1) Traduz à vista cada um dos seguintes textos para galego e espanhol. Indica se a
traduçom que figeche é, em cada caso, interlingual, intralingual ou intersemiótica.
Funçom da traduçom: Acompanhar o texto original numha ediçom crítica destinada a um público galego
/ espanhol
A dona que eu am'e tenho por senhor
Essa que vós fezestes melhor parecer
amostrade-mi-a, Deus, se vos én prazer for,
de quantas sei, ai Deus!, fazede-mi-a veer,
senón dade-mi a morte.
senón dade-mi a morte.
A que tenh'eu por lume destes olhos meus
e por que choran sempr', amostrade-mi-a, Deus,
senón dade-mi a morte.
(Bernal de Bonaval)
Ai Deus!, que mi a fezestes máis ca min amar,
mostrade-mi-a u possa con ela falar,
senón dade-mi a morte.
Funçom da traduçom: Acompanhar o texto original numha ediçom crítica destinada a um público galego
/ espanhol
Mar Português
Ó mar salgado, quanto do teu sal
Valeu a pena? Tudo vale a pena
São lágrimas de Portugal!
Se a alma não é pequena.
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quem quer passar além do Bojador
Quantos filhos em vão rezaram!
Tem que passar além da dor.
Quantas noivas ficaram por casar
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Para que fosses nosso, ó mar!
Mas nele é que espelhou o céu.
(Fernando Pessoa)
Funçom da traduçom: Acompanhar o texto original numha ediçom crítica destinada a um público galego
/ espanhol
Todo de vos me cansa, Cristalcito, tesoro;
Te equivocaste: aquí no pasan Rebelde Way,
cada vez que salís al aire, quiero tirar el walkman al
he visto gente como vos que, por la perorata,
inodoro.
terminó siendo gay.
La creatividad la podés desarrollar en un taller literario.
Generación Pop, niña bien, andá con Reina
Oír tus poemas cae más pesado que un fuerte escabio.
Reech,
(…)
que es una pendevieja "pop", "a daughter of
Vos y La Bebita, ochenta siglos, ¿es el Iluminismo?,
beach"...
¿se repite una época de la historia con siempre lo
mismo?
Y nada chiquilla, Liza Simpson en persona,
Vamos, che, a ponerse las pilas que los demás quieren
seguí mi consejo, no seas cabezona.
llamar;
Mi propósito, creéme, no era bardearte,
La Convención no es como tus días de noña de
pero de mis casillas ya me sacaste en parte.
vacaciones en el mar.
(…)
(anónimo actual)
2) Lê com atençom o texto abaixo e indica quais som, a teu ver, as características mais
salientáveis da traduçom intersemiótica:
“
Já foi dito que a traduçom dum sistema de signos (por exemplo, o sistema verbal) para outro (por
exemplo, um sistema nom-verbal), e vice-versa, pertence sem dúvida ao campo dos estudos da
tradutologia. O facto de, neste caso, no início ou no fim do processo, nom ter-se um texto verbal nom lhe
tira importância; polo contrário, devido a algumhas implicaçons, torna-se fundamental para a descriçom
do processo tradutivo em geral.
Em lugar de considerar umha traduçom intersemiótica como um caso fronteiriço que Jakobson, por
alguma razom, incluiu no seu clássico ensaio sobre os aspectos lingüísticos da traduçom (talvez o ensaio
tradutológico mais citado de todos os tempos), seria melhor considerá-la como umha actividade que nos
permite conceber o processo tradutivo do ponto de vista das novidades e, portanto, muito interessantes.
Para fazê-lo, seria necessário ampliar o conceito de "texto". Segre afirma:
No uso comum, texto, que deriva do latim TEXTUS, 'tecido', desenvolve umha metáfora na qual
som visíveis as palavras que formam umha obra e os elementos que as unem, como ao se tratar de
umha trama. Esta metáfora, que antecipa as observaçons sobre a coesom do texto, alude em
particular ao seu conteúdo, ao que está escrito numha obra.
Se interpretarmos isso no seu sentido mais amplo, sem ter em conta que Segre fala de "palavras" e
"escrito", podemos transferir o conceito de texto a qualquer obra de tipo musical, pictórico,
cinematográfico e outros. Ou seja, nestes outros casos a obra é também um tecido consistente e coeso,
"um sistema de estruturas co-implicadas em diferentes níveis, de maneira que cada elemento adquire um
valor em relaçom aos demais".
