver vazamento suficiente que permita formar e desprender uma gota. E.2.3.2.2. Vazamento de ar Quando a montagem é avaliada segundo E.2.4.3, não deve haver indícios de formação contínua de bolhas de ar. As bolhas formadas durante os primeiros 5 segundos, não devem ser consideradas. E.2.3.3. Força de Separação Quando a montagem é avaliada de acordo com E.2.4.4, esta deve permanecer unida à montagem de referência. E.2.3.4. Torque desatarraxante da junção do luer Quando a montagem é avaliada segundo E.2.4.5, esta deve permanecer unida à montagem de referência. E.2.3.5. Facilidade de Montagem Quando a montagem em avaliação for encaixado em uma montagem de referência adequada, de acordo com E.2.4.6, os seguintes critérios devem ser satisfeitos, conforme apropriado: a) montagem rígida: não deve ser observada qualquer resistência até que a conicidade da montagem sob avaliação e a montafem de referência, se encaixem con segurança. b) montagem semi-rígido: deve ser obtido um encaixe satisfatório, aplicando-se uma força axial não excedendo 20N, enquanto é aplicado um torque não excedendo 0,08 N.m. E.2.3.6. Resistência à fadiga Quando a montagem é avaliada segundo E.2.4.7, a montagem de referência não deve fadigar as roscas ou “orelhas” da montagem em avaliação. E.2.3.7. Esforço de ruptura 38 Quando a montagem é avaliada segundo E.2.4.8, não deve haver evidência de esforço de ruptura da montagem. Nota: Os materiais utilizados para a montagem devem ser resistentes ao esforço de ruptura em meio ambiente semelhantes aos encontrados durante seu uso. E.2.4. Métodos de Avaliação E.2.4.1. Considerações gerais A avaliação deve ser realizada utilizando-se a montagem de referência apropriada, indicados nas Figuras de E.2.5 a E.2.8. As montagens de referência devem ser fabricados em materiais resistentes à corrosão, endurecidos, com uma dureza de superfície Ra, que não exceda 0,8 mm sobre superfície crítica. As dimensões dos componentes, macho e fêmea desta montagem devem estar de acordo com o especificado na Parte E.1, Figuras E.1.4 e E.1.5. E.2.4.2. Vazamento de líquido no encaixe da montagem sob pressão. E.2.4.2.1. Conectar a montagem a ser avaliada à montagem de referência, cujas dimensões estejam de acordo com o indicado nas Figuras E.2.5 ou E.2.7, conforme apropriado. Ambos componentes devem estar secos. Unir a montagem aplicando uma força axial que não ultrapasse 27,5 N, enquanto se aplica um torque que não exceda 0,12 N.m. E.2.4.2.2. Introduzir água no encaixe e expulsar o ar. Assegurar que a parte externa da montagem esteja seca. E.2.4.2.3. Com o eixo da montagem fixa colocado na posição horizontal, vedar a saída da junção e alcançar um valor de pressão interna de água efetiva de 300 kPa e manter a pressão durante 30 segundos. E.2.4.3. Método de avaliação para vazamento de ar em uma união de montagem cônica durante a aspiração. E.2.4.3.1. Montagem macho E.2.4.3.1.1. Conectar a montagem cônica macho a uma montagem fêmea tomada como referência, cujas dimensões devem estar de acordo com o indicado na Figura E.2.5. Ambos componentes devem estar secos. Unir a montagem macho à montagem fêmea de referência, com uma força axial de 27,5 N, enquanto se aplica um torque que não exceda a 0,12 N.m. E.2.4.3.1.2. Conectar a montagem fêmea de referência por meio de uma junta, á prova de vazamento de volume mínimo, à uma seringa, que tenha passado anteriormente pela avaliação de vazamento através do pistão durante a aspiração, de acordo com Anexo B e Anexo D. E.2.4.3.1.3) Encher a seringa, através do encaixe, com um volume de água 39 recém fervida e esfriada, excedendo 25% da capacidade graduada da seringa. Evitar umedecer a parte externa do encaixe. E.2.4.3.1.4. Expulsar o ar, exceto pequenas bolhas residuais de ar e ajustar o volume de água da seringa para 25 % da capacidade graduada. E.2.4.3.1.5. Obstruir o aparelho mais abaixo da junção com a montagem luer. Com o pistão da seringa voltado para baixo, puxar o êmbolo até a capacidade nominal e reter durante 15 segundos. E.2.4.3.2. Montagem fêmea Aplicando o mesmo processo de avaliação especificado em E.2.4.3.1, utilizando porém uma seringa com montagem de aço, macho, de referência, de acordo com o indicado na Figura E.2.7, acompanhado com a montagem fêmea em avaliação. E.2.4.4. Método de avaliação para a força de separação da junção montada. E.2.4.4.1. Conectar a montagem a ser avaliada a uma montagem de referência, cujas dimensões devem estar de acordo com as indicadas nas Figuras E.2.6 ou E.2.8, conforme o caso, seguindo o mesmo procedimento de encaixe especificado em E.2.4.2.1, para avaliação de escapamento de líquidos. E.2.4.4.2. Aplicar uma força axial progressiva até atingir 35 N, em direção oposta à força de junção. Aplicar a força a uma velocidade de aproximadamente 10 N/seg e mantendo-a por um período mínimo de 10 segundos. Não aplicar força em outra direção ou carga inercial. E.2.4.5. Torque desatarraxante da junção montada E.2.4.5.1. Seguir