Steiner também concorda com aqueles que incluem a traduçom intersemiótica na ciência mais ampla da
traduçom:
A "theory" of translation, a "theory" of semantic transfer, must mean one of two things. It is
either an intentionally sharpened, hermeneutically oriented way of the totality of semantic
communication (including Jakobson's intersemiotic translation or "transmutation"). Or it is a
subsection of such a model with specific reference to interlingual exchanges, to the emission and
reception of significant messages between different languages. [...] The "totalizing" designation is
the more instructive because it argues the fact that all procedures of expressive articulation and
interpretative reception are translational, whether intra- or interlingually (Umha "teoria" da
traduçom, umha "teoria" da transferência semântica, deve significar umha de duas cousas: ou se
trata dumha manifestaçom aguçada intencionalmente, orientada hermeneuticamente, da totalidade
da comunicaçom semântica - incluída a traduçom intersemiótica ou "transmutaçom" de Jakobson
-, ou é um apartado de tal modelo, com referência específica aos intercâmbios interlingüísticos, à
emissom e recepçom de mensagens significativas entre linguagens diferentes [...] A designaçom
"totalizadora" é ainda mais instrutiva porque discute o facto de que todos os procedimentos de
articulaçom expressiva e recepçom interpretativa sejam translacionais, de maneira intra ou
interlingüística).
Tentaremos agora demonstrar, do ponto de vista metodológico, a utilidade de incluir a traduçom
intersemiótica na busca de umha descriçom do processo tradutivo.
Em primeiro lugar, é necessário destacar que existem algumas diferenças entre as linguagens verbais, que
som discretas, e as linguagens icônicas (como a pintura ou as artes figurativas em geral), que som
contínuas. O que significa isto? Que nas linguagens discretas podemos distinguir entre um signo e outro,
mas nas linguagens contínuas o texto nom é divisível em signos discretos. Se umha pintura representa
umha árvore, nom é fácil dividir esse texto em signos separados.
Lotman explicou com eficácia:
A impossibilidade de realizar umha traduçom exacta de linguagens discretas para nom-discretas,
e vice-versa, tem raiz nas suas naturezas claramente diferentes: nos sistemas lingüísticos
discretos, o texto é secundário em relaçom ao signo, ou seja, divide-se claramente em signos. O
isolamento do signo como unidade elementar inicial nom representa dificuldade algumha. Nas
linguagens contínuas, o texto é fundamental: nom se divide em signos, mas é um signo em si
mesmo, ou é isomórfico para um signo5.
Temos repetido que todo tipo de acto comunicativo, inclusive todo processo tradutivo, nunca é completo,
pois sempre existe resíduo, ou seja, umha parte da mensagem nom chega a destino. Na unidade seguinte,
veremos que efeito tem isto na traduçom intersemiótica.
(Bruno Osimo; “Tradução intersemiótica” – Logos)
3) Lê o texto abaixo com atençom e tenta indicar alguns dos argumentos aduzidos por
aquelas pessoas que consideram negativa a traduçom pedagógica:
“
(…)
Hasta aquí hemos hecho un somero repaso de la posición de algunos enseñantes de LL2 respecto a la
aplicación de la traducción en el aula. Aparte de los beneficios ya mencionados que de su utilización
podrían derivarse, existen, no obstante, otros aspectos positivos según revela la teoría lingüística, con
conceptos tales como el saber natural contrastivo, o la investigación psicolingüística, en particular la que
resulta del estudio de las estrategias de traducción por parte de estudiantes de una L2 mediante el
procedimiento del thinking aloud. Por último, algunos estudios sobre bilingüismo también son claros en
lo relativo a los beneficios derivados del empleo de distintas lenguas para la mejora de las capacidades
cognitivas del aprendiz. Veamos cada uno de dichos conceptos más detenidamente.
En opinión de uno de los teóricos actuales más relevantes de la teoría de la traducción, C. Hernández
Sacristán, todos poseemos una intuición natural sobre el carácter polisistémico de una lengua.
Seleccionamos alguna variedad o nivel según la situación interactiva. También tenemos una intuición
natural sobre cómo contrastan las lenguas. Este Saber Natural Contrastivo actúa siempre que hay lenguas
en contacto o variantes distintas de una misma lengua. La equivalencia interlingüística es una propiedad
que dos sistemas poseen en mayor o menor grado, porque pensamos las categorías como gradientes. Entre
problemas interlingüísticos e intralingüísticos no hay solución de continuidad, porque toda lengua es una
realidad polisistémica. Por tanto, la comparación entre lenguas o entre variantes de una lengua, antes que
una actividad teórica, es una actividad práctica, lo cual se ve muy bien tanto en las conversaciones en una
lengua no materna como en la traducción. El saber natural contrastivo es antes un saber cómo que un
saber qué: el contraste lingüístico acaba siendo un contraste pragmático. De hecho, el acto comunicativo
no es la transmisión de una realidad invariante que llamamos información. Siempre hay diferencia entre
(a) lo que uno quiere comunicar y (b) lo que otro entiende. Pero tal diferencia es inevitable, es la base que
explica el cambio lingüístico y el factor dinamizador del sistema. De hecho, es la raíz, el fundamento de la
creatividad humana. Cuando traducimos y aprendemos una L2 lo que hacemos es emplear mecanismos
por los cuales las diferencias (lingüísticas, culturales) pueden llegar a convivir y a ser funcionales
(Hernández Sacristán, 1994, 1996, 1999).
Es evidente que el empleo sistemático de la traducción, cuando se aprende una lengua extranjera, no
puede sino redundar en beneficio de la conciencia contrastiva del estudiante (como, por otro lado, lo
hacen otras destrezas siempre presentes en los programas de enseñanza de una lengua no materna). No
otra es la postura de Duff (1989), de Ellis (1990), de Larsen-Freeman (1994) o de Pennock & Santaemilia
(1995).
También la evidencia psicolingüística parece corroborar el análisis que venimos proponiendo. Smith
(1994) y Lörscher (1996) estudiaron el proceder de estudiantes de L2 (alemán-francés). La primera
analizó el producto de traducciones de textos múltiples de estudiantes de distingos grados de competencia
en L2 y con distintas motivaciones.
El segundo, que más nos interesa aquí, analizó las estrategias de los que traducían mediante el expediente
del thinking aloud, esto es, por el análisis en seguimiento de los procesos verbalizados (mediante
grabaciones o escritura) que llevaban a cabo los aprendices mientras traducían. Lo más relevante es que
Lörscher hizo este mismo ejercicio con traductores profesionales y comparó los resultados. Ambos
grupos, estudiantes de un L2 y profesionales de la traducción, utilizaban igual proceder (lo cual remite a
ese saber natural contrastivo de que hablábamos), aunque se fijaban más en distintos problemas: los
estudiantes se preocupaban mucho por las lagunas léxicas, por las palabras y expresiones desconocidas;
los traductores profesionales se preocupaban mucho más por captar el sentido general del texto, hasta el
punto de dejar, a menudo, las lagunas léxicas para el final de la revisión.
Esto es, nos encontramos aquí, de nuevo, con que la competencia comunicativa en su vertiente traductora
(o, si se prefiere, la competencia traductora, que incluya la gramatical, la sociolingüística, la pragmática,
etc. [Cuenca, 1994], y en general la capacidad de resolución de problemas), es el único factor de
diferenciación real entre (a) los tipos de personas que se enfrentan a un texto en L2; (b) los tipos de
traducción históricamente establecidos en teoría de la traducción y en enseñanza de L2 (literal / libre, no
profesional / profesional, pedagógica / exteriorizada, etc.). De ello se deduce que la traducción es una
destreza más del aprendizaje de una L2, sometida, por tanto, a la mejora de la interlengua de los
aprendices, ni más ni menos que las otras destrezas que sí están invariablemente insertas en los curricula
de enseñanza y aprendizaje de las LL2.
Por último, se da un tercer argumento a favor del aprendizaje de LL2 que no puede dejar de afectar a la
traducción como destreza lingüística: los individuos multilingües difieren positivamente de los
monolingües en cuanto a su competencia lingüística y su habilidad para aprender otras lenguas. Los
individuos multilingües son procesadores de la información más eficientes que los monolingües. Esto
implica una relación positiva entre bilingüismo (y multilingüismo) y cognición (Sanz, 1999). No parece
existir un ejercicio cognitivo más completo que el de traducir, porque aumenta la conciencia
metalingüística del contraste entre dos lenguas y porque, sin duda, permite acceder a otras con mayor
eficiencia.
6. CONCLUSIONES: CONTRA EL PREJUICIO ANTITRADUCTOR EN LA ENSEÑANZA DE LL2
Para finalizar, repasamos algunos de los puntos principales a los que hemos llegado tras esta exposición:
1. La traducción es destreza necesaria en cualquier currículum de enseñanza y de aprendizaje de un
L2.
2. La traducción directa debe emplearse progresivamente desde el nivel inicial hasta el de
perfeccionamiento y ha de ser acorde con los recursos de los alumnos.
3. La traducción inversa es perfectamente incluible en el currículum en los grados medios y
avanzados por su carácter evaluativo y su utilidad para conocer la interlengua, así como por el
hecho de que amplía la conciencia metalingüística contrastiva del alumno.
4. Dada la ausencia de materiales específicos sobre traducción como una destreza más del
aprendizaje de LL2, sólo corresponde al profesor el diseñar los ejercicios y la cronología
concreta de la implantación, puesto que, en teoría, es el mejor conocedor del grado de
competencia de sus alumnos.
5. Puesto que la traducción es una actividad legítima y beneficiosa desde los primeros estadios de
aprendizaje de una lengua extranjera, no parece razonable que no esté presente justamente en los
primeros cursos de una carrera de Traducción e Interpretación. En nuestra opinión, los que así
proceden están perdiendo un tiempo precioso en la formación de los futuros traductores
profesionales.
(Joaquín García-Medall; “ La traducción en la enseñanza de lenguas” ; Hermeneus: n.º 3 (2001), p. 113
-140)
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