o mesmo procedimento de montagem especificado em E.2.4.4.1. E.2.4.5.2. Aplicar um torque desatarraxante não menor que 0,02 N.m ao conjunto e manter por 10 segundos, no mínimo. Não aplicar força em outra direção ou carga de inércia. E.2.4.6. Facilidade de Montagem Conectar a montagem a ser avaliada à montagem de referência macho ou fêmea (ver Figuras E.2.5 e E.2.7), conforme o caso. Para montagens rígidas, encaixar as montagens de forma segura. Para montagens semi-rígidass, aplicar uma força axial que não exceda 20 N com torque não excedendo 0,08 N.m. E.2.4.7. Resistência à Fadiga Seguir o mesmo procedimento especificado em E.2.4.2.1 para a avaliação de vazamento de líquidos, utilizando a montagem de referência apropriada, mostrado nas Figuras E.2.6 ou E.2.8, aplicando um torque não inferior a 0,15 40 N.m à montagem em avaliação, e mantê-lo constante durante 5 segundos. 41 E.2.4.8. Método de avaliação para esforço de ruptura E.2.4.8.1. Conectar a montagem cônica a ser avaliada a uma montagem empregada como referência, cujas dimensões estejam de acordo com o demonstrado nas Figuras E.2.5 e E.2.7 estando, como apropriado, ambos secos. Montar os componentes aplicando uma força axial de 27,5 N por 5 segundos, enquanto é aplicado um torque que não deve exceder de 0,12 N.m. E.2.4.8.2. Deixar o conjunto encaixado durante 48 horas a (20 ± 5) ºC. 42 Figura E.2.5 - Montagem cônica fêmea, de referência, para avaliar a montagem cônica macho, fixa de 6% (Luer) para vazamento, facilidade de encaixe, torque desatarraxante e esforço de ruptura (ver E.2.4.2, E.2.4.3, E.2.4.4, E.2.4.5, E.2.4.6 e E.2.4.8). Dimensões em mm. Nota: Todas as bordas externas (a menos que se especifique) da “orelha” ou rosca, devem ter um raio entre 0,15 mm e 0,2 mm. 43 Figura E.2.6 - Montagem cônica fêmea de referência, para avaliar montagem cônica macho fixada em 6% (Luer) para força de separação e resistência à fadiga (ver E.2.4.4 e E.2.4.7). Dimensões em mm. Nota: Todas as bordas externas (a menos que se especifique) da “orelha ou rosca, devem ter um raio entre 0,15mm e 0,2mm. 44 Figura E.2.7 - Montagem cônica macho de referência, para avaliar montagem fêmea com conicidade a 6% (Luer) para vazamento, facilidade de montagem, torque desatarraxante e esforço de ruptura (ver E.2.4.2, E.2.4.3, E.2.4.5, E.2.4.6 e E.2.4.8). Dimensões em mm. Nota: Distância máxima a partir da extremidade da montagem fixa macho até a parte inferior da primeira rosca completa formada, da rosca interna (ver “T” na Tabela E.2.1). 45 Figura E.2.8 - Ajuste cônico macho de referência, para avaliar ajuste fêmea com conicidade a 6% (Luer) para força de separação e resistência à fadiga (ver E.2.4.4 e E.2.4.7). 46 Anexo F Testes Biológicos: Esterilidade, Toxicidade e Pirogenicidade F.1. Requisitos Cumprimento dos requisitos de esterilidade, toxicidade e pirogenicidade estabelecidos na USP XXIII até ser substituida por farmacopéia harmonizada MERCOSUL. Quando for adotada a Farmacopéia USP XXIII,deverá ser atendido os seguintes itens: a) Com relação a testes de esterilidade, será considerada a avaliação de esterilidade, no item correspondente a “Seringas Estéreis Vazias ou Preenchidas”. b) A respeito dos testes de toxicidade, será considerada a avaliação de toxicidade, no item correspondente a “Avaliação de Segurança”. c) Sobre os testes de pirogênios e endotoxinas, devem ser considerados os métodos indicados no item correspondente a “Avaliação de Pirógenos” e “Montagem para Transfusão e Infusão e para Dispositivos Similares”, respectivamente. 47 Anexo G Método para a Determinação da Quantidade de Lubrificante (Silicone) para as Seringas de Três Peças G.1. Teste Aspira-se um volume conhecido de clorofórmio com as seringas a serem ensaiadas. Levar o pistão até a posição máxima da graduação. Agita-se e expele-se o conteúdo em um recipiente de papel alumínio tarado. Evapora-se o dissolvente até peso constante. Por diferença de peso, encontra-se a quantidade de silicone. G.2. Aparelhos e Reagentes G.2.1. Clorofórmio. G.2.2. Recipiente de papel alumínio, previamente seco, limpo e pesado. G.2.3. Evaporador elétrico. G.2.4. Balança analítica. G.3. Procedimento G.3.1. Pegar, no mínimo, três seringas já lubrificadas e identificá-las. G.3.2. Identificar e pesar cada um dos recipientes de papel alumínio. Registrar seus pesos. G.3.3. Aspirar clorofórmio até a metade da capacidade nominal de cada seringa. G.3.4. Levar o êmbolo até a posição máxima que permita o deslocamento do líquido. G.3.5. Tampar o bico da seringa e agitar de 10 a 15 segundos. G.3.6. Expelir o conteúdo de cada seringa dentro de seu respectivo recipiente de papel alumínio. G.3.7. Evaporar até peso constante. Registrar todas as pesagens. G.4. Cálculo dos Resultados Determina-se a massa de silicone por diferença entre a pesagem de G.3.7 e G.3.2. A quantidade de silicone não deve exceder aos 0,25 mg/cm2 da superfície interna da seringa. 48 ___________________________________ RTMSERG 49